8º Encontro da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP) Gramado, 01 a 04 de agosto de 2012

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1 8º Encontro da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP) Gramado, 01 a 04 de agosto de 2012 Confiança institucional e participação política na América Latina: os casos de Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela ( ) Robert Bonifácio 1 INTORDUÇÃO A democracia é objeto recorrente nos estudos de ciência política, independente do enfoque que lhe é atribuído. Tal posição não é mera coincidência, a julgar as considerações de diversos autores sobre a sua relevância no ambiente político ao longo das últimas décadas (PASQUINI, 1990; MOISÉS, 1992). Segundo eles, a democracia desbanca as revoluções socialistas como a grande personagem do século XX. Esses apontamentos podem ser reforçados pela investigação de Huntington (1994), que identifica um movimento em direção a adoção de regimes políticos democráticos por dezenas de países entre meados e fins do referido século, o que ele dá o nome de ondas de democratização. Grande quantidade de temas pode ser investigada quando se trata de democracia, mas este estudo apresenta um enfoque no que talvez seja sua dimensão mais ativa e prática: a participação política. Participar da política denota atuação em questões políticas em diferentes arenas, seja discutindo questões relacionadas com pessoas próximas ou agindo publicamente, visando influenciar ou chamar atenção dos políticos e governos para determinados problemas, dentre outras. Todas essas possibilidades de atuação levam ao entendimento de que quem participa apresenta postura mais ativa que os demais em relação a assuntos políticos. Um fator que se pode considerar como impulsionador dessa atitude participativa é a crença de que os atores e instituições representativas designadas a cumprir o seu papel político desempenham suas funções adequadamente, ou seja, a confiança 1 Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 1

2 institucional. É justamente esse o aspecto que este estudo busca investigar, ou seja, a possível relação entre confiança institucional e participação política. Para especificar melhor os objetivos, há de se detalhar a parte empírica do estudo. São utilizados os surveys intitulados Barômetro das Américas 2 relativos aos casos de Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela para os anos de 2006 ( ), 2008 e São feitas análises comparadas de dados de modo transversal e longitudinal. A seleção dos casos levou em consideração dois aspectos, um que enfatiza as suas semelhanças e outro que recai sobre suas diferenças. O primeiro aspecto refere-se às características políticas. Em todos os países selecionados, observa-se a existência de um sistema presidencialista no exercício do poder político; o voto é obrigatório em eleições que são periódicas e livres; e a história política é marcada pela alternância entre períodos ditatoriais e democráticos. Assim, em todos esses casos, espera-se certa semelhança nos incentivos institucionais para conformação das atividades participativas e nos possíveis resultados políticos advindos da postura política ativa dos cidadãos. O segundo critério de seleção de casos recai sobre as diferenças nas taxas de confiança institucional, o principal elemento explicativo neste estudo. Os países apresentam taxas de confiança notavelmente distintas, conferindo quatro diferentes posições no ranking de confiança institucional, que em ordem decrescente comporta Uruguai, Venezuela, Brasil e Paraguai 3. Com isso, a expectativa é de se observar diferentes tendências de associação entre confiança institucional e participação política entre os países ao longo dos anos, com a hipótese de que nos países cujos cidadãos possuem maiores taxas de confiança haverá associações em maior número e intensidade com atividades participativas. Sobre a seleção temporal dos surveys, não há qualquer critério analítico envolvido, uma vez que o LAPOP somente disponibiliza para os pesquisadores externos à instituição dados de 2004 a 2010 e a aplicação de surveys no Brasil, um dos países em estudo, se iniciou apenas em A discussão neste artigo está organizada da seguinte maneira: o próximo tópico é dedicado à participação política, através da discussão sobre a definição do termo e a 2 Trata-se de uma série de pesquisas de opinião iniciada em meados da década de 1990 e que tem como foco os países da América Latina. O Latin America Public Opinion Project (LAPOP), órgão atualmente pertencente à Universidade de Vanderbilt (EUA) é o responsável pela realização da pesquisa. Mais detalhes em: Acesso em: 03/07/ Detalhes no segundo tópico do trabalho e nos dados contidos na tabela 6. 2

3 descrição de variáveis indicadoras. O segundo tópico, por sua vez, destaca a confiança institucional, também tratando da definição do termo e do papel que esse elemento pode ter na explicação de atitudes políticas, além da descrição das variáveis indicadoras. Já o tópico em sequência prioriza exclusivamente a análise dos dados, através da interpretação de resultados de testes inferenciais que visam realçar a natureza da relação entre confiança e participação. Por fim, são feitas as considerações finais, onde se faz uma síntese dos resultados alcançados e das limitações existentes. 1- PARTICIPAÇÃO POLÍTICA 1.1- O que é? Por ser um termo popular no linguajar dos políticos, estudiosos e da população em geral, participação política é dotada de polissemia. Desse modo, a abordagem de problemas de pesquisa que envolva o termo sugere, como fase preliminar a qualquer tratamento empírico da questão, um tratamento conceitual. Fialho (2008) trilha esse caminho citando como justificativa o argumento de Johnson (2003) de que o acúmulo de conhecimento só traz benefícios para o avanço científico se tanto problemas empíricos quanto teóricos são enfrentados. A ideia é que a ênfase em geral dada à importância da empiria leva ao esquecimento dos problemas conceituais e isso causa sérios percalços ao acúmulo de conhecimento e avanço de uma área, uma vez que esses problemas torna implausível a assimilação adequada de resultados empíricos. Fialho faz uma busca em dicionários de diversas línguas a fim de extrair um significado etimológico para a palavra participação. Chega à conclusão de que uma definição adequada é tomar parte em alguma atividade. Para definir política, rejeita a ideia de que seu significado está estreitamente atrelado ao Estado e suas instituições formalmente constituídas. Segue o argumento de Reis (1994), que considera que a definição mais adequada de política envolve toda situação de conflito potencial ou real que envolve, portanto, algum tipo de interação estratégica, independente do contexto concreto em que ocorram. Levando em consideração os argumentos acima, participação política pode ser entendida como tomar parte de alguma atividade de natureza conflitiva e que envolva interações estratégicas. Algumas das principais obras de ciência política que exploram esse ramo de estudo trabalham com significados de participação política próximos a 3

4 esse, mas diferenciam-se quanto aos tipos de atividades participativas vinculadas e aos objetivos que devem estar contidos nessas atividades. A concepção de participação política de Milbrath (1965) é a mais estreita dentre as que serão tratadas, por considerar como atividades participativas somente aquelas envolvidas em processos e em decisões eleitorais. Vai além, afirmando que a tendência é que a participação tenha caráter cumulativo, ou seja, aqueles que se engajam em um desses tipos de atividade tendem a também se engajarem em outras. Assim, confere um caráter unidimensional e cumulativo às atividades participativas. Verba, Schlozman e Brady (1995) compreendem ser participação política o canal onde os cidadãos transmitem a seus governos as informações sobre seus interesses e preferências, pressionando-os a atenderem suas demandas. Extrapolam as fronteiras das atividades eleitorais para exemplificar participação política, lançando luzes sob a atuação de grupos de interesse (organizações não governamentais, sindicatos, grupos de pressão, movimentos políticos, etc.) nos Estados Unidos da América. A principal tese que levantam é que a natureza dessa participação é desigual, com a efetividade das atividades sendo mais comum entre as pessoas com maiores condições socioeconômicas. A definição de participação política concedida Huntington e Nelson (1976), por sua vez, incorpora um elemento finalista das atividades relacionadas. Para eles, participação política é uma atividade realizada por cidadãos com o objetivo de influenciar no processo de decisão governamental. Ou seja, além de considerarem uma vasta gama de atividades como participativas, eles enfocam que o objetivo delas precisa ser o de influenciar as decisões governamentais. Fazem algumas ressalvas, que são importantes para entender a conceituação. Primeiramente, frisam que participação política é constituída de atividades e não de atitudes. Isso significa excluir desse campo os aspectos subjetivos, tais como conhecimento sobre política, interesse por política, sentimentos de competência e eficácia política, percepção de relevância da política e outros fatores correlatos. A segunda ressalva dá conta de que os membros de atividades participativas são os cidadãos privados, ou seja, fazem distinção desse grupo de pessoas com relação aos participantes e profissionais da política como ofício. Por fim, cabe destacar que Huntington e Nelson elucidam que participação política compreende ações com intenções de influenciar o governo, mas que não necessariamente precisam ser exitosas. 4

5 Já Booth e Seligson (1976) partem do diagnóstico de que os estudos sobre participação política recebem um tratamento muito estreito pelos cientistas sociais, focando largamente em elites (eleições, partidos e sindicatos) e violência (golpes militares e revoluções). Como resultado, tem-se apenas uma imagem parcial das faces das atividades políticas dos cidadãos. Focados na realidade latino-americana, buscam oferecer uma definição mais abrangente sobre participação política que, para eles, significa um comportamento que intenciona influenciar o sistema político, seja no nível nacional, regional ou local. Nessa concepção, participação política vai além de atividades das elites, eleições e violência, incluindo comunicações sobre política e problemas locais e trabalho coletivo para resolver problemas não tratados pelos governos. Em suma, observam-se semelhanças nas conceituações sobre participação política, mas divergências quanto aos tipos de atividades taxadas de participativas e os fins que elas almejam Quanto tem? O debate acima, embora não chegue a um consenso, oferece diversas exemplificações de atividades participativas e, com isso, possibilita a manipulação de uma ampla gama de variáveis indicadoras. Cabe agora verificar o quão comum são as atividades participativas nos quatro países selecionados para análise: Brasil. Paraguai, Uruguai e Venezuela. A exposição dos dados se dá por grupos de atividades, englobando todos os anos e países selecionados. Primeiramente, verifica-se a frequência das atividades de protesto ao longo dos últimos doze meses antes da realização da pesquisa. As variáveis apresentam diferentes configurações nos países, mas, de um modo geral, expressam a mesma ideia. As diferenças residem nas opções de resposta. Abaixo, os dois modelos de variáveis utilizadas: 1) Modelo de variável utilizada nos seguintes países e anos: Brasil 2006 e 2008; Paraguai 2008; Uruguai 2006 e 2008; Venezuela 2006 e

6 2) Modelo de variável utilizada nos seguintes países e anos: Paraguai, Uruguai e Venezuela em Os resultados contidos no gráfico 1 não sugerem qualquer tendência, tanto em relação a países quanto a anos. O Brasil é o único caso onde ocorre aumento na taxa de participação, passando de 16,4% em 2006 para 33% em Na Venezuela, a tendência é oposta e, no Paraguai, a diferença é muito pequena de um ano para o outro. O Uruguai também apresenta declínio das taxas ao longo dos anos, mas não de maneira uniforme como a Venezuela, pois em 2008 há mais participação em atividades de protesto que em Dois aspectos devem ser enfatizados. O primeiro é o grande patamar de atividades de protesto na Venezuela em 2006 (60,8%), com pontos percentuais claramente diferenciados dos demais casos. Talvez algum componente contextual explique essa disparidade, como o boicote das oposições à eleição parlamentar de 2005, fato que pode ter gerado intensas manifestações dentre os partidários e opositores ao governo, inflando a taxa de atividades de protesto. O segundo refere-se a baixa frequência dessas atividades. Em alguns surveys, as questões acima explicitadas foram precedidas de uma pergunta-filtro parecida com a seguinte: Algumas vez na vida o senhor (a) já participou de manifestações ou protesto publico?. A frequência de respostas negativas é maioria em todos os casos (tabela 1). Isso significa que boa parte dos percentuais válidos expostos no gráfico 2, que já são baixos, poderia ser ainda menores caso fossem incluídas no conjunto de respostas válidas as indicações dos entrevistados que nunca participaram de qualquer manifestação ou protesto na vida. 4 Os percentuais contidos no gráfico 2 representam a junção das opções de respostas algumas vezes e quase nunca nos casos onde o modelo 1 de variável se faz presente e as respostas sim nos casos onde se usa o modelo 2. 6

7 Gráfico 1- Quantitativo de atividades de protesto (% de respostas válidas) Brasil 2006 Brasil ,4 33 Paraguai 2008 Paraguai ,2 Uruguai 2006 Uruguai 2008 Uruguai ,1 11,4 31,6 Venezuela 2006 Venezuela 2008 Venezuela ,2 16,9 60, Tabela 1- Percentual de cidadãos que nunca participaram de manifestações ou protestos Brasil Brasil 2008 Uruguai 2006 Venezuela ,1 81,5 74,2 76,1 Debater política frequentemente também pode ser considerado atividade participativa e as variáveis indicadoras (1) conversar sobre política e (2) tentar convencer outrem do que se pensa politicamente - estão descritas abaixo. A observação dos resultados contidos nos gráficos 2 e 3 elucida uma situação interessante: os cidadãos brasileiros são os que comparativamente menos conversam sobre política 5 (26,5% em 2006 e 28,8% em 2008), ao mesmo tempo em que são os 5 Os pontos percentuais de todos os países e anos descritos são produtos do somatório das seguintes opções de resposta da variável pol2 : diariamente, algumas vezes por semana e algumas vezes por mês. 7

8 líderes em tentar convencer alguém do que pensa politicamente 6 (24,4% em 2008 e 22,3% em 2010). Assim, os brasileiros são os menos interessados em conversar sobre política, mas os mais incisivos na tentativa de propagação de suas ideias politicas. Uma situação exatamente oposta cabe aos paraguaios: são os que comparativamente mais conversam sobre política (40,2% em 2006 e 55,8% em 2008) e os que menos tentam convencer os demais sobre suas ideias políticas (14,1% em 2006, 14,2% em 2008 e 11,9% em 2010). Para além disso, cabe frisar que a atitude de conversar sobre política é mais comum que do que a de tentar convencer outrem do que se pensa politicamente. A comparação das médias de cada atividade entre todos os países confirma isso 7 : para o caso brasileiro, tem-se 27,65% de frequência de conversa sobre política ante 23,35% de frequência de tentativa de convencer o outro do que se pensa politicamente, chegando a uma diferença de 4,3%. Para Paraguai, Uruguai e Venezuela, as diferenças são 34,6%, 24,55% e 16,53%, respectivamente. Gráfico 2- Conversar sobre política (% de respostas válidas) 60 55, ,5 28,8 40,2 45,8 43,7 35,8 39, Os pontos percentuais de todos os países e anos descritos são produtos do somatório das seguintes opções de resposta da variável pp1 : frequentemente e de vez em quando. 7 Foram somados os valores percentuais de cada ano e depois divididos pela quantidade de anos correspondentes para a criação das médias. A operação foi feita para cada país e as médias relativas a conversa sobre política e tentativa de convencer o outro do que se pensa politicamente são as seguintes para Paraguai,. Uruguai e Venezuela, respectivamente: 48%/ 13,4%; 44,75%/ 20,2% e 37,5%/ 20,97%. 8

9 Gráfico 3- Tentar convencer alguém do que pensa politicamente (% de respostas válidas) ,4 22,3 19,4 17,4 23,8 20,4 22,7 19, ,1 14,2 11,9 5 0 Atividades participativas comumente tratadas pela literatura da área são as associativas. Foram destacadas as participações em instituições com caráter político (partidos políticos, movimentos políticos e sindicatos), tratadas com detalhamento por Verba, Schlozman e Brady (1995) e de natureza local (associações de bairro e grupos para resolver problemas locais), enfatizadas por Booth e Seligson (1976). De um modo geral, as atividades participativas locais são as mais frequentemente praticadas (gráficos 4 a 7). Em todos os casos e anos com exceção de Venezuela no ano de 2008 é a atividade com menor nível de vinculação institucional a que possui maior engajamento: a inserção em algum grupo para resolver problemas do bairro. Já a associação em sindicatos, que alia pertencimento a alguma classe profissional e também vínculo institucional, é quase sempre a atividade que possui menor adesão dos cidadãos, exceto no Brasil em 2008 e Uruguai em Cabe ressaltar que as menores diferenças entre associativismo comunitário e em movimento ou partidos políticos (atividade de vinculo institucional mais frequente) encontram-se no Uruguai. Em relação a engajamento em grupos que visam resolver problemas do bairro, alguns subcasos apresentam percentuais ímpares, fugindo da tendência: Paraguai em 2008 (65,7%), Uruguai em 2006 (39,55%) e Venezuela em 2006 (62,15%). Uma explicação possível seria a mudança na forma de medir essa questão. No ano de 2006, para todos os países, são duas questões dicotômicas a respeito, com as respostas não e 9

10 sim e os percentuais é a média das respostas sim. Já para os demais anos, há apenas uma questão com quatro opções de respostas, sendo que o somatório das respostas uma vez por semana, uma vez ao mês e uma vez ao ano. Isso explicaria os casos de Uruguai e Venezuela, mas não o do Paraguai. As diferenças podem ser observadas nos dois modelos a seguir. 1) Modelo de questão presente nos surveys do ano de ) Modelo de questão presentes nos surveys de 2008 e 2010 Gráfico 4- Associativismo político e local no Brasil (% de respostas válidas) Brasil ,1 14,4 36,25 Membro de grupo do bairro para resolver problemas Brasil 2008 Brasil ,3 12,5 12,3 10,7 19,9 25,1 38,7 Participação em associação de bairro Associação em movimento ou partido político Associação em sindicato

11 Gráfico 5- Associativismo político e local no Paraguai (% de respostas válidas) Paraguai ,4 33,8 Membro de grupo do bairro para resolver problemas Paraguai 2008 Paraguai , ,8 35,3 30,7 46,4 65,7 Participação em associação de bairro Associação em movimento ou partido político Associação em sindicato Gráfico 6- Associativismo político e local no Uruguai (% de respostas válidas) Uruguai ,7 11,2 8,8 39,55 Membro de grupo do bairro para resolver problemas Uruguai 2008 Uruguai ,3 11,7 9,1 12,1 16,3 29,5 28,3 Participação em associação de bairro Associação em movimento ou partido político Associação em sindicato Gráfico 7- Associativismo político e local na Venezuela (% de respostas válidas) Venezuela 2006 Venezuela 2008 Venezuela ,1 6, ,7 34,7 38,3 41,7 32,7 62,15 Membro de grupo do bairro para resolver problemas Participação em associação de bairro Associação em movimento ou partido político Associação em sindicato

12 Por fim, são realçadas atividades de participação política que não se baseiam em mobilização popular, mas sim na relação direta com autoridades. Trata-se de atividades de contato direto com representantes políticos ou funcionários de governo para resolver algum problema de interesse pessoal. Pode-se sugerir um caráter duplo desse tipo de atividade. Por um lado, ela pode ser reflexo de uma postura ativa do cidadão de cobrar diretamente das autoridades melhorias em algum problema que julga ser relevante. Por outro lado, tal relação também pode estar imbuída de viés clientelista. A aproximação pessoal entre solicitante e autoridade pode mascarar condutas não lícitas, havendo uma relação compensatória no seguinte sentido: a autoridade resolve o problema em troca de favores do solicitante, numa relação onde não deveria haver recompensa por parte do solicitante, já que a pessoa a qual ela procura tem como dever analisar e, porventura, resolver os problemas reclamados. Abaixo, as variáveis indicadoras selecionadas: Os resultados deixam evidente que os tipos de contato mais usuais são os relacionados a autoridades e representantes locais, tais como prefeitos e vereadores (gráfico 8). Em todos os casos e anos, são essas as variáveis com maiores percentuais. Não se nota muitas diferenças de frequência desses tipos de atividades dentre os países, com exceção de pedido de ajuda a vereador, que é algo nitidamente mais comum na realidade uruguaia que nos demais casos. 12

13 Gráfico 8- Contato com representantes e funcionários (% de respostas válidas) Pedido de ajuda a deputado federal/ estadual Pedido de ajuda a ministérios/ secretarias; órgãos de estado ou instituição pública Pedido de ajuda a autoridades locais 5 Pedido de ajuda a vereador 0 Por fim, cabe destacar que os dois tipos de atividades participativas mais frequentes dentre os casos analisados (1) ser membro de um grupo que visa resolver problemas do bairro e (2) conversar sobre política - são as que não possuem qualquer espécie de vinculação institucional e são manifestadas espontaneamente e sem regras, visando a troca de ideias políticas ou a resolução de problemas presentes no cotidiano dos cidadãos Quais são os tipos? No subtópico acima, as variáveis indicadoras de participação foram descritas por grupos. Tal exercício visa apenas organizar a descrição dos dados e facilitar interpretações. Para que se tenham agrupamentos de variáveis bem definidos, é necessário ir um passo além, verificando a validade estatística desses agrupamentos. O teste de analise fatorial 8 é útil para isso e seus resultados encontram-se nas tabelas a 8 O teste de análise fatorial é composto por um conjunto de várias técnicas estatísticas com o objetivo de prover descrições simples de inter-relacionamento, correlações e covariâncias entre as variáveis. Ele torna visível a observação de quais variáveis possuem significativas associações entre si e as organizam em fatores. Em cada fator, temos as variáveis mais associadas entre si e a intensidade dessa associação, que 13

14 seguir. Foram utilizadas todas as variáveis indicadoras de participação, que são as já descritas nos subtópicos anteriores, adicionada pelas citadas em sequência 9. É possível observar distinção de agrupamento de variáveis (tabela 6) que indicam atividades inscritas no âmbito local e mais geral (estadual e federal), como as relativas a contato direto com representantes e funcionários de governo e associativas. Atividades relativas à discussão (conversa sobre política e tentativa de convencer o se mostrará forte, mediana ou fraca de acordo com a magnitude de sua carga estatística, geralmente compreendida entre - 1 e 1 (KIM; MUELLER, 1978). 9 Nem todas as variáveis de participação se mostram presentes em cada rodada de surveys utilizada neste trabalho. 14

15 outro do que se pensa politicamente) e associação política (associação em partidos e movimentos políticos e sindicatos) aparecem juntas num mesmo fator em vários casos e anos, sugerindo uma mesma lógica para participação com viés predominantemente politico, independente da natureza da atividade, seja ela de cunho verbal ou associativa institucionalizada. Os resultados vão ao encontro dos principais achados de Booth e Seligson (2009), utilizando a mesma base de dados, mas referente a oito países (Costa Rica, Guatemala, México, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Panamá e Colômbia) no ano de Eles também encontram fatores constituídos por variáveis de associativismo local, contato com representantes e funcionários de governo local, ativismo partidário e campanha eleitoral e participação em eleições. Tabela 2- Análise fatorial de variáveis de participação- Brasil Prot1 0,710 0,119 0,163 0,008 0,089 0,120 0,049 0, Prot2 0,698 0,034 0,027 0,139 0,021 0,346 0,139 0, Prot ,081 0,300 0,028 Cp5c 0,003 0,107 0,034 0, Cp5d 0,182 0,037 0,087 0, Cp ,106 0,183 0,662 0,236 0,028 0,521 0,085 Cp8 0,299 0,123 0,318 0,467 0,072 0,077 0,576-0,053 0,056 0,510 0,070 Cp ,031 0,428 0,375-0, Cp13 0,480 0,260 0,221 0,257 0,242 0,465 0,176-0,013 0,069 0,373 0,125 Pp1 0,038 0,581 0,060 0,053 0,075 0,461 0,020 0,038 0,094 0,272 0,081 Pp3 0,267 0,830 0,203 0, Pp4 0,261 0,710 0,225 0, Pol2 0,468 0,245-0,016 0,108 0,239 0,385 0,011 0, Cp2 0,171 0,137 0,613 0,124 0,520 0,100 0,142-0,244 0,161 0,080 0,518 Cp4-0,021 0,136 0,465 0,082 0,568 0,091 0,030 0,131 0,090 0,133 0,387 Cp4a 0,083 0,042 0,653 0,022 0,665 0,161-0,014 0,049 0,596 0,163 0,224 Np ,103 0,560 0,073 0,033 0,180 0,248 0,064 Np ,572 0,079 0,078 0,137 0,746 0,154 0,140 Cp5bra ,081 0,105 0,671 KMO = 0,736 KMO 0,723 KMO = 0,710 = % var. explicada = 61,9 % var expl. = 53,3 % var expl.. = 44,7 15

16 Tabela 3- Análise fatorial de variáveis de participação- Paraguai Prot Prot ,028 0,360 0,215 0, Prot ,124 0,194 0,264 Cp5c 0,833 0,052 0, Cp5d 0,589 0,113 0, Cp ,129 0,021 0,492 0,051 0,115 0,600 0,089 Cp8 0,474 0,211 0,165 0,227 0,165 0,652 0,012 0,166 0,644 0,040 Cp10 0,026 0,271 0,155 0,013 0,249 0,234 0, Cp13 0,219 0,508 0,218 0,171 0,548 0,194 0,070 0,114 0,370 0,248 Pp1 0,132 0,585 0,033 0,083 0,590-0,005 0,051 0,236 0,255 0,056 Pp Pp Pol2 0,075 0,626 0,158 0,093 0,608 0,047 0, Cp2 0,073 0,122 0,605 0,066 0,067 0,001 0,625 0,110 0,061 0,617 Cp4 0,079 0,157 0,565 0,193 0,064 0,104 0,448 0,177 0,074 0,549 Cp4a 0,260 0,196 0,456 0,565 0,106 0,101 0,297 0,527 0,150 0,387 Np1 0,209 0,244 0,200 0,450 0,137 0,175 0,061 0,374 0,240 0,150 Np ,809 0,044 0,128 0,072 0,781 0,120 0,108 KMO = 0,767 KMO = 0, 739 KMO = 0,762 % var. explicada = 50,8 % var expl. = 55,8 % var expl.. = 51,5 Tabela 4- Análise fatorial de variáveis de participação- Uruguai Prot1 0,042 0,166-0,123 0, Prot2 0,153 0,610-0,053 0,171 0,489 0,143 0, Prot ,060 0,208 0,370 Cp5c 0,629 0,157-0,066 0, Cp5d 0,706 0,101 0,018 0, Cp ,202 0,430 0,138 0,110 0,488 0,079 Cp8 0,786-0,012 0,059 0,078 0,196 0,675 0,116 0,023 0,587 0,290 Cp10 0,041 0,927 0,124 0,114 0,364 0,085 0, Cp13 0,352 0,367-0,010 0,302 0,405 0,369 0,050 0,061 0,383 0,455 Pp1 0,216 0,141 0,106 0,742 0,559 0,181 0,048 0,032 0,069 0,653 Pp Pp Pol2 0,021 0,048 0,000 0,684 0,597 0,145 0, Cp2-0,141-0,072 0,526 0,038-0,023 0,016 0,439 0,432 0,063 0,055 Cp4 0,113 0,004 0,685-0,049 0,119 0,037 0,479 0,444 0,034 0,060 Cp4a 0,016-0,030 0,669 0,026 0,021 0,127 0,621 0,735 0,061 0,045 Np1 0,536 0,069 0,177 0,306 0,172 0,488 0,099 0,159 0,469 0,123 Np2 0,081 0,090 0,357-0,032 0,048 0,190 0,387 0,425 0,212-0,030 KMO = 0,701 KMO = 0,766 KMO = 0,729 % var. explicada = 58,6 % var expl. = 46,4 % var expl.. = 50,6 16

17 Tabela 5- Análise fatorial de variáveis de participação- Venezuela Prot1 0,072 0,041 0,053 0,082 0, Prot2-0,084 0,008 0,179 0,011 0,408 0,093 0,066 0,393 0, Prot ,146 0,167 0,009 Cp5c 0,064 0,764 0,007 0,032-0, Cp5d 0,121 0,581 0,082 0,199-0, Cp ,199 0,586 0,168 0,090 0,115 0,624 0,128 Cp8-0,073 0,574 0,310 0,041 0,120 0,271 0,787 0,090-0,050 0,029 0,581 0,190 Cp10 0,017 0,133 0,367 0,151 0,139-0,054 0,237 0,040 0, Cp13 0,053 0,356 0,560 0,219 0,203 0,132 0,456 0,222 0,166 0,109 0,473 0,135 Pp1 0,065 0,135 0,543-0,112-0,008 0,027 0,118 0,488 0,012 0,294 0,228 0,012 Pp Pp Pol2-0,025-0,082 0,513 0,202-0,008 0,122 0,154 0,772 0, Cp2 0,607-0,085 0,127 0,032 0,164 0,140 0,134 0,021 0,542 0,700 0,031 0,035 Cp4a 0,866 0,092-0,008 0,034-0,129 0,494 0,097 0,147 0,288 0,504 0,145 0,370 Cp4 0,633 0,140-0,062 0,132 0,083 0,349 0,111 0,126 0,439 0,550 0,093 0,236 Np1-0,014 0,339 0,233 0,397 0,065 0,667 0,167 0,080 0,006 0,056 0,294 0,543 Np2 0,220 0,146 0,108 0,769 0,092 0,792 0,104 0,114 0,249 0,208 0,114 0,762 KMO = 0,713 KMO = 0,761 KMO = 0,747 % var. explicada = 65,6 % var expl. = 58,7 % var expl. = 53,3 Fator 1 Protesto, discussão e associação política Tabela 6- Nomenclatura dos fatores por país e ano Brasil 2006 Brasil 2008 Brasil 2010 Contato direto com representantes políticos e funcionários de governo estadual e federal Contato direto com representantes políticos e funcionários de governo local Fator 2 Atividades de campanha Discussão e associação política Associativa local Fator 3 Contato direto com representantes políticos e funcionários de governo Associativismo comunitário Contato direto com representantes políticos e funcionários de governo estadual e federal Fator 4 Associativismo comunitário Atividades de protesto - Paraguai 2006 Paraguai 2008 Paraguai 2010 Fator 1 Associativismo comunitário Contato direto com Contato direto com representantes políticos e representantes políticos e funcionários de governo local funcionários de governo local Fator 2 Associação e discussão Associação e discussão política Associativismo política Fator 3 Contato direto com representantes políticos e funcionários de governo local comunitário Associativismo comunitário Contato direto com representantes políticos e funcionários de governo estadual e federal Fator 4 - Contato direto com representantes políticos e funcionários de governo estadual e federal Uruguai 2006 Uruguai 2008 Uruguai 2010 Fator 1 Associativismo comunitário Discussão e associação política Contato direto com representantes políticos e funcionários de governo estadual e federal - 17

18 Fator 2 Protesto e associação em sindicato Fator 3 Contato direto com representantes políticos e funcionários de governo estadual e federal Associativismo comunitário e acompanhamento da política municipal Contato direto com representantes políticos e funcionários de governo estadual e federal Associativismo comunitário Associação e discussão política Fator 4 Discussão política - - Venezuela 2006 Venezuela 2008 Venezuela 2010 Contato direto com representantes políticos e funcionários de governo local e acompanhamento da política municipal Fator 1 Contato direto com representantes políticos e funcionários de governo local Fator 2 Associativismo comunitário Associativismo comunitário e político Fator 3 Associação e discussão política Contato direto com representantes politicos e funcionários de governo local Associativismo comunitário e político Discussão política Contato direto com políticos e funcionários de governo local e acompanhamento política municipal Fator 4 Contato direto com Contato direto com representantes políticos e representantes políticos e funcionários de governo funcionários de governo estadual estadual e federal e federal Fator 5 Protesto - - da 2- CONFIANÇA INSTITUCIONAL 2.1- Confiança institucional: definição e papel na conformação das atitudes políticas Confiar em instituições supõe conhecer a ideia básica ou a função permanente atribuída a elas pela sociedade, por exemplo, a crença de que a polícia existe para garantir a segurança e a vida das pessoas. Assim, a confiança política dos cidadãos não é cega ou automática, ela depende das instituições estarem estruturadas para permitir que eles conheçam, recorram ou interpelem os seus fins últimos fins aceitos e desejados pelos cidadãos (OFFE, 1999). Congruente com esse raciocínio, Moisés (2010) define que confiança é a crença das pessoas na ação futura dos outros. Assim, envolve riscos porque não assegura necessariamente certeza quanto a seus resultados. Pertinente à esfera da política, ela envolve a crença e as expectativas das pessoas a respeito das funções singulares atribuídas às instituições no regime democrático, algo diretamente relacionado à sua qualidade. As definições acima enfatizam, portanto, que confiança ou desconfiança institucional é resultado do repertório de informações e experiências que os cidadãos 18

19 possuem das instituições postas em discussão. Com vistas a esclarecer ainda mais esse ponto, pode-se fazer uma comparação entre confiança e satisfação. Enquanto confiança é resultado de um repertório de atuação de um ator ou instituição com base em expectativas normativas, a satisfação com um ator ou instituição reflete apenas uma avaliação momentânea de desempenho. Seguindo as argumentações de Offe (1999) e Moisés (2010), pode-se considerar que o indivíduo com desconfiança é possuidor de enraizadas frustrações em relação ao ambiente político, já que sua desconfiança é formada por um longo repertório de experiências e informações negativas em relação às instituições. Tendo esse cenário como o mais realístico, é de se esperar que os indivíduos com pouca confiança sejam os que possuem menor afeição ao ideal democrático, apresentando menos apego a valores (como a noção de igualdade de direitos e deveres); a instituições e atores representativos (congresso nacional, partidos políticos, parlamentares e presidente da república); e a formas de expressão democrática (atividades participativas). No que se refere à participação política, pode-se supor que um indivíduo que apresenta desconfiança em instituições representativas crê que é inútil atuar em atividades participativas, já que suas reivindicações e protestos se depararão funcionários de governo ou representantes políticos ineficazes e incapazes de darem respostas adequadas. Não existem estudos muitos que realcem todas essas suposições, especialmente as relativas à participação política. A relação entre confiança e participação é algo ainda pouco explorado na literatura da área. Contudo, o estudo de Moisés e Carneiro (2008; 2010), apesar de ter com foco um problema de pesquisa distinto, pode contribuir para entender o papel da confiança na conformação das atitudes políticas de um modo geral. Os autores investigam, dentre outras coisas, a associação entre desconfiança institucional e apoio ao regime democrático entre os cidadãos latino-americanos. Um dos seus principais resultados aponta que aqueles que desconfiam das instituições, comparados aos que têm posição contrária, apresentam menos preferência pelo regime democrático, embora a desconfiança não esteja associada à preferência pelo autoritarismo. A desconfiança também se relaciona com aceitações de desenhos institucionais que não incorporam instituições representativas, como o congresso nacional e partidos políticos. Os estudos citados levantam a ideia de que confiança institucional é elemento importante para entender orientações políticas. Moisés e Carneiro esclarecem que desconfiança está relacionada a opiniões que privilegiam o arcabouço institucional com 19

20 escassez democrática, caso se considere a noção de que as instituições representativas são peças essenciais do arranjo democrático. É a partir dessas constatações que se pode vislumbrar a importância da confiança para explicar participação política. É de se esperar, por exemplo, que os mais confiantes são os maiores entusiastas das formas de expressão democrática, sendo, portanto, os mais afeitos a se engajarem em atividades participativas. Tentativas de respostas a essa suposição são construídas no terceiro tópico Níveis de confiança nos países selecionados É quase consenso na literatura especializada que a confiança nas instituições representativas encontra-se em baixo patamar, até mesmo nos países com maiores tradições democráticas e maior nível de desenvolvimento econômico (INGLEHART, 1993; NORRIS, 1999; DALTON, 2004). O que será feito a seguir é especificar os níveis em que esse tipo de confiança se encontra no Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela nos anos de 2006, 2008 e 2010 e destacar as diferenças e os padrões existentes. Primeiramente, são expostas as médias de confiança institucional dos países em todos os anos, na tabela 7. Percebe-se a existência de uma hierarquização nos valores das taxas, com o Uruguai possuindo as maiores médias e seguido por Venezuela, Brasil e Paraguai, respectivamente. As exceções encontram-se (1) na confiança no governo federal de 2008 e 2010, onde o Brasil ocupa segunda posição, ficando à frente da Venezuela e (2) na confiança no presidente de 2010, com Brasil e Paraguai na segunda e terceira posições, desbancado a Venezuela, que possui a pior taxa 10. É notável também que as menores médias são sempre ligadas a confiança em partidos políticos, em todos os países e anos. 10 O valores nas variáveis sobre confiança variam de 1 a 7, com o menor valor expressando a pior percepção de confiança possível e vice-versa. Os valores em parêntesis são indicadores da posição dos países no ranking de confiança institucional e os asteriscos realçam os casos excepcionais. 20

21 Tabela 7- Médias de confiança institucional por país e ano 11 Confiança no Congresso Nacional 2006 Confiança no Governo Federal Confiança nos Partidos Políticos Confiança no Presidente Uruguai 4,69 (1) 4,86 (1) 3,6 (1) - Venezuela 4,03 (2) 4,27 (2) 2,89 (2) - Brasil 3,43 (3) 3,98 (3) 2,82 (3) 4,46 Paraguai 2,63 (4) 3,07 (4) 2,53 (4) Uruguai 4,22 (1) 4,54 (1) 3,46 (1) 4,55 (1) Venezuela 3,61 (2) 3,88 (3) 3,23 (2) 4,11 (2) Brasil 3,15 (3) 4,07 (2)* 2,73 (3) 4,04 (3) Paraguai 2,47 (4) 2,3 (4) 2,17 (4) 2,06 (4) 2010 Uruguai 4,98 (1) 5,44 (1) 4,02 (1) 5,41 (1) Venezuela 3,72 (2) 4,09 (3) 3,13 (2) 4,13 (4) Brasil 3,55 (3) 4,45 (2)* 2,96 (3) 4,48 (2)* Paraguai 3,09 (4) 3,95 (3) 2,79 (4) 4,3 (3)* Passando a escala de medida de confiança institucional de números para categorias 12 (gráficos 9 a 12), pode-se reforçar a constatação que os cidadãos uruguaios são os mais confiantes. Também percebe-se que os partidos políticos são os que possuem os menores percentuais de alta confiança em Brasil, Venezuela e Uruguai, embora o último caso contenha percentuais mais robustos, relativamente melhores. O congresso nacional também é uma instituição onde se deposita as maiores desconfianças, em todos os países e anos. Tal cenário facilita a visualização de uma situação em que as instituições dotadas de caráter coletivo, ou seja, imersas em 11 Em parêntesis, a posição hierárquica dos países em cada tipo de confiança institucional. 12 Nos gráficos 9 a 12, são expostos apenas os percentuais válidos, excluindo a frequência das opções de resposta não sei e não respondeu. Foram agregadas as frequências dos valores 1 e 2 da variável original, criando a categoria baixa confiança. A mesma operação foi feita nas agregações das respostas 3, 4 e 5 e 6 e 7, criando as categorias média confiança e alta confiança, respectivamente. 21

22 dinâmicas políticas onde a marca é o embate entre diversos atores e forças políticas (partidos e congresso) destoam de atores singulares, focalizados em uma pessoa ou uma coalizão de forças (presidente e governo, respectivamente), no sentido de as primeiras serem comparativamente menos confiáveis. Gráfico 9- Confiança em instituições representativas - Brasil (2006, 2008 e 2010, respectivamente. Em %) Presidente Partidos Governo Federal Congresso Nacional Presidente Partidos Governo Federal Congresso Nacional Presidente Partidos Governo Federal Congresso Nacional ,3 22,4 26,4 37,4 18,9 22,6 19,7 39, ,8 53, ,7 40,8 47,5 48,8 52,7 46,2 45,9 51,5 50,3 47,6 36,8 44, ,8 10,1 26,1 16,7 32,3 34,1 24,7 16,5 6,5 10,6 8, Baixa (1-2) Média (3-5) Alta (6-7) Gráfico 10- Confiança em instituições representativas - Paraguai (2006, 2008 e 2010, respectivamente. Em %) Presidente Partidos Governo Federal Congresso Nacional Presidente Partidos Governo Federal Congresso Nacional Presidente Partidos Governo Federal Congresso Nacional ,2 23,8 41,7 57,6 45,7 54,3 68,4 64,4 56,9 49,1 72,8 45,2 54,3 41,3 48,3 43,3 35,3 38,6 29,6 37,6 21,9 26,5 32,6 21, ,1 13 7,1 5,1 6 5,5 10 7,6 5,3 Baixa (1-2) Média (3-5) Alta (6-7) 22

23 Gráfico 11- Confiança em instituições representativas - Uruguai (2006, 2008 e 2010, respectivamente. Em %) Presidente Partidos Governo Federal Congresso Nacional Presidente Partidos Governo Federal Congresso Nacional Presidente Partidos Governo Federal Congresso Nacional ,4 12,1 21,6 32,3 17,3 17,9 9,7 22,9 7,6 8, ,8 33,7 41,7 49,7 37,7 52,7 46,8 58,1 55,9 55,8 54,9 59,5 58,7 43,9 40,7 41,5 35,9 35,2 21,2 15,2 12, Baixa (1-2) Média (3-5) Alta (6-7) 24 Gráfico 12- Confiança em instituições representativas - Venezuela (2006, 2008 e 2010, respectivamente. Em %) Presidente Partidos Governo Federal Congresso Nacional Presidente Partidos Governo Federal Congresso Nacional Presidente Partidos Governo Federal Congresso Nacional ,3 27,2 28,9 36,9 30,4 36,2 35,2 32,6 31,4 35,2 48,3 38,5 45,1 38,5 44,1 33,8 52,3 49,7 38,4 44, ,5 35, ,7 32,6 25,5 26,4 10,8 18,6 14,1 23 9,2 Baixa (1-2) Média (3-5) Alta (6-7) 23

24 3- ANÁLISE DOS RESULTADOS Para verificar a relação entre confiança institucional e participação política, foram realizados testes de regressão logística binária para todos os casos e anos. Através desse teste, é possível analisar a associação entre cada variável independente com a dependente (participação política), tendo um conjunto de variáveis independentes elencadas. Por questão de limitação de espaço no documento, apenas as variáveis indicadoras de discussão e/ou associação política, um dos tipos de atividades participativas, foram postas em teste 13. Foram, portanto, utilizadas as variáveis inseridas nos fatores com esse nome em cada um dos países dentro da série temporal. Assim, temos resultados referentes a Brasil nos anos de 2006 e 2008, Paraguai em 2008, Uruguai em 2006, 2008 e 2010 e Venezuela em 2006 e 2008 (consultar tabela 5). A descrição das variáveis recodificadas que expressam associação e discussão política evidencia seu caráter dicotômico (tabela 7). Decidiu-se por essa situação para 13 As variáveis indicadoras de associação e discussão política foram recodificadas, atribuindo valores 1 a certas categorias de respostas e zero para outras. Após isso, procedeu-se de modo a somar os valores dessas variáveis, gerando uma nova variável. Por fim, recodificou-se essa nova variável, fruto da somatória, aglutinando numa única categoria as opções de respostas diferentes de zero e mantendo a opção de resposta com valor zero. Abaixo, a descrição das recodificações: Para Brasil 2006: prot1 tendo algumas vezes e quase nunca valor 1 e nunca valor 0/ cp13 tendo uma vez por semana, uma ou duas vezes ao mês e uma ou duas vezes ao ano valor 1 e nunca valor 0/ pol2 tendo diariamente, algumas vezes por semana e algumas vezes por mês valor 1 e raramente e nunca valor 0. Para Brasil 2008: np1 tendo sim valor 1 e não valor 0/ cp10 e cp13 tendo uma vez por semana, uma ou duas vezes ao mês e uma ou duas vezes ao ano valor 1 e nunca valor 0/ pp1 tendo frequentemente e de vez em quando valor 1 e muito raramente e nunca valor 0. Para Paraguai 2008: cp13 tendo uma vez por semana, uma ou duas vezes ao mês e uma ou duas vezes ao ano valor 1 e nunca valor 0/ pol2 tendo diariamente, algumas vezes por semana e algumas vezes por mês valor 1 e raramente e nunca valor 0/ pp1 tendo frequentemente e de vez em quando valor 1 e muito raramente e nunca valor 0. Para Uruguai 2006: pol2 tendo diariamente, algumas vezes por semana e algumas vezes por mês valor 1 e raramente e nunca valor 0/ pp1 tendo frequentemente e de vez em quando valor 1 e muito raramente e nunca valor 0. Para Uruguai 2008: pol2 tendo diariamente, algumas vezes por semana e algumas vezes por mês valor 1 e raramente e nunca valor 0/ pp1 tendo frequentemente e de vez em quando valor 1 e muito raramente e nunca valor 0/ cp13 tendo uma vez por semana, uma ou duas vezes ao mês e uma ou duas vezes ao ano valor 1 e nunca valor 0/ prot2 tendo algumas vezes e quase nunca valor 1 e nunca valor 0. Para Uruguai 2010: pp1 tendo frequentemente e de vez em quando valor 1 e muito raramente e nunca valor 0/ cp13 tendo uma vez por semana, uma ou duas vezes ao mês e uma ou duas vezes ao ano valor 1 e nunca valor 0. Para Venezuela 2006: pol2 tendo diariamente, algumas vezes por semana e algumas vezes por mês valor 1 e raramente e nunca valor 0/ pp1 tendo frequentemente e de vez em quando valor 1 e muito raramente e nunca valor 0/ cp13 tendo uma vez por semana, uma ou duas vezes ao mês e uma ou duas vezes ao ano valor 1 e nunca valor 0. Para Venezuela 2008: pol2 tendo diariamente, algumas vezes por semana e algumas vezes por mês valor 1 e raramente e nunca valor 0/ pp1 tendo frequentemente e de vez em quando valor 1 e muito raramente e nunca valor 0. 24

25 evitar que houvesse interação de opções de resposta com baixo número de observações com as variáveis independentes, o que faria necessária a utilização da regressão logística multinomial. A maneira como foram construídas as variáveis permite certo equilíbrio de percentual entre as respostas válidas. Tabela 7 Descrição das variáveis de associação e discussão política (respostas válidas) Brasil Paraguai Uruguai Venezuela Associação e discussão política Participativos 35,8% (515) 40,9% (576) 56,9% (845) 49,5% (731) 50,9% (752) 31,6% (471) 47,1% (678) 45,7% (675) Não participativos 64,2% (925) 59,1% (834) 43,1% (641) 50,5% (746) 49,1% (725) 68,4% (1020) 52,9% (762) 54,3% (802) Total Um aspecto que é comum a todos os países é o maior engajamento dos homens em atividades participativas. Em comparação com as mulheres, os homens apresentam maiores chances de serem participativos. Essa relação aparece como estatisticamente significante em quase todos os casos e assume maiores proporções no caso do Paraguai em 2008, onde homem possui 125,4% e 119,6% mais chances de serem participativos que as mulheres nos dois modelos formulados, respectivamente. Relação de sentido positivo e crescente também se faz presente entre níveis de instrução e participação. Os coeficientes de associação das categorias interativas - tendo como referência os analfabetos e/ou concluintes do ensino primário mostram-se mais elevados que os presentes na relação entre sexo e participação. O grupo que possui ensino superior (completo ou não) ou maiores graus de escolaridade é sempre o que apresenta maiores chances de serem participativos, sendo a diferença entre os coeficientes desse grupo e os dos demais muito grande. Essa situação é mais marcante no caso brasileiro. Outro indicativo de situação socioeconômica, a renda familiar, não aparece como relevante para explicar a participação em quase nenhum cenário, exceto o do Uruguai. Nesse caso, nota-se uma relação de sentido positivo e crescente entre renda e participação, ou seja, quanto maior a renda familiar, maiores as chances de engajamento em atividade participativa do tipo associação e discussão política, tendo a renda de até $6000 como referência. 25

26 A idade faz-se importante para explicar participação política na Venezuela. Nesse país, os cidadãos inseridos na menor faixa de idade (de 18 a 24 anos) possuem menos chances de se engajarem em atividades participativas que os cidadãos com 61 anos ou mais idade, o grupo de referência. Esse tipo de relação também é observável no Paraguai e Uruguai, mas com menor amplitude, pois a associação se mostra estatisticamente significante em pequeno número de situações. Por fim, cabe fazer considerações sobre a relação entre confiança institucional e participação política, o principal objetivo desta investigação. De um modo geral, não se observa relações estatisticamente relevantes entre os dois aspectos, o que sugere pouca relevância da confiança para explicar participação. Como tendência, deve-se sublinhar que em todos os países, exceto o Paraguai, ocorre relação de sentido positivo e crescente entre confiança nos partidos políticos e associação e discussão política. O sentido crescente de associação só não se mostra presente no Brasil em 2006 e a relação só não é estatisticamente significante na Venezuela em No Paraguai, alta confiança no congresso está relacionado à participação. Em todos os casos, tem-se como referência a baixa confiança institucional. Se, por um lado, as diferentes variáveis sobre confiança não se mostraram muito relevantes para explicar participação, por outro lado, a incorporação do conjunto dessas variáveis ocasiona um aumento da capacidade preditiva do modelo de regressão. Isso significa que a adição dessas variáveis a um modelo que contém apenas indicadores de situação socioeconômica fortalece a capacidade analítica da investigação. Capta-se esse ponto através da observação dos valores de qui-quadrado. Quando se faz a incorporação de uma nova variável num modelo, deve-se verificar se há incremento mínimo de 3,84 unidades no coeficiente de qui-quadrado no modelo gerado. Em caso afirmativo, entende-se que o novo modelo criado concede maior capacidade explicativa que o anterior. Tal situação se faz presente em todos os casos, exceto no Paraguai, onde a diferença do valor de qui-quadrado do modelo expandido (110,513) em relação ao modelo inicial (106,734) atinge 3,773, menor que o patamar mínimo de 3,84. 26

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