Curso Resultado Um novo conceito em preparação para concursos!

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1 Curso Resultado Um novo conceito em preparação para concursos! QUESTÕES ANOTADAS ADMINISTRATIVO Trabalho atualizado em abril/2014. Cópias não são autorizadas e serão consideradas ofensa ao direito autoral, na forma da Lei.

2 Sumário Provas utilizadas...1 Questões comentadas: Administração direta e indireta...2 Agências reguladoras...11 Agente público...12 Ato administrativo...15 Bem público...23 Consórcio público...30 Contrato administrativo...31 Controle administrativo e jurisdicional da administração...42 Desapropriação...47 Improbidade administrativa...54 Licitação...61 Limitação administrativa...70 Ocupação temporária...71 Poder de polícia...72 Princípios da administração...74 Processo administrativo...78 Processo administrativo disciplinar...82 Recursos administrativos...83 Regime dos servidores públicos...85 Regulamentos administrativos...95 Repercussão da sentença penal...97 Responsabilidade civil do estado...98 Serviço notarial e de registro Serviços públicos Servidão administrativa Sindicância Sistema de registro de preços Subsidiariedade Terceiro setor Tombamento...122

3 Provas utilizadas nesta versão: MP-ES Promotor 2010 CESPE 1ª versão do material MP-RJ Analista 2011 FUJB 1ª versão do material MP-RJ Promotor 2011 MP-RJ 1ª versão do material TJ-BA Magistrado 2012 CESPE 1ª versão do material TJ-MG Magistrado 2012 VUNESP 1ª versão do material TJ-MG Magistrado 2014 FUNDEP 1ª versão do material TJ-PR Magistrado 2011 PUC-PR 1ª versão do material TJ-PR Magistrado 2012 UFPR 1ª versão do material TJ-PR Magistrado 2013 UFPR 1ª versão do material TJ-RJ Magistrado 2011 VUNESP 1ª versão do material TJ-RJ Magistrado 2012 VUNESP 1ª versão do material TJ-RJ Magistrado 2013 VUNESP 1ª versão do material TJ-SP Magistrado 2011 VUNESP 1ª versão do material TJ-SP Magistrado 2013 VUNESP 1ª versão do material TRF-1ª Magistrado 2011 CESPE 1ª versão do material TRF-2ª Magistrado 2011 CESPE 1ª versão do material TRF-5ª Magistrado 2011 CESPE 1ª versão do material 1

4 ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA 01. MP-RJ-Analista Sobre as entidades da Administração indireta, é correto afirmar que: A) as autarquias são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei, para a execução de tarefas típicas do Estado e exploração de atividade econômica Autarquias são serviços autônomos, criados por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada (Decreto-Lei 200/1967). São pessoas de direito público interno (Código Civil, art. 41, IV) e não exploram atividade econômica. B) as fundações públicas são sempre pessoas jurídicas de direito privado, ainda quando criadas por lei para o desempenho de funções de polícia administrativa O tema é polêmico. As fundações públicas são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criadas em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes (Decreto-Lei 200, art. 5, IV). O Código Civil não as incluiu dentre as pessoas jurídicas de direito público e não faz a elas referência como pessoa de direito privado, entendendo-se que este compreenda o gênero. O vai-vem da legislação já considerou a existência das fundações eminentemente públicas e já as descartou, mas a doutrina e a jurisprudência ainda a levam em conta. A exposição de motivos do projeto de lei complementar 92-A/2007, mais uma tentativa de regrar a atuação das fundações criadas pelo poder público, é textual: No caso da fundação estatal de direito privado, o Projeto prevê que somente poderá ser instituída para desempenho de atividades estatais que não sejam exclusivas de Estado, de forma a vedar a criação de entidade de direito privado para exercício de atividades em áreas em que seja necessário o uso do poder de polícia." Firmando o STF que o exercício de poder de polícia é indelegável a pessoas de direito privado, a doutrina tratou de afirmar que a fundação pública, por isso mesmo, poderia exercê-lo. Muito cuidado com esse tipo de colocação em provas, portanto. É uma daquelas afirmações que só se deve aceitar como verdadeiras se as outras não estiverem absolutamente erradas. C) as empresas públicas são entidades privadas, criadas por lei, cujo capital é predominantemente público O capital das empresas públicas não é predominantemente público, é inteiramente público. Se não, a hipótese seria de sociedade de economia mista. É preciso distinguir com muito cuidado: a empresa pública tem seu capital inteiramente subscrito por ente público, ao passo que a sociedade de economia mista tem a maioria do respectivo capital votante subscrita pelo ente público. Na EP, vale a subscrição de todo o capital; na SEM, a subscrição da maioria do capital com direito a voto. Não custa lembrar (DL 200, art. 5 ): II - Empresa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa, podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta. D) as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, cuja criação se dá na forma do direito privado, mediante prévia autorização em lei específica << (gabarito oficial) Curso Resultado - 2

5 Aqui há outro tema perigoso. A CRFB/88 (art. 37, XIX) é clara: somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação. A Lei 6.404/1975 é coerente com a CRFB/88: Art A constituição de companhia de economia mista depende de prévia autorização legislativa. É muito claro, portanto, que a criação da sociedade de economia mista depende de lei que a autorize e que ela deve ser criada de acordo com as normas da Lei O problema é que, no Brasil, as sociedades de economia mista (assim como as empresas públicas) são criadas por lei (e não apenas têm sua autorização dependente de lei autorizativa), e isso, aparentemente, decorre da prática permitida pelo Decreto-Lei 200, cujo art. 5, III, que já vimos, dispõe: III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta. Para piorar, o governo federal agora se dá ao luxo de criar empresa pública por Decreto, como é o caso da Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. - Pré-Sal Petróleo S.A., criada pelo Decreto 8.063/2013. E) as associações públicas são entidades privadas, criadas para o desempenho de tarefas comuns a dois ou mais entes federativos. As associações públicas são pessoas jurídicas de direito público (Código Civil, art. 41, IV). 02. MP-RJ Empresas públicas e sociedades de economia mista: B) são criadas por lei cuja regulamentação se exterioriza por meio de decreto do Chefe do Executivo; Como vimos, a proposição não está assim tão longe da verdade... A proposição está errada apenas porque, na teoria, as empresas públicas e as sociedades de economia mista têm sua criação autorizada pela lei e devem ser criadas de acordo com as normas de direito privado. Mas na prática a teoria é outra. C) podem ter natureza de fundação governamental de direito público, no desempenho de atividade social; Não podem. Sua criação atende o fim especfíico de exercício de atividades econômicas em sentido amplo (concessionárias de serviços públicos que, em alguns casos, não se sustentam com a tarifa que cobram) ou estrito (busca especfíica de lucro). D) sujeitam-se a mandado de segurança, no caso de impugnação de atos em processo de licitação << Súmula STJ 333: Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública. E) litigam na justiça fazendária, ainda que instituídas para o desempenho de atividades econômicas. As empresas públicas e as sociedades de economia mista não gozam do tal privilégio da Fazenda Pública. As empresas públicas federais têm foro específico na justiça federal (não pode ser outro), ao passo que as sociedades de economia mista têm foro na justiça estadual, ainda que federais. Cuidado, nesse ponto, com o entendimento do STJ quanto a ser competente a justiça federal para processar e julgar mandado de segurança impetrado contra ato de dirigente da sociedade dee economia mista federal. Curso Resultado - 3

6 03. TJ-RJ-Magistrado Na Administração Pública Indireta, (A) as autarquias e as fundações governamentais poderão possuir personalidade jurídica de direito público ou privado. Já vimos esse ponto. O Código Civil informa claramente: Art. 41. São pessoas jurídicas de direito PÚBLICO interno: IV - as autarquias, inclusive as associações públicas. Já o inciso IV do art. 5 do Decreto-Lei 200/1967 dispõe que se considera: Fundação Pública a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado... (B) não cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por empresa pública. A matéria está sumulada (STJ, 333: Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública). (C) as sociedades de economia mista só têm foro na justiça federal quando a união intervém como assistente ou opoente. << A presença da União atrai a competência da justiça federal quando ela é autora, ré, opoente ou assistente (CRFB/88, art. 109, I), salvo as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho. Se a União for excluída da lide, os autos retornam ou são encaminhados à justiça comum, conforme o caso. Pode ocorrer de passar a ser competente a justiça federal se a União pedir a sua intervenção com fundamento exclusivamente econômico na lide que tramite na justiça estadual e tal interesse econômico for declarado, juntamente com o interesse jurídico, pela justiça federal. A esse propósito, três regras básicas: 1. só a justiça federal é competente para determinar se há ou não interesse (ainda que só econômico) da União 2. se não houver interesse jurídico, a causa que corria na justiça estadual ali permanece (o processo retorna à justiça estadual); se houver, claro, o processo fica na justiça federal 3. é competente para julgar eventual recurso da União o TRF (exclusivamente) Relembro: o STJ tem entendimento pacificado quanto a ser da competência da justiça federal processar e julgar mandado de segurança impetrado contra ato de dirigente de sociedade de economia mista federal. 04. TJ-PR-Magistrado Sobre a administração direta e a indireta, assinale a única alternativa correta: QUESTÃO ANULADA A) As entidades da Administração indireta são pessoas jurídicas de direito privado As autarquias, já vimos, são pessoas jurídicas de direito público. A empresa pública e a sociedade de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado. A dúvida fica com as fundações, dada a possibilidade de existência da fundação pública, conforme sustenta a doutrina. B) As entidades da administração direta têm autolegislação Claro que não têm. C) As entidades da administração indireta só podem ser criadas por lei Já vimos. As autarquias são criadas por lei. As empresas públicas, as sociedades de economia mista e as fundações devem ter sua criação autorizada por lei. D) Conforme a espécie, as entidades da Administração indireta podem ser criadas por lei ou não e podem ser de direito público ou de direito privado. Já vimos nas proposições anteriores. Curso Resultado - 4