Parentalidades: o ter(ser) dos discursos, as histórias e as narrativas actuais.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Parentalidades: o ter(ser) dos discursos, as histórias e as narrativas actuais."

Transcrição

1 Vamos Falar de... Parentalidades: o ter(ser) dos discursos, as histórias e as narrativas actuais. Maria da Graça Torres Silva e Lília Brito Psicólogas do Departamento de Psicologia Clínica da Maternidade Dr. Alfredo da Costa Um grande número de pessoas passa pela experiência de ter filhos e é inquestionável que todos fomos gerados e ainda temos ou já tivemos pais. Nas consultas de Psicologia da Maternidade Dr. Alfredo da Costa ouvimos com frequência este desabafo por parte das mulheres: Enganou-me, engravidei, e estou a viver em casa dos meus próprios pais ou Estou sozinha a cuidar dos meus filhos. Por seu lado, alguns homens lamentam-se: A minha mulher não me deixa tratar do meu filho. Só ela é que sabe. Só tenho direito a trocar fraldas. No caso de voltarem a constituir família, os casais com filhos de casamentos ou ligações anteriores queixam-se do enorme cansaço provocado pela atenção a dar a uma família tão numerosa. Bornstein (1995) descreve diferentes tipos de pais ou parentalidades, a saber: pais de famílias tradicionais, pais separados, pais solteiros, pais adolescentes, pais adoptivos e pais homossexuais, tipos estes que implicam diferentes modos de cuidar e de prestar cuidados. Este mesmo autor descreve também quatro tipo de funções essenciais dos educadores: a prestação de cuidados alimentares, materiais, sociais e didácticos 1. As tarefas principais dos pais não se resumem à sobrevivência e à garantia de condições para que as crianças se desenvolvam dentro e fora do espaço familiar. É 1 Prestar cuidados alimentares de modo a responder às necessidades físicas e psíquicas das crianças; cuidados materiais que permitem construir e organizar o mundo físico da criança; prestar cuidados sociais é promover uma variedade de comportamentos nas trocas interpessoais; prestar cuidados didácticos consiste numa variedade de estratégias que se usam na estimulação da criança para que o mundo seja alargado para além da díade pai-criança. 1

2 também muito importante o estabelecer de uma primeira relação afectiva significativa e de outras relações de qualidade que perdurem no tempo. Numa perspectiva actual, há assim diferentes pais, estilos, práticas e papéis parentais. Ou seja, há diferentes formas de exercer a parentalidade. No entanto, os discursos (modelos e teorias) acerca dos papéis, funções e a sua importância para o desenvolvimento da criança não são recentes. Na história da psicanálise apercebemo-nos de uma série de mudanças na forma como o relevo é dado a cada um dos parceiros das interacções familiares e deste impacto em termos do desenvolvimento psicoafectivo da criança. Abraham foi o primeiro analista a assinalar a importância da relação precoce entre a criança e a mãe. Para este autor, no estádio de relação mais precoce a criança não consegue diferenciar-se entre ela própria e o objecto exterior, mãe. Freud, no início da sua obra em 1949, salienta o longo período de dependência infantil do ser humano face aos progenitores, não apenas em termos de subsistência física mas também psíquica. Nesta dependência prolongada dos objectos parentais, os primeiros modelos de referência são a mãe e o pai. Em 1950, Erickson refere que as experiências proporcionadas pelos pais têm repercussões no desenvolvimento ao longo dos vários estádios que postula (confiança versus desconfiança; autonomia versus dependência, etc). Para Klein, a mãe é a cena, o alvo dos deslocamentos e impulsos. A mãe ocupa o espaço central. O sujeito depende, para viver, do seio que satisfaz e que demonstra a sua presença ou ausência. A mãe kleiniana é assim uma mãe fálica. Winnicott introduz a influência do meio no desenvolvimento psíquico do ser humano. O meio é representado no início da vida do bebé pela mãe ou um dos seus substitutos. Mãe e bebé são um só. Num período de dependência absoluta do bebé ao se adaptar às suas necessidades com uma atitude de preocupação maternal primária, a mãe permite o livre desenvolvimento dos seus processos de maturação. É a mãe com capacidades de holding e handling, a mãe dita suficientemente boa que permite desenvolver o sentimento de continuidade de existência e que faz a apresentação do mundo à criança. Mãe que se ocupa e brinca com o seu bebé e este que reconhece o seu rosto, a sua voz, as suas atitudes. Mas, desenvolvimento é também separação da mãe com a ajuda do pai. 2

3 Para Dolto, ambos os pais são responsáveis pela coesão narcísica da criança. O bebé inscreve-se num espaço afectivo triangular, fruto de três desejos: do pai, da mãe e do seu. A mulher para Dolto não é mãe senão através do homem. Pai e mãe exercem papéis e funções diferentes. No início, a mãe é a pessoa única e necessária tendo uma relação privilegiada com o bebé. Depois é mediadora dos outros. Há um outro para lá da díade. O pai que inscreve depois a criança no social. Bion retoma o debate sobre as qualidades maternas: fala da capacidade de sonhar (rêverie), da função continente e transformadora, e relembra a importância das experiências emocionais. Podemos sintetizar que mãe-função materna, pai-função paterna interiorizam-se através dos diferentes estilos relacionais estabelecidos com a criança. A mãe é o objecto de dependência e suporte e a sua retirada, se bem realizada, permite organizar a capacidade de separação e conduz à abertura da criança para o mundo exterior. Leva à curiosidade pelo diferente. A mãe possibilita o desenvolvimento, mas com o pai por perto. Ser pai é assim ser o diferente, mas ser reconhecido, primeiro, como duplo materno. São estas as referências da Psicanálise. Mas não podemos deixar de referir, também nos anos 50, a preocupação da Psicologia em determinar quais as componentes e características do ambiente precoce da criança que são determinantes para o seu desenvolvimento emocional e social. Relembramos os trabalhos de John Bowlby, Mary Ainsworth, Boston e Rosenbluth sobre os efeitos da separação precoce mãe-bebé. Nos anos 60, surgem novamente os trabalhos de Bowlby e Ainsworth sobre a vinculação. Nos anos 70, o interesse volta-se para a descoberta dos comportamentos e das interacções que possibilitam o estabelecer dessa vinculação. É o encontro dos trabalhos de Berry Brazelton (1963), Stern (1971), Bertrand Cramer (1981) e Serge Lebovici (1983). E, a partir desta década reconhece-se o carácter comunicativo e competente do bebé, as competências da mãe, do pai e as influências do meio. Estudam-se igualmente os processos em que se estabelecem as díades, Shaffer, A importância das tríades ou políades - mãe, pai, bebé - tem sido assinalada recentemente por Carboz-Warnery, Fivoz-Depeusinge, Bettens e Favez, 1992, e Figueiredo,

4 E, assim, cada vez mais se constata e teoriza que o desenvolvimento e as competências do bebé resultam dos efeitos directos e indirectos das funções parentais e que estas também são reguladas pelo próprio bebé. É o humor e a atenção da mãe, o toque, o embalar e o sorrir que predizem certos comportamentos e competências do bebé. Para Cowan & Cowan, 1992, a qualidade das interacções é influenciada pelos seguintes factores: efeitos da comunicação, suporte marital e qualidade da relação conjugal, crenças dos pais acerca de si como pais e das suas capacidades de criar e educar. Segundo as investigações de Bornstein, Maital e Tal, 1994, as mães passam mais tempo em interacção com os seus bebés do que os pais, e estes, em contrapartida, apresentam diferentes tipos de interacção com os seus filhos. As mães beijam, falam, embalam, pegam e seguram mais os seus filhos do que os pais. Estão mais associadas aos cuidados prestados aos bebés enquanto que os pais são, sobretudo, identificados com as interacções para brincar. Os pais têm envolvimentos mais físicos, enquanto que as mães são mais convencionais nas actividades exercidas. Os pais exercem o papel de estimuladores embora saibam menos sobre as necessidades dos seus filhos. Para além disso, aguardam que os chamem para ajudar a cuidar da criança, requerendo orientações explícitas para completar tarefas básicas. Este envolvimento mais limitado por parte dos pais é contudo valorizado pelos vários autores como uma competência importante. Todos estes aspectos relacionados com a parentalidade acabam por se manifestar no espaço institucional, hospitalar, de uma Maternidade. As consultas na Maternidade Dr. Alfredo da Costa tornam-se assim num espaço privilegiado de encontros por vezes reduzidos a quatro, cinco ou mais consultas espaçadas no tempo com os pais e a criança. São consultas que se iniciam geralmente no momento do internamento e de dar à luz, e que se estendem ao espaço da consulta de pediatria. As histórias e narrativas (dimensão subjectiva) emergem nesse espaço de consultas terapêuticas as quais se constituem momentos de transformação e mudança nas relações e inter-relações precoces construídas a partir das experiências emocionais num tempo específico e único. 4

5 É nestas consultas que os pais se apercebem das diferentes maneiras como se sentem: ser pais, mães e casais. Todos estes evoluíres se traduzem nos diferentes modos de exercer novas parentalidades. As linhas, os fios e as teias que perduram nos imaginários, histórias e narrativas dos pais são partilhados em diferentes contextos: nas enfermarias, na sala de cuidados intensivos e intermédios e no espaço da consulta de pediatria. As reconstruções do passado, as transformações do presente e as elaborações de um futuro que são possíveis de acontecer surgem frequentemente em frases do tipo: Foi uma gravidez terrível, cheia de medos e espectativas ; Tenho de perceber que o meu bebé é diferente e está na sala de cuidados intensivos, É injusto que aconteça connosco, Espero que tudo corra bem; quando sair e que o meu bebé não me associe a tudo o que de mal lhe está a acontecer. O nosso trabalho na Maternidade Dr. Alfredo da Costa é orientado por um interesse crescente pelas interacções mães-pais-bebés (políades), funções de cada um e dimensões positivas de transformação, em contraponto com os aspectos psicopatológicos das díades e interacções observáveis. O nosso projecto psicoterapêutico consiste sobretudo em trabalhar com os pais a sua capacidade de pensar, devolver-lhes a confiança e a competência enquanto pais; transmitir-lhes esperança; fazê-los aceitar os aspectos positivos da incerteza, do desconhecido, do desenvolvimento, da vida e, finalmente, fazer com que reencontrem a capacidade de sonhar e acreditar. 5

FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE

FORMAÇÃO DE VÍNCULO ENTRE PAIS E RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE NEONATAL: O PAPEL DA EQUIPE DE SAÚDE ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO A formação do vínculo entre os pais e o filho pode ser afetada pela internação do recém-nascido em uma Unidade Neonatal. A equipe tem papel importante na facilitação do estabelecimento

Leia mais

Ψ AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE OLIVEIRA

Ψ AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE OLIVEIRA Ψ AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE OLIVEIRA DE FRADES PSICOLOGIA B 12º ANO 2º Teste Ano lectivo 2010/2011 A prova é constituída por três grupos de itens: - O Grupo I testa objectivos de conhecimento, de compreensão

Leia mais

primas_primas.qxd :37 Página 1 E S T U D O S 8

primas_primas.qxd :37 Página 1 E S T U D O S 8 E S T U D O S 8 C R I A N Ç A S ( E P A I S ) E M R I S C O A edição deste livro é parcialmente subsidiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia TÍTULO: CRIANÇAS (E PAIS) EM RISCO EDITOR: ANTÓNIO

Leia mais

PARA QUE SERVE A CRECHE E A PRÉ- ESCOLA = FINALIDADE NA SOCIEDADE: QUAL SEU PAPEL / FUNÇÃO DIANTE DA CRIANÇAS E DE SUAS FAMÍLIAS

PARA QUE SERVE A CRECHE E A PRÉ- ESCOLA = FINALIDADE NA SOCIEDADE: QUAL SEU PAPEL / FUNÇÃO DIANTE DA CRIANÇAS E DE SUAS FAMÍLIAS ENTÃO, VAMOS REFLETIR E TOMAR DECISÕES SOBRE: PARA QUE SERVE A CRECHE E A PRÉ- ESCOLA = FINALIDADE NA SOCIEDADE: QUAL SEU PAPEL / FUNÇÃO DIANTE DA CRIANÇAS E DE SUAS FAMÍLIAS QUAIS OS OBJETIVOS = O QUE

Leia mais

O DESENVOLVIMENTO HUMANO SOB A PERSPECTIVA DE BION E WINNICOTT

O DESENVOLVIMENTO HUMANO SOB A PERSPECTIVA DE BION E WINNICOTT O DESENVOLVIMENTO HUMANO SOB A PERSPECTIVA DE BION E WINNICOTT Carla Maria Lima Braga Inicio a minha fala agradecendo o convite e me sentindo honrada de poder estar aqui nesta mesa com o Prof. Rezende

Leia mais

PERÍODO EDIPIANO. Salomé Vieira Santos. Psicologia Dinâmica do Desenvolvimento

PERÍODO EDIPIANO. Salomé Vieira Santos. Psicologia Dinâmica do Desenvolvimento PERÍODO EDIPIANO Salomé Vieira Santos Psicologia Dinâmica do Desenvolvimento Março de 2017 Fases do Desenvolvimento Psicossexual Ao longo do desenvolvimento (bb-adolescente) ocorrem mudanças marcantes:

Leia mais

Acção de (in)formação sobre Parentalidade Positiva, Alienação Parental e Igualdade Parental 16 de Março, Montijo

Acção de (in)formação sobre Parentalidade Positiva, Alienação Parental e Igualdade Parental 16 de Março, Montijo Acção de (in)formação sobre Parentalidade Positiva, Alienação Parental e Igualdade Parental 16 de Março, Montijo PARENTALIDADE PARENTALIDADE Não nascemos pais e mães, tornamo-nos pais e mães... A parentalidade

Leia mais

com que seja possível, dia após dia, reconhecer que continuamos a ser a mesma pessoa e eu o mundo ainda é o nosso mundo.

com que seja possível, dia após dia, reconhecer que continuamos a ser a mesma pessoa e eu o mundo ainda é o nosso mundo. 1-Mostra como a dimensão social e cultural é determinante no processo de tornar-se humano. Para se tornar humano, este tem que passar por processos de aprendizagens de formas partilhadas e reconhecíveis

Leia mais

2. A importância da relação primária

2. A importância da relação primária 19 2. A importância da relação primária O estudo da psicologia infantil começou a desenvolver-se no final da década de 40, com a observação direta de crianças e suas mães (Brazelton e Cramer, 1992). Freud

Leia mais

Resumo e Reflexão do artigo: Descobrir o princípio alfabético, por Ana Cristina Silva

Resumo e Reflexão do artigo: Descobrir o princípio alfabético, por Ana Cristina Silva Instituto Politécnico de Setúbal Escola Superior de Educação Licenciatura em Educação Básica - 3º ano, turma B U.C.: Introdução à Didáctica do Português Docentes: Helena Camacho 2009/2010 Resumo e Reflexão

Leia mais

Título: A propósito de um caso de adaptação da mãe e do bebé ao contexto VIH. Autores: Casas, C., Rocha, G., Pinto, I., Gomes, R.

Título: A propósito de um caso de adaptação da mãe e do bebé ao contexto VIH. Autores: Casas, C., Rocha, G., Pinto, I., Gomes, R. Título: A propósito de um caso de adaptação da mãe e do bebé ao contexto VIH. Autores: Casas, C., Rocha, G., Pinto, I., Gomes, R. Instituição: Hospital Pediátrico de Coimbra Caso 1 A relação de interacção

Leia mais

Projecto de Lei n.º 1092/XIII/4.ª. Exposição de motivos

Projecto de Lei n.º 1092/XIII/4.ª. Exposição de motivos Projecto de Lei n.º 1092/XIII/4.ª Altera a Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, que aprova o Código do Trabalho, o Decreto-Lei n.º 89/2009 e o Decreto-Lei n.º 91/2009, ambos de 9 de abril, alargando a licença

Leia mais

SUMÁRIO... TERAPIA DO ESQUEMA & TEORIA DO APEGO 29/08/2016 JACQUELINE LEÃO CRP TERAPIA DO ESQUEMA UMA ABORDAGEM INTEGRATIVA

SUMÁRIO... TERAPIA DO ESQUEMA & TEORIA DO APEGO 29/08/2016 JACQUELINE LEÃO CRP TERAPIA DO ESQUEMA UMA ABORDAGEM INTEGRATIVA TERAPIA DO ESQUEMA & TEORIA DO APEGO JACQUELINE LEÃO CRP 152022 SUMÁRIO... 1. TERAPIA DO ESQUEMA UMA ABORDAGEM INTEGRATIVA 2. TERAPIA DO APEGO HISTÓRIA E PERSONAGENS 3. TEORIA DO APEGO CONCEITOS GERAIS

Leia mais

8 Os contextos afectam os comportamentos dos indivíduos. Explica esta afirmação. O contexto de vida de cada um, o conjunto dos seus sistemas

8 Os contextos afectam os comportamentos dos indivíduos. Explica esta afirmação. O contexto de vida de cada um, o conjunto dos seus sistemas 1 Quais as principais características do modelo ecológico do desenvolvimento humano? A perspectiva ecológica do desenvolvimento humano encara-o como um processo que decorre ao longo do tempo e a partir

Leia mais

COMO DETECTAR PROBLEMAS AUDITIVOS PRECOCES EM SEU BEBÊ

COMO DETECTAR PROBLEMAS AUDITIVOS PRECOCES EM SEU BEBÊ COMO DETECTAR PROBLEMAS AUDITIVOS PRECOCES EM SEU BEBÊ Para uma criança, a audição e a fala são ferramentas essenciais para aprender, brincar e desenvolver habilidades sociais. As crianças aprendem a se

Leia mais

Cristina almeida. Psicóloga escolar

Cristina almeida. Psicóloga escolar Cristina almeida Psicóloga escolar 1. Desenvolvimento infantil-aula 1 e 2. 2. Limites-regras. 3. Desenvolvimento emocional. Pensar e sentir: ações ligadas entre si. Dimensão emocional. Dimensão social.

Leia mais

O Papel da Psicologia e dos Psicólogos na Natalidade e no Envelhecimento Activo

O Papel da Psicologia e dos Psicólogos na Natalidade e no Envelhecimento Activo O Papel da Psicologia e dos Psicólogos na Natalidade e no Envelhecimento Activo # Categoria # Autoria # Documento Outros Gabinete de Estudos OPP Junho 2018 Lisboa O Papel da Psicologia e dos Psicólogos

Leia mais

Parentalidade Ter um filho não nos torna mães ou pais Competências parentais Palavras chave Inteligência emocional

Parentalidade Ter um filho não nos torna mães ou pais Competências parentais Palavras chave Inteligência emocional Parentalidade Ter um filho não nos torna mães ou pais A Parentalidade é uma visão integral do desenvolvimento da criança, dos pais e da família, proposta em França pelo psiquiatra infantil Serge Lebovici,

Leia mais

seguiam a corrente clássica de análise tinham como norma tratar da criança sem fazer

seguiam a corrente clássica de análise tinham como norma tratar da criança sem fazer 122 4. DISCUSSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante muitos anos, na história da psicanálise de crianças, os analistas que seguiam a corrente clássica de análise tinham como norma tratar da criança sem fazer

Leia mais

Licenciatura em Serviço Social. Intervenção Social na Infância, Adolescência e Velhice. Ano letivo 2014/2015

Licenciatura em Serviço Social. Intervenção Social na Infância, Adolescência e Velhice. Ano letivo 2014/2015 Licenciatura em Serviço Social Intervenção Social na Infância, Adolescência e Velhice Ano letivo 2014/2015 Risco e crise familiar como base de intervenção social DA ESTABILIDADE TRADICIONAL À INSTABILIDADE

Leia mais

a condição para o surgimento de um verdadeiro símbolo não é de natureza intelectual, mas afetiva. Ferenczi (1913) - Ontogenese dos Símbolos

a condição para o surgimento de um verdadeiro símbolo não é de natureza intelectual, mas afetiva. Ferenczi (1913) - Ontogenese dos Símbolos a condição para o surgimento de um verdadeiro símbolo não é de natureza intelectual, mas afetiva. Ferenczi (1913) - Ontogenese dos Símbolos APRESENTAÇÃO No mês de setembro deste ano de 2018 completaram-se

Leia mais

INTRODUÇÃO À PSICOPATOLOGIA PSICANALÍTICA. Profa. Dra. Laura Carmilo granado

INTRODUÇÃO À PSICOPATOLOGIA PSICANALÍTICA. Profa. Dra. Laura Carmilo granado INTRODUÇÃO À PSICOPATOLOGIA PSICANALÍTICA Profa. Dra. Laura Carmilo granado Pathos Passividade, paixão e padecimento - padecimentos ou paixões próprios à alma (PEREIRA, 2000) Pathos na Grécia antiga Platão

Leia mais

A contribuição winnicottiana à teoria do complexo de Édipo e suas implicações para a

A contribuição winnicottiana à teoria do complexo de Édipo e suas implicações para a A contribuição winnicottiana à teoria do complexo de Édipo e suas implicações para a prática clínica. No interior de sua teoria geral, Winnicott redescreve o complexo de Édipo como uma fase tardia do processo

Leia mais

NívelContextual e Comunicação Interpessoal

NívelContextual e Comunicação Interpessoal NívelContextual e Comunicação Interpessoal Adaptação ao ambiente O contexto físico O contexto social COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL Design de Comunicação, 3º Ano, 1º Semestre Copyright, 2010 José Farinha, ESEC

Leia mais

André Filipe dos Santos Coelho Número 7 Turma B

André Filipe dos Santos Coelho Número 7 Turma B 1 A mente só se compreende se tivermos em conta a sua dimensão biossococultural. Explica o sentido desta afirmação. A complexidade humana só pode ser compreendida se tivermos em conta as dimensões biológica

Leia mais

CRIANÇAS COM PERTURBAÇÕES DO ESPECTRO DO AUTISMO

CRIANÇAS COM PERTURBAÇÕES DO ESPECTRO DO AUTISMO CRIANÇAS COM PERTURBAÇÕES DO ESPECTRO DO AUTISMO O autismo é uma doença que parece afectar uma em cada quinhentas crianças. A designação autismo infantil precoce foi introduzido pelo Dr Leo Kanner, do

Leia mais

O BRINCAR E A BRINCADEIRA NO ATENDIMENTO INFANTIL

O BRINCAR E A BRINCADEIRA NO ATENDIMENTO INFANTIL O BRINCAR E A BRINCADEIRA NO ATENDIMENTO INFANTIL VIEIRA, Rosângela M 1. Resumo O tema em questão surgiu da experiência do atendimento em grupo, com crianças de três a cinco anos, no ambiente escolar.

Leia mais

PEDIATRIA I. Aula teórica Nº As regras básicas de semiologia em pediatria têm características

PEDIATRIA I. Aula teórica Nº As regras básicas de semiologia em pediatria têm características PEDIATRIA I Aula teórica Nº 2 26.10.2007 INTRODUÇÃO À SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA SEMIOLOGIA DA CRIANÇA, DA FAMÍLIA E DA COMUNIDADE DOCENTE: Prof. Doutor João Gomes-Pedro DISCENTE: Mafalda de Alpoim Vieira FISCALIZADOR:

Leia mais

Aprender a Educar Programa para Pais

Aprender a Educar Programa para Pais Aprender a Educar Programa para Pais 8ª Edição 2012 Ser Pai e Mãe é um desafio constante! O Programa APRENDER A EDUCAR é uma iniciativa da Faculdade de Educação e Psicologia da Católica Porto, desenvolvida

Leia mais

A disciplina apresenta as principais teorias do desenvolvimento biopsicossocial infantil, com ênfase na abordagem psicanalítica.

A disciplina apresenta as principais teorias do desenvolvimento biopsicossocial infantil, com ênfase na abordagem psicanalítica. Unidade Universitária Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - 040 Curso Psicologia Disciplina Psicologia do Desenvolvimento Infantil Professor(es) e DRTs Priscila Palermo Felipini 113088-8 Santuza Fernandes

Leia mais

Anais V CIPSI - Congresso Internacional de Psicologia Psicologia: de onde viemos, para onde vamos? Universidade Estadual de Maringá ISSN X

Anais V CIPSI - Congresso Internacional de Psicologia Psicologia: de onde viemos, para onde vamos? Universidade Estadual de Maringá ISSN X A BRINCADEIRA ACABOU: UM CASO DE AMADURECIMENTO PRECOCE E SUAS IMPLICAÇÕES Flávia Angelo Verceze Carla Maria Lima Braga Se os adultos abdicam, os adolescentes tornam-se adultos prematuramente, mas através

Leia mais

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: PLANO DE CURSO 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: Curso: Bacharelado em Psicologia Disciplina: Processos de Desenvolvimento I: Infância Código: PSI17 Professor: Idenise Naiara Lima Soares E-mail: idenise.soares@fasete.edu.br

Leia mais

PROJECTO DE INTERVENÇÃO PRECOCE DO CAP FUNCHAL

PROJECTO DE INTERVENÇÃO PRECOCE DO CAP FUNCHAL PROJECTO DE INTERVENÇÃO PRECOCE DO CAP FUNCHAL 1. INTRODUÇÃO O Projecto de Intervenção Precoce do Centro de Apoio Psicopedagógico do Funchal pretende dar resposta a um grupo de crianças em risco biológico,

Leia mais

A AUTORIDADE DOS PAIS NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS

A AUTORIDADE DOS PAIS NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS 1 A AUTORIDADE DOS PAIS NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS Tatiana Ertel Dulce Grasel Zacharias Universidade de Santa Cruz do Sul Resumo Este trabalho tem como objetivo investigar as dificuldades dos pais de exercerem

Leia mais

A relação interpessoal: -Actuando Relações: Estratégias e Padrões Comunicativos

A relação interpessoal: -Actuando Relações: Estratégias e Padrões Comunicativos A relação interpessoal: -Actuando Relações: Estratégias e Padrões Comunicativos Características básicas A qualidade da relação Negociação da relações interpessoais Questões de base COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL

Leia mais

DESENVOLVIMENTO AFETIVO

DESENVOLVIMENTO AFETIVO FACULDADE DE MEDICINA USP DEPARTAMENTO DE NEUROCIÊNCIAS E CIÊNCIAS DO COMPORTAMENTO DESENVOLVIMENTO AFETIVO Profa Dra Maria Beatriz Martins Linhares Professora Associada Faculdade de Medicina de Ribeirão

Leia mais

A gestão das emoções e afectos

A gestão das emoções e afectos A gestão das emoções e afectos Carla Ribeirinho Serviço Social / Gerontologia Social Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias A gestão das emoções e afectos de que falamos? O século XXI é o século

Leia mais

DIREITOS E DEVERES DA PARENTALIDADE

DIREITOS E DEVERES DA PARENTALIDADE DIREITOS E DEVERES DA PARENTALIDADE Nos termos do artigo 33º e seguintes da Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro (Código do Trabalho), aplicável à Administração Pública pela Lei n.º 35/2014, de 20 de junho

Leia mais

ESCOLA BÁSICA E SECUNDARIA DE VILA FLOR DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS ÁREA DISCIPLINAR DE FILOSOFIA

ESCOLA BÁSICA E SECUNDARIA DE VILA FLOR DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS ÁREA DISCIPLINAR DE FILOSOFIA ESCOLA BÁSICA E SECUNDARIA DE VILA FLOR 346184 DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS ÁREA DISCIPLINAR DE FILOSOFIA PLANIFICAÇÃO ANUAL PSICOLOGIA B 12º ANO ANO LETIVO 2017 / 2018 1 TEMA 5. PROBLEMAS

Leia mais

MOTIVAÇ O PARA ESTUDAR

MOTIVAÇ O PARA ESTUDAR 19-02-2016 Amélia SANTOS MOTIVAÇ O PARA ESTUDAR A desmotivação é um dos maiores desafios a eficácia do ensino/aprendizagem. O que esta na base da falta de motivação dos nossos estudantes? Que estratégias

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA DE ALBERTO SAMPAIO Exame de Equivalência à Frequência

ESCOLA SECUNDÁRIA DE ALBERTO SAMPAIO Exame de Equivalência à Frequência Disciplina: PSICOLOGIA B - FASE 2ª Ano(s) de Escolaridade: 12º ANO 2009/2010 Código: 340 Duração da Prova : 90 minutos Grupo I Este grupo é constituído por dez questões de escolha múltipla. Na sua folha

Leia mais

6 Referências bibliográficas

6 Referências bibliográficas 6 Referências bibliográficas ANZIEU, D. O Eu-Pele. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1988.. O Pensar do Eu-Pele ao Eu-Pensante. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002. AULAGNIER, P. A Violência da Interpretação

Leia mais

Direção de Serviços da Região Norte AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA FLOR ESCOLA EB2,3/S DE VILA FLOR

Direção de Serviços da Região Norte AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA FLOR ESCOLA EB2,3/S DE VILA FLOR Direção de Serviços da Região Norte AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA FLOR 151841 ESCOLA EB2,3/S DE VILA FLOR 346184 DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS ÁREA DISCIPLINAR DE FILOSOFIA PLANIFICAÇÃO ANUAL

Leia mais

Apontamentos Psicanalíticos. Textos Teórico-Clínicos e de Psicanálise Aplicada

Apontamentos Psicanalíticos. Textos Teórico-Clínicos e de Psicanálise Aplicada Apontamentos Psicanalíticos Textos Teórico-Clínicos e de Psicanálise Aplicada Apontamentos Psicanalíticos Textos Teórico-Clínicos e de Psicanálise Aplicada Vera Marieta Fischer z Zagodoni Editora Copyright

Leia mais

LEI GERAL TRIBUTÁRIA. Introduz conceito de Justo Impedimento de curto e médio prazo, dos contabilistas certificados e dos. sujeitos passivos do IRS

LEI GERAL TRIBUTÁRIA. Introduz conceito de Justo Impedimento de curto e médio prazo, dos contabilistas certificados e dos. sujeitos passivos do IRS LEI GERAL TRIBUTÁRIA Introduz conceito de Justo Impedimento de curto e médio prazo, dos contabilistas certificados e dos sujeitos passivos do IRS Exposição de Motivos São incontestáveis os direitos consagrados

Leia mais

Agradecimentos. Ao meu orientador, Prof. Doutor José António Espírito Santo, pela confiança que depositou no meu trabalho. e nas minhas capacidades,

Agradecimentos. Ao meu orientador, Prof. Doutor José António Espírito Santo, pela confiança que depositou no meu trabalho. e nas minhas capacidades, Agradecimentos Ao meu orientador, Prof. Doutor José António Espírito Santo, pela confiança que depositou no meu trabalho e nas minhas capacidades, pelo apoio incansável nos momentos mais aflitivos, pelas

Leia mais

Ementa: A disciplina estuda fundamentos psicanalíticos do desenvolvimento da personalidade

Ementa: A disciplina estuda fundamentos psicanalíticos do desenvolvimento da personalidade Unidade Universitária Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - 040 Curso Psicologia Disciplina: Psicanálise II Código da Disciplina Professor(es) e DRTs Carmen Silvia de Souza Nogueira DRT: 112426-1

Leia mais

REGULAMENTO REG VISITAS 25/06/2013. Enquadramento

REGULAMENTO REG VISITAS 25/06/2013. Enquadramento Enquadramento As visitas constituem, por regra, um forte contributo para a humanização no período de internamento dos utentes, pois permitem garantir o elo entre o utente e a sua rede social. O Hospital

Leia mais

INTERVENÇÃO PRECOCE NA RELAÇÃO MÃE-BEBÊ: UM TRABALHO PARA FAVORECER O ACONTECER DO VÍNCULO

INTERVENÇÃO PRECOCE NA RELAÇÃO MÃE-BEBÊ: UM TRABALHO PARA FAVORECER O ACONTECER DO VÍNCULO INTERVENÇÃO PRECOCE NA RELAÇÃO MÃE-BEBÊ: UM TRABALHO PARA FAVORECER O ACONTECER DO VÍNCULO Marcela G. A. Alves Psicóloga e candidata a psicanalista do Centro de Estudos Antônio Franco Ribeiro da Silva

Leia mais

ACOMPANHAMENTO PSICOSSOCIAL DE CRIANÇAS E JOVENS DIABÉTICOS

ACOMPANHAMENTO PSICOSSOCIAL DE CRIANÇAS E JOVENS DIABÉTICOS ACOMPANHAMENTO PSICOSSOCIAL DE CRIANÇAS E JOVENS DIABÉTICOS ACES Porto Oriental / Centro de Saúde de Campanhã Emília Aparício, Assistente Social Cristina Campos, Psicóloga INTRODUÇÃO Desde 2007, o Serviço

Leia mais

PROFESSORES DE BEBÊS: AFINAL, QUE DOCÊNCIA É EXERCIDA NO COTIDIANO DO BERÇÁRIO?

PROFESSORES DE BEBÊS: AFINAL, QUE DOCÊNCIA É EXERCIDA NO COTIDIANO DO BERÇÁRIO? PROFESSORES DE BEBÊS: AFINAL, QUE DOCÊNCIA É EXERCIDA NO COTIDIANO DO BERÇÁRIO? Andréa Costa Garcia Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP) RESUMO: O presente artigo tem por objetivo

Leia mais

O que vem a ser identidade? O que vem a ser uma identificação?

O que vem a ser identidade? O que vem a ser uma identificação? . O que vem a ser identidade? O que vem a ser uma identificação? . Quando falamos de identificação entre pessoas, entre pais e filhos, o que queremos dizer com isso? Resultado de projeções e de introjeções

Leia mais

Escola Secundária de Carregal do Sal

Escola Secundária de Carregal do Sal Escola Secundária de Carregal do Sal Área de Projecto 2006\2007 Sigmund Freud 1 2 Sigmund Freud 1856-----------------Nasceu em Freiberg 1881-----------------Licenciatura em Medicina 1885-----------------Estuda

Leia mais

Formação de Apoio aos Programas Nacionais e do ProgramaNacional de Luta Contra a Depressão - Promoção da Saúde Mental na Gravidez e 1ª Infância

Formação de Apoio aos Programas Nacionais e do ProgramaNacional de Luta Contra a Depressão - Promoção da Saúde Mental na Gravidez e 1ª Infância Ministério da Saúde Direcção-Geral da Saúde Circular Informativa Assunto: Para: Formação de Apoio aos Programas Nacionais e do ProgramaNacional de Luta Contra a Depressão - Promoção da Saúde Mental na

Leia mais

O BRINCAR ENTRE A CRIANÇA, O ANALISTA E A INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL PRIMÁRIA

O BRINCAR ENTRE A CRIANÇA, O ANALISTA E A INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL PRIMÁRIA O BRINCAR ENTRE A CRIANÇA, O ANALISTA E A INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL PRIMÁRIA Matheus Fernando Felix Ribeiro 1 ; Marcela Reda Guimarães2; Angela Maria Resende Vorcaro 3 1 Graduando em psicologia pela Universidade

Leia mais

Maria da Conceição Bento JORNADAS DE ENFERMAGEM SINAIS VITAIS

Maria da Conceição Bento JORNADAS DE ENFERMAGEM SINAIS VITAIS Maria da Conceição Bento JORNADAS DE ENFERMAGEM SINAIS VITAIS CONSTRUÇÃO DA DISCIPLINA DE ENFERMAGEM Escola Superior de Enfermagem de Bissaya Barreto Açores, Ponta Delgada, 2005 CONDIÇÕES INERENTES AO

Leia mais

Psicanálise e Educação

Psicanálise e Educação Psicanálise e Educação Psychoanalysis and Education Maciel, Maria Regina. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2016. 160p. Ana Lila Lejarraga *5 A psicanalista Maria Regina Maciel, com seu livro Psicanálise e

Leia mais

LÍNGUA PORTUGUESA 1º ANO

LÍNGUA PORTUGUESA 1º ANO Escutar para aprender e construir conhecimentos LÍNGUA PORTUGUESA 1º ANO COMPREENSÂO DO ORAL Prestar atenção ao que ouve de modo a tornar possível: -apropriar-se de padrões de entoação e ritmo; - memorizar

Leia mais

Estás grávida? Podemos ajudar-te.

Estás grávida? Podemos ajudar-te. Estás grávida? Podemos ajudar-te. QUEM SOMOS? O Apoio à Vida é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) nascida em 1998 com a finalidade de ajudar, acolher e formar adolescentes e mulheres

Leia mais

NEGLIGÊNCIA MATERNA E SUAS CONSEQUÊNCIAS FUTURAS PARA A PUÉRPERA. Acad: Milene F. Cruz

NEGLIGÊNCIA MATERNA E SUAS CONSEQUÊNCIAS FUTURAS PARA A PUÉRPERA. Acad: Milene F. Cruz NEGLIGÊNCIA MATERNA E SUAS CONSEQUÊNCIAS FUTURAS PARA A PUÉRPERA. Acad: Milene F. Cruz A RELAÇÃO MÃE-BEBÊ [...]As interações afetivas estabelecidas entre a mãe e seu filho, nos primeiros anos de vida,

Leia mais

Eva Maria Migliavacca

Eva Maria Migliavacca N Eva Maria Migliavacca este trabalho serão abordados alguns aspectos que podem ser observados no decorrer do processo terapêutico psicanalítico e desenvolvidas algumas reflexões a respeito. O trabalho

Leia mais

Actas do colóquio. Departamento de Psicologia ECS universidade de Évora Organizaçãoo Prof. Dra. Isabel Mesquita

Actas do colóquio. Departamento de Psicologia ECS universidade de Évora Organizaçãoo Prof. Dra. Isabel Mesquita Actas do colóquio Departamento de Psicologia ECS universidade de Évora Organizaçãoo Prof. Dra. Isabel Mesquita Indice De que se fala quando se fala de amor? Afinal de que se fala quando se fala de amor?

Leia mais

UM PSICANALISTA NO HOSPITAL GERAL

UM PSICANALISTA NO HOSPITAL GERAL UM PSICANALISTA NO HOSPITAL GERAL Áreas de atuação: Psiquiatria de Ligação não vou abordar (platéia de psicólogos) Psicologia Hospitalar Futuro é a união Psicologia Médica UM PSICANALISTA NO HOSPITAL GERAL

Leia mais

Domínios Objetivos de ação/conteúdos Meses

Domínios Objetivos de ação/conteúdos Meses AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MARTIM DE FREITAS 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO 2013/2014 PLANO DE TRABALHO ANUAL PORTUGUÊS 2º Ano de escolaridade Domínios Objetivos de ação/conteúdos Meses Prestar atenção ao que ouve

Leia mais

Projecto de Lei N.º 503/X. Direito de acompanhamento dos utentes dos serviços de urgência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) Exposição de motivos

Projecto de Lei N.º 503/X. Direito de acompanhamento dos utentes dos serviços de urgência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) Exposição de motivos Grupo Parlamentar Projecto de Lei N.º 503/X Direito de acompanhamento dos utentes dos serviços de urgência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) Exposição de motivos A legislação portuguesa consagra um conjunto

Leia mais

PRINCÍPIO 1 AMOR INCONDICIONAL

PRINCÍPIO 1 AMOR INCONDICIONAL PRINCÍPIO 1 AMOR INCONDICIONAL AMOR INCONDICIONAL Ame seu filho e não o seu comportamento: - A gente consegue amar incondicionalmente quando separa a pessoa do comportamento. Fortaleça a capacidade de

Leia mais

PRÁTICA NA ENFERMARIA PEDIÁTRICA: UM COLORIDO NA CLÍNICA WINNICOTTIANA

PRÁTICA NA ENFERMARIA PEDIÁTRICA: UM COLORIDO NA CLÍNICA WINNICOTTIANA 1 PRÁTICA NA ENFERMARIA PEDIÁTRICA: UM COLORIDO NA CLÍNICA WINNICOTTIANA FRANCHIN, Daniely Santos; SILVA, Flávia Souza Morais Sala da; SILVA, Katulle Oliveira Freitas; TEIXEIRA, Veridiana Vicentini. (Estagiárias

Leia mais

3. Planificação anual * Estarão disponíveis no CD_ProfASA planificações a médio e curto prazo

3. Planificação anual * Estarão disponíveis no CD_ProfASA planificações a médio e curto prazo 3. Planificação anual * Estarão disponíveis no CD_ProfASA planificações a médio e curto prazo UNIDADE 1 A entrada na vida Qual é a especificidade do ser? Tema 1 Antes de mim: A genética. O cérebro. A cultura

Leia mais

Cancro da mama: Medicina Familiar «é fundamental no apoio psíquico da mulher e da família»

Cancro da mama: Medicina Familiar «é fundamental no apoio psíquico da mulher e da família» 2018-05-23 12:49:55 http://justnews.pt/noticias/cancro-da-mama-mdico-de-famlia-no-apoio-psquico-da-mulher-e-da-famlia Cancro da mama: Medicina Familiar «é fundamental no apoio psíquico da mulher e da família»

Leia mais

Acompanhamento Psicoterapêutico

Acompanhamento Psicoterapêutico Acompanhamento Psicoterapêutico O Acompanhamento Psicológico/Psicoterapêutico possui características específicas de acordo com a população e faixa etária a que se destina. Corresponde a um encontro com

Leia mais

Programa BIP/ZIP 2018

Programa BIP/ZIP 2018 Programa BIP/ZIP 218 FICHA DE CANDIDATURA Refª: 3 CRESCER Grupo de Trabalho dos Bairros e Zonas de Intervenção Prioritária (BIP/ZIP) Rua Nova do Almada, nº 2-3º Andar 11-6 Lisboa Telefone: 21 322 73 6

Leia mais

Crenças dos pais sobre o seu papel na parentalidade positiva

Crenças dos pais sobre o seu papel na parentalidade positiva II Congresso de Investigação Ibero-americano e de Países de Língua Oficial Portuguesa Crenças dos pais sobre o seu papel na parentalidade positiva Lopes, M.S.O.C. Dixe, M.A. Catarino, H. saudade.lopes@ipleiria.pt

Leia mais

i dos pais O jovem adulto

i dos pais O jovem adulto i dos pais O jovem adulto O desenvolvimento humano é um processo de mudanças emocionais, comportamentais, cognitivas, físicas e psíquicas. Através do processo, cada ser humano desenvolve atitudes e comportamentos

Leia mais

Segue o texto do Dr. Mário Sérgio Vasconcelos para o I Encontro Temático de Marília. Seguir o padrão dos textos anteriores.

Segue o texto do Dr. Mário Sérgio Vasconcelos para o I Encontro Temático de Marília. Seguir o padrão dos textos anteriores. Aprender a Fazer Produções Educacionais Curitiba, maio de 2007-05-23 Segue o texto do Dr. Mário Sérgio Vasconcelos para o I Encontro Temático de Marília. Seguir o padrão dos textos anteriores. Professor

Leia mais

A ÁREA DA SAÚDE É A TUA ONDA?

A ÁREA DA SAÚDE É A TUA ONDA? -------------------------------------------------------------------------------------- A ÁREA DA SAÚDE É A TUA ONDA? --------------------------------------------------------------------------------------

Leia mais

Mais informações e marcações Rui Pereira

Mais informações e marcações Rui Pereira Apresentamos de seguida várias sessões temáticas compostas por curtas-metragens de animação, às quais chamamos de Filminhos Infantis. Estas propostas são complementadas com uma oficina com uma duração

Leia mais

SERVIÇO DE PSICOLOGIA CLÍNICA. Hospital de Sousa Martins Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.

SERVIÇO DE PSICOLOGIA CLÍNICA. Hospital de Sousa Martins Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. Hospital de Sousa Martins Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E. Actividades Avaliação psicológica / psico-pedagógica; Intervenção psicoterapêutica; Aconselhamento psicológico; Intervenção em crise;

Leia mais

ANEXO 6. Quadro 1 Designação das Categorias. - Conhecimento de Síndrome de Asperger. - Planificação das aulas/sessões. - Trabalho em Equipa

ANEXO 6. Quadro 1 Designação das Categorias. - Conhecimento de Síndrome de Asperger. - Planificação das aulas/sessões. - Trabalho em Equipa Quadro 1 Designação das Categorias ANEXO 6 Categorias Subcategorias A - Percurso Profissional - Experiência - Conhecimento de Síndrome de Asperger - Planificação das aulas/sessões - Trabalho em Equipa

Leia mais

17 de janeiro de 2014 Contextos, parcerias e envolvimento parental na escola

17 de janeiro de 2014 Contextos, parcerias e envolvimento parental na escola 17 de janeiro de 2014 Contextos, parcerias e envolvimento parental na escola Sara Maria Alexandre e Silva Felizardo Psicóloga, Professora da Escola Superior de Viseu Referencial de inclusão, bem estar

Leia mais

A CRIANÇA E O ADOLESCENTE NA ATUALIDADE: PSICOLOGIA DO EDUCADOR*

A CRIANÇA E O ADOLESCENTE NA ATUALIDADE: PSICOLOGIA DO EDUCADOR* A CRIANÇA E O ADOLESCENTE NA ATUALIDADE: PSICOLOGIA DO EDUCADOR* MARIA BERNADETE AMENDOLA CONTART DE ASSIS** Há uns vinte anos atrás, ainda fazia sucesso entre X Educação Problematizadora, introduzida

Leia mais

Por detrás do sintoma

Por detrás do sintoma Kandinsky Por detrás do sintoma Um caso de POC na infância Maria Moura e Andreia Araújo APPIA 2012 Internas de Pedopsiquiatria do HDE-CHLC Sumário Introdução Caso clinico Discussão Conclusão Introdução

Leia mais

(Anexo 1) Tabela de Especificações

(Anexo 1) Tabela de Especificações Constructo Categorias Dimensões Sub dimensões Indicadores Posições Antecipadas Percepções Concordo acerca da adopção e em *Adopção Posições Concordância Discordo particular da adopção por casais Estáticas

Leia mais

Estilos Parentais e Auto-Estima: Pais Resilientes ou em Crise?

Estilos Parentais e Auto-Estima: Pais Resilientes ou em Crise? Mónica Taveira Pires Rute Brites Estilos Parentais e Auto-Estima: Pais Resilientes ou em Crise? Desenvolvimento, Família & Crise Sistema Socio-antropoanalítico Carlos Caldeira (citado por Hipólito, 2010)

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA ALFREDO DOS REIS SILVEIRA

ESCOLA SECUNDÁRIA ALFREDO DOS REIS SILVEIRA A fala, sem dúvida, precedeu a descoberta do fogo. Ainda continuamos a usar a palavra, não para transmitir mensagens ou expressar sentimentos, mas para estabelecer e manter o contacto humano ( ) O ato

Leia mais

Anexo 1 Sintomas do DSM-IV-TR. Défices de Comunicação

Anexo 1 Sintomas do DSM-IV-TR. Défices de Comunicação ANEXOS Anexo 1 Sintomas do DSM-IV-TR Défices de Comunicação a) Atraso ou ausência total de desenvolvimento da linguagem. b) Dificuldade para manter uma conversação. Exemplos. Não usa palavras para comunicar

Leia mais

TR EC H O DA A PR E S E N TAÇ ÃO DA TÓ PI CA 1,

TR EC H O DA A PR E S E N TAÇ ÃO DA TÓ PI CA 1, TÓ PIC A N. 9 NOVE MB RO TÓP I C A É UM A PA L AV R A D ER I VA DA DO VOC Á BULO G R EG O TOP OV, O QUA L SI G N I F I C A LUG A R, M AS PO D E TA M BÉM SI G N I F I C A R A M AT ÉR I A DE U M D I SC UR

Leia mais

Principais Temas da Aula. Bibliografia

Principais Temas da Aula. Bibliografia Desgravadas do 4º Ano 2007/08 Psicopatologia Data: 23 do de Ciclo Outubro de Vida de 2007 I Disciplina: Psiquiatria Prof.: Dr. Daniel Sampaio Tema da Aula: Psicopatologia do Ciclo de Vida I Autor(es):

Leia mais

Do pai tradicional ao pai moderno

Do pai tradicional ao pai moderno Seminário Pai, brincas comigo? O impacto do envolvimento paterno no desenvolvimento e progressão das famílias e das crianças 20 de março de 2014, Vizela Do pai tradicional ao pai moderno Jorge Gato Universidade

Leia mais

André Filipe dos Santos Coelho

André Filipe dos Santos Coelho 1 Em que consistem os processos conativos? A conação, os processos conativos, ligam-se, por sua vez, à dimensão do fazer, das maneiras como regulamos os nossos comportamentos e acções. Esta procura compreender

Leia mais

PARTE I ENQUADRAMENTO TEÓRICO

PARTE I ENQUADRAMENTO TEÓRICO PARTE I ENQUADRAMENTO TEÓRICO CAPÍTULO 1 ESTILOS EDUCATIVOS PARENTAIS Ao longo deste capítulo serão apresentadas breves definições sobre o conceito de família, tendo em atenção diferentes autores que contribuíram

Leia mais

saúde mental NA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

saúde mental NA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL saúde mental NA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL JM Caldas de Almeida Coordenação Nacional para a Saúde Mental Lisboa, 22 de Abril de 2010 Saúde Mental e Deficiência Intelectual WHO Europe High-level Meeting Better

Leia mais

O MÊS DE OUTUBRO CHEGOU E COM ELE MUITAS CONQUISTAS!!!

O MÊS DE OUTUBRO CHEGOU E COM ELE MUITAS CONQUISTAS!!! O MÊS DE OUTUBRO CHEGOU E COM ELE MUITAS CONQUISTAS!!! LIBERE A CRIANÇA QUE EXISTE EM VOCÊ!!! Diretora Executiva Flávia Angélica Fernandes Muitas pessoas ignoram o que querem e, também, o que sentem, são

Leia mais

Novo Hospital. Março 2013

Novo Hospital. Março 2013 Melhores condições para os Utentes O novo Hospital Vila Franca de Xira estará, a partir de 28 de Março de 2013, localizado num novo edifício hospitalar, moderno, com novos equipamentos clínicos e com a

Leia mais

Projecto de educação para a sáude. destinado a: Crianças Famílias Pessoal Docente não Docente

Projecto de educação para a sáude. destinado a: Crianças Famílias Pessoal Docente não Docente Projecto de educação para a sáude Esclarecer, proteger as nossas crianças O projecto, quem somos e o que fazemos destinado a: Crianças Famílias Pessoal Docente não Docente Índice 1. A viagem de peludim...

Leia mais

O Impacto Psicossocial do Cancro na Família

O Impacto Psicossocial do Cancro na Família O Impacto Psicossocial do Cancro na Família Maria de Jesus Moura Psicóloga Clínica Unidade de Psicologia IPO Lisboa ATÉ MEADOS DO SEC.XIX Cancro=Morte PROGRESSOS DA MEDICINA CURA ALTERAÇÃO DO DIAGNÓSTICO

Leia mais

12 PRINCÍPIOS PARA O DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO A NÍVEL LOCAL

12 PRINCÍPIOS PARA O DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO A NÍVEL LOCAL 12 PRINCÍPIOS PARA O DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO A NÍVEL LOCAL O CONHECIMENTO E A COMPREENSÃO DA SITUAÇÃO RELIGIOSA LOCAL 01 As autoridades locais são convidadas a tomar consciência do papel que a religião

Leia mais

RELACIONAMENTO INTERPESSOAL PROFISSIONAL

RELACIONAMENTO INTERPESSOAL PROFISSIONAL RELACIONAMENTO INTERPESSOAL PROFISSIONAL Conceituação é o instrumento de intervenção através do qual operacionaliza-se o processo de cuidar em enfermagem em saúde mental o relacionamento enfermeira-paciente:

Leia mais

O Programa de Estudos Pós-Graduados em Fonoaudiologia da PUC-SP sugere a apresentação das teses em forma de estudos. Sendo assim, esta tese é

O Programa de Estudos Pós-Graduados em Fonoaudiologia da PUC-SP sugere a apresentação das teses em forma de estudos. Sendo assim, esta tese é 1 O Programa de Estudos Pós-Graduados em Fonoaudiologia da PUC-SP sugere a apresentação das teses em forma de estudos. Sendo assim, esta tese é composta de dois estudos integrados sobre o seguinte tema:

Leia mais

Tema 1 Antes de Mim: 1.3. A Cultura/Tema 3 Eu com os Outros: As Relações Interpessoais. Grupo I

Tema 1 Antes de Mim: 1.3. A Cultura/Tema 3 Eu com os Outros: As Relações Interpessoais. Grupo I AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MÉRTOLA Escola EB 2,3/Secundária de S. Sebastião, Mértola Ano Letivo 2012/2013 Disciplina de Psicologia B 12º Ano Turmas A e B Ficha formativa de avaliação de conhecimentos 90

Leia mais

Rita Severino. As Rupturas Conjugais e as Responsabilidades. Parentais. Mediação Familiar em Portugal

Rita Severino. As Rupturas Conjugais e as Responsabilidades. Parentais. Mediação Familiar em Portugal Rita Severino As Rupturas Conjugais e as Responsabilidades Parentais Mediação Familiar em Portugal Lisboa Universidade Católica Editora 2012 Índice Introdução 9 PARTE I ENQUADRAMENTO TEÓRICO Capítulo 1

Leia mais