DIARRÉIA AGUDA e DESIDRATAÇÃO

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1 DIARRÉIA AGUDA e DESIDRATAÇÃO Profª Mariane Alves Franco Pediatria - UEPA 1- Conceito Diarréia Aguda (DA): aumento de freqüência e volume das evacuações, diminuição da consistência das fezes, pela maior eliminação de água e eletrólitos. OMS: qualquer episódio de diarréia com duração menor que 14 dias. Diarréia aguda: até 14 dias (elevado risco de morte). Diarréia persistente: dias. Diarréia crônica: maior 30 dias. 2 1

2 2- Quadro Clínico Padrão de evacuações: varia com a idade, o tipo de alimentação, de indivíduo para indivíduo. As fezes são líquidas, com alteração de cor, odor, presença ou não de muco, pus e sangue. Vômitos, febre, anorexia, perda de peso, dor abdominal, alterações do humor e do estado de hidratação Mecanismo de Defesa do Trato Gastrintestinal Flora Intestinal Normal: as bifidobactérias predominam nos lactentes alimentados ao seio materno, desempenhando papel importante no controle do crescimento de agentes patogênicos. Secreção Mucosa (mucinas): são glicolipídios e glicoproteínas que interferem na adesividade bacteriana. Movimentos Peristálticos: motilidade normal do trato GI contribui para remoção de bactérias e outros produtos. ph gástrico: acidez gástrica contribui para a defesa do trato GI, pois muitos patógenos não sobrevivem em ph baixo. 4 2

3 3- Mecanismo de Defesa Lisozima: lise de bactérias. Lactoferrina: proteína com elevada avidez pelo ferro, inibindo o crescimento bacteriano. Fatores imunológicos: Imunoglobulinas: IgA secretora + fibronectina >> ativam o sistema complemento >> opsonização de bactérias. mastócitos, linfócitos, eosinófilos e macrófagos também contribuem para proteção intestinal Etiologia VIRUS: rotavírus (20 a 60% dos casos), Norwalk, calicivírus, astrovírus, enterovírus e coronavírus. O rotavírus é um RNA vírus, resistente às variações ambientais, ocorre durante todo o ano, em crianças de 3 meses a 2 anos. Inicio após IVAS, com elevada contagiosidade, acompanhado de febre e vômitos. Infecção moderada a grave, levando rapidamente à desidratação. 6 3

4 BACTÉRIAS: Escherichia coli 4- Etiologia E. coli enteropatogênica clássica - principal bactéria. produção de citotoxina > destruição de microvilosidades. E. coli enterotoxigênica - aumento de secreção de água e eletrólitos na luz intestinal >> diminuição da absorção >> diarréia secretora. E. coli entero-hemorrágica - produz citotoxinas, responsável pela síndrome hemolítico-urêmica. E. coli enteroinvasiva - adere à borda em escova da mucosa intestinal, sendo também relacionada com diarréia persistente. Causa diarréia por íleocolite. E. coli enteroagressiva - causa diarréia persistente. 7 Outras Bactérias: 4- Etiologia Salmonella - >> SEPSE. Shigella - protótipo do organismo invasor >> disenteria bacteriana. Baixo inóculo: 10 bactérias. Yersinia enterocolítica - países desenvolvidos. Campylobacter jejuni - Baixa incidência. Clostridium difficile - colite pseudomembranosa. Uso de antibióticos: clindamicina, lincomicina, ampicilina, cefalosporinas e eritromicina. Diarréia disentérica, prolongada e grave. 8 4

5 Fungos: 4- Etiologia Candida albicans (imunodeprimidos, quadro grave) Protozoários: Entamoeba histolytica disenteria amebiana e/ou amebíase extra intestinal. Giardia lamblia - mais freqüente em nosso meio, em crianças até 3 anos. Cripitosporidium sp - diarréia secretora. Quadro grave em imunodeprimidos >>AIDS >> evolução fatal Etiologia Intoxicação Alimentar: ingestão direta de toxinas juntamente com alimentos. As mais importantes são estafilocócica (S. aureus), toxinas do Bacillus cereus, ambas destruídas pelo calor, e do Clostridim perfringens. Início súbito, com vômitos, diarréia, cólicas, em 1 a 6h após ingestão do alimento contaminado. Intoxicação em massa, com resolução do processo em 24h. 10 5

6 Diarréia Osmótica: 4- Etiologia diarréia de pequeno volume, com fezes líquidas explosivas, causando rápida dermatite perianal. Ocorre por erro alimentar, com grande quantidade de HC na alimentação da criança, ingestão abusiva de doces, com sobrecarga de solutos na luz intestinal Diagnóstico IMPORTANTE > QUADRO CLÍNICO 12 6

7 Exames Laboratoriais Pesquisa de leucócitos fecais ph fecal Pesquisa de lactoferrina fecal Coprocultura Pesquisa de rotavírus nas fezes Parasitológico das fezes Pesquisa de toxina de C.difficile 13 Objetivos: 6- Tratamento A) Prevenir ou tratar a desidratação B) Evitar a desnutrição C) Prevenir novos episódios diarréicos 14 7

8 6- Tratamento A) Prevenir ou tratar a desidratação Desidratação >> óbitos. Prevenção >> início o quadro diarréico >> aumento da oferta hídrica. Terapia de Reidratação Oral (TRO) >> tratamento de escolha para a desidratação. TRO: avaliação correta do estado de hidratação da criança; reidratação com os Sais de Reidratação Oral (SRO); manutenção do aleitamento materno e oferta de dieta adequada para a criança Tratamento Composição dos SRO (envelope): cloreto de sódio 3,5g, citrato de sódio 2,9g, cloreto de potássio 1,5g e glicose anidra 20g. Após diluído em 1litro de água, corresponde a: 90mMol/l de sódio, 80mMol/l de cloro, 20mMol/l de potássio, 10mMol/l de citrato (ou 30mEq/l, por ser trivalente) e 111mMol/l de glicose, com osmolaridade total de 311mMol/l. 16 8

9 Plano A: 6- Tratamento Criança com DA sem sinais de desidratação: Orientação familiar: doença autolimitada; risco de complicações; conduta no domicílio; sem esquema rígido de tratamento. IMPORTANTE: manutenção da dieta habitual e aumentar oferta de líquidos. Orientar retorno ao PS em 48h se necessário. 17 Plano B: 6- Tratamento Criança com DA e sinais de desidratação: TRO. Realizada na Unidade de Saúde Pesar a criança antes e após Controlada pela mãe da criança ml/kg de SRO em 4 a 6h Contra-indicado uso de antitérmicos ou antieméticos (sedação) Reavaliação freqüente Perda de peso após 2h de TRO, ou recusa/dificuldade de ingestão dos SRO >> GASTRÓCLISE. Melhora clínica com restabelecimento da hidratação >> orientações do Plano A 18 9

10 6- Tratamento Plano C: Criança com DA e desidratação grave = TREV. INDICAÇÕES: alterações da consciência (coma, depressão intensa, convulsões) vômitos incoercíveis, mesmo após gastróclise íleo paralítico criança que não ganha ou perde peso após 2 primeiras horas de TRO. 19 B) Evitar a Desnutrição: 6- Tratamento manutenção da dieta habitual, correção dos erros alimentares grosseiros, evitar jejum prolongado, manutenção do L.M. C) Prevenir Novos Episódios de Diarréia estímulo ao L.M., orientações dos alimentos do desmame, tratar parasitoses intestinais, complementos vitamínicos e ferro

11 Avaliação do Estado de Hidratação 1. OBSERVAR Condição geral Bem alerta Irritado, intranqüilo * Comatoso, hipotônico Olhos Normais Fundos Muito fundos Lágrimas Presentes Ausentes Ausentes Boca e língua Úmidas Secas Muito secas Sede 2. EXPLORAR Bebe normalmente Sedento, bebe rápido e com avidez * Bebe mal ou não é capaz de beber Sinal da prega desaparece rapidamente Desaparece lentamente Desaparece muito lentamente Pulso Cheio Rápido, débil * Muito débil ou ausente Enchimento capilar Normal (até 3 segundos) Lento (de 3-5 segundos) * Muito lento (> 5 segundos) Sinal da prega desaparece rapidamente Desaparece lentamente Desaparece muito lentamente 3. DECIDIR 4. TRATAR Hidratado Desidratado (se tem dois ou mais sinais) Muito desidratado (Se tem dois ou mais sinais, incluindo pelo menos um marcado com *) Plano A Plano B Plano C #: Para pesquisar este sinal, comprima com a mão fechada da criança durante cerca de 15 segundos e observe o tempo para a volta da coloração normal da palma da mão da criança. Este sinal é muito útil na avaliação, especialmente de crianças desnutridas onde outros sinais (elasticidade de pele, olhos) são de difícil apreciação Tratamento Indicação de antibióticos: RN, imunodeprimidos, sepse, casos graves causados por Shigella (ác. nalidíxico, cefalosporinas), Cólera sulfametoxazol + TMP, tetraciclina

12 Boa Noite! 23 12

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