Ensaios clínicos. Ensaios clínicos aleatorizados. Ensaios clínicos aleatorizados. Princípios estatísticos básicos na condução de ensaios clínicos

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Ensaios clínicos. Ensaios clínicos aleatorizados. Ensaios clínicos aleatorizados. Princípios estatísticos básicos na condução de ensaios clínicos"

Transcrição

1 Avanços metodológicos na pesquisa em Enfermagem Princípios estatísticos básicos na condução de ensaios clínicos Ensaios clínicos Um ensaio clínico controlado aleatorizado envolve ao menos um tratamento sob investigação e um tratamento controle, onde a alocação dos indivíduos aos tratamentos utiliza um processo aleatório. Edson Zangiacomi Martinez CEMEQ Centro de Métodos Quantitativos Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto USP Ensaios clínicos aleatorizados Amostra aleatorização sob investigação Resposta controle Resposta Ensaios clínicos aleatorizados Os indivíduos elegíveis ao estudo são alocados nos diferentes grupos de tratamentos de maneira casual, segundo, por exemplo, a geração de uma sequência de números aleatórios em um programa de computador. Amostra Aleatorização Amostra População sob investigação controle Respostas Respostas Inferência estatística Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP 1

2 Itens essenciais em testes de hipóteses Hipóteses nula e alternativa Erros tipo I e II Nível de significância Poder P valor, valor-p, p-value O que um p valor? (a É a probabilidade da hipótese nula de um teste ser verdadeira. (b É a probabilidade de um dado resultado, como a diferença entre dois grupos, ter sido obtido de um "acaso". (c É a probabilidade da hipótese nula ter sido enganosamente rejeitada. (d É a significância de um efeito observado. (e É a probabilidade de se obter uma estatística de teste igual ou mais extrema quanto aquela observada em uma amostra, assumindo verdadeira a hipótese nula. Muita gente usa... p valores Neyman e Pearson ( Estabelecemos a nossa hipótese, baseada em nossa crença. A % de respostas (θ T do grupo de tratamento é superior à % de respostas (θ C do grupo controle/placebo. 2- Esta hipótese é a hipótese alternativa (H A H A : θ T > θ C 3- Busco a negação de minha hipótese alternativa, que será a hipótese nula (H H : θ T θ C... pouca gente entende! 4- Tenho a hipótese nula como a verdadeira, e busco em uma amostra evidências favoráveis a esta hipótese. 5- Se encontro uma contradição, rejeito H e tenho H A como a verdadeira. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP 2

3 Hipóteses Testes de hipóteses H : θ T = θ C H A : θ T θ C Rejeito H : evidência de efeito de tratamento Não rejeito H : ausência de evidência de efeito de tratamento Ausência de evidência de efeito de tratamento Evidência de ausência de efeito de tratamento Hipóteses Testes de hipóteses H : θ T = θ C H A : θ T θ C Rejeito H : evidência de efeito de tratamento Não rejeito H : ausência de evidência de efeito de tratamento Nível de significância: α = P(rejeitar H H verdadeira = P(evidência de efeito tratamento = controle Testes de hipóteses p valor x tamanho amostral Hipóteses H : θ T = θ C H A : θ T θ C Nível de significância: α = P(rejeitar H H verdadeira = P(evidência de efeito tratamento = controle p valor: menor valor que deveríamos ter escolhido para α, de modo que o teste trouxesse uma evidência de efeito de tratamento. p valores: efeito de tamanho amostral Quanto maior o tamanho amostral, menor o p valor Quanto menor o tamanho amostral, maior o p valor Controle Controle Controle n 5 5 n 1 1 n Respostas 12 (24% 7 (14% Respostas 24 (24% 14 (14% Respostas 36 (24% 21 (14% p valor,2 p valor,7 p valor,3 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP 3

4 Itens essenciais em testes de hipóteses Erro tipo I: rejeitamos H, mas H é verdadeira. Erro tipo II: não rejeitamos H, mas H é falsa. Nível de significância: é a probabilidade de cometermos um erro tipo I, denotada por α geralmente fixada em 5%. Poder: é a probabilidade de não cometermos um erro tipo II, denotada por 1 β, geralmente fixada em 5%, 1% ou 2%. Leituras Altman DG, Bland JM. Absence of evidence is not evidence of absence. BMJ. 1995;311(73: 485. Altman D, Bland JM. Confidence intervals illuminate absence of evidence. BMJ. 24;328(7446: We discourage the use of P-values or dependence on statistical significance. Epidemiology, instructions for authors. The results should be quantified and presented with appropriate indicators of measurement error or uncertainty (eg confidence intervals. The mean and standard deviation (SD should be given at a minimum; a sole reliance on the use of P values is not acceptable. Annals of Medicine, instructions for authors. P values alone do not convey the magnitude of the effect or difference, nor its precision. Therefore, we will recommend the use of estimates of strength (eg, coefficients, odds ratios, hazard ratios and confidence limits (intervals, tolerance intervals, or credibility intervals to convey this information. Use of these intervals is particularly important when the conclusion is that no effect or association was observed (equivalence. The Journal of Thoracic and Cardiovascular Surgery, 2. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP 4

5 Measures of association, such as relative risk or odds ratio, are the preferred way of expressing results of dichotomous outcomes, eg, sick versus healthy. Confidence intervals around these measures indicate the precision of these results. Measures of association with confidence intervals reveal the strength, direction, and a plausible range of an effect as well as the likelihood of chance occurrence. By contrast, p values address only chance. Testing null hypotheses at a p value of.5 has no basis in medicine and should be discouraged. Grimes DA, Schulz KF. An overview of clinical research: the lay of the land. The Lancet 22; 359: Medidas de efeito de tratamentos Redução absoluta de risco (RAR Risco relativo (RR RR = RAR = θ C θ T Redução relativa de risco (RRR RRR = (1 RR 1% Número necessário para tratar (NNT NNT = θ T θ C 1 RAR Risco com θ T Risco sem θ C Risco Relativo Redução Relativa de Risco Redução Absoluta de Risco Número Necessário Para Tratar RR RRR RAR NNT,2,5,4,6,3 3,3,2,5,4,6,3 33,,2,5,4,6,3 333, CONSORT 21 CONsolidated Standards of Reporting Trials. Conjunto mínimo de recomendações para a apresentação dos resultados de ensaios clínicos controlados aleatorizados. Check-list de 25 itens Fluxograma. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP 5

6 CONSORT 21 Almost all methods of analysis yield an estimate of the treatment effect, which is a contrast between the outcomes in the comparison groups. Authors should accompany this by a confidence interval for the estimated effect, which indicates a central range of uncertainty for the true treatment effect. The confidence interval may be interpreted as the range of values for the treatment effect that is compatible with the observed data. It is customary to present a 95% confidence interval, which gives the range expected to include the true value in 95 of 1 similar studies. Interpretação frequentista: se retirássemos da população um número grande de amostras tamanho n, 95% destas amostras iriam gerar intervalos de confiança que contém o parâmetro (populacional. O que significa o intervalo de confiança 95% apresentado no artigo? (a Há uma probabilidade de 95% do RR populacional estar entre,46 e,91. (b A cada 1 amostras de mesmo tamanho retiradas da mesma população, pelo mesmo processo de amostragem, 95 amostras gerariam intervalos de confiança que conteriam o RR populacional. (c Há uma probabilidade de 65% da aspirina ser superior ao placebo, sendo que esta probabilidade varia de 46% a 91% para os indivíduos do estudo. (d O RR,65 está dentro do intervalo, portanto, é significativo. Amostra 1 Amostra 3 Amostra 5 Amostra 11 Amostra 13 Amostra 1 Amostra 4 Amostra 6 Amostra 8 Amostra 1 θ... Amostra 2 Amostra 7 Amostra 9 Amostra 12 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP 6

7 θ T < θ C θ T = θ C θ T > θ C p <,5 θ T θ C p <,5 p <,5 p <,5 p >,5 A B C D E θ T < θ C θ θ T > θ T = θ C C p <,5 p <,5 p <,5 p <,5 p >,5 p >,5 F p >,5 1% Leituras Recomendações Turk DC. "Statistical significance and clinical significance are not synonyms!". Clin J Pain. 2;16(3: Houle TT, Stump DA. Statistical significance versus clinical significance. Semin Cardiothorac Vasc Anesth. 28;12(1:5-6. Braitman LE. Confidence intervals assess both clinical significance and statistical significance. Ann Intern Med. 1991; 114(6: Os p-valores, se empregados, devem ser utilizados como complementos às medidas de tamanho de efeito de tratamento, que por sua vez, devem ser acompanhadas de seus intervalos de confiança. Evitar o rótulo estatisticamente significante, privilegiar a significância clínica. As relações entre tamanho amostral e evidência devem ser adequadamente exploradas. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP 7

8 Post hoc power analysis É importante quando o estudo está sendo delineado. Post hoc power analysis Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP 8

9 Questões relevantes: 1. Qual é o principal objetivo do ensaio? 2. Qual é a principal medida de desfecho (outcome? 3. Como os dados serão analisados para que seja detectada uma diferença de tratamento? 4. Que tipos de resultados são antecipados com o tratamento padrão? 5. Qual a menor diferença de tratamento considerada importante para ser detectada e com que grau de precisão? Qual é a principal medida de desfecho (outcome? O desfecho pode ser um evento binário, como morte/sobrevida, cura/não cura, apresentou/não apresentou uma reação adversa ao tratamento, ou uma resposta contínua, como níveis séricos de colesterol ou pressão arterial sanguínea. Como os dados serão analisados para que seja detectada uma diferença de tratamento? Deve haver uma compatibilidade entre a ferramenta estatística a ser utilizada na análise dos dados e a estratégia de determinação do tamanho amostral. Que tipos de resultados são antecipados com o tratamento padrão? Para determinar o tamanho amostral, precisamos de uma idéia prévia à coleta dos dados do resultado que seria encontrado para os pacientes que recebem o placebo ou o tratamento padrão. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP 9

10 Qual a menor diferença de tratamento considerada importante para ser detectada e com que grau de precisão? P.ex., com base em estudos prévios, é esperado que 2% dos indivíduos que recebem o placebo apresentam alguma melhora clínica. Para que o tratamento em estudo seja considerado útil, qual deve ser a proporção mínima de indivíduos com melhora clínica no grupo que recebe este tratamento? Diferença entre duas proporções grupos paralelos Exemplo (Pocock, 1983, p. 124 ( 1 θc + θt ( 1 θt ( θ θ θc n* = f 2 T C ( α, β θ C = porcentagem de sucessos esperada para o tratamento controle θ T = porcentagem de sucessos esperada para o tratamento em estudo θ C θ T = diferença clinicamente importante a ser detectada Diferença entre duas proporções grupos paralelos f (α,β é uma função de α e β Diferença entre duas proporções grupos paralelos θ C = 9% (proporção esperada de respostas, grupo placebo θ T = 95% θ T θ C = diferença clinicamente importante a ser detectada α,1,5,2,1,5 1,8 13, 15,8 17,8 β (erro tipo II,1 8,6 1,5 13, 14,9,2 6,2 7,9 1, 11,7,5 2,7 3,8 5,4 6,6 α,1,5,2,1, β (erro tipo II, , , Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP 1

11 Diferença entre duas proporções Ensaio de não inferioridade Diferença entre duas proporções Ensaio de não inferioridade Hipóteses: H : θ P θ E δ H A : θ P θ E < δ ( 1 θc + θt ( 1 θt ( θ θ δ θc n* = g 2 T C ( α, β θ P = porcentagem de sucessos esperada para o tratamento padrão θ E = porcentagem de sucessos esperada para o tratamento experimental δ = diferença máxima para que os tratamentos sejam considerados equivalentes Backwelder (1982 α g(α,β é uma função de α e β,1,5,2,1,5 8,56 1,82 13,68 15,77 β (erro tipo II,1 6,57 8,56 11,12 13,2,2 4,51 6,18 8,38 1,4,5 1,64 2,71 4,22 5,41 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP 11

Princípios estatísticos básicos na condução de ensaios clínicos. Ensaios clínicos

Princípios estatísticos básicos na condução de ensaios clínicos. Ensaios clínicos Princípios estatísticos básicos na condução de ensaios clínicos Edson Zangiacomi Martinez CEMEQ Centro de Métodos Quantitativos Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto USP Ensaios clínicos Um ensaio clínico

Leia mais

P values and the misleading concept of statistical significance

P values and the misleading concept of statistical significance Valores p e o enganoso conceito de significância estatística P values and the misleading concept of statistical significance Edson Zangiacomi Martinez Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade

Leia mais

Dimensionamento de ensaios de não inferioridade para o caso de grupos paralelos e resposta binária: algumas comparações

Dimensionamento de ensaios de não inferioridade para o caso de grupos paralelos e resposta binária: algumas comparações Dimensionamento de ensaios de não inferioridade para o caso de grupos paralelos e resposta binária: algumas comparações Introdução Arminda Lucia Siqueira Dimensionamento de amostras, importante elemento

Leia mais

Estatística stica na Pesquisa Clínica

Estatística stica na Pesquisa Clínica Estatística stica na Pesquisa Clínica Thaïs s Cocarelli Sthats Consultoria Estatística stica NAPesq (HC-FMUSP) Alguns conceitos Estudos observacionais e experimentais Exploração e apresentação de dados

Leia mais

Coeficiente kappa: Mede a concordância entre dois observadores, métodos ou instrumentos, considerando variáveis qualitativas nominais.

Coeficiente kappa: Mede a concordância entre dois observadores, métodos ou instrumentos, considerando variáveis qualitativas nominais. Concordância Coeficiente kappa: Mede a concordância entre dois observadores, métodos ou instrumentos, considerando variáveis qualitativas nominais. Coeficiente kappa ponderado: Mede a concordância entre

Leia mais

Testes de Hipóteses. : Existe efeito

Testes de Hipóteses. : Existe efeito Testes de Hipóteses Hipótese Estatística de teste Distribuição da estatística de teste Decisão H 0 : Não existe efeito vs. H 1 : Existe efeito Hipótese nula Hipótese alternativa Varia conforme a natureza

Leia mais

Evidence-Based Medicine

Evidence-Based Medicine Evidence-Based Medicine Princípios Apresentações SRHUC 2 Dezembro 2012 men are generally ready to believe what they want to believe! Julius Caesar De Bello Gallica (ca BC 55) 1 Principles of EBM Evidence-based

Leia mais

ENSAIOS CLÍNICOS CLÍNICO CLÍNICOS. Etapas do EC. Etapas de um EC. EC controlado aleatorizado. IBM Bioestatística e Ensaios Clínicos

ENSAIOS CLÍNICOS CLÍNICO CLÍNICOS. Etapas do EC. Etapas de um EC. EC controlado aleatorizado. IBM Bioestatística e Ensaios Clínicos ENSAIOS CLÍNICOS CLÍNICOS CLÍNICO Bioestatística e Ensaios Clínicos Etapas do EC Edson Zangiacomi Martinez Depto. de Medicina Social Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo Etapas

Leia mais

Princípios de Bioestatística Teste de Hipóteses

Princípios de Bioestatística Teste de Hipóteses 1/36 Princípios de Bioestatística Teste de Hipóteses Enrico A. Colosimo/UFMG http://www.est.ufmg.br/ enricoc/ Depto. Estatística - ICEx - UFMG Tabela 2/36 3/36 Exemplo A concentração de certa substância

Leia mais

Ensaios clínicos. Definições. Estudos de intervenção. Conceitos e desenhos

Ensaios clínicos. Definições. Estudos de intervenção. Conceitos e desenhos Ensaios clínicos Conceitos e desenhos Definições Basicamente, os estudos médicos são classificados em dois grandes grupos: Estudos observacionais Edson Zangiacomi Martinez Depto. de Medicina Social Faculdade

Leia mais

Exemplo 1: Sabemos que a média do nível sérico de colesterol para a população de homens de 20 a 74 anos é 211 mg/100ml.

Exemplo 1: Sabemos que a média do nível sérico de colesterol para a população de homens de 20 a 74 anos é 211 mg/100ml. Exemplo 1: Sabemos que a média do nível sérico de colesterol para a população de homens de 20 a 74 anos é 211 mg/100ml. O nível médio de colesterol da subpopulação de homens que são fumantes hipertensos

Leia mais

A moeda é honesta ou é desequilibrada? Qual é a probabilidade de "cara"no lançamento de uma moeda?

A moeda é honesta ou é desequilibrada? Qual é a probabilidade de carano lançamento de uma moeda? Qual é a probabilidade de "cara"no lançamento de uma moeda? Qual é a proporção de eleitores favoráveis ao candidato A? A moeda é honesta ou é desequilibrada? O candidato A tem até 50% das intenções de

Leia mais

ENSAIOS CLÍNICOS CLÍNICO CLÍNICOS. Introdução. Definições

ENSAIOS CLÍNICOS CLÍNICO CLÍNICOS. Introdução. Definições ENSAIOS CLÍNICOS CLÍNICOS CLÍNICO Bioestatística e Ensaios Clínicos Introdução Edson Zangiacomi Martinez Depto. de Medicina Social Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo Definições

Leia mais

Intervalos de Confiança - Amostras Pequenas

Intervalos de Confiança - Amostras Pequenas Intervalos de Confiança - Amostras Pequenas Teste de Hipóteses para uma Média Jorge M. V. Capela, Marisa V. Capela, Instituto de Química - UNESP Araraquara, SP capela@iq.unesp.br Araraquara, SP - 2016

Leia mais

Clinical trials. Estudos Experimentais (de intervenção) Ensaios clínicos. Ensaios clínicos. Tratamento do RN c/ Toxo congênita

Clinical trials. Estudos Experimentais (de intervenção) Ensaios clínicos. Ensaios clínicos. Tratamento do RN c/ Toxo congênita Ensaios clínicos Clinical trials Estudos Experimentais (de intervenção) Ensaios clínicos Investigação prospectiva do efeito relativo de uma intervenção terapêutica ou profilática em humanos. Prof. Dra

Leia mais

Estatística aplicada a ensaios clínicos

Estatística aplicada a ensaios clínicos Estatística aplicada a ensaios clínicos RAL - 5838 Luís Vicente Garcia lvgarcia@fmrp.usp.br Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Estatística aplicada a ensaios clínicos aula 8 amostragem amostragem

Leia mais

6LJQLILFkQFLDFRPFRQILDQoD"

6LJQLILFkQFLDFRPFRQILDQoD 1 6LJQLILFkQFLDFRPFRQILDQoD" 0iULR%:DJQHU Doutor em Epidemiologia (Universidade de Londres) Professor Adjunto, Departamento de Medicina Social, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande

Leia mais

Intervalo de confiança

Intervalo de confiança Bioestatística Módulo 2: comparação entre conjuntos de coisas Relações de ordem entre coisas: >,

Leia mais

UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. SAMPLE SIZE DETERMINATION FOR CLINICAL RESEARCH

UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho Ltda. SAMPLE SIZE DETERMINATION FOR CLINICAL RESEARCH SAMPLE SIZE DETERMINATION FOR CLINICAL RESEARCH Duolao Wang; Ameet Bakhai; Angelo Del Buono; Nicola Maffulli Muscle, Tendons and Ligaments Journal, 2013 Santiago A. Tobar L., Dsc. Why to determine the

Leia mais

Patrício Costa. Escola de Ciências da Saúde Universidade do Minho

Patrício Costa. Escola de Ciências da Saúde Universidade do Minho Patrício Costa Escola de Ciências da Saúde Universidade do Minho Teoria Hipóteses Operacionalização de conceitos Selecção de inquiridos ou sujeitos Plano de investigação: observacional / Inquérito Condução

Leia mais

Inferência Estatística Básica. Teste de Hipóteses: decidindo na presença de incerteza

Inferência Estatística Básica. Teste de Hipóteses: decidindo na presença de incerteza Inferência Estatística Básica Teste de Hipóteses: decidindo na presença de incerteza Exemplo Inicial A ProCare Industries LTDA lançou, certa vez, um produto chamado Gender Choice. De acordo com a propaganda,

Leia mais

Contributions of the statistician for the accordance with the CONSORT Checklist

Contributions of the statistician for the accordance with the CONSORT Checklist SIMPÓSIO: Planejamento e condução de estudos clínicos de alta evidência científica Capítulo III Contribuições do estatístico tístico para a o atendimento aoconsor CONSORT Checklist Contributions of the

Leia mais

EXEMPLOS DE CÁLCULO DO TAMANHO AMOSTRAL. Desenvolvido por Lucas Lima Ayres

EXEMPLOS DE CÁLCULO DO TAMANHO AMOSTRAL. Desenvolvido por Lucas Lima Ayres EXEMPLOS DE CÁLCULO DO TAMANHO AMOSTRAL Desenvolvido por Lucas Lima Ayres Belo Horizonte/2015 1 1. INTERVALOS DE CONFIANÇA PARA UMA PROPORÇÃO 1.1. ASSINTÓTICO 1.1.1. ASSINTÓTICO SIMPLES 1.1.1.1.BILATERAL

Leia mais

Edson Zangiacomi Martinez

Edson Zangiacomi Martinez vanços metodológicos na pesquisa em nfermagem tapas de um ioestatística e nsaios línicos Recrutamento Verificação da elegibilidade tapas do onsentimento do indivíduo dson Zangiacomi Martinez epto. de Medicina

Leia mais

INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO PORTO Ano lectivo 2009/20010 EXAME: DATA 24 / 02 / NOME DO ALUNO:

INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO PORTO Ano lectivo 2009/20010 EXAME: DATA 24 / 02 / NOME DO ALUNO: INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO PORTO Ano lectivo 2009/20010 Estudos de Mercado EXAME: DATA 24 / 02 / 20010 NOME DO ALUNO: Nº INFORMÁTICO: TURMA: PÁG. 1_ PROFESSOR: ÉPOCA: Grupo I (10

Leia mais

Teste de hipóteses. Testes de Hipóteses. Valor de p ou P-valor. Lógica dos testes de hipótese. Valor de p 31/08/2016 VPS126

Teste de hipóteses. Testes de Hipóteses. Valor de p ou P-valor. Lógica dos testes de hipótese. Valor de p 31/08/2016 VPS126 3/8/26 Teste de hipóteses Testes de Hipóteses VPS26 Ferramenta estatística para auxiliar no acúmulo de evidências sobre uma questão Média de glicemia de um grupo de animais é diferente do esperado? Qual

Leia mais

AULA 04 Teste de hipótese

AULA 04 Teste de hipótese 1 AULA 04 Teste de hipótese Ernesto F. L. Amaral 03 de outubro de 2013 Centro de Pesquisas Quantitativas em Ciências Sociais (CPEQS) Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) Universidade Federal

Leia mais

Teste de Hipótese e Intervalo de Confiança

Teste de Hipótese e Intervalo de Confiança Teste de Hipótese e Intervalo de Confiança Suponha que estamos interessados em investigar o tamanho da ruptura em um músculo do ombro... para determinar o tamanho exato da ruptura, é necessário um exame

Leia mais

Revisão sistemática: o que é? Como fazer?

Revisão sistemática: o que é? Como fazer? Revisão sistemática: o que é? Como fazer? Profa Dra Graciele Sbruzzi gsbruzzi@hcpa.edu.br Conteúdos Abordados - O que é revisão sistemática e metanálise? - Etapas para a construção de uma revisão sistemática

Leia mais

Bioestatística e Computação I

Bioestatística e Computação I Bioestatística e Computação I Inferência por Teste de Hipótese Maria Virginia P Dutra Eloane G Ramos Vania Matos Fonseca Pós Graduação em Saúde da Mulher e da Criança IFF FIOCRUZ Baseado nas aulas de M.

Leia mais

Meta-análise: comparação de proporções para o caso de duas amostras independentes

Meta-análise: comparação de proporções para o caso de duas amostras independentes Meta-análise: comparação de proporções para o caso de duas amostras independentes Arminda Lucia Siqueira 1 Edna Afonso Reis 1 Ilka Afonso Reis 1 Luana Sílvia dos Santos 1 Pollyanna Vieira Gomes da Silva

Leia mais

Princípios de Bioestatística

Princípios de Bioestatística 1/19 Princípios de Bioestatística Introdução à Disciplina Enrico A. Colosimo http://www.est.ufmg.br/ enricoc Depto. Estatística - ICEx - UFMG 2/19 Disciplina Bioestatística?? É útil? Precisamos aprendê-la?

Leia mais

AULA 05 Teste de Hipótese

AULA 05 Teste de Hipótese 1 AULA 05 Teste de Hipótese Ernesto F. L. Amaral 03 de setembro de 2012 Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fonte: Triola, Mario F. 2008. Introdução

Leia mais

10/04/2012 ETAPAS NO DELINEAMENTO DO ESTUDO EXPERIMENTAL:

10/04/2012 ETAPAS NO DELINEAMENTO DO ESTUDO EXPERIMENTAL: ESTUDOS EXPERIMENTAIS: A intervenção está sob controle do pesquisador. É possível portanto selecionar de forma aleatória quem vai receber ou não a intervenção. É considerado o delineamento ideal para avaliar

Leia mais

Unidade B Síntese Essencial do Capítulo 4. Estatística: Revelando o Poder dos Dados Lock 5

Unidade B Síntese Essencial do Capítulo 4. Estatística: Revelando o Poder dos Dados Lock 5 Unidade B Síntese Essencial do Capítulo 4 Lock 5 Seção 4.1 Introdução aos Testes de Hipóteses Lock 5 Teste Estatístico Um teste estatístico usa dados de uma amostra para avaliar uma afirmativa sobre uma

Leia mais

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Aula passada Variância amostral Método de Replicações Independentes Aula de hoje Para que serve a inferência estatística? Método dos Momentos Maximum Likehood

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Estatística. Princípios de Bioestatística.

Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Estatística. Princípios de Bioestatística. Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Estatística Inferência Estatística: Inferência Básica Princípios de Bioestatística decidindo na presença de incerteza Aula

Leia mais

DE ESPECIALIZAÇÃO EM ESTATÍSTICA APLICADA)

DE ESPECIALIZAÇÃO EM ESTATÍSTICA APLICADA) 1. Sabe-se que o nível de significância é a probabilidade de cometermos um determinado tipo de erro quando da realização de um teste de hipóteses. Então: a) A escolha ideal seria um nível de significância

Leia mais

7 Teste de Hipóteses

7 Teste de Hipóteses 7 Teste de Hipóteses 7-1 Aspectos Gerais 7-2 Fundamentos do Teste de Hipóteses 7-3 Teste de uma Afirmação sobre a Média: Grandes Amostras 7-4 Teste de uma Afirmação sobre a Média : Pequenas Amostras 7-5

Leia mais

TESTE DE HIPÓTESE. Introdução

TESTE DE HIPÓTESE. Introdução TESTE DE HIPÓTESE Introdução O teste de hipótese estatística objetiva decidir se uma afirmação sobre uma população, usualmente um parâmetro desta, é, ou não, apoiada pela evidência obtida dos dados amostrais.

Leia mais

PROVA DE ESTATÍSTICA SELEÇÃO MESTRADO/UFMG 2006

PROVA DE ESTATÍSTICA SELEÇÃO MESTRADO/UFMG 2006 Instruções para a prova: PROVA DE ESTATÍSTICA SELEÇÃO MESTRADO/UFMG 006 a) Cada questão respondida corretamente vale um ponto. b) Questões deixadas em branco valem zero pontos (neste caso marque todas

Leia mais

AMOSTRAGEM COMPLEXA. Bases de Dados IAN-AF Tutorial para análise ponderada recorrendo aos softwares SPSS e R

AMOSTRAGEM COMPLEXA. Bases de Dados IAN-AF Tutorial para análise ponderada recorrendo aos softwares SPSS e R AMOSTRAGEM COMPLEXA Bases de Dados IAN-AF Tutorial para análise ponderada recorrendo aos softwares SPSS e R 1 Conteúdo Nota introdutória... 3 1. Software SPSS... 4 2. Software R... 16 Referências [1] R

Leia mais

6. NOÇÕES DE INFERÊNCIA ESTATÍSTICA

6. NOÇÕES DE INFERÊNCIA ESTATÍSTICA 6. NOÇÕES DE INFERÊNCIA ESTATÍSTICA 214 Problemas de inferência Inferir significa fazer afirmações sobre algo desconhecido. A inferência estatística tem como objetivo fazer afirmações sobre uma característica

Leia mais

Ajustar Técnica usada na análise dos dados para controlar ou considerar possíveis variáveis de confusão.

Ajustar Técnica usada na análise dos dados para controlar ou considerar possíveis variáveis de confusão. Glossário Ajustar Técnica usada na análise dos dados para controlar ou considerar possíveis variáveis de confusão. Análise de co-variância: Procedimento estatístico utilizado para análise de dados que

Leia mais

UM ESTUDO DO ERRO TIPO II EM UM TESTE DE HIPÓTESES PARA A MÉDIA

UM ESTUDO DO ERRO TIPO II EM UM TESTE DE HIPÓTESES PARA A MÉDIA UM ESTUDO DO ERRO TIPO II EM UM TESTE DE HIPÓTESES PARA A MÉDIA CARRASCO, Cleber Giugioli 1 SILVA, Luciano Amaral da 2 7 Recebido em: 2013-04-29 Aprovado em: 2013-09-29 ISSUE DOI: 10.3738/1982.2278.894

Leia mais

n Sub-títulos n Referências n Métodos: n O que você fez desenho do estudo n Em qual ordem n Como você fez n Por que você fez n Preparação

n Sub-títulos n Referências n Métodos: n O que você fez desenho do estudo n Em qual ordem n Como você fez n Por que você fez n Preparação Como redigir artigos científicos Antônio Augusto Moura da Silva SEXTA AULA n O que você fez, como fez para responder à pergunta n Detalhes avaliar o trabalho e repeti-lo n Idéia geral dos experimentos

Leia mais

Princípios de Bioestatística

Princípios de Bioestatística Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Estatística Princípios de Bioestatística Aula 3: Medidas de Associação entre Variáveis Qualitativas: Risco Relativo Razão

Leia mais

Inferência Estatística:

Inferência Estatística: Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Estatística Inferência Estatística: Princípios de Bioestatística decidindo na presença de incerteza Aula 9: Testes de Hipóteses

Leia mais

Revista Portuguesa. Órgão Oficial da Sociedade Portuguesa de Cirurgia. II Série N. 5 Junho i r u r g i a ISSN

Revista Portuguesa. Órgão Oficial da Sociedade Portuguesa de Cirurgia. II Série N. 5 Junho i r u r g i a ISSN Revista Portuguesa de Cirurgia II Série N. 5 Junho 2008 Revista Portuguesa de i r u r g i a II Série N. 5 Junho 2008 ISSN 1646-6918 Órgão Oficial da Sociedade Portuguesa de Cirurgia ARTIGOS DE REVISÃO

Leia mais

Inferência via abordagens computacionalmente intensivas. Walmes Zeviani

Inferência via abordagens computacionalmente intensivas. Walmes Zeviani Inferência via abordagens computacionalmente intensivas Walmes Zeviani Introdução A lógica dos testes de hipótese frequentistas: 1. Definir a hipótese nula e hipótese alternativa. 2. Determinar uma estatística

Leia mais

Medidas de efeito e impacto em Epidemiologia Nutricional

Medidas de efeito e impacto em Epidemiologia Nutricional Medidas de efeito e impacto em Epidemiologia Nutricional Profª. Drª Marly Augusto Cardoso Departamento de Nutrição, Faculdade de Saúde Pública, USP e-maile mail: marlyac@usp usp.br Delineamento dos Estudos

Leia mais

Professora Ana Hermínia Andrade. Período

Professora Ana Hermínia Andrade. Período Teste de Hipóteses Professora Ana Hermínia Andrade Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Estudos Sociais Departamento de Economia e Análise Período 2016.1 Teste de Hipóteses O Teste de Hipóteses

Leia mais

Teste de hipóteses para proporção populacional p

Teste de hipóteses para proporção populacional p Teste de hipóteses para proporção populacional p 1 Métodos Estatísticos Métodos Estatísticos Estatística Descritiva Inferência Estatística Estimação Teste de Hipóteses 2 TESTE DE HIPÓTESES Eu acredito

Leia mais

Universidade Federal de Pernambuco Departamento de Estatística Inferência Estatística 2 (ET593) Fases de uma Análise Estatística

Universidade Federal de Pernambuco Departamento de Estatística Inferência Estatística 2 (ET593) Fases de uma Análise Estatística Universidade Federal de Pernambuco Departamento de Estatística Inferência Estatística 2 (ET593) Fases de uma Análise Estatística Dados Organização Estatística Descritiva Interpretação Os Dados vêm da amostra

Leia mais

Modelagem e Análise de Sistemas - COS767

Modelagem e Análise de Sistemas - COS767 Modelagem e Análise de Sistemas - COS767 Aula passada Maximum Likehood Estimator (MLE) Teste de hipótese: definições, teste com relação a média Aula de hoje Teste de hipótese: relação entre os tipos de

Leia mais

O USO NEGLIGENCIADO DO VALOR-P

O USO NEGLIGENCIADO DO VALOR-P O USO NEGLIGENCIADO DO VALOR-P Paulo Nicola Unidade de Epidemiologia Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa O USO NEGLIGENCIADO DO VALOP-P- Paulo

Leia mais

Teste de Hipóteses. Enrico A. Colosimo/UFMG enricoc/ Depto. Estatística - ICEx - UFMG 1/24

Teste de Hipóteses. Enrico A. Colosimo/UFMG  enricoc/ Depto. Estatística - ICEx - UFMG 1/24 1/24 Introdução à Bioestatística Teste de Hipóteses Enrico A. Colosimo/UFMG http://www.est.ufmg.br/ enricoc/ Depto. Estatística - ICEx - UFMG 2/24 Exemplo A concentração de certa substância no sangue entre

Leia mais

Considerações. Planejamento. Planejamento. 3.3 Análise de Variância ANOVA. 3.3 Análise de Variância ANOVA. Estatística II

Considerações. Planejamento. Planejamento. 3.3 Análise de Variância ANOVA. 3.3 Análise de Variância ANOVA. Estatística II UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CAMPUS DE JI-PARAN PARANÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL Estatística II Aula 8 Profa. Renata G. Aguiar Considerações Coleta de dados no dia 18.05.2010. Aula extra

Leia mais

Exercício 5 Fundamentos de Bioestatística

Exercício 5 Fundamentos de Bioestatística XVI Curso de Revisão de Tópicos de Epidemiologia, Bioestatística e Bioética Exercício 5 Fundamentos de Bioestatística Regente Dr. Mário B. Wagner, MD PhD DLSHTM Prof. FAMED/UFRGS e PUCRS 2016 Porto Alegre,

Leia mais

Associação entre variáveis categóricas e IC95%

Associação entre variáveis categóricas e IC95% Associação entre variáveis categóricas e IC95% Andréa Homsi Dâmaso Programa de pós-graduação em Epidemiologia UFPEL Biotecnologia: Bioestatística e Delineamento Experimental Aula de hoje Teste do qui-quadrado

Leia mais

Aula 10. Fundamentos Téoricos da Inferência por Verossimilhança

Aula 10. Fundamentos Téoricos da Inferência por Verossimilhança Aula 10 Fundamentos Téoricos da Inferência por Verossimilhança Conceitos Lei da Verossimilhança Princípio da verossimilhança Abordagem baseada em valor de evidência Comparação com abordagem frequentista

Leia mais

Estimação parâmetros e teste de hipóteses. Prof. Dr. Alberto Franke (48)

Estimação parâmetros e teste de hipóteses. Prof. Dr. Alberto Franke (48) Estimação parâmetros e teste de hipóteses Prof. Dr. Alberto Franke (48) 91471041 Intervalo de confiança para média É um intervalo em que haja probabilidade do verdadeiro valor desconhecido do parâmetro

Leia mais

Teste de Hipóteses = 0 = 0

Teste de Hipóteses = 0 = 0 Teste de Hipóteses Nos estudos analíticos, além da descrição estatística, às vezes é necessário tomar uma decisão. O teste de hipóteses é um procedimento estatístico que tem por objetivo ajudar o pesquisador,

Leia mais

Princípios de Bioestatística

Princípios de Bioestatística Princípios de Bioestatística Cálculo de Tamanho de Amostra Enrico A. Colosimo/UFMG http://www.est.ufmg.br/ enricoc/ Depto. Estatística - ICEx - UFMG 1 / 31 2 / 31 Cálculo de Tamanho de Amostra Parte fundamental

Leia mais

Estudos clínicos. Firmino Machado, MD, MSc Statistics, PhDc

Estudos clínicos. Firmino Machado, MD, MSc Statistics, PhDc Estudos clínicos Bases de investigação clínica para médicos Firmino Machado, MD, MSc Statistics, PhDc e: firmino.firminomachado@gmail.com; t: 910961236 f: www.facebook.com/speedstatistics w: www.speedstatistics.com

Leia mais

Determinação do tamanho amostral: uma abordagem genuinamente Bayesiana

Determinação do tamanho amostral: uma abordagem genuinamente Bayesiana Determinação do tamanho amostral: uma abordagem genuinamente Bayesiana Edney Luís Oliveira Fernandes, Maria Regina Madruga Tavares, Programa de Pós-Graduação em Matemática e Estatística, ICEN, UFPA, 66610-190,

Leia mais

NOÇÕES DE TESTE DE HIPÓTESES (II)

NOÇÕES DE TESTE DE HIPÓTESES (II) NOÇÕES DE TESTE DE HIPÓTESES (II) Teste de Hipóteses sobre p Nível Descritivo 1 Resumo X ~ binomial (n; p ) (1) Estabelecer as hipóteses sobre p: H: p = p 0 x A: p p 0 ; (ou A: p p 0, ou A: p p 0 ) (2)

Leia mais

AULA 11 Teste de Hipótese

AULA 11 Teste de Hipótese 1 AULA 11 Teste de Hipótese Ernesto F. L. Amaral 20 de setembro de 2012 Metodologia de Pesquisa (DCP 854B) Fonte: Triola, Mario F. 2008. Introdução à estatística. 10 ª ed. Rio de Janeiro: LTC. Capítulo

Leia mais

Testes de Hipóteses: Média e proporção

Testes de Hipóteses: Média e proporção Testes de Hipóteses: Média e proporção Lucas Santana da Cunha email: lscunha@uel.br http://www.uel.br/pessoal/lscunha/ 12 de setembro de 2018 Londrina 1 / 27 Viu-se a construção de intervalos de confiança

Leia mais

Questão clínica: Tratamento/prevenção. Estudos de intervenção (experimentais) Ensaios clínicos randomizados

Questão clínica: Tratamento/prevenção. Estudos de intervenção (experimentais) Ensaios clínicos randomizados Questão clínica: Tratamento/prevenção Estudos de intervenção (experimentais) Ensaios clínicos randomizados Questões referentes a tratamento e prevenção Diante do uso de um novo tratamento ou uma nova vacina,

Leia mais

Módulo 16- Análise de Regressão

Módulo 16- Análise de Regressão Módulo 6 Análise de Regressão Módulo 6- Análise de Regressão Situação Problema Um grupo de investidores estrangeiros deseja aumentar suas atividades no Brasil. Considerando a conjuntura econômica de moeda

Leia mais

Revisão Sistemática / Metanálise Fundamentos

Revisão Sistemática / Metanálise Fundamentos Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Ciências da Saúde Faculdade de Medicina / Instituto de Estudos em Saúde Coletiva - IESC Departamento Medicina Preventiva Disciplina de Epidemiologia Revisão

Leia mais

b. Determine o tamanho amostral de forma a ter uma precisão da prevalência (global) de 3%;

b. Determine o tamanho amostral de forma a ter uma precisão da prevalência (global) de 3%; Curso APIC, 2010 Aula Prática I Modulo II Cálculo do Tamanho Amostral EXERCÍCIO I Pretende-se fazer um estudo de prevalência de HPV nas mulheres portuguesas. Para efeitos de cálculo do tamanho da amostra

Leia mais

Testes de Hipótese para uma única Amostra - parte I

Testes de Hipótese para uma única Amostra - parte I Testes de Hipótese para uma única Amostra - parte I 26 de Junho de 2014 Objetivos Ao final deste capítulo você deve ser capaz de: Estruturar problemas de engenharia como testes de hipótese. Entender os

Leia mais

AUSÊNCIA DE EFEITO DO ÔMEGA-3 NA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES

AUSÊNCIA DE EFEITO DO ÔMEGA-3 NA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES AUSÊNCIA DE EFEITO DO ÔMEGA-3 NA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES AUSÊNCIA DE EFEITO DO ÔMEGA-3 NA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES A suplementação de ácidos graxos polinsaturados ômega-3 é

Leia mais

Testes de Hipóteses I

Testes de Hipóteses I Testes de Hipóteses I Capítulo 12, Estatística Básica (Bussab&Morettin, 8a Edição) 5a AULA 23/04/2015 MAE229 - Ano letivo 2015 Lígia Henriques-Rodrigues 1. Introdução Neste capítulo pretendemos resolver

Leia mais

Bioestatística INFERÊNCIA ESTATÍSTICA. Silvia Shimakura

Bioestatística INFERÊNCIA ESTATÍSTICA. Silvia Shimakura Bioestatística INFERÊNCIA ESTATÍSTICA Silvia Shimakura AMOSTRAS E POPULAÇÕES Inferências sobre populações são geralmente feitas a partir de informações obtidas de amostras. amostras Válido se a amostra

Leia mais

Aula 8 - Testes de hipóteses

Aula 8 - Testes de hipóteses Aula 8 - Testes de hipóteses PhD. Wagner Hugo Bonat Laboratório de Estatística e Geoinformação-LEG Universidade Federal do Paraná 1/2017 Bonat, W. H. (LEG/UFPR) 1/2017 1 / 1 Testes de hipóteses Exemplo

Leia mais

1 Probabilidade - Modelos Probabilísticos

1 Probabilidade - Modelos Probabilísticos 1 Probabilidade - Modelos Probabilísticos Modelos probabilísticos devem, de alguma forma, 1. identificar o conjunto de resultados possíveis do fenômeno aleatório, que costumamos chamar de espaço amostral,

Leia mais

Uma Introdução à Lógica da Modelagem Estatística

Uma Introdução à Lógica da Modelagem Estatística BIE5781 Aula 1 Uma Introdução à Lógica da Modelagem Estatística Inferência clássica x modelagem Testes de Significância Zar (1999) Biostatistical Analysis t de Student t = X Ȳ s exy William Gosset (1876-1937)

Leia mais

Testes t para comparação de médias de dois grupos independentes

Testes t para comparação de médias de dois grupos independentes Testes t para comparação de médias de dois grupos independentes Acadêmicas do curso de Zootecnia - Aline Cristina Berbet Lopes Amanda da Cruz Leinioski Larissa Ceccon Universidade Federal do Paraná UFPR/2015

Leia mais

Exame de Recorrência de Métodos Estatísticos. Departamento de Matemática Universidade de Aveiro

Exame de Recorrência de Métodos Estatísticos. Departamento de Matemática Universidade de Aveiro Exame de Recorrência de Métodos Estatísticos Departamento de Matemática Universidade de Aveiro Data: 6/6/6 Duração: 3 horas Nome: N.º: Curso: Regime: Declaro que desisto Classificação: As cotações deste

Leia mais

PODER DO TESTE. Poder do Teste e Tamanho de Amostra para Testes de Hipóteses

PODER DO TESTE. Poder do Teste e Tamanho de Amostra para Testes de Hipóteses PODER DO TESTE Poder do Teste e Tamanho de Amostra para Testes de Hipóteses 1 2 Tipos de erro num teste estatístico Realidade (desconhecida) Decisão do teste aceita H 0 rejeita H 0 H 0 verdadeira decisão

Leia mais

Objetivos. Testes não-paramétricos

Objetivos. Testes não-paramétricos Objetivos Prof. Lorí Viali, Dr. http://www.pucrs.br/famat/viali/ viali@pucrs.br Testar o valor hipotético de um parâmetro (testes paramétricos) ou de relacionamentos ou modelos (testes não paramétricos).

Leia mais

Estatística II Licenciatura em Gestão. Parte I

Estatística II Licenciatura em Gestão. Parte I Estatística II Licenciatura em Gestão 1 o semestre 2015/2016 ER - 03/02/2016 09:00 Nome N o Espaço reservado a classificações A utilização do telemóvel, em qualquer circunstância, é motivo suficiente para

Leia mais

TESTES DE HIPÓTESES. Lucas Santana da Cunha Universidade Estadual de Londrina

TESTES DE HIPÓTESES. Lucas Santana da Cunha     Universidade Estadual de Londrina TESTES DE HIPÓTESES Lucas Santana da Cunha email: lscunha@uel.br http://www.uel.br/pessoal/lscunha/ Universidade Estadual de Londrina 26 de setembro de 2016 Introdução Viu-se a construção de intervalos

Leia mais

INFERÊNCIA ESTATÍSTICA. ESTIMAÇÃO PARA A PROPORÇÃO POPULACIONAL p

INFERÊNCIA ESTATÍSTICA. ESTIMAÇÃO PARA A PROPORÇÃO POPULACIONAL p INFERÊNCIA ESTATÍSTICA ESTIMAÇÃO PARA A PROPORÇÃO POPULACIONAL p Objetivo Estimar uma proporção p (desconhecida) de elementos em uma população, apresentando certa característica de interesse, a partir

Leia mais

Estatística descritiva

Estatística descritiva Estatística descritiva Para que serve a estatística? Qual o seu principal objectivo? obter conclusões sobre a população usando uma amostra? População Amostragem Amostra Uma ou mais variáveis (X) são observadas

Leia mais

Testes de hipóteses com duas amostras CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ESTATÍSTICA APLICADA. Módulo: ESTIMATIVA E TESTE DE HIPÓTESE.

Testes de hipóteses com duas amostras CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ESTATÍSTICA APLICADA. Módulo: ESTIMATIVA E TESTE DE HIPÓTESE. CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ESTATÍSTICA APLICADA Módulo: ESTIMATIVA E TESTE DE HIPÓTESE slide Testes de hipóteses com duas amostras slide Larson/Farber 4th ed Descrição - Testar a diferença entre médias

Leia mais

Avaliando Hipóteses. George Darmiton da Cunha Cavalcanti Tsang Ing Ren CIn/UFPE

Avaliando Hipóteses. George Darmiton da Cunha Cavalcanti Tsang Ing Ren CIn/UFPE Avaliando Hipóteses George Darmiton da Cunha Cavalcanti Tsang Ing Ren CIn/UFPE Pontos importantes Erro da Amostra e Erro Real Como Calcular Intervalo de Confiança Erros de hipóteses Estimadores Comparando

Leia mais

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Aula passada Para que serve a inferência estatística? Método dos Momentos Maximum Likehood Estimator (MLE) Teste de hipótese: definições Aula de hoje Teste

Leia mais

Notas de aula Testes de Hipóteses. Idemauro Antonio Rodrigues de Lara

Notas de aula Testes de Hipóteses. Idemauro Antonio Rodrigues de Lara Notas de aula Testes de Hipóteses Idemauro Antonio Rodrigues de Lara 1. Fundamentos O que é uma hipótese? HIPÓTESE GREGA PROPOSIÇÃO. PALAVRA DE ORIGEM BASE, FUNDAMENTO, Hipótese Pensamento indutivo Inferência

Leia mais

Introdução à Bioestatística Turma Nutrição

Introdução à Bioestatística Turma Nutrição Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Estatística Introdução à Bioestatística Turma Nutrição Aula 9: Testes de Hipóteses - Conceitos Básicos e Testes para Média

Leia mais

Tratamento de dados em Física

Tratamento de dados em Física Tratamento de dados em Física Métodos e testes estatísticos V. Oguri Departamento de Física Nuclear e Altas Energias (DFNAE) Programa de Pós-graduação em Física (PPGF) Instituto de Física Armando Dias

Leia mais

Medidas de Associação-Efeito. Teste de significância

Medidas de Associação-Efeito. Teste de significância Medidas de Associação-Efeito Teste de significância 1 O método Epidemiológico estudos descritivos Epidemiologia descritiva: Observação da frequência e distribuição de um evento relacionado à saúde-doença

Leia mais

PONTO DE VISTA / VIEWPOINT

PONTO DE VISTA / VIEWPOINT PONTO DE VISTA / VIEWPOINT ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO: VERDADEIRO OU FALSO? RANDOMIZED CLINICAL TRIAL: TRUE OR FALSE? A fé independe da ciência, mas a ciência depende da fé. Reinaldo José Gianini* Recente

Leia mais