Informativo da Produção de Leite

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1 Informativo da Produção de Leite Edição 306. Ano XXII. Novembro de Viçosa - MG Manejo e adubação de canavial para alta produtividade João Marcos de Souza Lima Estudante de Agronomia Pedro Goulart de Carvalho Brito Há alguns anos o PDPL/PCEPL têm o prazer de trabalhar junto com Professor Mauro Wagner, da Universidade Federal de Alagoas, cuja parceria vem gerando, além de grande aprendizagem, o aumento da produtividade e longevidade dos canaviais de produtores assistidos pelo PDPL/PCEPL. O grande diferencial que buscamos é a implantação adequada do canavial, adubação e manejo, visando aumentar o rendimento da lavoura, diminuir os custos de produção e elevar a produtividade da terra e da mão de obra. Diversas medidas devem ser adotadas para atingirmos esse objetivo, sendo uma delas a análise do solo com posterior correção da acidez. Esta medida deve ser cuidadosamente empregada a fim de maximizar a eficiência das adubações, especialmente a adubação fosfatada, conforme discutidos em edições anteriores deste Informativo. No momento do plantio, a recomendação de adubação tem uma atenção especial quanto a necessidade de fósforo a ser aplicado. O fósforo está relacionado com a energia das plantas, sendo muito importante no inicio de seu desenvolvimento, por isso é fundamental que além de fornecê-lo, as plantas consigam absorvê-lo. A presença de alumínio no solo prejudica a absorção de fósforo. Para minimizar esse efeito, fazemos a aplicação de calcário e gesso agrícola. A quantidade de calcário e gesso agrícola necessárias são calculadas pelo Método de Saturação por Bases. Porém as quantidades preditas analiticamente por esse método tem se mostrado insuficientes para neutralizar o alumínio trocável e elevar a saturação de bases para 60%. Com base em diversos estudos conduzidos pelo Professor Mauro Wagner, e também por outros pesquisadores de diferentes regiões do Brasil, estamos recomendando elevar para uma vez e meia a duas vezes a quantidade de calcário predita analiticamente pelo método de saturação por bases. O gesso está sendo recomendado na dosagem de um terço da quantidade de calcário. Ainda com bases nos estudos do Professor Mauro Wagner, estamos recomendando a adubação de plantio com base na expectativa de produtividade: para produções aci- ma de 150 t/ha de forragem no ciclo de cana-planta, a adubação fosfatada deverá ser de 180 a 200 kg de P205 por hectare. Caso tenhamos aplicado gesso, deveremos usar o superfosfato triplo para diminuir o custo da adubação. A adubação potássica poderá variar de 150 a 200 kg de K20, em função da fertilidade do solo. Outra possibilidade de adubação é o uso de esterco de curral ou de cama de aviário. A Cana de açúcar é uma planta que responde a adubação orgânica, aumentando significativamente a produtividade. Essa característica ajuda na atividade leiteira, pois oferece um destino para o resíduo (esterco) gerado pela atividade. Alguns produtores acreditam que a aplicação de esterco no canavial diminui a longevidade do canavial, mas estudos e acompanhamentos de canaviais na região mostram que isso não é verdade. A aplicação de 10 ton/ha/ano proporciona produtividades elevadas, garantindo a viabilidade econômica da aplicação do adubo orgânico. A cultura da cana-de-açúcar tem grande potencial produtivo de matéria natural por hectare. Como toda a cana é retirada na área para o fornecimento dos animais, os nutrientes que antes estavam no solo, que as plantas absorveram, também vão junto para o cocho. Contudo, é fundamental adotar ações em relação a adubação de cobertura com intuito de repor esses nutrientes no solo. Para cada tonelada de cana produzida são extraídos do solo 1,2 kg de Nitrogênio, 0,4 kg de Fosforo e 1,5kg de Potássio. Com objetivo de manter a produtividade do canavial é recomendado utilizar doses maiores de adubo em relação as doses anteriormente recomendadas. Um aspecto importante é que sempre o investimento com o aumento do adubo é pago pela alta produtividade do canavial, diluindo os custos e tornando a propriedade mais eficiente no uso da terra. No manejo esta sendo reforçado a importância de se fazer o corte da cana-de-açúcar rente ao solo, possibilitando uma rebrota mais vigorosa do canavial. A presença de plantas daninhas deve ser monitorada, e, sempre que se perceber que haverá competição, o controle deverá ser realizado. Para o controle utilizamos herbicidas seletivos e assim possibilitamos o aumento da taxa de rebrota do canavial. Como exemplo de um caso de sucesso, o produtor Antonio Carlos Reis vem adotando esse manejo diferenciado em seus canaviais (Foto 1) e esta satisfeito com resultado. Canavial do produtor Antonio Carlos Reis Veja também nesta edição Dica do Zootecnista: Como devem ser os corredores de piquetes rotacionados? 2 Momento do Produtor: Conheça Varginha II, propriedade do senhor Alaelson José da Silva. 3 Uso de subprodutos na alimentação: Caroço de Algodão 5 Qualidade do Leite: Escore de Limpeza X CCS 6

2 Dica do Zootecnista Como devem ser os corredores de piquetes rotacionados? Luiz Felipe Garcia Costa Na construção de Piquetes Rotacionados, o dimensionamento dos corredores é uma prática bastante negligenciada, e que pode acarretar sérios danos à produção leiteira. É comum no momento do planejamento de Piquetes Rotacionados, principalmente pequenos produtores ou propriedades com relevo bastante acidentado, o descaso e a redução dos corredores de acesso às áreas de descanso ou à sala de ordenha. Esta prática ocorre com o intuito de diminuir as perdas em superfície utilizável para forragem, porém, ela pode acarretar sérios problemas zootécnicos e econômicos para a propriedade. Corredores pequenos tem mostrado grandes problemas nos períodos chuvosos, pois, acumulam muito barro, dificultando a locomoção dos animais, além de gerar problemas no casco e contaminação das tetas das vacas, o que pode levar a queda na qualidade Informativo da Produção de Leite do leite ou até mesmo problemas de mastite severa. Outro ponto importante é quanto a presença de pedras e de outros materiais que possam ferir os cascos dos animais. Recomenda-se que o dimensionamento dos corredores seja compatível com o número de animais na área, ou seja, de acordo com o fluxo de animais, e com a drenagem do solo, mas em geral este deverá ser de no mínimo quatro metros para facilitar o trânsito de máquinas e deverá ter uma inclinação para valas feitas nas laterais, evitando a formação de barro. Corredores localizados próximos à sala de ordenha, onde o fluxo de animais é mais intenso, devem ser mais largos e corredores que levam a piquetes mais afastados, onde os animais passam esporadicamente, podem ser mais estreitos. Outras estratégias seriam: o plantio de algumas forrageiras com capacidade de recobrimento do solo, pois assim podem favorecer a drenagem e também a presença de cascalhos finos em corredores abaulados como forma de proteção do solo. Imagem extraída do blog Casa da Agricultura de Taiúva Preço x Custo Renato Shinyashiki Ao analisarmos a história do preço do leite no Brasil nos deparamos com dois períodos distintos: tabelamento do preço pago ao produtor e a liberalização do preço. A determinação direta do governo sobre o preço do leite teve início em 1945 e perdurou por aproximadamente 50 anos. Na década de 90, o mercado de leite passou por uma grande mudança, ou seja o fim do tabelamento do preço do leite no Brasil. Fato é que nestes dois momentos distintos, é notória a insatisfação de parte dos produtores em relação ao preço recebido pelo litro de leite, mas será mesmo o preço do leite o grande vilão da história? Diante de tal questionamento e com base na análise feita com os dados econômicos das propriedades atendidas pelo PDPL/ PCEPL, é possível observar que o custo de produção do leite influenciou em 80,64% a margem líquida unitária, enquanto o preço do leite teve influência de apenas 4,14%, ou seja, o preço pago ao produtor deste grupo analisado apresentou baixa influência sobre a atratividade da atividade no período de outubro de 2013 a setembro de 2014, como pode ser visto nos gráficos abaixo: Fonte: amostra de 30 fazendas participantes do PDPL/ PCEPL, com dados de 10/13 a 9/14 com dados corrigidos pelo IGP-DI de setembro. 2 Sabendo que o custo de produção pode influenciar em até 20 vezes mais a margem líquida unitária, se comparado ao preço recebido, a baixa lucratividade da fazenda pode ser atribuída a possíveis falhas que ocorreu da porteira para dentro da fazenda, sendo assim o produtor deve sempre se atentar aos gargalos da produção a fim de obter um custo de produção equilibrado, além de priorizar o aumento da escala de produção visando reduzir custos fixos, aumentar a eficiência da mão de obra e a eficiência alimentar dos animais em produção. Assim sendo, podemos concluir que o verdadeiro vilão da história é o custo de produção e não o preço do leite, e que o herói de toda esta história é você produtor de leite, pois só você tem domínio sobre o seu custo de produção!

3 Olá pessoal! Este mês fui visitar a propriedade Varginha II, de posse do senhor Alaelson José da Silva, situada no distrito de Ubari, a 20 Km de Ubá-MG. O produtor iniciou na atividade leiteira em 2000, quando passou a administrar a propriedade do seu pai, o Sr. Adão José da Silva, porém desde os 7 anos de idade já tinha contato com a pecuária, uma vez que auxiliava seu pai nas atividades. Alaelson em sua propriedade situada em Ubari Antes de 2000, além da atividade leiteira, explorava-se também na propriedade a cafeicultura. Em Março de 2012, o proprietário, apresentava uma relação de vacas em lactação/total de 47% e vacas em lactação/total rebanho de 29% e tirava uma média de 250 litros/dia. Ainda neste ano, começou a contar com a assistência dos técnicos e estagiários do PDPL/PCEPL, e desde então a situação melhora a cada dia. Atualmente, estas mesmas médias giram em torno de 83% e 55%, respectivamente, e o produtor já chegou a tirar 500 litros/dia. Sempre preocupado com a alimentação do rebanho, o produtor possui para a atividade leiteira cerca de 40 ha, sendo esta área dividida em 6 ha para o cultivo de milho silagem, 1,5 ha de cana de açúcar, 2,4 ha formados com capim Mombaça, 1 ha formado com Tifton-85 e o restante da área constituído de pastagem de braquiária. Sendo assim, o produtor é auto suficiente na produção de volumosos. A dieta das vacas em lactação é realizada individualmente no cocho, com silagem de milho e concentrado, com 24% de proteína bruta, na época das águas e, na época da seca, silagem de milho, cana e concentrado. Durante o dia, estas são mantidas em um pasto de braquiária no período entre as ordenhas e a noite permanecem nos piquetes rotacionados de Mombaça.

4 O ponto forte da propriedade é o manejo de cria e recria, no qual o produtor se mostra muito preocupado e atencioso. Sempre pensando numa melhor forma de tratar suas bezerras, este ano ele construiu um novo estilo de bezerreiro, consistido de pequenas baias com um abrigo individual interno, onde é colocado a água ou leite e o concentrado. Ele relata que neste estilo de bezerreiro, no qual as bezerras não ficam presas a coleiras, o desenvolvimento dos animais é maior, pois eles ficam mais à vontade. Bezerreiras individuais que permitem um melhor desenvolvimento do animal Já a recria é feita a base de pasto (Tifton-85) somado a suplementação volumosa a base de silagem de milho e cana, além de concentrado no cocho. As novilhas são divididas em 3 lotes, sendo eles: transição, lote 1 e lote 2, onde o último é composto das novilhas que já estão em fase reprodutiva. Tal zelo tem trazido à propriedade altos índices de ganho de peso, sendo o ganho médio de 700 gramas/dia e a idade ao primeiro parto de 25 meses. Outro destaque da propriedade é a qualidade do leite; o produtor se atenta a cumprir todos os passos do processo de higienização, tanto dos animais quanto dos equipamentos, utilizando-os da forma mais correta possível, bem como promove o tratamento dos animais acometidos com mastite e a secagem dos animais em momento oportuno. Tais ações fazem com que o produtor tenha níveis de CCS média de 227mil células/ml e de CBT média de 16 mil UFC/ml, que já se enquadram nos padrões da IN 62, que entrará em vigor em As bezerras são criadas no sistema de abrigo individual onde recebem leite e concentrado à vontade e são desaleitadas com peso médio de 90 kg e 75 dias de idade Produtor e as novilhas em recria. Obrigado Alaelson e família por abrir as portas de sua propriedade, nos receber com tanta atenção e carinho e compartilhar conosco essa bonita história de vida! Portanto o que faz da fazenda Varginha II, hoje ser uma propriedade modelo no aspecto produtivo é o fato de termos a mão do produtor e de sua família em todos os processos, onde juntamente com a assistência técnica gerencial oferecida pelo PDPL/PCEPL, percebe-se a melhoria dos índices técnicos e econômicos da fazenda, através do aumento da escala de produção de leite e consequentemente a diluição dos custos, e com o bom relacionamento entre produtor, técnicos e estagiários e o potencial existente na propriedade, a expectativa é que esta cresça ainda mais na atividade. Período Variação (%) Vacas em lactação Total de vacas Produtividade/Vaca em lactação 12,7 18,8 32 Produtividade/Total de vacas 6,05 15,3 60,5 Produção de leite/ano Margem bruta da atividade R$28.428,27 R$46.623,13 39 Emerson Leonardo Simão (Estudante de Agronomia) Bruno Araújo Marzullo Ribeiro (Estudante de Med. Veterinária)

5 Uso de subprodutos na alimentação: Caroço de Algodão Jéssica Gonçalves de Oliveira Estudante de Medicina Veterinária Henrique Andrade Siman Com o veranico que ocorreu durante a safra de 2013/2014 as produtividades das forragens foram abaixo do esperado, acarretando em escassez de volumoso em muitas propriedades. Uma solução que vem demonstrando uma boa relação de custo/benefício é a utilização do caroço de algodão na alimentação de vacas e novilhas. O subproduto apresenta elevado teor de proteína (21 a 23%), FDN (44 a 52%) e NDT (77 a 82%). Devido a sua elevada efetividade da fibra, o caroço de algodão pode ser comparado às forragens quanto a eficiência em estimular a ruminação e manter o teor de gordura do leite. Além disso, pode também ser utilizado em substituição ao concentrado, na proporção de 1:1. Entretanto, devido ao seu elevado teor de extrato etéreo, seu fornecimento deve ser limitado a 3,5kg por vaca. Porém, é importante ressaltar que o produto não pode ser fornecido a touros, pois apresenta uma substância denominada gossipol que inibe a produção de espermatozóides, influenciando na eficiência reprodutiva do animal. Foi pensando nessas vantagens que o produtor Sérgio Maciel, proprietário da Fazenda Oásis situada em Coimbra-MG, comprou 13 toneladas de caroço de algodão para incluir na alimentação de seu rebanho. O produto chegou à fazenda com um custo de R$0,70/kg enquanto o concentrado misturado na propriedade custa R$0,87/Kg. Fornecendo 1,5Kg para as vacas em lactação o produtor economiza R$0,25 por animal/dia, o que equivale a R$4.745,00 ao longo de um ano considerando uma média de 52 animais no leite. Além disso, vem sendo fornecido 1kg deste subproduto junto com 1kg de concentrado para novilhas a pasto. Esta medida reduziu o consumo de silagem de milho, impactando em um menor gasto com o volumoso. Deste modo, o caroço de algodão é um aliado de produtores que estão passando por escassez de volumoso ou que desejam reduzir os gastos com concentrado. Sombrite: conforto e bem estar animal Julieta Fernandes Ex-estagiária PDPL Lucas Marzullo É uma realidade que a atividade pecuária brasileira vem sofrendo grandes mudanças em relação à demanda mundial. O uso de rebanhos especializados, investimento em reprodução e favorecimento de ambientes são práticas indispensáveis nesta nova realidade, que visam aumentar a produção e concorrência a nível de mercado mundial. Diante desta situação os estagiários do PDPL/ PCEPL fizeram um projeto para os produtores Edmar e Sergio Lopes, proprietários do Sítio da Laje, Figura 1: Croqui do sombrite projetado situado no município de Canaã, uma fazenda de regime semi-confinado, de animais com grau sanguíneo médio 7/8 HZ. O sombrite tem como principal finalidade diminuir a incidência direta dos raios solares nos animais, diminuindo então o estresse térmico que eles sofrem, principalmente nas épocas quentes. O sombrite deve ser instalado em um local com inclinação de, no mínimo, 2%, para que não acumule umidade na parte de baixo. A direção do sombrite deverá ser Norte Sul para que o sol possa incidir em diferentes locais durante todo o período e assim manter o local seco. Para reduzir o barro debaixo do sombrite e também evitar a disseminação de doenças pode-se colocar areia branca fina embaixo do sombrite, fazendo assim uma pequena vala inclinada para evitar a dispersão da areia. Figura 2: Projeto concluído O projeto foi feito para todos os lotes do rebanho; recria, vacas em lactação e pré parto. Dando início a realização, foi-se construído o sombrite da área de vacas em lactação. O mesmo foi dimensionado para dez animais com área de 4m² por animal, sendo assim: 4,80 metros de comprimento, 4,25 metros de largura e 4,5 metros de altura (figura 1). Todo o processo, incluindo a instalação e os materiais tiveram um custo total de R$250,00, R$25,00/animal. O investimento teve rápido retorno. Os animais melhoraram o escore de condição corporal, passaram a consumir mais ração e volumoso, aumentando assim a produção. O projeto foi visto de forma positiva pelos produtores, que darão continuidade a construção das outras instalações. A figura 2 mostra o projeto finalizado. 5

6 Qualidade do Leite Escore de Limpeza X CCS Amanda P. Lopes Gentil Estudante de Medicina Veterinária A Contagem de células somáticas (CCS), é um parâmetro usado como indicador de sanidade da glândula mamaria do rebanho, fornecendo o seu grau de infecção, e a possível presença de mastite. O aumento da CCS leva a diminuição na produção e perdas da qualidade do leite. Ambientes higiênicos, secos e confortáveis influenciam diretamente na diminuição da incidência de mastite ambiental, e, indiretamente, refletem nos índices de mastite contagiosa, pois animais com úberes sujos exigem maiores cuidados dos ordenhadores no momento da ordenha, causando impacto na eficiência dos trabalhos nessa ocasião (Müller, 2002). O grau de limpeza de diferentes regiões anatômicas pode fornecer informações úteis para identificação das causas dos problemas de higiene: pernas sujas resultam do acúmulo de barro e problemas no caminho ao qual as vacas percorrem; região do rabo suja pode estar relacionada ao acúmulo de fezes; barriga com acúmulo de sujeira indicam problemas com a cama ou local onde os animais se deitam; e tetos e úberes sujos resultam da combinação de todos estes fatores. Existem escores de higiene do úbere que podem ser obtidos de uma forma simples e eficiente, utilizando um sistema visual de pontuação (Figura 1). É classificado como 1: úbere limpo ; 2: úbere levemente sujo, 2 a 10% do úbere; 3: moderadamente sujo, 10 a 30% do úbere ; 4: muito sujo, mais de 30% do úbere. Estudos realizados por Schreiner e Ruegg revelaram maior CCS e índice de infecção intra-mamária para animais classificados como sujas (escore 3 e 4). Todas as vacas com escore de higiene do úbere 3 e 4 apresentaram maior risco de mastite. Figura 1 - Escore de Higiene do Úbere. Fonte: Ruegg (2004). Assim, o controle do ambiente se faz importante para manter as vacas visualmente mais limpas, reduzindo a exposição da região do teto a microrganismos patogênicos, consequentemente reduzindo o numero de CCS e a incidência de mastite do rebanho. Evitando a consanguinidade Rafael Moura Marcela Teixeira Estudante de Agronomia A consanguinidade ou endogamia é um acasalamento que consiste na união de animais com certo grau de parentesco. Na consanguinidade tem uma maior probabilidade de receber genes idênticos, já que seus pais são parentes, ou seja, apresentam um ou mais ancestrais comuns. Dessa forma, é possível, a transmissão e expressão de genes de efeito favorável ou desfavorável no indivíduo consanguíneo. As desvantagens desse cruzamento são: problemas reprodutivos, redução da produção, da quantidade de gordura, do vigor e poder adaptativo dos bezerros, do sistema imune, retenção de placenta, má formação congênita, hérnia umbilical, entre outros. A escolha do touro é uma importante ferramenta para o melhoramento genético de uma propriedade. Além das tradicionais características avaliadas como PTA leiteira, tipo, aprumos, composição de pernas e pés, também deve-se levar em consideração a genealogia dos touros, e esta informação vem sendo negligenciada em algumas propriedades leiteiras. Muitos touros usados em diferentes centrais são descendentes dos mesmos pais, o que costuma passar despercebido na hora da escolha, fazendo com que aumente a endogamia em alguns rebanhos. O registro correto e atualizado dos animais da propriedade é importante nesse caso, pois com essa informação pode-se fazer um acasalamento dirigido confiável. Este tipo de acasalamento é uma boa opção para se evitar a consanguinidade, porque ele avalia a genealogia e as características dos animais a serem inseminados com os possíveis touros escolhidos, direcionando a melhor opção para a vaca ou novilha. Outra questão é a responsabilidade do inseminador em seguir o cruzamento proposto. Um exemplo a ser citado é a fazenda Cedro, do produtor Roque Maciel, que teve essa preocupação ao comprar seu novo estoque de sêmen. A maioria de suas novilhas liberadas para o reprodutivo tinha algum parentesco com dois dos mais renomados touros na raça Holandesa, sendo que seus descendentes são utilizados em muitas centrais. Dessa forma, o produtor buscou junto com os estagiários e a equipe do PDPL as melhores opções para o seu rebanho. Segue um exemplo da tabela a ser fixada junto ao botijão, para auxiliar o inseminador. Acasalamento de Novilha Novilha Opção 1 Opção Touro A Touro B 1111 Touro B Touro C 1112 Touro C Touro D 1113 Touro A Touro B As 10 maiores produções do mês de Novembro de 2014 Ord Produtor Município Produção 1 Antônio Maria Cajuri Hermam Muller Visconde do Rio Branco Rafaela Araújo de Castro Guaraciaba Paulo Frederico Araponga Chistiano José Lana Piranga Ozanan Moreira Ubari José Maria de Barros Presidente Bernardes João Bosco Porto Firme Antônio Carlos Reis Piranga Alvimar Sérgio Teixeiras As 10 maiores produtividades do mês de Novembro de 2014 Ord Produtor Município Produtividade por vaca em lactação Produtividade por total de vacas 1 Antônio Maria Cajuri 27,0 23,8 2 Rafaela Araújo de Castro Guaraciaba 26,0 19,1 3 Ozanan Moreira Ubari 22,9 18,9 4 José Francisco Cajuri 22,5 16,6 5 José Maria de Barros Presidente Bernardes 18,6 15,9 6 João Bosco Porto Firme 16,5 14,1 7 Edmar Lopes Canaã 24,2 13,9 8 Rogério Barbosa Ponte Nova 15,1 13,3 9 Chistiano José Lana Piranga 15,8 13,2 10 Alvimar Sérgio Teixeiras 14,6 13,1 6

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