No âmbito da Unidade Curricular Seminário I Actores e Contextos de Educação e da Formação,

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1 Reflexão Final No âmbito da Unidade Curricular Seminário I Actores e Contextos de Educação e da Formação, foi proposto a todos os alunos do 1º ano de Licenciatura em Educação e Formação, a realização de uma reflexão pessoal sobre o caminho percorrido e o trabalho realizado ao longo do semestre. Quando terminei o secundário não sabia bem o que queria, a única coisa que me ocorria era Psicologia Infantil, pois sempre achei fascinante o estudo da mente humana mas das crianças porque toda a gente acha que as crianças são "seres" pouco complexos e que com facilidade se lida com elas, no entanto eu discordava pois acho que as crianças são muito mais complexas do que a maioria das pessoas pensa. No entanto acabei por entrar em Educação e Formação e quando inciei esta licenciatura, houve uma unidade curricular que me deixou intrigada: Seminário Actores e Contextos de Educação e da Formação pois não fazia a mínima ideia no que esta Unidade Curricular consistia. Quando me apresentei para a primeira aula foram apresentados os objectivos desta Unidade curricular e fiquei bastante receosa, devido ao facto de termos de apresentar uma notícia de duas em duas semanas e fazermos uma reflexão critica sobre a mesma, isto porque para além de ser um trabalho continuo, tenho algumas dificuldades no que toca a capacidade escrita mas também em expressar a minha "opinião" sobre determinados assuntos no entanto acabei por desenvolver e melhorar a minha capacidade escrita e de compreensão em relação a determinados assuntos relacionados com Educação. Outro projecto que me deixou bastante receosa foi a elaboração de um portefólio digital, pois não fazia a mínima ideia no que devia constar num portefólio nem como iria elaborá lo.

2 Ao longo do semestre acabei por perceber como iria organizá lo e o que devia constar no mesmo: os trabalhos realizados ao longo do Semestre. A elaboração deste portefólio ajudou me a ganhar varias competências mas destaco o facto de este me tornar mais autónoma no meu trabalho. Quero também frisar, que logo nas primeiras aulas de Seminário decorreu uma sessão de"apresentação" da biblioteca da FPIE, esta apresentação teve um grande impacto na minha vida, pois a partir dela comecei a frequentar mais a biblioteca devido aos vários recursos que esta disponibiliza que vão para além dos livros e teses. Como já referi anteriormente, a "tarefa" que me deixou mais receosa foi a realização de varias reflexões a partir de noticias que tinham como tema a Educação, no entanto foi a partir delas que comecei a estar mais atenta aos problemas que ocorria na Educação, e que eu estudante do curso Educação e Formação deveria estar mais atenta do que antes a esses problemas, pois no futuro poderiam vir a ser os meus problemas. Destaco uma noticia que me deixou bastante "revoltada" que foi acerca do desinvestimento que o governo estaria a fazer nas aulas de Educação física, fiquei revoltada porque sempre gostei bastante de Educação física e sempre a considerei uma disciplina importante para o nosso desenvolvimento quer seja ele físico ou psicológico, porque a Educação física para além de nos tornar conscientes para as práticas do exercício físico e de uma vida mais saudável, também nos permite "descontrair" quando estamos mais stressados ou irritados. Depois, houve também uma temática dedicada a realização de varias fichas de leitura, estas consistiam conhecer mais ao pormenor o que eram as ciências da educação.

3 Outro trabalho realizado e que foi aquele que mais interesse teve para mim, foi a realização da pesquisa sobre os "Grandes Mestres". Os que eu e mais uma colega escolhemos foram: Maria Montessori e foi aquela que mais interesse me despertou porque inventou um novo método que seria utilizado na educação e no processo de ensino das crianças designado por método montessori. Este método era caraterizado pela independência, liberdade com limites e respeito pelo desenvolvimento natural das habilidades físicas, sociais e psicológicas da criança. O mais importante neste metódo não e o seu material ou prática, mas a possibilidade de se libertar a verdadeira natureza do individuo, para que esta possa ser observada, compreendida e para que a educação se desenvolva com base na evolução da criança, e não o contrario. Paulo Freire, que também inventou um metódo inovador de alfabetização que prepõe a identificação das palavras chaves do vocabulário dos alunos as chamadas palavras geradores, que devem surgir de situações da vida comum e significativas para os integrantes da comunidade em que se actua, com por exemplo, "tijolo" para os operários da construção civil. A valorização da cultura do aluno é a chave para o processo de conscientização. Por fim, Edgar Morin teve duas principais contribuições no ensino: Pensamento transdisciplinar, complexidade e educação planetária que defende que é necessário interligar os conhecimentos de distintas áreas, estabelecendo uma comunicação capaz de dar sentido ao saber. Por exemplo, deve haver uma ligação entre ciência/arte/tradição; ou corpo/mente/sentimentos. Assim, Edgar critica o facto de sermos ensinados a separar e analisar, ao invés de aprendermos a relacionar/interligar. Se pegarmos nos exemplos anteriores e lhe aplicarmos a lógica da

4 simplificação/separação/distinção, o corpo seria separado da mente, que seriam por sua vez, separados dos sentimentos. E se elevarmos isto a um nível mais amplo, como por exemplo a sociedade, esta ficaria dividida em pessoas que serão estratificadas em camadas sociais. Isto irá fazer com que ninguém seja capaz de compreender o ponto de vista uns dos outros e dará origem à descriminação social. E os sete saberes necessários à educação do futuro que são: 1. As cegueiras do conhecimento: erro e ilusão; os princípios do conhecimento pertinente; ensinar a condição humana; ensinar a identidade terrena; enfrentar as incertezas; ensinar a compreensão; ética do género humano Para último lugar deixei o trabalho da entrevista, esta tinha como objectivo fundamental entrevistar um profissional com licenciatura em Ciências da Educação pré Bolonha ou metrado em Bolonha. A realização deste trabalho possiblitou nos o contacto com um profissional em Ciências da Educação, como já referi anteriormente, e através dele conseguimos perceber o percurso, a inserção e a entrada no mercado de trabalho de um licenciado em Ciências da Educação. Ao longo deste trabalho, foi possível perceber que ser licenciado em Ciências da Educação nem sempre e fácil e como em todos os outros cursos e profissões, também estes se deparam com altos e baixos na sua vida. Neste trabalho foram levantadas algumas questões e problemas, que no fundo não são mais do que obstáculos que com trabalho podem ser ultrapassados. Primeiro queremos realçar a pouca visibilidade que esta licenciatura tem, não só junto dos estudantes mas também, e mais grave, junto das entidades empregadoras.

5 Talvez este facto tenha outro obstáculo na sua origem: a não existência de um campo profissional próprio e especifico para os licenciados e a multiplicidade de funções possíveis que obstaculizam a construção de um corpo profissional com identidade própria. No entanto, é necessário salientar que esta dificuldade pode constituir se numa potencialidade na medida em que, ao não fechar as possibilidades de acção profissional, aumentam as oportunidades do seu exercício. Concluindo, faco um balanço positivo das aprendizagens realizadas ao longo do semestre, pois todas elas tiveram uma grande importância não só para mim mas também para a minha educação. Por fim, para que este trabalho se realizasse, foi necessário a ajuda de varias pessoas e como tal quero deixar os meus sinceros agradecimentos: Ao professor Helder Bernardes que me acompanhou em todo este processo e que sempre se disponiblizou para esclarecer duvidas. À mestre Irene Santos por ter aceitado participar no nosso projecto e realizar a entrevista que nos propusemos.

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