EXPERIÊNCIAS DISCENTES COM A APLICAÇÃO DE REIKI COMO TERAPIA COMPLEMENTAR EM ATIVIDADES DE EXTENSÃO
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- Elisa da Conceição Sales
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1 EXPERIÊNCIAS DISCENTES COM A APLICAÇÃO DE REIKI COMO TERAPIA COMPLEMENTAR EM ATIVIDADES DE EXTENSÃO Vera Lucia Freitag 1 Indiara Sartori Dalmolin 2 Andressa de Andrade 3 Marcio Rossato Badke 4 Introdução O reiki é como uma terapia holística desenvolvida no ano de 1922 pelo japonês Mikao Usui. Caracteriza-se pela canalização da energia universal, através da imposição de mãos com o objetivo de restabelecer o equilíbrio energético vital de quem a recebe, restaurando assim o estado de equilíbrio natural seja ele emocional, físico ou espiritual, podendo eliminar doenças e promover a saúde (Teixeira, 2009). O reiki normalmente favorece todos os tipos de cura, alivia dores e sintomas agudos, tendo influência positiva no crescimento espiritual. Depois de um tratamento a mente fica mais ágil e clara, aguça e intuição para as soluções de problemas (Honervogt, 2005). O Sistema Usui de Cura Natural, assim denominado em homenagem ao seu descobridor Mikao Usui, vem sendo transmitido por mestres de reiki e atualmente é praticado em todo o mundo (Honervogt, 2005). Trata-se de um método de cura simples que permite absorver mais energia vital. Esta prática potencializa a sua força vital e equilibra as energias do corpo. Esta energia de cura natural flui de forma vigorosa e concentrada nas mãos do praticante. A imposição das mãos direciona a energia de cura para o corpo de receptor. O doador de reiki serve como canal para transmitir a energia vital universal. Assim, nenhuma energia pessoal é absorvida ou drenada do doador, que é simultaneamente recarregado e fortalecido a cada sessão de reiki (Honervogt, 2005). 1 Apresentadora/Autora. Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), campus de Palmeira das Missões/RS. Bolsista do Fundo de Incentivo à Extensão (FIEX) verafreitag@hotmail.com. 2 Autora. Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem na UFSM/PM. Bolsista do Programa REUNI de Bolsas de Iniciação Científica. indiarasartoridalmolin@yahoo.com.br. 3 Orientadora. Professora. Mestre em Ciências da Saúde e Doutoranda PPGCS FURG. Docente do Departamento de Ciências da Saúde da UFSM/PM. andressaufsm@gmail.com. 4 Orientador. Professor. Mestre em Enfermagem e Doutorando PPGE UFPel. Docente do Departamento de Ciências da Saúde da UFSM/PM. marciobadke@yahoo.com.br.
2 Para o reikiano o importante é compartilhar todos os benefícios desta ciência de bem estar, contribuindo desta forma para espalhar os bons fluídos. O Reiki fornece ao doente uma quantidade adequada de energia necessária para o equilíbrio da mente, do corpo e das emoções (Salomé, 2009). Embora todos possuam a capacidade inata de impor as mãos, no sistema reiki, o desbloqueio dos chakras ocorre com o ritual de iniciação, momento em que canais de energia são abertos permitindo ao iniciado entrar em sintonia com a Energia Universal e assim, transformar-se em um agente de cura (Teixeira, 2009). Segundo Honervogt (2005), no tratamento com reiki a posição das mãos corresponde à localização do sistema de glândulas endócrinas do corpo e aos sete chakras principais. O sistema endócrino regula o equilíbrio hormonal e o metabolismo. No nível energético, as glândulas endócrinas correspondem aos sete chakras principais ou centros de energia. O reiki passa do doador (o canal de reiki) para o receptor, trabalhando em diferentes níveis. Põe em equilíbrio harmonioso todos os aspectos do ser do receptor, de acordo com suas necessidades e desejos pessoais. Equilibra os órgãos e glândulas e suas funções corporais; libera bloqueios e emoções reprimidas; promove a cura natural do ser; adapta-se as necessidades naturais do receptor; equilibra as energias do corpo; amplia a consciência pessoal e facilita os estados meditativos; relaxa e reduz o stress; estimula a criatividade; potencializa a energia vital, aguça a intuição; trata os sintomas e as causas das doenças; cura holisticamente; fortalece o sistema imunológico; alivia a dor; libera toxinas (Honervogt 2005). Segundo Nascimento et al, (2012), a enfermagem é definida como a verdadeira profissão do cuidado efetivo e holístico. Com base nesta citação, afirmamos que o cuidado é a essência da enfermagem. Colliére, 1989 diz que a vida surge desde que existem cuidados, porque é preciso tomar conta da vida para que ela possa permanecer. Os homens, como todos os seres vivos sempre precisam de cuidados; cuidar, tomar conta, é um ato de vida cuja finalidade consiste em permitir a continuação da vida, desenvolver-se e lutar contra a morte: morte do indivíduo, morte do grupo, morte da espécie. Badke (2008), em sua dissertação, sugere que o enfermeiro trabalhe na perspectiva da integralidade, respeitando as diferenças e o contexto social das pessoas. Para isso, torna-se necessário incluir, tanto na formação dos enfermeiros, como na educação permanente desses profissionais, conhecimentos sobre práticas complementares de cuidado com a saúde. Poucas iniciativas educacionais têm tido o objetivo de romper com o distanciamento entre as Práticas Integrativas e Complementares (PICs) e o Sistema Único de Saúde (SUS) e dialogar com as diretrizes do sistema público brasileiro via convênios com secretarias e
3 Ministério da Saúde, e mesmo não se configurando em cursos de graduação e pós-graduação (Azevedo; Pelicioni, 2011). A enfermagem, por ter interação frequente com a população e com pacientes, tem o papel de oferecer alternativas para complementar o seu tratamento que estejam ao alcance do seu público alvo, promovendo saúde de maneira simples e natural (Santos; Cunha, 2011). Objetivo Relatar as experiências discentes no âmbito de projetos sobre terapias complementares, com ênfase em reiki, durante o curso de graduação em enfermagem. Metodologia Este trabalho busca descrever as experiências discentes ao desenvolver projetos de pesquisas sobre a aplicação de reiki como terapia complementar, em diferentes públicos alvos. Relatar tais vivências é importante para intensificar as atividades no âmbito da iniciação científica, dando maior visibilidade às terapias complementares ou alternativas, em especial o reiki, devido aos benefícios já identificados no que tange o alívio do estresse, da ansiedade, da dor e a estabilidade emocional. Resultados As atividades com terapias complementares são desenvolvidas no âmbito acadêmico desde julho de 2011, a partir de uma iniciativa de acadêmicos de enfermagem da UFSM/Campos de Palmeira das Missões, tendo como público alvo, inicialmente pessoas idosas com queixas de dor crônica, não oncológica e atualmente profissionais de enfermagem com queixas de estresse. Nestas atividades, identificou-se que, antes das sessões de reiki, os sujeitos apresentavam sinais e sintomas de ansiedade, estresse, nervosismo, insônia, além do relato de dificuldades na execução de atividades cotidianas e presença de dores nas articulações, coluna vertebral, lombosacral e joelhos. Cabe destacar que estes sinais e sintomas são frequentes na população idosa e na maioria das vezes, estão associados a transtornos depressivos e a doenças orgânicas. Após a realização de cinco sessões de reiki, os sujeitos referiram alívio das dores, bom padrão de sono, facilidade na execução das tarefas do dia a dia, melhora nos níveis de estresse e ansiedade, mudança nos processos de pensamento e bom humor.
4 Desta forma, percebeu-se que após a aplicação de terapia complementar por meio do reiki, os sujeitos apresentam melhora significativa das queixas álgicas, além da melhora na qualidade de vida e saúde, em especial nos aspectos relacionados à saúde mental, afirmando que indicariam esta terapia para outras pessoas pelo bem estar que sentiram e fariam novamente se tivessem oportunidade; com isso atenta-se para a introdução de práticas complementares, pois a enfermagem tem interação frequente com a população e com pacientes, tendo assim, o papel de oferecer alternativas para complementar o seu tratamento que estejam ao alcance de seu público alvo, promovendo saúde de maneira holística e integral (Santos; Cunha, 2011). Os profissionais que trabalham com as Práticas Integrativas e Complementares (PICs), estimulam o indivíduo a encontrar seu bem estar e equilíbrio, pois compreendem que o corpo tem, assim como a natureza, capacidade intrínseca de procurar o equilíbrio e o bem-estar e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida (Rodrigues; Hellmann; Sanches, 2011). As atividades com reiki no espaço acadêmico foram e estão sendo de grande relevância para a formação de profissionais generalistas, com uma visão diferenciada do processo saúde doença, potencializando outros meios de garantir a homeostasia, evitando a medicalização desnecessária, assim garantindo outros meios de equilibrar corpo e mente. Conclusões Neste contexto, atenta-se para a necessidade do enfermeiro trabalhar na perspectiva da integralidade, por ter interação frequente com a população e com pacientes, tem o papel de oferecer alternativas para complementar o seu tratamento que estejam ao alcance do seu público alvo, promovendo a prevenção de doenças e a promoção da saúde. Assim, salienta-se a importância e a necessidade da introdução de práticas complementares na formação do enfermeiro, visando à prestação de um cuidado holístico, de forma natural, respeitando as crenças, valores, a realidade local da população e a individualidade de cada ser humano. Tais práticas são meios de demonstrar autonomia profissional em todas as formas de atuação, possibilitando a agregação de conhecimentos sobre situações culturais, econômicas e biopsicossociais em que se encontra o sujeito do cuidado. Além de trazer para o indivíduo maior convivência social e auto estima, incentivo para as atividades cotidianas, aspectos que no contexto da vida das pessoas muitas vezes tornam-se esquecidos. Por isso ações de extensão e de iniciação científica são mecanismos que aproximam a universidade da realidade local, agregando novas formas de cuidar às necessidades da população e efetivando o dever social dos profissionais de saúde.
5 Referências AZEVEDO E, PELICIONI MCF. (2011). Práticas integrativas e complementares de desafios para a educação. Trabalho, Educação e Saúde. v. 9 n.3. BADKE MR. (2008). Conhecimento Popular sobre o uso de Plantas Medicinais e o Cuidado de Enfermagem. Dissertação de Mestrado em Enfermagem. Disponível em: Acesso em: 10 jan COLLIÉRE MF. (1989). Promover a vida: da prática das mulheres de virtude aos cuidados de enfermagem. Tradução do Francês: Maria Leonor Braga Abecasis: Inter Editions. Paris. HONERVOGT T. (2005). Reiki Cura e Harmonia Através das Mãos. Editora Pensamento, 4. ed. p. 24, 26, 30, 31, 42, 66. NASCIMENTO LB, SOUZA VP, FILHO GV, ARAÚJO EC, SILVA TCL. (2012). Terapia Integrativa e Complementar em Enfermagem: O Toque Terapêutico na Unidade de Terapia Intensiva. Revista de enfermagem UFPE online, v. 6, n. 1. RODRIGUES DMO, HELLMANN F, SANCHES MPA. (2011). Naturologia e a Interface com as Racionalidades Médicas. Caderno acadêmico. Tubarão, v. 3, n. 1, p SALOMÉ GM. (2009). Sentimentos vivenciados pelos profissionais de enfermagem que atuam em Unidade Terapia Intensiva após aplicação do Reiki. Revista Saúde Coletivav. 06, n. 28, p SANTOS LF, CUNHA ZS. (2011). A Utilização de Práticas Complementares por Enfermeiro do Rio Grande do Sul. Revista de Enfermagem da UFSM, v. 1, n. 3, p TEIXEIRA FNB. (2009). Reiki: religião ou prática terapêutica? Revista Belo Horizonte, v. 7, n. 15, p
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