Doença Diarreica Aguda (DDA)

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1 Saúde da Criança Diarreias e Desidratação Prof. Fernanda Barboza Curso Completo de Enfermagem para Concursos Públicos Doença Diarreica Aguda (DDA) Aumento do número de evacuações, com fezes aquosas ou de pouca consistência. Em alguns casos, há presença de muco e sangue. Pode ser acompanhada de náusea, vômito, febre e dor abdominal. No geral, é autolimitada, com duração entre 2 a 14 dias e não confere imunidade duradoura. Os episódios de diarreia aguda, de uma maneira geral, podem ser divididos em dois grandes grupos: diarreia aquosa e diarreia sanguinolenta. Doença Diarreica Aguda (DDA) Diarreia aquosa: é caracterizada pela perda de grande quantidade de água durante a evacuação, promovendo uma alteração na consistência das fezes. Pode estabelecer rapidamente um quadro de desidratação. Diarreia sanguinolenta (disenteria): é caracterizada pela presença de sangue nas fezes, podendo haver presença de muco e pus. Sugere inflamação ou infecção do intestino. 1

2 Diarreia A diarreia consiste na alteração da função intestinal com perda excessiva de água e eletrólitos pelas fezes e/ou vômitos. Manifesta-se clinicamente pelo aumento do número de evacuações e/ou pela diminuição da consistência das fezes. Vômitos O vômito, por sua vez, é a ejeção rápida e forçada do conteúdo gastrointestinal pela cavidade oral. É, na maioria das vezes, precedido por náuseas, porém podem ocorrer sem esse sintoma, sendo chamados de vômitos em jato. Etiologia Infecciosa o Bactérias e suas toxinas, o Vírus, o Parasitos, o Toxinas naturais Não infecciosa o Intolerância a lactose e glúten o Ingestão de grandes quantidades de hexitóis (adoçantes) o Ingestão demasiada de alguns alimentos o Sais mal absorvidos (Ex: laxantes e antiácidos), o Ácidos biliares (após ressecção ileal), o Gorduras não absorvidas, o Algumas drogas (Ex.: catárticos, óleo de rícino, prostaglandinas). 2

3 Classificação da diarreia segundo a duração dos sintomas Aguda diarreia com duração menor que 14 dias. Persistente diarreia com duração superior a 14 dias Crônica diarreia com duração superior a 30 dias (inflamações crônicas, alergia a alimentos, cólon irritável, parasitoses intestinais). Epidemiologia A maioria dos agentes infecciosos é transmitida pela via orofecal e relaciona-se à qualidade da água, à falta de saneamento básico e às más condições de manipulação e estoque de alimentos. A diarreia aguda é uma das principais causas de mortalidade nos países em desenvolvimento, especialmente em crianças menores de seis meses. Epidemiologia A diarreia mata por desidratação e causa morbidade por desnutrição. Por ser uma doença autolimitada e de tratamento relativamente simples, a correta identificação, aporte hídrico necessário e manutenção da dieta são medidas que evitam a morte e a desnutrição. 3

4 São consideradas situações de risco: 1. Menores de 5 anos, principalmente os lactentes; 2. Desnutrição; 3. As populações moradoras na periferia dos centros urbanos; 4. Áreas sem saneamento básico e moradias insalubres. Os principais fatores agravantes para aumento do risco de mortalidade são: 1. Baixo peso ao nascer; 2. Desidratação grave; 3. Desnutrição grave; 4. Lactente jovem; 5. Febre elevada (> 39º C); 6. Pneumonia; 7. Pais com baixo grau de instrução. Fisiopatologia Diarreia osmolar Aumento exagerado da osmolaridade na luz intestinal, atraindo água para a luz ( causada por vírus, bactérias, carboidratos) Diarreia secretora Diarreia disabsortiva patógenos não-invasivos agridem o intestino delgado com toxinas que promovem secreção abundante de água e eletrólitos distúrbio da absorção causado por toxinas 4

5 Fisiopatologia Diarreia motora alteração da motilidade intestinal hipermotilidade ou hipotonia Diarreia exsudativa processo inflamatório que sugere infecção por agentes invasivos, com agressão de íleo distal e cólon Sínd. do intestino curto perda de área intestinal 1. (FDC IF SE 2014 enfermeiro) Os mecanismos fisiopatológicos na diarreia infecciosa na criança incluem a diarreia osmótica e a diarreia secretora, que, em relação às substancias redutoras se caracterizam, respectivamente, em: a) positiva e positiva b) negativa e positiva c) positiva e negativa d) negativa e negativa 1. (FDC IF SE 2014 enfermeiro) Os mecanismos fisiopatológicos na diarreia infecciosa na criança incluem a diarreia osmótica e a diarreia secretora, que, em relação às substancias redutoras se caracterizam, respectivamente, em: a) positiva e positiva b) negativa e positiva c) positiva e negativa d) negativa e negativa Letra C 5

6 1. Diarreia osmótica Presença de moléculas solúveis em água que levam a retenção osmótica da água. Excesso de solutos no delgado Fezes ácidas ph < 6, SR (+), Hemácias (-), leucócitos (-). Dermatite perianal (+), resposta à dieta (+). 2. Diarreia secretória Aumento da secreção dos fluídos isotônicos da mucosa intestinal. Excesso íons secretados para luz do delgado Fezes volumosas e ph>6, SR (-), Hemácias (-),leucócitos(-). Dermatite (-), resposta à dieta (-). Substâncias Redutoras nas Fezes A pesquisa de substâncias redutoras nas fezes é utilizada para detectar deficiências congênitas, ou causadas por lesão inespecífica, de enzimas da mucosa intestinal, especialmente as dissacaridases (lactase e sacarase). Normalmente, os açúcares são rapidamente absorvidos no intestino delgado proximal, mas, se isso não ocorre, eles permanecem na luz intestinal, causando diarreia osmótica. A má absorção dos diferentes açúcares, ocasionada por essas deficiências enzimáticas, determina o aparecimento das substâncias redutoras nas fezes, além de queda em seu ph. Fisiopatologia Mecanismos de virulência dos microorganismos: 1. Adesivisidade: adesão à mucosa intestinal por meio de adesinas secretadas pelas fímbrias; 2. Invasividade: capacidade de invadir a mucosa e multiplicar-se nas células epiteliais ou atingir a lâmina própria; 3. Toxigênese: - Enterotoxinas: causam secreção exagerada de sais e água. - Citotoxinas: lesam a célula e causam necrose do tecido. 6

7 Fisiopatologia Principais Enteropatógenos Bactérias: Escherichia coli Shigella - diarreia exsudativa por ileocolite; Salmonella - diarreia exsudativa por ileocolite, sepse em lactente desnutridos; Vibrião colérico - diarreia secretora grave. Diarreia pós - antibioticoterapia (colite pseudomembranosa) 2. (CESPE 2013) No que se refere a doenças de interesse para a saúde pública, especialmente as transmissíveis causadas por bactérias, julgue os seguintes itens. Doença infecciosa intestinal aguda, a cólera é causada pela enterotoxina produzida pelo Vibrio cholerae e apresenta como sintomas, na sua forma grave, diarreia aquosa e profusa, com ou sem vômitos, com depleção hídrica e eletrolítica, dor abdominal e cãibras. 2. (CESPE 2013) No que se refere a doenças de interesse para a saúde pública, especialmente as transmissíveis causadas por bactérias, julgue os seguintes itens. Doença infecciosa intestinal aguda, a cólera é causada pela enterotoxina produzida pelo Vibrio cholerae e apresenta como sintomas, na sua forma grave, diarreia aquosa e profusa, com ou sem vômitos, com depleção hídrica e eletrolítica, dor abdominal e cãibras. Certo 7

8 3. (CESPE 2015) Acerca das características dos microrganismos e dos parasitas, julgue o item que se segue. Bactérias são organismos unicelulares e procariotos que pertencem ao reino Monera e que podem causar doenças como hanseníase, tétano, tuberculose, diarreia e cólera. 3. (CESPE 2015) Acerca das características dos microrganismos e dos parasitas, julgue o item que se segue. Bactérias são organismos unicelulares e procariotos que pertencem ao reino Monera e que podem causar doenças como hanseníase, tétano, tuberculose, diarreia e cólera. Certo Vírus: Fisiopatologia Rotavírus mais frequente aos 6 meses a 2 anos de idade, principalmente no inverno; Adenovírus entérico diarreia secretora e osmótica. 8

9 Fisiopatologia Vírus: Rotavírus mais frequente aos 6 meses a 2 anos de idade, principalmente no inverno; Adenovírus entérico diarreia secretora e osmótica. Protozoários: Fisiopatologia Cryptosporidium - diarreia secretora; Giardia lamblia - raramente causa diarreia aguda em regiões endêmicas. 4. (CESPE 2005) Na região Nordeste, o risco de morte por diarreia em crianças com menos de cinco anos de idade é cerca de 4 a 5 vezes maior que na região Sul, chegando a representar 30% do total de mortes no primeiro ano de vida. A diarreia, que, muitas vezes, não é valorizada pelos adultos, pode levar a criança a atrasos no crescimento e no desenvolvimento neurológico, ou mesmo à morte. Quando essa enfermidade é causada por agente infeccioso ou por parasita espoliante, pode ocorrer desidratação. A criança desidratada apresenta olhos encovados, fontanela deprimida, saliva espessa ou ausente e diurese diminuída e de cor escura. Se a criança não for atendida rapidamente, esses sinais podem agravar-se e ela pode chegar ao óbito por choque hipovolêmico. Tendo como se referência o texto acima, julgue os itens subsequentes. Entre as principais causas de desidratação, incluem-se ingestão insuficiente de líquidos, vômitos, diarreia desmedida e excessiva ingestão de proteínas. 9

10 4. (CESPE 2005) Entre as principais causas de desidratação, incluem-se ingestão insuficiente de líquidos, vômitos, diarreia desmedida e excessiva ingestão de proteínas. A digestão de grandes quantidades de proteínas consome quantidade de água CERTO Diarreia secretora Quadro Clinico Fezes líquidas, abundantes e claras, fétidas, sem sangue, muco ou pus; Desconforto abdominal; Pode haver febre ou vômitos. Quadro Clinico Diarreia exsudativa ( disenteria) Fezes amolecidas, com muco, sangue e pus; Eliminações repetidas, em pequenas porções, com dor à evacuação; Febre alta; Leucocitose, neutrofilia e desvio a esquerda. 10

11 Quadro Clinico Diarreia viral Fezes líquidas, sem muco, pus ou sangue; Evacuações sem dor; Vômitos e febre; Casos semelhantes na família/comunidade; Linfocitose. 1. Desidratação; 2. Distúrbio hidroeletrolítico; Complicações 3. Desnutrição - decorrente da inapetência e vômitos, mau aproveitamento dos alimentos e catabolismo aumentado. Sinais de Desidratação - Olhos fundos; - Ausência de lágrimas quando a criança chora; - Boca e língua secas; - Ter muita sede e beber água ou outro líquido muito rápido; - Diminuição da quantidade de urina; - Afundamento da moleira. Obs.: Se apresentar dois ou mais sintomas, pode ser desidratação. 11

12 5. (CONSULPLAN 2016) A desidratação pode ocorrer em crianças sem aleitamento materno, desnutridas, imunodeprimidas, sendo sua incidência maior nas populações de baixo nível socioeconômico. A depressão da fontanela é um dos sinais de desidratação no recém-nascido sendo a principal e mais fácil de detectar, por ser maior que as outras e situada na parte central e mais alta do crânio, a(s) fontanela(s): a) Coronal. b) Pterionais. c) Lambdoide. d) Bregmática. e) Asterionais. 5. (CONSULPLAN 2016) A desidratação pode ocorrer em crianças sem aleitamento materno, desnutridas, imunodeprimidas, sendo sua incidência maior nas populações de baixo nível socioeconômico. A depressão da fontanela é um dos sinais de desidratação no recém-nascido sendo a principal e mais fácil de detectar, por ser maior que as outras e situada na parte central e mais alta do crânio, a(s) fontanela(s): a) Coronal. b) Pterionais. c) Lambdoide. d) Bregmática. e) Asterionais. Letra D 6. (FADESP 2012) Em visita domiciliar a uma família de sua microárea, o ACS verificou que havia uma criança doente, 3 anos de idade, apresentando olhos fundos, irritação e ao sinal da prega a pele volta ao estado anterior lentamente. Esses sinais exibidos pela criança são sinais de alerta relacionados a a) diarreias b) desidratação c) desnutrição d) vômitos 12

13 6. (FADESP 2012) Em visita domiciliar a uma família de sua microárea, o ACS verificou que havia uma criança doente, 3 anos de idade, apresentando olhos fundos, irritação e ao sinal da prega a pele volta ao estado anterior lentamente. Esses sinais exibidos pela criança são sinais de alerta relacionados a a) diarreias b) desidratação c) desnutrição d) vômitos Letra B 13

14 Diagnóstico Anamnese Início do quadro, características das fezes, febre, prostração, tolerância à hidratação oral, outros sintomas digestivos (vômitos, dor ou distensão abdominal); Sinais de infecção e antecedentes de parasitoses; Dieta atual e pregressa; Uso de drogas e alergias; Condições sociais e sanitárias. Exame Físico: Diagnóstico Sinais de desidratação mucosas secas, oligúria, alterações ortostáticas da FC e PA; Estado nutricional; Sinais de toxemia. Exames complementares: Diagnóstico Coproscopia direta, coprocultura e EPF Pouco valor na diarreia aguda HC, hemocultura, ionograma e gasometria Úteis nos casos mais graves, com maior repercussão sobre o estado geral, suspeita de infecção sistêmica e pesquisa de DHE e ácido-básicos. Devem ser feitos após a fase de reparação rápida. 14

15 Plano de Tratamento Plano A Plano B Diarreia sem desidratação. Usuário atendido e dispensado com orientações de cuidados domiciliares levando sais hidratantes para a casa. Diarreia com desidratação. Usuário em observação com TRO. Plano C Diarreia com desidratação grave. Reidratação endovenosa. 7. (FUNDEP 2014) Com relação às doenças diarreicas agudas, assinale a alternativa INCORRETA. a) Prevenção e tratamento da desidratação são muito importantes. b) A diarreia aguda nunca deve ser considerada uma emergência. c) Deve-se manter a alimentação da criança durante e após o episódio diarreico. d) As complicações e causas de morte mais importantes são a desidratação e a desnutrição. 7. (FUNDEP 2014) Com relação às doenças diarreicas agudas, assinale a alternativa INCORRETA. a) Prevenção e tratamento da desidratação são muito importantes. b) A diarreia aguda nunca deve ser considerada uma emergência. c) Deve-se manter a alimentação da criança durante e após o episódio diarreico. d) As complicações e causas de morte mais importantes são a desidratação e a desnutrição. Letra B 15

16 Plano A Explique ao paciente ou acompanhante para fazer no domicílio: 1) OFERECER OU INGERIR MAIS LÍQUIDO QUE O HABITUAL PARA PREVENIR A DESIDRATAÇÃO: O paciente deve tomar líquidos caseiros (água de arroz, soro caseiro, chá, suco e sopas) ou Solução de Reidratação Oral (SRO) após cada evacuação diarreica. Não utilizar refrigerantes e não adoçar o chá ou suco. 2) MANTER A ALIMENTAÇÃO HABITUAL PARA PREVENIR A DESNUTRIÇÃO: Continuar o aleitamento materno. Manter a alimentação habitual para as crianças e os adultos. Plano A 3) SE O PACIENTE NÃO MELHORAR EM DOIS DIAS OU SE APRESENTAR QUALQUER UM DOS SINAIS ABAIXO, LEVÁ-LO IMEDIATAMENTE AO SERVIÇO DE SAÚDE: SINAIS DE PERIGO Piora na diarreia Recusa de alimentos Vômitos repetidos Sangue nas fezes Muita sede Diminuição da diurese Plano A 4) ORIENTAR O PACIENTE OU ACOMPANHANTE PARA: Reconhecer os sinais de desidratação. Preparar e administrar a Solução de Reidratação Oral. Praticar medidas de higiene pessoal e domiciliar (lavagem adequada das mãos, tratamento da água e higienização dos alimentos). 5) ADMINISTRAR ZINCO UMA VEZ AO DIA, DURANTE 10 A 14 DIAS: Até seis (6) meses de idade: 10mg/dia. Maiores de seis (6) meses de idade: 20mg/dia 16

17 Plano A Quantidade de líquidos que devem ser administrados/ingeridos após evacuação diarreica: Menores de 1 -> ml 1 a 10 anos -> ml Maiores de 10 anos -> Quantidade que o paciente aceitar 8.(BIO RIO 2015) No cotidiano da saúde, quadros de diarreia costumam ser acompanhados, também, de vômito. Esse quadro de alteração da função intestinal leva a pessoa a perder excessivamente água e eletrólitos. No atendimento de enfermagem à pessoa com esta situação clínica, o exame físico é um aliado na avaliação da presença de desidratação para que seja implementado o tratamento adequado. Assinale a alternativa que contém plano de tratamento para diarreia sem desidratação. a) usuário em observação com terapia de reidratação oral. b) usuário atendido com instalação de infusão endovenosa. c) suspender a alimentação. d) usuário atendido e dispensado com orientações de cuidados domiciliares levando sais hidratantes para a casa. e) usuário atendido com terapia de reidratação oral e endovenosa de soro fisiológico 0,9% e ringer lactato em, aproximadamente, 10% do peso do paciente, em cerca de duas horas. 8.(BIO RIO 2015) No cotidiano da saúde, quadros de diarreia costumam ser acompanhados, também, de vômito. Esse quadro de alteração da função intestinal leva a pessoa a perder excessivamente água e eletrólitos. No atendimento de enfermagem à pessoa com esta situação clínica, o exame físico é um aliado na avaliação da presença de desidratação para que seja implementado o tratamento adequado. Assinale a alternativa que contém plano de tratamento para diarreia sem desidratação. a) usuário em observação com terapia de reidratação oral. b) usuário atendido com instalação de infusão endovenosa. c) suspender a alimentação. d) usuário atendido e dispensado com orientações de cuidados domiciliares levando sais hidratantes para a casa. e) usuário atendido com terapia de reidratação oral e endovenosa de soro fisiológico 0,9% e ringer lactato em, aproximadamente, 10% do peso do paciente, em cerca de duas horas. Letra D 17

18 9.(FGV 2015) De acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, a quantidade de líquidos que devem ser ingeridos por crianças na faixa etária de 1 a 10 anos após uma evacuação diarreica, com vistas a prevenir a desidratação, é: a) ml; b) ml; c) ml; d) ml; e) > de 500 ml. 9.(FGV 2015) De acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, a quantidade de líquidos que devem ser ingeridos por crianças na faixa etária de 1 a 10 anos após uma evacuação diarreica, com vistas a prevenir a desidratação, é: a) ml; b) ml; c) ml; d) ml; e) > de 500 ml. Letra B Plano B 1) ADMINISTRAR SOLUÇÃO DE REIDRATAÇÃO ORAL: A quantidade de solução ingerida dependerá da sede do paciente. A SRO deverá ser administrada continuamente, até que desapareçam os sinais de desidratação. Apenas como orientação inicial, o paciente deverá receber de 50 a 100ml/kg para ser administrado no período de 4-6 horas. 18

19 Plano B 2) DURANTE A REIDRATAÇÃO REAVALIAR O PACIENTE SEGUINDO AS ETAPAS DO QUADRO AVALIAÇÃO DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO DO PACIENTE Se desaparecerem os sinais de desidratação, utilize o PLANO A. Se continuar desidratado, indicar a sonda nasogástrica (gastróclise). Se o paciente evoluir para desidratação grave, seguir o PLANO C. Plano B 3) DURANTE A PERMANÊNCIA DO PACIENTE OU ACOMPANHANTE NO SERVIÇO DE SAÚDE ORIENTAR A: Reconhecer os sinais de desidratação. Preparar e administrar a Solução de Reidratação Oral. Praticar medidas de higiene pessoal e domiciliar (lavagem adequada das mãos, tratamento da água e higienização dos alimentos). O PLANO B DEVE SER REALIZADO NA UNIDADE DE SAÚDE. OS PACIENTES DEVERÃO PERMANECER NA UNIDADE DE SAÚDE ATÉ A REIDRATAÇÃO COMPLETA 10. (AOCP 2015) A diarreia consiste na alteração da função intestinal com perda excessiva de água e eletrólitos pelas fezes/vômitos. O Plano B é indicado ao tratamento da diarreia com desidratação. Nesse plano, o usuário deve a) ser atendido e dispensado com orientações de cuidados domiciliares, levando sais hidratantes para casa. b) ser atendido e dispensado com orientações para ingestão de qualquer tipo de líquido. c) ser mantido em observação com TRO. d) iniciar reidratação endovenosa. e) ser hospitalizado. 19

20 10. (AOCP 2015) A diarreia consiste na alteração da função intestinal com perda excessiva de água e eletrólitos pelas fezes/vômitos. O Plano B é indicado ao tratamento da diarreia com desidratação. Nesse plano, o usuário deve a) ser atendido e dispensado com orientações de cuidados domiciliares, levando sais hidratantes para casa. b) ser atendido e dispensado com orientações para ingestão de qualquer tipo de líquido. c) ser mantido em observação com TRO. Letra C d) iniciar reidratação endovenosa. e) ser hospitalizado. Contraindicações da TRO Perda ou ganho insuficiente de peso após as primeiras horas de TRO; Vômitos persistentes; Recusa persistente da solução; Distensão abdominal grave íleo paralítico; Alteração de consciência; Evolução para choque hipovolêmico. Plano C PARA TRATAR A DESIDRATAÇÃO GRAVE NA UNIDADE HOSPITALAR O PLANO C CONTEMPLA DUAS FASES PARA TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS: A FASE RÁPIDA E A FASE DE MANUTENÇÃO E REPOSIÇÃO 20

21 Plano C FASE RÁPIDA MENORES DE 5 ANOS (fase de expansão) SOLUÇÃO e VOLUME Soro Fisiológico a 0,9% Iniciar com 20ml/kg de peso. TEMPO DE ADMINISTRAÇÃO 30 minutos Repetir essa quantidade até que a criança esteja hidratada, reavaliando os sinais clínicos após cada fase de expansão administrada. Para recém-nascidos e cardiopatas graves começar com 10ml/kg de peso. Plano C FASE RÁPIDA MAIORES DE 5 ANOS (fase de expansão) SOLUÇÃO 1º Soro Fisiológico a 0,9% VOLUME TOTAL 30ml/kg TEMPO DE ADMINISTRAÇÃO 30 minutos 2º Ringer Lactato ou Solução Polieletrolítica 70ml/kg 2 horas e 30 minutos Plano C FASE DE MANUTENÇÃO E REPOSIÇÃO PARA TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS Solução Soro Glicosado a 5% + Soro Fisiológico a 0,9% na proporção de 4:1 (manutenção) Soro Glicosado a 5% + Soro Fisiológico a 0,9% na proporção de 1:1 (reposição) KCl a 10% Volume em 24hs 1.Peso até 10kg 100ml/kg 2.Peso de 10 a 20kg 1000ml + 50ml/kg de peso que exceder 10kg 3. Peso acima de 20kg 1500ml + 20ml/kg de peso que exceder 20kg + Iniciar com 50ml/kg/dia. Reavaliar esta quantidade de acordo com as perdas do paciente. 2ml para cada 100ml de solução da fase de manutenção. 21

22 Plano C AVALIAR O PACIENTE CONTINUAMENTE. SE NÃO HOUVER MELHORA DA DESIDRATAÇÃO, AUMENTAR A VELOCIDADE DE INFUSÃO Quando o paciente puder beber, geralmente 2 a 3 horas após o início da reidratação venosa, iniciar a reidratação por via oral com SRO, mantendo a reidratação endovenosa. Interromper a reidratação por via endovenosa somente quando o paciente puder ingerir SRO em quantidade sufi ciente para se manter hidratado. A quantidade de SRO necessária varia de um paciente para outro, dependendo do volume das evacuações. Lembrar que a quantidade de SRO a ser ingerida deve ser maior nas primeiras 24 horas de tratamento. Observar o paciente por pelo menos seis (6) horas. Plano C OS PACIENTES QUE ESTIVEREM SENDO REIDRATADOS POR VIA ENDOVENOSA DEVEM PERMANECER NA UNIDADE DE SAÚDE ATÉ QUE ESTEJAM HIDRATADOS E CONSEGUINDO MANTER A HIDRATAÇÃO POR VIA ORAL. 11. (FUNDESP 2010) Uma criança de três anos chegou à unidade de saúde com diarreia há 14 dias, segundo informações da mãe. O enfermeiro, após avaliação criteriosa, identificou que a criança apresentava sinais de desidratação, a qual não era grave, e em seguida classificou a diarreia como diarreia persistente grave. Diante dessa constatação, e como a criança não tinha outra classificação grave, o profissional tomou a seguinte conduta quanto ao tratamento da diarreia: a) referiu a criança ao hospital imediatamente, sem tratar a desidratação. b) orientou a mãe sobre a alimentação da criança e recomendou ir para casa. c) recomendou antibiótico para shigella durante cinco dias e encaminhou ao hospital. d) tratou a desidratação antes de referi-la ao hospital. 22

23 11. (FUNDESP 2010) Uma criança de três anos chegou à unidade de saúde com diarreia há 14 dias, segundo informações da mãe. O enfermeiro, após avaliação criteriosa, identificou que a criança apresentava sinais de desidratação, a qual não era grave, e em seguida classificou a diarreia como diarreia persistente grave. Diante dessa constatação, e como a criança não tinha outra classificação grave, o profissional tomou a seguinte conduta quanto ao tratamento da diarreia: a) referiu a criança ao hospital imediatamente, sem tratar a desidratação. b) orientou a mãe sobre a alimentação da criança e recomendou ir para casa. c) recomendou antibiótico para shigella durante cinco dias e encaminhou ao hospital. d) tratou a desidratação antes de referi-la ao hospital. Letra D IDENTIFICAR DISENTERIA E/OU OUTRAS PATOLOGIAS ASSOCIADAS À DIARREIA 1- PERGUNTAR SE O PACIENTE TEM SANGUE NAS FEZES Em caso positivo e com comprometimento do estado geral: Reidratar o paciente de acordo com os planos A, B ou C. Iniciar antibioticoterapia. Antibióticos Os antibióticos ficam reservados para os casos de cólera, Clostridium difficile, Shigella, Salmonella em crianças menores de três meses de idade ou imunodeprimidos. Diarreia com sangue. Após a reidratação e normalização do equilíbrio acidobásico mantém-se o comprometimento do estado geral, sugerindo translocação bacteriana ou sepse. As infecções causadas por parasitas específicos, como Giardia lamblia e Entamoeba histolytica, também devem ser tratadas. 23

24 Tratamento de crianças: Ciprofloxacino: 15 mg/kg a cada 12 horas, via oral, por 3 dias. Ceftriaxona: 50 a 100mg/kg, intramuscular, uma vez ao dia, por 2 a 5 dias, como alternativa. Orientar o acompanhante para administrar líquidos e manter a alimentação habitual, caso o tratamento seja realizado no domicílio Reavaliar o paciente após dois dias. Se mantiver presença de sangue nas fezes após 48 horas do início do tratamento, encaminhar para internação hospitalar. Observação: crianças com quadro de desnutrição devem ter o primeiro atendimento em qualquer Unidade de Saúde, devendo-se iniciar hidratação e antibioticoterapia de forma imediata, até que chegue ao hospital. 2- PERGUNTAR QUANDO INICIOU A DIARREIA Se tiver mais de 14 dias de evolução: a) Encaminhar o paciente para a unidade hospitalar se: menor que seis meses. apresentar sinais de desidratação. Neste caso, reidrate-o primeiro e em seguida encaminhe-o a unidade hospitalar. Quando não houver condições de encaminhar para a unidade hospitalar, orientar o responsável/acompanhante para administrar líquidos e manter a alimentação habitual no domicílio. b) Se o paciente não estiver com sinais de desidratação e nem for menor de seis meses, encaminhar para consulta médica para investigação e tratamento. 3- OBSERVAR SE TEM DESNUTRIÇÃO GRAVE Se a criança estiver com desnutrição grave (utilizar para diagnóstico a Caderneta de Saúde da Criança do Ministério da Saúde): Em caso de desidratação, iniciar a reidratação e encaminhar o paciente para o serviço de saúde. Entregar ao paciente ou responsável envelopes de SRO em quantidade suficiente e recomendar que continue a hidratação até que chegue ao serviço de saúde. 24

25 4- VERIFICAR A TEMPERATURA Se o paciente estiver, além da diarreia, com a temperatura de 39ºC ou mais: investigar e tratar outras possíveis causas, por exemplo, pneumonia, otite, amigdalite, faringite, infecção urinária USO DE MEDICAMENTOS EM PACIENTES COM DIARREIA Antibióticos: devem ser usados somente para casos de diarreia com sangue (disenteria) e comprometimento do estado geral ou em casos de cólera grave. Em outras condições, os antibióticos são ineficazes e não devem ser prescritos. Antiparasitários: Devem ser usados somente para: 1. Amebíase, quando o tratamento de disenteria por Shigella sp fracassar, ou em casos em que se identificam nas fezes trofozoítos de Entamoeba histolytica englobando hemácias. 2. Giardíase, quando a diarreia durar 14 dias ou mais, se identificarem cistos ou trofozoítos nas fezes ou no aspirado intestinal. 25

26 USO DE MEDICAMENTOS EM PACIENTES COM DIARREIA Zinco: deve ser administrado, uma vez ao dia, durante 10 a 14 dias: Até seis (6) meses de idade: 10mg/dia. Maiores de seis (6) meses de idade: 20mg/dia. ANTIDIARREICOS E ANTIEMÉTICOS NÃO DEVEM SER USADOS Tratamento Dieta: Dieta livre adequada para a idade, respeitando as preferências da crianças; O jejum agrava a desnutrição, o que predispõe à diarreia persistente; Em crianças desidratadas, fazer a reparação com SRO e após reinstituir a alimentação; Aumentar a frequência das mamadas em crianças que são amamentadas ( não suspender). Tratamento Antidiarreicos não devem ser utilizados Inibidores do peristaltismo intestinal: inibem o mecanismo de limpeza do intestino, em doses altas podem ter efeito antisecretor à custa de efeitos colaterais graves: íleo paralítico e intoxicação do SNC; Modificadores da flora intestinal (probióticos): Não tem ação comprovada. Ex: lactobacilos 26

27 Tratamento Antieméticos: São desnecessários. As náuseas e os vômitos regridem com a reidratação. Seu efeito sedativo pode prejudicar a TRO. Podem ser utilizados em alguns casos específicos. Antitérmicos: Geralmente são desnecessários, pois a febre pode desaparecer após a reidratação. Indicar se houver febre elevada com desconforto evidente. Dar preferência a medicamentos que não causem sedação. Analgésicos: São úteis no desconforto abdominal. Antiespasmódicos: São contraindicados. Indicações de Internação Desidratação grave ou sinais de choque; Crianças com desidratação moderada que não toleram a TRO; Desnutrição grave; Toxemia grave, suspeita de sepse ou infecção grave associada; Crianças de famílias muito pobres sem condições sociais de garantir o tratamento ambulatorial. Sinais de alerta para a mãe 1. Diarreia muito intensa (fezes líquidas, mais de 1 episódio/h); 2. Vômitos frequentes, sede muito intensa, olhos fundos, ficar sem urinar por mais de 8h, diarreia com sangue, febre, gemência, abatimento; 3. Diarreia por mais de 5 dias. 27

28 Prevenção Promover o aleitamento materno exclusivo até os 4-6 meses de vida; Introduzir práticas adequadas de desmame alimentos de boa qualidade nutritiva e preparados com boa higiene; Seguir o esquema básico de vacinação; Incentivar o saneamento básico. 12. (FCC 2014) Uma criança de 1 mês e 15 dias apresentou vários episódios de diarreia. Após avaliação médica, detectouse que ela ainda não tem desidratação. Frente a este quadro clínico, uma das orientações à mãe consiste em: a) diminuir a oferta de leite materno e ministrar a solução contendo SRO (sais de reidratação oral), com uma mamadeira, tanto quanto a criança queira tomar. b) se a criança vomitar, após a oferta da solução reidratante, aguardar duas horas, para novamente oferecer a solução. c) aumentar a oferta de água potável e suspender a oferta de leite, tanto materno como de vaca ou de cabra. d) oferecer à criança, frequentemente, a solução contendo SRO (sais de reidratação oral) com um copinho, em goles pequenos. e) interromper a administração de SRO (sais de reidratação oral), após 24 horas da diarreia ter cessado. 28

29 d) oferecer à criança, frequentemente, a solução contendo SRO (sais de reidratação oral) com um copinho, em goles pequenos. e) interromper a administração de SRO (sais de reidratação oral), após 24 horas da diarreia ter cessado. Letra D Orientações 1. Aumentar a ingestão de líquidos (tanto quanto a criança queira tomar). 2. Amamentar a criança com frequência e durante mais tempo em cada mamada. 3. Se a criança é exclusivamente amamentada, oferecer SRO e água pura além do leite materno. 4. Se a criança não é exclusivamente amamentada, continuar oferecendo o peito, oferecer SRO e água pura e orientar a alimentação. Orientações 5. Ensinar a mãe como preparar e administrar o SRO Mostrar à mãe a quantidade de SRO que deve ser dada à criança além do leite materno 6. Orientar a mãe a: Oferecer a solução à criança com um copinho, em goles pequenos e frequentes Se a criança vomitar, esperar 10 minutos. Continuar depois, porém mais lentamente Seguir oferecendo mais líquidos que o usual até que cesse a diarreia 29

30 13. (CESPE 2016) Uma criança de um mês de vida foi atendida em uma unidade de saúde para consulta de rotina com enfermeiro. A mãe relatou que a criança havia apresentado, três dias atrás, fezes diarreicas e que, no dia da consulta, as fezes estavam com sangue. Ao ser examinado, o bebê pareceu tranquilo enquanto mamava, mas ficou inquieto e irritado ao deixar o peito. O enfermeiro verificou, com a criança em condições basais, frequência respiratória de sessenta e cinco movimentos por minuto e que, ao pesquisar o sinal da prega, a pele da criança havia voltado ao seu estado anterior muito lentamente. A respeito desse caso clínico, assinale a opção correta. a) Considerando a faixa etária da criança, a frequência respiratória encontrada está compatível com a normalidade. b) Textura seca é o sinal evidenciado pelo retorno da pele durante a pesquisa da prega cutânea, procedimento que deve ser realizado sempre na região supraclavicular do bebê, fazendo-se uma pinça com as pontas dos dedos c) A classificação do estado de hidratação e da diarreia apresentados pelo bebê são, respectivamente, desidratação e diarreia com sangue, o que indica a necessidade de tratamento imediato. d) Cabe ao profissional de enfermagem aconselhar a mãe a suspender imediatamente a amamentação e, quando prescrito, administrar 0,5 mg de vitamina K intramuscular. e) O profissional de enfermagem deve indicar a ingestão de líquidos adicionais, devendo a mãe seguir o tratamento em casa, oferecendo o soro de reidratação oral ao bebê, juntamente com o leite materno, e retornar ao serviço de saúde caso a criança apresente piora. c) A classificação do estado de hidratação e da diarreia apresentados pelo bebê são, respectivamente, desidratação e diarreia com sangue, o que indica a necessidade de tratamento imediato. d) Cabe ao profissional de enfermagem aconselhar a mãe a suspender imediatamente a amamentação e, quando prescrito, administrar 0,5 mg de vitamina K intramuscular. e) O profissional de enfermagem deve indicar a ingestão de líquidos adicionais, devendo a mãe seguir o tratamento em casa, oferecendo o soro de reidratação oral ao bebê, juntamente com o leite materno, e retornar ao serviço de saúde caso a criança apresente piora. Letra C 30

31 14. (CESPE 2012) A respeito de doenças diarreicas, assinale a opção correta. a) Nos casos de diarreia sem sinais de desidratação, em que a boca e a língua estão úmidas, o tratamento será com sais de reidratação oral (SRO). Chás, água de coco e refrigerantes contendo potássio devem ser consumidos após cada evacuação ou vômito. b) Nas diarreias mais graves, o uso de sonda nasogástrica (SNG) é indicado de imediato, devendo-se infundir doses de 20 a 30 ml por kg/h de SRO. A hidratação parenteral somente será indicada quando houver alteração da consciência e vômitos persistentes. c) A causa mais importante de morte associada a doenças diarreicas é a desidratação, sendo que o tratamento mais importante para reduzir as taxas de mortalidade é a reidratação. 14. (CESPE 2012) A respeito de doenças diarreicas, assinale a opção correta. a) Nos casos de diarreia sem sinais de desidratação, em que a boca e a língua estão úmidas, o tratamento será com sais de reidratação oral (SRO). Chás, água de coco e refrigerantes contendo potássio devem ser consumidos após cada evacuação ou vômito. b) Nas diarreias mais graves, o uso de sonda nasogástrica (SNG) é indicado de imediato, devendo-se infundir doses de 20 a 30 ml por kg/h de SRO. A hidratação parenteral somente será indicada quando houver alteração da consciência e vômitos persistentes. c) A causa mais importante de morte associada a doenças diarreicas é a desidratação, sendo que o tratamento mais importante para reduzir as taxas de mortalidade é a reidratação. Letra C d) A manifestação predominante da doença diarreica adulta (DDA), síndrome causada por diferentes agentes etiológicos como bactérias, vírus e parasitas, é o aumento do número de evacuações, que, em geral, são autolimitadas, com duração de dois a cinco dias. e) Entre as diarreias infecciosas, a causada por E.coli é enteropatogênica, comum em crianças, com transmissão fecal- oral, raramente apresentando febre, sendo que as fezes têm consistência pastosa no início, mas sem presença de sangue. 31

32 Doença Diarreica Aguda A doença diarreica aguda (DDA) é uma síndrome causada por diferentes agentes etiológicos (bactérias, vírus e parasitos), cuja manifestação predominante é o aumento do número de evacuações, com fezes aquosas ou de pouca consistência. Em alguns casos, há presença de muco e sangue. Podem ser acompanhadas de náusea, vômito, febre e dor abdominal. No geral, é autolimitada, com duração de 2 a 14 dias. As formas variam desde leves até graves, com desidratação e distúrbios eletrolíticos, principalmente quando associadas à desnutrição. Escherichia Coli Enteropatogênica Descrição da doença - diarreia infantil é o nome da doença associada à E. coli enteropatogênica (EPEC). Causa diarreia líquida com muco, febre e desidratação. Essas bactérias ligam-se às células membranosas das placas de Peyer e rompem o gel mucoso suprajacente da célula do hospedeiro. A diarreia em crianças pode ser severa e prolongada, com elevada percentagem de casos fatais; uma taxa de 50% de letalidade tem sido relatada nos países em desenvolvimento. Escherichia Coli Enteropatogênica Agente etiológico E. coli enteropatogênica (EPEC), faz parte do grupo das E. coli enterovirulentas (EEC) que causam gastroenterites em humanos. 32

33 Escherichia Coli Enteropatogênica Modo de transmissão: Fecal-oral; Mãos; Objetos e alimentos contaminados com fezes. Escherichia Coli Enteropatogênica Tratamento Terapia de hidratação oral ou endovenosa para reposição de líquido e eletrólitos. Nos casos severos pode ser administrado antibiótico. Tipos de Diarreia por E.coli b) ETEC E.coli Enterotoxinogênica: Causa a diarreia conhecida como diarreia dos viajantes A E.coli Enterotoxinogênica é uma cepa que produz uma toxina semelhante à da bactéria da cólera, que causa uma diarreia aquosa profusa. Geralmente o paciente desenvolve imunidade após a infecção, motivo pelo qual ela só costuma acontecer uma vez. 33

34 Tipos de Diarreia por E.coli c) EIEC E.coli Enteroinvasiva: Causa quadro semelhante à disenteria A E.coli Enteroinvasiva é uma cepa com uma virulência parecida com a bactéria Shigella, causadora da disenteria. O quadro clínico desta infecção é de profusa diarreia, geralmente com sangue, intensa dor abdominal e febre alta. Tipos de Diarreia por E.coli d) EHEC E.coli Enterohemorrágica: Causa grave diarreia e síndrome hemolítica urêmica. A E.coli Enterohemorrágica é uma cepa que também se comporta de modo semelhante à bactéria Shigella, sendo capaz de produzir uma toxina altamente agressiva que leva à colite hemorrágica. 15. (AOCP 2010) A doença diarreica aguda ainda é um dos grandes problemas de saúde pública no mundo, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade infantil, principalmente nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Em relação à Doença Diarréica, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. I. Considerando a magnitude das diarreias agudas no Brasil, desde 1994,foi instituída a Monitorização das Doenças Diarreicas Agudas MDDA, sistema de vigilância sentinela, ágil e de avaliação contínua, configurando instrumento para o acompanhamento destes agravos na esfera municipal. II. As doenças diarreicas agudas causadas por rotavírus são as principais causas de morbidade e mortalidade por diarreia em crianças em todo o mundo, nos países desenvolvidos ou em desenvolvimento. 34

35 III. Nas doenças diarreicas agudas causadas por rotavírus, o principal sítio de replicação viral é o intestino grosso, em particular o reto, situando-se especificamente nas células epiteliais maduras que revestem as mucovilosidades intestinais. IV. A vacina de rotavírus constitui-se em uma importante medida preventiva contra os casos de diarreia aguda. É uma vacina polivalente elaborada com vírus isolados em ovo e atenuados para manter a capacidade imunogênica, porém não patogênica. Assinale a alternativa correta: a) V F V V. b) F V V F. c) V V F F. d) F F F V. e) F F V V. Letra C Vacina Rotavírus A vacina é constituída por um sorotipo do rotavírus humano atenuado da cepa (RIX4414). É indicada para a prevenção de gastroenterites causadas por rotavírus dos sorotipos G1 em crianças menores de 1 ano de idade. Embora seja monovalente, a vacina oferece proteção cruzada contra outros sorotipos de rotavírus que não sejam G1 (G2, G3, G4, G9 MDDA Devido à chegada da sétima pandemia de cólera no Brasil, em 1991, a Coordenação Nacional de Doenças Entéricas do Centro Nacional de Epidemiologia criada no mesmo ano buscou conceber uma proposta que possibilitasse ao município a oportunidade de realizar análise de sua situação de saúde em relação às doenças diarreicas. Assim, em 1994, é elaborada a proposta de Monitorização das Doenças Diarreicas Agudas (MDDA). 35

36 Notificação Doença Diarreica Aguda casos Em virtude da sua elevada frequência, a DDA não é doença de notificação compulsória nacional em se tratando de casos isolados. A notificação dos casos deve ser feita somente pelas unidades sentinelas que tiverem implantada a Monitorização das Doenças Diarreicas Agudas (MDDA). Notificação Doença Diarreica Aguda surtos A notificação de surtos de DDA, incluindo rotavírus, é compulsória e imediata. Esse é caracterizado como a ocorrência de casos ou óbitos de doença de origem desconhecida ou alteração no padrão epidemiológico de doença, independentemente de constar na Lista Nacional de Doenças e Agravos de Notificação Compulsória. Quando o meio de transmissão for água e alimentos contaminados, utilizar a ficha específica de surto de doenças transmitidas por alimentos (DTA) do Sinan. Aspectos ambientais - Garantir saneamento (domiciliar e peridomiciliar); - Manter hábitos saudáveis para a superação dos fatores de risco, como o destino adequado dos dejetos e resíduos sólidos e tratamento da água a ser consumida; - Proteger os mananciais de água para consumo humano. 36

37 Obrigada!! Foco na Aprovação 37

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