Revista Iberoamericana de Tecnología Postcosecha ISSN: Asociación Iberoamericana de Tecnología Postcosecha, S.C.
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1 Revista Iberoamericana de Tecnología Postcosecha ISSN: Asociación Iberoamericana de Tecnología Postcosecha, S.C. México Batalha Moreno, Marines; Barreto Farias, Caroline; Santos Silva, Pricila; Barbosa Malgarim, Marcelo; Fachinello, José Carlos QUALIDADE DE PÊSSEGOS MACIEL SOB ARMAZENAMENTO REFRIGERADO COM A UTILIZAÇÃO DE EMBALAGENS Revista Iberoamericana de Tecnología Postcosecha, vol. 17, núm. 1, 216, pp Asociación Iberoamericana de Tecnología Postcosecha, S.C. Hermosillo, México Disponível em: Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto
2 QUALIDADE DE PÊSSEGOS MACIEL SOB ARMAZENAMENTO REFRIGERADO COM A UTILIZAÇÃO DE EMBALAGENS Moreno, Marines Batalha¹; Barreto, Caroline Farias¹; Silva, Pricila Santos¹; Malgarim, Marcelo Barbosa¹; Fachinello, José Carlos¹. ¹Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Departamento de Fitotecnia, Programa de Pós Graduação em Agronomia Fruticultura de Clima Temperado, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. marinesfaem@gmail.com Palavras-chave: Prunus persica, atmosfera modificada, polietileno, conservação. RESUMO O objetivo da pesquisa foi avaliar a efetividade da embalagem de polietileno normal e perfurada associada à períodos de armazenamento em diferentes temperaturas para prolongar a vida pós-colheita de pêssegos Maciel. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado em esquema trifatorial 3 x 3 x 2, com quatro repetições composta de vinte frutos. O fator A foi composto por três níveis de atmosfera modificada sendo: frutos sem embalagens (testemunha), frutos acondicionados em embalagens de polietileno (Nor) e frutos acondicionados em embalagens de polietileno perfurado (Per). O fator B composto pelos períodos de armazenamento: dia (colheita), 1 e 2 dias. O fator C composto pelas temperaturas de refrigeração ±1 C e 4±1 C com umidade relativa de 9±5%. Avaliou-se: perda de massa fresca, firmeza de polpa, ângulo Hue, índice de maturação (DA), relação entre sólidos e acidez (ratio), porcentagem de podridões. No armazenamento, os pêssegos embalados obtiveram significativamente menor perda de massa e mantiveram a firmeza. Os frutos mantidos sem embalagens demonstraram menor teores em todos os atributos avaliados quando armazenados a 4±1ºC. A coloração das Per apresentou melhores resultado a 1±1ºC. O comportamento do ratio foi similar entre as embalagens. Na temperatura 4±1ºC, não houve diferença entre as embalagens, a 1±1ºC a Nor obteve uma menor incidência de podridões. Uso de embalagens para frutos de pêssego Maciel proporcionou menor perda de massa fresca durante o armazenamento refrigerado, e manteve as demais características avaliadas, principalmente quando acondicionados na embalagem não perfurada. Com o aumento do período de armazenamento estes atributos decresceram, tendo uma maior estabilidade quando colocados a 1±1ºC. THE QUALITY OF PEACHES 'MACIEL' IN COLD STORAGE WITH DIFFERENT PACKAGES Key-words: Prunus persica, modified atmosphere, polyethylene, conservation. ABSTRACT The objective of this research was to evaluate the effectiveness of standard and perforated polyethylene packages associated with storage periods at different temperatures to extend the postharvest life of peaches 'Maciel'. The experimental design was completely randomized in three-factorial scheme 3 x 3 x 2, with four replications composed of twenty fruits. Factor A consists in three modified atmosphere levels as follows: fruit without packaging (control), fruit packed in polyethylene bags (Nor) and fruit packed in perforated polyethylene bags (Per). Factor B comprehended the storage periods: days (harvest), 1 and 2 days. The Factor C was compound by the cooling temperatures of ±1 C and 4±1 C with relative humidity of 9±5%. It was evaluated: loss of fresh weight, pulp firmness, Hue angle, maturation index (DA), relationship between solid and acidity (ratio), rot percentage. During storage, packaged peaches achieved significantly less weight loss and kept firmness. Fruits stored without packaging showed lower levels in all evaluated attributes when stored at 4±1 C. The coloring of Per showed better results at 1±1 C. The ratio behavior was similar between the packages. In 4±1 C temperature, there was no difference between the packages, at 1±1 C Nor obtained a lower incidence of rot. The use of packaging for peach fruit 'Maciel' provided less loss of fresh weight during cold storage, and maintained the other parameters, particularly when packaged in non-perforated packaging. With the increase of the storage period it decreased these attributes, achieving better stability when placed at 1±1 C. 58 Rev. Iber. Tecnología Postcosecha Vol 17(1):58-64
3 INTRODUÇÃO Os pessegueiros (Prumus persica (L.) Batsch são frutas de caroço que possuem grande importância econômico-social no Brasil, as regiões sul e sudeste se destacam na produção, principalmente o estado do Rio Grande do Sul, responsável por mais de 65,1% da produção nacional onde ocorre o predomínio de frutas destinadas à indústria e também aquelas de dupla finalidade (Fachinello et al., 211). Devido ao curto período de colheita e à alta perecibilidade, é necessário que as frutas sejam armazenadas adequadamente para aumentar o período de oferta ao consumidor, um dos métodos mais antigos é o frio que retarda o amadurecimento (Barbosa et al., 21). Atualmente por causa das elevadas perdas pós-colheita juntamente com um mercado com alta demanda de frutas frescas exige o desenvolvimento de tecnologias de armazenamento para preservar a mercadoria em condições aceitáveis por longos períodos (MANGARAJ et al., 21). Como uma alternativa pode-se utilizar as embalagens de polietileno para a manutenção da qualidade do pêssego na pós-colheita. Essas embalagens têm uma grande vantagem em países em desenvolvimento, por serem economicamente mais viáveis, podendo ser feita na propriedade (Mangaraj; Goswani, 211ª,b). A atmosfera que circunda em torno da fruta proporciona uma redução na taxa de respiração e na produção de etileno, bem como a atividade enzimática, variando este índices de acordo com a fruta armazenada (Calebe et al., 212). Alguns trabalhos já vêm sendo realizados com o intuito de testar a eficiência do uso de embalagens para frutos de goiaba (Mangaraj e Goswami, 211ª), lichia (Mangaraj et al., 212) e pêssego (Nunes et al. 24), com o intuito de prolongar a oferta de produtos frescos ao consumidor. No entanto com a demanda de estudos mais conclusivos sobre a utilização de embalagens na pós-colheita de pêssegos, esta pesquisa objetiva, pois, avaliar a efetividade da embalagem de polietileno normal e perfurada associada a períodos de armazenamento para prolongar a vida póscolheita de pêssegos Maciel em diferentes temperaturas de resfriamento. MATERIAIS E MÉTODOS Os pêssegos da cultivar Maciel utilizados no experimento são provenientes de um pomar com 8 anos de idade, a densidade do pomar é de plantas ha -1, com espaçamento de 4,5m x 1,5m, conduzidas em sistema de vaso, localizado do Pomar Didático do Centro Agropecuário da Palma/Universidade Federal de Pelotas. Localizado no município do Capão do Leão, RS, latitude 31 52'" S, longitude 52 21'24" W e altitude 13,24 metros. O solo pertence à unidade de mapeamento Camaquã, sendo moderadamente profundo com textura média no horizonte A e argilosa no B, classificados como Argisolo Vermelho Amarelo (REISSER JUNIOR et al, 28). O clima da região caracteriza-se por ser temperado úmido com verões quentes conforme a classificação de Köppen, do tipo Cfa. A região possui temperatura e precipitação média anual de 17,9 C e mm, respectivamente. Os pêssegos foram colhidos na safra de 214/2 manualmente e aleatoriamente em diversas posições e orientações da planta, sendo colocados em caixas plásticas de colheita lavadas e desinfetadas. Os frutos foram levados para o Laboratório de Agronomia de qualidade de frutas da Universidade Federal de Pelotas, localizado no Capão do Leão, RS, Brasil. A colheita foi realizada em diferentes estádios de maturação. Após foi realizado o processo de seleção, sendo descartadas as frutas com injúrias mecânicas, ataques fúngicos e/ou de insetos, ou outros defeitos, deixando-se as frutas em lotes uniformes. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado em esquema Rev. Iber. Tecnología Postcosecha Vol 17(1):
4 trifatorial 3 x 3 x 2, com quatro repetições composta de vinte frutos. O fator A foi composto por três níveis de atmosfera modificada sendo: frutos sem embalagens (testemunha), frutos acondicionados em embalagens de polietileno e frutos acondicionados em embalagens de polietileno perfurado. O fator B composto pelos períodos de armazenamento: dia (colheita), 1 e 2 dias. O fator C composto pelas temperaturas de refrigeração ±1 C e 4±1 C com umidade relativa de 9±5%. As análises foram realizadas nos seguintes períodos:, 1 e 2 dias de armazenamento refrigerado + 2 dias a temperatura ambiente (2ºC), para simulação do tempo de comercialização (1+2); aos 2 dias de armazenamento refrigerado + 2 dias a temperatura ambiente (2+2), levando em consideração cada temperatura de câmara fria. Em cada período foram avaliadas as seguintes variáveis; Perda de massa: Determinada pela diferença, em porcentagem, entre a massa inicial da repetição, através da equação: (peso inicial peso final / peso inicial) x 1; Índice de maturação: Obtido através do equipamento DA-meter 535, que gera o índice pela diferença de absorbância nos comprimentos de onda 67 e 72nm (pico da clorofila a); Sólidos solúveis (SS): Por refratometria, realizada com um refratômetro da marca Atago Pal-1, expressando-se o resultado em ºBrix; Acidez titulável (AT): Avaliada por titulometria de neutralização, com a diluição de 1mL de suco puro em 9mL de água destilada e titulação com solução de NaOH a,1n, até que o suco atingisse o ph 8,1, expressando-se o resultado em percentual (%) de ácido cítrico Firmeza de polpa: Penetrômetro de bancada manual, com ponteira de 8mm, em dois pontos opostos na região equatorial, os resultados expressos em Nelton; Coloração da epiderme: Através do colorímetro Minolta marca Konica Minolta Chroma Meter CR-4/41, com iluminante D65, realizando-se as leituras de L*, a*, b*, sendo estes dados transformados em ângulo hue (ângulo de cor) pela fórmula Hº= tg-1x b*/a*. Foram realizadas duas leituras na região equatorial das frutas; Incidência de podridão: Avaliada visual pela contagem das frutas que apresentarem lesões com diâmetro superior a,5cm, características de ataque por fungos e bactérias. Os resultados serão expressos em porcentagem; Os dados obtidos foram analisados quanto à normalidade pelo teste de Shapiro-Wilk, à homocedasticidade pelo teste de Hartley e a independência dos resíduos foi verificada graficamente. Posteriormente, foram submetidos à análise de variância (p,5). Em caso de significância, os efeitos dos tratamentos foram analisados por intervalo de confiança. As diferenças entre os tratamentos foram consideradas significativas, quando não houve sobreposição entre os intervalos de confiança a 95% de probabilidade, efetuou-se análise de regressão polinomial para o fator quantitativo períodos de armazenamento, usando como critério de escolha do modelo a significância (p<,5) e o coeficiente de determinação. RESULTADOS E DISCUSSÃO Pêssego é uma fruta muito perecível, ao realizar este experimento observamos que ao utilizarmos as embalagens houve uma redução na perda de massa dos frutos, e a embalagem que melhor manteve o fruto estável foi a perfurada, no entanto, apresentou algumas diferenças com a temperatura de 6 Rev. Iber. Tecnología Postcosecha Vol 17(1):58-64
5 armazenamento comparada a embalagem não perfurada, variações estas possivelmente ocasionadas pelo bloqueio ocasionado pela passagem aos gases liberados na respiração do fruto (Figura 1 AB). A atmosfera que circunda a embalagem limita a perda de água através da transpiração, e assim reduz a perda de massa, é um meio de minimizar o déficit de pressão de vapor entre os frutos (Santos et al., 28). Quanto a firmeza de polpa dos pêssegos em ambas as temperaturas pode-se observar um decréscimo na firmeza com o passar do período de armazenamento, no entanto a 1ºC±1, nota-se que o controle perdeu massa 14 A Perda de massa (%) y (Sem) =,34 +,38x R 2 =,92 y (Nor) =, +,44x -,2x 2 R 2 =,78 y (Per) = -,2 +,7x R 2 =,75 Firmeza de Polpa (N) C y (Sem) = 27,6 -,95x +,4x R 2 =,99 y (Nor) = 27,9 -,47x R 2 =,86 y (Per) = 27,6-1,2x +,4x 2 R 2 =,71 ficando mais firme. Para ambas as temperaturas a embalagem perfurada manteve mais eficientemente as características desejadas, e a 1ºC±1 os frutos mantiveram-se mais firmes (Figura 1 CD). Estudos realizados por Comiotto et al. (212) encontraram valores similares na firmeza de polpa dos pêssegos Maciel com diferentes porta enxertos, bem como Andrade et al. (2) ao avaliarem diferentes maturações em 2 dias de armazenamento refrigerado com pêssego Maciel atingindo valores de 3,89 a 5,63N, sendo estes valores similares a 4ºC±1. Perda de massa (%) B Retirada de C mara (dias) y (Sem) =, + 1,13x -,3x 2 R 2 =,93 y (Nor) =, +,1x +,8x 2 R 2 =,99 y (Perf) =, +,2x -,5x 2 R 2 =,99 Firmeza de Polpa (N) D Retirada de C mara (dias) y (Sem) = 27,7-1,38x R 2 =,99 y (Nor) = 27,5 -,57x R 2 =,72 y (Perf) = 28,97-1,9x R 2 =,92 Figura 1: Perda de massa (A e B) e firmeza de polpa (C e D) de pêssegos cv. Maciel submetidos a períodos de armazenamento (, 1, 2 dias) em câmara fria com temperatura de 1ºC±1 (A e C) e a 4ºC±1 (B e D), acondicionados em embalagens polietileno perfurada (Perf) e não perfurada (Nor), bem como sem embalagem (Sem). Universidade Federal de Pelotas, Pelotas RS, 2. (As barras verticais representam os intervalos de confiança a 95%). Rev. Iber. Tecnología Postcosecha Vol 17(1):
6 Através do índice de maturação (DA), observa-se a decomposição estrutural do pigmento clorofila, que ocorre em função do processo de maturação (Chitarra e Chitarra, 25), conforme o período de armazenamento, sendo agravado a 4ºC±1, pois quando mais próximo de zero, menor será a quantidade de clorofila presente no fruto, portanto mais maduro (Figura 2 AB). A embalagem sem perfuração manteve o maior índice de pigmentos de clorofila, que os demais tratamentos. Sendo este um método confiável para determinar o estádio de maturação real dos frutos, também contatado no experimento de Infante et al. (211) em Õndice de MaturaÁ o Hue A y (Sem) = 1,24 -,1x R 2 =,73 y (Nor) = 1,25 -,2x +,6x 2 R 2 =,99 y (Per) = 1,25 -,6x +,2x 2 R 2 =, C y (Sem) = 87,2 +,3x -,9x 2 R 2 =,99 y (Nor) = 87,2 -,16x +,9x 2 R 2 =,99 y (Per) = 87,2 +,36x -,2x 2 R 2 =,99 ameixas com as cultivares Angeleno e Autumn beaut. Com a avaliação da coloração dos pêssegos através do ângulo hue que expressa a cor propriamente dita do fruto, nota-se que a 1ºC±1 as embalagem não foram eficazes na manutenção da coloração, porém a 4ºC±1 a utilização das embalagens foi eficiente, na maturação, quando comparadas com a testemunha (sem embalagem) (Figura 2 CD). Este parâmetro é muito útil para averiguar o grau de maturação que se encontra os frutos, com o amadurecimento ocorre uma diminuição do ângulo hue (Infante et al., 211). B 1,5 Retirada da C mara (dias) Figura 2: Índice de maturação (A e B) e ângulo hue (C e D) de pêssegos cv. Maciel submetidos a períodos de armazenamento (, 1, 2 dias) em câmara fria com temperatura de 1ºC±1 (A e C) e a 4ºC±1 (B e D), acondicionados em embalagens polietileno perfurada (Perf) e não perfurada (Nor), bem como sem embalagem (Sem). Universidade Federal de Pelotas, Pelotas RS, 2. (As barras verticais representam os intervalos de confiança a 95%). Hue Õndice de MaturaÁ o 1,,5, y (Sem) = 1,31 -,6x R 2 =,96 y (Nor) = 1,23 -,2x R 2 =,86 y (Perf) = 1,2 -,3x R 2 =, D Retirada de C mara (dias) y (Sem) = 87,2 + 3,93x -,41x 2 R 2 =,99 y (Nor) = 87,2 +,6x -,8x 2 R 2 =,99 y (Perf) = 87,2 +,51x -,3x 2 R 2 =,76 62 Rev. Iber. Tecnología Postcosecha Vol 17(1):58-64
7 Com o passar do tempo de armazenamento, a relação sólidos solúveis com a acidez tituláveis dos pêssegos demonstrou-se eficiente quando se utilizou as embalagens de polietileno, pois a não utilização da mesma ocasionou um decréscimo muito acentuado desta relação, contudo apresentando um valor maior de acidez. Com a temperatura mais baixa (1ºC) observa-se que a testemunha apresentou os maiores teores até 1 dias, depois decaiu drasticamente (Figura 3 AB). Este aumento do ratio é ocasionado pelo aumento dos sólidos solúveis com o passar do armazenamento, também contatado pelos autores Andrade et al. (2), apresentando também um decréscimo da acidez, segundo aos autores Toebe et al. Ratio A y (Sem) = 18,22 +,63x -,5x 2 R 2 =,71 y (Nor) = 18,22 -,71x +,4x 2 R 2 =,72 y (Per) = 18,22 -,25x +,9x 2 R 2 =,99 5 C Podridı es (%) y (Sem) =,22 + 2,9x R 2 =,97 y (Nor) =, -,83x +,8x 2 R 2 =,92 (212) o ratio do frutos expressa a suculência do mesmo. O índice de podridões dos frutos foi crescente com o aumento do período de armazenamento, no entanto quando se utiliza as embalagens ocorre uma redução deste índice, quanto maior for a troca de gases dentro da embalagem maior é este índice, por isso a embalagem sem perfuração apresentou os menores índices de podridões, em ambas as temperaturas (Figura 3 CD). Tendo em vista que o uso da embalagem cria em torno dos frutos uma atmosfera controlada diminuindo sensivelmente a ocorrência de podridões, por causa da ação dos gases (Brackmann et al., 212). Retirada da C mara (dias) y (Per) =, - 2,25x +,22x 2 R 2 =,99 y (Perf) =, + 3,5x -,2x 2 R 2 =,82 Figura 3: Relação ratío (A e B) e incidência de podridões (C e D) de pêssegos cv. Maciel submetidos a períodos de armazenamento (, 1, 2 dias) em câmara fria com temperatura de 1ºC±1 (A e C) e a 4ºC±1 (B e D), acondicionados em embalagens polietileno perfurada (Perf) e não perfurada (Nor), bem como sem embalagem (Sem). Universidade Federal de Pelotas, Pelotas RS, 2. (As barras verticais representam os intervalos de confiança a 95%). Ratio y (Sem) = 19,99 +,5x -,8x 2 R 2 =,99 y (Nor) = 18,22 -,x +,2x 2 R 2 =,99 y (Perf) = 18,22 -,95x +,8x 2 R 2 =,97 Podridı es (%) Rev. Iber. Tecnología Postcosecha Vol 17(1): B D Retirada de C mara (dias) y (Sem) =, + 7,25x -,36x 2 R 2 =,98 y (Nor) =, + 2,69x -,6x 2 R 2 =,93
8 CONCLUSÃO As embalagens de polietileno para frutos de pêssego da cultivar Maciel proporcionaram menor perda de massa fresca durante o armazenamento refrigerado, mantiveram os demais atributos avaliados, entre as embalagens estudadas a não perfurada manteve uma maior firmeza dos frutos, bem como menor incidência de podridões. A temperatura de armazenamento me manteve uma maior estabilidade dos atributos de qualidade das frutas foi a 1±1ºC. AGRADECIMENTOS À FAPERGS pelo financiamento da pesquisa e a Capes pela concessão de bolsa de estudos. REFERÊNCIAS Allegra, A.; Barone, E.; Inglese, P.; Todaro, A.; Sortino, S. Variability of sensory profile and quality characteristics for Pesca di Bivona and Pesca di Leonforte peach (Prunus persica Batsch) fresh-cut slices during storage. Postharvest Biology and Technology, v. 11:61-69, 2. Andrade, S.B; Galarça, S.P.; Gautério, G.R.; Malgarim, M.B.; Fachinello, J.C. Qualidade de pêssegos das cultivares Chimarrita e Maciel sob armazenamento refrigerado em diferentes estádios de maturação de colheita. Rev Iberoamericana de Tecnología Postcosecha, 16(1):93-1, 2. Barbosa, W. et al. Advances in low-chilling peach breeding at Instituto Agronômico, São Paulo State, Brazil. Acta Horticulturae, v. 872:147-, 21. Brackmann, A.; Saquet, A.A.; Veiga, V.; Brortoluz, L. Efeito das concentrações de CO 2 e O 2 no crescimento e esporulação de Penicillium expansum (Link.) Thon, IN VITRO. Current Agricultural Science and Technology, v. 2(3):147-, 212. Chitarra, M.I.F.; Chitarra, A.B. 25. Póscolheita de frutos e hortaliças: fisiologia e manuseio. Lavras: ESAL/FAEPE, 735 p. Comiotto, A.; Fachinello, J. C.; Hoffmann, A.; Machado, N. P.; Galarça, S. P.; Betemps, D. L. Vigor, floração, produção e qualidade de pêssegos Chimarrita e Maciel em função de diferentes porta-enxertos. Ciência Rural, v.42(5): , 212. Fachinello, J.C.; Pasa, M. Da S.; Schmtiz, J.D.; Betemps, D.L. Situação e perspectivas da fruticultura de clima temperado no Brasil. Rev. Bra. de Frut. 33:19-12, 211. Infante, R., Contador, L., Rubio, P., Mesa, K., Meneses, C. Non-destructive monitoring of flesh softening in the black-skinned Japanese plums Angeleno and Autumn beaut on-tree and postharvest. Post. Biol. and Technology, 61: Mangaraj, S.; Goswami, T. K.; Giri, S. K.; Tripathi, M. K. Permselective MA packaging of litchi (cv. Shahi) for preserving quality and extension of shelf-life. Postharvest Biology and Technology, 71: Mangaraj, S.; Goswami, T.K. Measurement and modelling of respiration rates of guava (cv. Baruipur) for modified atmosphere packaging. Int. J. of Food Propierties. 14: Mangaraj, S.; Varshney, A.C.; Singh, K. K.; Reddy, B. S. Development and evaluation of a prospective grader for spherical fruits. Amer. Management Ass. 41: Nunes, E.E.; Vilas Boas, B.M.; Carvalho, G.L.; Siqueira, H.H.; Lima, L.C.O. Vida útil de pêssegos Aurora-2 armazenados sob atmosfera modificada e refrigeração. Rev. Brasileira de Frut. 26(3):438-44, 24. Santos, C.A.A.; Castro, J.V. De; Picoli, A.A.; Rolim, G. de S. Uso de quitosana e embalagem plástica na conservação póscolheita de pêssegos 'Douradão'. Revista Brasileira de Fruticultura 3(1):88-93, 28. Toebe, M.; Both, V.; Brackmann, A.; Filho, A.C.; Thewes, F.R. Tamanho de amostra para a estimação da média de caracteres de pêssego na colheita e após o armazenamento refrigerado. Ciência Rural, v. 42(2):29-212, Rev. Iber. Tecnología Postcosecha Vol 17(1):58-64
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