D I S C I P L I N A D E S E M I O L O G I A U N I V E R S I D A D E D E M O G I D A S C R U Z E S FA C U L D A D E D E M E D I C I N A

Transcrição

1 D I S C I P L I N A D E S E M I O L O G I A U N I V E R S I D A D E D E M O G I D A S C R U Z E S FA C U L D A D E D E M E D I C I N A

2 A U L A 2 A N A M N E S E

3 PORTO, Celmo Celeno. Semiologia Médica. 7ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014, 1413 p.

4 C O N C E I T O I M P O R T Â N C I A M O D A L I D A D E S D U R A Ç Ã O S E M I O T É C N I C A

5 Diga-me e eu esquecerei. Ensina-me e eu me lembro. Envolva-me e eu aprendo. (Benjamin Franklin) h t t p : / / w w w. p a u l o d e t a r s o l i b e r a l e s s o. c o m

6 6 / 39 Conceito Cola Maconha Cocaína Crack Infância Adolescência Adulto Velhice ana = trazer de novo / mnesis = memória

7 7 / 39 C O N C E I T O A palavra anamnese, do grego, vem de ana que quer dizer trazer de novo e mnesis que significa memória. É trazer de volta à mente todos os fatos relacionados ao assistido. Em essência, é uma entrevista que propende a reconstituição de fatos e acontecimentos pertinentes a uma certa experiência.

8 8 / 39 Importância Primeira Relação Segunda Diagnóstico Terceira Tratamento

9 9 / 39 I M P O R T Â N C I A A anamnese comporta tríplice relevância. Por primeiro, é o núcleo em torno do qual se dá a relação médico - paciente. Por segundo, sintomas bem investigados abrem caminho para um exame físico objetivo que finda no diagnóstico. Por terceiro, o diagnóstico constitui a base do planejamento terapêutico.

10 10 / 39 Modalidades Médico fala Ativa Ouve e depois fala Mista Médico ouve Passiva

11 11 / 39 M O D A L I D A D E S Na anamnese ativa o médico, tendo em mente um esquema basilar, conduz a entrevista objetivamente. Na anamnese passiva, o paciente narra livremente suas queixas, sem interferência do médico ouvinte. Na anamnese mista, o médico deixa o paciente expor para então passar a conduzir de modo mais direcionado.

12 12 / 39 Duração Algo maior Aluno Algo menor Médico

13 13 / 39 DURAÇÃO Os estudantes carcomem horas para entrevistar um paciente, pois são obrigados a seguir roteiros longos, preestabelecidos. É mandatório que seja assim, pois, nesta fase, necessitam viajar todo o caminho para ajuizá-lo. Neste momento, a pressa é a distorção de técnica mais grosseira que se pode empreender.

14 14 / 39 Semiotécnica Identificação Antecedentes Queixa e duração Estilo e hábitos História pregressa Interrogatório Ficha Anamnese (sete) Condições

15 15 / 39 S E M I O T É C N I C A A entrevista é circunspeta de sete elementos, quais sejam a identificação, a queixa e duração, a história pregressa da moléstia atual, o interrogatório sobre os diversos aparelhos, os antecedentes, o estilo e os hábitos de vida e as condições sociais, econômicas e culturais. O domínio do método está na abrangência.

16 16 / 39 Identificação NOME RESP. END. IDADE RAÇA SEXO E. CIVIL PROFISSÃO RELIGIÃO NACIONAL NATURAL PROCEDE

17 17 / 39 Identificação O MESMO AL. CAMPINAS, 557, AP. 131, JARDINS, SÃO PAULO SP DR. ARNALDO 44 CASADO BRASILEIRO BRANCO MÉDICO PAULISTA MASCULINO ATEU PROMISSÃO

18 18 / 39 I D E N T I F I C A Ç Ã O É o perfil sociodemográfico do paciente que consente a interpretação de dados individuais e coletivos. É composto por doze elementos, quais sejam o nome, o responsável, o endereço, a idade, a raça, o sexo, o estado civil, a profissão, a religião, a nacionalidade, a naturalidade e a procedência. Cada um tem sua razão.

19 19 / 39 Queixa e duração QUEIXA DURAÇÃO RÓTULO ANATÔMICO POLIQUEIXOSO RÓTULO DIAGNÓSTICO

20 20 / 39 Queixa e duração D O R D E C A B E Ç A H Á U M A N O

21 21 / 39 Q U E I X A E D U R A Ç Ã O A queixa é o motivo da consulta e a duração, o tempo de vigência do mesmo. Se poliqueixoso, questionamos o que mais o incomoda naquele momento. Rótulos, anatômico ( dor no ovário ) e etiológico ( hemorroida ), são renunciados. Para o primeiro, pedimos que aponte com o dedo o local, para o segundo, que o traduza.

22 22 / 39 História pregressa da moléstia atual Era uma vez uma princesa. Começo Que viveu entre anões. Meio E foi feliz para sempre. Fim

23 23 / 39 História pregressa da moléstia atual COMEÇO INÍCIO MEIO MEL/PIO FIM TRAT. MODO DESENC. CARACTER RELAÇÕES EVOLUÇÃO HOJE

24 24 / 39 História pregressa da moléstia atual P A C I E N T E R E L A T A D O R DE C A B E Ç A HÁ UM A N O, D E S E N C A D E A D A P O R U M A C R I S E H I P E R T E N S I V A E DE I N Í C I O G R A D A T I V O. S E D I A D A EM R E G I Ã O O C C I P I T A L, I R R A D I A D A A O S P A R I E T A I S, EM P O N T A D A, DE M É D I A I N T E N S I D A D E E DE C U R T A D U R A Ç Ã O. M E L H O R A C O M O R E P O U S O E P I O R A C O M O B A R U L H O. É A C O M P A N H A D A DE N A U S E A S. F O I T R A T A D A C O M P A R A C E T A M O L. E V O L U I U C O M A U M E N T O DE I N T E N S I D A D E. H O J E, T E M I N T E N S I D A D E M Á X I M A, I N C A P A C I T A N T E.

25 25 / 39 H I S T Ó R I A P R E G R E S S A D A M O L É S T I A AT U A L É o registro cronológico e detalhado da queixa. É a chave-mestra para o diagnóstico. O sintoma -guia é o que admite a recomposição mais fácil e precisa. Tem começo (data, modo e desencadeante), meio (fatores de melhora e piora, caracteres semiológicos privativos e relações) e fim (tratamento, evolução e atualidade).

26 26 / 39 Interrogatório sobre os diversos aparelhos CABEÇA CARDIO PNEUMO DIGESTIVO URO GENITAL F GENITAL M ENDO PELE LOC NEURO PSQ

27 27 / 39 Interrogatório sobre os diversos aparelhos X PA C I E N T E R E L ATA D O R DE C A B E Ç A HÁ UM A N O, R E P E N T E P O R UMA C R I S E H I P E R T E N S I VA E DE I N Í C I O G R A D U A L... ( A P L I C A R A T É C N I C A DA H P M A )

28 28 / 39 I N T E R R O G AT Ó R I O S O B R E O S D I V E R S O S A PA R E L H O S É um interrogatório sintomatológico abrangendo todos os sistemas. Deve seguir esquema rígido: cabeça e pescoço, cardiocirculatório, respiratório, digestivo, urinário, genital feminino e masculino, endocrinológico, pele e anexos, locomotor, neurológico e psíquico. Objetiva completar ou corrigir a história pregressa.

29 29 / 39 Antecedentes NASCER D. PSC D. SEXO TOCO DOENÇAS TRAUMAS REMÉDIOS SANGUE CIRURGIAS DOENÇAS

30 30 / 39 Antecedentes NEGA NEGA NEGA NEGA FÓRCEPS NÃO SABE PRIMEIRO 1 NDN NÃO SABE NÃO SABE NÃO SABE NÃO SABE NÃO SABE NÃO SABE NÃO SABE NÃO SABE BOM M M M M NÃO SABE ANOS - - -

31 31 / 39 A N T E C E D E N T E S Os antecedentes comportam três grupos, quais sejam o pessoal fisiológico (gestação, nascimento e desenvolvimento psicomotor e sexual), o pessoal patológico (obstetrícia, doenças, traumas, medicamentos, transfusões e cirurgias) e os familiares (doenças hereditárias e crônicas e causas de óbito).

32 32 / 39 Estilo de vida e hábitos SÓLIDO LÍQUIDO EXCLUSÃO ESPÉCIE FREQ. DURAÇÃO NATUREZA SUBSTÂNCIA MEIO TABACO ÁLCOOL DROGA

33 33 / 39 Estilo de vida e hábitos 3 NÃO NÃO CARNE TODA REFEIÇÃO ARROZ TODA REFEIÇÃO TODA REFEIÇÃO FREQUENTEMENTE ACADEMIA DIÁRIA 1 HORA NATAÇÃO DIÁRIA 1 HORA 21 ANOS

34 34 / 39 E S T I L O D E V I D A E H Á B I T O S É o modo usual de ser. A alimentação deve ser avaliada qualitativa e quantitativamente. A atividade física, nos mesmos termos. A ocupação, atual e anterior, quanto à natureza, às substâncias e o meio ambiente. E os hábitos, com vigilância para o tabaco, o álcool e as drogas, qualitativa e quantitativamente.

35 35 / 39 Condições sociais, econômicas e culturais ZONA CÔMODOS S. BÁSICO PARES PARCEIROS CODON ESPÉCIE RENDA FONTE ESCOLA RELIGIÃO CRENÇAS

36 36 / 39 Condições sociais, econômicas e culturais X X X X X X X X X X X X NDN X NDN X NDN X X

37 37 / 39 C O N D I Ç Õ E S S O C I A I S, E C O N Ô M I C A S E C U LT U R A I S Avaliam-se a habitação (zona, moradia, número de cômodos, saneamento básico, poluição, animais), o relacionamento familiar (pais, filhos, irmãos, cônjuge, número de parceiros, uso de códon), a economia (rendimento, dependência, fonte de renda) e a cultura (escolaridade, religiosidade, crença e comportamento).

38 T Í T U L O CONCLUSÃO 38 / 39 CONCEITO IMPORTÂNCIA MODALIDADES DURAÇÃO TÉCNICA

39 F I M