DEFESA COMERCIAL PARA A AGROPECUÁRIA BRASILEIRA. Gabriela Coser Superintendência de Relações Internacionais (SRI)

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1 DEFESA COMERCIAL PARA A AGROPECUÁRIA BRASILEIRA Gabriela Coser Superintendência de Relações Internacionais (SRI)

2 27 FEDERAÇÕES ESTADUAIS +2mil SINDICATOS RURAIS +2milhões PRODUTORES RURAIS Fundada em 1951, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) é o principal foro de debate e tomada de decisões do agronegócio brasileiro. A CNA tem como missão representar, organizar e fortalecer os produtores rurais. 1

3 A AGROPECUÁRIA NO BRASIL Indústria a céu aberto O Brasil é o 4º maior exportador mundial de produtos agropecuários: setor é fundamental para o superávit da balança comercial Agronegócio: 23,6% (R$ 1,48 trilhão) do PIB do Brasil O Censo Agropecuário do IBGE (2006) apurou a existência de estabelecimentos agropecuários no Brasil Cerca de 47% dos estabelecimentos agropecuários possuem menos de 10 hectares** Os estabelecimentos com mais de hectares representam apenas 1% do total** Entre as atividades mais comuns estão a criação de bovinos (corte, leite), o cultivo de outras lavouras temporárias (ex.: feijão, mandioca, etc.), e o cultivo de cereais e de aves* *Fonte: CEPEA/USP e CNA (2016).**Fonte : Censo Agropecuário do IBGE (2006)

4 DAS EXPORTAÇÕES AGROPECUÁRIAS* MUNDIAIS 4º CERCA DE 6,7% SAÍRAM DO BRASIL US$ 70 bilhões 1,2% das exp mundiais *Produtos do capítulo 1 a 24 do Sistema Harmonizado (SH) em Fonte: Trade Map/ITC. UE EUA CHINA 14% 13,9% 6,8% Brasil 6,7% das exp do agro mundial 5

5 Responsável por 24% do PIB, quase metade das exportações. O setor impulsionou o crescimento do Brasil 32,3% dos empregos no país. AGRONEGÓCIO Importância Econômica Agronegócio US$ 84,9 bilhões (46%) Brasil Exportações 2016 US$ 185,2 bilhões Agronegócio R$ 1,5 (24%) PIB Brasil 2016 R$ 6,3 trilhão trilhões Outros Setores R$ 4,8 (76%) 31% 70% PECUÁRIA R$ 451 bilhões AGRICULTURA R$ 1,02 trilhões Fonte: CEPEA/USP aº CNA, Agrostat (MAPA) aº MDIC. Elaborado por SRI/CNA Icone por Freepik.

6 Mão de Obra no Agronegócio Total de Trabalhadores - Brasil (acima de 16 anos) Demais Setores 67,7% Fonte: IBGE/PNAD 2015 (Elaboração CNA e ICNA) Agronegócio 32,3% Agropecuária 42,7% Serviços 21% Indústria 15,2% Comércio 21,1%

7 PIB Agronegócio 2016: R$ 1,48 trilhão Insumos agropecuários R$ 173,74 bilhões 11,8% Produção Agropecuária R$ 450,78 bilhões 30,5% Agroindústria R$ 398,64 bilhões 27% Distribuição R$ 454,13 bilhões 30,7% Fonte: CEPEA/USP e CNA 7

8 PIB Agropecuário dentro da porteira 9,5% R$ milhões Projeção p A/USP e CNA; Projeção CNA 8

9 Inflação Brasil IPCA (%) em 2017 Composição IPCA -4,9-1,9 1. Alimentação e bebidas 1.1 Alimentação no domicílio 10,9% 4,8% 3,6% 24,7% -1,5 3,8 6,3 1.2 Alimentação fora do domicílio 2. Habitação 3. Artigos de residência 12,1% 15,5% 2,9 4,1 4. Vestuário 5. Transportes 18,4% 6,5 6. Saúde e cuidados pessoais 5,9% 4,0% 1. Alimentação e bebidas 2. Habitação 3. Artigos de residência 4. Vestuário 5. Transportes 6. Saúde e cuidados pessoais 7. Despesas pessoais 8. Educação 9. Comunicação Fonte: IBGE / Elaboração CNA 4,4 7. Despesas pessoais 7,1 8. Educação 1,8 9. Comunicação IPCA 2017: 2,95

10 * Saldo da Balança Comercial Brasil e Exportações totais US$ bilhões 81,86 66,99-14,87 Fonte: MDIC e AgroStat/MAPA. *1º Semestre/2017. Elaboração CNA. Demais Produtos Agronegócio Saldo Total

11 A AGROPECUÁRIA NO BRASIL O Brasil é o 4º maior exportador mundial de produtos agropecuários: setor é fundamental para o superávit da balança comercial Agronegócio: 23,6% (R$ 1,48 trilhão) do PIB do Brasil O Censo Agropecuário do IBGE (2006) apurou a existência de estabelecimentos agropecuários no Brasil Cerca de 47% dos estabelecimentos agropecuários possuem menos de 10 hectares** Os estabelecimentos com mais de hectares representam apenas 1% do total** Entre as atividades mais comuns estão a criação de bovinos (corte, leite), o cultivo de outras lavouras temporárias (ex.: feijão, mandioca, etc.), e o cultivo de cereais e de aves* *Fonte: CEPEA/USP e CNA (2016).**Fonte : Censo Agropecuário do IBGE (2006)

12 A AGROPECUÁRIA E AS INDÚSTRIAS FRAGMENTADAS Setor com muitos produtores / tipicamente pulverizado LEITE EM PÓ ALHOSFRESCOS OU REFRIGERADOS Direitos AD aplicados para setores agropecuários fragmentados

13 DEFINIÇÃO DA INDÚSTRIA FRAGMENTADA (ART. 1º / 3º) JUSTIFICATIVA Sugestões da CNA para a Portaria A definição da indústria fragmentada deverá levar em consideração o grau de pulverização do setor em questão, dado que os setores podem apresentar características muito díspares. Essas diferenças devem ser levadas em conta no processo de habilitação, pois estão diretamente ligadas à capacidade do setor em coletar informações e à fonte dos dados a ser utilizada. Nos casos em que é evidente o caráter fragmentado do setor, não seria necessário incorrer em procedimento mais complexo e demorado para habilitação. Potencial flexibilização das exigências de informações conforme as características do setor - simplificar e dar maior celeridade ao procedimento.

14 PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES (ART.10º) AUMENTO DO PRAZO - para apresentação de informações complementares JUSTIFICATIVA: Dificuldades em levantar as informações solicitadas pelo DECOM devido ao caráter fragmentado da agropecuária POSSIBILIDADE DE MANIFESTAÇÃO SOBRE PRAZOS RELATIVOS À PETIÇÃO DE ABERTURA Sugestões da CNA para a Portaria JUSTIFICATIVA: Necessidade de aquisição de informações e dados por meio de pesquisas e estudos públicos e privados que não estejam disponíveis à solicitante

15 Sugestões da CNA para a Portaria PERÍODO DOS DADOS A SEREM APRESENTADOS (Art. 12º) JUSTIFICATIVA Apresentação de informações referentes ao ano civil anterior da solicitação pode representar um obstáculo à habilitação de setores fragmentados, que dependam de fontes de informações secundárias. No caso dos produtores agropecuários, por exemplo, o último Censo Agropecuário realizado pelo IBGE ocorreu em 2006, sendo que até o momento não existem dados mais atualizados. Não haveria prejuízo na utilização de dados menos atualizados, pois estes seriam utilizados para fins de habilitação, e não para aferir os indicadores da indústria doméstica.

16 Análise de INTERESSE PÚBLICO para fins de defesa comercial Procedimento PREVISTO na prorrogação de medidas antidumping Art. 3ºda Resolução CAMEX nº29/ o impacto da imposição da medida de defesa comercial sobre os agentes econômicos como um todo se mostrar potencialmente mais danoso, se comparado aos efeitos positivos da aplicação da medida. Em circunstâncias excepcionais, a CAMEX poderá suspender a aplicação de medida de defesa comercial, ou aplicar direito diferente do recomendado pelo MDIC, se verificadas razões de interesse público Ícones: FlatIcon.com.

17 OBRIGADA Superintendência de Relações Internacionais (SRI)