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1 17 1. INTRODUÇÃO A qualidade de vida é definida como a percepção que os indivíduos têm sobre a vida em seu contexto cultural e de valores nos quais vivem, em relação aos seus objetivos e expectativas 89. Refere-se também à satisfação das necessidades individuais de crescimento, bem-estar, auto-estima, liberdade e prazer, proporcionados por relacionamentos e trabalhos significativos 17.Quando se discute qualidade de vida em saúde bucal, as situações clínicas desta apresentam correlações fracas com os impactos subjetivos na qualidade de vida. Diferentes níveis de condição de saúde bucal proporcionam diferentes impactos no cotidiano das pessoas. Assim, é desejável que as dimensões sociais e psicossociais sejam consideradas simultaneamente com a condição clínica no estudo das necessidades de saúde bucal das pessoas 36. Nesse sentido, ao se utilizar de critérios normativos, a Epidemiologia em saúde bucal tem se concentrado bastante no estudo da cárie dentária. Porém, nas últimas décadas, com a significativa redução da cárie dentária em crianças e adolescentes, uma maior atenção tem sido dada a outros problemas bucais como as oclusopatias. Isso tem sido motivado, ainda, pelo fato de que atualmente existe uma definição clara de critérios de diagnóstico para estas que, juntamente com a obtenção de índices epidemiológicos, têm facilitado o planejamento de ações preventivas e interceptativas voltadas à resolutividade de tais problemas 61. Um aspecto dentário desagradável pode discriminar os indivíduos acometidos por estes problemas, tanto no interrelacionamento pessoal como no ambiente de trabalho e, portanto, a inserção das oclusopatias nos programas de atenção em saúde bucal se faz necessária 38. Apesar dos avanços nesse sentido, o diagnóstico de tais problemas não tem fornecido informações de como as oclusopatias podem interferir na qualidade de vida dos indivíduos, limitando, portanto, a obtenção de dados referentes aos efeitos psicológicos e sociais destes agravos. 60 De modo incipiente, alguns estudos têm objetivado avaliar o impacto das oclusopatias e sua necessidade de tratamento na qualidade de vida de crianças e adolescentes 7. Dentre os variados índices usados na literatura para predizer o impacto de problemas de saúde na qualidade de vida, há um conjunto deles que são classificados

2 18 como OHRQOL, que aferem o impacto da saúde bucal sobre a qualidade de vida. Esses índices podem medir uma condição específica, estudando o indivíduo como portador de uma doença particular ou de determinadas condições clínicas; um domínio específico, focando detalhes em apenas uma dimensão, como o domínio psicológico; tomar medidas de uma determinada população, especificando subgrupos de pessoas, como adultos ou crianças; e ainda, aferir sintomas específicos, convergindo para um tipo de sintoma, como a dor 10,12,83. Variadas medidas de OHRQOL têm sido desenvolvidas e testadas. O impacto bucal na performance diária (OIDP) é um tipo de medida específica do OHRQOL que busca relacionar problemas bucais com qualidade de vida. Quando usado para avaliar um problema de saúde bucal específico, ele pode ser referido como uma condição específica de impacto bucal na performance diária (CS-OIDP). Um outro fator positivo do CS-OIDP é que este avalia a intensidade e/ou a extensão (número de atividades diárias afetadas) do impacto 10,12,83. Sendo assim, através deste estudo buscou-se avaliar a prevalência e necessidade de tratamento ortodôntico e seu impacto na qualidade de vida de adolescentes, a fim de que se possam obter justificativas fundamentadas teoricamente para o estabelecimento de políticas de saúde que contemplem a prevenção e interceptação das oclusopatias na população, uma vez que estas podem afetar a qualidade de vida das pessoas.

3 19 2. REVISÃO DE LITERATURA Ao se considerar as oclusopatias como problemas de crescimento e desenvolvimento que afetam a oclusão, cirurgiões-dentistas e ortodontistas se empenham para estabelecer critérios para um diagnóstico adequado, porém se torna complexo determinar quão importante são as oclusopatias como um problema facial e que impacto estas trazem à qualidade de vida dos indivíduos afetados 60. A fim de tornar mais didática a construção do referencial teórico que fundamenta a relação oclusopatia e qualidade de vida, dividiu-se o mesmo em aspectos gerais relacionados à qualidade de vida, qualidade de vida relacionada à saúde bucal, uma discussão acerca do indicador OIDP e, por fim, especificamente, a relação das oclusopatias com a qualidade de vida ASPECTOS GERAIS RELACIONADOS A QUALIDADE DE VIDA De acordo com a Organização Mundial de Saúde 89, saúde é um estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença e enfermidade, e quando se discute qualidade de vida, logo se vincula esta a uma boa saúde do paciente, já que ambas se encontram interligadas. A qualidade de vida foi definida pelo Grupo de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde 80, como a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Ao longo das últimas décadas, os serviços de saúde têm incorporado o conceito de qualidade de vida, tanto numa perspectiva de sensibilização, como de um princípio fundamental da prestação de serviços. Como uma noção de sensibilização, o conceito nos dá uma noção de referência e orientação a partir da perspectiva do indivíduo, com foco na pessoa e seu ambiente. Assim sendo, o termo qualidade nos faz pensar sobre a excelência ou padrão requintado, associados com características humanas e valores positivos, como felicidade, sucesso, riqueza, saúde e satisfação, ao passo que da vida" indica que o conceito diz respeito à essência ou aspectos essenciais da existência humana 39.

4 20 Para Chen e Hunter 17, a qualidade de vida está relacionada ao nível no qual as pessoas conseguem apreciar ou aproveitar as importantes oportunidades oferecidas pela vida. Esta definição é diferente do conceito básico que define qualidade de vida em termos de possessão de certos atributos, como salário adequado, sustento social ou trabalho significativo. Esse conceito respeita a autonomia dos indivíduos em fornecer informações sobre o que lhes é de próprio interesse. Uma boa qualidade de vida é aquela que oferece um mínimo de condições para que os indivíduos nela inseridos possam desenvolver o máximo de suas potencialidades, sejam estas: viver, sentir ou amar, trabalhar, produzindo bens ou serviços, fazendo ciência ou artes 67. Entende-se, ainda, que a questão da qualidade de vida diz respeito ao padrão que a própria sociedade define e se mobiliza para conquistar seu bem estar, consciente ou inconscientemente, e ao conjunto das políticas públicas e sociais que induzem e norteiam o desenvolvimento humano, as mudanças positivas no modo e estilos de vida, cabendo parcela significativa da formulação e das responsabilidades ao denominado setor saúde 49. Cella 16 revelou que em seu nível mais fundamental, a qualidade de vida é entendida como subjetiva e multidimensional. Subjetiva, devido ser melhor medida a partir da perspectiva do paciente. Multidimensional, porque medição exige que o pesquisador saiba bastante da vida do paciente, incluindo o seu bem-estar físico, funcional, emocional e social. Na área da saúde, o interesse pelo conceito qualidade de vida é relativamente recente e decorre, em parte, dos novos paradigmas que têm influenciado as políticas e as práticas do setor nas últimas décadas. Os determinantes e condicionantes do processo saúde-doença são multifatoriais e complexos. Portanto, saúde e doença configuram processos compreendidos como contínuos, relacionados aos aspectos econômicos, socioculturais, à experiência pessoal e estilos de vida. Diante dessa mudança de paradigma, a melhoria da qualidade de vida passou a ser um dos resultados esperados, tanto das práticas assistenciais, quanto das políticas públicas para o setor nos campos da promoção da saúde e da prevenção de doenças 69. No Brasil, o Ministério da Saúde 80 através da portaria 325 de 21 de fevereiro de 2008, estabelece o Pacto pela Vida, que é composto por vários objetivos e metas prioritárias dirigidas a segmentos populacionais específicos, além de outros mais

5 21 abrangentes destinados a produzir impacto sobre a situação de saúde da população brasileira e, conseqüentemente, melhorando a qualidade de vida do indivíduo 80. Ao fazer o recorte para saúde bucal, pensar em termos de possibilidade da influência da saúde bucal na qualidade de vida é pensar tanto em nível biológico, quanto psicológico e social, através da auto-estima, auto-expressão, comunicação e estética facial 28. Buscando o reconhecimento da importância do impacto da saúde bucal na qualidade de vida dos indivíduos e populações, diversos indicadores têm sido desenvolvidos para uso em Odontologia 82. Segundo Silva e Fernandes 78, estes indicadores foram criados para complementar os indicadores clínicos usados rotineiramente e são tentativas de obter uma maneira que facilite a coleta de dados de autopercepção sobre saúde bucal QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE BUCAL (OHRQOL) Na concepção da saúde bucal, a nova perspectiva da sua relação com a qualidade de vida, sugere que o cuidado dentário e a boa saúde bucal não se relacionam apenas à ausência de cárie ou doença periodontal, mas também ao bem estar mental e social do paciente. Segundo Inglehart 31, o conceito de qualidade de vida na saúde bucal é uma perspectiva no intuito de procurar entender o significado de uma boa saúde bucal e sua relação com a qualidade de vida e a necessidade de assegurar o acesso aos cuidados bucais para toda a população. Assim, recentemente, tem existido um aumento de interesse no uso de instrumentos psicométricos, que medem o efeito da saúde bucal na qualidade de vida, o OHRQOL 37. O termo qualidade de vida relacionada à saúde bucal tem sido usado para descrever a avaliação do indivíduo e de como determinados fatores afetam o bem estar do indivíduo, sendo estes, experiência de dor e desconforto, função física, psicológica e social. Quando alguns destes itens são relatados e relacionados à saúde bucal, a qualidade de vida nesse âmbito é avaliada 30. Para Cohen e Jago 18, uma das maiores contribuições da Odontologia para a sociedade é a melhoria da qualidade de vida, através da prevenção e tratamento das doenças bucais. Devido às características subjetivas próprias dos conceitos do processo

6 22 saúde-doença e de qualidade de vida, somente recentemente os pesquisadores têm estudado as repercussões da condição de saúde bucal na vida diária. Esta subjetividade está aliada a alguns fatores como dificuldade de definição dos referidos conceitos, sua abstração, multidimensionalidade e estarem sujeitos ao contexto social, cultural, político e prático nos quais estão inseridos e são mensurados 40. Segundo Sheiham e colaboradores 76, o estado de saúde bucal pode afetar os indivíduos físicamente e psicologicamente, influenciando em como as pessoas aproveitam a vida, se olham, falam, mastigam, apreciam os alimentos, se socializam, bem como interfere na auto-estima, imagem própria e sentimento de bem estar social. Diversos estudos de autopercepção sobre saúde bucal mostram que algumas condições clínicas são percebidas pelos indivíduos como situações que interferem na qualidade de vida. Dentre estas, dentes cariados, perdidos e fatores subjetivos, como sintomas das doenças dentárias que interferem na capacidade da pessoa sorrir, falar ou mastigar sem problemas. Além disso, tais interferências da saúde bucal na qualidade de vida também podem ser influenciadas por fatores como classe social, idade, renda e gênero 31,63,70,84. Ao longo de duas décadas, um número específico de medidas de qualidade de vida na saúde bucal tem sido desenvolvidos para avaliar o nível do impacto da qualidade de vida na saúde bucal e avaliar os resultados desses cuidados de intervenção na assistência, em termos de contribuição para a qualidade de vida 29. A qualidade de vida relacionada à saúde bucal (OHRQOL) pode ser avaliada usando medidas genéricas ou específicas. Dentre seus indicadores, o OIDP, Impacto Bucal na Performance Diária, é a medida destinada a especificar uma condição oral, tais como as oclusopatias e seus impactos na qualidade de vida O INDICADOR DE IMPACTO BUCAL NA PERFORMANCE DIÁRIA (OIDP) COMO UM INSTRUMENTO PARA AFERIR A RELAÇÃO SAÚDE BUCAL / QUALIDADE DE VIDA O Indicador de Impacto Bucal na performace Diária OIDP é um índice sóciodental baseado conceitualmente no International Classification of Impairments, Disabilities and Handicaps, modificado por Locker, em 1988, para o seu uso em Odontologia. Este foi desenvolvido com o objetivo de observar e mensurar a percepção de pessoas sobre impacto das condições bucais no seu cotidiano 41.

7 23 Apesar de variadas medidas de OHRQOL serem desenvolvidas e testadas, o OIDP é o mais projetado para problemas orais específicos e relacionados aos impactos de uma condição oral específica. Esta característica de vincular os problemas orais específicos ao impacto faz com que o OIDP venha a ser utilizado na avaliação das necessidades em saúde bucal, bem como na priorização de cuidados de saúde dentária em serviços de saúde. Outra característica positiva do OIDP é que avalia a intensidade e/ou a extensão de tais impactos Este índice demonstra coerência teórica e evita medir duplamente o mesmo impacto em diferentes níveis, considerando somente os impactos importantes, pois omite aqueles que não afetam a vida diária, proporcionando um escore final que incorpora tanto a frequência, quanto a gravidade do impacto bucal nos 6 meses anteriores ao questionamento 13,76. Sendo assim, o OIDP avalia a gravidade de oito performances de execução diária, sendo estes, comer, falar, limpeza da boca, relaxamento, sorriso, estudo, estatus emocional e contato social. Se um indivíduo menciona um impacto das oito performances relatadas, a freqüência e o impacto (medidas em uma escala de 1 a 3 ) e a severidade deste efeito na vida diária (escala de 1 a 3) serão marcadas. Se nenhum impacto foi relatado, será então marcado zero para a análise. Para finalizar, o cálculo do índice se baseia na multiplicação da freqüência pelo impacto de cada performance e, em seguida, multiplicado por 100 e dividido por 72. A intensidade do impacto será mensurada em uma escala de um a nove, sendo esta muito pouco (1), pouco (2), moderado (3 e 4), severo (6) e muito severo (9). A extensão do CS-OIDP é calculada através do número de performances afetadas, as quais podem ser de uma a oito Atualmente, o índice OIDP é uma das poucas medidas de qualidade de vida especificamente concebidas para atribuir impactos bucais para problemas orais específicos, de acordo com a percepção individual. Isso torna o OIDP uma ferramenta útil na avaliação das necessidades de saúde bucal e priorização de serviços de atenção à saúde bucal 13,15. Sheiham e colaboradores 77 pesquisaram a prevalência do impacto das condições de saúde bucal na qualidade de vida de pessoas de 60 a 74 anos de idade na Tailândia. Relataram que 52,8% dos indivíduos demonstraram impacto em pelo menos uma das performances do OIDP. A performance mais comumente afetada foi comer, com 42,7% e os dois sintomas que causaram mais impacto, limitação funcional e dor.

8 24 Um outro estudo realizado por Sheiham e colaboradores 76, observou a prevalência de impacto relacionado à saúde bucal na qualidade de vida de pessoas de mais de 65 anos na Grã-Betanha, para os idosos com presença de dentes e não institucionalizados. Dezessete por cento relataram a boca afeta seu padrão de qualidade de vida e a prevalência de impacto bucal foi mais baixa nos idosos que possuiam maior número de dentes. As performances mais afetadas no impacto foram a alimentação e a fonação. Dois anos depois, Masalu e Astrom 48 avaliaram a aplicabilidade de uma versão adaptada do OIDP em uma população adulta da Tanzânia. Um total de 51% dos participantes relataram que a saúde bucal havia afetado pelo menos uma performance diária nos 6 meses anteriores à pesquisa. Observaram ainda que a freqüência dos escores do OIDP estava estatisticamente associada com problemas de saúde bucal observados clinicamente, e também com um indicador global de autopercepção de saúde bucal. Abbeg e Gomes 1 utilizaram o OIDP para avaliar a prevalência do impacto bucal em adultos brasileiros, associando com variáveis sócio-demográficas e clínicas. Encontraram uma alta prevalência do impacto na saúde bucal, onde o desconforto e a insatisfação com a aparência foram os sintomas mais prevalentes e a performance mais afetada foi o desempenho físico comer. Nesse estudo, o OIDP mostrou-se bastante útil para avaliar os impactos odontológicos nas dimensões físicas, psicológicas e sociais do desempenho diário. Um estudo transversal realizado por Tsakos e colaboradores 87, com crianças na faixa etária de de uma área municipal da província de Suphanburi, na Tailândia, avaliou a prevalência e a severidade que o impacto oral causa nas crianças de escola primária, através do Child-OIDP, e concluiu que as performances orais foram prevalentes, porém não impactado de forma grave. Dentre as performances mais relacionados, destacou-se à dificuldade de comer e sorrir. A dor de dente e as úlceras orais contribuíram grandemente para o relato desses impactos. Peres e colaboradores 61 utilizaram o OIDP para avaliar a prevalência do impacto na qualidade de vida sobre a saúde bucal entre adolescentes brasileiros com 12 anos de idade e sua associação com variáveis socioeconômicas em seu curso de vida. Em seus estudo foi encontrado que quanto maior a prevalência da cárie dentária e do sangramento gengival, maior o impacto, e dentre as performances mais afetadas destacou-se comer, a limpeza da boca, seguida do sorriso.

9 25 Um outro estudo realizado por Bernabé, Oliveira e Sheiham 15, avaliaram o impacto da oclusopatia em adolescentes na faixa etária de 16 e 17 anos, também com o OIDP e observou existir um impacto da oclusopatia na qualidade de vida desse adolescentes, cuja performance diária mais afetada foi o sorriso. Diante desses diversos estudos, para um maior aprofudamento da relação específica das oclusopatias com a qualidade de vida, se faz necessário compreender objetivamente o que são as oclusopatias, as suas formas de aferição em nível individual e coletivo e seu impacto na qualidade de vida OCLUSOPATIAS E QUALIDADE DE VIDA OCLUSOPATIAS E FATORES ASSOCIADOS De acordo com Simões 79, as oclusopatias são anomalias de crescimento e desenvolvimento que afetam principalmente os músculos e os ossos maxilares no período da infância e da adolescência, e que podem produzir alterações tanto do ponto de vista estético nos dentes e/ou face, quanto do ponto de vista funcional na oclusão, mastigação e fonação. A oclusopatia pode ser definida como uma oclusão em que existe uma má relação entre os arcos em qualquer um dos planos ou em que existem anomalias de posição dentária além do limite normal. O indivíduo com alguma oclusopatia pode sentir-se tímido no contato social, pode perder oportunidades e se sentir envergonhado com seu aspecto dentário. Angle 3, além de conceituar a oclusopatia como o desvio da oclusão ideal, estipulou um método de agrupamento das deformidades dentoesqueléticas, capaz não somente de romper barreiras geográficas e do tempo, mas de identificar epidemiologicamente a prevalência das más oclusões, a despeito de ser conceituado como qualitativo e subjetivo. Segundo Moyers 51, as principais causas das oclusopatias estão relacionadas à hereditariedade, defeitos de desenvolvimento de origem desconhecidas e traumatismos, tanto os pré-natais, quanto os pós-natais. Além destes, os agentes físicos, como perda precoce de dentes decíduos, hábitos deletérios como sucção digital, projeção de língua, sucção e mordida de lábio, postura e onicofagia, enfermidades sistêmicas, distúrbios

10 26 endócrinos e locais como os naso-faríngeos e respiratórios, gengivais e periodontais, tumores e cáries, e, ainda, má-nutrição. Shaw 72 relata que as oclusopatias estão relacionadas a fatores dento-alveolares gerais e locais, fatores esqueléticos e neuro-musculares, quando não da interação de ambos. As oclusopatias não são uma entidade única, e as diversas classificações ou tipos de oclusopatias podem estar presentes de forma isolada ou combinada. O grau de morbidade, e seu consequente impacto na qualidade de vida, dependem não só do tipo de desvio, mas também de sua gravidade e da interação com outros desvio 72. Com a redução da cárie em crianças e adolescentes nas últimas décadas, uma maior atenção tem sido dada às oclusopatias e, segundo a Organização Mundial de Saúde 89, estas se encontram em terceiro lugar na escala de prioridades entre os problemas odontológicos de saúde pública mundial. Do ponto de vista da Saúde Pública, o conhecimento dos problemas oclusais tem como objetivos identificar os indivíduos de acordo com o grau de prioridade das suas necessidades e proporcionar o planejamento e a obtenção de recursos para o tratamento ortodôntico. Para isso, são necessários métodos claros de mensuração e classificação dos problemas que permitam sua aplicação em nível epidemiológico e de fácil reconhecimento pelos pesquisadores e examinadores 38. Lima 38, em seu estudo, avaliou a prevalência das oclusopatias em crianças de 5,8 e 12 anos. Em todas as idades foi achado um percentual alto tanto para a prevalência, quanto para a necessidade de tratamento. Em um outro estudo realizado por Frazão 24, avaliou-se a prevalência de oclusopatias na dentição decídua e permanente, e se observou que existiu um aumento da prevalência da oclusopatia na dentição permanente quando comparada com a dentição decídua. Em recente estudo, o SB Brasil 2010, avaliou-se a prevalência de oclusopatias na idade de 12 anos e, para adolescentes, entre anos. Foi observado uma prevalência de oclusopatias de 38 % aos 12 anos e de 35% nos adolescentes, destacando que no Brasil cerca de 230 mil crianças de 12 anos e 1,7 milhões de adolescentes de anos necessitam de tratamento ortodôntico 81. Tomando como base tais dados, observa-se que na literatura existem índices de necessidade de tratamento ortodôntico que se tornam instrumentos úteis no diagnóstico das oclusopatias e na determinação de sua prevalência em nível individual e coletivo.

11 ÍNDICES DE NECESSIDADES DE TRATAMENTO ORTODÔNTICO Diversos índices têm sido bastante utilizados para avaliar a prevalência e a gravidade de oclusopatias em estudos epidemiológicos e para categorizar os indivíduos em grupos de acordo com o nível de necessidade de tratamento. Nesse sentido, visam atuar como métodos eficazes para se conseguir uma avaliação mais uniforme da necessidade de tratamento ortodôntico 20. Tais índices oclusais e de necessidade de tratamento são, com freqüência, utilizados mundialmente. Entre eles figuram o Índice de Estética Dental, DAI, o Índice de Necessidade de Tratamento Ortodôntico, IOTN e o Ìndice de Complexidade e Necessidade de Tratamento Ortodôntico, ICON. O DAI é o índice oclusal recomendado pela Organização Mundial de Saúde OMS e, no Brasil, vem sendo utilizado em levantamentos epidemiológicos realizados pelo Ministério da Saúde 81 e em estudos locais 46,60. Caracteriza-se por ser um método de fácil aplicação e alta reprodutibilidade. Este índice avalia dez características das oclusopatias, com pesos variáveis, indicando a necessidade de tratamento ortodôntico de um indivíduo. O fato de somar valores atribuídos a várias características de locais diferentes e não ponderados por grau de morbidade, pode resultar em um valor final aumentado, que não corresponda exatamente à gravidade da oclusopatia, onde pequenas alterações oclusais pouco importantes em relação ao seu impacto na saúde bucal, se somadas, podem acumular uma alta pontuação 19,72. O IOTN foi descrito por Brook e Shaw, em 1989 na Inglaterra. Este índice classifica a necessidade de tratamento ortodôntico de acordo com a importância e a gravidade de várias características oclusais para a saúde e funções dentais de acordo com o prejuízo estético percebido, sendo notificada apenas a maior gravidade oclusal da sua escala. É formado por dois componentes distintos, o componente de saúde dental (DHC) e o componente estético (AC), sendo esta avaliada através da escala SCAN 26,73. O DHC representa uma tentativa de sintetizar todos os possíveis efeitos prejudiciais das oclusopatias em um método objetivo e reproduzível de avaliação. Nele, todas as características oclusais julgadas como interferente na longevidade e funcionamento da oclusão foram classificadas em uma escala de cinco graus, com ordem crescente de necessidade de tratamento.apesar de serem avaliadas todas as alterações presentes, somente a mais grave serve de base para a classificação da necessidade de tratamento, ou seja, várias alterações menores não podem ter os seus graus individuais somados 20. A escala SCAN, avalia o AC, onde encontra-se a parte subjetiva do IOTN. Esta recebe

12 28 críticas devido apresentar uma visão bidimensional e limitada de aparência dental. O julgamento da impressão estética geral, em vez da semelhança morfológica, se torna problemático em casos cujas características principais não são mostradas nas fotografias, como o caso da mordida aberta anterior e da mordida cruzada anterior, que não estão representadas na escala 57. Diversos estudos realizados para predizer a necessidade de tratamento utilizando o IOTN, observaram que pela avaliação do AC uma menor quantidade de indivíduos apresenta necessidade de tratamento quando comparada à avaliação pelo DHC. Isto ocorre porque existem diferenças entre estes dois componentes, uma vez que o DHC dimensiona, com precisão normativa, a gravidade da má-oclusão, enquanto o AC oferece uma impressão pessoal da estética do sorriso 73. Outro índice utilizado, porém com poucos estudos encontrados na literatura é o ICON. A validação do ICON para determinar a necessidade de tratamento ortodôntico, conforme a percepção de necessidade por ortodontistas norte-americanos, foi realizada por Firestone e colaboradores 25. O ICON é um índice quantitativo multifuncional que pode ser utilizado para medir simultaneamente a necessidade de tratamento ortodôntico, sua complexidade e a aceitabilidade do seu resultado, dependendo da definição do ponto de corte. O objetivo da validação desse índice foi de propor um índice unificado, com o objetivo de superar as limitações de outros índices e reunir nele, de forma simplificada, a avaliação de características antes realizadas somente por índices distintos 26. A equação do ICON integra as variáveis que avaliam as características estéticas, através de uma escala SCAN, com 10 fotografias, semelhante ao componente AC do IOTN e aquelas relacionadas à saúde bucal 26,65, onde integra em uma mesma equação tanto a estética quanto a morbidade da oclusopatia. Dunstam e colaboradores 21, realizaram um estudo em escolares, avaliando a qualidade de vida com a necessidade de tratamento através do ICON, encontrando uma prevalência de 35% de adolescentes com necessidade de tratamento. Através do uso deste índice, eles puderam auxiliar no planejamento ortodôntico da população examinada, reforçando a idéia de Richmond e colaboradores 65, que relataram que o desenvolvimento desse índice permite auxiliar na análise da necessidade de tratamento, além da avaliação do efeito do tratamento das oclusopatias através de uma aplicação prática.

13 29 Embora existam críticas à utilização de índices oclusais, o desenvolvimento de índices com características próximas do ideal são de grande importância para a correta avaliação da situação da saúde bucal e implementação das ações adequadas 90. Baseado nestes índices, os estudos demonstram que a oclusopatia possui alta prevalência na população e devido a essa crescente prevalência, da necessidade de levantamentos epidemiológicos mais confiáveis, da limitação de recursos para tratamento e da dificuldade para o clínico diagnosticá-la e avaliar corretamente a sua gravidade, torna-se necessária a utilização de um instrumento válido para medir os critérios de indicação e priorização do tratamento ortodôntico 19. Assim, esses índices possuem a característica desse tipo de avaliação, onde cada um possui sua particularidade. A maioria dos índices oclusais atuais contemplam três componentes principais da necessidade de tratamento, problemas psicossociais, função oral e a relação com o risco de traumatismo dental e doenças bucais. Sua principal finalidade é selecionar os portadores de oclusopatias mais graves, e, além disto, possuem grande importância no registro da prevalência e gravidade de oclusopatias em estudos epidemiológicos, auditoria e referenciamento de pacientes 6,19. Um estudo realizado na Lituânia com adolescentes avaliou a prevalência da necessidade de tratamento através do ICON e obteve 49,9% de adolescentes com necessidade de tratamento 5, já um estudo semelhante com adolescentes utilizando o DAI 71, encontrou uma prevalência de 96% de adolescentes com necessidade de tratamento. Ao realizar um comparativo, observa-se a diferença entre estes índices no somatório quanto às oclusopatias avaliadas. Onyeaso 55 pesquisou a relação entre o ICON e o DAI na avaliação da necessidade e complexidade de tratamento ortodôntico entre adolescentes em Ibadan, Nigéria, encontrando em ambos os índices uma porcentagem de 37,2% de adolescentes sem necessidade de tratamento. Com isso, conclui que ambos os índices ortodônticos concordaram satisfatoriamente em ambas facetas de avaliação de tratamento 55. A utilização de índices oclusais para determinar a necessidade de tratamento ortodôntico apresenta limitações, inerentes ao procedimento, desde a determinação do padrão-ouro até a incorporação da percepção do paciente sobre a necessidade de tratamento. Pesquisa realizada por Costa 19 relata que apesar do DAI e ICON parecerem estruturalmente semelhantes, estes apresentam diferenças significativas em suas validades e sugere a substituição do uso do DAI pelo ICON, já que este possui uma maior acurácia e comtempla componentes importantes relacionados à saúde, além do

14 30 componente estético, apesar de recomendar o uso dos dois índices em levantamentos epidemiológicos IMPACTO DAS OCLUSOPATIAS NA QUALIDADE DE VIDA As oclusopatias, compreendidas como problemas de crescimento e desenvolvimento que afetam a oclusão dos dentes, podem ser consideradas um problema de saúde pública, pois apresentam alta prevalência e possibilidade de prevenção e tratamento, além de provocarem impacto social pela interferência na qualidade de vida dos indivíduos 59. Um aspecto dentário desagradável compromete a vida social, refletindo um efeito negativo em si, levando o indivíduo a procurar o tratamento ortodôntico quase que exclusivamente por questões estéticas 50. Para isso, é essencial entender como o indivíduo percebe sua condição bucal, pois seu comportamento é condicionado pela percepção e pela importância dada a ela 34. Indivíduos com oclusopatia grave sofrem discriminação social, além de apresentarem problemas com a função oral, motivos estes que os fazem procurar por tratamento ortodôntico. Mesmo famílias com recursos financeiros limitados desejam realizar tratamento ortodôntico para a correção da oclusopatia, presumivelmente porque eles a vêem como um problema de grande significância 62. Segundo Kerosuo e colaboradores 32, estudos no campo da Psicologia Social indicam que a atração física exerce um papel importante na interação social do indivíduo. Pessoas com aparência facial atrativa são consideradas mais habilitadas socialmente, mais desejadas pelos amigos e parceiros e com maior sucesso profissional. As anomalias dentofaciais visíveis podem levar à incapacidade social, principalmente no que se refere à atração física, podendo influenciar as relações entre as pessoas. Um estudo realizado entre estudantes finlandeses concluiu que a presença de apinhamento dentário ou diastema incisal representava uma desvantagem social, se comparados com o posicionamento normal dos incisivos. Tais indivíduos foram considerados menos inteligentes, menos bonitos e menos atrativos sexualmente, e pertencentes às classes sociais mais baixas, se comparados com indivíduos com oclusão normal 32. Todavia, contrariando outros estudos, Shaw, Richmonde e Kenealy 74 realizaram um estudo do tipo longitudinal, envolvendo 1018 crianças entre 11 e 12 anos de idade,

15 31 que investigou os efeitos das oclusopatias na saúde bucal, no bem-estar psicológico e na eficiência do tratamento ortodôntico. Os resultados mostraram pouca evidência de que as crianças sofriam psicologicamente por apresentarem oclusopatia, baseando-se em um modelo de associação entre a condição dentária da criança, sua atratividade e sua condição de bem-estar psicológico e bem-estar social. Na maioria das vezes, a determinação da necessidade de tratamento ortodôntico é feita baseada em medidas normativas, que muitas vezes não consideram as expectativas do paciente e nem a sua percepção em relação ao que o fez procurar tratamento, não informando o quanto a sua oclusopatia influencia negativamente seu dia-a-dia em termos de limitações funcionais e bem-estar psicossocial Sendo assim, certamente, a aferição clínica da oclusopatia é de grande valia, porém a avaliação de seu impacto na qualidade de vida, compreendendo a real importância da queixa principal do paciente assume a mesma importância para o diagnóstico e planejamento do tratamento das oclusopatias devendo, portanto, ser agregado à rotina diária de todo profissional que trabalha buscando uma oclusão ideal Diversas pesquisas têm explorado o impacto das oclusopatias na qualidade de vida. Em geral, esses estudos que buscam o impacto das oclusopatias na qualidade de vida lançam mão de índices de necessidade de tratamento ortodôntico como critérios para definir a severidade das oclusopatias ou, ainda, estudam o efeito de tratamentos oclusais específicos sobre a qualidade de vida de determinados indivíduos. Relacionando os índices de necessidade de tratamento com a qualidade de vida, o estudo realizado por Sprod e colaboradores 83, comparou a qualidade de vida de adolescentes com a necessidade de tratamento através do DAI e IOTN, concluindo que a associação entre a qualidade de vida e a necessidade de tratamento, quando determinada pelo IOTN é fraca em relação ao DAI. Bernabé,Oliveira e Sheiham 12 realizaram um estudo com escolares de 15 a 16 anos, comparando a prevalência, intensidade e extensão da condição específica do impacto bucal na qualidade de vida atribuído às oclusopatias classe I, II e III de Angle. Concluiu-se que a prevalência do impacto na qualidade de vida em pacientes classe II e III de Angle foi maior quando comparada com indivíduos classe I, e constatou-se que a oclusopatia presente tem conseqüências físicas, psicológicas e sociais na qualidade de vida dos adolescentes examinados.

16 32 Outro estudo realizado por Bernabé e colaboradores 10 comparou a prevalência, intensidade e extensão do CS-OIDP com o nível de necessidade de tratamento através do índice DHC do IOTN e concluiu que a prevalência, intensidade e extensão do CSI- OIDP diferem entre os níveis de necessidade de tratamento ortodôntico de forma significativa,onde aqueles com maior necessidade de tratamento possuem maior impacto na qualidade de vida. Em uma outra pesquisa, Bernabé e colaboradores 15, avaliaram o impacto da oclusopatia em adolescentes na faixa etária de 16 e 17 anos,também com o OIDP, e observou que a prevalência do impacto foi de 21,5%, onde a performance diária mais afetada foi o sorriso. Onyeaso 54, ao realizar pesquisa com adolescentes nigerianos, realizou a associação da necessidade de tratamento ortodôntico com a saúde bucal e a qualidade vida desses adolescentes através do ICON. O referido autor observou associação significativa da complexidade do tratamento e o impacto da saúde bucal na vida diária. Um outro estudo avaliou a associação da necessidade de tratamento com o impacto na qualidade de vida através do IOTN e DAI, concluindo que ao avaliar estes índices com o OIDP, os adolescentes que possuíram necessidade de tratamento tanto com o DAI, quanto o IOTN possuíram um impacto na sua qualidade de vida 12. Apesar do diversos estudos que avaliam a necessidade de tratamento com a qualidade de vida, ainda assim, existe na literatura, uma escassez de pesquisas que buscam avaliar a necessidade de tratamento de adolescentes utilizando em um único estudo os três índices de necessidade de tratamento, DAI, ICON e IOTN.

17 33 3. OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL Investigar a relação existente entre a presença e severidade das oclusopatias e suas respectivas necessidades de tratamento e o impacto na qualidade de vida de adolescentes. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Determinar a prevalência, intensidade e extensão do impacto de oclusopatias e suas necessidades de tratamento na qualidade de vida dos adolescentes examinados através do CS-OIDP Avaliar se os distintos níveis de necessidade de tratamento de oclusopatias diferem quanto à prevalência, intensidade e extensão de impacto na qualidade de vida de adolescentes. Analisar a influência de aspectos sócio-demográficos na relação oclusopatia e qualidade de vida.

18 34 4. MATERIAIS E MÉTODOS 4.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO O presente estudo se caracteriza por ser um estudo do tipo exploratório, observacional e transversal, tipificado como um estudo de prevalência. 4.2 LOCAL E POPULAÇÃO ESTUDADA Escolares da rede pública e privada do município de Macaíba-RN com idade entre 15 e 19 anos que frequentavam as escolas, independente do grau de escolaridade. 4.3 CÁLCULO DO TAMANHO DA AMOSTRA O cálculo do tamanho da amostra foi baseado no estudo SB Macaíba 2006, o qual obteve uma prevalência para oclusopatias em adolescentes de anos de 39,67%. A fórmula utilizada para o cálculo do tamanho da amostra foi a que se segue: z 2 1 P P n 2 Fonte: Lwanga e Lemeshow, 1991 onde n representa o tamanho da amostra; z representa o nível de confiança (95%), ou seja, 1,96; P representa prevalência estimada da oclusopatia, e ε representa a margem de erro do estudo. Portanto, obteve-se que: 2 1,96 1 0,397 n --» n = ,20 0,397 Como se tratava de uma amostragem por conglomerados em múltiplos estágios, o número obtido foi posteriormente multiplicado por 2, correspondente ao efeito do desenho. Ao resultado encontrado foi acrescido 20%, correspodente às possíveis perdas. Dessa forma, o tamanho final da amostra foi de 356 individuos.

19 AMOSTRAGEM As unidades amostrais primárias foram selecionadas a partir de um cadastro de 2010 (dados preliminares) dos estabelecimentos de ensino, registrados na Secretaria Municipal de Educação do município de Macaíba-RN. Dos 73 estabelecimentos registrados, 40 foram excluidos do estudo pois estes não possuiam alunos na faixa etária selecionada para este estudo (15-19 anos). Desta forma, 33 estabelecimentos escolares compreenderam às unidades amostrais primárias, alcançando todas as regiões do Município de Macaíba-RN Após a identificação dos 33 estabelecimentos de ensino que compuseram a amostra, solicitou-se a listagem dos alunos matriculados de cada estabelecimento escolar e,em seguida, foi realizado o sorteio dos elementos amostrais secundários. A técnica utilizada para esse fim foi a da amostra casual simples. Para isso, ralizou-se a junção das listas de alunos de cada escola, compondo uma relação única de todos os alunos e, em seguida, feita uma numeração sequencial de todos os adolescentes da relação, até ser obtido o número total de alunos. Da lista total, sorteou-se, através de sorteio simples, o total de alunos da amostra. Após essa fase, todos os adolescentes que concordassem em participar do estudo e se adequassem aos critérios de inclusão, sendo estes estudantes da rede escolar de Macaíba e idade entre anos, foram examinados.

20 VARIÁVEIS, EXAMES E CRITÉRIOS ADOTADOS VARIÁVEIS DO ESTUDO Foram utilizadas diversas variáveis no estudo que serão detalhadas a seguir no quadro 1: Quadro 1 - Descrição, tipo e categoria das variáveis dependentes e independentes estudadas. Natal-RN, 2010 Variável Dependente Descrição Tipo Categoria Impacto Oral na Performance Diária (OIDP) Indicador sócio dentário que visa medir o impacto, a freqüência e a extensão da condição oral na qualidade de vida Categórica Nominal Impactou Não Impactou Severo Intensidade do OIDP Indicador que visa medir a severidade do impacto da condição oral na qualidade de vida Categórica Ordinal Muito Severo Moderado Pouco Muito Pouco Extensão do OIDP Indicador que visa medir a extensão ( número de performances afetadas ) do impacto da condição oral na qualidade de vida Categórica Ordinal 1-2 performances afetadas 3 ou mais performances afetadas Variável Independente Descrição Tipo Categoria Escola Tipo de escola na qual o escolar estuda Categórica nominal Pública Privada Gênero Distinção entre homem e mulher Categórica Nominal Feminino Masculino Idade Tempo de vida no momento do exame Quantitativa Discreta 15,16,17,18 e 19 anos Subproletariado Proletariado Típico SES Classificação sócio-econômica baseada em pontos calculados a partir do grau de instrução do chefe da família Categórica Ordinal Proletariado Não-Típico Pequena Burguesia Tradicional Nova Pequena Burguesia Burguesia DAI Índice que determina a prevalência, severidade e necessidade de tratamento ortodôntico Categórica Ordinal Nenhuma necessidade de tratamento Necessidade Eletiva

21 37 Altamente Imprescindível Imprescindivel Sem necessidade de tratamento IOTN Índice que determina a prevalência, severidade e necessidade de tratamento ortodôntico Categórica Ordinal Moderada necessidade de tratamento Necessidade Severa de tratamento ICON Índice que determinam a prevalência, complexidade e necessidade de tratamento ortodôntico Categórica Nominal Sem necessidade de tratamento Com necessidade de tratamento CALIBRAÇÃO DOS EXAMINADORES Previamente ao trabalho de campo, realizou-se a calibração dos examinadores com o objetivo de assegurar uniformidade de interpretação, entendimento e aplicação dos critérios epidemiológicos. A primeira etapa consistiu no estudo dos critérios para coleta dos dados clínicos, através de discussões de artigos e explicação de cada índice oclusal. A segunda etapa foi composta por um exercício clínico, cujo objetivo foi propiciar aos examinadores a fixação dos critérios de análise e diagnóstico. Previamente, um examinador externo à pesquisa selecionou 15 modelos de estudo, apresentando diversas situações de oclusopatias, objetivando praticar nos modelos a coleta de dados dos índices que aferem oclusopatias, adotados no estudo. Em seguida, os examinadores realizaram os exames e, após terem concluído, verificaram as divergências ocorridas. Os modelos nos quais foram observadas diferenças de diagnóstico entre os examinadores foram reexaminados e as dúvidas sanadas. Na terceira etapa, realizou-se a calibração interexaminador. Essa calibração foi realizada com 20 escolares do Instituto Federal de Educação e Tecnologia do Rio Grande do Norte, IFRN, na faixa etária de 15 a 19 anos. Após a realização dos exames dos indivíduos, foram montadas matrizes para verificar as concordâncias e permitir o cálculo do coeficiente kappa ou kappa ponderado, considerando-se cada índice

22 38 separadamente. Considerou-se como padrão aceitável um valor de kappa igual ou maior que 0,65 em cada um dos índices avaliados. Portanto, o valor de kappa obtido nesta etapa foi maior que 0,7 para todas as variáveis estudadas COLETA DE DADOS A coleta de dados se deu através de questionários, os quais continham informações acerca das características sócio-demográficas e o impacto da sua condição oral nos últimos seis meses, além da realização de exame epidemiológico para avaliação dos índices de necessidade de tratamento ortodôntico. Para a coleta de dados da qualidade de vida e a condição oral do examinado, foi utilizado o índice OIDP, onde se avaliou a condição específica do impacto oral na performance diária atribuída à oclusopatia (OIDP) entre os adolescentes com ou sem necessidade de tratamento. O índice OIDP foi coletado para informações do impacto sócio-dental, através da análise de oito performances diárias, sendo estas: alimentação, fala, limpeza da boca, relaxamento, sorriso, estudo, status emocional e o contato social. Caso o adolescente relatasse impacto do mau posicionamento dentário, espaço entre os dentes e deformidade da boca ou face em qualquer uma das oito performances, a freqüência do impacto (em uma escala de 1 a 3) e a severidade do efeito na vida diária (em uma escala de 1 a 3) eram determinadas e, em seguida, calculado o escore total referente ao OIDP, segundo validação do OIDP realizada por Sheiham et al(2008). Se nenhum impacto fosse relatado, o escore zero seria utilizado. O escore do impacto para cada uma das oito performances foi estimado multiplicando-se o escore da frequência correspondente e sua respectiva severidade. O escore total atribuído ao OIDP para a oclusopatia foi a soma dos escores das oito performances (em uma variação de 0 a 72), multiplicado por 100 e dividido por 72. Sobre as informações acerca das características sócio-demográficas, avaliou-se o gênero, idade e status sócio-econômico e o tipo de escola a qual o estudante pertencia, se pública ou privada. Para determinação do status socioeconômico (SES), aplicou-se um questionário que avalia a ocupação e os meios de produção do chefe da casa, setor de atividade e educação do chefe da casa. Este sistema permite que se faça uma classificação em seis classes sociais, sendo estas burguesia, nova pequena burguesia, pequena burguesia, proletariado, proletariado típico e subproletariado. O critério de

23 39 entrada para a classificação é a relação com os meios de produção, sendo as demais variáveis utilizadas a partir deste ponto 42. O esquema de classificação segue em anexo. Além destas variáveis, analisou-se a necessidade de tratamento ortodôntico nos examinados através da avaliação de três índices, sendo eles o DAI, IOTN e ICON. Na análise do DAI foi realizada a avaliação de três grupos: - Dentição : expressa o número de incisivos, caninos e pré-molares perdidos que causam dano estético no arco superior e inferior, o valor registrado corresponde à quantidade de dentes perdidos.os dentes perdidos não foram considerados quando o seu respectivo espaço estava fechado, ou o decíduo ainda estava em posição. - Espaço : avaliado o apinhamento incisal quando havia falta de espaço disponível entre caninos direito e esquerdo, promovendo rotações ou desalinhamento dentário; espaçamento incisal, considerado quando a distância intercaninos era suficiente para o adequado posicionamento de todos os incisivos e ainda sobrava espaço e/ou um ou mais incisivos tinham uma ou mais superfícies proximais sem estabelecimento de contato interdental; a presença de diastema incisal que foi definido como o espaço, em milímetros, entre os dois incisivos centrais superiores permanentes, quando estes perdiam o ponto de contato, diastemas em outras localizações ou no arco inferior não foram consideradas; Desalinhamento maxilar anterior e mandibular anterior que foram consideradas como as rotações e o mau posicionamento dos incisivos, o local do desalinhamento foi medido através da sonda CPI, sendo a maior irregularidade registrada. - Oclusão : baseada nas medidas do overjet maxilar anterior, overjet mandibular anterior, onde a mensuração foi realizada com os dentes em oclusão cêntrica, utilizandose a sonda CPI, posicionada em plano paralelo ao plano oclusal; mordida aberta vertical anterior, caracterizada pela falta da ultrapassagem vertical entre incisivos opostos, sendo medida pela distância entre os bordos incisais com a sonda CPI e o valor em mm; e da relação molar ântero-posterior no qual avaliou-se baseada na relação entre os primeiros molares permanentes, superior e inferior. O escore final do DAI foi obtido matematicamente, onde seus componentes foram multiplicados por seus respectivos pesos, e o produto adicionado a uma constante de uma equação, cuja soma resultante representa o DAI. Após contabilizado os valores, os pacientes considerados sem necessidade de tratamento ortodôntico, foram os que possuíam escores até 25, com necessidade moderada de tratamento Os pacientes

24 40 considerados com severa necessidade de tratamento foram os que apresentaram escores maior que 36. Para o IOTN, avaliou-se o componente estético (AC), que consiste de uma escala com dez fotografias (em anexo) chamada de escala SCAN, no qual mostra diferentes padrões de sorrisos, que vão desde um sorriso favorável ( número 01) até um sorriso desfavorável ( número 10 ), assim coletou-se a percepção do examinado em relação a sua oclusão em uma escala fotográfica de 1 a 10 e a visão dos examinadores. O componente dentário (DHC), registra através de uma régua plástica, preconizada pelo índice as características oclusais de uma oclusopatia que prejudica a dentição. Cinco graus de necessidade foram analisados, desde o grau 1 (nenhuma necessidade de tratamento ) até o grau 5 ( grande necessidade de tratamento ) Com isso, a pior característica foi a registrada. No que se refere aos escores para o IOTN e DAI, seguem-se os valores pertecentes a cada necessidade de tratamento em anexo. Na coleta de dados para o ICON foi realizado exame epidemiológico nos pacientes, a partir do qual foram avaliados todos os seus componentes. O componente estético (sendo a mesma análise do componente estético do IOTN, cuja dentição é comparada com uma escala ilustrativa,escala SCAN - anexa -, onde a foto que mais se aproxima tem o seu valor que será multiplicado por 7). Presença de mordida cruzada, apinhamento superior, espaço superior, segmento bucal ântero-posterior e a relação vertical anterior, mordida aberta incisal e mordida profunda, cada um teve seu escore, multiplicado de acordo com o seu resultado, finalizando com a somatória de todos os componentes, cujo valor acima de 43 foi considerado como necessidade de tratamento indicado. Os exames intrabucais foram realizados nas escolas, sob luz ambiente, por dois examinadores, sendo este um cirurgião-dentista ortodontista e uma bolsista CNPq, especialmente treinados e calibrados. Para o exame, foram utilizados instrumentos padronizados pela Organização Mundial da Saúde, devidamente esterilizados conforme as normas de biossegurança do Ministério da Saúde. Os instrumentos, cuja finalidade são auxiliar no exame visual e táctil dos tecidos bucais, foram o espelho bucal plano e a sonda periodontal da OMS para a avaliação do DAI. Para avaliação dos índices do IOTN foi utilizado a régua padrão deste índice e na avaliação do ICON utilizou-se uma régua milimetrada para auxílio na medição.

25 ANÁLISE DOS DADOS Inicialmente, foi realizada uma análise descritiva de todas as variáveis, às expensas de medidas de frequência absolutas e relativas e de índices estatísticos que sumarizam os dados. A partir de então, realizou-se uma análise fatorial das variáveis dependentes que correspondem aos índices de necessidade de tratamento ortodôntico, buscando identificar os fatores comuns entre elas, com o intuito de reduzir as variáveis relacionadas aos índices. Para avaliação da associação da variável fatorial produzida e demais variáveis que não se adequaram a análise fatorial e as outras variáveis independentes, com a prevalência, intensidade e extensão do OIDP foi realizado o teste qui-quadrado. Na análise da prevalência, da intensidade e extensão do impacto sócio dentário comparando o gênero, estatus-sócio econômico, idade e tipo de escola foi utilizado o teste qui-quadrado. Em relação a prevalência do impacto, realizou-se ainda uma regressão logística múltipla incluindo-se aquelas variáveis independentes que apresentaram valor de p<0,20 Para todos os testes estatísticos utilizados nesse estudo foi adotado um nível de significância de 5%.

26 42 5. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS O projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da UFRN e aprovado sob o parecer de número 001/2010, protocolo número 117/09-CEP/UFRN, CAAE Em anexo. O consentimento livre e esclarecido firmado por cada escolar participante ou seu responsável foi elaborado com base em resolução específica adotada pelo Comitê de Ética em pesquisa da UFRN.

27 43 6. RESULTADOS Os resultados que serão apresentados a seguir se referem a 300 examinados no período de Julho a Setembro de Dos 360 alunos sorteados que comporiam a amostra, 6,11% se recusaram a realizar os devidos exames, 6,38% não se encontravam mais estudando no local, por desistência e nem puderam ser localizados, e 4,16% foram tranferidos para outra escola e os diretores das escolas não souberam identificar o local da escola para onde os mesmos foram transferidos. Portanto, a perda encontrada nesse estudo foi de 16,66% CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA A tabela 01 traz os dados relativos à caracterização da amostra em relação às variáveis sócio-demográficas TABELA 1. Frequências absoluta e percentual para as variáveis sócio-demográficas dos alunos arrolados para o estudo. Natal-RN, VARIÁVEL n (%) TIPO ESCOLA Pública ,7 Privada 58 19,3 IDADE , , , , ,3 GÊNERO Masculino ,0 Feminino ,0 SES Burguesia 1 0,3 Nova pequena burguesia 28 9,3 Pequena burguesia 29 9,7 Proletariado 49 16,3 Proletariado típico 44 14,7 Subproletariado ,7

28 44 Dos 300 examinados, a maioria são estudantes de escola pública, prevalecendo a faixa etária de 15 anos. Ocorreu um predomínio do sexo feminino sobre o masculino, tendendo para uma homogeneidade entre eles. Quanto ao SES, observa-se que quase metade dos alunos pertenceram à classe subproletária. A caracterização dos indivíduos quanto à prevalência de oclusopatias e necessidade de tratamento ortodôntico, de acordo com os índices utilizados, se encontra na Tabela 2 TABELA 2. Frequências absoluta e percentual para as variáveis AC-IOTN do examinador e aluno, DHC_IOTN, DAI e ICON de acordo com a necessidade de tratamento/ severidade de oclusopatias para os alunos arrolados no estudo. Natal-RN, VARIÁVEL n (%) AC-IOTN do examinador Necessidade Severa 31 10,3 Necessidade Moderada 57 19,0 Sem Necessidades ,7 AC-IOTN do aluno Necessidade Severa 16 5,3 Necessidade Moderada 18 6,0 Sem Necessidades ,7 DHC-IOTN Necessidade Severa ,7 Necessidade Moderada 60 20,0 Sem Necessidades 79 26,3 DAI Muito Severo 84 28,0 Severo 72 24,0 Má Oclusão Definida 72 24,0 Má oclusão leve ou sem Maloclusão 72 24,0 ICON Com Necessidade de Tratamento 93 31,0 Sem Necessidade de Tratamento ,0

29 45 Tanto no AC do examinador, quanto no AC do aluno ocorreu um predomínio de alunos sem necessidade de tratamento. A prevalência da necessidade de tratamento foi de 29,3% e 11,3% para o AC do examinador e AC do aluno, respectivamente. De todos os alunos examinados, 09 (3%) não souberam responder a qual escala seu sorriso poderia se encaixar. Ao observar o DHC do IOTN, ocorreu um predomínio da necessidade severa de tratamento ortodôntico, onde a prevalência para a necessidade de tratamento foi de 73,7%. Em relação ao DAI, apesar do equilíbrio observado entre as categorias, dos 300 examinados, ocorreu um discreto predomínio de escolares com necessidade severa de tratamento ortodôntico e uma alta prevalência da necessidade de tratamento, sendo esta de 76%. Na avaliação do ICON, a maioria dos alunos avaliados não possuíram necessidade de tratamento ortodôntico, entretanto a prevalência da necessidade de tratamento foi de 31%. A qualidade de vida nesse estudo baseou-se no CS-OIDP, onde dos 300 examinados, 166 relataram que a sua oclusopatia tem algum impacto na qualidade de vida, o que resulta em uma prevalência de 55,3%, com uma mediana de 1,38 ( Q 25 = 0 e Q 75 =7,96). Ao avaliar a intensidade, a mediana foi de 1,0 (Q 25 = 0 e Q 75 = 4), enquanto na extensão a mediana foi de 1,00 (Q 25 =0 e Q 75 =2). Ao perguntar que tipo de problema oral que mais afetou, o mau posicionamento dentário foi o mais prevalente, com um percentual de 35%. Na figura 1 encontra-se detalhadamente a distribuição percentual de cada performance citada que afetou a qualidade de vida do examinado.

30 46 Figura 1. Distribuição percentual das performances relatadas na interferência da qualidade de vida de acordo com o que impactou na qualidade de vida. Natal-RN, Ao avaliar a relação do impacto com as performances, pode-se observar ainda que a performance que causou mais impacto foi o sorriso, seguido pelo estatus emocional e interferência no comer. Na figura 2, encontra-se a distribuição percentual por performance da intensidade do impacto em cada uma delas. Figura 2. Distribuição percentual das performances relatadas na interferência da qualidade de vida de acordo com a intensidade. Natal-RN, 2010.

31 47 A partir da análise da figura 2, observou-se que o sorriso além de ter sido a performance mais afetada, também foi a que impactou com uma forma muito severa, seguida da performance estatus emocional ANÁLISE DA ASSOCIAÇÃO ENTRE O OIDP E AS VARIÁVEIS INDEPENDENTES ANALISADAS. A fim de reduzir as variáveis relacionadas aos índices de necessidade de tratamento ortodôntico, foi realizada uma análise fatorial destas variáveis, buscando identificar os fatores comuns entre elas, através da análise dos componentes principais. Assim, se observa na tabela 3 o resultado da análise de correlação realizada entre os índices de necessidade de tratamento ortodôntico. TABELA 3. Matriz de correlação entre os índices DAI, DHC-IOTN, AC do Examinador, AC do aluno e ICON. Natal-RN, ICON DHC_IOTN AC_ALUNO AC_EXAMINADOR DAI r 0,57 0,22 0,35 0,54 p < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 ICON r 0,37 0,43 0,93 p < 0,01 < 0,01 < 0,01 DHC_IOTN r 0,20 0,34 p < 0,01 < 0,01 AC_ALUNO r 0,39 p < 0,01 Na tabela 3, observou-se correlações significativas para todos os pares de variáveis testadas, com maior valores de correlação entre ICON e AC examinador e ICON e DAI e entre DAI e AC do examinador. Baseado na premissa de correlação existente entre as variáveis referentes à oclusopatia, procedeu-se a análise fatorial. O teste das medidas de adequação da amostra resultou em um KMO de 0,63, com significância no teste de Bartlet ( p < 0,001). A seguir, na tabela 4, encontra-se o valor das respectivas comunalidades das variáveis independentes que melhor se adequaram ao modelo de análise fatorial.

32 48 Tabela 4. Valor das Comunalidades inicial e após extração dos fatores a partir das variáveis independentes relacionadas à oclusopatia. Natal-RN,2010. COMUNALIDADES Inicial Após AC examinador 1,0 0,887 DAI 1,0 0,588 ICON 1,0 0,908 De acordo com a tabela 04, observou-se que a variável fatorial produzida explicou 88,7% da variação do AC examinador, 58,8% da variação do DAI e 90,8% da variação do ICON. Permaneceram para análise fatorial apenas as variáveis ilustradas na tabela, já que AC-aluno e DHC apresentaram baixos valores de comunalidades, não se adequando à análise fatorial. Portanto, essas duas variáveis foram estudadas separadamente. Diante deste resultado, foi criada uma única variável a partir dos índices de necessidade de tratamento ortodôntico, DAI, ICON e AC-examinador, denominada Dano Estético, que explicou 79,43% da variação de todas as variáveis incluídas no modelo de análise. A mesma foi posteriormente categorizada em dano estético positivo ou dano estético negativo, a partir da mediana dos escores fatoriais produzidos. Sendo assim, avaliou-se a associação entre os índices de necessidade de tratamento ortodôntico (variável fatorial dano estético, DHC e AC Aluno) com a prevalência, intensidade e extensão do OIDP. Os resultados referentes à associação das variáveis sócio-demográficas, idade, tipo de escola, gênero, SES e das variáveis dano estético, DHC_IOTN e AC aluno com a prevalência do impacto se encontram na tabela 5.

33 49 Tabela 5. Frequências absolutas e percentuais e valores brutos e ajustados da associação das variáveis independentes com a prevalência do OIDP dos alunos arrolados para o estudo. Natal-RN, 2010 PREVALÊNCIA-OIDP Impactou n(%) Não Impactou n(%) p OR (IC 95%) p ajust OR ajust (IC 95%) IDADE EM ANOS (57,8) 97(42,2) (47,1) 37(52,9) 0,15 1,53 (0,98-2,63) 0,08 1,68(0,93-3,03) TIPO DE ESCOLA Pública 132(54,5) 110(45,5) Privada 34(58,6) 24(41,4) 0,67 0,84 (0,47 1,51) - - GÊNERO Masculino 64(46,4) 74(53,6) Feminino 102(63) 60(37) 0,06 0,50 (0,32 0,80) 0,004 0,48 (0,29-0,780) SES Baixo SES 134(55,4) 108(44,6) Alto SES 32(55,2) 26(44,8) 1,0 1,0 (0,56 1,79) - - DANO ESTÉTICO Positivo 98(65,3) 57(34,7) Negativo 68(45,3) 48(54,7) 0,001 2,27 (1,42-3,61) 0,001 2,27(1,37-3,74) DHC_IOTN Necessidade Severa 102(63,4) 59(36,6) 0,01 2,06 (1,19 3,56) 0,04 1,85(1,02-3,35) Necessidade Moderada 28(46,7) 32(53,3) 0,01 1,04 (0,53 2,04) 0,06 0,86(0,418-1,77) Sem Necessidade 36(45,6) 43(54,4) AC ALUNO Com Necessidade 25(73,5) 9(26,5) Sem Necessidade 134(52,1%) 123(47,9%) *Omnibus p<0,001; **Hosmer e Lemeshow 0,87 0,03 2,55 (1,14 5,67) - - Ao avaliar a tabela 5, pode-se observar que existiu uma associação significativa entre a prevalência do CS-OIDP com, o dano estético, o DHC-IOTN e o AC do aluno.. Quem possui dano estético positivo possui 2,27 vezes mais impacto na sua qualidade de vida do que quem não o possui. Para o DHC, quem possui necessidade severa de tratamento ortodôntico, possui 2 vezes mais impacto na sua qualidade de vida do que

34 50 quem não possui. Já quem tem necessidade moderada impacta 1,04 vezes mais do que quem não possui necessidade. No AC do aluno, quem tem necessidade de tratamento impacta 2,55 vezes mais na qualidade de vida do que quem não possui necessidade de tratamento ortodôntico. Ao realizar o ajuste das variáveis que tiveram significância, a variável AC aluno não entrou no ajuste devido a uma distribuição não uniforme nas categorias dessa variável, o que gerou uma baixa frequência em uma delas. Nesta análise, o gênero masculino teve menor impacto na qualidade de vida, cerca de 52% menos, quando comparado com o gênero feminino A associação da intensidade do impacto da oclusopatia com as variáveis independentes encontra-se ilustrada na Tabela 6

35 51 Tabela 6. Frequências absolutas e percentuais da associação das variáveis independentes com a intensidade do OIDP dos alunos arrolados para o estudo. Natal-RN, 2010 INTENSIDADE-OIDP S e MS n(%) MP, P e M n(%) p OR (IC 95%) IDADE EM ANOS (32,3) 90(67,7) (30,3) 23(69,7) 0,98 1,09 (0,48-2,51) TIPO DE ESCOLA Pública 45(34,1) 87(65,9) Privada 8 (23,5) 26(76,5) 0,33 1,68 (0,70 4,01) GÊNERO Masculino 16(25) 48(75) Feminino 37(36,3) 65(63,7) 0,17 0,58 (0,29-1,17) SES Baixo SES 43(32,1) 91(679) Alto SES 10(31,2) 22(68,8) 1,0 1,04 (0,45 2,38) DANO ESTÉTICO Positivo 38(38,8) 60(61,2) Negativo 15(22,1) 53(77,9) 0,03 2,23 (1,10 4,51) DHC_IOTN Necessidade Severa 36(35,3) 66(64,7) 1,41 (0,61 3,26) Necessidade Moderada 7(25) 21(75) 0,48 0,86 (0,28 2,66) Sem Necessidade 10(27,8) 26(72,2) 1 AC ALUNO Com Necessidade 10(40%) 15(60%) Sem Necessidade 42(31,3%) 92(68,7%) 0,53 1,46 (0,60-3,51) * S(severo); MS(muito severo); M(moderado); MP(muito pouco); P(pouco) Ao observar a associação das variáveis examinadas com a intensidade do OIDP, foi observada associação significativa apenas em relação ao dano estético, onde quem possui dano estético positivo, a sua oclusopatia impacta 2,23 vezes mais de uma forma severa ou muito severa do que quem possui o dano estético negativo. Na tabela 07 encontram-se os dados referentes à extensão do impacto das oclusopatias na qualidade de vida dos adolescentes.

36 52 Tabela 7. Frequências absolutas e percentuais da associação das variáveis independentes com a extensão do OIDP dos alunos arrolados para o estudo. Natal- RN, 2010 EXTENSÃO-OIDP 3 ou mais performances 1-2 performances p OR (IC 95%) n(%) n(%) IDADE EM ANOS (37,6) 83(62,4) (33,3) 22(66,7) 0,80 1,20 (0,53-2,69) TIPO DE ESCOLA Pública 55(41,7) 77(58,3) Privada 6(17,6) 28(82,4) 0,01 3,33 (1,29 8,59) GÊNERO Masculino 22(34,4) 42(65,6) Feminino 39(38,2) 63(61,8) 0,73 0,84 (0,44 1,62) SES Baixo SES 53(39,6) 81(60,4) Alto SES 8(25) 24(75) 0,18 1,96(0,82 4,69) DANO ESTÉTICO Positivo 41(41,8%) 57(58,2%) Negativo 20(29,4%) 48(70,6%) 0,14 1,72 (0,89-3,33) DHC_IOTN Necessidade Severa 44(43,1) 58(56,9) 4,70 (1,69 13,07) Necessidade Moderada 12(42,9) 16(57,1) 0,003 4,65 (1,39 15,51) Sem Necessidade 5(13,9) 31(86,1) 1 AC ALUNO Com Necessidade 11(44%) 14(56%) Sem Necessidade 48(35,8%) 86(64,2%) 0,58 1,40 (0,59 3,34) Ao examinar a associação entre o número de perfomances afetadas com as variáveis independentes, foi observado que existiu uma associação significativa com o tipo de escola e DHC. Adolescentes de escola pública possuem 3,33 vezes mais um maior número de performances afetadas do que os de escola privada. Segundo o DHC, alunos com necessidade severa de tratamento, possuem 4,7 vezes mais um maior número de performances afetadas do que os que não possui necessidade e aqueles com

37 53 necessidade moderada de tratamento possuem 4,65 vezes mais um maior número de performances afetadas do que aqueles sem necessidade de tratamento.

38 54 7.DISCUSSÃO Os problemas de saúde bucal têm sido cada vez mais reconhecidos como importantes causadores de impacto negativo no desempenho diário e na qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) 89, através dos seus relatórios, reconheceu que as doenças bucais causam dor, sofrimento, constrangimentos psicológicos e privações sociais, acarretando prejuízos em nível individual e coletivo. De acordo com a literatura, essa avaliação do impacto negativo da oclusopatia do paciente, se tornou hoje, um dos aspectos mais importantes no diagnóstico das oclusopatias, já que além da alteração funcional que este pode acarretar, autores também relatam que os impactos na qualidade de vida não se relacionam apenas com fatores funcionais, mas também com aspectos subjetivos relacionados à vivência diária De acordo com Sheiham 75, os indicadores sócio-dentais conseguem mensurar o grau em que as doenças bucais interferem no funcionamento normal e desejável do indivíduo, desde os aspectos funcionais (como, por exemplo, comer), os psicológicos (como humor, irritação) até os sociais (como freqüentar a escola, trabalhar, desempenhar obrigações familiares). O uso de indicadores sócio-dentais, baseados na autopercepção e nos impactos odontológicos, oferece vantagens importantes para o planejamento e provisão dos serviços odontológicos, e a principal é a mudança na ênfase de aspectos puramente biológicos para aspectos psicológicos e sociais. Pesquisas atuais avaliam o impacto sócio-dental das oclusopatias em crianças ou adolescentes, algumas avaliando apenas a prevalência deste impacto, e poucas ainda utilizam a avaliação da intensidade e extensão 11. Em sua maioria, quando usam tais variáveis, avaliam-na através do CS-OIDP, já que este indicador permite determinar, além da prevalência, a intensidade e extensão do impacto. Esta característica de como o problema oral específico pode impactar na qualidade de vida se faz necessária, já que o CS-OIDP pode ser utilizado para avaliar o quanto a oclusopatia interfere não só nos aspectos de saúde bucal em si, mas também nos aspectos sociais e psicológicos. 11,27,77 Neste estudo avaliou-se não só a prevalência, mas também a extensão e a intensidade do impacto oral na qualidade de vida relatado pelos adolescentes, conjuntamente com a análise das necessidades de tratamento avaliada pela variável

39 55 dano estético, AC do aluno e DHC do IOTN, além das variáveis sócio-demográficas, gênero, tipo de escola,idade e estatus sócio-econômico. A amostra se compôs de adolescentes na faixa etária de 15 a 19 anos, residentes de um município da grande Natal, Macaíba, cuja a maioria dos seus habitantes possuem o mesmo nível social 4. Em consonância com tais dados, no presente estudo ocorreu um predomínio da classe social subproletária e alunos de escola pública, com pouco acesso a tratamento ortodôntico. Diante destes dados, percebe-se que se justifica a escolha do município como local de estudo, onde a maioria possui baixa renda e pouco acesso a serviços que tratem a oclusopatia, uma vez que os serviços odontológicos de média complexidade do local não oferecem ainda esse tipo de tratamento. Além desta justificativa, também existiu a necessidade de avaliar uma população de adolescentes e sua percepção quanto à necessidade de tratamento das oclusopatias existentes e o seu impacto na sua qualidade de vida Apesar de alguns estudos relatarem existir uma maior necessidade de pesquisas que relacionem a oclusopatia e necessidade de tratamento ortodôntico com a qualidade de vida, na literatura encontra-se diversos estudos que mencionam existir a associação da necessidade de tratamento ortodôntico com a qualidade de vida. 29 Ao avaliar esse impacto, observou-se uma alta prevalência, 55,3%, do impacto da oclusopatia na qualidade de vida dos adolescentes examinados; Quando comparado com outros estudos, 8,11,27,46,60 estes encontraram uma menor prevalência, 21,2% 24,6%, 20,3% e 27%, e 36,4%, respectivamente. Porém alguns desses trabalhos 27,46 realizaram a pesquisa com idades inferiores a 15 anos. Nesse estudo, o fato de se trabalhar com adolescentes, subetende-se que estes se tornam mais críticos quanto à sua aparência e, portanto, relatam que sua oclusopatia possui maior impacto na qualidade de vida. Shafiulla e colaboradores 71 relatam em seu estudo que a medida que a criança passa dessa fase para a adolescência, a preocupação com sua aparência dental aumenta e portanto, também, a procura por tratamento ortodôntico. O estudo de Bernabé,Oliveira e Sheiham 12, avaliou adolescentes com classe II de Angle e obtiveram uma prevalência de 54,6%, sendo semelhante ao encontrado neste estudo. No atual estudo,a relação molar de Classe II de Angle, clinicamente, foi a mais observada e prevalente, o que também poderia justificar a alta prevalência do impacto na qualidade de vida, já que as Classes II tem sido relatada como a oclusopatia que traz mais experiências sociais negativas, refletindo portanto, no auto conceito do paciente. 12 Importante também ressaltar que a maioria dos adolescentes avaliados nesse estudo eram de escola pública e

40 56 de classe subproletária e consequentemente, a maioria nunca teve oportunidade e nem possuíam acesso facilmente ao tratamento da sua oclusopatia, o que justificaria também a alta prevalência, já que o município avaliado é caracterizado por apresentar uma alta prevalência de oclusopatia nessa faixa etária. Em consonância com as pesquisas atuais 8-12 a oclsuopatia interfere na qualidade de vida e se existe no município uma alta prevalência de oclusopatia, justifica também a alta prevalência do impacto na qualidade de vida. Além desta hipótese, uma outra que poderia ser ressaltada, é o fato de atualmente, a ortododontia tem se tornado popularizada, o que facilita o acesso de vários outros adolescentes quanto a correção da sua oclusopatia, deixando aqueles adolescentes que não tiveram acesso, mais observadores e críticos quanto a sua oclusão, já que ainda não conseguiram resolver a sua estética bucal. Além da alta prevalência do CS-OIDP, ao avaliar individualmente a performance que mais afeta no impacto, o sorriso foi o mais relatado, reforçando a idéia da associação do impacto com o fator estético e corroborando com diversos estudos que também relataram o sorriso como a performance que mais incomodou 7,11,15,12,13,68. Kida e colaboradores 33, em seu estudo avaliando a prevalência e a severidade do impacto oral em adolescentes da Tanzânia discordaram em seus achados ao encontrar os efeitos sobre a alimentação como a performance mais afetada Porém, este achado deve-se bem mais ao lado social da população, isso devido a dificuldade de alimentação local e portanto a mastigação se torna algo bem mais importante, pois existe mais a necessidade de se alimentar, do que a estética em si. Após os ajustes das variáveis, foi observado uma maior associação da prevalência com as variáveis analisadas do que quando comparada com a intensidade e a extensão do impacto. Os adolescentes que possuíam dano estético positivo possuíram um impacto maior na sua qualidade de vida, o que denota uma maior importância do paciente ao fator estético, já que os tipos de oclusopatias examinadas nos índices que compõem o dano estético,em sua maioria, estão relacionados a alterações dentárias da região anterior, pois esta variável se compõe da junção do DAI no qual possui mais medidas de oclusopatias que afetam essa região, juntamente com o ICON, que avalia também o aspecto de alterações dentárias anteriores, e o AC_examinador que avalia o aspecto estético do sorriso do paciente. Achados nesse aspecto são corroborados pelo estudo realizado por Bernabé e colaboradores 8, onde observaram que alterações na relação ântero-posterior, com ênfase no segmento anterior tinham um grande impacto negativo na qualidade de vida.

41 57 Baseado nessa hipótese, diversos estudos relatam que a estética dentofacial desempenha um papel importante tanto na interação social, quanto no bem estar psicossocial do adolescente, onde a aparência dental possui maior importância do que quando avaliado o aspecto em si da alteração funcional. 8,37,45,74 Em virtude desses achados é que se justifica o relato de Shaffiula e colaboradores 71 quando afirmam que a busca pelo tratamento ortodôntico está basicamente influenciada pelo desejo de uma aparência atraente em busca da melhora da auto-estima. Ao examinar o DHC-IOTN e o AC-aluno, os que possuíram necessidade severa de tratamento também mostraram ter maior impacto na qualidade de vida que aqueles sem necessidade de tratamento. Estes achados não são surpreendentes, já que estes reforçam a idéia de que as oclusopatias severas não tratadas refletem um impacto físico, psicológico e social na vida diária de adolescentes, trazendo um efeito negativo. Além de que, levando em consideração que o AC_aluno foi a própria observação do paciente em relação à sua oclusopatia, sabe-se que a maneira como o paciente vê a sua estética interfere de uma forma prepoderante na influência da sua qualidade de vida.isso corrobora estudos que observaram que aqueles pacientes que se auto avaliaram como sua estética sendo ruim, tiveram bem mais chances de possuir um efeito negativo na qualidade de vida do que aqueles que eram satisfeitos com a sua estética Estes mesmos achados também foram relatados por estudos que avaliaram a associação da necessidade severa de tratamento, através do IOTN, com a qualidade de vida. 11,15,22,29 Ao levar em consideração o gênero, ao associar com a prevalência, observou-se que o gênero feminino relata ter um maior impacto da sua oclusopatia na qualidade de vida, corroborando variados estudos, que afirmaram ser a mulher bem mais crítica com a sua autopercepção e seu impacto na estética, daí sua maior preocupação com sua estética dental 11,12,15,37,68. Em virtude deste aspecto é que os estudos comprovam essa preocupação das mulheres, quando referem que existe uma maior demanda feminina em buscar tratamento ortodôntico quando comparada à masculina. 22,23,54 Quando avaliada a intensidade e extensão atribuída à oclusopatia, existe uma escassez de estudos que, além da prevalência, avaliem a intensidade e a extensão do impacto da oclusopatia na qualidade de vida,conforme relatado. Porém, ao avaliar essas variáveis busca-se mais uma alternativa de descrever ou comparar o impacto relacionado à condição oral que impacta na qualidade de vida, proporcionando uma avaliação mais refinada. 9,11

42 58 Apenas o dano estético positivo impactou com a intensidade de uma forma mais severa ou muito severa na qualidade de vida, reforçando mais uma vez, a idéia de que o o aspecto estético se torna prepoderante e o grau de importância dado à presença da oclusopatia. Na extensão, a significância foi apenas com alunos de escola pública que relataram um maior número de performances afetadas, bem como com aqueles que possuíam necessidade severa a moderada avaliados pelo DHC_IOTN. Estes resultados demonstram que as oclusopatias não tratadas traz efeitos físicos, psicológicos, bem como consequência social na qualidade de vida, porém nem todos os adolescentes perceberam impactos negativos na sua oclusopatia.tal achado pode ser justificado devido a escola pública ser Proxy de condição social, onde pouca condição social acarreta em um diícil acesso ao tratamento da oclusopatia e portanto esses adolescentes possuem um maior número de performances afetadas. No estudo realizado por Bernabé e colaboradores 11, os autores avaliaram a intensidade e extensão, e observaram que mais da metade da amostra dos adolescentes relataram ter uma intensidade severa ou muito severa no impacto,e pelo menos uma performance era afetada. A intensidade se tornava ainda mais relevante nos adolescentes que possuíam necessidade de tratamento ortodôntico, reforçando a idéia de que as oclusopatias não tratadas traz efeitos físicos, além de psicológicos e sociais na qualidade de vida desses adolescentes avaliados. É importante ressaltar que a intensidade e extensão foram avaliadas apenas para aqueles que relatavam algum impacto de sua oclusopatia na qualidade de vida e portanto, isso contribuiu para uma redução na amostra, o que talvez pudesse interferir na significância das variáveis examinadas. Diante dessas análises, é de grande valia perceber que a estética dental possui grande influência na procura de serviços odontológicos que tratem a sua oclusopatia, já que uma vez presente, essa interfere tanto no aspecto social, quanto psicológico do adolescente que, na faixa etária avaliada, está começando a se inserir de uma forma mais atuante no meio social. Sendo assim, se faz necessário que sejam realizados mais estudos nesse aspecto, a fim de que se possa cada vez mais embasar cientificamente tal interferência, contribuindo para a inserção de políticas públicas que possam trazer acesso a esse tipo de tratamento a população. Independentemente da classe social a que o indivíduo pertence, este também tem o direito de melhorar sua auto-estima e seu aspecto

43 59 psicossocial com a melhora de sua saúde bucal, como é garantido pela Política Nacional de Saúde Bucal, no qual garante a ampliação de atendimento odontológico, promovendo a melhora da saúde bucal de toda a população, de uma forma igualitária e universal 80.

44 60 8.CONCLUSÕES A oclusopatia impacta na qualidade de vida dos adolescentes, sendo a performance do sorriso a mais prevalente O gênero feminino, dano estético positivo e necessidade severa de tratamento, quando avaliada pelo DHC do IOTN se mostraram associados com o impacto na qualidade de vida O dano estético positivo impacta na qualidade de vida com uma intensidade severa ou muito severa Alunos de escola pública e com necessidade severa ou moderada de tratamento ortodôntico, quando avaliado pelo DHC do IOTN, tiveram maior número de performances afetadas.

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52 Sheiham A, Steele JG, Marcenes W, Tsakos G, Finch S, Walls AWG. Prevalence of impacts of dental and oral disorders and their effects on eating among older people: a national survey in Great Britain. Community Dent Oral Epidemiol 2001; 29(3): Sheiham A, Tsakos G. Oral health needs assessments. Community Oral Health 2007: Silva SRC, Fernandes RAC. Auto-percepção das condições de saúde bucal por idosos. Rev Saúde Pública 2001; 35(4): Simões WA. Prevenção de oclusopatias. Ortodontia, 1978; 11(2): Site: Ministério da Saúde - Pacto pela vida Site: Prevalência das Oclusopatias realizado no SB Slade GD. Measuring oral health and quality of life. Chapel Hill: Dental Ecology; Sprod AJ, Kok YV, Mageson P, Harradine NWT. Comparing a quality of life measure and the aesthetic component of the Index of Orthodontic Treatment Need (IOTN) in assessing orthodontic treatment need and concern. J Orthod 2004; 31(4): Steele JG, Ayatollahi SM, Walls AW, Murray JJ. Clinical factors related to reported satisfaction with oral function amongst dentate older adults in England. Community Dent Oral Epidemiol 1997; 25(2): Tajima M, Kohzuki M, Azuma S, Saeki S. Difference in quality of life according to the severity of malocclusion in japanese orthodontic patients. Tohoku J Exp Med 2007; 212(1): Taylor KR, Kiyak A, Huang GJ, Greenlee GM, King GJ. Effects of malocclusion and its treatment on the quality of life of adolescents. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2009; 136: Tsakos G, Gherunpong S, Sheiham A. The prevalence and severity of oral impacts on daily performances in Thai primary school children. Health Qual Life Outcomes 2004; 2:57.

53 Urtane I, Pugaça J, Liepa A, Rogovska I. The severity of maloclusion and need for orthodontic treatment in correspondence with the age. Stomatologiia 2006; 8(2): World Health Organization. Oral health surveys: basic methods. 4ª ed. Geneve: WHO; Younis JW, Vig KWL, Rinchuse DJ, Weyant RJ. A validation study of three indexes of orthodontic treatment need in the United States. Community Dent Oral Epidemiol 1997; 25(5):

54 ANEXOS 70

55 71 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE UFRN CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA CURSO DE MESTRADO EM ODONTOLOGIA PREVENTIVA E SOCIAL TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Esclarecimentos Este é um convite para seu filho e ou responsável participar da pesquisa que tem como título Impacto das Oclusopatias e suas respectivas necessidades de tratamento na qualidade de vida de adolescentes que é coordenada por Angela Maria de Medeiros Soares. A participação é voluntária, o que significa que você poderá desistir a qualquer momento, retirando seu consentimento, sem que isso lhe traga nenhum prejuízo ou penalidade para você e seu filho e ou seu responsável. Essa pesquisa avalia os problemas de posição dentária em escolares da faixa etária de 15 à 19 anos da cidade de Macaíba-RN. Nesse estudo,caso decida aceitar o convite, seu filho e ou seu responsável será submetido ao exame clínico dos arcos dentários, exame da oclusão (forma como os dentes superiores e inferiores se tocam), a estética dentária e como isso irá interferir na sua qualidade de vida. O exame é uma observação da boca, feita na própria escola, com toda técnica, segurança e higiene, conforme normas do Ministério da Saúde. O exame não representa riscos, nem desconforto para quem está sendo examinado. Com os resultados dessa pesquisa, o estudo poderá ser usado para auxiliar na prevenção das doenças bucais, melhorando a saúde de todos e mostrar a necessidade de uma maior atenção para a saúde da boca. Todas as informações obtidas serão sigilosas e seu nome e do seu responsável não serão identificados em nenhum momento. Os dados serão guardados em local seguro e a divulgação dos resultados será feita de forma a não identificar os voluntários. Se você tiver algum gasto que seja devido à participação do seu responsável na pesquisa, você será ressarcido, caso, solicite. Em qualquer momento, se sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, você terá direito a indenização. Você ficará com uma cópia deste termo e toda dúvida que você tiver a respeito desta pesquisa, poderá perguntar diretamente para Angela Maria de Medeiros Soares, no endereço Rua Tiradentes, s/n, centro, Macaíba, ou pelo telefone (84) ou (84) Consentimento Livre e Esclarecido

56 72 Declaro que compreendi os objetivos dessa pesquisa, como ela será realizada, os riscos e benefícios envolvidos e concordo que meu filho ou meu responsável participe voluntariamente da pesquisa intitulada Impacto das Oclusopatias e suas Respectivas necessidades de Tratamento na Qualidade de Vida de Adolescentes Nome do Participante da Pesquisa: Nome do Responsável do Participante da Pesquisa: Assinatura do Responsável do Participante da Pesquisa: Pesquisador Reponsável : Angela Maria de Medeiros Soares : Rua Tiradentes, S/N, Centro. Macaíba-RN. (84) / (84)

57 73 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE UFRN CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA CURSO DE MESTRADO EM ODONTOLOGIA PREVENTIVA E SOCIAL TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Esclarecimentos Este é um convite para você participar da pesquisa que tem como título Impacto das Oclusopatias e suas respectivas necessidades de tratamento na qualidade de vida de Adolescentes que é coordenada por Angela Maria de Medeiros Soares. Sua participação é voluntária, o que significa que você poderá desistir a qualquer momento, retirando seu consentimento, sem que isso lhe traga nenhum prejuízo ou penalidade. Essa pesquisa avalia os problemas de posição dentária em escolares da faixa etária de 15 à 19 anos da cidade de Macaíba-RN. Nesse estudo,caso decida aceitar o convite, você será submetido ao exame clínico dos arcos dentários, exame da oclusão (forma como os dentes superiores e inferiores se tocam), a estética dentária e como isso irá interferir na sua qualidade de vida. O exame é uma observação da boca, feita na própria escola, com toda técnica, segurança e higiene, conforme normas do Ministério da Saúde. O exame não representa riscos, nem desconforto para quem está sendo examinado. Com os resultados dessa pesquisa, o estudo poderá ser usado para auxiliar na prevenção das doenças bucais, melhorando a saúde de todos e mostrar a necessidade de uma maior atenção para a saúde da boca. Todas as informações obtidas serão sigilosas e seu nome não será identificado em nenhum momento. Os dados serão guardados em local seguro e a divulgação dos resultados será feita de forma a não identificar os voluntários. Se você tiver algum gasto que seja devido à sua participação na pesquisa, você será ressarcido, caso, solicite. Em qualquer momento, se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, você terá direito a indenização. Você ficará com uma cópia deste termo e toda dúvida que você tiver a respeito desta pesquisa, poderá perguntar diretamente para Angela Maria de Medeiros Soares, no endereço Rua Tiradentes, s/n, centro, Macaíba, ou pelo telefone (84) ou (84) Consentimento Livre e Esclarecido Declaro que compreendi os objetivos dessa pesquisa, como ela será realizada, os riscos e benefícios envolvidos e concordo em participar voluntariamente da pesquisa intitulada

58 74 Impacto das Oclusopatias e suas Respectivas necessidades de Tratamento na Qualidade de Vida de Adolescentes Nome do Participante da Pesquisa: Assinatura do Participante da Pesquisa: Pesquisador Reponsável : Angela Maria de Medeiros Soares : Rua Tiradentes, S/N, Centro. Macaíba-RN. (84) / (84)

59 75 IMPACTO DAS OCLUSOPATIAS E SUAS RESPECTIVAS NECESSIDADES DE TRATAMENTO NA QUALIDADE DE VIDA DE ADOLESCENTES Ficha N INFORMAÇOES GERAIS Nome: Escola : Idade em anos : Gênero: ESTATUS SÓCIO-ECONÔMICO Ocupação do chefe da casa : Setor de atividade do chefe da casa: Grau de Instrução do chefe da casa: Meios próprios de produção : OCLUSOPATIAS IOTN M (Ausências) O (Sobressaliência) AC : DHC: C (Mordida Cruzada) D (Irregularidades dos ptos Contato) O (Sobremordida) Examinador Aluno DAI DENTIÇÃO : Ausência de incisivos, caninos e pré-molares- Superior e Inferior ESPAÇO: Apinhamento na região de incisivos Espaçamento na região de incisivos Diastema em mm Desalinhamento MAXILAR em mm Desalinhamento MANDIBULAR em mm 0 Sem Apinhamento 1- Um segmento apinhados 2- Dois segmentos apinhados 0 Sem Espaço 1- Um segmento espaçado 2- Dois segmentos espaçados

60 76 OCLUSÃO 0 Normal Overjet MAXILAR Anterior em mm Overjet MANDIBULAR Anterior em mm Mordida Aberta Vertical em mm Relação molar Antero-posterior 1- Meia cúspide 2- Cúspide inteira ICON : ESTÉTICA : AC OCLUSÃO : 1. Apinhamento superior 0-)menor que 2mm 1-) 2.1 a 5 mm 2-) 5.1 a 9mm 3-) 9.1 a 13mm 4-) 13.1 a 17mm 5-) maior que 17mm/ impactado 2. Espaço superior 0-) Até 2mm 1-) 2.1 a 5 mm 2-) 5.1 a 9mm 3-) maior que 9 mm 3. Mordida Cruzada 0-) Sem Mordida Cruzada 1-) Mordida Cruzada Presente 4. Mordida aberta incisal 0-)Sem mordida aberta 1-) Menos que/ou 1mm 2-) 1.1 a 2mm 3-) 2.1 a 4mm 4-) Maior que 4mm 5. Mordida profunda 0-) Até 1/3 do Inferior coberto 1-) Cobertura do inferior de 1/3 a 2/3 2-) Inferior é coberto mais que 2/3 3-) Inferior totalmente coberto 6. Segmento bucal anteroposterior 0-)Relação de Cúspide-embrasura (classe I,II ou III) 1-)Relação entre cúspide-cúspide e cúspide-embrasura 2-) Relação de cúspide-cúspide

61 77 IMPACTO DA QUALIDADE DE VIDA QUAL DESTES IMPACTOS, A SUA OCLUSÃO ( MORDIDA ) INTERFERIU NA SUA QUALIDADE DE VIDA NOS ÚLTIMOS SEIS MESES? COMER * Freqüência : 1- Pouco 2-Moderado 3-Muito *Severidade: 1- Pouco 2- Moderado 3-Muito LIMPEZA DA BOCA * Freqüência : 1- Pouco 2-Moderado 3-Muito *Severidade: 1- Pouco 2-Moderado 3-Muito SORRIR * Freqüência : 1- Pouco 2-Moderado 3-Muito *Severidade: 1- Pouco 2-Moderado 3-Muito ESTUDO * Freqüência : 1- Pouco 2-Moderado 3-Muito *Severidade: 1- Pouco 2-Moderado 3-Muito ESTATUS EMOCIONAL * Freqüência : 1- Pouco 2-Moderado 3-Muito *Severidade: 1- Pouco 2.Moderado 3-Muito CONTATO SOCIAL * Freqüência : 1- Pouco 2-Moderado 3-Muito *Severidade: 1- Pouco 2-Moderado 3-Muito FALAR * Freqüência : 1- Pouco 2-Moderado 3-Muito *Severidade: 1- Pouco 2-Moderado 3-Muito RELAXAMENTO * Freqüência : 1- Pouco 2-Moderado 3-Muito *Severidade: 1- Pouco 2-Moderado 3-Muito QUAL O PRINCIPAL PROBLEMA ORAL QUE VC ACHA QUE INTERFERIU NA SUA QUALIDADE DE VIDA? Mal posicionamento dentário Espaço entre os dentes Deformidade da boca e da face Outros

62 ESCALA SCAN 78

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