DIAGNÓSTICO DA PECUÁRIA LEITEIRA NA REGIÃO DO CAPARAÓ ESPÍRITO- SANTENSE

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1 DIAGNÓSTICO DA PECUÁRIA LEITEIRA NA REGIÃO DO CAPARAÓ ESPÍRITO- SANTENSE Tarcísio Feleti de Castro 1, Felipe Scheiber Pittelkow 2, Rafael Altoé Dansi 3, Maria Izabel Vieira de Almeida 4 1 UFES/Departamento de Zootecnia, Alto Universitário, s/n, Alegre, ES, tarcisiofc@hotmail.com 2 UFES/Departamento de Zootecnia, Alto Universitário, s/n, Alegre, ES, felipepittelkow@hotmail.com 3 UFES/Departamento de Zootecnia, Alto Universitário, s/n, Alegre, ES, rafaeldansi@hotmail.com 4 UFES/Departamento de Zootecnia, Alto Universitário, s/n, Alegre, ES, almeidamiv@hotmail.com Resumo- Objetivou-se realizar um diagnóstico das condições tecnológicas em que se encontra a bovinocultura leiteira da região do Caparaó. Foram realizadas quarenta e oito visitas a propriedades rurais de diferentes tamanhos e nível tecnológico no período de março de 2007 a março de 2008, sendo as propriedades escolhidas ao acaso. Foi aplicado um questionário técnico aos produtores e os dados foram tabulados e classificados em estratos de acordo com a produção leiteira. Os dados serão utilizados para que se possam divulgar técnicas de manejo nutricional dos animais e de conservação de forragens entre os produtores rurais, devido à grande importância econômica e social da atividade pecuária e ao limitado conhecimento dos produtores quanto às estratégias disponíveis para se obter alta eficiência na produção animal. Palavras-chave: Produção leiteira, agricultura familiar, difusão de tecnologias, conservação de forragens. Área do Conhecimento: Manejo de animais. Introdução Uma análise da cadeia produtiva do leite deve partir do reconhecimento de que o grande objetivo da produção agrícola é o de satisfazer necessidades humanas, e no caso do leite, as necessidades de alimento nutritivo e de produtos lácteos que o homem gosta de consumir. Entretanto, a produção, industrialização e comercialização do leite e seus produtos derivados gera atividades econômicas, cabendo então maximizar a eficiência de utilização dos recursos disponíveis para gerar riqueza ou lucro, bem como empregos, sem perda da qualidade do meio ambiente. Assim, a cadeia do leite deve objetivar aspectos nutricionais, econômicos, sociais e ambientais (MADALENA, 2001). A produção de leite no Brasil vem crescendo, e a região sudeste como maior produtora de leite do país tem contribuído com média de 44%, entre 1999 a 2003, da produção nacional. Registra-se o crescimento da produção de leite no período de 1995/2001, da ordem de 3,88% ao ano para o país e 2,92% ao ano para a região sudeste (DIAGNÓSTICO..., 2003). O estado do Espírito Santo participa com apenas 1,72% do leite produzido no Brasil, porém, a região sul espírito-santense contribui com 83,99% do leite produzido no estado (IBGE, 2007). A pecuária de leite tem grande importância social como geradora de emprego e renda, pois, no estado, envolve estabelecimentos (IBGE, 2006) e responde por empregos diretos, o que representa cerca de 8% da absorção da mãode-obra no meio rural. A predominância de produtores que exploram a pecuária de leite é tipicamente familiar. Haja vista que, em 2007, 80% dos produtores de leite enviam até 100 litros de leite por dia para os laticínios (IBGE, 2006). A agropecuária no estado ocupa uma área total de hectares, que equivalente a 73% da área estadual, sendo que a atividade de produção animal/pastagens participa com uma área de hectares, ou 54,7% do total. Este setor gerou, em 1998, uma produção primária no valor de R$ ,00, representando 22% de participação no valor bruto da produção agrícola do Estado (SECRETARIA..., 2000). O objetivo deste trabalho foi realizar um diagnóstico das condições tecnológicas em que se encontra a bovinocultura leiteira da região do Caparaó, sendo esta localizada no sul do Espírito Santo e composta por dez municípios (Alegre, Divino São Lourenço, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Ibatiba, Ibitirama, Irupi, Iuna, Muniz Freire e São José do Calçado), para que se possam divulgar técnicas de manejo nutricional dos animais e de conservação de forragens entre os produtores rurais, devido à grande importância econômica e social da atividade pecuária e ao limitado conhecimento dos produtores quanto às estratégias disponíveis para se obter alta eficiência na produção animal. 1

2 Metodologia Foram realizadas quarenta e oito visitas a propriedades rurais de diferentes tamanhos e nível tecnológico no período de março de 2007 a março de 2008, nos diferentes municípios da região do Caparaó, sendo as propriedades escolhidas ao acaso e o número de visitas variando em 4-6 por município. O período de visitas foi elaborado com o intuito de que os municípios fossem visitados no período da seca e no período das águas, e como no ano de 2007 a região sofreu um forte período de estiagem os dez municípios foram visitados de março de 2007 a dezembro de 2007, e novamente visitados nos meses de janeiro de 2008 a março de 2008, na estação das águas. Os responsáveis pelos rebanhos bovinos de cada propriedade responderam a um questionário técnico sobre o manejo nutricional e sanitário do rebanho, que incluía perguntas sobre os tipos de pastagens, as raças bovinas e as técnicas utilizadas, a fim de fazer um levantamento do manejo alimentar dos bovinos leiteiros e da produção leiteira nestes municípios, que será útil no direcionamento das recomendações técnicas. Os dados foram tabulados e classificados de acordo com a produção leiteira, dividida em estratos de 50 litros/dia, litros/dia, litros/dia e mais de 500 litros/dia, a partir da classificação foram obtidas as médias e as porcentagens. Resultados De acordo com as análises dos dados, observou-se que a área da propriedade e a área destinada à pecuária, incluindo nesta a área de pastagem, capineira e canavial, aumentaram com o aumento da produção. Maiores áreas foram observados nos estratos com maior produção (Tabela 1). A Tabela 2 apresenta o percentual da área destinada a pecuária em relação ao tamanho da propriedade, e o percentual das suas subdivisões (área de pastagem, área de capineira, área de canavial). Observa-se também o percentual dos outros usos (área da propriedade não utilizada na pecuária leiteira), este também em relação ao tamanho da propriedade. Tabela 1 - Área média das propriedades (ha) em função dos estratos de produção de leite. Área da propriedade (ha) Área de pastagem (ha) Área de capineira (ha) Área de canavial (ha) Área destinada à pecuária (ha) Até 50 L L L Mais de 500 L 26,3 17,7 1,0 0,4 19,1 52,6 27,5 1,5 1, ,9 97,8 1,1 1,5 102, ,8 7,5 3,6 165,9 Tabela 2 - Área média das propriedades, em percentual, da área destinada à pecuária (Tabela 1), em função dos estratos de produção de leite. Área de pastagem (%) Área de capineira (%) Área de canavial (%) Área destinada à pecuária (%) Outros usos (%) Até 50 L L L Mais de 500 L 91,2 6,2 2,6 80,3 19,7 85,7 8,0 6,3 73,1 26,9 94,2 3,0 3,0 71,8 28,2 93,6 4,4 2,0 74,0 26,0 Uma das gramíneas mais encontradas na região é a brachiaria (Brachiaria s.p.), e de acordo com os valores encontrados sua utilização é bem expressiva para todos os estratos, sendo 83,3% para o estrato até 50 L, 95% para o estrato L, 88,2% para o estrato L e 100% para o estrato mais de 500 L. As espécies de brachiaria encontradas foram Brachiaria decumbens, Brachiaria brizantha e Brachiaria radicans. Outros tipos de gramíneas foram encontradas, como a espécie Panicum maximum 2

3 (cv. Mombaça, cv. Tanzânia, cv. Colonião) que para o estrato L apresentou 10% e para o estrato L 11,8%, também a espécie Tifton (Cynodon spp.) que para o estrato L apresentou 5,9%; para as duas espécies os demais estratos não apresentaram valores. Outra espécie encontrada foi o Capim gordura (Melinis minutiflora), seus valores foram 16,7% para o estrato até 50 L, 30% para o estrato L, 35,3% para o estrato L e 60% para o estrato mais de 500 L. Quanto ao tipo de suplementação, observa-se na Tabela 3 que de modo geral esta aumentou com o aumento da produção. Sendo a utilização de concentrado e silagem maiores em estratos de maior produção, e a utilização de cana-de-açúcar maior nos estratos de L e L. O tipo de silagem mais utilizada pelos produtores foi a de capim napier, seguida da silagem de milho; maiores valores foram observados em maiores estratos. Tabela 3 - Tipo de suplementação e tipo de silagem em função dos estratos de produção de leite. Tipo de suplementação (%): Concentrado Cana-de-açúcar Silagem Até 50 L L L Mais de 500 L 6 64,7 6 33,3 6 70,6 4 16,7 55,0 64,7 8 Tipo de Silagem (%): Capim napier Milho 16,7 72,7 45,4 72,7 45,4 75,0 75,0 Quanto ao nível de tecnificação da propriedade, a ordenha mecânica é mais utilizada em propriedades com maiores produções, observa-se que quanto maior o estrato de produção de leite maior é a porcentagem de utilização da ordenha mecânica, % para o estrato até 50 L, 40% para o estrato L, 70,6% para o estrato L e 80% para o estrato mais de 500 L. A assistência técnica, feita ela por agrônomos, veterinários, zootecnistas ou órgãos do governo (Incaper), é feita principalmente em propriedades maiores com maiores produções, 33,3% para o estrato até 50 L, 40% para o estrato L, 70,6% para o estrato L e 80% para o estrato mais de 500 L. O uso de inseminação artificial é uma técnica bem difundida na região os valores aumentam com os estratos, 16,7% para o estrato até 50 L, 65% para o estrato L, 76,5% para o estrato L e 100% para o estrato mais de 500 L. O número de propriedades visitadas e o seu percentual de acordo com os estratos de produção demonstra que o maior número de propriedades visitadas estão no estrato L (20 propriedades) representando 41,7% e no estrato L (17 propriedades) representando 35,4%, seguidos do estrato até 50 L (6 propriedades) representando 12,5% e o estrato mais de 500 L (5 propriedades) representando 10,4%. O número médio de animais e a relação animais/funcionários aumentou com o aumento da produção, o número médio de animais para o estrato até 50 L foi 21,3 e sua relação animais/funcionários foi 10,3, para o estrato L o número médio de animais foi 60,5 e a relação animais/funcionários foi 34,3, para o estrato L o número médio de animais foi 169 e a relação animais/funcionários foi 74,8 e para o estrato mais de 500 L o número médio de animais foi 230 e a relação animais/funcionários foi 31,9. Na Tabela 4 observa-se o percentual de unidades animal de acordo com os estratos de produção, os estratos de menor produção apresentam um menor numero de unidades animal, e os estratos de maior produção apresentam um maior numero de unidades animal. Observa-se também na Tabela 4 a relação animais/hectare, que aumenta com o aumento dos estratos. 3

4 Tabela 4 - Percentual do número de unidades animal (UA), e relação animais/hectare em função dos estratos de produção de leite UA (%) UA (%) UA (%) Mais de 200 UA (%) Relação animais/ha UA Unidade animal. Até 50 L L L Mais de 500 L 5 1 5,9 1, ,4 3,5 As raças mais utilizadas nas propriedades para o estrato até 50 L predomina a raça girolando (100%), para o estrato L são identificadas as raças girolando (65%), holandês (15%), a utilização de ambas as raças (20%), e outras raças (6,7%), o estrato L apresenta as raças girolando (76,5%), holandês (5,9%), ambas as raças (17,6%), e outras raças (5,9%) e o estrato mais de 500 L foram encontradas as raças girolando (60%) e holandês (40%). Estes valores indicam que a raça girolando é a mais difundida na região, seguida da raça holandês. As outras raças identificadas foram Jersey, Gir Leiteiro, Guzerá e Pardo Suíço. Quanto ao percentual de propriedades que realizam venda de animais para corte, as fases da criação que realizam e o destino dos bezerros machos do rebanho leiteiro, observa-se que para o estrato até 50 L 33,3 % dos bezerros (as), 33,3% dos novilhos (as) e 33,3% das vacas são vendidas para corte; no estrato L 30% dos bezerros (as), 15% dos novilhos (as) e 15% das vacas são vendidas para corte; no estrato L 53% dos bezerros (as), 5,9% dos novilhos (as) e 41,2% das vacas são vendidas para corte; e no estrato mais de 500 L 60% dos bezerros (as), 20% novilhos (as) e 60% das vacas são vendidas para corte. As fases da criação que realizam para o estrato até 50 L são cria (66,7%) e recria (100%), para o estrato L são cria (85%), recria (65%) e engorda (10%), para o estrato L são cria (58,9%), recria (70,6%), engorda (11,8%) e confinamento (5,9%), para o estrato mais de 500 L são cria (100%), recria (100%) e engorda (40%). O destino dos bezerros machos do rebanho leiteiro para o estrato até 50 L são cria (16,7%) e venda (83,3%), para o estrato L são cria (30%), descarte (20%) e venda (60%), para o estrato L são cria (23,5%), recria (23,5%) e engorda (58,9%), e para o estrato mais de 500 L são cria (60%) e recria (60%). 15,0 41,2 4 4,3 23,5 15,0 3,5 Em relação aos tipos de atividades desenvolvidas nas propriedades, observa-se que as mais desenvolvidas são a pecuária leiteira e o café, para o estrato até 50 L 66,7% possuem a pecuária leiteira como a atividade principal e 33,3% como secundária, 33,3% possuem o café como atividade principal e 66,7% não possuem atividade secundária; para o estrato L 60% possuem a pecuária leiteira como atividade principal e 35% como secundária, 30% possuem o café como atividade principal e 10% como secundária, 10% possuem ambas (pecuária leiteira e café) como atividade principal, 5% possuem outras atividades como secundárias e 50% não possuem atividade secundária; para o estrato L 70% possuem a pecuária leiteira como atividade principal e 11,8% como secundária, 11,8% possuem o café como atividade principal e 35,3% como secundária, 17,6% possuem ambas (pecuária leiteira e café) como atividade principal, 17,6% possuem outras atividades como secundárias e 35,5% não possuem atividade secundária; para o estrato mais de 500 L 40% possuem a pecuária leiteira como atividade principal e 20% como secundária, 20% possuem o café como atividade principal e 20% como secundária, 40% possuem ambas (pecuária leiteira e café) como atividade principal, 20% possuem outras atividades como secundárias e 40% não possuem atividade secundária. Discussão Uma das possibilidades de aumentar a produção é com o aumento da área para produção, e o que se observou na Tabela 1 é que os estratos de maior produção possuem as maiores áreas, consequentemente estas possuem maior disponibilidade de forrageiras utilizadas na suplementação do rebanho, como capineiras e canavial. Na Tabela 2 observa-se que o valor encontrado para todos os estratos da área destinada a pecuária foram semelhantes, 4

5 mostrando que nas propriedades que produzem leite, a maior parte da sua área é destinada ao rebanho leiteiro. Um indicativo de que a maior parte da alimentação do rebanho é adquirida por pastejo são os resultados do percentual de área destinada a pecuária que é ocupada com pastagem. Estes valores são importantes devido ao custo de produção, que tende a cair com maior utilização da pastagem. Todos os estratos apresentaram um percentual de área de capineira e canavial, indicando que as propriedades, além do uso da pastagem como prioridade na alimentação, utilizam alguma forma de suplementação, sendo esta considerada principalmente de inverno devido ao tamanho que elas representam e devido à época de colheita da cana-de-açúcar. Como a maior parte da alimentação do rebanho é adquirida na pastagem, um fator importante a ser analisado é o tipo de gramínea fornecida, tendo em vista que as gramíneas variam seu custo de produção de acordo com a espécie e possuem valores nutricionais diferenciados. Uma das espécies de gramíneas mais difundidas é a braquiaria (Brachiaria s.p.), e de acordo com os valores encontrados sua utilização é bem expressiva, estes valores se justificam devido o baixo custo de manutenção, sendo esta gramínea considerada de baixa exigência em fertilidade do solo (DATALTO e FULLIN, 2001) e tendo em vista que as práticas de adubação, manejo e conservação das pastagens são raramente empregadas na região. Outros tipos de gramíneas foram observados em menor escala devido seu custo de manutenção (Panicum maximum), implantação e manutenção, como o Tifton, que seu plantio é feito por mudas aumentando assim a mão de obra e o custo de produção. Outra espécie que apresentou valores significativos foi o Capim gordura (Melinis minutiflora), que apresenta grande difusão no estado devido ser uma gramínea que já se encontrava na região. Quanto ao tipo de suplementação, na Tabela 3 observa-se que a utilização de suplementação com ração concentrada pelos produtores é alta entre os estratos acima de 50 L, porém, não é utilizada pelos menores produtores, devido ao seu menor poder aquisitivo. A cana-de-açúcar pode ser encontrada em praticamente todas as propriedades; para o estrato até 50 L somente 33,3% das propriedades a utilizam in natura, valor considerado baixo devido ser uma boa alternativa para pequenos produtores pelo seu baixo custo de produção e por ser uma forrageira cuja colheita é feita na época da seca. A silagem é uma alternativa de conservação de alimentos para a época seca, e seu uso aumenta com o aumento da produção; as mais utilizadas na região são de milho e capim napier; não foi detectado o uso de silagem de sorgo, cujo custo de produção costuma ser inferior ao do milho e tem maior produtividade por hectare. Quanto maior é a produção de leite maior é o número de propriedades que fornece ao rebanho uma suplementação de melhor qualidade, e isto está ligado diretamente à produtividade, que aumenta com uma melhor suplementação. A pecuária leiteira do sul do Espírito Santo vem adotando tecnologias, como indicam os valores encontrados; a ordenha mecânica é mais utilizada em propriedades com maiores estratos de produção de leite, estes valores são importantes pois estão ligados diretamente com a qualidade do leite. A inseminação artificial é uma técnica adotada principalmente pelos maiores produtores, devido à necessidade de investimentos em botijão de nitrogênio líquido e mão de obra qualificada, mas demonstra a necessidade de capacitação dos trabalhadores e incentivo à formação de associações para aumentar sua utilização, a fim de melhorar as características genéticas do rebanho, aumentar a produtividade e diminuir os custos de produção. A assistência técnica prestada por agrônomos, veterinários, zootecnistas ou órgãos do governo (Incaper) é realizada principalmente em propriedades maiores e com maior produção de leite, o que demonstra a necessidade de ampliação do serviço de assistência aos proprietários rurais. O maior número de propriedades visitadas e o seu percentual de acordo com os estratos de produção, como observado, são as propriedades que produz entre 51 a 500 L/dia, assim pode-se classificar as propriedades da região como pequenas e médias. O número médio de animais e a relação animais/funcionários aumentaram com o aumento da produção; maior número de animais representa maior uso de tecnologias e maior produtividade, como é o caso da ordenha mecânica. Na Tabela 4 observa-se o número de unidades animal e a relação animais/hectare; os valores aumentam com o aumento da produção, pois quando se tem uma maior produção mais tecnologias são adotadas, assim o numero de animais/hectare pode ser aumentado. A escolha da raça é outro fator que influência na produção, animais de raças européias produzem mais que os de raças zebuínas, mas em compensação possuem maior custo de produção devido a estas ser mais bem adaptadas às condições ambientais da região e ao manejo mais rústico e mais propício a doenças. Nos valores obtidos nota-se a predominância da raça girolando, muito bem adaptada à região sendo uma boa alternativa para pequenos produtores, seguida da raça holandês, esta sendo adotada em propriedades com maior nível tecnológico e com 5

6 maior produção por ser uma raça que requer um cuidado maior em seu manejo. Em relação ao percentual de propriedades que realizam venda de animais para corte, as fases da criação que realiza e o destino dos bezerros machos do rebanho leiteiro, estes valores estão ligados diretamente ao tamanho da propriedade, pois o proprietário só mantém os bezerros(as) nascidos na propriedade se ele possuir espaço para criá-los, caso contrário esses animais serão vendidos. Em propriedades com maior grau de tecnificação, os produtores utilizam a inseminação artificial, o que dispensa a necessidade de criar bezerros machos para reprodução. Quanto ao tipo de atividades desenvolvidas nas propriedades, observa-se que as mais desenvolvidas são a pecuária leiteira e o café, que se alternam como atividade principal e secundária. Os resultados indicam que a pecuária leiteira deixa de ser uma atividade secundária passando a ser considerada atividade principal à medida que a produção aumenta. Em propriedades com maior produção, a área é maior, assim o proprietário cultiva outras culturas, como o café com intuito de obter outras fontes de renda. < Acesso em: 01 set INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE, Disponível em: < Acesso em: 25 out MADALENA, F.E., MATOS, L.L., HOLANDA JR., E.V. Produção de leite e sociedade. Belo Horizonte: FEPMVZ, p. - SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA ESPÍRITO SANTO. Rumos da agricultura capixaba. Planos de ação , 70p. Conclusão A pecuária leiteira possui significativa importância econômica e social na região do Caparaó; os produtores possuem razoável conhecimento de técnicas de criação e melhoramento genético de gado bovino, porém há uma grande carência de informações sobre o manejo alimentar, principalmente no que diz respeito ao estabelecimento, manejo, conservação e utilização de forrageiras. Este fator pode ser identificado como sendo o principal entrave ao desenvolvimento da pecuária leiteira do sul do estado, devido à região possuir uma intensa sazonalidade na produção de leite ao longo do ano, dificultando assim que os produtores possam se manter e investir na atividade. Referências - DADALTO, G. G.; FULLIN, E. A.. Manual de recomendação de calagem e adubação para o Estado do Espírito Santo: 4. aproximação. Vitória (ES): SEEA: INCAPER, p. - Diagnóstico da cadeia produtiva do leite no estado do Rio de Janeiro: relatório de pesquisa. Rio de Janeiro: FAERJ/SEBRAE-RJ, p. - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE, Disponível em: 6

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