A Súmula nº 555 do STJ e a Decadência Tributária

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A Súmula nº 555 do STJ e a Decadência Tributária"

Transcrição

1 A Súmula nº 555 do STJ e a Decadência Tributária Indaga-se: a Súmula nº 555 do STJ representa um acerto ou um retrocesso na definição do termo inicial do prazo de decadência tributária, nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação? Artigo publicado em jus.com.br. Disponível em: INTRODUÇÃO No ano de 2017, estamos a comemorar 50 anos de vigência do Código Tributário Nacional (CTN), que dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados, Distrito Federal e Municípios. E ao longo desse período, um dos temas mais tortuosos e polêmicos enfrentados, pelos juristas e doutrinadores, foi o da decadência tributária. O CTN disciplina em seu art. 156 todas as modalidades de extinção do crédito tributário, entre as quais as relacionadas ao aspecto temporal: decadência e prescrição (inciso V) e homologação tácita do lançamento (inciso VII). Foram nítidas, nesses 50 anos de vigência do CTN, a evolução e modernização tanto da legislação tributária, dos procedimentos de fiscalização e auditoria dos agentes fiscais, assim como da jurisprudência de nossos tribunais, em especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que se refletiram diretamente na análise da decadência. E é o que se observa, mais especificamente, quando se analisa a regra de contagem do prazo de decadência, nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, ou seja, naqueles tributos em que o contribuinte é o responsável pela realização de todos os procedimentos de lançamento tributário sem qualquer prévio exame do Fisco, a exemplo dos impostos ICMS, IPI e Imposto de Renda, entre outros. Nesse caminhar, buscando uma maior harmonia e estabilidade nas decisões proferidas pelos tribunais, o STJ definiu que o termo inicial do prazo de decadência, nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, estaria condicionado à constatação de algum pagamento antecipado. Ou seja, o termo inicial seria: (a) da data da ocorrência do fato gerador, nos termos do 4º do art. 150 do CTN, se houver algum pagamento antecipado; e (b) do primeiro dia do exercício seguinte, segundo o inciso I, do art. 173, do mesmo Código, se não constatado pagamento antecipado. 1

2 Esse entendimento já estava praticamente consolidado na doutrina, inclusive na jurisprudência do STJ, pelo dispositivo jurídico do Recurso Repetitivo, no REsp , de Contudo, no final do ano de 2015, mais exato, no dia 15 de dezembro, com a publicação da Súmula nº do STJ, houve uma verdadeira inovação - para alguns doutrinadores uma correção; para outros um retrocesso, - no estudo da decadência tributária. Diante dos dizeres da Súmula nº 555 do STJ, indaga-se: ela representa um acerto ou um retrocesso na definição do termo de início do prazo de decadência tributária, nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação? 2. A DECADÊNCIA TRIBUTÁRIA E O ATO DE LANÇAMENTO Na área do Direito Tributário, decadência tributária é a extinção do direito de o Fisco constituir (lançar) o crédito tributário, ou seja, de formalizar a obrigação tributária, pela sua inércia continuada durante um determinado prazo definido em lei complementar. É cediço que o direito não socorre aos que dormem, que se traduz no brocardo jurídico dormientibus non succurrit jus. E nesse sentido, a decadência tributária vem impedir que a Fisco, em razão de sua inércia, exerça, após determinado prazo, o direito de lançar, de ofício, o crédito tributário. Nos termos do art. 142 do CTN, a constituição do crédito tributário dá-se pelo lançamento, que é um ato de competência privativa da autoridade administrativa, resultante de vários procedimentos administrativos. E para isso, o próprio CTN apresenta três modalidades de lançamento tributário, a saber: (a) o misto, também conhecido como por declaração, no qual o Fisco age com base nas informações prestadas pelo sujeito passivo (CTN, art. 147), tendo como exemplo o ITBI e ITCD; (b) o direto, ou de ofício, que é aquele efetuado pelo agente público competente, sem nenhum auxílio do sujeito passivo (CTN, art. 149), a exemplo do IPTU e IPVA; e, (c) o por homologação, em que o sujeito passivo realiza todos os procedimentos de lançamento, sem o prévio exame do Fisco, conforme prevê o art. 150 do CTN, a exemplo do ICMS e IPI. No que se refere especificamente às hipóteses de lançamento de ofício, que estão descritas no art. 149 do CTN, a autoridade administrativa está limitada a um prazo de 5 anos, para constituir o crédito tributário, sob pena de ser extinto esse seu direito pela decadência. E a regra de contagem desse prazo decadencial, para a realização de todo e qualquer lançamento de ofício, está expressamente definida no CTN, nesses termos: 2

3 Art O DIREITO de a Fazenda Pública CONSTITUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; (...) (Grifamos) Em outras palavras, independentemente da modalidade de lançamento a que o tributo esteja sujeito, se de ofício, por declaração ou por homologação, toda vez que a Fisco tiver que lançar de ofício, seja pela própria natureza do tributo (p. ex. IPTU ou IPVA), seja pelo descumprimento de deveres tributários pelo sujeito passivo (p. ex. eventuais diferenças ou omissões não declaradas de IPI, ICMS ou ISS), a regra para a contagem do prazo decadencial é, tão somente, a descrita no inciso I, do art. 173 do CTN, por se referir à extinção do DIREITO DE CONSTITUIR o crédito tributário, que ocorre pelo lançamento de ofício. Porém, não obstante essa regra expressa no CTN, de contagem de prazo para o lançamento de ofício, grandes discussões e polêmicas sempre existiram sobre esse tema, quando estamos a tratar da modalidade de lançamento por homologação. 3. O LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO E A DECADÊNCIA No lançamento por homologação, segundo prevê o art. 150 do CTN, 2 o contribuinte, ou responsável tributário, realiza todos os procedimentos de lançamento, previstos no art. 142 do CTN, além do pagamento antecipado, sem o prévio exame do Fisco. E, ainda, no 4º, do art. 150 do CTN, há uma regra de contagem de prazo extintivo para a homologação, nesses termos: Art.150. (...) 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, A CONTAR DA OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. (grifamos) Não obstante as várias correntes doutrinárias com entendimentos diversos, 3 defendemos que tanto o prazo descrito no inciso I do art. 173, quanto o estabelecido no 4º do art. 150, do CTN, têm natureza decadencial, porquanto ambos têm o poder de extinguir direitos. Isto é: (a) o do art. 173, I, extingue o DIREITO DE CONSTITUIR o crédito tributário, nas modalidades de lançamento de ofício e por declaração; e, (b) o do art. 150, 4º, extingue o DIREITO DE HOMOLOGAR expressamente os procedimentos de lançamento efetuados pelo sujeito passivo. 4 3

4 Contudo, grande parte, da doutrina e da jurisprudência 5 de nossos tribunais, defende que nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, há uma regra especial disposta no art. 150, 4º, em detrimento da regra geral do art. 173 do CTN, condicionando a aplicação de cada regra à existência ou não de um pagamento antecipado. Nesse caminhar, o Fisco, ao constatar ou comprovar omissão ou inexatidão na escrita fiscal dos contribuintes de tributos sujeitos ao lançamento por homologação, é obrigado a realizar o lançamento de ofício, por meio de auto de infração, nos termos do art. 149, V, do CTN. E nessas hipóteses, parte da doutrina, e em especial a jurisprudência do STJ, firmou orientação de que, nos casos de tributos sujeitos a lançamento por homologação, em que não ocorre pagamento antecipado, o prazo decadencial deve ser computado segundo as disposições do art. 173, I do CTN. 6 Assim, ficou condicionada a aplicação dos dispositivos constantes do art. 173, I, e do art. 150, 4º, do CTN, à existência ou não de pagamento, com a seguinte assertiva: se houver algum pagamento antecipado a regra de contagem do prazo é a do 4º do art. 150 do CTN, ou seja, a contar do fato gerador. Se não houver, a regra é a do art. 173, I, do CTN. Esse entendimento estava praticamente consolidado, ao se buscar a estabilização da jurisprudência do STJ, pelo REsp , de 2009, sob o rito dos recursos repetitivos. Já afirmamos 7 que nessa interpretação exarada levou-se em consideração apenas e tão somente a ocorrência de um dos procedimentos de lançamento do sujeito passivo - o pagamento antecipado-, desconsiderando por completo o direito que está sendo alcançado e extinto pela decadência, qual seja, se o DIREITO PARA CONSTITUIR O CRÉDITO ou o DIREITO PARA HOMOLOGAR, o que, com a devida vênia, nunca concordamos. E da mesma forma, comungamos o entendimento de que a aplicação da regra de prazos extintivos, quando envolve tributos sujeitos ao lançamento por homologação, é determinada, não pela existência de pagamento antecipado, mas sim se há ou não entrega da DECLARAÇÃO pelo contribuinte, e/ou pela comprovação de omissões ou inexatidões na escrita fiscal, sempre observando o direito a ser atingido pelo instituto da decadência. 8 Contudo, no final do ano de 2015, foi publicada a SÚMULA Nº 555, do STJ, que deu um entendimento completamente diverso do até então aceito e defendido, por esse segmento da doutrina e do STJ, uma verdadeira inovação, - para alguns doutrinadores uma correção; para outros um retrocesso, - no estudo da decadência tributária. 4

5 4. A SÚMULA 555 DO STJ E OS SEUS EQUÍVOCOS e ACERTOS 4.1 A Súmula 555 A Súmula nº 555, 9 do STJ, assim ementa: QUANDO NÃO HOUVER DECLARAÇÃO DO DÉBITO, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN, nos casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa. (grifos nossos) Pelo enunciado dessa Súmula, o STJ ratificou o entendimento que defendemos até então, qual seja, o que determina a regra de contagem do prazo decadencial é a existência ou não de entrega da DECLARAÇÃO de débito pelo contribuinte ao Fisco. Ou seja, a aplicação da regra do prazo decadencial, quando envolve tributos sujeitos ao lançamento por homologação, é determinada, não pela existência de pagamento antecipado, mas sim se há ou não declaração do débito pelo contribuinte. Novamente indagamos: a guerreada Súmula 555 seria realmente um retrocesso do nosso colendo Tribunal Superior, quanto à matéria de decadência? Analisemos os fatos e a mencionada Súmula. Muitas críticas são lançadas contra a novel Súmula 555 do STJ, pois, segundo parte da doutrina, longe de dirimir dúvidas, a nova Súmula marcha contra a estrutura das diferentes regras do CTN para a contagem da decadência, assim como contra a funcionalidade do lançamento tributário. 10 Ou ainda, a súmula sepulta o artigo 150, 4º do CTN, retirando-lhe todo e qualquer campo de incidência, (...), induzindo toda a jurisprudência, inclusive a do próprio STJ, ao erro grave de aplicar o artigo 173, I do CTN aos tributos sujeitos a lançamento por homologação, em toda e qualquer hipótese. 11 Há se enfatizar também que o STJ deixou de aplicar literalmente tudo o que há muito vinha defendendo, inclusive desconsiderou por completo os fundamentos constantes de todos os julgados precedentes, 12 que deram amparo à Súmula 555. Há de se concordar que a Súmula, ao deixar de seguir todos os seus precedentes, foi um retrocesso, o que causa, num primeiro momento, grande insegurança jurídica a toda a sociedade jurídica. Porém, não obstante isso, temos a convicção de que ela foi um acerto e veio na direção de todo processo de modernização da legislação, dos procedimentos de fiscalização e auditoria fiscal e dos próprios julgados do STJ. 4.2 Um breve histórico da tese da existência ou não de pagamento 5

6 Para uma melhor compreensão da Súmula 555 do STJ, torna-se imperioso analisarmos a origem da tese a existência ou não de pagamento antecipado nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, como definidora do prazo de decadência, e a evolução no Direito Tributário, no que se refere à legislação, aos procedimentos de fiscalização e auditoria fiscal, assim como aos próprios julgados do STJ. 1º. A tese da existência de pagamento antecipado, como definidora do termo inicial do prazo de decadência, a partir do fato gerador, começou a ser aplicada a partir da década de noventa, época em que a legislação tributária dos entes federativos exigia que o agente fiscal realizasse o lançamento de ofício para todo e qualquer tributo não recolhido, independentemente de ter sido lançado, escriturado, e/ou declarado ao Fisco. Assim, caso um contribuinte de tributo sujeito ao lançamento por homologação, a exemplo do ICMS, deixasse de recolher algum débito tributário do que havia lançado nos livros fiscais e/ou declarado ao Fisco por meio das guias fiscais, o agente fiscal era obrigado a lançar de ofício a diferença (ou o todo) não paga, por meio de lavratura de auto de infração, constituindo o crédito tributário. 2º. Parte da doutrina e da jurisprudência do STJ, então, interpretando os dispositivos conjuntamente do CTN (arts. 173, I e 150, 4º), inauguraram o entendimento, de que o prazo decadencial, para a constituição do débito não pago antecipadamente (parte ou todo), estaria sujeito à regra do art. 150, 4º do CTN, ou seja, a contar do fato gerador. E caso não houvesse nenhum pagamento antecipado, seria atraída a regra do art. 173, I, do CTN. Partindo dessa situação fática, entendemos fazer sentido o acolhimento da mencionada tese da existência ou não do pagamento antecipado, como definidora do início do prazo decadencial, nos termos art. 150, 4º, do CTN, em que é mais favorável ao contribuinte, porquanto: (a) o lançamento de ofício tinha como base tributos já escriturados e/ou declarados pelo contribuinte ao Fisco; (b) se referia à constituição de crédito tributário declarado, apenas não recolhido; e, (c) era possível haver pagamento antecipado de parte do tributo declarado, entre outros. 3º. Contudo, nos fins da década de noventa, com o advento da tecnologia, da era do livro eletrônico, e com a alteração das legislações tributárias, entre outros, houve mudanças substanciais nos procedimentos de lançamento e fiscalização/auditoria do Fisco. Ou seja, dispensou a lavratura de auto de infração de tributos não recolhidos, que tivessem sido lançados/escriturados nos livros fiscais e/ou declarados ao fisco. A partir 6

7 de então, se o contribuinte escriturasse o tributo nos livros fiscais e/ou declarasse ao fisco, e não pagasse, não seria mais necessário lançar de ofício o crédito tributário. 13 Nesse sentido, o próprio STJ, em 13 de maio de 2010, editou a Súmula 436, 14 com a seguinte ementa: "A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo o débito fiscal, constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do Fisco". A partir de então, ao ser escriturado o tributo nos livros fiscais e/ou declarado ao Fisco, em não sendo pago (integral ou parcial), dispensou-se qualquer outra providência por parte do Fisco, a exemplo do lançamento de ofício, podendo ser inscrito de imediato o débito em dívida ativa, iniciando-se agora, a partir do recebimento da declaração, o prazo de prescrição, para sua ação de cobrança, nos termos do art. 174, do CTN. 4º. Com a então modernização da legislação tributária, o lançamento de ofício, por meio de auto de infração, somente será necessário, entre outros, quando o Fisco comprovar: (a) omissão ou inexatidão no exercício das atividades de lançamento por homologação pelo sujeito passivo, nos termos do art. 149, V, do CTN; e (b) que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação, segundo prescreve o art. 149, VII, do CTN. Diante dessas duas hipóteses de lançamento de ofício, previstas no art. 149 do CTN, indaga-se: há possibilidades de o contribuinte efetuar algum pagamento antecipado? Não, não há, pois nada se escriturou ou declarou. 5º. Pode-se afirmar assim que somente é possível o contribuinte efetuar algum pagamento antecipado, ainda que irrisório, de tributo que tenha sido escriturado e/ou declarado ao Fisco. Isto é, não faz qualquer sentido, em um lançamento de ofício, fruto de uma omissão ou inexatidão na escrita fiscal, em que nada foi escriturado ou declarado, querer se alegar ou afirmar a presença de algum pagamento antecipado. Simplesmente não existe o que pagar daquilo que não se escriturou ou declarou. E se declarado o tributo, e não pago, não há se falar em prazo decadencial, e sim prazo de prescrição, para sua cobrança, conforme já jurisprudência pacificada do STJ. E foi nesse sentido que o Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais do Distrito Federal (TARF) se pronunciou em diversos julgados seus, inclusive com matéria já sumulada, 15 diga-se antes da edição da Súmula 555 do STJ, com o seguinte enunciado: Súmula 06/2015. Na hipótese de lançamento de ofício, a regra relativa à contagem do prazo de decadência é a disposta no art. 173, I, do CTN, independentemente de ter ocorrido pagamento parcial anterior do imposto. 7

8 CONCLUSÃO No ano em que se comemoram os 50 anos de vigência do CTN, um dos temas que continua em voga, provocando muita discussão, é a decadência tributária. Nítida foi a evolução que ocorreu, durante esse período, tanto na legislação tributária, nos procedimentos de fiscalização e auditoria dos fiscos, quanto na jurisprudência de nossos tribunais, em especial do STJ. Com a publicação em dezembro de 2015, da Súmula 555, o STJ seguiu uma direção diferente da até então defendida. E embora seu enunciado não tenha seguido seus precedentes, indo, num primeiro momento, de encontro ao princípio da segurança jurídica, consideramos que a guerreada Súmula veio em direção à modernização da legislação, dos procedimentos fiscais e dos próprios julgados do STJ. Desse modo, a tese de que se houver algum pagamento antecipado, o lançamento de ofício terá o prazo decadencial iniciado a contar do fato gerador, nos termos do art. 150, 4º, do CTN, com a devida vênia, está superada e fora de contexto, tendo em vista as substanciais mudanças que ocorreram no campo do direito tributário, nesses 50 anos de CTN, ratificados agora com a edição da Súmula 555 do STJ. Para mais informações ver as publicações do autor: 1. Capítulo de livro publicado: HABLE, J. A Súmula nº 555 do STJ e a Decadência Tributária no Lançamento por Homologação. In: Alberto Macedo e outros (Org.) Gestão Tributária Municipal e Tributos Municipais. São Paulo: Editora Quartier Latin do Brasil, v. 6, pp. 353/364, Artigo publicado em Revista: HABLE, J. A Decadência Tributária no Lançamento por Homologação e a Súmula nº 555 do STJ. Publicado na Revista Fórum de Direito Tributário RFDT, Belo Horizonte: ano 14, nº 84, p. 135 a 157, nov. e dez HABLE, José. Decadência no pagamento antecipado de tributos com lançamento por homologação. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 18, n. 3528, 27 fev Disponível em: < REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, Paulo Roberto. Se não for revisada, Súmula 555 do STJ sepulta trecho do artigo 150 do CTN. Disponível em: stj-necessita-revisao-urgente. BORGES, José Souto Maior. Lançamento tributário. 2 ed., São Paulo: Malheiros, CARVALHO, Paulo de Barros. Extinção da obrigação tributária, nos casos de lançamento por homologação. In: Estudos em homenagem a Geraldo Ataliba 1. Direito tributário, org. de Celso A. B. de Mello. São Paulo: Malheiros, HABLE, Jose. A Extinção do Crédito Tributário por Decurso de Prazo. Decadência e Prescrição Tributárias, São Paulo: Editora Método, 4 ed.,

9 HABLE, José. Decadência no pagamento antecipado de tributos com lançamento por homologação. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 18, n. 3528, 27 fev Disponível em: < MARTINS, Ives Gandra da Silva. Processo administrativo tributário, Caderno de Pesquisas Tributárias nova série, nº 5. Coord. de Ives Gandra. São Paulo: Centro de Extensão Universitária/Revista dos Tribunais, MINATEL, José Antonio. Decadência e Sumula STJ 555: Retrocesso, Degradação ou Inércia que implica perda do Direito de lançar. 04 de janeiro Disponível em: NOTAS 1 BRASIL.STJ. Súmula 555. Órgão Julgador S1 - PRIMEIRA SEÇÃO Data do Julgamento 09/12/2015 Data da Publicação/Fonte DJe 15/12/2015. Súmula nº 555. Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN, nos casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa. 2 CTN, Art O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. (grifamos) 3 MARTINS, Ives Gandra da Silva. Processo administrativo tributário, Caderno de Pesquisas Tributárias nova série, nº 5. Coord. de Ives Gandra. São Paulo: Centro de Extensão Universitária/Revista dos Tribunais, 1999, p. 60; XAVIER, Alberto. Do lançamento teoria geral do ato, do procedimento e do processo tributário. 2 ed., São Paulo: Forense, 1998, p. 89; CARVALHO, Paulo de Barros. Extinção da obrigação tributária, nos casos de lançamento por homologação. In: Estudos em homenagem a Geraldo Ataliba 1. Direito tributário, org. de Celso A. B. de Mello. São Paulo: Malheiros, 1997, p. 230; BORGES, José Souto Maior. Lançamento tributário. 2 ed., São Paulo: Malheiros, 1999, p. 400, afirma que a decadência referese apenas e especificamente à homologação expressa, ou seja, à faculdade de expressamente homologar (...). Porque é a homologação tácita um sub-rogado da homologação expressa, só esta última é atingida pela decadência, entre outros. 4 HABLE, Jose. A Extinção do Crédito Tributário por Decurso de Prazo. Decadência e Prescrição Tributárias, São Paulo: Editora Método, 4 ed., 2014, pp. 199/ BRASIL. STJ. EREsp /SP. Min. Teori Albino Zavascki. 1ª seção. Data de julgamento: 22/09/2004. DJ 11/10/2004, p. 218; e REsp /SC, Min. Luiz Fux. 1ª seção. Data de julgamento: 12/08/2009. DJe 18/09/2009, sob o rito dos recursos repetitivos. Disponível em: Acesso em: 02 nov BRASIL. STJ. EREsp /SP. Min. Teori Albino Zavascki. 1ª seção. Data de julgamento: 22/09/2004. DJ 11/10/2004, p No mesmo sentido, AgRg no AREsp /SE; Min. Rel. Napoleão Nunes Maia Filho. 1ª T. Data de julgamento: 13/08/2013, DJe 19/08/2013, entre outros. Disponível em: Acesso em: 02 nov HABLE, J. Obra citada, 2014, pp. 204/ HABLE, José. Decadência no pagamento antecipado de tributos com lançamento por homologação. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 18, n. 3528, 27 fev Disponível em: < Acesso em: 10 maio BRASIL.STJ. Sumula 555. Órgão Julgador S1 - PRIMEIRA SEÇÃO Data do Julgamento 09/12/2015 Data da Publicação/Fonte DJe 15/12/ MINATEL, José Antonio. Decadência e Sumula STJ 555: Retrocesso, Degradação ou Inércia que implica perda do Direito de lançar. 04 de janeiro Disponível em: Acesso em: 10 nov ANDRADE, Paulo Roberto. Se não for revisada, Súmula 555 do STJ sepulta trecho do artigo 150 do CTN. Disponível em: Acesso em: 18 maio PRECEDENTES: AgRg nos EREsp /MG; AgRg no Ag /RS; AgRg no Ag /SC; AgRg no Ag /PR; AgRg no AREsp 20880/PE; AgRg no AREsp /PR; AgRg no AREsp 9

10 246013/SE; AgRg no AREsp /PE; AgRg no AREsp /PE; AgRg no REsp /MG; AgRg no REsp /SC; AgRg no REsp /RS; AgRg no REsp /PR; REsp /SC; REsp /SC; REsp /RS; REsp /PE; REsp /PR; REsp /AL. 13 Importante enfatizar que existem ainda legislações tributárias, a exemplo do Estado de Goiás, que exigem ainda o lançamento de oficio de tributo declarado e não recolhido. 14 BRASIL. STJ. Súmula 436, Primeira Seção, julgado em 14/04/2010, DJe 13/05/ SÚMULA 006/2015. Órgão Julgador: Pleno do TARF. Data da Aprovação: 02/12/2015. Data de Publicação DODF: 11/12/2015. José Hable Presidente. 10

A SUMULA Nº 555 DO STJ E A DECADÊNCIA TRIBUTÁRIA NO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO

A SUMULA Nº 555 DO STJ E A DECADÊNCIA TRIBUTÁRIA NO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO A SUMULA Nº 555 DO STJ E A DECADÊNCIA TRIBUTÁRIA NO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO Indaga-se: a Súmula nº 555 do STJ representa um acerto ou um retrocesso na definição do termo inicial do prazo de decadência

Leia mais

um dos temas mais e :

um dos temas mais e : um dos temas mais e : decorre do! e tem marcantes! Muitas incertezas! Confusões! decadência e prescrição - tratadas como se sinônimas fossem. foi nítida a evolução e modernização: - da ; - dos de fiscalização

Leia mais

O PRAZO DE DECADÊNCIA, NOS TRIBUTOS SUJEITOS AO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO, na existência ou não de pagamento antecipado

O PRAZO DE DECADÊNCIA, NOS TRIBUTOS SUJEITOS AO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO, na existência ou não de pagamento antecipado O PRAZO DE DECADÊNCIA, NOS TRIBUTOS SUJEITOS AO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO, na existência ou não de pagamento antecipado Artigo publicado em: HABLE, José. Decadência no pagamento antecipado de tributos

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br A decadência e o inciso I do art. 173 do CTN José Hable* Indaga-se: como se interpreta o inciso I art. 173 do CTN, que trata da decadência tributária? 1. Introdução Quando se vai

Leia mais

Lançamento Tributário. Pré Aula Prof. Ramiru Louzada

Lançamento Tributário. Pré Aula Prof. Ramiru Louzada Lançamento Tributário Pré Aula Prof. Ramiru Louzada Lançamento Tributário Art. 123, CTN. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de

Leia mais

SOBRESTAMENTO RICARF ART. 62-A, 1º

SOBRESTAMENTO RICARF ART. 62-A, 1º RICARF Art. 62-A Art. 62-A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos

Leia mais

Prescrição e Decadência

Prescrição e Decadência Prescrição e Decadência RUBENS KINDLMANN Conceito É um fenômeno que acarreta a perda do direito subjetivo do Fisco em constituir o crédito tributário pelo lançamento, em decorrência do decurso do prazo

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Extinção do Crédito Tributário Prescrição Parte II Termo inicial de contagem. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Extinção do Crédito Tributário Prescrição Parte II Termo inicial de contagem. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO Extinção do Crédito Tributário Prescrição Parte II Termo inicial de contagem Prof. Marcello Leal 1 Termo inicial da prescrição Tributos lançados por homologação STJ, Súmula 436 - A entrega

Leia mais

Direito Tributário para o Exame de Ordem

Direito Tributário para o Exame de Ordem Direito Tributário para o Exame de Ordem 3 Conceito de Tributo. 4 Legislação Tributária. 5 Obrigação Tributária. 6 Crédito Tributário. (1a. Parte: Conceito, Constituição) Sergio Karkache http://sergiokarkache.blogspot.com

Leia mais

Decadência R UBE N S K I N DL M ANN

Decadência R UBE N S K I N DL M ANN Decadência RUBENS KINDLMANN Conceito É um fenômeno que acarreta a perda do direito subjetivo do Fisco em constituir o crédito tributário pelo lançamento, em decorrência do decurso do prazo legal para efetivá-lo.

Leia mais

A DECADÊNCIA NA SUSPENSÃO POR DECISÃO JUDICIAL DA

A DECADÊNCIA NA SUSPENSÃO POR DECISÃO JUDICIAL DA A DECADÊNCIA NA SUSPENSÃO POR DECISÃO JUDICIAL DA CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Indaga-se: qual o prazo extintivo para a constituição do crédito tributário, na hipótese de a Fazenda Pública estar

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Art. 142 Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim

Leia mais

Decadência. Pré-aula 07. Professor Ramiru Louzada

Decadência. Pré-aula 07. Professor Ramiru Louzada Decadência Pré-aula 07 Professor Ramiru Louzada Hipótese de Incidência Fato Gerador Obrigação Tributária Lançamento Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário

Leia mais

Obrigatoriedade. Autonomia do Crédito Tributário. Origem:

Obrigatoriedade. Autonomia do Crédito Tributário. Origem: Direito Tributário Crédito tributário:conceito e constituição. Lançamento: conceito e modalidades de lançamento. Hipóteses de alteração do lançamento. Sergio Karkache http://sergiokarkache.blogspot.com

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO II: LANÇAMENTO E CRÉDITO TRIBUTÁRIO

DIREITO TRIBUTÁRIO II: LANÇAMENTO E CRÉDITO TRIBUTÁRIO DIREITO TRIBUTÁRIO II: LANÇAMENTO E CRÉDITO TRIBUTÁRIO Prof. Thiago Gomes 1. CO N TEXTUA LIZA ÇÃ O DO UTO R, PA PA I TIN HA A LG UM A S CA SA S EM SEU N O M E. NUN CA PAG O U IPTU E AG O RA ELE M O RREU.

Leia mais

Crédito Tributário e Suas Formas de Lançamento art. 139 a 150 CTN

Crédito Tributário e Suas Formas de Lançamento art. 139 a 150 CTN CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO. Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlmann AULA 23 31/05/17 CRÉDITO TRIBUTÁRIO E SUAS FORMAS DE LANÇAMENTO Crédito Tributário e Suas Formas de Lançamento

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlmann 16/11/2017

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlmann 16/11/2017 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlmann 16/11/2017 E-mail: tributario@legale.com.br AULA 14 CRÉDITO TRIBUTÁRIO E SUAS FORMAS DE LANÇAMENTO - É somente

Leia mais

O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE OS INSTITUTOS DA DECADÊNCIA E DA PRESCRIÇÃO TRIBUTÁRIA

O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE OS INSTITUTOS DA DECADÊNCIA E DA PRESCRIÇÃO TRIBUTÁRIA José Hable* Auditor Tributário da Secretaria de Fazenda do Distrito Federal; Graduado em Agronomia pela UFPR; Administração de Empresas pela FAE e em Direito pela CEUB; Pós-Graduado em Direito Tributário

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br O que você deve saber sobre os institutos da decadência e da prescrição tributária José Hable* Indaga-se: basta tão-somente o transcurso de um prazo definido em lei, para se querer

Leia mais

ANÁLISE DA APLICAÇÃO DAS MULTAS POR FALTA DE PAGAMENTO DE ISS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO NA VIGÊNCIA DE MEDIDA LIMINAR

ANÁLISE DA APLICAÇÃO DAS MULTAS POR FALTA DE PAGAMENTO DE ISS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO NA VIGÊNCIA DE MEDIDA LIMINAR ANÁLISE DA APLICAÇÃO DAS MULTAS POR FALTA DE PAGAMENTO DE ISS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO NA VIGÊNCIA DE MEDIDA LIMINAR MARCUS OLIVEIRA Mestre em Direito Tributário Questão problema Pode haver aplicação

Leia mais

Contabilidade e Legislação Tributária Aula 11 Crédito Tributário e Lançamento

Contabilidade e Legislação Tributária Aula 11 Crédito Tributário e Lançamento Contabilidade e Legislação Tributária Aula 11 Crédito Tributário e Lançamento Prof. Gustavo Gonçalves Vettori + 1. Crédito tributário e lançamento 1 OT vs. CT Art. 139, CTN: O crédito tributário decorre

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Lançamento Tributário - Modalidades de Lançamento Parte I. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Lançamento Tributário - Modalidades de Lançamento Parte I. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO - Modalidades de Lançamento Parte I Prof. Marcello Leal Modalidades de lançamento Lançamento Direto ou de ofício (originária ou supletiva) Lançamento por declaração Lançamento por homologação

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO Responsabilidade Tributária Art. 138 A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Tatiana Scaranello 28/11/2017

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Tatiana Scaranello 28/11/2017 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Tatiana Scaranello 28/11/2017 E-mail: tributario@legale.com.br tatiana.saranello@gmail.com AULA 24 DECADÊNCIA - Decadência é

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 05/12/2017

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 05/12/2017 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 05/12/2017 E-mail: tributario@legale.com.br AULA 26 Prescrição e Decadência DECADÊNCIA Prazo para formalizar

Leia mais

OS ASPECTOS MATERIAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO

OS ASPECTOS MATERIAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO OS ASPECTOS MATERIAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO Aula 01 Camila Campos Vergueiro VOCÊ JÁ PENSOU SOBRE: a regra jurídica? a obrigação tributária? o crédito tributário? O CICLO DE VIDA DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA?

Leia mais

A TESE DO STJ DOS 5 MAIS 5 NA DECLARAÇÃO DE

A TESE DO STJ DOS 5 MAIS 5 NA DECLARAÇÃO DE A TESE DO STJ DOS 5 MAIS 5 NA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE Indaga-se: aplicando-se a tese dos cinco mais cinco na hipótese de tributo declarado inconstitucional, está-se a definir o termo inicial

Leia mais

Resumos de leitura obrigatória AULA 22-06/05/2019. Teses Tributárias - ICMS NA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Resumos de leitura obrigatória AULA 22-06/05/2019. Teses Tributárias - ICMS NA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Resumos de leitura obrigatória AULA 22-06/05/2019 Teses Tributárias - ICMS NA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA O ICMS-ST é o regime pelo qual a responsabilidade pelo recolhimento do imposto devido é transferida

Leia mais

DECADÊNCIA E CONSERVAÇÃO DE DOCUMENTOS FISCAIS

DECADÊNCIA E CONSERVAÇÃO DE DOCUMENTOS FISCAIS DECADÊNCIA E CONSERVAÇÃO DE DOCUMENTOS FISCAIS Elaborado em 11.2007. José Hable Auditor tributário da Secretaria de Fazenda do Distrito Federal, graduado em Agronomia pela UFPR, Administração de Empresas

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Lançamento Tributário Mutabilidade do Lançamento. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Lançamento Tributário Mutabilidade do Lançamento. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO Mutabilidade do Lançamento Prof. Marcello Leal Hipóteses de modificação do lançamento tributário CTN, Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO. Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio AULA 24 05/06/17 PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Tanto a prescrição quanto a decadência, visa interromper

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Lançamento Tributário - Disposições Gerais Parte II. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Lançamento Tributário - Disposições Gerais Parte II. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO - Disposições Gerais Parte II Prof. Marcello Leal Privatividade de lançamento do Fisco? CTN, art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário

Leia mais

Jeferson MOREIRA DE CARVALHO Relator Assinatura Eletrônica

Jeferson MOREIRA DE CARVALHO Relator Assinatura Eletrônica Registro: 2018.0000837752 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 1052327-81.2016.8.26.0053, da Comarca de São Paulo, em que é apelante ESTADO DE SÃO PAULO, são apelados MARIA

Leia mais

PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Art. 150, 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda

Leia mais

Prescrição e Decadência

Prescrição e Decadência Prescrição e Decadência RUBENS KINDLMANN Prescrição e Decadência FG LANÇAMENTO COBRANÇA 5 ANOS 5 ANOS DECADÊNCIA PRESCRIÇÃO Decadência Liminar que não impede que o Fisco lance para prevenir a decadência

Leia mais

AULA 22 1 LANÇAMENTO. Modalidades de lançamento

AULA 22 1 LANÇAMENTO. Modalidades de lançamento Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Direito Tributário / Aula 22 Professor: Mauro Luís Rocha Lopes Monitora: Mariana Simas de Oliveira AULA 22 1 CONTEÚDO DA AULA: Lançamento (cont.). Modalidades.

Leia mais

Comunicado nº 31/2009

Comunicado nº 31/2009 Comunicado nº 31/2009 Referente: Contribuição previdenciária de agentes políticos eletivos. EMENTA: 1. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE AGENTES POLÍTICOS LEI Nº 9.506/1997 - INCONSTITUCIONALIDADE COMPENSAÇÃO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.497.248 - RS (2014/0300025-7) RELATOR RECORRENTE ADVOGADO RECORRIDO ADVOGADOS : MINISTRO OG FERNANDES : FAZENDA NACIONAL : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL : MARQUES PINTO E

Leia mais

Crédito Tributário e suas formas de lançamento. Rubens Kindlmann

Crédito Tributário e suas formas de lançamento. Rubens Kindlmann Crédito Tributário e suas formas de lançamento Rubens Kindlmann Ementa Crédito Tributário e suas formas de lançamento constituição definitiva do crédito tributário, lançamento de ofício, declaração e homologação.

Leia mais

Decadência de parte da acusação, de acordo com o Art. 150, li4 do CTN. AIIM

Decadência de parte da acusação, de acordo com o Art. 150, li4 do CTN. AIIM - ---------------------------- 6. ' SECRETARIA decadência e ilegalidade de juros e multa e não se defende do mérito. I FLS. DE ESTADO DOS NEGÓCIO~ DA FAZE!,!"DA. COORDENADORIA DA ADMINISTRAÇAO TRIBUTARIA

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 909.570 - SP (2006/0271806-3) RELATOR : MINISTRO FRANCISCO FALCÃO RECORRENTE : TADATOSHI MATSUDA E OUTROS ADVOGADO : ADALBERTO GODOY E OUTRO RECORRIDO : FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.122.804 - MS (2009/0123199-8) RELATOR AGRAVANTE AGRAVADO : MINISTRO BENEDITO GONÇALVES EMENTA TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TRIBUTO

Leia mais

Poder Judiciário TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO Gabinete do Desembargador Federal Geraldo Apoliano RELATÓRIO

Poder Judiciário TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO Gabinete do Desembargador Federal Geraldo Apoliano RELATÓRIO RELATÓRIO O DESEMBARGADOR FEDERAL GERALDO APOLIANO (RELATOR): Cuida-se de Mandado de Segurança impetrado pelo Município de Baturité-CE com o fito de obter Certidão Positiva de Débitos com Efeitos de Negativa-CPD-EN.

Leia mais

Aula 20. Denúncia espontânea

Aula 20. Denúncia espontânea Turma e Ano: Master A 2015 Matéria / Aula: Direito Tributário Professor: Vanessa Siqueira Monitor: Natália Sant'Anna de Figueiredo Aula 20 Denúncia espontânea Está prevista no Art. 138 CTN. Conceito: Denuncia

Leia mais

PALESTRANTE: Ant n o t n o i n o o Car a l r os o Gui u do d n o i n Filho h

PALESTRANTE: Ant n o t n o i n o o Car a l r os o Gui u do d n o i n Filho h PALESTRANTE: Antonio Carlos Guidoni Filho TEMA: A redução do valor de crédito-indébito a restituir em processo de compensação, pela cobrança de crédito tributário sem lançamento, viola os artigos 142 e

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.153.246 - SC (2009/0161917-3) RELATOR AGRAVANTE AGRAVADO : MINISTRO BENEDITO GONÇALVES EMENTA TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. PIS. COFINS. ALTERAÇÃO DA

Leia mais

Das Espécies de Lançamento Tributário São três as espécies de lançamento tributário: de ofício, por declaração e por homologação.

Das Espécies de Lançamento Tributário São três as espécies de lançamento tributário: de ofício, por declaração e por homologação. CRÉDITO TRIBUTÁRIO Das Espécies de Lançamento Tributário São três as espécies de lançamento tributário: de ofício, por declaração e por homologação. a) Lançamento de Ofício: Art. 149. O lançamento é efetuado

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Obrigação Tributária. Denúncia espontânea. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Obrigação Tributária. Denúncia espontânea. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO Obrigação Tributária Previsão legal CTN, Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido E dos

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 927.723 - SP (2007/0167963-7) RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES AGRAVANTE : CARLOS ALBERTO GONÇALVES ADVOGADO : JULIANA NOGUEIRA BRAZ E OUTRO(S) AGRAVADO : FAZENDA

Leia mais

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ TRADIÇÃO, EXPERIÊNCIA E OUSADIA DE QUEM É PIONEIRO Curso: DIREITO Disciplina: DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II Professora: ILZA MARIA DA SILVA FACUNDES Turma: 8ºDIV

Leia mais

MINISTÉRIO DA FAZENDA CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS

MINISTÉRIO DA FAZENDA CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Fl. 302 1 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Recurso nº Acórdão nº Extraordinário 9900 000.267 Pleno Sessão de 7 de dezembro de 2011 Matéria

Leia mais

PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIA. Denis Domingues Hermida

PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIA. Denis Domingues Hermida PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIA Denis Domingues Hermida - Locadora Carro Bom Ltda. foi autuada pela Receita Federal por ter deixado de recolher a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS)

Leia mais

VERITAE TRABALHO PREVIDÊNCIA SOCIAL SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO ARTIGOS SÚMULA 409 DO STJ FACILITA O RECONHECIMENTO DA PRESCRIÇÃO TRIBUTÁRIA

VERITAE TRABALHO PREVIDÊNCIA SOCIAL SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO ARTIGOS SÚMULA 409 DO STJ FACILITA O RECONHECIMENTO DA PRESCRIÇÃO TRIBUTÁRIA TRABALHO PREVIDÊNCIA SOCIAL SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO ARTIGOS Orientador Empresarial SÚMULA 409 DO STJ FACILITA O RECONHECIMENTO DA PRESCRIÇÃO TRIBUTÁRIA *Por Roberto Rodrigues de Morais Visando promover

Leia mais

O PRAZO PARA A REVISÃO DO ATO ADMINISTRATIVO QUANDO FAVORÁVEL AO CONTRIBUINTE

O PRAZO PARA A REVISÃO DO ATO ADMINISTRATIVO QUANDO FAVORÁVEL AO CONTRIBUINTE 1 2 3 O PRAZO PARA A REVISÃO DO ATO ADMINISTRATIVO QUANDO FAVORÁVEL AO CONTRIBUINTE Indaga-se: em sendo detectado um vício que torne ilegal o ato administrativo de lançamento tributário, há algum prazo

Leia mais

CRÉDITO TRIBUTÁRIO. Conceito

CRÉDITO TRIBUTÁRIO. Conceito Conceito CRÉDITO TRIBUTÁRIO O crédito tributário corresponde ao direito do Estado de exigir o tributo, ou melhor, de exigir o objeto da obrigação tributária principal do sujeito. Contribuição do crédito

Leia mais

Crédito e lançamento tributário

Crédito e lançamento tributário Crédito e lançamento tributário Levar o entendimento ao aluno sobre o que é, como se processa o crédito e as formas do lançamento do crédito tributário. Vamos lá, pessoal, na aula passada vimos a integração

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Art. 174, parágrafo único. A prescrição se interrompe: I pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução

Leia mais

HIPÓTESES DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

HIPÓTESES DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO HIPÓTESES DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO...5 Fundamento legal... 5 2. PAGAMENTO...9 3. IMPUTAÇÃO EM PAGAMENTO E REPETIÇÃO DO INDÉBITO... 13 Imputação em pagamento... 13 Repetição

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO Teses Tributárias ICMS na SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Critério Pessoal Art. 128 CTN Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso

Leia mais

A Repetição do Indébito do ISS quando classificado como tributo indireto

A Repetição do Indébito do ISS quando classificado como tributo indireto A Repetição do Indébito do ISS quando classificado como tributo indireto José Hable Capítulo de livro publicado: HABLE, J. A Repetição do Indébito do ISS quando classificado como tributo indireto. In:

Leia mais

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Tributário. Crédito Tributário Promotor de Justiça

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Tributário. Crédito Tributário Promotor de Justiça CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Crédito Tributário Promotor de Justiça 1) CESPE Promotor de Justiça - MPE RR (2012) Após apurar o ICMS devido em razão das notas fiscais de entrada e saída de mercadoria,

Leia mais

Reprodução de decisões do STJ e STF nas decisões do CARF. Cristiane Silva Costa Mestre PUC/SP e Conselheira do CARF

Reprodução de decisões do STJ e STF nas decisões do CARF. Cristiane Silva Costa Mestre PUC/SP e Conselheira do CARF Reprodução de decisões do STJ e STF nas decisões do CARF Cristiane Silva Costa Mestre PUC/SP e Conselheira do CARF Recursos extraordinários repetitivos inconstitucionalidade - STF Recursos especiais repetitivos

Leia mais

MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Embargos ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 26 de fevereiro de 2013

MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Embargos ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 26 de fevereiro de 2013 Fl. 449 448 Fl. 449 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Recurso nº Acórdão nº 342.102 Embargos 3101 001.335 1ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão

Leia mais

A homologação das bases tributáveis pelo decurso do prazo decadencial nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação. 1. Introdução.

A homologação das bases tributáveis pelo decurso do prazo decadencial nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação. 1. Introdução. 1 A homologação das bases tributáveis pelo decurso do prazo decadencial nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação. Donovan Mazza Lessa 1 Fernando Daniel de Moura Fonseca 2 1. Introdução. A atual

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 867.808 - RS (2006/0152587-7) RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES RECORRENTE : FAZENDA NACIONAL PROCURADORES : RODRIGO PEREIRA DA SILVA FRANK E OUTRO(S) CLAUDIO XAVIER SEEFELDER

Leia mais

Pós-Graduação em Direito Público. Disciplina: Direito Tributário LEITURA OBRIGATÓRIA III AULA 4 KIYOSHI HARADA

Pós-Graduação em Direito Público. Disciplina: Direito Tributário LEITURA OBRIGATÓRIA III AULA 4 KIYOSHI HARADA Pós-Graduação em Direito Público Disciplina: Direito Tributário LEITURA OBRIGATÓRIA III AULA 4 KIYOSHI HARADA REPETIÇÃO DE INDÉBITO. CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL O prazo para propositura de ação de

Leia mais

Planejamento Tributário Empresarial

Planejamento Tributário Empresarial Planejamento Tributário Empresarial Aula 09 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina, oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades,

Leia mais

Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral de Justiça e Presidente da Egrégia Câmara de Procuradores do Ministério Público do Estado de Minas Gerais

Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral de Justiça e Presidente da Egrégia Câmara de Procuradores do Ministério Público do Estado de Minas Gerais Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral de Justiça e Presidente da Egrégia Câmara de Procuradores do Ministério Público do Estado de Minas Gerais Os membros da Comissão Temporária constituída na 5ª Sessão

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. AdministraçãoTributária. Dívida Ativa Parte IV. Prof.MarcelloLeal

DIREITO TRIBUTÁRIO. AdministraçãoTributária. Dívida Ativa Parte IV. Prof.MarcelloLeal DIREITO TRIBUTÁRIO AdministraçãoTributária Dívida Ativa Parte IV Prof.MarcelloLeal É entendimento desta Corte que a pretensão relacionada à Nulidade da Certidão de Dívida Ativa, por eventual não preenchimento

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 781.900 - PR (2005/0152562-2) RELATORA : MINISTRA DENISE ARRUDA AGRAVANTE : FAZENDA NACIONAL AGRAVADO : J MATSUDA E COMPANHIA LTDA EMENTA TRIBUTÁRIO. CRÉDITO DE PIS E COFINS

Leia mais

Responsabilidade Tributária

Responsabilidade Tributária Responsabilidade Tributária RUBENS KINDLMANN Responsabilidade por Infrações Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlmann 27/11/2018

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlmann 27/11/2018 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 07 Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlmann 27/11/2018 E-mail: tributario@legale.com.br AULA 25 PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA Perda do direito da fazenda pública

Leia mais

Neste momento iremos falar sobre a suspensão da exigibilidade do crédito tributário e o art. 151 do CTN descreve as causas:

Neste momento iremos falar sobre a suspensão da exigibilidade do crédito tributário e o art. 151 do CTN descreve as causas: 9. SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 9.1. Introdução Material de apoio - Direito Financeiro Já vimos que se o contribuinte realizar uma conduta correspondente ao fato gerador de um tributo,

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Extinção do Crédito Tributário Pagamento Parte IV Pagamento indevido. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Extinção do Crédito Tributário Pagamento Parte IV Pagamento indevido. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO Extinção do Crédito Tributário Pagamento Parte IV Prof. Marcello Leal 1 CTN, Art. 167. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros

Leia mais

Autuação e Contencioso no Simples Nacional Questões Controversas. Satie Kimura Escritório Regional do SN de São Paulo

Autuação e Contencioso no Simples Nacional Questões Controversas. Satie Kimura Escritório Regional do SN de São Paulo Autuação e Contencioso no Simples Nacional Questões Controversas Satie Kimura Escritório Regional do SN de São Paulo Autuação e Contencioso no SN Questões Controversas SEFISC => NOVOS TEMPOS NO SN CONTROVERSAS

Leia mais

DA PRESCRIÇÃO TRIBUTÁRIA EM FACE À LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS. Data da Conclusão: 03/10/2006

DA PRESCRIÇÃO TRIBUTÁRIA EM FACE À LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS. Data da Conclusão: 03/10/2006 DA PRESCRIÇÃO TRIBUTÁRIA EM FACE À LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS Data da Conclusão: 03/10/2006 Autor: Paulo Cesar Pimentel Raffaelli, advogado tributarista em São Paulo, graduado pela UniFMU, e mestrado em

Leia mais

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO PROF. ALESSANDRO SPILBORGHS CRÉDITO TIBUTÁRIO

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO PROF. ALESSANDRO SPILBORGHS CRÉDITO TIBUTÁRIO PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO PROF. ALESSANDRO SPILBORGHS CRÉDITO TIBUTÁRIO contatos @alessandrospilborghs @alespilborghs alessandro spilborghs alessandro spilborghs INTRODUÇÃO LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Leia mais

A extinção da punibilidade pelo pagamento nos delitos contra a ordem tributária

A extinção da punibilidade pelo pagamento nos delitos contra a ordem tributária A extinção da punibilidade pelo pagamento nos delitos contra a ordem tributária Sumário: 1. Nota introdutória; 2. O instituto extinção da punibilidade; 3A extinção da punibilidade nos crimes contra a ordem

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 30/11/2017

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 30/11/2017 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 30/11/2017 E-mail: tributario@legale.com.br AULA 25 Responsabilidade Tributária RESPONSABILIDADES Sucessão Pessoal

Leia mais

Ação de Repetição do indébito

Ação de Repetição do indébito Ação de Repetição do indébito RUBENS KINDLMANN O que é? A Ação de Repetição do indébito está prevista no art. 165 do CTN e é cabível toda vez que o sujeito passivo tiver realizado um pagamento indevido

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO AULA 6 CRÉDITO TRIBUTÁRIO QUESTÕES COMENTADAS. 1) (FCC PGM-Joao Pessoa-PB - Procurador Municipal)

DIREITO TRIBUTÁRIO AULA 6 CRÉDITO TRIBUTÁRIO QUESTÕES COMENTADAS. 1) (FCC PGM-Joao Pessoa-PB - Procurador Municipal) ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DE PERNAMBUCO DIREITO TRIBUTÁRIO AULA 6 CRÉDITO TRIBUTÁRIO QUESTÕES COMENTADAS 1) (FCC - 2012 - PGM-Joao Pessoa-PB - Procurador Municipal) Uma vez notificado o sujeito passivo

Leia mais

Conflito de competência entre Municípios. Gabriel Collaço Vieira Advogado Ex-Conselheiro do TAT-Florianópolis Mestre - UFSC

Conflito de competência entre Municípios. Gabriel Collaço Vieira Advogado Ex-Conselheiro do TAT-Florianópolis Mestre - UFSC Conflito de competência entre Municípios Gabriel Collaço Vieira Advogado Ex-Conselheiro do TAT-Florianópolis Mestre - UFSC Conflito de competência Complexidade da operação Interpretação da lei Art. 146.

Leia mais

Direito Previdenciário

Direito Previdenciário Direito Previdenciário Processo administrativo previdenciário Parte 1 Prof. Bruno Valente Previsão legal: Art. 103 a 104 da Lei 8.213/91 Art. 345 a 349 do Decreto nº 3.048/99 Estes institutos se aplicam

Leia mais

Revisão de casos práticos

Revisão de casos práticos Revisão de casos práticos RUBENS KINDLMANN Considere que uma determinada Lei municipal, publicada em 10/01/2018, estabeleceu a redução das alíquotas e das multas aplicáveis aos fatos jurídicos tributáveis

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO Legislação Tributária Art. 96 A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares

Leia mais

1 Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de Comunicação e de Transporte Interestadual ou Interestadual (ICMS)

1 Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de Comunicação e de Transporte Interestadual ou Interestadual (ICMS) 15. TRIBUTOS EM ESPÉCIE - IMPOSTOS ESTADUAIS Material de apoio - Direito Financeiro 1 Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de Comunicação e de Transporte Interestadual ou Interestadual (ICMS)

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 973.733 - SC (2007/0176994-0) RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO LUIZ FUX (Relator): Trata-se de recurso especial interposto pelo INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, com fulcro nas alíneas

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.097.801 - ES (2008/0220752-0) RELATORA : MINISTRA ELIANA CALMON RECORRENTE : CIA NIPO BRASILEIRA DE PELOTIZACAO NIBRASCO E OUTRO EMENTA TRIBUTÁRIO - PROCESSO CIVIL - ISS - DECADÊNCIA

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO TRIBUTÁRIO E PROCESSO CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL ITR. TRIBUTAÇÃO COM BASE EM DECLARAÇÃO DO CONTRIBUINTE. PRAZO PRESCRICIONAL NÃO CONSUMADO. JULGAMENTO

Leia mais

PADRÃO DE RESPOSTA PEÇA PROFISSIONAL

PADRÃO DE RESPOSTA PEÇA PROFISSIONAL PEÇA PROFISSIONAL Há possibilidade de redação de duas peças processuais: Opção 1: mandado de segurança contra ato do agente fiscal estadual, perante a Vara da Fazenda Pública do Estado de São Paulo. Opção

Leia mais

TRIBUTO PRESCRITO E RESTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

TRIBUTO PRESCRITO E RESTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA TRIBUTO PRESCRITO E RESTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Indaga-se: havendo o pagamento de um tributo já alcançado pela prescrição, é cabível a sua devolução (restituição)? 1. INTRODUÇÃO É cediço que a decadência tributária

Leia mais

O prazo de decadência, nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, na existência ou não de pagamento antecipado

O prazo de decadência, nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, na existência ou não de pagamento antecipado 1 de 7 13/11/2014 13:24 Este texto foi publicado no site Jus Navigandi no endereço http://jus.com.br/artigos/23786 Para ver outras publicações como esta, acesse http://jus.com.br O prazo de decadência,

Leia mais

Estudo de Caso: Direito Tributário e Previdenciário

Estudo de Caso: Direito Tributário e Previdenciário Estudo de Caso: Direito Tributário e Previdenciário Monitora: Carla Arruda www.masterjuris.com.br CASO 01 QUESTÃO 4 - FCC - Analista Judiciário (TRF 3ª Região)/Judiciária/"Sem Especialidade"/2014 Empresa

Leia mais

DECADÊNCIA E O INCISO II DO ART. 173 DO CTN

DECADÊNCIA E O INCISO II DO ART. 173 DO CTN DECADÊNCIA E O INCISO II DO ART. 173 DO CTN Indaga-se: o inciso II do art. 173 do CTN, que trata de prazo decadencial, aplica-se em que situações no processo administrativo fiscal? 1. INTRODUÇÃO O inciso

Leia mais

NEWSLETTER TRIBUTÁRIO

NEWSLETTER TRIBUTÁRIO Nº 01/2019 11 de janeiro de 2019 NEWSLETTER 1. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA PUBLICADA INSTRUÇÃO NORMATIVA SOBRE O PROCEDIMENTO DE RESPONSABILIZAÇÃO DE TERCEIROS POR DÉBITOS S Publicada Instrução Normativa

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.372.357 - MG (2010/0225289-5) RELATOR : MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO AGRAVANTE : LIMOVEIS LTDA ADVOGADO : MARIA CLEUSA DE ANDRADE E OUTRO(S) AGRAVADO : ESTADO DE

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO GABINETE DO DESEMBARGADOR FEDERAL FRANCISCO BARROS DIAS

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO GABINETE DO DESEMBARGADOR FEDERAL FRANCISCO BARROS DIAS REMESSA EX OFFICIO EM AÇÃO CÍVEL Nº 487024/PE (2009.05.99.003624-2) PARTE A : FAZENDA NACIONAL PARTE R : FRANCISCO PEDRO DA SILVA ESPÓLIO REMTE : JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE PALMARES

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgInt no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL N 592030 - DF (2014/0238133-4) RELATOR AGRAVANTE ADVOGADOS AGRAVADO PROCURADOR : MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO : WS PROMOÇÕES S/C LTDA : JULIANO RICARDO DE VASCONCELLOS

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 07/12/2017

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 07/12/2017 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 07/12/2017 E-mail: tributario@legale.com.br AULA 27 Prescrição e Decadência Continuação da aula 26... - Prescrição

Leia mais

Apelação Cível nº , de Cambé Vara Cível Relator: Lauro Laertes de Oliveira Apelante: Município de Cambé Apelado: Aparecido Alves Teixeira

Apelação Cível nº , de Cambé Vara Cível Relator: Lauro Laertes de Oliveira Apelante: Município de Cambé Apelado: Aparecido Alves Teixeira , de Cambé Vara Cível Relator: Lauro Laertes de Oliveira Apelante: Município de Cambé Apelado: Aparecido Alves Teixeira Trata-se de execução fiscal, afinal extinta diante do reconhecimento, de ofício,

Leia mais