PATRÍCIA MASSUCATTO MILANELLO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PATRÍCIA MASSUCATTO MILANELLO"

Transcrição

1 PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS FUNDAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ADMINISTRATIVO - FUNDAP PATRÍCIA MASSUCATTO MILANELLO AVALIAÇÃO DA VOZ E DA DEGLUTIÇÃO EM LARINGECTOMIZADOS PARCIAIS HORIZONTAIS: REVISÃO DA LITERATURA RIBEIRÃO PRETO 2013

2 PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS FUNDAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ADMINISTRATIVO - FUNDAP PATRÍCIA MASSUCATTO MILANELLO AVALIAÇÃO DA VOZ E DA DEGLUTIÇÃO EM LARINGECTOMIZADOS PARCIAIS HORIZONTAIS: REVISÃO DA LITERATURA Monografia apresentada ao Programa de Aprimoramento Profissional/CRH/SES-SP e FUNDAP, elaborada no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo USP/ Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Nome do Aprimoramento: Patrícia Massucatto Milanello Orientador(a): Profa. Dra. Lílian Neto Aguiar Ricz Supervisor(a) Titular: Profa. Dra. Lílian Neto Aguiar Ricz RIBEIRÃO PRETO 2013

3 Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. Catalogação da Publicação Milanello, Patrícia Massucatto Avaliação da voz e da deglutição em laringectomizados parciais horizontais: revisão da literatura; Orientadora Lílian Neto Aguiar Ricz - Ribeirão Preto, Monografia apresentada ao Programa de Aprimoramento Profissional/CRH/SES-SP e Fundap, elaborada no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo USP/ Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço Área de Concentração: Fonoaudiologia. Sub-área: Fononcologia. 1. Laryngectomy; 2. voice assessment; 3. swallowing assessment.

4 Nome: Milanello, Patrícia Massucatto Título: Avaliação da voz e da deglutição em laringectomizados parciais horizontais: Revisão da Literatura. Monografia apresentada ao Programa de Aprimoramento Profissional/CRH/SES-SP e FUNDAP, elaborada no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo USP/ Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Aprovado em: Banca Examinadora Prof. Dr. Julgamento: Prof. Dr. Julgamento: Prof. Dr. Julgamento: Instituição: Assinatura: Instituição: Assinatura: Instituição: Assinatura:

5 DEDICATÓRIA À Deus e à Nossa Senhora Aparecida por estarem ao meu lado e por serem minha fonte de fé, força e esperança. Aos meus pais, José Roberto e Maria de Fátima, com muito amor, carinho e agradecimento pelos ensinamentos ao longo destes anos. Agradeço a vocês por estarem sempre comigo e me apoiaram em todas as minhas decisões. Vocês são minha inspiração.

6 AGRADECIMENTOS A minha orientadora Profª Dra. Lílian Neto Aguiar Ricz por ter me oferecido carinhosamente a oportunidade de realizar este trabalho, por compartilhar seus conhecimentos e por ser um exemplo de amor à profissão. Muito obrigada! À Fga. Gleidy Vannesa Espitia Rojas pela amizade, pelo amor à pesquisa científica e pela colaboração durante a realização deste trabalho. Às Fonoaudiólogas e às Secretárias contratadas do Setor de Fonoaudiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto USP pela convivência neste 1 ano de aprimoramento e pelos ensinamentos ao longo de cada dia. Às minhas queridas Amigas de Aprimoramento por passarmos juntas esse ano e por dividirmos cada nova experiência e aprendizado do dia-a-dia.

7 RESUMO MILANELLO, P. M. Avaliação da voz e da deglutição em laringectomizados parciais horizontais: Revisão da Literatura Monografia do Programa de Aprimoramento Profissional/CRH/SES-SP e FUNDAP Hospital da Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, De acordo com dados publicados pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer), o Brasil é um dos países com maior incidência de câncer de laringe do mundo. Como forma de tratamento, alguns pacientes são submetidos à realização de procedimentos cirúrgicos e uma das técnicas utilizadas é a laringectomia parcial horizontal. No entanto, muitos pacientes apresentam como queixas pósoperatórias, alterações vocais e principalmente relacionadas à deglutição. Frente a isso, o objetivo do presente estudo foi revisar a literatura científica nacional e internacional a respeito dos instrumentos e parâmetros utilizados na avaliação da voz e da deglutição em pacientes submetidos à laringectomia parcial horizontal. Inicialmente foram selecionadas palavras-chave e das terminologias cadastradas nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) criados pela Biblioteca Virtual em Saúde desenvolvida a partir do Medical Subjects Headings (MeSH) da U.S. National Library of Medicine. Foi realizada exploração de artigos em língua portuguesa e em língua inglesa publicados nas bases de dados CIHNAL, LILACS, PUBMED, SCIENCE DIRECT e SCOPUS no período de 1993 à Do levantamento realizado, foram encontrados 1020 artigos, no entanto, apenas 19 estavam de acordo com os critérios de inclusão e de exclusão, sendo então utilizados no presente trabalho. Analisando o tipo de cirurgia mais estudada entre os artigos, destacou-se a laringectomia supracricóide com CHEP e CHP. Quanto aos instrumentos de avaliação vocal mais utilizados destacaram-se a espectrografia e o uso da escala GRBAS. Quanto a deglutição a nasofibroendoscopia (FEES) foi a mais utilizada seguida pela videofluoroscopia da deglutição. Tanto para a voz quanto para a deglutição os artigos mencionaram o uso de protocolos de qualidade de vida e os mais utilizados foram o Voice Handicap Index (VHI) e o MD Anderson Dysphagia Inventory (MDADI),

8 respectivamente. Com base nesta revisão da literatura, conclui-se que faltam padronizações quanto aos instrumentos e parâmetros utilizados tanto na avaliação vocal quanto na avaliação de deglutição e também que mais estudos deveriam ser realizados a fim de verificar a sensibilidade e especificidade da avaliação clínica da deglutição.

9 ABSTRACT MILANELLO, P. M. Evaluation of voice and swallowing in horizontal partial laryngectomized: Review of the Literature Monografia do Programa de Aprimoramento Profissional/CRH/SES-SP e FUNDAP Hospital da Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, According to data published by the INCA (National Cancer Institute), Brazil is among the countries with the highest incidence of laryngeal cancer in the world. As treatment, some patients undergo surgical procedures and one of the techniques used is the horizontal partial laryngectomy. However, many patients present as postoperative complaints, vocal and mainly related to swallowing. Faced with this, the objective of this study was to review national and international literature about the instruments and parameters used in the evaluation of voice and swallowing in patients undergoing horizontal partial laryngectomy. Initially keywords and terminologies Indexed Descriptors in Health Sciences Headings (DECS) created by the Virtual Health Library developed from the Medical Subjects Headings (MeSH) of the U.S. National Library of Medicine were selected. Exploration of literature was conducted in Portuguese and English and published in the databases CIHNAL, LILACS, PUBMED, SCIENCE DIRECT and SCOPUS data from 1993 to The survey, 1020 articles were found, however, only 19 were in accordance with the criteria of inclusion and exclusion, and then used in the present work. Analyzing the type of surgery most studied among the articles stood out supracricoid laryngectomy with CHEP and CHP. As for the instruments most used in vocal assessment is the spectrograph and the GRBAS scale. As nasofibroscopy swallowing (FEES) was the most used followed by videofluoroscopy. For both voice and swallowing to the articles mentioned the use of quality of life and the most widely used protocols were the Voice Handicap Index (VHI) and the MD Anderson Dysphagia Inventory (MDADI), respectively. Based on this literature review, it is concluded that lack standardization for the

10 tools and parameters used in vocal assessment and in evaluation of swallowing and also that further studies should be conducted to verify the sensitivity and specificity of clinical evaluation.

11 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO Justificativa Objetivo do estudo REVISÃO DA LITERATURA METODOLOGIA RESULTADOS DISCUSSÃO CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 44

12 12 INTRODUÇÃO De acordo com dados publicados pelo Instituto Nacional de Câncer INCA (2013) o Brasil é um dos países com maior incidência de câncer de laringe do mundo. O instituto também aponta que a associação do cigarro com o álcool aumenta em 43 vezes as chances de desenvolver câncer de laringe. Representa cerca de 25% dos tumores malignos que acometem essa área e 2% de todas as doenças malignas. A ocorrência pode se dar em uma das três porções em que se divide a laringe: região supraglótica, glote e subglote. Aproximadamente 2/3 dos tumores surgem na região glótica e 1/3 acomete a supraglótica. O tipo histológico mais prevalente, em mais de 90% dos pacientes, é o carcinoma epidermóide. Só no ano de 2010 foram registrados casos de câncer de laringe no Brasil sendo o maior número de pacientes do sexo masculino. O instituto estima ainda que o país teve novos casos em homens só no ano de De acordo com Behlau (2001) uma vez realizado o diagnóstico e a intervenção precoce do câncer de laringe, melhores são as condições de sobrevida destes pacientes. No entanto o tratamento a ser empregado depende da localização e estadiamento do tumor. A opção escolhida pode ser o tratamento com radioterapia, radioterapia e quimioterapia complementar seguindo o protocolo de preservação de órgãos e também o tratamento cirúrgico. Quando a opção é cirúrgica, existem dois tipos de propostas empregadas, as laringectomias totais e as laringectomias parciais. As laringectomias totais se caracterizam pela retirada completa da laringe o que gera importantes modificações nas funções de fonação e respiração. Já nas laringectomias parciais há uma tentativa em preservar as estruturas da laringe e existem dois tipos de laringectomias, as verticais e as horizontais. Nas laringectomias verticais a função mais comprometida é a fonação e nas horizontais a deglutição. Dentre as laringectomia verticais temos: laringofissura e cordectomia, laringectomia vertical frontal, laringectomia vertical frontolateral (hemilaringectomia), laringectomia vertical frontolateral ampliada e laringectomia quase total (near total laringectomia). Já nas laringectomias horizontais temos: laringectomia horizontal supraglótica com e sem aritenoidectomia, laringectomia horizontal supraglótica com ressecção da prega vocal ipsolateral (laringectomia a

13 13 ¾), laringectomia horizontal supraglótica ampliada e laringectomia horizontal supracricóidea (CARRARA-DE-ANGELIS, E.; FURIA, C.L.B.; MOURÃO, L.F; KOWALSKI, 2000). Pacientes submetidos a estas abordagens cirúrgicas especialmente as laringectomias parciais horizontais, que são objetos de estudo no presente trabalho, apresentam como queixas no pós-operatório alterações vocais, mas principalmente queixas relacionadas a deglutição, uma seqüela pertinente ao tipo de procedimento realizado uma vez que estruturas envolvidas no processo da deglutição são ressecadas.

14 14 JUSTIFICATIVA A investigação baseada em dados da literatura nacional e internacional a respeito das formas de avaliação da voz e da deglutição em pacientes que são submetidos a laringectomia parcial horizontal e os instrumentos utilizados para este fim, se faz necessária em virtude do aumento crescente de pacientes com diagnóstico de câncer de laringe e que são submetidos a este tipo de procedimento cirúrgico, bem como a falta de evidência científica para embasar a atuação fonoaudiológica. Em um breve levantamento da literatura foi possível observar que pacientes submetidos à laringectomia parcial horizontal apresentam como queixas pós-operatória, disfonia e disfagia variando o grau de comprometimento. Para atender a estes pacientes, diferentes procedimentos são utilizados a fim de identificar suas queixas e a partir delas, dar início a intervenção. No entanto há vários procedimentos sendo utilizados de acordo com a literatura científica, mas até o momento não sabemos ao certo quais deles são os mais utilizados e quais os que melhor trazem resultados. Para tal, é necessário levantar os dados da literatura e verificar quais os procedimentos mais utilizados nas pesquisas científicas e quais deles trazem maior benefício ao tratamento do paciente oncológico, sendo então possível aplicá-los nas rotinas hospitalares.

15 15 OBJETIVO DO ESTUDO Objetivo geral: Buscar evidências disponíveis na literatura científica, nacional e internacional, sobre o conhecimento científico produzido a respeito de instrumentos de avaliação da voz e da deglutição utilizados em pacientes submetidos à laringectomia parcial horizontal. Objetivo específico: Identificar a produção científica nacional e internacional nos últimos 20 anos a respeito do tema; O tipo de cirurgia mais encontrada na literatura; Descrever os instrumentos e os parâmetros utilizados para avaliação vocal e da deglutição em pacientes submetidos à laringectomia parcial horizontal.

16 16 REVISÃO DA LITERATURA BRON, PASCHE, BROSSARD, MONNIER e SCHWEIZER (2002) analisaram um grupo de 17 pacientes submetidos a laringectomia parcial supracricóide com CHEP quanto a voz e a deglutição e o impacto da cirurgia na reintegração social. A deglutição foi avaliada usando uma escala de desempenho para pacientes com câncer de cabeça e pescoço (PSSHN) e uma escala de 0 a 100 para avaliar a normalidade da dieta e a habilidade de comer em público. Também foi realizada uma avaliação indireta da laringe para verificar a forma e o fechamento da neoglote. A análise vocal incluiu a leitura de um texto, emissão de frases espontâneas e respostas a perguntas padronizadas. Também a emissão da vogal /a/ prolongada em nível confortável, em fraca e forte intensidade. A frequência vocal foi avaliada a partir da espectrografia. A avaliação psicoacústica foi realizada a partir da escala GRBAS e as medidas aerodinâmicas, pelo tempo máximo de fonação. Os resultados da avaliação da deglutição apontaram que as maiores alterações se dão no início do pós-operatório mas com melhora progressiva ao longo dos meses, no entanto, os autores verificaram que 11% dos pacientes apresentavam restrição severa quanto a alimentação. Já a alteração vocal mostrou ser o maior problema mesmo após vários anos da realização da cirurgia. A frequência fundamental encontrava-se em torno de 70,1Hz caracterizando a voz como grave e no exame de imagem observou-se um maior escape de ar durante a fonação e instabilidade de vibração. Tais achados demonstram que apesar da alteração vocal ser mais evidente, esta não limita o individuo em suas atividades, no entanto, se considerarmos pacientes do sexo feminino, como a voz torna-se muito rouca e grave, há uma descaracterização da mulher. DWORKIN, MELECA, ZACHAREK, STACHLER, PASHA, ABKARIAN, CULATTA e JACOBS (2003) compararam a voz e a deglutição entre pacientes submetidos a laringectomia parcial supracricóide e laringectomia total. A avaliação vocal contou com a análise acústica que mediu a frequência fundamental, Shimmer, Jitter, relação sinal-ruído e tempo máximo de fonação e outras medidas aerodinâmicas. Para análise da anatomia e mecanismo de funcionamento da

17 17 neoglote, os pacientes foram avaliados pela laringoestroboscopia. A voz e a fala foram avaliadas utilizando uma escala de 5 pontos, em que o número 1 correspondia a uma pobre percepção da voz e da fala do indivíduo enquanto que 5 representava uma excelente percepção. O protocolo de qualidade de vida, Voice Handicap Index (VHI), também foi utilizado. A avaliação da deglutição, realizada apenas com os pacientes que haviam feito a laringectomia supracricóide, contou com a nasofibroscopia. No entanto, os pacientes que se recusaram a este avaliação, foram submetidos à deglutição de bário modificada. Diferentes escalas foram utilizadas para avaliar os dois instrumentos. Os achados evidenciaram que estes indivíduos apresentavam uma fala inteligível e com fluência adequada, entretanto a voz foi classificada como rouca e áspera de grau moderado o que é confirmado pela imagem laríngea que identificou que os dois grupos de pacientes apresentavam irregularidade de vibração e rigidez das estruturas. Já a análise vocal não apontou diferenças significativas entre os grupos. O protocolo VHI, sugere que os pacientes percebem sua alteração vocal como de grau moderado e que isto, muitas vezes, dificulta a habilidade de se comunicar devido a necessidade de exercer uma maior esforço físico, incomum para tais fins, e também por sentirem-se envergonhados com a evidente alteração vocal. E embora a avaliação da deglutição tenha mostrado um grau moderado de penetração laríngea, os autores afirmam que a realização de manobras de limpeza, como tosse forte, são eficazes na tentativa de limpeza de resíduos alimentares próximos da via aérea. SCHINDLER, FAVERO, NUDO, SPADOLA-BISETTI, OTTAVIANI e SCHINDLER (2005) avaliaram a voz de 20 indivíduos do sexo masculino com média de idade de 71 anos e que foram submetidos a laringectomia supracricóide com CHEP ou CHP. Como métodos de avaliação foram realizados o exame de videolaringoscopia e aplicada uma escala de 5 pontos, a fim de avaliar as características de vibração da neoglote, grau de mobilidade das aritenóides e movimento ântero-posterior das aritenóides/epiglote/base de língua. Foi realizada avaliação acústica da voz através da espectografia e utilizada a classificação de Yanagihara para rouquidão e a obtenção do tempo máximo de fonação. Para a avaliação perceptivo-auditiva foi utilizada a escala GRBAS. Também foi aplicado o protocolo de qualidade de vida Voice Handicap Index (VHI). Os autores

18 18 observaram um alto grau de variabilidade quanto a qualidade vocal e atribuíram tal fato ao número de aritenóides preservadas e o tipo de reconstrução utilizada. A mobilidade da aritenóide e o movimento ântero-posterior do complexo aritenóide/epiglote/base da língua foi bom enquanto que a vibração da neoglote foi classificada como ruim. De acordo com os resultados obtidos por meio do tempo máximo de fonação, há significativa perda de ar durante a fonação depois da laringectomia supracricóide, devido a configuração da neoglote. A escala GRBAS, assim como em outros estudos mostrou que a voz é geralmente rouca e soprosa. O sinal acústico foi geralmente pobre, confirmando a extrema deteriorização da voz após a cirurgia. Em relação a qualidade de vida os indivíduos se mostraram relativamente satisfeitos com sua voz, demonstrando assim que mesmo frente a importante alteração vocal esta não impede o individuo de se comunicar. MAKEIEFF, GIOVANNI e GUERRIER (2006) compararam os achados da avaliação videolaringoestroboscópica com a avaliação perceptivo-auditiva e acústica da voz de pacientes submetidos a laringectomia parcial supracricóide com CHEP. Os parâmetros utilizados na videolaringoestroboscopia foram oclusão laríngea, comprimento da epiglote, movimento da aritenóide e área de vibração. A avaliação acústica e aerodinâmica incluiu a análise da frequência fundamental, intensidade, Jitter, Shimmer, relação sinal-ruído, fluxo de ar, tempo máximo de fonação e a pressão subglote. A avaliação perceptivo-auditiva foi realizada utilizando a escala GRBAS. Após a laringectomia supracricóide, a neoglote não possui mais as pregas vocais ou estruturas especializadas para a fonação. O som é então formado a partir da vibração de estruturas remanescentes e irregulares o que confirma a presença de rouquidão. No entanto, a forma como tais estruturas se relacionam, determinará o tipo de voz que o paciente apresenta. O que os autores colocam é que o tipo de procedimento cirúrgico realizado, as estruturas que foram preservadas e a reconstrução utilizada influenciam diretamente na qualidade vocal, o que nos permite a partir de agora, ao planejar a cirurgia, compreender melhor quais serão suas implicações para a fonação e optar pela melhor escolha com melhores resultados funcionais. SEWNAIK, HAKKESTEEGT, MEEUWIS, GIER e KERREBIJN (2006) após 3 meses da realização da laringectomia parcial supracricóide com CHEP,

19 19 avaliaram a deglutição e a voz destes pacientes. A avaliação da deglutição foi realizada a partir da nasofibroscopia (FEES) e os itens julgados foram perda prematura do alimento, resíduo em faringe, penetração e aspiração laringotraqueal. Na avaliação vocal foi captada a intensidade e a frequência da voz e o tempo máximo de fonação. Para a análise perceptivo-auditiva da voz, os juízes compararam as vozes do pré e do pós-operatório julgando se a rouquidão estava melhor, pior ou se mantinha. Em relação as queixas de deglutição, alguns pacientes relataram episódios de engasgos para líquidos, outros para sólidos e com variação quanto a intensidade de tais engasgos, e outros que negavam tais queixas. Com a avaliação objetiva, não foi observado nenhum episódio de aspiração laringotraqueal, mas foi evidenciado resíduo em faringe para as consistências líquida, pastosa e sólida que clareou após nova deglutição. Todas as avaliações vocais realizadas mostraram importante comprometimento vocal com piora da rouquidão no pós-operatório, diminuição do tempo máximo de fonação, da frequência e da intensidade vocais. SCHINDLER, FAVERO, NUDO, ALBERA, SCHINDLER e CAVALOT (2006) avaliaram a voz e a deglutição de 20 pacientes submetidos a laringectomia supracricóide com CHEP ou CHP após 2 anos da realização do procedimento cirúrgico. Utilizaram como instrumentos de avaliação a videolaringoscopia a fim de verificar a mobilidade das estruturas laríngeas durante a fonação, avaliação aerodinâmica, perceptivo-auditiva (GIRBAS) e acústica da voz (espectografia), nasofibroscopia da deglutição (FEES) e aplicaram os protocolos de autoavaliação, Voice Handicap Index (VHI) e MD Anderson Dysphagia Inventory (MDADI). Os resultados mostraram que a voz e a deglutição variaram de boa a ruim e esta variação pode ter sofrido influencia pelo número de aritenóides preservadas e o tipo de reconstrução utilizada entre os pacientes. Verificaram também que o comprometimento da deglutição apresentou-se levemente prejudicado enquanto que a voz teve resultados piores. A avaliação subjetiva classificou a voz como áspera e soprosa e com tempo máximo de fonação reduzido, sendo esta qualidade vocal confirmada através da avaliação objetiva demonstrando uma disfonia severa. Por fim os autores verificaram que apesar de haver alterações tanto da deglutição quanto da fonação, após a laringectomia

20 20 supracricóide, os resultados da auto-avaliação revelaram satisfação dos pacientes quanto às suas condições atuais mesmo após 2 anos da cirurgia. LEWIN, HUTCHESON, BARRINGER, MAY, ROBERTS, HOLSINGER e DIAZ (2008) investigaram a fisiologia da deglutição em pacientes submetidos a laringectomia parcial supracricóide comparando com o tipo de reconstrução utilizada: CHEP, CHP e TCHP, utilizando métodos de avaliação objetiva. Para tal, foi realizada a deglutição de bário modificada. Durante o teste, eram observadas a mobilidade das estruturas laríngeas e realizadas estratégias compensatórias para facilitar a deglutição. No início do pós-operatório, todos os pacientes apresentaram aspiração para líquidos resultado da incompetência da neoglote, sendo que dentre estes, 73% apresentaram tosse espontânea e 27% não tiveram nenhuma resposta de defesa, o que indicava aspiração silente. Identificaram também redução da excursão hiolaríngea e diminuição da retração da base da língua contra a parede posterior da faringe assim como resíduo em faringe após a deglutição. E embora os riscos de aspiração não diminuíssem significativamente ao longo do tempo, o uso de estratégias para facilitar a deglutição reduziu ou eliminou os riscos de aspiração em alguns casos. Em última análise, os autores identificaram que o tipo de cirurgia realizada, o número de aritenóides ressecadas ou uso de radioterapia, não teve efeito estatisticamente significante na ocorrência de aspiração e no estado nutricional do paciente, com 81% dos pacientes retomando a nutrição por via oral. MAKEIEFF, BRETEQUE, GUERRIER e GIOVANNI (2009) realizaram um estudo de qualidade de vida no qual os autores reuniram informações a respeito do impacto vocal e profissional de 64 pacientes submetidos a laringectomia parcial supracricóide. Nenhum dos pacientes apresentavam comprometimento da deglutição e dentro do grupo haviam indivíduos que utilizavam a voz intensamente e outros sem atividade profissional que se relacionasse com a voz. Inicialmente os pacientes foram questionados sobre suas atividades pessoais e profissionais e foram avaliados três elementos: a habilidade de perseguir as atividades profissionais que tinham antes da cirurgia, reclassificação ou adaptação no trabalho e interrupção da atividade profissional. Foi aplicado o protocolo de qualidade de vida Voice handicap Index (VHI) e avaliação perceptivo-auditiva da voz por meio da escala GRBAS. Os resultados

21 21 evidenciaram que muitos pacientes ou mudaram de função ou simplesmente deixaram de exercer a atividade profissional que tinham antes da cirurgia. Já a avaliação vocal mostrou que o grau da disfonia variou de moderado a severo, mas apesar de tais resultados é importante considerarmos como os indivíduos enfrentam suas limitações e ajudá-los a encará-las. Entender o impacto social da voz na qualidade de vida desses pacientes deveria ser levado em consideração antes da escolha da técnica cirúrgica assim como os possíveis impactos em suas atividades do dia-a-dia. SAITO, ARAKI, OGAWA e SHIOTANI (2009) investigaram as características vocais e a deglutição assim como a qualidade de vida após a laringectomia supracricóide. Para avaliar a função vocal da neoglote foi utilizada a estroboscopia ou fibroscopia. Aplicaram a escala GRBAS, obtiveram o tempo máximo de fonação, a frequência fundamental, modulação de frequência e intensidade. Para avaliar a qualidade de vida no pós-operatório foram aplicadas as escalas Performance Status Scale for Head and Neck Cancer Patients (PSS- HNC) e Voice-Related Quality of Life Measure (V-RQOL). A característica vocal identificada nestes pacientes foi rouquidão e soprosidade, tempo máximo de fonação reduzido e frequência fundamental grave. As características de vibração da neoglote variaram entre os indivíduos, mas manteve-se a irregularidade durante a vibração. Quanto à qualidade de vida, os resultados apontaram que independentemente da técnica de reconstrução realizada, número de aritenóides preservadas ou realização de radio e quimioterapia, os indivíduos mostraram-se satisfeitos com sua comunicação e alimentação. SCHINDLER, FAVERO, PASQUALE CAPACCIO, ALBERA, CAVALOT e OTTAVIANI (2009) compararam a voz e a deglutição de indivíduos jovens e idosos, todos submetidos a laringectomia supracricóide. Cada sujeito foi avaliado a partir da videolaringoscopia usando uma escala de 5 pontos a fim de avaliar as características de vibração da neoglote, grau de mobilidade das aritenóides e movimento ântero-posterior das aritenóides/epiglote/base de língua. A deglutição foi avaliada através da nasofibroscopia (FEES) e utilizada a escala de penetração-aspiração (PAS) para avaliar a severidade da disfagia associado a uma escala de 5 pontos, semelhante à vocal, e que avalia perda prematura do

22 22 alimento, retenção e a habilidade de eliminar substâncias aspiradas. Como análise aerodinâmica, foi avaliado o tempo máximo de fonação, diadococinesia e leitura de um texto. Para a análise perceptivo-auditiva utilizou-se a escala GIRBAS e a acústica contou com a utilização do Programa MDVP (Multi- Dimensional Voice Program). Também foi aplicado o protocolo de qualidade de vida Voice handicap Index (VHI) e o MD Anderson Dysphagia Inventory (MDADI). Não foi encontrada nenhuma diferença significante nas avaliações subjetivas, objetivas e de auto-avaliação sugerindo que a idade não é o principal fator que influencia os resultados em longo prazo da voz e a deglutição após a laringectomia supracricóide. CHUN, KIM, CHOI, BYEON, JUNG e KIM (2010) compararam a fonação e a deglutição em pacientes tratados com radioterapia inicial e pacientes submetidos a laringectomia parcial supraglótica. A avaliação da deglutição contou com a realização da videofluoroscopia que analisou a fase faríngea da deglutição e a presença ou ausência de aspiração laringotraqueal. Para avaliação vocal, os autores realizaram a estroboscopia que analisou a forma da onda acústica, variação de frequência, de amplitude, nível de ruído, assim como categorias específicas de regularidade, simetria, fechamento glótico, onda de mucosa, amplitude e porção não vibrante. Os autores não encontraram diferenças significativas na voz e na deglutição comparando os dois grupos de pacientes. Este estudo, por sua vez, sugere a realização da técnica cirúrgica como forma de tratamento primário para os carcinomas supra glóticos ao invés da radioterapia uma vez que os resultados funcionais são os mesmos e dessa forma evita-se as sequelas da radioterapia. SIMONELLI, RUOPPOLO, VINCENTIIS, DI MARIO, CALCAGNO, VITIELLO, MANCIOCCO, PAGLIUCA e GALLO (2010) avaliaram a longo prazo a deglutição e a condição pulmonar de pacientes submetidos a laringectomia parcial supracricóide. A avaliação da deglutição contou com uma entrevista em que eram questionadas as dificuldades do paciente durante a deglutição, avaliação do grau da aspiração no pós-operatório de acordo com a escala Leipzig e Pearson, a nasofibroscopia e a videofluoroscopia da deglutição. Para avaliar a condição pulmonar, os pacientes em que a aspiração laringotraqueal havia sido confirmada pela videofluoroscopia, foram submetidos à tomografia computadorizada de tórax.

23 23 Comparando os resultados, os autores verificaram que mesmo aqueles indivíduos, que na entrevista inicial, não apresentavam dificuldades de deglutição, a nasofibroscopia e a videofluoroscopia apontaram aspiração laríngea, no entanto, as alterações pulmonares evidenciadas na tomografia computadorizada de tórax, não foram significativas quando comparadas a indivíduos não disfágicos e com DPOC. Portanto, pacientes submetidos a laringectomia supracricóide apresentam uma deglutição funcional, com grau de aspiração crônica leve e tolerável e que não limita a ingestão de alimento via oral. WEBSTER, SAMLAN, JONES, BUNTON e TUFANO (2010) avaliaram a voz, fala e a deglutição de indivíduos submetidos à laringectomia supracricóide no pré-operatório e ao longo de doze meses de pós-operatório. Foi realizada avaliação clínica e a videofluoroscopia da deglutição, associado a aplicação do protocolo SWAL-QOL de qualidade de vida para disfagia. Para avaliação vocal foi realizada análise acústica, aerodinâmica, videoestroboscópica e aplicado o protocolo de qualidade de vida Voice Handicap Index (VHI). Na captação do sinal vocal os parâmetros utilizados para avaliação da voz foram qualidade vocal geral, rouquidão, soprosidade e tensão e para avaliação da fala foram inteligibilidade, naturalidade, precisão articulatória e entonação. A videofluoroscopia da deglutição evidenciou que no pós-operatório imediato nenhum paciente tolerava líquidos finos mesmo usando estratégias de proteção das vias aéreas. Ao longo de um ano observaram que a deglutição já havia se restabelecido para a maioria dos indivíduos, sendo que alguns ainda necessitavam de estratégias de proteção das vias aéreas e outros ainda com quadro de aspiração silente. Na imagem da videofluoroscopia da deglutição observaram estase alimentar em valécula e seio piriforme, penetração laríngea e aspiração laringotraqueal. Na videoestroboscopia identificaram um pequeno gap durante a fonação no fechamento da neoglote. Com o protocolo de qualidade de vida, encontraram que a frequência e a intensidade dos engasgos eram maiores nos primeiros meses de pós-operatório se comparado ao final de 12 meses. Os autores apontaram como fatores influenciadores a técnica de reconstrução utilizada, o número de aritenóides preservadas e a associação com radioterapia. Quanto à forma de alimentação alternativa, o tempo médio de retirado do tubo de gastrostomia variou entre 29 e 169. No entanto, os indivíduos que permaneceram por mais tempo com o tubo, ou

24 24 tinham apenas uma aritenóide preservada ou haviam sido submetidos a reconstrução com CHP. Na avaliação vocal e da fala, o protocolo VHI mostrou que a qualidade vocal está diretamente relacionada com a cirurgia realizada, variando o grau de comprometimento entre pouco a severamente comprometida. Apenas um indivíduo deixou de trabalhar devido a alteração vocal severa. Na análise perceptivo-auditiva, o grau de comprometimento variou de moderado a severo caracterizado por rouquidão, soprosidade e tensão sendo confirmado pela análise acústica. A fala foi avaliada como monótona e anormal. A precisão articulatória e a inteligibilidade apresentou-se levemente comprometida. ALICANDRI-CIUFELLI, PICCININI, GRAMMATICA, CHIESI, BERGAMINI, LUPPI, NIZZOLI, GHIDINI, TASSI e PRESUTTI (2011) avaliaram os fatores que influenciam a voz e a deglutição após a laringectomia parcial. Foi aplicada uma escala para avaliar a disfagia baseada nos sintomas do paciente, optaram também pela escala (PSS-HN) que avalia a normalidade da dieta e a capacidade de comer em público, os protocolos de qualidade de vida MD Anderson Dysphagia Inventory (MDADI) e Voice handicap Index (VHI), análise espectrográfica da voz que foi avaliada usando a classificação de disfonia de Yanagihara e também foi captada a frequência fundamental e o tempo máximo de fonação. Para a avaliação da deglutição foi utilizada nasofibroscopia (FEES). Das técnicas cirúrgicas utilizadas, a laringectomia horizontal supraglótica e a laringectomia parcial supracricóide, apresentam os mesmos resultados quanto a deglutição, entretanto o mesmo não é evidenciado em termos de fonação. O número de aritenóides preservadas pareceu não influenciar o resultado final, assim como a idade do paciente e o tempo após a cirurgia. Já a radioterapia demonstrou influencia apenas na deglutição. Os autores atribuíram tais achados ao número limitado de sujeitos na amostra e o poder estatístico limitado de alguns dos cálculos. TOPALOGLU, KOPRUCU e BAL (2011) avaliaram a deglutição após a laringectomia supracricóide com CHP focando nos efeitos da ressecção da cartilagem aritenóide e da radioterapia. Foi utilizada a nasofibroscopia da deglutição e para avaliação foram utilizadas as escalas adaptadas de Zacharek e Schindler com pontuação variando de 1 a 5 sendo que 1 representa uma baixa

25 25 performance durante a deglutição e 5, excelente. Também foi aplicado o protocolo de qualidade de vida MD Anderson Dysphagia Inventory (MDADI). A avaliação objetiva da deglutição mostrou que os pacientes que tiveram uma das aritenóides ressecadas apresentaram maior estase alimentar do que os com ambas as aritenóides preservadas. Comparando os que fizeram com os que não fizeram radioterapia, os autores verificaram aumento da estase e da aspiração de alimento em via aérea para os submetidos a radioterapia. Já o protocolo MDADI não apontou diferenças na qualidade de vida em nenhuma das situações avaliadas. CASTRO, SANCHEZ-CUADRADO, BERNALDEZ, PALACIO e GAVILAN (2012) avaliaram o impacto na deglutição e na fonação em pacientes submetidos a laringectomia parcial supracricóide relacionado a qualidade de vida. Foram aplicados os protocolos de qualidade de vida MDADI e VHI, para a deglutição e a voz, respectivamente. A avaliação vocal foi obtida a partir do tempo máximo de fonação, relação s/z e intensidade máxima. Quanto a qualidade de vida, os autores encontraram que a deglutição torna-se satisfatória enquanto a voz persiste com alteração vocal importante mesmo a longo prazo. O tempo máximo de fonação e a relação s/s encontrados, esteve alterado mas os autores atribuíram a problemas respiratórios anteriores. Os autores concluíram que a realização do procedimento cirúrgico permite a manutenção das funções da laringe assim como a utilização dos protocolos de preservação de órgãos e quando a escolha da melhor opção de tratamento é realizada no pré-operatório, melhores são os resultados funcionais da voz e da deglutição. SCHINDLER, MOZZANICA, GINOCCHIO, INVERNIZZI, PERI e OTTAVIANI (2012) relacionaram a voz com a qualidade de vida de pacientes submetidos a diferentes procedimentos cirúrgicos como a laringectomia total, supracricóide e a glotectomia horizontal. Para análise aerodinâmica foram obtidos o tempo máximo de fonação e de diadococinesia, coletada amostra vocal da vogal /a/ sustentada que foi analisada acusticamente utilizando a escala Yanagihara e perceptivo-auditivamente pela escala GRBAS. Também foi aplicado o protocolo de qualidade de vida Voice Handicap Index (VHI). Os autores evidenciaram importantes alterações vocais nestes pacientes e os resultados obtidos a respeito da qualidade de vida são similiares entre os três tipos de

26 26 procedimentos cirúrgicos o que indica que mesmo com tais alterações, se o indivíduo puder manter sua rotina e conseguir se comunicar, é possível que sua qualidade de vida seja satisfatória. CLAYBURGH, GRAVILLE, PALMER, SCHINDLER (2013) analisaram o histórico de pacientes submetidos à laringecomia parcial supracricóide a fim de identificar as funções de deglutição e fonação após a cirurgia. No pós-operatório, os pacientes foram encaminhados para avaliação e terapia fonoaudiológica. A avaliação da deglutição foi realizada por meio da nasofibroscopia, também foi aplicado o Protocolo Charlson Comorbidity Index (CCI) para medir as comorbidades apresentadas pelo paciente e os protocolos de qualidade de vida, para deglutição MD Anderson Dysphagia Inventory (MDADI) e para a voz Voice Handicap Index (VHI). Com relação à ingestão de alimentos via oral, a maioria dos pacientes apresentavam condições de se alimentar por via oral sem restrições quanto a consistência alimentar, no entanto, outros ainda tinham necessidade de modificações na dieta. Comparando os protocolos de qualidade de vida, os autores evidenciaram que o maior comprometimento após a cirurgia está relacionado com a alteração vocal, e a deglutição, no entanto, é vista como funcional e com poucas dificuldades. Relacionando a idade e o tipo de reconstrução utilizada, foi possível identificar que pacientes com idade avançada e associado à CHP, os resultados relacionadas a fonação e a deglutição são piores. Cabe ressaltar, que o extensão da cirurgia, as estruturas preservadas e a intervenção fonoaudiológica, são fatores que podem determinar o prognóstico do paciente. NAKAYAMA, WATANABE, MATSUKI, TAMURA, SEINO, OKABE, OKAMOTO, MIYAMOTO e OKAMOTO (2013) estudaram dois casos clínicos de pacientes submetidos à laringectomia supracricóide com CHEP. Como resultado da cirurgia, estes pacientes apresentavam um importante gap no fechamento da neoglote. No estudo foi realizada uma técnica de retirada de gordura da cavidade oral sendo esta inserida no espaço submucoso do processo aritenóideo remanescente, a fim de corrigir a insuficiência da neoglote, minimizando assim os riscos de aspiração laringotraqueal e alterações vocais. Foi realizada análise vocal acústica (Jitter, Shimmer, e F0), aerodinâmica (tempo máximo de fonação), perceptivo-auditiva (GRBAS) e um questionário modificado de qualidade vida para

27 27 voz e deglutição. A avaliação objetiva da deglutição foi feita a partir da videofluoroscopia. Todas as avaliações foram aplicadas no pré, com 1, 3 e 6 meses após a inserção da gordura. Os autores observaram que ao longo do pósoperatório certa quantidade de gordura havia sido reabsorvida pelo organismo mas não ao ponto de comprometer a funcionalidade. Verificaram uma melhora no fechamento da neoglote, com diminuição do gap, que persistiu após os 6 meses. A videofluoroscopia da deglutição revelou diminuição da aspiração laringotraqueal e as avaliações vocais não apresentaram modificações, porém, quando questionados os pacientes afirmavam estar satisfeitos com o resultado obtido após a inserção de gordura.

28 28 METODOLOGIA Foi realizado um estudo de revisão sistemática da literatura nacional e internacional sobre métodos de avaliação vocal e da deglutição em pacientes submetidos à laringectomia parcial horizontal. Para a elaboração da revisão foram estabelecidas e cumpridas as seguintes etapas: - Escolha do tópico de pesquisa. - Seleção de palavras-chave e das terminologias cadastradas nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) criados pela Biblioteca Virtual em Saúde desenvolvida a partir do Medical Subjects Headings (MeSH) da U.S. National Library of Medicine: laryngectomy, voice assessment e swallowing assessment. A busca foi realizada com os descritores isolados e posteriormente pela associação entre eles. - Foi realizada exploração de artigos em língua portuguesa e em língua inglesa publicados nas bases de dados CIHNAL, LILACS, PUBMED, SCIENCE DIRECT e SCOPUS no período de 1993 à Os critérios de exclusão adotados foram: artigos publicados em idiomas diferentes do inglês e do português, artigos não publicados em periódicos indexados nas bases de dados utilizadas na presente pesquisa, artigos publicados fora do período de 1993 à 2013 e artigos que abordavam apenas o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas. - Como critérios de inclusão foram aceitos artigos originais e na íntegra e que abordavam os procedimentos de avaliação vocal e da deglutição em pacientes submetidos à laringectomia parcial horizontal. - Organização dos dados no programa Excell (Microsoft Office). - Análise, seleção e síntese dos artigos científicos e demais referências.

29 29 RESULTADOS Do levantamento científico realizado, foram encontrados 1020 artigos. Foram pré-selecionados pelos resumos 42 textos, sendo 32 textos selecionados pela relevância da informação. No entanto, foi observado grande número de artigos repetidos em mais de uma base de dados o que reduziu consideravelmente a amostra. Desse total analisado, selecionaram-se 19 artigos que estavam de acordo com os critérios de inclusão e exclusão propostos. A seguir, será apresentada uma tabela com o número de artigos selecionados para a revisão da literatura. Textos encontrados Textos escolhidos pelo titulo Texto seleccionados pelo resumo Textos selecionados para revisão Textos incluídos em outra base de dados Science Direct Cinalh Pubmed Scopus Lilacs Total Tabela 1 Distribuição de artigos encontrados na construção da revisão de literatura, no período de 1993 a (n= 19) Com o objetivo de verificar a publicação científica nacional e internacional nos últimos 20 anos, serão apresentados na Tabela 2 os países de origem dos estudos.

30 30 PAÍS DE ORIGEM N % Itália 6 31,57 Estados Unidos 4 21,05 Holanda 1 5,26 França 2 10,52 Suíça 1 5,26 Japão 2 10,52 Turquia 1 5,26 Espanha 1 5,26 Coréia do Sul 1 5,26 TOTAL Tabela 2 Distribuição do número artigos segundo o país de origem de 1993 a (n= 19) Quanto ao ano das publicações verificou-se que, utilizando os descritores incluídos na metodologia, a primeira publicação envolvendo o tema do estudo, foi a partir do ano de 2002 com apenas um trabalho publicado neste ano. O ano com o maior número de publicações foi em 2010 com 4 artigos. A seguir, na Tabela 3 serão apresentados o número de artigos e o ano em que foram publicados. ANO DE PUBLICAÇÃO N % , , , , , , , , , ,52 TOTAL Tabela 3 Distribuição do número artigos segundo o ano de publicação de 1993 a (n= 19) A Tabela 4, descreve os tipos de laringectomias parciais horizontais e o número de artigos que as estudaram. TIPO DE CIRURGIA N % Laringectomia supracricóide com CHEP e 7 36,84 CHP

31 31 Laringectomia supracricóide com CHEP 5 26,31 Laringectomia parcial supracricóide 3 15,78 Laringectomia supracricóide com CHEP, 1 5,26 CHP e TCHP Laringectomia parcial supracricóide com 1 5,26 CHEP, CHP e THEP Laringectomia supraglótica 1 5,26 Laringectomia supracricóide e 1 5,26 glotectomia horizontal TOTAL Tabela 4 Distribuição do número artigos segundo o tipo de cirurgia de 1993 a (n= 19) A seguir serão apresentados gráficos a respeito dos materiais utilizados na avaliação da voz e da deglutição. Inicialmente serão abordados os dados referentes à avaliação vocal e dos 19 artigos pesquisados, 9 deles mencionaram a realização da avaliação das estruturas e mobilidade laríngea realizada por meio da videolaringoscopia. No gráfico 1 serão apresentados os parâmetros vocais mais utilizados na avaliação vocal objetiva segundo os artigos pesquisados Avaliação vocal objetiva Avaliação vocal objetiva

32 32 Já no gráfico 2 serão apresentados os parâmetros vocais mais utilizados na avaliação vocal subjetiva segundo os artigos pesquisados. Avaliação vocal subjetiva Avaliação vocal subjetiva GRBAS Instrumentos não validados GRBASI No gráfico 3 serão apresentados as medidas aerodinâmicas utilizadas nos artigos pesquisados Medidas aerodinâmicas Medidas aerodinâmicas No gráfico 4 serão apresentados os protocolos de qualidade de vida mais utilizados e que avaliam o impacto que a alteração vocal ocasiona na vida dos pacientes após a cirurgia.

33 33 Protocolos de qualidade de vida Protocolos de qualidade de vida 2 0 VHI V-RQOL Instrumentos não validados Por fim, o gráfico 5 mostra que alguns estudos além de avaliarem as características vocais, abordaram também avaliação de alguns parâmetros de fala. Avaliação de fala 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 Avaliação de fala Nesta segunda parte dos resultados, serão apresentados gráficos que abordam os instrumentos e parâmetros utilizados na avaliação da deglutição. Dentre os artigos pesquisados, apenas um deles apresentou uma forma de avaliação complementar à avaliação da deglutição, que trata-se da tomografia computadorizada de tórax a fim de avaliar a condição pulmonar de pacientes que aspiravam silentemente.

34 34 A seguir, no gráfico 6, serão apresentados os instrumentos utilizados na avaliação objetiva da deglutição. Cabe resultar que nenhum artigo mencionou a utilização da avaliação clínica da deglutição. Avaliação objetiva FESS Videofluoroscopia Avaliação objetiva Já o gráfico 7, mostra as escalas utilizadas com relação a auto-percepção do paciente frente aos sintomas de disfagia. Escalas de auto-percepção dos sintomas de disfagia 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 Escalas de auto-percepção dos sintomas de disfagia No gráfico 8, serão apontados os protocolos de qualidade de vida relacionados à deglutição.

35 5 ml de líquido 5 ml de semi-sólido 5 ml de iogurte 5 ml de Líquido corado 3 a 5 ml de iogurte 3 a 5 ml de líquido Pastoso corado Líquido grosso corado Sólido corado Líquido fino corado Líquido corado Água gelatinosa corada Iogurte Bolacha 35 7 Protocolos de qualidade de vida Protocolos de qualidade de vida 1 0 MDADI SWAL-QOL Instrumentos não validados A seguir serão apresentados as consistências alimentares, os parâmetros avaliados e a utilização de escalas para avaliar a deglutição a partir da FEES e da videofluoroscopia. No gráfico 9 serão apresentadas as consistências alimentares utilizadas na avaliação da deglutição por meio da FEES. 2,5 Consistências utilizadas - FEES 2 1,5 1 0,5 0 Consistências utilizadas - FEES No gráfico 10, serão apontados os parâmetros avaliados na avaliação da deglutição utilizando a FEES.

36 36 Parâmetros avaliados - FEES Parâmetros avaliados pela FEES E no gráfico 11, as escalas de avaliação da deglutição utilizadas durante a FEES. Escalas de avaliação - FEES 4,5 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 Escalas de 1 a 5 pontos Escala de aspiração e penetraçã (PAS) Escalas de avaliação - FEES Por fim, os dados a seguir, referem-se aos dados obtidos por meio da avaliação videofluoroscópica da deglutição. No gráfico 12, serão apresentadas as consistências alimentares utilizadas na videofluoroscopia da deglutição.

37 37 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 Consistências utilizadas - VIDEOFLUOROSCOPIA Consistências utilizadas - VIDEOFLUOROSCOPIA Já no gráfico 13 serão apontados os parâmetros avaliados durante a videofluoroscopia da deglutição.

38 38 Parâmetros avaliados - VIDEOFLUOROSCOPIA 2,5 2 1,5 1 0,5 0 Parâmetros avaliados - VIDEOFLUOROSCOPIA E por último, o gráfico 14, mostra as escalas utilizadas na avaliação videofluoroscópica da deglutição. 1,2 Escalas de avaliação - VIDEOFLUOROSCOPIA 1 0,8 0,6 0,4 Escalas de avaliação - VIDEOFLUOROSCOPIA 0,2 0 Escalas de 8 pontos Escalas não validadas

39 39 DISCUSSÃO É consenso entre os profissionais da saúde, que pacientes com diagnóstico médico de câncer de laringe devem iniciar o tratamento o mais rápido possível e em muitos casos a melhor opção selecionada trata-se da abordagem cirúrgica. Dentre as várias técnicas cirúrgicas existentes, uma delas é a laringectomia parcial horizontal que foi o objeto de estudo deste trabalho. Com base nos artigos selecionados para a revisão da literatura, a laringectomia supracricóide com CHEP ou com CHP foi a abordagem cirúrgica mais utilizada, sendo estudada em 36,84% dos artigos. Uma das teorias a respeito da escolha desta técnica é por ela ser uma opção em substituição à realização da laringectomia total o que ao contrário desta última, mantém preservadas as funções laríngeas de respiração, fonação e deglutição (DWORKIN, MELECA, ZACHAREK, STACHLER, PASHA, ABKARIAN, CULATTA e JACOBS, 2003; SCHINDLER, FAVERO, NUDO, SPADOLA-BISETTI, OTTAVIANI e SCHINDLER, 2005; SCHINDLER, FAVERO, NUDO, ALBERA, SCHINDLER e CAVALOT, 2006; LEWIN, HUTCHESON, BARRINGER, MAY, ROBERTS, HOLSINGER e DIAZ, 2007; SCHINDLER, FAVERO, PASQUALE CAPACCIO, ALBERA, CAVALOT e OTTAVIANI (2009); CASTRO, SANCHEZ-CUADRADO, BERNALDEZ, PALACIO e GAVILAN, 2010; WEBSTER, SAMLAN, JONES, BUNTON e TUFANO, 2010; TOPALOGLU, KOPRUCU e BAL, 2011; SCHINDLER, MOZZANICA, GINOCCHIO, INVERNIZZI, PERI e OTTAVIANI, 2011; CLAYBURGH, GRAVILLE, PALMER e SCHINDLER, 2012). No entanto, mesmo que tais funções mantenham-se preservadas, estes pacientes necessitam de atendimento fonoaudiológico no pós-operatório em virtude de alterações relacionadas à voz e a deglutição. A maioria dos estudos aponta uma importante alteração vocal, caracterizada por voz rouca, soprosa e tensa, mesmo anos após a realização da cirurgia. DWORKIN, MELECA, ZACHAREK, STACHLER, PASHA, ABKARIAN, CULATTA e JACOBS (2003) classificaram a voz como rouca e áspera de grau moderada sendo esta explicada pela imagem laríngea que identificou

A deglutição é definida como processo que resulta no transporte do alimento da boca ao estômago. Preparatória

A deglutição é definida como processo que resulta no transporte do alimento da boca ao estômago. Preparatória Introdução A deglutição é definida como processo que resulta no transporte do alimento da boca ao estômago. Preparatória Oral Esofágica Faríngea CARRARA-ANGELIS, MOURÃO, FÚRIA, 1999 Alteração no processo

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ SERVIÇO DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO LARINGECTOMIAS PARCIAIS: INDICAÇÕES E TÉCNICAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ SERVIÇO DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO LARINGECTOMIAS PARCIAIS: INDICAÇÕES E TÉCNICAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ SERVIÇO DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO LARINGECTOMIAS PARCIAIS: INDICAÇÕES E TÉCNICAS UBIRANEI OLIVEIRA SILVA INTRODUÇÃO SELEÇÃO PARA CIRURGIA CONSERVADORA IDADE CONDIÇÃO

Leia mais

Gaudencio Barbosa R3 CCP HUWC 10/2011

Gaudencio Barbosa R3 CCP HUWC 10/2011 Gaudencio Barbosa R3 CCP HUWC 10/2011 Aristóteles em 384 a.c: primeiro registro histórico da Laringe Galeno em 130 d.c: secção do nervo laringeo recorrente causava asfixia em cães Morgagni em 1732: demonstração

Leia mais

CONDUTAS E REABILITAÇÃO NA DISFAGIA OROFARÍNGEA. Priscila Watson Ribeiro Serviço de Fonoaudiologia do HCFMB

CONDUTAS E REABILITAÇÃO NA DISFAGIA OROFARÍNGEA. Priscila Watson Ribeiro Serviço de Fonoaudiologia do HCFMB CONDUTAS E REABILITAÇÃO NA DISFAGIA OROFARÍNGEA Priscila Watson Ribeiro Serviço de Fonoaudiologia do HCFMB Informações importantes - Qual a patologia/ diagnóstico médico - Manifestações observadas na avaliação

Leia mais

CÂNCER LARINGE. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Hospital Walter Cantídio Residência em Cirurgia de Cabeça e Pescoço CÂNCER DE LARINGE

CÂNCER LARINGE. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Hospital Walter Cantídio Residência em Cirurgia de Cabeça e Pescoço CÂNCER DE LARINGE UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Hospital Walter Cantídio Residência em Cirurgia de Cabeça e Pescoço CÂNCER DE LARINGE GEAMBERG MACÊDO ABRIL - 2006 INTRODUÇÃO Câncer de cabeça e pescoço : 6º lugar. 90% são

Leia mais

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO FONOAUDIOLÓGICO DE PACIENTES TRATADOS DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO FONOAUDIOLÓGICO DE PACIENTES TRATADOS DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO FONOAUDIOLÓGICO DE PACIENTES TRATADOS DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO Palavras chaves: qualidade de vida, questionários, avaliação da qualidade Introdução: Diferentes

Leia mais

Gaudencio Barbosa R4 CCP Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço- HUWC UFC

Gaudencio Barbosa R4 CCP Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço- HUWC UFC Gaudencio Barbosa R4 CCP Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço- HUWC UFC Pacientes com neoplasia em cabeça e pescoço em estágio avançado (III e IV) tem prognóstico ruim e desnitrição é frequentemente

Leia mais

Protocolos de Eficácia Terapêutica e Avaliação. M.Sc. Profª Viviane Marques

Protocolos de Eficácia Terapêutica e Avaliação. M.Sc. Profª Viviane Marques Protocolos de Eficácia Terapêutica e Avaliação M.Sc. Profª Viviane Marques Na reabilitação na disfagia orofaríngea a diferenciação dos conceitos eficácia e eficiência em terapia. O termo eficácia aqui

Leia mais

Câncer do Laringe. Revisão Anatômica Dados Epidemiológicos Etiologia Fatores de Risco Diagnóstico Estadiamento Tratamento Rehabilitação

Câncer do Laringe. Revisão Anatômica Dados Epidemiológicos Etiologia Fatores de Risco Diagnóstico Estadiamento Tratamento Rehabilitação Câncer do Laringe Revisão Anatômica Dados Epidemiológicos Etiologia Fatores de Risco Diagnóstico Estadiamento Tratamento Rehabilitação Prof. Dr. Luiz Roberto de Oliveira - 2004 Revisão Anatômica Divisão

Leia mais

Avaliação da telelaringoscopia no diagnóstico das lesões benignas da laringe

Avaliação da telelaringoscopia no diagnóstico das lesões benignas da laringe Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo Avaliação da telelaringoscopia no diagnóstico das lesões benignas da laringe Márcio Cavalcante Salmito SÃO PAULO 2012 Márcio Cavalcante Salmito Avaliação

Leia mais

ÍNDICE DE DESVANTAGEM VOCAL NOS LARINGECTOMIZADOS TOTAIS

ÍNDICE DE DESVANTAGEM VOCAL NOS LARINGECTOMIZADOS TOTAIS Gabrielly Valentim Oliveira Priscila Guimarães Kimura ÍNDICE DE DESVANTAGEM VOCAL NOS LARINGECTOMIZADOS TOTAIS Trabalho apresentado à banca examinadora para conclusão do Curso de Fonoaudiologia da Faculdade

Leia mais

DISFONIAS DE BASE COMPORTAMENTAL E ORGÂNICAS POR NEOPLASIAS: ANÁLISE ESPECTROGRÁFICA COMPARATIVA

DISFONIAS DE BASE COMPORTAMENTAL E ORGÂNICAS POR NEOPLASIAS: ANÁLISE ESPECTROGRÁFICA COMPARATIVA DISFONIAS DE BASE COMPORTAMENTAL E ORGÂNICAS POR NEOPLASIAS: ANÁLISE ESPECTROGRÁFICA COMPARATIVA Elaine Pavan Gargantini Faculdade de Fonoaudiologia Centro de Ciências da Vida elaine.pg@puccampinas.edu.br

Leia mais

Alterações vocais no Parkinson e método Lee Silverman

Alterações vocais no Parkinson e método Lee Silverman Alterações vocais no Parkinson e método Lee Silverman Apresentação: Cinthia Procópio (3º ano) Brenda Catalani (2º ano) Orientação: Fga. Thais Saters Participações: Prof. Dr. Adriano Yacubian Fernandes

Leia mais

To identify the grade and evolution of dysphagia and

To identify the grade and evolution of dysphagia and Rev Bras Otorrinolaringol ;():-. Estudo funcional da voz e da deglutição na laringectomia supracricóide ARTIGO ORIGINAL ORIGINAL ARTICLE Functional study of the voice and swallowing following supracricoid

Leia mais

PADRÃO DE RESPOSTA Residência Saúde 2013

PADRÃO DE RESPOSTA Residência Saúde 2013 PADRÃO DE RESPOSTA Residência Saúde 2013 NÍVEL SUPERIOR Fonoaudiologia QUESTÃO 1 (11 pontos) a) (3 pontos) Estabilidade clínica do RN. Condições respiratórias. Avaliação comportamental. Tônus global. b)

Leia mais

Fonoaudióloga Mestranda Ana Paula Ritto Profa. Dra. Claudia Regina Furquim de Andrade

Fonoaudióloga Mestranda Ana Paula Ritto Profa. Dra. Claudia Regina Furquim de Andrade Fonoaudióloga Mestranda Ana Paula Ritto Profa. Dra. Claudia Regina Furquim de Andrade Laboratório de Investigação Fonoaudiológica em Fluência, Funções da Face e Disfagia (LIF-FFFD) Departamento de Fisioterapia,

Leia mais

Estratégias de Enfrentamento nas Disfonias Após Laringectomias Supracricóides: revisão de literatura

Estratégias de Enfrentamento nas Disfonias Após Laringectomias Supracricóides: revisão de literatura Estratégias de Enfrentamento nas Disfonias Após Laringectomias Supracricóides: revisão de literatura Daniela Regina Soares de Marialva Faculdade de Fonoaudiologia Centro de Ciências da Vida daniela.rsm@puc-campinas.edu.br

Leia mais

AVALIAÇÃO DO RISCO DE DISFAGIA EM PACIENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA Amaral, IJL; Guimarães, VC Diniz, DS; Oliveira, TP Universidade Federal de Goiás

AVALIAÇÃO DO RISCO DE DISFAGIA EM PACIENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA Amaral, IJL; Guimarães, VC Diniz, DS; Oliveira, TP Universidade Federal de Goiás Introdução A deglutição é uma complexa ação neuromuscular e tem como função conduzir a passagem do alimento (saliva, líquido ou medicamentos da cavidade bucal) para o estômago. Esta ação depende da integridade

Leia mais

Correlações entre idade, auto-avaliação, protocolos de qualidade de vida e diagnóstico otorrinolaringológico, em população com queixa vocal

Correlações entre idade, auto-avaliação, protocolos de qualidade de vida e diagnóstico otorrinolaringológico, em população com queixa vocal Correlações entre idade, auto-avaliação, protocolos de qualidade de vida e diagnóstico otorrinolaringológico, em população com queixa vocal Palavras-chave: Protocolos, Qualidade de Vida, Voz Fernanda Farias

Leia mais

VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE VOZES ADAPTADAS E DISFÔNICAS

VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE VOZES ADAPTADAS E DISFÔNICAS VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE VOZES ADAPTADAS E DISFÔNICAS Autores: Márcia Menezes, Maysa T. Ubrig-Zancanella, Maria Gabriela B. Cunha, Gislaine Cordeiro e Kátia Nemr

Leia mais

FONOAUDIOLOGIA NA NUTRIÇAO ENTERAL. Fga Ms Lúcia Inês de Araújo

FONOAUDIOLOGIA NA NUTRIÇAO ENTERAL. Fga Ms Lúcia Inês de Araújo FONOAUDIOLOGIA NA NUTRIÇAO ENTERAL Fga Ms Lúcia Inês de Araújo DISFAGIA A disfagia altera a o dos alimentos pelo trato digestivo, podendo acarretar ficits nutricionais e de o ao duo, bem como comprometimentos

Leia mais

Gaudencio Barbosa R3 CCP Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço HUWC

Gaudencio Barbosa R3 CCP Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço HUWC Gaudencio Barbosa R3 CCP Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço HUWC 02-2012 Cirurgia de Resgate após insucesso da preservação de órgãos teve aumento em sua importância devido ao maior emprego da redioterapia

Leia mais

Efeito imediato da técnica de firmeza glótica nas laringectomias parciais horizontais supracricoides: estudo inicial

Efeito imediato da técnica de firmeza glótica nas laringectomias parciais horizontais supracricoides: estudo inicial Relato de Caso Efeito imediato da técnica de firmeza glótica nas laringectomias parciais horizontais supracricoides: estudo inicial Hands-over-mouth exercise in supracricoid horizontal partial laryngectomy:

Leia mais

ELAINE CRISTINA PIRES BUZANELI. Voz e deglutição após laringectomias supracricóidea e supratraqueal

ELAINE CRISTINA PIRES BUZANELI. Voz e deglutição após laringectomias supracricóidea e supratraqueal ELAINE CRISTINA PIRES BUZANELI Voz e deglutição após laringectomias supracricóidea e supratraqueal Dissertação apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo para obtenção do título de

Leia mais

Qualidade de vida e deglutição após laringectomia total

Qualidade de vida e deglutição após laringectomia total Artigo Original Versão Português Quality of life and deglutition after total laryngectomy Qualidade de vida e deglutição após laringectomia total Int. Arch. Otorhinolaryngol. 2012;16(4):460-465. DOI: 10.7162/S1809-97772012000400006

Leia mais

60 TCC em Re-vista 2012

60 TCC em Re-vista 2012 Fonoaudiologia 60 TCC em Re-vista 2012 PELICIARI, Lidiane Macarini; SILVA, Suellen 1. Avaliação comportamental das habilidades auditivas de atenção seletiva e resolução temporal em diferentes grupos de

Leia mais

O impacto das alterações de voz e deglutição na qualidade de vida de pacientes com a doença de Parkinson

O impacto das alterações de voz e deglutição na qualidade de vida de pacientes com a doença de Parkinson O impacto das alterações de voz e deglutição na qualidade de vida de pacientes com a doença de Parkinson Palavras Chave: qualidade de vida; doença de Parkinson; voz; deglutição A doença de Parkinson é

Leia mais

Estágio - Santa Cassa de Maceió de julho de Domingo Prova de Fonoaudiologia. 1-Quais as fazes da deglutição:

Estágio - Santa Cassa de Maceió de julho de Domingo Prova de Fonoaudiologia. 1-Quais as fazes da deglutição: 1-Quais as fazes da deglutição: Estágio - Santa Cassa de Maceió - 2018 a) Preparatória, oral e nasal; b) Preparatória, oral, faríngea e esofágica; c) Oral, faríngea e laríngea; d) Faríngea, oral e natural;

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO AUDITIVA E ANÁLISE ACÚSTICA DA EMISSÃO Y-BUZZ DE LESSAC COMPARADA À EMISSÃO HABITUAL ESTUDO COM ATORES Autora: Viviane M.O. Barrichelo O

IDENTIFICAÇÃO AUDITIVA E ANÁLISE ACÚSTICA DA EMISSÃO Y-BUZZ DE LESSAC COMPARADA À EMISSÃO HABITUAL ESTUDO COM ATORES Autora: Viviane M.O. Barrichelo O O COMPORTAMENTO VOCAL DIANTE DO EFEITO LOMBARD EM MULHERES COM DISFONIA FUNCIONAL Autora: Marina Carpintéro Lauer Orientadora: Dra.Mara Behlau Co-orientadora: Ms. Ana Lúcia Spina Ano: 2006 Resumo: Avaliar

Leia mais

Diagrama de desvio fonatório na clínica vocal

Diagrama de desvio fonatório na clínica vocal Diagrama de desvio fonatório na clínica vocal Palavras-chave: acústica da fala, percepção auditiva, qualidade da voz Introdução A análise acústica tornou-se realidade na clinica fonoaudiológica devido

Leia mais

DISFONIAS DE BASE COMPORTAMENTAL E ORGÂNICAS POR NEOPLASIAS: ANÁLISE DE DIAGRAMAS DE DESVIO FONATÓRIO

DISFONIAS DE BASE COMPORTAMENTAL E ORGÂNICAS POR NEOPLASIAS: ANÁLISE DE DIAGRAMAS DE DESVIO FONATÓRIO DISFONIAS DE BASE COMPORTAMENTAL E ORGÂNICAS POR NEOPLASIAS: ANÁLISE DE DIAGRAMAS DE DESVIO FONATÓRIO Eliane dos Santos Fernandez Faculdade de Fonoaudiologia Centro de Ciências da Vida eliane.rs@puccampinas.edu.br

Leia mais

RESIDÊNCIA SAÚDE UERJ 2017 FONOAUDIOLOGIA (201) PROVA DISCURSIVA ORGANIZADOR 1

RESIDÊNCIA SAÚDE UERJ 2017 FONOAUDIOLOGIA (201) PROVA DISCURSIVA ORGANIZADOR 1 RESIDÊNCIA SAÚDE UERJ 07 FONOAUDIOLOGIA (0) PROVA DISCURSIVA RESIDÊNCIA SAÚDE UERJ 07 FONOAUDIOLOGIA (0) PROVA DISCURSIVA FONOAUDIOLOGIA De acordo com o caso clínico a seguir, responda às questões de números

Leia mais

Laringectomias supracricóides: revisão de literatura em protocolos de qualidade de vida

Laringectomias supracricóides: revisão de literatura em protocolos de qualidade de vida doi: 10.1590/1982-0216201618315115 Artigos de revisão Laringectomias supracricóides: revisão de literatura em protocolos de qualidade de vida Supracricoid Partial Laryngectomy: literature review on quality

Leia mais

Fernanda dos Reis Lima Juliana Gonçalves Dornela

Fernanda dos Reis Lima Juliana Gonçalves Dornela Fernanda dos Reis Lima Juliana Gonçalves Dornela Investigação da habilidade de deglutição em indivíduos submetidos à ressecção oncológica de língua e/ou assoalho de boca Trabalho apresentado à banca examinadora

Leia mais

17/08/2018. Disfagia Neurogênica: Acidente Vascular Encefálico

17/08/2018. Disfagia Neurogênica: Acidente Vascular Encefálico Disfagia Neurogênica: Acidente Vascular Encefálico M.Sc. Prof.ª Viviane Marques Fonoaudióloga, Neurofisiologista, Mestre em Fonoaudiologia, Doutoranda em Psicnálise, Saúde e Sociedade. O acidente vascular

Leia mais

INTERVENÇÃO DO FONOAUDIÓLOGO NA DOENÇA DE PARKINSON. Prof. Dr. Celso Luiz G. dos Santos Jr.

INTERVENÇÃO DO FONOAUDIÓLOGO NA DOENÇA DE PARKINSON. Prof. Dr. Celso Luiz G. dos Santos Jr. INTERVENÇÃO DO FONOAUDIÓLOGO NA DOENÇA DE PARKINSON Prof. Dr. Celso Luiz G. dos Santos Jr. Coral da APPP A voz é o espelho da personalidade, e a senescência poderá ofuscar a imagem refletida. (GREENE,1989)

Leia mais

Palavras-chaves: Qualidade da voz; Qualidade de vida, docente. (4). Um importante aspecto a ser avaliado em processos

Palavras-chaves: Qualidade da voz; Qualidade de vida, docente. (4). Um importante aspecto a ser avaliado em processos Análise dos parâmetros vocais, laríngeos e do Protocolo do Perfil de Participação e Atividade Vocais (PPAV) em professoras da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte encaminhadas para fonoterapia Palavras-chaves:

Leia mais

Atuação do pediatra no paciente disfágico com anomalia craniofacial

Atuação do pediatra no paciente disfágico com anomalia craniofacial Universidade de São Paulo Biblioteca Digital da Produção Intelectual - BDPI Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - HRAC Comunicações em Eventos - HRAC 2013-08 Atuação do pediatra no paciente

Leia mais

AVALIAÇÃO VOCAL NA PERSPECTIVA DE PROFESSORES E FONOAUDIÓLOGOS: SIMILITUDES RELACIONADAS À QUALIDADE VOCAL

AVALIAÇÃO VOCAL NA PERSPECTIVA DE PROFESSORES E FONOAUDIÓLOGOS: SIMILITUDES RELACIONADAS À QUALIDADE VOCAL AVALIAÇÃO VOCAL NA PERSPECTIVA DE PROFESSORES E FONOAUDIÓLOGOS: SIMILITUDES RELACIONADAS À QUALIDADE VOCAL Palavras-chave: distúrbios da voz, docentes, qualidade da voz. Os estudos fonoaudiológicos que

Leia mais

Mara Carvalho / Filipe Abreu. Jornadas Interdisciplinares sobre Tecnologias de Apoio Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra

Mara Carvalho / Filipe Abreu. Jornadas Interdisciplinares sobre Tecnologias de Apoio Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra Tecnologias de apoio diagnóstico da voz Mara Carvalho / Filipe Abreu Jornadas Interdisciplinares sobre Tecnologias de Apoio Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra 27 de Setembro de 2007 Índice

Leia mais

Reabilitação Fonoaudiológica na Doença de Parkinson

Reabilitação Fonoaudiológica na Doença de Parkinson Reabilitação Fonoaudiológica na Doença de Parkinson Facilitadoras: Giovana Jaime Alves Fernanda Sahium Duarte A Doença de Parkinson é caracterizada por uma anormalidade neuroquímica em áreas encefálicas

Leia mais

Anexo 1: Fig. 1 Cartilagens da laringe. (McFarland, D. [2008]. Anatomia em Ortofonia Palavra, voz e deglutição. Loures: Lusodidacta)

Anexo 1: Fig. 1 Cartilagens da laringe. (McFarland, D. [2008]. Anatomia em Ortofonia Palavra, voz e deglutição. Loures: Lusodidacta) Anexo 1: Fig. 1 Cartilagens da laringe. (McFarland, D. [2008]. Anatomia em Ortofonia Palavra, voz e deglutição. Loures: Lusodidacta) Anexo 2: Fig. 2 Músculos intrínsecos da laringe. (McFarland, D. [2008].

Leia mais

Uso do som crepitante grave (modelo vocal fry) nas Laringectomias Parciais Verticais

Uso do som crepitante grave (modelo vocal fry) nas Laringectomias Parciais Verticais Uso do som crepitante grave (modelo vocal fry) nas Laringectomias Parciais Verticais Daniela Maria Santos Serrano * Alexandre Babá Suehara ** Marina Lang Fouquet *** Antonio José Gonçalves **** Resumo

Leia mais

Revista CEFAC ISSN: Instituto Cefac Brasil

Revista CEFAC ISSN: Instituto Cefac Brasil Revista CEFAC ISSN: 1516-1846 revistacefac@cefac.br Instituto Cefac Brasil Hilário Soares de Toledo, Tatiana; Arakawa Sugueno, Lica; Rossetti Ferraz, Alberto; Di Francesco, Renata ANÁLISE DO PROCESSO DE

Leia mais

TERMINOLOGIA DE RECURSOS VOCAIS SOB O PONTO DE VISTA DE FONOAUDIÓLOGOS E PREPARADORES VOCAIS

TERMINOLOGIA DE RECURSOS VOCAIS SOB O PONTO DE VISTA DE FONOAUDIÓLOGOS E PREPARADORES VOCAIS TERMINOLOGIA DE RECURSOS VOCAIS SOB O PONTO DE VISTA DE FONOAUDIÓLOGOS E PREPARADORES VOCAIS Palavras Chave: Voz, Terminologia, Recursos Vocais. INTRODUÇÃO: Os avanços nos métodos de avaliação da voz mudaram

Leia mais

Diagnóstico Diferencial

Diagnóstico Diferencial Diagnóstico Diferencial M.Sc. Profª Fgª Viviane Marques Fonoaudióloga, Neurofisiologista e Mestre em Fonoaudiologia Coordenadora da Pós-graduação em Fonoaudiologia Hospitalar da UVA Docente do Mestrado

Leia mais

II WORKSHOP EM DISFAGIA OROFARÍNGEA DA FMRP-USP

II WORKSHOP EM DISFAGIA OROFARÍNGEA DA FMRP-USP FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE OFTALMOLOGIA, OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO FONOAUDIOLOGIA CAMPUS UNIVERSITÁRIO MONTE ALEGRE Fone:

Leia mais

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA CIRURGIA ONCOGINECOLÓGICA

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA CIRURGIA ONCOGINECOLÓGICA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA CIRURGIA ONCOGINECOLÓGICA SETEMBRO DE 2016 2 INTRODUÇÃO Prezados Doutores(as), Temos o prazer de compartilhar nossas newsletters científicas. Nesta edição, aprofundamos

Leia mais

Análise dos instrumentos de avaliação autoperceptiva da voz, fonoaudiológica da qualidade vocal e otorrinolaringológica de laringe em professores.

Análise dos instrumentos de avaliação autoperceptiva da voz, fonoaudiológica da qualidade vocal e otorrinolaringológica de laringe em professores. Análise dos instrumentos de avaliação autoperceptiva da voz, fonoaudiológica da e otorrinolaringológica de laringe em professores. Palavras chave: voz, distúrbios da voz e docentes. INTRODUÇÃO: As pesquisas

Leia mais

Formação da face Formação do lábio Formação do palato. Falta de fusão dos processos embrionários. > Até 12ªsem.

Formação da face Formação do lábio Formação do palato. Falta de fusão dos processos embrionários. > Até 12ªsem. Peterson-Falzone Formação da face Formação do lábio Formação do palato Falta de fusão dos processos embrionários. > Até 12ªsem. Fissura préforâme incisivo Fissura pósforâme incisivo Fissura transforâme

Leia mais

Key words: Laryngeal Neoplasms; Laryngectomy; Larynx.

Key words: Laryngeal Neoplasms; Laryngectomy; Larynx. Artigo Original Análise funcional e oncológica de 100 pacientes submetidos à laringectomia supracricóidea com cricohiodoepiglotopexia Functional and oncological analysis of 100 patients who underwent laryngectomy

Leia mais

LESÕES DE BORDA DE PREGAS VOCAIS E TEMPOS MÁXIMOS DE FONAÇÃO

LESÕES DE BORDA DE PREGAS VOCAIS E TEMPOS MÁXIMOS DE FONAÇÃO 134 LESÕES DE BORDA DE PREGAS VOCAIS E TEMPOS MÁXIMOS DE FONAÇÃO Vocal folds edge lesions and maximum phonation times Bárbara Costa Beber (1), Carla Aparecida Cielo (2), Márcia Amaral Siqueira (3) RESUMO

Leia mais

Residência Saúde Fonoaudiologia DISCURSIVA C COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO ACADÊMICO D A. wwww.cepuerj.uerj.br ATIVIDADE DATA LOCAL

Residência Saúde Fonoaudiologia DISCURSIVA C COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO ACADÊMICO D A. wwww.cepuerj.uerj.br ATIVIDADE DATA LOCAL HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO C COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO ACADÊMICO D A Fonoaudiologia DISCURSIVA Residência Saúde 2012 ATIVIDADE DATA LOCAL Divulgação do gabarito - Prova Discursiva 31/10/2011

Leia mais

Marque a opção do tipo de trabalho que está inscrevendo: (X) Resumo ( ) Relato de Caso

Marque a opção do tipo de trabalho que está inscrevendo: (X) Resumo ( ) Relato de Caso Marque a opção do tipo de trabalho que está inscrevendo: (X) Resumo ( ) Relato de Caso AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES ONCOLÓGICOS COM MUCOSITE ORAL QUE FAZEM USO DE LASERTERAPIA AUTOR PRINCIPAL:

Leia mais

CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA

CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA RESOLUÇÃO CFFa nº 492, de 7 de abril de 2016. Dispõe sobre a regulamentação da atuação do profissional fonoaudiólogo em disfagia e dá outras providências. O Conselho Federal de Fonoaudiologia - CFFa, no

Leia mais

Luciana Lourenço Ana Paula Dassie Leite Mara Behlau. Correlação entre dados ocupacionais, sintomas e avaliação vocal de operadores de telesserviços

Luciana Lourenço Ana Paula Dassie Leite Mara Behlau. Correlação entre dados ocupacionais, sintomas e avaliação vocal de operadores de telesserviços Luciana Lourenço Ana Paula Dassie Leite Mara Behlau Correlação entre dados ocupacionais, sintomas e avaliação vocal de operadores de telesserviços INTRODUÇÃO Atuação Fonoaudiológica Busca pela melhoria

Leia mais

AUTOPERCEPÇÃO DE LIMITAÇÕES ORGÂNICAS NA VOZ PÓS CIRURGIAS DE LARINGECTOMIA PARCIAL: CORRELAÇÕES COM ESTADO DE SAÚDE

AUTOPERCEPÇÃO DE LIMITAÇÕES ORGÂNICAS NA VOZ PÓS CIRURGIAS DE LARINGECTOMIA PARCIAL: CORRELAÇÕES COM ESTADO DE SAÚDE AUTOPERCEPÇÃO DE LIMITAÇÕES ORGÂNICAS NA VOZ PÓS CIRURGIAS DE LARINGECTOMIA PARCIAL: CORRELAÇÕES COM ESTADO DE SAÚDE Elaine Pavan Gargantini Faculdade de Fonoaudiologia Centro de Ciências da Vida elaine.pg@puccampinas.edu.br

Leia mais

Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia FONOAUDIOLOGIA. Comissão de Residência Multiprofissional - COREMU

Programa de Residência Multiprofissional em Oncologia FONOAUDIOLOGIA. Comissão de Residência Multiprofissional - COREMU Programa de Residência Comissão de Residência - COREMU A.C.CAMARGO CANCER CENTER O sonho do Prof. Dr. Antônio Prudente de oferecer assistência integrada a pacientes com câncer, formar profissionais especialistas

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU DANIENE TESONI CASSAVARA RIBEIRO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU DANIENE TESONI CASSAVARA RIBEIRO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU DANIENE TESONI CASSAVARA RIBEIRO Aspectos vocais e de qualidade de vida relacionados ao tratamento de câncer de cabeça e pescoço BAURU 2015 DANIENE

Leia mais

RELAÇÃO ENTRE TEMPO MÁXIMO DE FONAÇÃO, ESTATURA E IDADE EM CRIANÇAS DE 8 A 10 ANOS

RELAÇÃO ENTRE TEMPO MÁXIMO DE FONAÇÃO, ESTATURA E IDADE EM CRIANÇAS DE 8 A 10 ANOS RELAÇÃO ENTRE TEMPO MÁXIMO DE FONAÇÃO, ESTATURA E IDADE EM CRIANÇAS DE 8 A 10 ANOS Palavras chaves: Testes respiratórios, avaliação, voz. Introdução O Tempo Máximo de Fonação (TMF) é um teste objetivo

Leia mais

DIAGNÓSTICO E MANEJO DAS DISPLASIAS DE LARINGE

DIAGNÓSTICO E MANEJO DAS DISPLASIAS DE LARINGE UNITERMOS DIAGNÓSTICO E MANEJO DAS DISPLASIAS DE LARINGE NEOPLASIAS LARÍNGEAS; NEOPLASIAS LARÍNGEAS/classificação. Joana Marczyk Juliana Leitune Gerson Maahs KEYWORDS LARYNGEAL NEOPLASMS; LARYNGEAL NEOPLASMS/classification.

Leia mais

Artigo Original TUMORES DO PALATO DURO: ANÁLISE DE 130 CASOS HARD PALATE TUMORS: ANALISYS OF 130 CASES ANTONIO AZOUBEL ANTUNES 2

Artigo Original TUMORES DO PALATO DURO: ANÁLISE DE 130 CASOS HARD PALATE TUMORS: ANALISYS OF 130 CASES ANTONIO AZOUBEL ANTUNES 2 Artigo Original TUMORES DO PALATO DURO: ANÁLISE DE 130 CASOS HARD PALATE TUMORS: ANALISYS OF 130 CASES 1 ANTONIO AZOUBEL ANTUNES 2 ANTONIO PESSOA ANTUNES 3 POLLIANA VILAÇA SILVA RESUMO Introdução: O câncer

Leia mais

TCC em Re-vista ROSA, Maristela de Andrade; ROSSINI, Vanessa Francisco 14.

TCC em Re-vista ROSA, Maristela de Andrade; ROSSINI, Vanessa Francisco 14. Fonoaudiologia TCC em Re-vista 2010 87 ROSA, Maristela de Andrade; ROSSINI, Vanessa Francisco 14. Verificação das respostas do potencial evocado auditivo de longa latência (P300) em sujeitos ouvintes

Leia mais

Izabella Cristina Silva AVALIAÇÃO PERCEPTIVO-AUDITIVA DA VOZ DE INDIVÍDUOS SUBMETIDOS À RESSECÇÃO ONCOLÓGICA DE LÍNGUA E/OU ASSOALHO DE BOCA

Izabella Cristina Silva AVALIAÇÃO PERCEPTIVO-AUDITIVA DA VOZ DE INDIVÍDUOS SUBMETIDOS À RESSECÇÃO ONCOLÓGICA DE LÍNGUA E/OU ASSOALHO DE BOCA Izabella Cristina Silva AVALIAÇÃO PERCEPTIVO-AUDITIVA DA VOZ DE INDIVÍDUOS SUBMETIDOS À RESSECÇÃO ONCOLÓGICA DE LÍNGUA E/OU ASSOALHO DE BOCA Trabalho apresentado à banca examinadora para conclusão do curso

Leia mais

Fonoaudiologia. Caderno de Questões PROVA DISCURSIVA. SRH Superintendência DESEN. de Recursos Humanos

Fonoaudiologia. Caderno de Questões PROVA DISCURSIVA. SRH Superintendência DESEN. de Recursos Humanos 2012 Caderno de Questões PROVA DISCURSIVA SRH Superintendência de Recursos Humanos DESEN Departamento de Seleção e Desenvolvimento de Pessoal 01 Considerando as informações a seguir responda os itens

Leia mais

Tempo Máximo de Fonação: influência do apoio visual em crianças de sete a nove anos

Tempo Máximo de Fonação: influência do apoio visual em crianças de sete a nove anos Tempo Máximo de Fonação: influência do apoio visual em crianças de sete a nove anos Autoras: Sabrina Mazzer Paes, Fernanda Carla Mendes Ross, Renata Rangel Azevedo Descritores: voz, disfonia, criança Introdução

Leia mais

Autopercepção da Qualidade Vocal Estado de Saúde e Efeitos na Comunicação Diária Pós - laringectomia Parcial

Autopercepção da Qualidade Vocal Estado de Saúde e Efeitos na Comunicação Diária Pós - laringectomia Parcial Autopercepção da Qualidade Vocal Estado de Saúde e Efeitos na Comunicação Diária Pós - laringectomia Parcial Marrieli de Moraes Faculdade de Medicina Centro de Ciências da Vida marrilit@puccampinas.edu.br

Leia mais

Revisão sistemática: o que é? Como fazer?

Revisão sistemática: o que é? Como fazer? Revisão sistemática: o que é? Como fazer? Profa Dra Graciele Sbruzzi gsbruzzi@hcpa.edu.br Conteúdos Abordados - O que é revisão sistemática e metanálise? - Etapas para a construção de uma revisão sistemática

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Faculdade de Medicina

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Faculdade de Medicina UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Faculdade de Medicina PREVALÊNCIA DE QUEIXA DE ALTERAÇÃO DE DEGLUTIÇÃO EM IDOSOS SAUDÁVEIS Thais Stephanie Pereira Freitas Belo Horizonte Dezembro - 2017 Thais Stephanie

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO VIDEOFLUOROSCÓPICA DA FASE FARÍNGEA DA DEGLUTIÇÃO LUCIANA PASSUELLO DO VALE-PRODOMO

CARACTERIZAÇÃO VIDEOFLUOROSCÓPICA DA FASE FARÍNGEA DA DEGLUTIÇÃO LUCIANA PASSUELLO DO VALE-PRODOMO CARACTERIZAÇÃO VIDEOFLUOROSCÓPICA DA FASE FARÍNGEA DA DEGLUTIÇÃO LUCIANA PASSUELLO DO VALE-PRODOMO Tese de doutorado apresentada à Fundação Antônio Prudente para a obtenção do título de Doutor em Ciências

Leia mais

Ferramenta de rastreamento global: uma revisão das evidências (edição de 2016)

Ferramenta de rastreamento global: uma revisão das evidências (edição de 2016) Ferramenta de rastreamento global: uma revisão das evidências (edição de 2016) Relatório da Health Quality & Safety Commission New Zealand Sumário executivo Introdução: A atenção dedicada recentemente

Leia mais

Estratégias em Telesserviços. Josimar Gulin Martins 1

Estratégias em Telesserviços. Josimar Gulin Martins 1 Estratégias em Telesserviços Estratégias de atuação em telemarketing Josimar Gulin Martins 1 O operador de telesserviços é um dos profissionais da voz que vem sendo muito valorizado nas empresas, devido

Leia mais

Gaudencio Barbosa R4 CCP HUWC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Gaudencio Barbosa R4 CCP HUWC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Gaudencio Barbosa R4 CCP HUWC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço 03-2012 Carcinoma papilifero da tireoide compreende 80-85% das neoplasias malignas da tireoide com sobrevida em 10 anos >90% Incidência

Leia mais

TÍTULO: Nível de concordância inter avaliadores para aplicação do AMIOFE em pacientes após Acidente Vascular Cerebral

TÍTULO: Nível de concordância inter avaliadores para aplicação do AMIOFE em pacientes após Acidente Vascular Cerebral RESUMO EXPANDIDO TÍTULO: Nível de concordância inter avaliadores para aplicação do AMIOFE em pacientes após Acidente Vascular Cerebral Autores: ADA SALVETTI CAVALCANTI CALDAS, DANIELE ANDRADE DA CUNHA,

Leia mais

Palavras-chave: Acústica - Fonética - Música

Palavras-chave: Acústica - Fonética - Música Canto belting em inglês e português: Ajustes do trato vocal, características acústicas, perceptivo-auditivas, descrição fonológica e fonética das vogais Palavras-chave: Acústica - Fonética - Música INTRODUÇÃO:

Leia mais

15 Congresso de Iniciação Científica GRUPOS DE VIVÊNCIA DE VOZ COM PROFESSORES DA REDE PARTICULAR DE ENSINO

15 Congresso de Iniciação Científica GRUPOS DE VIVÊNCIA DE VOZ COM PROFESSORES DA REDE PARTICULAR DE ENSINO 15 Congresso de Iniciação Científica GRUPOS DE VIVÊNCIA DE VOZ COM PROFESSORES DA REDE PARTICULAR DE ENSINO Autor(es) JULIANA ALBANO FERNANDES Orientador(es) Regina Zanella Penteado, Kelly Cristina Alves

Leia mais

EDUCVOX - EDUCAÇÃO EM SAÚDE VOCAL: QUEIXAS E IMPRESSÕES VOCAIS DE PACIENTES PRÉ E PÓS INTERVENÇÃO EM GRUPO

EDUCVOX - EDUCAÇÃO EM SAÚDE VOCAL: QUEIXAS E IMPRESSÕES VOCAIS DE PACIENTES PRÉ E PÓS INTERVENÇÃO EM GRUPO EDUCVOX - EDUCAÇÃO EM SAÚDE VOCAL: QUEIXAS E IMPRESSÕES VOCAIS DE PACIENTES PRÉ E PÓS INTERVENÇÃO EM GRUPO ALMEIDA, Anna Alice Figueirêdo de; Wégina Jordana Nascimento da; COSTA, Bianca Oliveira Ismael

Leia mais

Departamento de Radioncologia Instituto CUF Porto Hospital de Braga

Departamento de Radioncologia Instituto CUF Porto Hospital de Braga Sequenciação após QT de indução: Toxicidades tardias podem ser decisoras Departamento de Radioncologia Instituto CUF Porto Hospital de Braga Paulo S Costa Júlio Teixeira Radioncologia A combinação de Radioterapia

Leia mais

Mestrado Profissional associado à residência médica MEPAREM. Diretrizes para tratamento de crianças disfônicas

Mestrado Profissional associado à residência médica MEPAREM. Diretrizes para tratamento de crianças disfônicas Mestrado Profissional associado à residência médica MEPAREM Diretrizes para tratamento de crianças disfônicas Dândara Bernardo Siqueira Profa Titular Regina Helena Garcia Martins Dr. Norimar Hernandes

Leia mais

Avaliação eletromiográfica e intervenção fisioterapêutica em sujeitos disfônicos

Avaliação eletromiográfica e intervenção fisioterapêutica em sujeitos disfônicos Avaliação eletromiográfica e intervenção fisioterapêutica em sujeitos disfônicos Autores Rinaldo Roberto de Jesus Guirro Delaine Rodrigues Bigaton Kelly Cristina Alves Silverio Apoio Financeiro Fap 1.

Leia mais

Artigo Original. Sylvia Carolina Bruno Barbosa (1) Renata Cavalcante Barbosa Haguette (1) Erik Frota Haguette (1) RESUMO

Artigo Original. Sylvia Carolina Bruno Barbosa (1) Renata Cavalcante Barbosa Haguette (1) Erik Frota Haguette (1) RESUMO ACHADOS DA AVALIAÇÃO VIDEOENDOSCÓPICA DA DEGLUTIÇÃO EM CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL Functional endoscopic evaluation of swallowing findings in children with cerebral palsy Artigo Original RESUMO Objetivo:

Leia mais

TÍTULO: ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL E AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES PSICOMÉTRICAS DO QUESTIONÁRIO HOLANDES DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR

TÍTULO: ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL E AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES PSICOMÉTRICAS DO QUESTIONÁRIO HOLANDES DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR TÍTULO: ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL E AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES PSICOMÉTRICAS DO QUESTIONÁRIO HOLANDES DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: NUTRIÇÃO

Leia mais

TCC em Re-vista CARVALHO, Cristiane Aparecida de; ARSENO, Vanessa Aparecida. 16

TCC em Re-vista CARVALHO, Cristiane Aparecida de; ARSENO, Vanessa Aparecida. 16 Fonoaudiologia TCC em Re-vista 2011 85 CARVALHO, Cristiane Aparecida de; ARSENO, Vanessa Aparecida. 16 Estudo comparativo dos resultados de testes de resolução temporal em jovens adultos. 2011. 16 f.

Leia mais

PERFIL DO PACIENTE ATENDIDO NO PROJETO DE EXTENSÃO:

PERFIL DO PACIENTE ATENDIDO NO PROJETO DE EXTENSÃO: PERFIL DO PACIENTE ATENDIDO NO PROJETO DE EXTENSÃO: ERO - ENDODÔNTIA E REABILITAÇÃO ORAL: RECONSTRUÇÃO DE PROJETO DE VIDA DO PACIENTE COM NEOPLASIA DE CABEÇA E PESCOÇO *Aluno bolsista; ** Aluno Voluntário;

Leia mais

REVISÃO MARÇO Programa de Tratamento Fonoterápico Pacientes Internados em Unidade Hospitalar e em Regime de Internação Domiciliar

REVISÃO MARÇO Programa de Tratamento Fonoterápico Pacientes Internados em Unidade Hospitalar e em Regime de Internação Domiciliar REVISÃO MARÇO 2015 Programa de Tratamento Fonoterápico Pacientes Internados em Unidade Hospitalar e em Regime de Internação Domiciliar GOVERNADOR DO ESTADO RUI COSTA DOS SANTOS SECRETÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO

Leia mais

Análise acústica e perceptivo-auditiva da voz em indivíduos com doença de Parkinson Idiopática nos estágios on e off

Análise acústica e perceptivo-auditiva da voz em indivíduos com doença de Parkinson Idiopática nos estágios on e off Análise acústica e perceptivo-auditiva da voz em indivíduos com doença de Parkinson Idiopática nos estágios on e off Introdução: A doença de Parkinson (DP) pode ser definida como um distúrbio neurodegenerativo

Leia mais

Função fonatória após o uso prolongado da voz.

Função fonatória após o uso prolongado da voz. Função fonatória após o uso prolongado da voz. Autores: Pellicani, A.D.; Ricz, H.M.A.; Aguiar-Ricz, L.N Palavras-chave: voz, mulheres, fadiga. Introdução: O uso prolongado da voz é caracterizado como um

Leia mais

Tutorial de Pesquisa Bibliográfica- BVS. 2ª. Versão 2012

Tutorial de Pesquisa Bibliográfica- BVS. 2ª. Versão 2012 B I B L I O T E C A D E C I Ê N C I A S D A S A Ú D E SD DA Universidade Federal do Paraná - UFPR Tutorial de Pesquisa Bibliográfica- BVS 2ª. Versão 2012 1 Pesquisa Bibliográfica É o levantamento de um

Leia mais

RM padrão de 1,5T no câncer endometrial: moderada concordância entre radiologistas

RM padrão de 1,5T no câncer endometrial: moderada concordância entre radiologistas Universidade Federal de São Paulo Escola Paulista de Medicina Departamento de Diagnóstico por Imagem RM padrão de 1,5T no câncer endometrial: moderada concordância entre radiologistas Especializanda: Renata

Leia mais

Ao meu pai, Keiichi Hanayama, à minha mãe, Maria Nilza Hanayama, meus exemplos de sabedoria, dignidade e ética. Com dedicação incondicional,

Ao meu pai, Keiichi Hanayama, à minha mãe, Maria Nilza Hanayama, meus exemplos de sabedoria, dignidade e ética. Com dedicação incondicional, Ao meu pai, Keiichi Hanayama, à minha mãe, Maria Nilza Hanayama, meus exemplos de sabedoria, dignidade e ética. Com dedicação incondicional, ensinam-me as verdadeiras lições da vida. Aos meus grandes mestres,

Leia mais

A QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES LOCALMENTE AVANÇADOS TRATADOS COM RADIOQUIMIOTERAPIA É MELHOR DO QUE NAQUELES SUBMETIDOS A LARINGECTOMIA TOTAL?

A QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES LOCALMENTE AVANÇADOS TRATADOS COM RADIOQUIMIOTERAPIA É MELHOR DO QUE NAQUELES SUBMETIDOS A LARINGECTOMIA TOTAL? A QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES LOCALMENTE AVANÇADOS TRATADOS COM RADIOQUIMIOTERAPIA É MELHOR DO QUE NAQUELES SUBMETIDOS A LARINGECTOMIA TOTAL? SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CANCER DE CABEÇA E PESCOÇO SÃO

Leia mais

QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS OBESOS QUE REALIZARAM A CIRURGIA BARIÁTRICA

QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS OBESOS QUE REALIZARAM A CIRURGIA BARIÁTRICA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS OBESOS QUE REALIZARAM A CIRURGIA BARIÁTRICA Adriana Baldo Mendes 1 ; Flávia Cristina de Souza 2 ; Rose Mari Bennemann 3 1, 2 Mestrandas em Promoção da Saúde, Centro Universitário

Leia mais

RETALHOS ÂNTERO-LATERAL DA COXA E RETO ABDOMINAL EM GRANDES RECONSTRUÇÕES TRIDIMENSIONAIS EM CABEÇA E PESCOÇO

RETALHOS ÂNTERO-LATERAL DA COXA E RETO ABDOMINAL EM GRANDES RECONSTRUÇÕES TRIDIMENSIONAIS EM CABEÇA E PESCOÇO Artigo Original RETALHOS ÂNTERO-LATERAL DA COXA E RETO ABDOMINAL EM GRANDES RECONSTRUÇÕES TRIDIMENSIONAIS EM CABEÇA E PESCOÇO ANTEROLATERAL THIGH AND RECTUS ABDOMINUS FLAPS IN LARGE TRIDIMENSIONAL HEAD

Leia mais

ORIGINAL ARTICLE. Swallowing after non-surgical treatment (radiation therapy / radiochemotherapy protocol) of laryngeal cancer

ORIGINAL ARTICLE. Swallowing after non-surgical treatment (radiation therapy / radiochemotherapy protocol) of laryngeal cancer Braz J Otorhinolaryngol. 2011;77(1):96-101. Para citar este artigo, use o título em inglês ORIGINAL ARTICLE BJORL Swallowing after non-surgical treatment (radiation therapy / radiochemotherapy protocol)

Leia mais

CLUBE DE REVISTA. Luiz Clêiner R3 CCP

CLUBE DE REVISTA. Luiz Clêiner R3 CCP CLUBE DE REVISTA Clinical value of endosonography in the assessment of laryngeal cancer Marcel Kraft, Nina Bruns, Monika H ugens-penzel, Christoph Arens Luiz Clêiner R3 CCP ORIGINAL ARTICLE Clinical value

Leia mais

IMPLANTE PERCUTÂNEO DE PRÓTESE AÓRTICA (TAVI)

IMPLANTE PERCUTÂNEO DE PRÓTESE AÓRTICA (TAVI) IMPLANTE PERCUTÂNEO DE PRÓTESE AÓRTICA (TAVI) Abaixo segue o resumo de meta-análise realizada na Europa, com oito registros oriundos de vários países da Europa que realizam o implante percutâneo de prótese

Leia mais

Gaudencio Barbosa R3 CCP Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantído UFC

Gaudencio Barbosa R3 CCP Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantído UFC Gaudencio Barbosa R3 CCP Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantído UFC A incidência de carcinoma bem diferenciado da tireoide tem aumentado devido ao diagnóstico incidental

Leia mais

DIVERTÍCULO DE ZENKER. R1 Jean Versari - HAC

DIVERTÍCULO DE ZENKER. R1 Jean Versari - HAC DIVERTÍCULO DE ZENKER R1 Jean Versari - HAC Divertículo de Zenker Evaginação da mucosa e submucosa do esôfago posterior por área de fraqueza entre as partes tireofaríngea e cricofarínega do músculo constritor

Leia mais