Aula 00 Noções de Administração Pública p/ TJ-CE - Analista Judiciário (Contabilidade)

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1 Aula 00 - Professor: Herbert Almeida

2 AULA 00: Legislação administrativa SUMÁRIO Apresentação Cronograma 1. CENTRALIZAÇÃO/DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO 2. ADMINISTRAÇÃO DIRETA 3. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 3.1. Autarquias Agências executivas Agências reguladoras 3.2. Fundações públicas 3.3. Empresas públicas e sociedades de economia mista 3.4. Tópicos complementares do DL 200/ ATOS ADMINISTRATIVOS 4.1. Requisitos ou elementos de validade 4.2. Motivação 4.3. Atributos dos atos administrativos 4.4. Espécies de atos administrativos 5. REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA 6. QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 7. GABARITO 8. REFERÊNCIAS 8.1. Portais Consultados PÁGINA Olá concurseiros e concurseiras! É com muita satisfação que estamos lançando o curso de Noções de Administração Pública especialmente desenvolvido para atender às necessidades daqueles que estão se preparando para o concurso de Analista Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJ/CE) Especialidade: Ciências Contábeis (Cargo 5). De imediato, vejamos as características deste material: todos os itens do edital serão abordados de forma completa, sem perda da objetividade; grande quantidade de questões comentadas, quase sempre do Cespe/Unb (só vamos utilizar questões de outras bancas se for estritamente necessário); aulas com no máximo 30 (trinta) páginas de teoria e o restante somente de solução de questões; e contato direto com o professor através do fórum de dúvidas. Página 1 de 48

3 Caso ainda não me conheçam, meu nome é Herbert Almeida, sou Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo aprovado em 1º lugar no recente concurso para o cargo. Além disso, obtive o 1º lugar no concurso de Analista Judiciário do TRT/23º Região/2011. Meu primeiro contato com a Administração Pública ocorreu através das Forças Armadas. Durante 7 (sete) anos, fui militar do Exército Brasileiro, exercendo atividades de administração como Gestor Financeiro, Pregoeiro, Responsável pela Conformidade de Registros de Gestão e Chefe de Seção. Sou professor do Tecconcursos das disciplinas de Administração Geral e Pública e Administração Financeira e Orçamentária e também no Estratégia Concursos. Os concursos públicos em que fui aprovado exigiram diversos conhecimentos de administração geral e pública. Ao longo de meus estudos, resolvi diversas questões, principalmente do Cespe/Unb, aprendendo a forma como essa organizadora aborda os temas previstos no edital. Então, de agora em diante, vamos firmar uma parceria que levará você à aprovação no concurso público para o TJ/CE. O edital do concurso trouxe o seguinte conteúdo para a nossa disciplina: NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: 1 Legislação administrativa. 1.1 Administração direta, indireta e fundacional. 1.2 Atos administrativos. 1.3 Requisição. 2 Gestão por competências. 3 Tendências em gestão de pessoas no setor público. 4 Licitação pública. 4.1 Modalidades, dispensa e inexigibilidade. 4.2 Pregão. 4.3 Contratos e compras. 4.4 Convênios e termos similares. 4.5 Lei nº 8.666/ Lei nº / Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (SICAF). 4.8 Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal (CADIN). 4.9 Sistema de Gestão de Contratos (SICON). O conteúdo demanda conhecimentos de Administração Geral, Administração Pública e Direito Administrativo. Assim, para proporcionar uma melhor preparação, resolvi dividir nosso curso em seis, vejamos o cronograma: AULA CONTEÚDO DATA Aula 0 1 Legislação administrativa. 1.1 Administração direta, indireta e fundacional. 1.2 Atos administrativos. 1.3 Requisição. 26/02 Aula 1 2 Gestão por competências. 3 Tendências em gestão de pessoas no setor público. 13/03 Aula 2 4 Licitação pública. 4.1 Modalidades, dispensa e inexigibilidade. 4.5 Lei nº 8.666/ /03 Página 2 de 48

4 Aula Contratos e compras. 4.4 Convênios e termos similares. 09/04 Aula Pregão. 4.6 Lei nº / /04 Aula Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (SICAF). 4.8 Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal (CADIN). 4.9 Sistema de Gestão de Contratos (SICON). 23/04 Percebam que, com esse cronograma, teremos um bom tempo entre a última aula e a data da prova, podendo revisar com bastante calma todo o conteúdo. Chega de conversa, espero que gostem do material e vamos ao nosso curso. Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) Página 3 de 48

5 AULA 00 Iniciando o nosso curso, vamos estudar os seguintes itens do edital: 6 Legislação administrativa. 6.1 Administração direta, indireta, e fundacional. 6.2 Atos administrativos. 6.3 Requisição. Será uma aula bem tranquila, porém muito importante. Vamos recheá-la de questões, boa parte de 2013! Aproveitem e bons estudos! 1. CENTRALIZAÇÃO/DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO A centralização ocorre quando o Estado executa suas tarefas diretamente, por meio de seus órgãos e agentes da Administração direta. Assim, os serviços são prestados pelos órgãos despersonalizados integrantes da própria pessoa política. Exemplo disso são os serviços prestados diretamente pelas secretarias municipais. A descentralização administrativa, por sua vez, envolve pelo menos duas pessoas distintas: o Estado (União, DF, estados ou municípios) e a pessoa que executará o serviço1. Segundo Hely Lopes Meirelles, o serviço descentralizado é: [...] todo aquele em que o Poder Público transfere sua titularidade ou, simplesmente, sua execução, por outorga ou delegação, a autarquias, fundações, empresas estatais, empresas privadas ou particulares individualmente e, agora, aos consórcios públicos (Lei , de ). Nesse contexto, podemos mencionar duas formas de descentralização: por outorga (descentralização por serviços, técnica ou funcional): quando o Estado cria uma entidade com personalidade jurídica própria e a ela transfere a titularidade de determinado serviço público. Esse tipo de descentralização dá origem à Administração indireta (autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas), pressupondo a elaboração de lei para criação ou autorização da criação da entidade; e 1 por delegação (descentralização por colaboração): ocorre quando o Estado transfere, por contrato, no caso da concessão, permissão ou consórcios públicos, ou por ato unilateral, no caso da autorização de serviços públicos, apenas a execução de um serviço. Assim, a pessoa Alexandrino e Paulo, 2011, p. 23. Página 4 de 48

6 que recebe a delegação poderá prestar o serviço diretamente à população, em seu próprio nome e por sua conta e risco, sofrendo a fiscalização do Estado2. Um exemplo de descentralização por delegação ocorre com os serviços de telefonia, prestados por empresas privadas. É fundamental distinguir essas duas formas de descentralização. Na primeira hipótese, a outorga, a própria titularidade do serviço é transferida ao terceiro por meio de lei e, por conseguinte, somente por lei poderá ser retirada ou modificada. Ademais, a outorga tem presunção de definitividade, isto é, em tese será exercida indeterminadamente pelo ente outorgado. Por outro lado, na descentralização por delegação, transfere-se apenas a execução do serviço por ato administrativo (unilateral) ou contrato administrativo (bilateral). Na primeira hipótese (ato administrativo autorização de serviços públicos), em regra, não há prazo determinado para a delegação, uma vez que esse instrumento reveste-se de precariedade, isto é, pode ser revogado a qualquer tempo e, em geral, sem direito à indenização. No caso do contrato (concessão ou permissão de serviços públicos), porém, a delegação é efetivada por prazo determinado, estando sujeita às cláusulas legais e contratuais para modificação e revogação do instrumento. Vejamos alguns exemplos: a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é uma autarquia sob regime especial criada pela Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, vinculada ao Ministério das Comunicações, com a função de órgão regulador das telecomunicações (descentralização por outorga); a Empresa de Planejamento e Logística S.A. (EPL) é uma empresa pública cuja criação foi autorizada pela Lei nº , de 4 de maio de 2011, vinculada ao Ministério dos Transportes, com o objetivo de planejar e promover o desenvolvimento do serviço de transporte ferroviário de alta velocidade de forma integrada com as demais modalidades de transporte (descentralização por outorga); e as diversas empresas de telefonia móvel (Oi, Tim, Claro, Vivo, etc.) oferecem os serviços de forma descentralizada por meio de contrato de concessão de serviços públicos (delegação ou descentralização por colaboração). Além das formas apresentadas acima, podemos falar, ainda, na descentralização territorial ou geográfica. A Constituição Federal, no 2º do artigo 18, dispõe sobre a possibilidade de criação dos chamados territórios federais, vejamos: 2 Alexandrino e Paulo, 2011, p. 24. Página 5 de 48

7 Art. 18. (...) 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. Essa é uma modalidade de descentralização na qual a União cria uma pessoa jurídica com limites territoriais determinados e competências administrativas genéricas. Assim, enquanto as entidades que compõem a Administração indireta apresentam capacidade administrativa específica para desempenhar a atividade para a qual foram criadas, os territórios possuem capacidade administrativa genérica para atuar em diversas áreas dentro do limite geográfica que os compõem. Os territórios não integram a federação, mas possuem personalidade jurídica de direito público. Não possuem também capacidade política, mas apenas administrativa genérica, por esse motivo alguns doutrinadores chegam a chamá-las de autarquias territoriais ou geográficas. Por fim, cabe destacar que atualmente não existem territórios federais no Brasil, apesar de existir a possibilidade de sua criação. Passaremos, agora, a falar sobre a desconcentração. Diferentemente da descentralização, a desconcentração ocorre exclusivamente dentro de uma mesma pessoa jurídica, constituindo uma técnica administrativa utilizada para distribuir internamente as competências. Assim, quando os municípios se organizam em secretarias, nada mais estão fazendo do que desconcentrando as competências dentro de sua própria estrutura. Por meio da desconcentração é que surgem os órgãos públicos. Para Hely Lopes Meirelles3 a desconcentração é uma técnica administrativa de simplificação e aceleração do serviço dentro da mesma entidade, diversamente da descentralização, que é uma técnica da especialização, consistente na retirada do serviço de dentro de uma entidade e transferência a outra para que o execute com mais perfeição e autonomia. Nesse contexto, há desconcentração quando a União se organiza em ministérios ou quando uma autarquia ou empresa pública se organiza em departamentos para melhor prestar os seus serviços. Dessa forma, podemos perceber que a desconcentração pode ocorrer tanto no âmbito das pessoas políticas (União, DF, estados ou municípios) quanto nas entidades administrativas da Administração indireta. Assim, podemos falar em três formas de desconcentração: 3 Meirelles, 2013, p Página 6 de 48

8 em razão da matéria: Ministério da Educação, da Saúde, da Previdência, etc.; por hierarquia (ou grau): ministérios, superintendências, delegacias, etc.; territorial ou geográfica: Superintendência Regional do INSS do Norte, Superintendência Regional do INSS do Nordeste, etc. O inverso dessa técnica administrativa é a concentração, isto é, a situação em que a pessoa jurídica integrante da Administração Pública extingue seus órgãos até então existentes, reunindo em um número menor de unidades as respectivas competências4. Podemos mencionar, como exemplo, uma situação em que uma secretaria municipal de obras resolva diminuir o número de subsecretarias regionais com o objetivo de cortar gastos, distribuindo as subáreas das unidades extintas entre as estruturas remanescentes. Neste momento, é importante destacar que a concentração/desconcentração e a centralização/descentralização não são conceitos excludentes, ou seja, um serviço pode ser prestado de forma centralizada mediante desconcentração, quando for desenvolvido por um órgão integrante da Administração direta (ex. Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército); ou pode ser prestado descentralizadamente mediante desconcentração, quando for realizado por uma unidade integrante da Administração indireta (ex. Superintendência Regional do INSS). Para fechar o assunto, basta falar sobre as formas de controle na descentralização e na desconcentração. Nessa segunda situação, fala-se em hierarquia ou subordinação, ou seja, o controle resulta automaticamente do escalonamento vertical dos órgãos, em que os inferiores estão subordinados aos superiores. Assim, nas entidades desconcentradas temos o controle hierárquico, que pressupõe as faculdades de supervisão, coordenação, orientação, fiscalização, aprovação, revisão e avocação das atividades controladas, bem como os meios corretivos dos agentes responsáveis5. Trata-se de uma forma de controle interno, sendo exercido de forma muito mais ampla que o controle finalístico. Na descentralização por outorga, todavia, não há hierarquia ou subordinação entre as pessoas envolvidas, mas apenas vinculação. Assim, o órgão central realiza a tutela (administrativa), supervisão (ministerial) ou controle finalístico sobre o exercício da atividade por parte do ente descentralizado, nos termos estabelecidos em lei. Nesse contexto, Hely Lopes Meirelles conceitua o controle finalístico da seguinte forma: 4 5 Alexandrino e Paulo, 2011, p. 27. Meirelles, 2013, p Página 7 de 48

9 É o que a norma legal estabelece para as entidades autônomas, indicando a autoridade controladora, as faculdades a serem exercitadas e as finalidades objetivadas. Por isso mesmo, é sempre um controle limitado e externo. Não tem fundamento hierárquico, porque não há subordinação entre a entidade controlada e a autoridade ou o órgão controlador. É um controle teleológico, de verificação do enquadramento da instituição no programa geral do Governo e de seu acompanhamento dos atos de seus dirigentes no desempenho de suas funções estatutárias, para o atingimento das finalidades da entidade controlada. (grifos nossos) Assim, o controle finalístico é exercido pela Administração direta sobre a indireta, com o objetivo de garantir que a entidade administrativa esteja realizando adequadamente as atividades para a qual se destinam. Contudo, em razão da autonomia administrativa que as entidades da Administração indireta detêm, este é um controle limitado, que necessita expressa previsão legal que determine os meios de controle, os aspectos a serem controlados e as ocasiões em que ocorrerá. No caso da descentralização por colaboração ou por delegação, as formas de controle são mais amplas do que na outorga. Nesse caso, fala-se em alteração unilateral das condições de prestação dos serviços, intervenção, aplicação de sanções, encampação, etc.; entretanto, também não existe subordinação hierárquica. Para passar a régua, as figuras abaixo resumem o que vimos neste tópico. Exige-se lei para criar ou autorizar a criação de outra entidade DESCENTRALIZAÇÃO Por outorga (por serviços, técnica ou funcional) Duas pessoas jurídicas distintas Por colaboração ou por delegação Territorial ou geográfica Transfere a titularidade do serviço Presunção de definitividade Tutela ou controle finalístico Não há hierarquia Especialização Dá origem a Administração indireta (autarquias, fundações públicas, EP e SEM) Ato administrativo autorização de serviço público (precariedade) Contrato - concessão ou permissão (prazo determinado) Capacidade administrativa genérica Página 8 de 48

10 DESCONCENTRAÇÃO Em razão da matéria (Saúde, Educação, Previdência, etc.) Mesma pessoa jurídica Há hierárquia (controle hierárquico) Por hierarquia (ministério, superintendência, delegacia, etc.) Técnica administrativa Dá origem aos órgãos públicos 2. Territorial ou geográfica (Norte, Sul, Nordeste, etc.) ADMINISTRAÇÃO DIRETA Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo6, Administração direta é o conjunto de órgãos que integram as pessoas políticas do Estado (União, estados, Distrito Federal e municípios), aos quais foi atribuída a competência para o exercício, de forma centralizada, de atividades administrativas. (grifos nossos) Para Augustinho Paludo7, por sua vez, a Administração direta compreende as competências e serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios, assim como os órgãos dos poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público da União. Assim, a Administração direta é composta pelos poderes que compõem as pessoas jurídicas de Direito Público com capacidade política ou administrativa. Nesse contexto, incluem-se na Administração direta a Presidência da República, os Ministérios, a Advocacia-Geral da União, a Câmara dos Deputados, o Senado Federal, o Tribunal de Contas da União, os Tribunais do Poder Judiciário (STF, STJ, TSE, TST, etc.) e o Ministério Público. Esses órgãos são centros de competências despersonalizados, ou seja, não possuem personalidade ou capacidade jurídica própria. Por fim, cabe destacar que a 6 7 Alexandrino e Paulo, 2011, p. 27. Paludo, 2013, p. 28. Página 9 de 48

11 atuação dos órgãos, por meio de seus agentes, é imputada à entidade estatal a que pertencem8. 3. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA De acordo com Gustavo Barchet, A Administração Indireta, por sua vez, corresponde ao conjunto de entidades administrativas criadas por cada uma de nossas entidades políticas e que, estando vinculadas às respectivas Administrações diretas, exerce atividade administrativa de modo descentralizado. (grifos nossos) Assim, a Administração indireta é composta por entidades ou pessoas administrativas, que possuem personalidade jurídica própria e autonomia, podendo ser de direito público ou de direito privado. O tipo de personalidade jurídica decorre do tipo de criação da entidade: quando criada diretamente por lei específica, serão de direito público; por outro lado, serão de direito privado quando forem criados pelo registro de seu ato constitutivo, após receberem autorização legislativa para tal. Nesse sentido, vejamos o que dispõe a Constituição Federal no inciso XIX do artigo 37: XIX somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (grifos nossos) Assim, as autarquias são de direito público, pois são criadas diretamente por lei específica, independentemente de qualquer outra medida complementar. Por sua vez, as fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista (SEM) são de direito privado, pois apenas recebem autorização legislativa para criação, que só se consolida com o respectivo registro competente. Contudo, cabe fazer um pequeno destaque. Na antiga redação do inciso XIX do artigo 37 da CF/88 (antes da EC 19/1998), as fundações públicas também eram criadas diretamente por lei. Dessa forma, atualmente existem dois tipos de fundação pública: 8 fundação pública de direito público (fundações autárquicas): criadas diretamente por lei específica; e fundação pública de direito privado: recebem autorização legislativa para sua criação. Paludo, 2013, p. 28. Página 10 de 48

12 Para fechar, o Decreto-Lei 200/1967 apresenta a composição da Administração Pública federal da seguinte forma: Art. 4 A Administração Federal compreende: I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: a) Autarquias; b) Emprêsas Públicas; c) Sociedades de Economia Mista. d) fundações públicas. (grifos nossos) Após essa apresentação inicial, vamos analisar cada uma das entidades administrativas que compõem a administração indireta Autarquias O Decreto-Lei 200/1967 define autarquia da seguinte forma: Art. 5º (...) I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. (grifos nossos) Para Maria Di Pietro as autarquias são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei, com capacidade de autoadministração, para o desempenho de serviço público descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos limites da lei. De forma mais simples, as autarquias representam uma extensão da Administração direta, pois, em regra, realizam atividades típicas de Estado, que só podem ser realizadas por entidades de direito público. Assim, elas são a personificação de um serviço retirado da administração direta. Elas são criadas para fins de especialização da administração pública, pois desempenham um serviço específico, com maior autonomia em relação ao Poder central. Elas não se submetem ao controle hierárquico, mas estão vinculadas à pessoa política que a criou, normalmente por intermédio do ministério da área correspondente. Vejamos alguns exemplos de autarquias federais9: Instituto Nacional do Seguro Social INSS: autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social; 9 No Portal da AGU está disponível uma relação com todas as autarquias e funções públicas federais: Página 11 de 48

13 Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada IPEA: autarquia vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República: Agência Nacional de Telecomunicações ANATEL: autarquia vinculada ao Ministério das Comunicações. Atualmente, o ordenamento jurídico brasileiro comporta alguns tipos de autarquias, vejamos: (a) autarquia comum ou ordinária ; (b) autarquia sob regime especial ; (c) autarquia fundacional; e (d) associação pública. O primeiro caso se refere às autarquias que não apresentam nenhuma peculiaridade em relação ao modelo apresentado no DL 200/67. As autarquias sob regime especial apresentam alguma peculiaridade em relação ao modelo normal, a exemplo das agências reguladoras. As autarquias fundacionais ou fundações autárquicas são as fundações públicas de direito público, que são criadas diretamente por lei. Por último, as associações públicas são autarquias interfederativas, pois são formadas pelos consórcios públicos previstos na Lei /2005, que não será objeto de estudo desse curso. Segundo a mencionada Lei: o Art. 6 O consórcio público adquirirá personalidade jurídica: I de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções; II de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil. o 1 O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados. Assim, a associação pública não constitui uma nova espécie de entidade administrativa, mas tão somente uma espécie de autarquia que integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados Agências executivas O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), ao dispor sobre a Reforma Gerencial, estabeleceu como objetivo para o setor das atividades exclusivas: transformar as autarquias e fundações que possuem poder de Estado em agências autônomas, administradas segundo um contrato de gestão. Percebam que o termo utilizado pelo PDRAE foi agências autônomas. Todavia, a Lei 9.649/1998 preferiu utilizar o termo agências executivas, estabelecendo algumas exigências para que a autarquia ou fundação receba tal qualificação, vejamos: Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos: Página 12 de 48

14 I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento; II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor. 1º A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da República. 2º O Poder Executivo editará medidas de organização administrativa específicas para as Agências Executivas, visando assegurar a sua autonomia de gestão, bem como a disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros para o cumprimento dos objetivos e metas definidos nos Contratos de Gestão. Art. 52. Os planos estratégicos de reestruturação e de desenvolvimento institucional definirão diretrizes, políticas e medidas voltadas para a racionalização de estruturas e do quadro de servidores, a revisão dos processos de trabalho, o desenvolvimento dos recursos humanos e o fortalecimento da identidade institucional da Agência Executiva. 1º Os Contratos de Gestão das Agências Executivas serão celebrados com periodicidade mínima de um ano e estabelecerão os objetivos, metas e respectivos indicadores de desempenho da entidade, bem como os recursos necessários e os critérios e instrumentos para a avaliação do seu cumprimento. 2º O Poder Executivo definirá os critérios e procedimentos para a elaboração e o acompanhamento dos Contratos de Gestão e dos programas estratégicos de reestruturação e de desenvolvimento institucional das Agências Executivas. (grifos nossos) Assim, a autarquia ou fundação que quiser ser qualificada como agência executiva deverá, cumulativamente: (1) ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento e (2) ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor. Dessa forma, para Maria Sylvia Zanella Di Pietro10, (...) agência executiva é a qualificação dada à autarquia ou fundação que tenha celebrado contrato de gestão com o órgão da Administração Direta a que se acha vinculada, para melhoria da eficiência e redução de custos. Em regra, não se trata de entidade instituída com a denominação de agência executiva. Trata-se de entidade preexistente (autarquia ou fundação governamental) que, uma vez preenchidos os requisitos legais, recebe a qualificação de agência executiva, podendo perde-la, se deixar de atender aos requisitos. (grifos nossos) 10 Di Pietro, 2006, apud Barchet, 2008, p Página 13 de 48

15 Percebam que, conforme ensina a professora, a agência executiva é apenas uma qualificação especial dada à autarquia ou fundação pública que celebra o contrato de gestão com o respectivo órgão supervisor (e que tenha um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento), não se trata, portanto, de uma nova entidade da Administração indireta Agências reguladoras As agências reguladoras são autarquias sob regime especial, integrantes da Administração indireta, criadas por lei, dotadas de autonomia financeira e orçamentária, organizadas em colegiado cujos membros detém mandato fixo, com a finalidade de regular e fiscalizar as atividades de prestação de serviços públicos. Não estão subordinadas a nenhum outro órgão público, sofrendo apenas a supervisão ministerial da área em que atuam. Ressalta-se que, apesar da maior autonomia, as agências reguladoras têm seus atos sujeitos ao controle do Poder Judiciário e devem prestar contas aos respectivos tribunais de contas. Elas surgiram a partir de um momento em que o Estado entende que é mais eficiente deixar o modelo intervencionista, deixando a prestação dos serviços públicos para a iniciativa privada e se encarregando da atividade regulatória. Como exemplos de agências reguladoras podemos citar: ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações), ANP (Agência Nacional do Petróleo), Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), ANA (Agência Nacional da Águas), etc Fundações públicas Vejamos a definição de fundação pública apresentada pelo DL 200/67: IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. (grifos nossos) Essa definição é um pouco ultrapassada e não corresponde ao conceito atual de fundação pública. Dessa forma, vejamos os ensinamentos de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo: Página 14 de 48

16 De nossa parte, conceituamos fundação pública como a entidade da administração indireta instituída pelo poder público mediante a personificação de um patrimônio que, dependendo da forma de criação, adquire personalidade jurídica de direito público ou personalidade jurídica de direito privado, à qual a lei atribui competências administrativas específicas, a serem definidas em lei complementar (sua vocação teórica são atividades de interesse social). Assim, conforme vimos acima, a depender da forma de criação (diretamente por lei, ou autorizada por lei) a fundação pública pode ser de direito público ou de direito privado. Com efeito, podemos resumir suas características da seguinte forma 11: criação por lei ou autorizada por lei específica; personalidade jurídica própria, patrimônio próprio e autonomia administrativa. Ademais, elas estão sujeitas à tutela ou controle finalístico do ministério da área correspondente e estão sujeitas à fiscalização do Ministério Público quanto à legalidade de sua atuação. Por fim, as fundações públicas compreendem um patrimônio personalizado, afetado a um fim público Empresas públicas e sociedades de economia mista Os conceitos do DL 200/1967 estão bem desatualizados neste ponto. Assim, vamos direto aos conceitos doutrinários. Segundo Gustavo Barchet: Sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta, criadas pelo registro de seu ato constitutivo, após autorização em lei específica, com capital majoritariamente público e sempre sob a forma de sociedade anônima, para o desempenho de atividade econômica de produção ou comercialização de bens, ou para prestação de serviços públicos. Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta, criadas pelo registro de seu ato constitutivo após autorização em lei específica, com capital exclusivamente público e sob qualquer forma jurídica admitida em Direito, para o desempenho de atividade econômica de produção ou comercialização de bens, ou para prestação de serviços públicos. Em comum, as duas formas de entidade administrativa são de direito privado, ao menos predominantemente (regime jurídico híbrido); ambas são criadas através de registro do ato constitutivo, após autorização legislativa para tal; as duas são criadas para o desempenho de atividade econômica de produção ou comercialização de bens, ou para a prestação de serviços públicos. 11 Adaptado de Paludo, 2013, p. 33. Página 15 de 48

17 Entretanto, o capital das empresas públicas (EP) é totalmente público, podendo sua composição advir de entidades políticas (União, estados, DF e municípios) ou de entidades administrativas. Contudo, no âmbito federal, a maioria do capital votante deve pertencer à União. As EP podem ser constituídas sob qualquer forma admitida em Direito (sociedade anônima, sociedade por quotas de responsabilidade limitada). Podem, ainda, ser criadas sob a forma de sociedade unipessoal, quando a pessoa instituidora detém a integralidade de seu capital social. Por fim, exclusivamente na esfera federal, as EP podem ser constituídas sob uma forma inédita, prevista unicamente para aquela entidade. Essa regra não se aplica aos Estados, DF e municípios, pois não podem legislar sobre Direito Comercial. A última particularidade diz respeito à justiça competente. Segundo o Texto Constitucional: Art Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; Dessa forma, a exceção das causas de falência, acidentes de trabalho e às competências da Justiça Eleitoral e do Trabalho, as causas em que empresa pública federal for interessada, serão resolvidas perante a Justiça Federal. Para as sociedades de economia mista (SEM) as coisas são um pouco diferentes. Primeiro que elas aceitam capital público e privado, desde que a maioria do capital com direito a voto pertença à entidade política que a instituiu. Quanto à forma jurídica, as SEM, independentemente da esfera que pertença, devem adotar obrigatoriamente a forma de sociedade anônima (S/A). Por fim, com exceção das situações em que a União também se manifestar no processo, as causas das sociedades de economia mista são apreciadas, em regra, pela justiça estadual. O quadro abaixo resume essas diferenças apresentadas. Dimensões Forma Jurídica Composição do capital Empresa Pública Sociedade de Economia Mista Capital totalmente público. Admite capital público e privado, mas a maioria do capital com direito a voto é público. Qualquer forma admitida Somente na forma de Página 16 de 48

18 pelo ordenamento jurídico sociedade anônima (S/A). (civil, comercial, S/A, etc.) ou até mesmo formas inéditas (somente para a União). Foro processual (somente Com algumas exceções, as Tramitam na justiça estadual. causas em que as empresas para as entidades federais) públicas federais forem interessadas tramitam na Justiça Federal Tópicos complementares do DL 200/1967 Analisando as questões do CESPE em que consta no enunciado o seguinte texto Com relação a administração direta, indireta e fundacional, julgue o item a seguir, encontramos alguns itens que falam sobre os princípios gerais de administração. Assim, vamos dar uma olhada nos princípios previstos no DL 200/1967, vejamos: Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios fundamentais: I - Planejamento. II - Coordenação. III - Descentralização. IV - Delegação de Competência. V - Contrôle. O planejamento visa promover o desenvolvimento econômico-social do País e a segurança nacional, norteando-se pela elaboração de planos e programas e pela atualização dos seguintes instrumentos básicos: plano geral de governo; programas gerais, setoriais e regionais, de duração plurianual; orçamento-programa anual; programação financeira de desembolso. A coordenação, por seu turno, deverá ser exercida em todos os níveis da administração, mediante a atuação das chefias individuais, a realização sistemática de reuniões com a participação das chefias subordinadas e a instituição e funcionamento de comissões de coordenação em cada nível administrativo. Já a descentralização, segundo o DL 200/67, será posta em prática em três planos principais: a) dentro dos quadros da Administração Federal, claramente o nível de direção do de execução; distinguindo-se Página 17 de 48

19 b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando estejam devidamente aparelhadas e mediante convênio; c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões. Quanto à delegação de competência, o DL 200/67 estabelece que será utilizada como instrumento de descentralização administrativa, com o objetivo de assegurar maior rapidez e objetividade às decisões, situando-as na proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a atender. O ato de delegação indicará com precisão a autoridade delegante, a autoridade delegada e as atribuições objeto de delegação. Por fim, o controle das atividades da Administração Federal deverá exercer-se em todos os níveis e em todos os órgãos, compreendendo, particularmente: a) o controle, pela chefia competente, da execução dos programas e da observância das normas que governam a atividade específica do órgão controlado; b) o controle, pelos órgãos próprios de cada sistema, da observância das normas gerais que regulam o exercício das atividades auxiliares; c) o controle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos bens da União pelos órgãos próprios do sistema de contabilidade e auditoria. (CESPE Técnico Ministerial/Administrativo/MPE PI/2011) Com relação a administração direta, indireta e funcional, julgue o item a seguir. 1. As agências executivas não constituem uma nova entidade, pois, na verdade, elas não passam de autarquias e(ou) fundações públicas que foram qualificadas como tal. Comentário: segundo Maria Di Pietro12, (...) agência executiva é a qualificação dada à autarquia ou fundação que tenha celebrado contrato de gestão com o órgão da Administração Direta a que se acha vinculada, para melhoria da eficiência e redução de custos. Em regra, não se trata de entidade instituída com a denominação de agência executiva. Trata-se de entidade preexistente (autarquia ou fundação governamental) que, uma vez preenchidos os requisitos legais, recebe a qualificação de agência executiva, podendo perde-la, se deixar de atender aos 12 Di Pietro, 2006, apud Barchet, 2008, p Página 18 de 48

20 requisitos. (grifos nossos) Assim, as agências executivas não constituem nova entidade, mas tão somente uma qualificação concedida às autarquias e fundações. Gabarito: correto. (CESPE Técnico Administrativo/ANAC/2012) Com relação à administração direta, indireta e funcional, julgue os itens a seguir. 2. A autarquia é o serviço autônomo criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da administração pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. Comentário: segundo o DL 200/67: Art. 5º (...) I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. (grifos nossos) Percebam que a questão é cópia idêntica do texto do Decreto-Lei. Gabarito: correto. 3. A administração direta é constituída pelos serviços integrados na estrutura administrativa da presidência da República e dos ministérios, incluídas as fundações públicas. Comentário: a Administração indireta compreende as competências e serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios, assim como os órgãos dos poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público da União. As fundações públicas não fazem parte da Administração direta. 4. Os princípios fundamentais da administração federal são planejamento, coordenação, descentralização, delegação de competência e controle. Comentário: os princípios fundamentais da Administração federal constam no art. 5º do DL 200/67: Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios fundamentais: I - Planejamento. II - Coordenação. Página 19 de 48

21 III - Descentralização. IV - Delegação de Competência. V - Contrôle. Assim, o item apresentou corretamente esses princípios. Gabarito: correto. 5. Uma fundação pública é criada por ato do Poder Executivo, sendo desnecessária autorização legislativa. Comentário: vejamos texto do inciso XIX do artigo 37 da CF/88: XIX somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (grifos nossos) Ou seja, a criação de fundação pública depende de autorização legislativa. Uma ressalva é importante nesse momento. A doutrina e a jurisprudência, inclusive o STF, entendem que, apesar da inexistência de previsão constitucional, as fundações públicas podem ser criadas diretamente por lei, apresentando, nessa situação, natureza jurídica de direito público. Segundo Alexandrino e Paulo: Vale ressaltar: a despeito da inexistência de previsão constitucional expressa, é legítima a instituição de fundações públicas com personalidade jurídica de direito público, porém tais entidades nada mais são do que espécie de autarquias, as denominadas fundações autárquicas ou autarquias fundacionais. Seu regime jurídico é o próprio das autarquias. (CESPE APGI/Direito/INPI/2013) Com relação à administração pública direta e indireta, às autarquias e às empresas públicas, julgue os itens que se seguem. 6. As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, com totalidade de capital público, cuja criação depende de autorização legislativa, e sua estruturação jurídica pode se dar em qualquer forma admitida em direito. Comentário: essa questão mostra um bom resumo sobre as empresas públicas: totalidade do capital público (não necessariamente do mesmo ente); criação efetivada com o registro do ato constitutivo, após a devida autorização legislativa; estruturação jurídica sob qualquer forma admitida em direito (S.A., sociedade por quotas de responsabilidade limitada, etc.). Gabarito: correto. Página 20 de 48

22 7. O instituto da desconcentração permite que as atribuições sejam distribuídas entre órgãos públicos pertencentes a uma única pessoa jurídica com vistas a alcançar uma melhora na estrutura organizacional. Assim, concentração refere-se à administração direta; já desconcentração, à indireta. Comentário: a desconcentração é a distribuição interna de competências dentro da mesma pessoa jurídica, com vistas a alcançar uma melhoria na estrutura organizacional. Nada mais é do que uma técnica administrativa utilizada para melhorar o desempenho dos órgãos públicos. A concentração é o contrário da desconcentração, ocorrendo quando a pessoa jurídica extingue determinados órgãos, concentrando as competências em um número menor de unidades. Assim, pode ocorrer concentração / desconcentração tanto na Administração direta como na indireta. O INSS, por exemplo, se organiza em diversas unidades, em vários municípios, desconcentrando, assim, suas competências. 8. A autarquia, mesmo sendo integrante da administração pública indireta, tem personalidade jurídica de direito privado e sua criação depende de lei específica. Comentário: as autarquias compõem a administração indireta, mas têm personalidade jurídica de direito público e são criadas diretamente por lei específica. (CESPE Técnico Administrativo/ANTT/2013) Acerca da administração direta, indireta e fundacional, julgue os itens a seguir. 9. As fundações públicas destinam-se à realização de atividades não lucrativas e atípicas do poder público, porém de interesse coletivo. Comentário: para Hely Lopes Meirelles as fundações prestam-se, principalmente, à realização de atividades não lucrativas e atípicas do poder público, mas de interesse coletivo, como a educação, cultura, pesquisa, sempre merecedoras do amparo do Estado. São atividades atípicas, pois não são exclusivas de Estado, a exemplo do poder de polícia, do fomento e da intervenção. Gabarito: correto. 10. O capital da empresa pública é exclusivamente público, mas ostenta personalidade de direito privado, e suas atividades são regidas pelos preceitos comerciais. Comentário: segundo Gustavo Barchet, Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta, criadas pelo registro de seu ato constitutivo após Página 21 de 48

23 autorização em lei específica, com capital exclusivamente público e sob qualquer forma jurídica admitida em Direito, para o desempenho de atividade econômica de produção ou comercialização de bens, ou para prestação de serviços públicos. (grifos nossos) Segundo o autor, quando explorarem atividade econômica de produção ou comercialização de bens, área tipicamente privada, elas serão regidas predominantemente pelo regime de direito privado, conforme determina o inciso II, 1º, Art. 173, da CF/88: Art Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (...) II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (grifos nossos) Contudo, o autor entende que, quando as entidades forem prestadoras de serviços públicos, devem se subordinar ao regime administrativo, de direito público. Assim, entendo que a questão deveria ser anulada ou considerada errada, pois não considerou as exceções previstas na Constituição e na doutrina. Entretanto, o CESPE a considerou correta. Fica, assim, o ensinamento que, para o CESPE, as atividades das empresas públicas são regidas pelos preceitos comerciais. Gabarito: correto. 11. Criação por lei específica, personalidade jurídica própria e patrimônio próprio constituem os pontos em comum de todas as pessoas jurídicas que integram a administração indireta da União. Comentário: essa questão foi um ABSURDO! Por incrível que pareça o CESPE a considerou correta. E não dá nem para usar como parâmetro para outras provas, pois a própria banca já se contradisse em outras questões. Veja o seguinte item: (CESPE ACE/AGO/TCU/2008) O regime jurídico das fundações públicas e o das autarquias distinguem-se quanto à forma de sua criação, pois as fundações públicas, ao contrário das autarquias, não são criadas por lei e, sim, têm a sua Página 22 de 48

24 criação autorizada por lei. Gabarito: correto. Apenas as autarquias são criadas por lei (com exceção do caso das fundações autárquicas). Assim, a criação por lei específica não é característica comum a todas as pessoas jurídicas da Administração indireta da União. Porém, a banca considerou o item correto, lamentável! Gabarito: correto. 12. A finalidade precípua da administração pública é a promoção do bem-estar social, que se traduz na tarefa de elaborar e executar os planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social. Comentário: o item é cópia da Constituição, vejamos: Art. 21. Compete à União: IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; Assim, dentro de sua finalidade de promover o bem-estar social, uma das tarefas da União se traduz em elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social. Este item não se relaciona muito com a matéria, mas consta em um grupo de questões que se refere à administração direta, indireta e fundacional. Assim, recomendo que leiam o Título III da Constituição (Da Organização do Estado), pois pode ser útil na hora da prova. Gabarito: correto. 13. As autarquias submetem-se ao regime jurídico de direito privado quanto a criação, extinção, poderes, prerrogativas e privilégios. Comentário: as autarquias submetem-se ao regime jurídico de direito público. 14. As autarquias só podem ser criadas pela União. Comentário: as autarquias podem ser criadas pelas pessoas políticas (União, estados, Distrito Federal e municípios). Há ainda o caso das associações públicas, previstas na Lei /2005, que compõem a Administração indireta de todos os entes da Federação consorciados. (CESPE Técnico em Administração/TJ AC/2012) Acerca de administração direta, Página 23 de 48

25 indireta e fundacional, julgue os itens que se seguem. 15. A empresa pública criada com a finalidade de explorar atividade econômica deve ser, necessariamente, formada sob o regime de pessoa jurídica de direito privado. Comentário: se a empresa pública for criada com a finalidade de explorar atividade econômica, deve ser formada sob o regime jurídico de direito privado, com os mesmos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários de suas concorrentes. Gabarito: correto. 16. As autarquias, pessoas jurídicas de direito público integrantes da administração indireta, poderão, em caráter excepcional, ser criadas por lei infraconstitucional. Comentário: essa é uma pegadinha! As autarquias são criadas por uma norma infraconstitucional, a lei. Contudo, isso não ocorre em caráter excepcional, é a regra. Ou seja, sempre as autarquias são criadas por lei infraconstitucional. 17. A administração indireta é composta pelas autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. Comentário: simples. A administração indireta é composta por: autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista, não há o que comentar. Gabarito: correto. (CESPE Administrador/TJ RR/2012) No que se refere à administração direta, indireta e fundacional bem como a atos administrativos, julgue os itens que se seguem. 18. A criação de fundações públicas ocorre por meio de lei ordinária específica, contudo, a definição de suas áreas de atuação depende da edição de lei complementar. Comentário: o item não diferenciou as fundações públicas de direito público e de direito privado, sendo, portanto, anulada. Vejamos a justificativa da banca: A redação do item prejudicou seu julgamento objetivo ao não diferenciar claramente, em sua abordagem, as fundações de direito público das fundações de direito privado. Dessa forma, se opta pela anulação do item. A justificativa confirma o entendimento do CESPE pela existência dos dois tipos de fundação pública. Gabarito: anulado. (CESPE ATI/Administração/2010) Com relação à organização administrativa da União, julgue o item seguinte. Página 24 de 48

26 19. A administração federal organiza-se em administração direta, indireta e agências reguladoras vinculadas a ministérios. Comentário: a administração federal divide-se em administração direta e indireta. Esta última é composta pelas autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. As agências reguladoras são autarquias sob regime especial, integrantes da Administração indireta, criadas por lei, dotadas de autonomia financeira e orçamentária, organizadas em colegiado cujos membros detém mandato fixo, com a finalidade de regular e fiscalizar as atividades de prestação de serviços públicos. Não estão subordinadas a nenhum outro órgão público, sofrendo apenas a supervisão ministerial da área em que atuam. Ressalta-se que, apesar da maior autonomia, as agências reguladoras têm seus atos sujeitos ao controle do Poder Judiciário e devem prestar contas aos respectivos tribunais de contas. Elas surgiram a partir de um momento em que o Estado entende que é mais eficiente deixar o modelo intervencionista, deixando a prestação dos serviços públicos para a iniciativa privada e se encarregando da atividade regulatória. (CESPE Analista/Administrativo/MPU/2010) Ao dar continuidade à reestruturação de um órgão público, o seu diretor pretende distribuir as competências internamente, ou seja, no âmbito do próprio órgão, a fim de tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços e conseguir economia de escala na gestão dos custos operacionais e administrativos. De antemão, o diretor decidiu que, caso essa reestruturação não fosse bem sucedida, seria firmado contrato para transferir a outro ente público, fora de sua estrutura, a execução dos serviços prestados pelo órgão. A partir das informações apresentadas nessa situação hipotética, julgue o item que se segue. 20. Firmando-se o contrato com órgão da administração direta, a prestação de serviços ocorrerá centralizadamente mediante desconcentração. Comentário: vamos começar por alguns conceitos: centralização - ocorre quando o ente realiza o serviço diretamente através de seus órgãos e agentes, sem utilizar os instrumentos da delegação e outorga; descentralização - neste processo ocorre a distribuição de competências entre entes distintos. Ou seja, envolve pessoas jurídicas diferentes. Não Página 25 de 48

27 estabelece hierarquia e sim supervisão. desconcentração - é um processo em que o ente divide as competências dentro da própria pessoa jurídica. É um processo interno que busca e eficiência administrativa através da distribuição de tarefas. Por esse processo que se criam os órgãos. Repare que aqui as tarefas são distribuídas, todavia a competência permanece sob responsabilidade do ente central, uma vez que é um processo baseado na hierarquia. O item foi anulado, vejamos o motivo apresentado pela banca: "Em razão do fato de os conceitos de centralização/descentralização e de concentração/desconcentração não são mutuamente excludentes, opta-se pela anulação do item." Não há como julgar o item, pois um serviço pode ser descentralizado para outro ente e, mesmo assim, ser realizado de forma concentrada. Ao mesmo tempo, o serviço pode permanecer sob competência do Poder central (centralizado), mas ser desconcentrado ao longo de sua estrutura administrativa. Assim, concentração/desconcentração e centralização/descentralização não são conceitos excludentes. Gabarito: anulado. (CESPE Administrador/FUB/2009) A respeito da administração direta, indireta e fundacional, julgue os itens a seguir. 21. Um órgão que integra pessoas políticas do Estado, que têm competência para o exercício de atividades administrativas é um órgão da administração direta. Comentário: os órgãos que integram as pessoas políticas, como os Ministérios, são órgãos da administração direta. Esquematizando: entidades ou pessoas políticas (União, estados, DF e municípios): administração direta; entidades ou pessoas administrativas (autarquias, fundações públicas, EP e SEM): administração indireta. Gabarito: correto. 22. A administração indireta é o conjunto de pessoas administrativas que, desvinculadas da administração direta, exercem atividades administrativas. Comentário: as entidades administrativas não estão subordinadas, mas encontram-se vinculadas ao ente político que as criaram por meio da tutela, controle finalístico ou supervisão ministerial. Segundo o DL 200/67: Página 26 de 48

28 Art. 26. No que se refere à Administração Indireta, a supervisão ministerial visará a assegurar, essencialmente: I - A realização dos objetivos fixados nos atos de constituição da entidade. II - A harmonia com a política e a programação do Govêrno no setor de atuação da entidade. III - A eficiência administrativa. IV - A autonomia administrativa, operacional e financeira da entidade. Assim, as pessoas administrativas da administração indireta estão vinculadas à administração direta. 23. Ao ser instituída, uma fundação pública de direito público passa a compor a administração direta. Comentário: a fundação pública de direito público, ou fundação autárquica, compõe a administração indireta. 24. É possível ao particular, por ato seu em vida, caso aceito pela administração pública, instituir patrimônio e criar uma fundação pública. Comentário: a criação de fundação pública decorre de autorização legislativa (ou da própria lei) sendo, portanto, criada pelo próprio Estado através do registro do ato constitutivo. 25. As fundações públicas não possuem finalidade de exploração econômica com fins lucrativos. Comentário: as fundações públicas são patrimônios personificados, sem finalidade lucrativa, criadas para um fim público. Dessa forma, não possuem finalidade de exploração econômica. Gabarito: correto. 26. Cabe ao Ministério Público Federal o acompanhamento e controle de legalidade da administração pública sobre as fundações públicas federais. Comentário: segundo a Lei Complementar 75/1993 (Dispõe sobre a organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público da União): Art. 6º Compete ao Ministério Público da União: (...) 1º Será assegurada a participação do Ministério Público da União, como instituição observadora, na forma e nas condições estabelecidas em ato do Procurador-Geral da República, em qualquer órgão da administração pública Página 27 de 48

29 direta, indireta ou fundacional da União, que tenha atribuições correlatas às funções da Instituição. Assim, o MP, como fiscal da lei, deve acompanhar o controle de legalidade da Administração Pública sobre as fundações públicas federais. Daí a correção do item. Cabe destacar, ainda, que o Código Civil estabeleceu os casos em que o Ministério Público Estadual velará pelas fundações: Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas. 1o Se funcionarem no Distrito Federal, ou em Território, caberá o encargo ao Ministério Público Federal. (Vide ADIN nº ) 2o Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Público. O STF declarou inconstitucional o 1º do artigo 66, entendendo que o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPTDFT) é que tem a competência sobre as fundações sediadas no DF e nos territórios que vierem a existir. Gabarito: correto. 27. Mesmo compondo a administração indireta, a autarquia está subordinada hierarquicamente à entidade estatal à qual pertence. Comentário: as entidades da administração indireta não se subordinam hierarquicamente à administração indireta, sofrendo, tão somente, o controle de finalidade por meio da tutela/supervisão ministerial. 28. O orçamento da autarquia é idêntico em sua forma ao da entidade estatal à qual ela pertence. Comentário: a Constituição dispõe sobre os orçamentos da seguinte forma: Art Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais. (...) 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; (grifos nossos) Assim, o orçamento da autarquia compõe o orçamento fiscal, sendo, portanto, idêntico em sua forma ao da entidade estatal à qual ela pertence. Página 28 de 48

30 Gabarito: correto. (CESPE APGI/Administração/INPI/2013) Com o objetivo de melhorar o cumprimento dos fins da administração, em especial a proteção dos direitos dos administrados, a legislação estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da administração federal direta e indireta. Com relação a esse assunto, julgue os itens subsequentes. 29. Compreendem-se como entidades da administração direta, dotadas de personalidade jurídica própria, as autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas. Comentário: o único erro do item é que ele trocou administração indireta por administração direta, pois as entidades administrativas (autarquias, fundações públicas, EP e SEM) compõem a administração indireta. 30. A incumbência da administração pública federal no Brasil está diretamente ligada à presidência da República e aos ministérios. Comentário: o DL 200/67 apresenta uma definição um pouco limitada da Administração direta. Primeiro porque se aplica unicamente à União. Segundo porque o conceito abrange somente o Poder Executivo, enquanto a definição correta deveria tratar dos demais poderes, dos Tribunais de Contas e do Ministério Público. Poder-se-ia incluir, ainda, os conselhos diversos, como o Conselho de Defesa Nacional, o Conselho da República e os conselhos de saúde, educação e assistência social. Porém, a definição do DL ajuda a responder esse item, vejamos: Art. 4 A Administração Federal compreende: I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. (grifos nossos) Assim, percebe-se que a incumbência da administração pública federal no Brasil está diretamente ligada à presidência da República e aos ministérios. Gabarito: correto. 31. As fundações legalmente constituídas e estabelecidas no território nacional, por prestarem relevantes serviços de cunho social, são consideradas entidades da administração pública indireta. Comentário: existem as fundações (privadas) e as fundações públicas. As primeiras estão previstas no Código Civil da seguinte forma: Página 29 de 48

31 Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência. Esse tipo de fundação não faz parte da Administração Pública. Assim, devemos diferenciar as fundações públicas, que compõem a Administração indireta, das fundações, que não fazem parte da Administração. (CESPE TNS/MC/2013) Com referência a desconcentração e descentralização administrativa, julgue os itens subsequentes. 32. O contrato de concessão firmado entre a administração pública e o concessionário constitui exemplo de descentralização administrativa. Comentário: o contrato de concessão firmado entre a Administração Pública e o concessionário de serviço público é uma forma de descentralização administrativa chamada de descentralização por colaboração ou por delegação. Gabarito: correto. 33. Quando o Estado, por outorga e por prazo indeterminado, transfere a realização de determinado serviço público a uma entidade, ocorre descentralização administrativa. Comentário: a outorga é outra forma de descentralização administrativa. Nesse caso, envolve a criação de uma entidade administrativa para desempenhar um serviço público por prazo indeterminado. Gabarito: correto. 34. A desconcentração administrativa é uma técnica administrativa cuja utilização é vedada a organizações da administração indireta. Comentário: a desconcentração é uma técnica administrativa utilizada para distribuir internamente as competências, buscando a simplificação e aceleração do serviço dentro da mesma entidade. Essa técnica pode ser utilizada na Administração direta (ministérios, secretárias, etc.) ou na Administração indireta, como, por exemplo, em uma empresa pública que distribui suas competências em departamentos. 35. Caso uma organização pública pretenda realizar a desconcentração administrativa, ela deverá criar um novo número de CNPJ para a nova instituição, que terá Página 30 de 48

32 personalidade jurídica distinta e novas atribuições. Comentário: a desconcentração é uma distribuição de competências dentro de uma mesma pessoa jurídica. Assim, não se fala em nova pessoa jurídica, nem tampouco em novas atribuições. (CESPE Analista/Gestão Pública/MPU/2013) Acerca da administração direta e indireta, julgue os itens a seguir. 36. O desempenho de atividade de natureza econômica e a sujeição ao controle estatal são aspectos compartilhados pelas empresas públicas e pelas sociedades de economia mista. Comentário: vamos rever os conceitos de sociedades de economia mista (SEM) e de empresas públicas (EP) apresentados por Gustavo Barchet: Sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta, criadas pelo registro de seu ato constitutivo, após autorização em lei específica, com capital majoritariamente público e sempre sob a forma de sociedade anônima, para o desempenho de atividade econômica de produção ou comercialização de bens, ou para prestação de serviços públicos. (grifos nossos) Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta, criadas pelo registro de seu ato constitutivo após autorização em lei específica, com capital exclusivamente público e sob qualquer forma jurídica admitida em Direito, para o desempenho de atividade econômica de produção ou comercialização de bens, ou para prestação de serviços públicos. (grifos nossos) Assim como as demais entidades da administração indireta, as SEM e as EP estão sujeitas à tutela ou controle finalístico do ente central que as instituiu, ou seja, essas entidades apresentam como aspectos comuns o desempenho de atividade de natureza econômica e a sujeição ao controle estatal. Gabarito: correto. 37. As fundações instituídas pelo poder público, criadas mediante lei específica, gozam de autonomia administrativa, não estando sujeitas ao controle administrativo da administração direta. Comentário: as fundações públicas podem ser de direito público, quando criadas diretamente por lei, ou de direito privado, quando tem sua criação autorizada por lei. Assim como as demais entidades da Administração indireta, as fundações públicas gozam de autonomia administrativa, porém, mesmo assim, se submetem ao controle administrativo da administração direta, no caso, o Página 31 de 48

33 controle finalístico. 38. Por serem pessoa jurídica de direito público de capacidade exclusivamente administrativa, as autarquias têm autonomia para, mediante lei, instituir direitos e obrigações a si mesmas. Comentário: muito fácil essa. As autarquias dispõem apenas de capacidade administrativa específica, isto é, só podem desempenhar as atividades expressamente previstas em lei, não possuindo capacidade legislativa para instituir direitos e obrigações. (CESPE Analista/Gestão Pública/MPU/2013) No que diz respeito à organização da administração pública brasileira e à gestão pública, julgue os itens que se seguem. 39. Entidade pública cujo patrimônio compõe-se de 60% de capital da União, 30% de capital de estado-membro e 10% de capital de município não pode ser caracterizada por empresa pública, pois não traz a unipessoalidade que configura esta entidade de direito privado. Comentário: as empresas públicas devem possuir capital 100% público, não necessariamente de forma unipessoal. Ou seja, admite-se que uma EP tenha parte do capital da União, parte de um estado-membro e parte de um município. Cabe destacar que, no âmbito federal, a maioria do capital votante deve pertencer à União. 40. A criação de sociedade de economia mista para a venda de medicamentos a custo reduzido deverá ser feita por lei complementar, tendo essa sociedade personalidade jurídica de direito público, dado o tipo de produto que será comercializado. Comentário: vamos ver o que dispõe a CF/88 (art. 37): XIX somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; As SEM são criadas através de registro do ato constitutivo, após autorização legislativa para tal. Ou seja, as SEM não são criadas por lei, mas apenas autorizadas. Ademais, possuem essa lei pode ser simplesmente uma lei ordinária. A exigência de lei complementar é apenas para definir as áreas de atuação das fundações públicas. Página 32 de 48

34 Além disso, as SEM e as EP possuem personalidade jurídica de direito privado. 4. ATOS ADMINISTRATIVOS Essa matéria é de Direito Administrativo, não creio que será cobrada com muito aprofundamento em Administração. Assim, vou me limitar aos aspectos básicos. Segundo Maria Di Pietro, (...) pode-se definir ato administrativo como a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário. Outra definição importante é apresentada por Hely Lopes Meirelles, Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria. Dessa forma, administrativos13: correspondem podemos a uma analisar algumas manifestação de características vontade dos atos unilateral da Administração, pois independem da manifestação de vontade do destinatário do ato ou daquele atingido por seus efeitos; são produzidos pela Administração em condições de superioridade perante o particular: decorrente dos atributos de que gozam esses atos (presunção de legitimidade, imperatividade, exigibilidade, etc.); produzem consequências jurídicas: corresponde a parte final do conceito de Meirelles: adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria. Os atos administrativos diferem de atos da administração. Este último trata de todos os atos realizados pela administração, enquanto os atos administrativos são apenas os atos unilaterais, produzidos na condição de superioridade perante o particular, produzindo efeitos jurídicos. 13 Barchet, 2008, p Página 33 de 48

35 Assim, o conceito de atos da administração é mais amplo que atos administrativos, abrangendo os atos administrativos e os atos de direito privado. Estes últimos se referem aos atos em que o Estado atua em situação de igualdade com o administrado, como nos contratos de financiamento ou de seguro. Para finalizar, devemos tratar das diferenças entre ato e fato e do conceito de fatos da administração14. O ato é sempre imputável ao homem, enquanto o fato decorre de acontecimentos naturais, que independem do homem ou dele dependem apenas indiretamente. Um exemplo de fato é a morte, que é algo natural. Quando um fato corresponde a algum efeito contido em norma legal, ele é um fato jurídico, pois produz efeitos no Direito. Se este fato produzir efeito no direito administrativo, trata-se de um fato administrativo. A morte de um servidor é um fato administrativo, pois tem como efeito a vacância do cargo. Podemos falar ainda em fato da administração, que é apenas a atuação material da Administração no desempenho de suas funções. É a consequência da atuação da Administração sem produzir efeitos jurídicos. São exemplos a limpeza de vias públicas ou a aula de um professor de uma escola pública. Porém, o CESPE tem um entendimento um tanto diferente. Segundo a própria banca, o fato administrativo constitui a atividade pública material em cumprimento de alguma decisão administrativa. Ou seja, por essa definição do CESPE, o que Maria Di Pietro define como fato da administração, a banca entende que é um fato administrativo. IMPORTANTE: para o CESPE: fato administrativo - atividade pública material em cumprimento de alguma decisão administrativa Requisitos ou elementos de validade Os requisitos ou elementos de validade são15 as condições, os pressupostos para sua produção em conformidade com a lei e os princípios administrativos. Hely Lopes Meirelles16 apresenta cinco atributos dos atos administrativos 17: competência: decorre da lei e é por ela delimitada. Trata-se do conjunto de poderes conferidos por lei aos agentes públicos para um eficiente desempenho 14 Esta parte tomou por base a obra de Di Pietro, Barchet, 2008, p Meirelles, 2013, p. 17 Conceitos retirados das obras de Meirelles, 2013, e Barchet, Página 34 de 48

36 de suas funções. Dessa forma, o agente público só praticar atos para os quais seja competente e na forma e amplitude que a lei lhe conferiu; finalidade: é o objetivo de interesse público a atingir, é o resultado que a Administração deseja alcançar com a sua prática. Em sentido amplo, a finalidade é sinônimo de interesse público, pois todo ato administrativo deve ser realizado para alcançar o interesse público. Em sentido estrito, por outro lado, significa a finalidade específica do ato, que é aquela que decorre da lei; forma: é o revestimento exteriorizador do ato administrativo, constituindo um elemento vinculado. Os atos administrativos devem ser apresentados em uma forma específica prevista na lei. A forma pode abranger a denominação formal (p.e. Carteira Nacional de Habilitação), as informações que devem constar no ato, motivação, etc.. ou até mesmo o procedimento (conjunto de atos que se desenvolvem em sequência) a ser observado para se produzir o ato administrativo; motivo (ou causa): é a situação de direito ou de fato que determina ou autoriza a realização do ato administrativo. O pressuposto de direito do ato é o conjunto de requisitos previsto na norma jurídica (o que a lei determina que deva ocorrer para o ato ser realizado). O pressuposto de fato é a concretização do pressuposto de direito. Assim, o pressuposto de direito é encontrado na norma, enquanto o pressuposto de fato é a ocorrência no mundo real. objeto: é o conteúdo do ato administrativo. É o que efetivamente cria, extingue, modifica ou declara, o efeito jurídico que o ato produz. Por exemplo, o objeto do ato administrativo que concedeu férias por 30 dias ao servidor é a própria concessão das férias. Os atos administrativos podem ser vinculados, quando não resta margem para o administrador decidir, cabendo-lhe apenas aplicar a lei ao caso em concreto, ou discricionários, quando a lei deixa uma margem de liberdade para o gestor decidir. Os atos vinculados têm os requisitos de competência, finalidade, forma, motivo e objeto estabelecidos em lei, enquanto os atos discricionários dão liberdade de escolha quanto ao motivo ou o objeto. A exoneração de um servidor comissionado é um exemplo de ato discricionário, pois o gestor pode realizá-los independentemente de qualquer motivo. Outro exemplo Página 35 de 48

37 seria um caso em que a lei prevê a aplicação de uma multa entre cem e duzentos reais (objeto), deixando para a autoridade pública decidir o valor da multa dentro dessa margem Motivação Motivo e motivação são coisas distintas. Aquela corresponde aos pressupostos de fato e de direito do ato administrativo, enquanto esta se refere à exposição ou declaração por escrito do motivo da realização do ato. Por exemplo, a lei diz que o motivo para a aplicação da multa é o estacionamento em local proibido. Se o agente de trânsito fundamentar o ato, escrevendo em seu boletim o motivo da aplicação da multa, estará motivando o ato. A motivação é obrigatória em todos os atos vinculados e na maioria dos atos discricionários. Porém, se o gestor decidir motivar seu ato quando a lei não obrigou, estará se vinculando à motivação apresentada. Exemplificando: o ato de exoneração de um secretário municipal é discricionário do prefeito e não precisa ser motivado. Caso o prefeito motive a exoneração do secretário de educação em decorrência de falta injustificada por dez dias, e, mais tarde, ficar comprovado que essa falta não ocorreu e que o motivo da exoneração foi outro, o ato estará sujeito à anulação Atributos dos atos administrativos Os atributos são as qualidades ou características que distinguem os atos administrativos dos atos privados. São atributos dos atos administrativos: presunção de legitimidade e veracidade: todos os atos administrativos presumem-se legais e verdadeiros, admitindo-se prova em contrario. Como consequência: (1) enquanto não for decretada a invalidade, os atos produzirão efeitos e devem ser cumpridos; (2) cabe ao administrado o ônus de provar o contrário se o agente de trânsito aplicar uma multa a uma pessoa que não usava cinto, a pessoa deverá provar o contrário, ou seja, que estava utilizando o cinto de segurança; imperatividade: o atos administrativos obrigam a sua observância, independentemente da anuência do administrado. A imperatividade requer expressa previsão legal. Além disso, não se aplica aos atos negociais e enunciativos; Página 36 de 48

38 autoexecutoriedade: consiste na possibilidade que certos atos administrativos ensejam de imediata e direta execução pela própria Administração, independentemente de ordem judicial; exigibilidade: é a qualidade de exigir que o administrado siga as obrigações impostas, utilizando-se de meios indiretos de coerção, como a multa; tipicidade: o ato administrativo deve corresponder a figuras previamente definidas pela lei como aptas a produzir determinados resultados. A tipicidade é descrita por Maria Di Pietro, mas nem todos os autores consideram este atributo. O CESPE costuma cobrar as questões sem falar em tipicidade, mas é importante saber que ela existe Espécies de atos administrativos Vejamos agora as espécies de atos administrativos: atos negociais: são aqueles em que a manifestação de vontade da Administração coincide com determinado interesse particular, são atos em que não se faz presente a imperatividade ou autoexecutoriedade do particular. São exemplos: (1) licença: ato vinculado e definitivo a exemplo das licenças para dirigir e construir; (2) permissão: ato discricionário e precário (pode ser revogado a qualquer momento) produzido quando o interesse predominante é o público, como a permissão de serviços públicos prevista na CF/88; (3) autorização: também é discricionário e precário, porém o interesse predominante é o do particular autorização para explorar serviço de taxi; atos enunciativos: é o ato pelo qual a Administração declara um fato ou preferi uma opinião, sem que tal manifestação, por si só, produza consequências jurídicas certidão, atestado, visto, parecer, etc.; atos punitivos: são os atos pelos quais a Administração aplica sanções aos seus agentes e aos administrados em decorrência de ilícitos administrativos; atos normativos: são os atos gerais e abstratos. Um ato administrativo geral é aquele que têm destinatários indeterminados, como a portaria que dispõe sobre o horário de funcionamento de um órgão público ela se aplica a todas as pessoas que tiverem interesse em se deslocar ao órgão. O ato abstrato é aquele Página 37 de 48

39 que se aplica a uma situação hipotética. O decreto regulamentar sobre o registro de preços dispõe sobre situações hipotéticas. São exemplos de atos normativos os decretos regulamentares, as instruções normativas e as portarias, quando tiverem conteúdo geral e abstrato; atos ordinários: são atos administrativos internos, destinados a estabelecer normas de conduta para os agentes públicos, sem causar efeitos externos é esfera administrativa. Decorrem do poder hierárquico. São exemplos: as ordens de serviço, portarias internas, instruções. (CESPE AJ/Judiciário/TRT 10/2013) No que concerne aos atos administrativos e à prescrição, julgue o item que se segue. 41. Os fatos administrativos não produzem efeitos jurídicos, motivo pelo qual não são enquadrados no conceito de ato administrativo. Comentário: os fatos administrativos causam efeitos jurídicos, diferentemente dos atos administrativos, independem do homem. mas, (CESPE AJ/Oficial de Justiça Avaliador/TJDFT/2013) Julgue o item seguinte, relacionado aos atos administrativos. 42. A designação de ato administrativo abrange toda atividade desempenhada pela administração. Comentário: os atos da administração é que abrangem toda a atividade desempenhada pela Administração. (CESPE Escrivão/PC BA/2013) Com relação ao ato administrativo, julgue o item que se segue. 43. O contrato de financiamento ou mútuo firmado pelo Estado constitui ato de direito privado, não sendo, portanto, considerado ato administrativo. Comentário: um contrato de financiamento ou mútuo firmado pelo Estado é regido pelas normas de direito privado. Neste caso, o Estado está atuando em situação de igualdade perante o administrado. Dessa forma, é apenas um ato da administração, mas não é um ato administrativo. Gabarito: correto. (CESPE - DP DF/2013) Julgue o item a seguir, concernentes aos atos administrativos. 44. A edição de atos administrativos é exclusiva dos órgãos do Poder Executivo, não tendo as autoridades dos demais poderes competência para editá-los. Página 38 de 48

40 Comentário: da mesma forma que o Poder Executivo, os demais poderes também realizam atos administrativos. A nomeação de um servidor, por exemplo, pode ocorrer em qualquer um dos poderes e é um exemplo de ato administrativo. (CESPE - ATA MIN/2013) No que se refere a atos administrativos, julgue o item seguinte. 45. O conceito de ato administrativo não se confunde com o conceito legal de ato jurídico. Comentário: coloquei essa questão apenas para vocês verem o entendimento do CESPE. Os atos jurídicos se dividem em atos de direito privado e de direito público (atos administrativos). Dessa forma, o item estaria correto. Porém, a banca o considerou errado. Lamentável! Fica assim então, para o CESPE: ato administrativo se confunde com o conceito legal de ato jurídico. (CESPE - ATA MIN/2013) No que se refere a atos administrativos, julgue o item seguinte. 46. A construção de uma ponte pela administração pública caracteriza um fato administrativo, pois constitui uma atividade pública material em cumprimento de alguma decisão administrativa. Comentário: esse é o entendimento do CESPE, em que pese alguns doutrinadores trabalhem de forma distinta, a banca entende que o fto administrativo constitui uma atividade pública material em cumprimento de alguma decisão administrativa. Gabarito: correto. (CESPE - AnaTA MIN/2013) A respeito de atos administrativos, julgue o item a seguir. 47. Todos os atos da administração pública que produzem efeitos jurídicos são considerados atos administrativos, ainda que sejam regidos pelo direito privado. Comentário: nem todos os atos da administração que produzem efeitos jurídicos são atos administrativos, mas somente aqueles regidos pelo direito público. (CESPE - AnaTA MJ/2013) Julgue o item subsequente, referente aos atos administrativos. 48. O motivo do ato administrativo não se confunde com a motivação estabelecida pela Página 39 de 48

41 autoridade administrativa. A motivação é a exposição dos motivos e integra a formalização do ato. O motivo é a situação subjetiva e psicológica que corresponde à vontade do agente público. Comentário: o item começa muito bem, porém o motivo é o pressuposto de fato e de direito que determina ou autoriza a realização do ato administrativo, não se trata se uma situação subjetiva ou psicológica. (CESPE AJ/Administrativo/TRT 10/2013) Julgue o item a seguir, referente a atos administrativos. 49. Consoante a doutrina, são requisitos ou elementos do ato administrativo a competência, o objeto, a forma, o motivo e a finalidade. Comentário: esses são os requisitos dos atos administrativos. Lembrando que competência, finalidade e forma são sempre vinculados, enquanto motivo e objeto podem ser discricionários. Gabarito: correto. (CESPE TJ/Administrativo/TRT 10/2013) A respeito dos atos administrativos, julgue o próximo item. 50. Segundo a doutrina, os atos administrativos gozam dos atributos da presunção de legitimidade, da imperatividade, da exigibilidade e da autoexecutoriedade. Comentário: dispensa comentários. Poderíamos incluir ainda a tipicidade, mas como a questão não disse que são apenas esses, não deixa de estar correta. Gabarito: correto. (CESPE - Adm (MIN)/2013) Em relação a atos administrativos, julgue o item seguinte. 51. O atributo da imperatividade não está presente em todos os atos administrativos. Comentário: a imperatividade requer expressa previsão legal. Assim, não está presente em todos os atos administrativos. Além disso, os atos enunciativos e negociais não gozam desse atributo. Gabarito: correto. 5. REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA A competência para legislar sobre requisição administrativa é da União, nos termos do artigo 22, III, da CF/88. A previsão de tal instituto encontra-se no artigo 5º, inciso XXV, da Constituição da seguinte forma, Página 40 de 48

42 XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; (grifos nossos) Nesse sentido, Maria Sylvia Zanella Di Pietro define a requisição administrativa como, ato administrativo unilateral, autoexecutório e oneroso, consistente na utilização de bens ou de serviços particulares pela Administração, para atender a necessidades coletivas em tempo de guerra ou em caso de perigo público eminente. Dessa forma, na servidão administrativa, o Estado se utiliza de bens ou serviços dos particulares para resolver necessidades da coletividade decorrentes de perigo imediato ou iminente, ou mesmo de guerra. Uma das características da requisição é a autoexecutoriedade, isto é, independem de ordem judicial, podendo ser executados diretamente pela autoridade administrativa. Além disso, a indenização será sempre posterior e só existirá em caso de dano. Isso quer dizer que se a Administração requisitar determinado imóvel para utilizar como abrigo em uma enchente, o proprietário só receberá indenização se comprovar o dano que sofreu com a medida. São exemplos de requisição administrativa, segundo Bandeira 18, o serviço militar obrigatório, o serviço eleitoral obrigatório e a requisição de bens para instalação de mesas receptoras de votos e a utilização de imóveis particulares para alojar pessoas desabrigadas em virtude de inundação. (CESPE Técnico/Telebrás/2013) Julgue os próximos itens, relativos à legislação administrativa. 52. Mediante requisição administrativa, o Estado pode dispor de bem de particular para desenvolver atividade pública, sem a necessidade de pagamento prévio ou posterior de indenização, a despeito de desgaste ou dano ao bem. Comentário: realmente o Estado pode dispor de bem particular para desenvolver atividade pública, sem a necessidade de pagamento prévio. Porém, se houver desgaste ou dano da propriedade particular, deverá ocorrer indenização posterior. (CESPE Analista/Administração/INPI/2013) Acerca dos atos administrativos, julgue os itens que se seguem. 18 Bandeira, apud Barchet, Página 41 de 48

43 53. Em caso de necessidade pública inadiável e urgente, o agente público pode emitir um ato administrativo unilateral, autoexecutório e oneroso, o qual permite a utilização coativa de bens e serviços de particulares. Esse ato é também conhecido como requisição administrativa. Comentário: percebam que o item é praticamente cópia da definição de requisição administrativa que apresentados. A requisição á um ato unilateral, autoexecutório e oneroso. É aplicada independentemente da anuência do proprietário, sendo, portanto, coativa de seus bens ou serviços. Gabarito: correto. Pessoal, por hoje é só. Espero que tenham gostado desta aula demonstrativa. Vou buscar sempre garimpar o máximo de questões para que vocês possam praticar bastante, ficando seguros para o dia da prova. Em nossa próxima aula, vamos estudar alguns tópicos de gestão por competências e de gestão de pessoas. Além, é claro, de uma grande quantidade de questões comentadas. Espero por vocês. Bons estudos! HERBERT ALMEIDA. herbert@estrategiaconcursos.com.br 6. QUESTÕES COMENTADAS NA AULA (CESPE Técnico Ministerial/Administrativo/MPE PI/2011) Com relação a administração direta, indireta e funcional, julgue o item a seguir. 1. As agências executivas não constituem uma nova entidade, pois, na verdade, elas não passam de autarquias e(ou) fundações públicas que foram qualificadas como tal. (CESPE Técnico Administrativo/ANAC/2012) Com relação à administração direta, indireta e funcional, julgue os itens a seguir. 2. A autarquia é o serviço autônomo criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da administração pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e Página 42 de 48

44 financeira descentralizada. 3. A administração direta é constituída pelos serviços integrados na estrutura administrativa da presidência da República e dos ministérios, incluídas as fundações públicas. 4. Os princípios fundamentais da administração federal são planejamento, coordenação, descentralização, delegação de competência e controle. 5. Uma fundação pública é criada por ato do Poder Executivo, sendo desnecessária autorização legislativa. (CESPE APGI/Direito/INPI/2013) Com relação à administração pública direta e indireta, às autarquias e às empresas públicas, julgue os itens que se seguem. 6. As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, com totalidade de capital público, cuja criação depende de autorização legislativa, e sua estruturação jurídica pode se dar em qualquer forma admitida em direito. 7. O instituto da desconcentração permite que as atribuições sejam distribuídas entre órgãos públicos pertencentes a uma única pessoa jurídica com vistas a alcançar uma melhora na estrutura organizacional. Assim, concentração refere-se à administração direta; já desconcentração, à indireta. 8. A autarquia, mesmo sendo integrante da administração pública indireta, tem personalidade jurídica de direito privado e sua criação depende de lei específica. (CESPE Técnico Administrativo/ANTT/2013) Acerca da administração direta, indireta e fundacional, julgue os itens a seguir. 9. As fundações públicas destinam-se à realização de atividades não lucrativas e atípicas do poder público, porém de interesse coletivo. 10. O capital da empresa pública é exclusivamente público, mas ostenta personalidade de direito privado, e suas atividades são regidas pelos preceitos comerciais. 11. Criação por lei específica, personalidade jurídica própria e patrimônio próprio constituem os pontos em comum de todas as pessoas jurídicas que integram a administração indireta da União. 12. A finalidade precípua da administração pública é a promoção do bem-estar social, que se traduz na tarefa de elaborar e executar os planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social. 13. As autarquias submetem-se ao regime jurídico de direito privado quanto a criação, extinção, poderes, prerrogativas e privilégios. 14. As autarquias só podem ser criadas pela União. Página 43 de 48

45 (CESPE Técnico em Administração/TJ AC/2012) Acerca de administração direta, indireta e fundacional, julgue os itens que se seguem. 15. A empresa pública criada com a finalidade de explorar atividade econômica deve ser, necessariamente, formada sob o regime de pessoa jurídica de direito privado. 16. As autarquias, pessoas jurídicas de direito público integrantes da administração indireta, poderão, em caráter excepcional, ser criadas por lei infraconstitucional. 17. A administração indireta é composta pelas autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. (CESPE Administrador/TJ RR/2012) No que se refere à administração direta, indireta e fundacional bem como a atos administrativos, julgue os itens que se seguem. 18. A criação de fundações públicas ocorre por meio de lei ordinária específica, contudo, a definição de suas áreas de atuação depende da edição de lei complementar. (CESPE ATI/Administração/2010) Com relação à organização administrativa da União, julgue o item seguinte. 19. A administração federal organiza-se em administração direta, indireta e agências reguladoras vinculadas a ministérios. (CESPE Analista/Administrativo/MPU/2010) Ao dar continuidade à reestruturação de um órgão público, o seu diretor pretende distribuir as competências internamente, ou seja, no âmbito do próprio órgão, a fim de tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços e conseguir economia de escala na gestão dos custos operacionais e administrativos. De antemão, o diretor decidiu que, caso essa reestruturação não fosse bem sucedida, seria firmado contrato para transferir a outro ente público, fora de sua estrutura, a execução dos serviços prestados pelo órgão. A partir das informações apresentadas nessa situação hipotética, julgue o item que se segue. 20. Firmando-se o contrato com órgão da administração direta, a prestação de serviços ocorrerá centralizadamente mediante desconcentração. (CESPE Administrador/FUB/2009) A respeito da administração direta, indireta e fundacional, julgue os itens a seguir. 21. Um órgão que integra pessoas políticas do Estado, que têm competência para o exercício de atividades administrativas é um órgão da administração direta. 22. A administração indireta é o conjunto de pessoas administrativas que, desvinculadas da administração direta, exercem atividades administrativas. Página 44 de 48

46 23. Ao ser instituída, uma fundação pública de direito público passa a compor a administração direta. 24. É possível ao particular, por ato seu em vida, caso aceito pela administração pública, instituir patrimônio e criar uma fundação pública. 25. As fundações públicas não possuem finalidade de exploração econômica com fins lucrativos. 26. Cabe ao Ministério Público Federal o acompanhamento e controle de legalidade da administração pública sobre as fundações públicas federais. 27. Mesmo compondo a administração indireta, a autarquia está subordinada hierarquicamente à entidade estatal à qual pertence. 28. O orçamento da autarquia é idêntico em sua forma ao da entidade estatal à qual ela pertence. (CESPE APGI/Administração/INPI/2013) Com o objetivo de melhorar o cumprimento dos fins da administração, em especial a proteção dos direitos dos administrados, a legislação estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da administração federal direta e indireta. Com relação a esse assunto, julgue os itens subsequentes. 29. Compreendem-se como entidades da administração direta, dotadas de personalidade jurídica própria, as autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas. 30. A incumbência da administração pública federal no Brasil está diretamente ligada à presidência da República e aos ministérios. 31. As fundações legalmente constituídas e estabelecidas no território nacional, por prestarem relevantes serviços de cunho social, são consideradas entidades da administração pública indireta. (CESPE TNS/MC/2013) Com referência a desconcentração e descentralização administrativa, julgue os itens subsequentes. 32. O contrato de concessão firmado entre a administração pública e o concessionário constitui exemplo de descentralização administrativa. 33. Quando o Estado, por outorga e por prazo indeterminado, transfere a realização de determinado serviço público a uma entidade, ocorre descentralização administrativa. 34. A desconcentração administrativa é uma técnica administrativa cuja utilização é vedada a organizações da administração indireta. Página 45 de 48

47 35. Caso uma organização pública pretenda realizar a desconcentração administrativa, ela deverá criar um novo número de CNPJ para a nova instituição, que terá personalidade jurídica distinta e novas atribuições. (CESPE Analista/Gestão Pública/MPU/2013) Acerca da administração direta e indireta, julgue os itens a seguir. 36. O desempenho de atividade de natureza econômica e a sujeição ao controle estatal são aspectos compartilhados pelas empresas públicas e pelas sociedades de economia mista. 37. As fundações instituídas pelo poder público, criadas mediante lei específica, gozam de autonomia administrativa, não estando sujeitas ao controle administrativo da administração direta. 38. Por serem pessoa jurídica de direito público de capacidade exclusivamente administrativa, as autarquias têm autonomia para, mediante lei, instituir direitos e obrigações a si mesmas. (CESPE Analista/Gestão Pública/MPU/2013) No que diz respeito à organização da administração pública brasileira e à gestão pública, julgue os itens que se seguem. 39. Entidade pública cujo patrimônio compõe-se de 60% de capital da União, 30% de capital de estado-membro e 10% de capital de município não pode ser caracterizada por empresa pública, pois não traz a unipessoalidade que configura esta entidade de direito privado. 40. A criação de sociedade de economia mista para a venda de medicamentos a custo reduzido deverá ser feita por lei complementar, tendo essa sociedade personalidade jurídica de direito público, dado o tipo de produto que será comercializado. (CESPE AJ/Judiciário/TRT 10/2013) No que concerne aos atos administrativos e à prescrição, julgue o item que se segue. 41. Os fatos administrativos não produzem efeitos jurídicos, motivo pelo qual não são enquadrados no conceito de ato administrativo. (CESPE AJ/Oficial de Justiça Avaliador/TJDFT/2013) Julgue o item seguinte, relacionado aos atos administrativos. 42. A designação de ato administrativo abrange toda atividade desempenhada pela administração. (CESPE Escrivão/PC BA/2013) Com relação ao ato administrativo, julgue o item que se segue. Página 46 de 48

48 43. O contrato de financiamento ou mútuo firmado pelo Estado constitui ato de direito privado, não sendo, portanto, considerado ato administrativo. (CESPE - DP DF/2013) Julgue o item a seguir, concernentes aos atos administrativos. 44. A edição de atos administrativos é exclusiva dos órgãos do Poder Executivo, não tendo as autoridades dos demais poderes competência para editá-los. (CESPE - ATA MIN/2013) No que se refere a atos administrativos, julgue o item seguinte. 45. O conceito de ato administrativo não se confunde com o conceito legal de ato jurídico. (CESPE - ATA MIN/2013) No que se refere a atos administrativos, julgue o item seguinte. 46. A construção de uma ponte pela administração pública caracteriza um fato administrativo, pois constitui uma atividade pública material em cumprimento de alguma decisão administrativa. (CESPE - AnaTA MIN/2013) A respeito de atos administrativos, julgue o item a seguir. 47. Todos os atos da administração pública que produzem efeitos jurídicos são considerados atos administrativos, ainda que sejam regidos pelo direito privado. (CESPE - AnaTA MJ/2013) Julgue o item subsequente, referente aos atos administrativos. 48. O motivo do ato administrativo não se confunde com a motivação estabelecida pela autoridade administrativa. A motivação é a exposição dos motivos e integra a formalização do ato. O motivo é a situação subjetiva e psicológica que corresponde à vontade do agente público. (CESPE AJ/Administrativo/TRT 10/2013) Julgue o item a seguir, referente a atos administrativos. 49. Consoante a doutrina, são requisitos ou elementos do ato administrativo a competência, o objeto, a forma, o motivo e a finalidade. (CESPE TJ/Administrativo/TRT 10/2013) A respeito dos atos administrativos, julgue o próximo item. 50. Segundo a doutrina, os atos administrativos gozam dos atributos da presunção de legitimidade, da imperatividade, da exigibilidade e da autoexecutoriedade. (CESPE - Adm (MIN)/2013) Em relação a atos administrativos, julgue o item seguinte. 51. O atributo da imperatividade não está presente em todos os atos administrativos. Página 47 de 48

49 (CESPE Técnico/Telebrás/2013) Julgue os próximos itens, relativos à legislação administrativa. 52. Mediante requisição administrativa, o Estado pode dispor de bem de particular para desenvolver atividade pública, sem a necessidade de pagamento prévio ou posterior de indenização, a despeito de desgaste ou dano ao bem. (CESPE Analista/Administração/INPI/2013) Acerca dos atos administrativos, julgue os itens que se seguem. 53. Em caso de necessidade pública inadiável e urgente, o agente público pode emitir um ato administrativo unilateral, autoexecutório e oneroso, o qual permite a utilização coativa de bens e serviços de particulares. Esse ato é também conhecido como requisição administrativa C 2. C 3. E 4. C 5. E 8. GABARITO 6. C 7. E 8. E 9. C 10. C 11. C 12. C 13. E 14. E 15. C 16. E 17. C 18. X 19. E 20. X 21. C 22. E 23. E 24. E 25. C 26. C 27. E 28. C 29. E 30. C 31. E 32. C 33. C 34. E 35. E 36. C 37. E 38. E 39. E 40. E 41. E 42. E 43. C 44. E 45. E 46. C 47. E 48. E 49. C 50. C 51. C 52. E 53. C REFERÊNCIAS ALEXANDRINO, Marcelo Alexandrino; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 19ª Ed. Rio de Janeiro: Método, BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo: teoria e questões. Rio de Janeiro: Elsevier, CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 26ª Edição. São Paulo: Atlas, DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 26ª Edição. São Paulo: Atlas, MEIRELLES, H.L.; ALEIXO, D.B.; BURLE FILHO, J.E. Direito administrativo brasileiro. 39ª Ed. São Paulo: Malheiros Editores, PALUDO, Augustinho Vicente. Administração pública. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, Portais Consultados Centro de Seleção e Promoção de Eventos (CESPE): Portal da AGU: Página 48 de 48

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