Lisboa, 25 de Fevereiro de José António Vieira da Silva
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1 Lisboa, 25 de Fevereiro de 2014 José António Vieira da Silva
2 1. A proteção social como conceito amplo a ambição do modelo social europeu 2. O modelo de proteção social no Portugal pós Os desafios ao Estado Social
3 Estado de direito e escrutínio público das escolhas coletivas Uma organização económica que se baseia no funcionamento do mercado com relevante regulação pública Um mercado de trabalho regulado A educação como direito universal O acesso generalizado à saúde A segurança contra os riscos sociais A equidade territorial A promoção da igualdade e o combate às discriminações
4 Despesas em proteção social em % do PIB 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 Fonte - Eurostat
5 Alguns constrangimentos específicos da construção do Estado Social em Portugal O contexto político revolucionário A juventude do diálogo social A fragilidade do sistema de ensino necessidade de conciliar universalidade com aumento da escolaridade Integração dos choques económicos e demográficos Maturação já em contexto de crise do Estado- Providência
6 2.1 Uma visão centrada modelo de Segurança Social A revolução democrática e a proteção social as continuidades e as ruturas Uma expansão continuada da cobertura dos riscos clássicos o alargamento Novos riscos e novas prestações o aprofundamento Entre Bismarck e Beveridge, entre a terceira via e a pressão mercantilista a especificidade do modelo português
7 A revolução democrática e a proteção social as continuidades e as ruturas É controversa a avaliação do peso relativo das transformações da democracia face ao impacto das mudanças da ultima década do regime corporativo. A evidencia empírica mostra-nos uma complexa combinação de elementos de continuidade e de elementos de rutura A visão económica e física
8 Transferencia Internas no Rendimento Disponível Bruto 20,0% 0,0% Transferências Internas no Rendimento Disponível dos Particulares 40% 20% 0% Fonte Banco de Portugal
9 Evolução de pensionistas e contribuintes pensionistas cont Fonte: IGFSS e CGA in PORDATA
10 2.1 Uma visão centrada modelo de Segurança Social A revolução democrática e a proteção social as continuidades e as ruturas Uma expansão continuada da cobertura dos riscos clássicos o alargamento Novos riscos e novas prestações o aprofundamento Entre Bismarck e Beveridge, entre a terceira via e a pressão mercantilista a especificidade do modelo português
11 Despesas em Pensões em % do PIB SSS + CGA 8 6 SSS
12 Alargamento da Protecção Social euros constantes preços , , , , , , , , , ,0 0,0 Desemprego Parentalidade Doença Fonte: IGFSS e CGA in PORDATA
13 2.1 Uma visão centrada modelo de Segurança Social A revolução democrática e a proteção social as continuidades e as ruturas Uma expansão continuada da cobertura dos riscos clássicos o alargamento Novos riscos e novas prestações o aprofundamento Entre Bismarck e Beveridge, entre a terceira via e a pressão mercantilista a especificidade do modelo português
14 O combate à pobreza ,0 Despesa com RMG / RSI. Despesa 1000 euros constantes , , , , ,0 0, Fonte: IGFSS e CGA in PORDATA
15 O combate à pobreza Complemento Solidario para idosos euros Fonte: IGFSS
16 2.1 Uma visão centrada modelo de Segurança Social A revolução democrática e a proteção social as continuidades e as ruturas Uma expansão continuada da cobertura dos riscos clássicos o alargamento Novos riscos e novas prestações o aprofundamento Entre Bismarck e Beveridge, entre a terceira via e a pressão mercantilista a especificidade do modelo português
17 Entre Bismarck e Beveridge, entre a terceira via e a pressão mercantilista a especificidade do modelo português Um modelo de matriz contributiva herdado da ultima fase do Estado Corporativo, com uma ambição de proteção universalista, evoluindo para um financiamento misto e convivendo com uma importante base institucional de natureza solidária
18 RSI 2% Estrutura da Despesa Outras 4% Ação CSI Social 1% 8% Doença 2% Desemprego 10% Abono 3% Pensões 70% Fonte - DGO
19 Prestações Financiamento Condição Recursos Limites montante Pensões Misto Rara Sim - elevados Desemprego Contributivo Não Sim Social Desemprego Abonos familiares Natureza das principais prestações OE - fiscal Sim Sim OE - fiscal Sim Sim Parentalidade Contributivo Rara Não Doença Contributivo Não Não CSI e RSI OE - fiscal Sim Sim Ação Social OE - fiscal Sim Sim
20 O peso das pensões não contributivas Fonte: IGFSS
21 A natureza da Ação Social Fonte: IGFSS
22 O estado social (ou o modelo social) está sujeito a tensões de enorme dimensão Sustentabilidade de base demográfica Credibilidade eficácia social Equilibrio financeiro
23 ,10 Evolução demográfica , Portugal,8,6,4,2, ,0,2,4,6,8, Homens 2000 Mulheres
24 Risco População em 31.XII(Nº) População média (Nº) Saldo Natural (Nº) Nados vivos de mães residentes em Portugal (Nº) Óbitos de residentes em Portugal (Nº) Saldo Migratório (Nº) Fluxo de entradas (Nº) Fluxo de saídas (Nº) Variação Populacional (Nº) Taxa de Crescimento Natural (%) -0,01 Ә -0,05-0,04-0,06-0,17 Taxa de Crescimento Migratório (%) 0,21 0,09 0,15 0,04-0,23-0,36 Taxa de Crescimento Efetivo (%) 0,20 0,09 0,10-0,01-0,29-0,52 Índice de Dependência Total 49,9 50,2 50,5 51,0 51,4 51,9 Índice de Dependência de Jovens 23,4 23,2 23,0 22,8 22,6 22,5 Índice de Dependência de Idosos 26,6 27,0 27,5 28,2 28,8 29,4 Índice de Envelhecimento 113,8 116,4 119,3 123,9 127,6 131,1 Fonte: INE
25 Potencial? P o rtugal 14. População inativa Valo r trimestral Sexo 3ºT ºT ºT ºT ºT M ilhares de indiví duo s População inativa HM 5 070, , , , ,8 H 2 205, , , , ,0 M 2 865, , , , ,8 Dos 25 aos 34 anos HM 142,6 144,2 143,6 144,4 142,8 H 59,5 64,6 66,4 69,2 64,2 M 83,2 79,6 77,2 75,2 78,6 Dos 35 aos 44 anos HM 157,2 159,3 168,3 168,2 162,9 H 51,8 56,9 69,5 66,7 66,3 M 105,4 102,3 98,8 101,5 96,6 Dos 45 aos 64 anos HM 830,4 845,6 838,2 816,9 843,2 H 314,5 319,2 306,4 296,3 314,1 M 515,9 526,4 531,8 520,5 529,1 Fonte: INE, Estatísticas do Emprego - 3º trimestre de 2013.
26 O estado social (ou o modelo social) está sujeito a tensões de enorme dimensão Sustentabilidade de base demográfica Credibilidade eficácia social Equilibrio financeiro
27 Credibilidade eficácia social Evolução da Taxa de Pobreza e fatores na redução do valor primário Taxa de Pobreza % Efeito Pensões % Efeito Transferência s % Efeito total % ,0 10,8 37, ,9 15,8 44, ,4 37,0 15,4 52, ,9 39,2 19,6 58,8 Fonte : Eurostat
28 Escalões de Peso das transferências rendimento sociais no rendimento disponível em º Quintil 57% 2º Quintil 46% 3º Quintil 32% 4º Quintil 27% 5º Quintil 26% Fonte INE e Eurostat
29 Luxembourg France Romania Slovakia Austria Hungary Sweden Spain Portugal Italy Poland EU (27 countries) Estonia Czech Republic Latvia Lithuania Germany Finland United Kingdom Malta Slovenia Netherlands Greece Belgium Denmark Bulgaria Cyprus Ireland Taxa de substituição agregada Salário vs pensão 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% Fonte: Eurostat
30 O estado social (ou o modelo social) está sujeito a tensões de enorme dimensão Sustentabilidade de base demográfica Credibilidade eficácia social Equilibrio financeiro
31 O longo prazo in Relatório OE 2014
32 Despesa com Pensões e fatores explicativos valores reais 1980= pensio ev pens min desp Fonte: IGFSS e CGA in PORDATA
33 Evolução Despesa 2008/2013 (valores correntes) Contribuições 2,6% Pensões 19,4% Desemprego 74,0% Fonte DGO
34 Não foi a proteção social que gerou esta crise mas arrisca-se a ser uma das suas maiores vítimas Os desafios estruturais devem ser assumidos plenamente e respondidos de forma sustentada As opções face ao estado social são, hoje e cada vez mais, parte essencial das escolhas democráticas
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