CUIDADO! ELES PODEM OUVIR: A DIALÉTICA DO SENHOR E DO ESCRAVO

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1 Simone Martins Advocacia Preventiva e Contenciosa From the SelectedWorks of Simone Martins 2011 CUIDADO! ELES PODEM OUVIR: A DIALÉTICA DO SENHOR E DO ESCRAVO Simone Martins, Teachers College Available at:

2 IFIBE - Instituto Superior de Filosofia Berthier Especialização em Direitos Humanos Simone Martins 1 Fonte: < CUIDADO! ELES PODEM OUVIR: A DIALÉTICA DO SENHOR E DO ESCRAVO O objetivo desta breve análise é equacionar duas principais questões: a primeira, refere-se às formas atuais de exploração do capital; a segunda, parte da fenomenologia hegeliana para definir as diferenças entre as relações simétricas de igualdade e as relações sociais de dominação, tendo, como pano de fundo, o capitalismo. A charge, acima, traduz uma das diversas formas que o capitalismo apresenta na sua relação com o trabalho, notadamente, pela divisão de duas classes: a dos proprietários e a dos 1 Especializanda em Direitos Humanos Educação em Direitos Humanos e das Relações Étnico-Raciais (IFIBE). Professora universitária. Mestre em Direito Público (Unisinos). Advogada. adv.smartins@hotmail.com. 1

3 operários não proprietários 2. Deflagra-se uma sociedade dividida nessas duas classes sociais e a redução da complexidade social à antinomia fundamental dos capitalistas e dos operários 3. A charge é a expressão pura do que Karl Marx denominou de alienação do trabalho 4. Retomando a Fenomenologia do Espírito, de Hegel, depara-se com a dialética do senhor e do escravo, na qual se formam diversas relações sociais, ao longo da história da humanidade. Num recorte clássico, precisamente entre os gregos, o trabalho caracterizava-se por expressão de indignidade aos homens livres, sendo uma atribuição dos escravos. Na civilização moderna observa-se o trabalho livre e assalariado na relação entre patrão e empregado, como um lugar possível para a formação de novas formas de escravidão 5. Nesse contexto, verifica-se na coisificação do humano o núcleo fundamental de toda forma de exploração e que, paulatinamente, é sedimentada pela alimentação da discriminação e da segmentação/desigualdades sociais. Explica-se: o mercado de trabalho [capitalista] é o pai das desigualdades, haja vista criar categorias denominadas vencedores e perdedores, na qual a forma de exploração é eminentemente autofágica. Observa-se, nessa ótica, que o Ser tomou consciência de si de maneira exteriorizada 6, o Senhor Mercado estabelece, de forma excludente, a categoria que o ser pertence. O acesso à educação formal aliado a outros fatores, tais como a cor da pele e o gênero, pré-compreendem o ser, alimentando a discriminação e sedimentando as desigualdades sociais. Na dialética do senhor e do escravo, elaborada por Hegel, identifica-se a relação humana construída de forma unilateral e assimétrica. De acordo com João Alberto Wohlfart 7, nesse modelo simbólico, aproxima-se um processo de mediação onde cada componente é constituído em si mesmo e na relação ao outro (senhor-escravo-natureza). 2 ARON, Raymond. O marxismo de Marx. Tradução de Jorge Bastos. São Paulo: Arx, 2003, p Cf. Aron, op. cit., p Segundo Raymond Aron, Marx apresenta três sentidos diferentes para alienação do trabalho: 1) o trabalhador produz um objeto que e torna estranho a ele; 2) o trabalhador é alienado no trabalho mesmo, porque o trabalho que deveria ser a atividade genérica passa a ser apenas o meio a serviço do ser biológico ou animal; 3) essa alienação do trabalhador em relação ao produto de seu trabalho acarreta a alienação nas relações dos homens entre si, sob a dupla forma do domínio do não-trabalhador entre o trabalhador e da mediatização pelo dinheiro de todas as relações humanas. (Op. cit., p. 163). 5 WOHLFART, João Alberto. A significação histórica e filosófica da Fenomenologia do Espírito. Filosofazer. Passo Fundo, n. 31, jul./dez. 2007, p Nesse sentido, recomenda-se a leitura da Fenomenologia do Espírito, de Hegel, Independência e dependência da consciência-de-si: dominação e escravidão. (HEGEL, G.W.F. Fenomenologia do Espírito. Tradução de Paulo Meneses. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2003, p ) 7 Op. cit., p

4 A primeira relação, unilateralmente construída, o senhor é absolutamente livre e igual a si mesmo, enquanto o escravo é o objeto sem subjetividade, haja vista sua submissão ao senhor por meio de seu próprio trabalho 8. A expressão mais pura da reificação e da negação do ser. Hegel destaca que o senhor se relaciona com a coisa e o escravo. O senhor se relaciona com estes dois momentos: com uma coisa como tal, o objeto do desejo, e com a consciência para a qual a coisidade é essencial. Nessa acepção, o senhor: a) Como conceito de consciência-de-si é relação imediata do ser-para-si; mas, b) Ao mesmo tempo como mediação, ou como um ser para si que só é para si mediante um Outro, se relaciona a ) imediatamente com os dois momentos; e b ) mediatamente, com cada um por meio do outro. 9 Na inteligência de Wohlfart 10, o componente imediato e mediatizado do trabalho negativiza a natureza que passa da sua imediaticidade positiva e natural para a condição de ser diretamente consumida pelo homem, ou seja, a natureza positiva está diretamente submetida à ação do escravo e o segundo momento da negativização lhe escapa porque plenamente configurada para ser recebida pelo senhor. Ocorre, assim, uma relação direta do senhor com a natureza (negada), haja vista que ele a consome. De outra sorte, também se relaciona indiretamente com a natureza por intermédio da mediação da ação do escravo, que caracteriza um processo de negativização. 11 Observa-se que, nessa relação de apropriação dos elementos integrantes da natureza (a coisa manufaturada) é que se verifica e evidencia-se a coisidade do escravo, pois ele passa a fazer parte da natureza, tendo em vista que o escravo somente trabalha a coisa 12. Para Hegel 13, quando o senhor introduziu o escravo entre ele e a coisa, e assim se conclui somente com a dependência da coisa, e puramente a goza; enquanto o lado da independência deixa-o ao escravo, que a trabalha. 8 Cf. Wohlfart, op. cit., p Cf. Hegel, op. cit., p Op. cit., p Cf. Wohlfart, op. cit., p Cf. Hegel, op. cit., p Op. cit., p

5 Nesse aspecto, Wohlfart 14 sublinha que A grande assimetria material da relação é, por um lado, a fruição abundante do senhor e, por outro lado, a miséria do escravo materialmente rebaixado. Num primeiro momento, na superficialidade dessa observação, pode-se dizer que o senhor possui uma liberdade absoluta, refugiado em sua autoconsciência imediata e pela coisidade do escravo. Contudo, nesse silogismo da dominação o senhor, também, se reifica, haja vista que para se tornar humano o outro também deve se tornar humano. Nessa compreensão, é inteiramente ilusória uma liberdade sustentada a partir da quase invisível desumanidade e animalidade de alguém dominado em função da suposta liberdade de um senhor. Dessa forma, a assimetria das relações e as múltiplas formas de dominação são radicalmente incompatíveis com a liberdade humana. 15 Contemporaneamente, a título de um diálogo conclusivo e que soluciona as duas questões iniciais, reproduz-se a fala do personagem Etienne, na obra Germinal, de Émile Zola 16 : a velha sociedade na existia mais, fora varrida até as migalhas; pois bem! não era de temer que o mundo novo crescesse, lentamente estragado pelas mesmas injustiças, uns fracos e outros fortes, uns mais hábeis, mais inteligentes, comendo tudo, e outros idiotizados e preguiçosos, voltando novamente à escravidão? 14 Op. cit., p Cf. Wohlfart, op. cit., p ZOLA, Émile. Germinal. Tradução de Francisco Bittencourt. São Paulo: Martin Claret, 2006, p

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