RELATÓRIO DE CONJUNTURA: ACOMPANHAMENTO CONJUNTURAL DOS IMPACTOS DA CRISE SOBRE O SETOR ELÉTRICO

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1 RELATÓRIO DE CONJUNTURA: ACOMPANHAMENTO CONJUNTURAL DOS IMPACTOS DA CRISE SOBRE O SETOR ELÉTRICO Agosto de 2009 Nivalde J. de Castro Daniel Bueno Luiza Elena Santoro Raul Ramos Timponi Roberta de S. S. Bruno PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO

2 PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO CONJUNTURAL dos IMPACTOS da CRISE sobre o SETOR ELÉTRICO AGOSTO de 2009 Nivalde José de Castro Daniel Bueno Luiza Elena Santoro Raul Ramos Timponi Roberta de S. S. Bruno PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO 2

3 Índice SUMÁRIO EXECUTIVO CENÁRIO MACROECONÔMICO IMPACTOS DA CRISE NO PIB IMPACTOS DA CRISE NO SETOR INDUSTRIAL TAXA DE JUROS E INVESTIMENTOS BALANÇA COMERCIAL FINANCIAMENTO DO SETOR ELÉTRICO ANÁLISE SETORIAL ANÁLISE DA CARGA Relatório Mensal de Acompanhamento da Conjuntural dos Impactos da Crise sobre o Setor Elétrico (1) Nivalde J. de Castro (1) Raul Ramos Timponi (2) Luiza Elena Santoro (3) Daniel Bueno B. Tojeiro (4) Roberta de S. S. Bruno (5) (1) Participaram da elaboração deste relatório como pesquisadores Roberto Brandão, Bruna de Souza Turques, Rafhael dos Santos Resende, Diogo Chauke de Souza Magalhães, Débora de Melo Cunha e Luciano Análio Ribeiro. (1) Professor do Instituto de Economia - UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (2) Pesquisador do GESEL-IE-UFRJ (3) Pesquisadora do GESEL-IE-UFRJ (4) Pesquisador do GESEL-IE-UFRJ (5) Assistente de Pesquisa do GESEL-IE-UFRJ 3

4 SUMÁRIO EXECUTIVO Este Relatório tem o objetivo de acompanhar mensalmente o impacto da crise financeira no Setor Elétrico Brasileiro. Para isso, divide-se a análise em capítulos que progridem do plano mais macro para o mais específico, quando os impactos diretos na carga de energia elétrica são focados. Ao final, o planejamento é tratado visto que o desafio no ajuste fino do balanço oferta x demanda neste período de grande imprevisibilidade futura. Nos parágrafos seguintes, resume-se brevemente o conteúdo do presente Relatório. A economia mundial está reagindo. Os principais resultados são: o primeiro aumento do PIB industrial americano em julho ante junho americano (a primeira alta desde outubro de 2008); desaceleração no ritmo de queda do PIB europeu; e a manutenção do crescimento da produção industrial chinesa vigorosa que, pela segunda vez desde setembro de 2008, registrou em julho uma variação de dois dígitos (10,8%). Na América Latina, o Brasil foi o país que menos sofreu os reflexos da crise econômica mundial. A maioria dos brasileiros (63%) sentiu pouco, ou quase nada, os efeitos das turbulências na economia. Em termos relativos, a economia brasileira sai da crise sem deteriorar suas condições monetária e financeira, pois atualmente consegue ter uma estrutura mais organizada. A economia brasileira está apresentando grandes sinais de recuperação neste quarto bimestre. Segundo o presidente Lula o ciclo de ajuste da economia já foi concluído, as curvas do emprego e da atividade industrial sinalizam uma retomada do crescimento confirmado pela maior confiança da indústria e do investidor externo. De acordo com o Ipea, a expectativa é de que o processo de recuperação demore de oito a 16 meses e a adoção de políticas anticíclicas teve uma importância fundamental para reduzir o impacto da crise no Brasil, e devem continuar presentes nas ações do governo. Diferentemente das crises anteriores, a economia brasileira está mais consistente e tem dado demonstrações de maior resistência às adversidades oriundas do exterior. Os investimentos, de um modo geral, começam a voltar e apresentar sinais de estabilização, mas o Banco Central alerta sobre o excesso de otimismo que pode levar a desequilíbrios e a uma maior volatilidade nos preços dos ativos. A intervenção do BC ganha significado especial porque, depois desta crise financeira mundial, banqueiros centrais de todo 4

5 o mundo têm discutido a necessidade de combater também a chamada inflação de preços de ativos, e não só de bens e serviços. Quanto ao financiamento do SEB, o BNDES registrou desembolsos totais de R$ 6,5 bilhões para o setor elétrico brasileiro entre janeiro e julho de Este montante representou 26% do total desembolsado pelo banco de fomento no segmento de infraestrutura. Já as aprovações para o setor elétrico totalizaram R$ 11,3 bilhões no mesmo período, representando 36% de todo o montante aprovado pelo banco para infraestrutura. Seguindo essa tendência, as empresas do Setor Elétrico Brasileiro voltaram a buscar recursos no mercado de capitais através da emissão de notas promissórias, debêntures, FDIC e ações. Entre janeiro e agosto do ano corrente, as empresas do setor elétrico já realizaram sete emissões de debêntures totalizando R$ 2,23 bilhões em recursos e registrou-se dez novas emissões de notas promissórias, totalizando R$ 1,5 bilhão. Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FDIC), por sua vez, foram utilizados como instrumento de captação por duas empresas do setor, com emissão de R$ 330 milhões. Observa-se também movimentação do setor elétrico para captação de recursos através da emissão de ações. Aproximando a análise ao nível setorial da indústria brasileira fica evidente que o foco deve estar nos consumidores livres/industriais, segmento com forte queda no consumo de energia desde a deflagração da crise. Uma primeira constatação é a de que a indústria, de fato, está contratando mais que nos meses anteriores. Além disso, siderúrgicas e metalúrgicas já percebem um leve aquecimento na demanda externa, religando seus fornos. As preocupações dos empresários desses setores se referem a uma possível percepção errônea de que o aparente aumento de demanda se refira à recomposição de estoques e não à retomada do consumo e, ainda, do temor de arrefecimento da demanda interna com cortes nos programas governamentais de estímulo ao consumo de bens duráveis. Os setores automobilístico, de papel e celulose e petroquímica apresentaram resultados bem otimistas, ancorando a retomada principalmente no mercado interno brasileiro e no mercado chinês no caso do setor de papel e celulose. Seguindo o relatório, apresenta-se um capítulo mais específico, focado nos impactos da crise na ponta do processo, isto é, na carga e no consumo de energia. Desde o baixo consumo registrado em outubro do ano passado, ainda ensaia-se um movimento de retomada. Contudo, os resultados divulgados no mês de agosto indicam que estamos provavelmente 5

6 diante do início de retomada da atividade industrial. Como será visto na seção I, as previsões são bastante otimistas quanto à economia brasileira no 2º semestre e a conjuntura internacional começa a dar sinais de reerguimento, mesmo que lento e gradual. Em agosto a carga aumentou 1,8%, fato que juntamente com a análise dos resultados anteriores permite formular a expectativa de que a retomada está em curso e seguindo um formato de um U alongado, isto é, uma retomada suave. Pode-se arriscar dizer que o fundo do poço já passou e que a carga do ano deve se situar entre a de 2007 e 2008, bem mais próxima desta última. Concluindo o relatório mensal, tem-se um capítulo dedicado à análise da evolução dos projetos de usinas e linhas de transmissão, existentes e em estudo, em meio ao cenário de crise financeira internacional. O que se percebe é que o setor elétrico foi e continua sendo um dos setores menos afetados com o grave problema externo, já que o BNDES e o Sistema Eletrobrás assumiram o papel importantíssimo de principais financiadores e empreendedores do sistema elétrico brasileiro. Os grandes projetos como Jirau e Belo Monte estão em andamento, apesar dos sérios conflitos com os nativos e problemas ambientais enfrentados. Em termos de usinas de pequeno e médio porte, o Brasil vive um boom de projetos de PCHs, devido, principalmente, ao menor custo de implementação e à facilidade na obtenção de licenças ambientais. 6

7 1 CENÁRIO MACROECONÔMICO Os resultados divulgados sobre a economia mundial ao longo do mês de agosto confirmam que o pior já passou. A economia parece que ainda vai caminhar de lado por mais algum tempo, apresentando sinais de retomada somente no fim do ano. Nos parágrafos a seguir destacam-se alguns resultados dos países mais relevantes da economia global. Na maior economia do mundo, o Banco Central (Fed) informou que a produção industrial aumentou 0,5% em julho, ante o mês anterior, sendo a primeira alta da produção industrial desde outubro de No mesmo sentido as encomendas de bens duráveis em julho cresceram 4,9% ante o mês anterior, invertendo a direção do mês anterior, de queda de 1,3%. Os juros americanos se mantiveram num patamar bem baixo (entre 0 e 0,25%) diante da estabilidade do índice de preços ao consumidor da economia norte-americana em julho. Vale lembrar que esse índice no acumulado de 12 meses registrou a maior queda desde 1950 (2,1%). Quanto ao consumo das famílias, aparentemente o programa governamental Cash for Clunkers de renovação da frota de automóveis surtiu algum efeito positivo, colaborando para o aumento em 0,2% no gasto dos consumidores em julho. Na Europa, o Banco Central do bloco também decidiu manter a taxa básica de juros baixa, em 1% na Zona do Euro. Os resultados de queda do PIB no 2º trimestre não foram animadores: queda de 0,1% ante o trimestre anterior e 4,6% ante o mesmo período de Apesar dessa retração, o ritmo de queda do PIB desacelerou, aparentando uma recuperação da economia da Zona do Euro que se confirmou no resultado da atividade industrial em julho após uma alta das encomendas em junho. O indicador de tendência PMI (Purchase Manager Index) corrobora isso: este avançou quase 10% de junho para julho, alcançando o maior patamar em 11 meses. No caso da Alemanha, o PIB cresceu pela primeira vez desde o primeiro trimestre de 2008, 0,3% no 2º trimestre deste ano contra o trimestre imediatamente anterior. O comércio internacional na União Européia e na Zona do Euro ainda se apresentam bastante retraídos: durante o primeiro semestre do ano as exportações do bloco caíram 21%, enquanto as importações caíram 24% quando comparadas a igual período de No Japão, os resultados positivos se devem à sua comparação com uma base extremamente deprimida dos períodos anteriores, visto o forte impacto da crise neste país logo nos primeiros meses. Assim, a produção industrial teve alta de 2,3% em junho, ante o 7

8 mês anterior, mas na comparação com o mesmo mês de 2008, houve queda de 23,5%. No geral, a economia japonesa cresceu 3,7%, em base anualizada, no segundo trimestre de 2009 na comparação com o trimestre imediatamente anterior. Essa foi a primeira expansão do PIB japonês nos últimos 15 meses. O dado mais surpreendente foi quanto à taxa de desemprego na economia japonesa: esta subiu para 5,7% em julho, após uma taxa de 5,4% em junho, atingindo o maior nível desde a segunda guerra mundial. Seguindo o tom dos Relatórios anteriores, a China permanece a pleno vapor. O índice PMI para sua atividade industrial subiu em julho pelo quarto mês seguido, avançando 2% ante junho e atingindo o maior patamar do último ano. A produção industrial chinesa subiu 10,8% em julho, ante junho. Foi a segunda vez desde setembro de 2008 que a produção da indústria registra uma variação de dois dígitos. Voltando-se ao cenário nacional, é interessante trazer a discussão em termos de quais seriam os principais canais de contágio da crise financeira internacional. Nesse sentido, o objetivo dos tópicos a seguir é mostrar e discutir os principais impactos e resultados da crise no Brasil ao longo do mês de agosto. 1.1 IMPACTOS DA CRISE NO PIB Em pesquisa realizada pelo Banco Central a previsão para a recuperação do PIB em 2010 passou de 3,8% para 4%. Há um mês, a expectativa dos analistas era de expansão de 3,5%. A recuperação deverá ser liderada pela indústria e os investimentos de longo prazo devem ajudar de forma expressiva para alcançar a média de 4%. Para o mercado, a produção nas fábricas deve crescer 5% em 2010, ritmo maior que a média esperada para a economia. Seguindo essa expectativa de recuperação, o BC afirma que o país deverá registrar crescimento médio anual de 4% em 2009 até 2012, levando já em consideração que o PIB exibirá uma marca entre zero e 1% este ano. O nível de atividade do país está registrando uma adequada evolução que deve ser superior aos 4% projetados para O Ministério da Fazenda também lançou sua previsão para o PIB que deverá ficar entre 1,6% e 1,7% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano. Com esse resultado, o PIB anual ficaria em 6,47%. Ao contrário da época pós Milagre Econômico, na década de 70, nesta crise não houve acúmulos de gargalos e desequilíbrios a serem 8

9 expurgados no futuro. Para o Ministério, a crise econômica mundial pôs à prova várias economias e algumas responderam melhor, outras pior, lembrando que em crises anteriores havia fuga de capitais, e os governos elevavam os juros para manter os investimentos estrangeiros. As expectativas das instituições financeiras brasileiras melhoram em agosto de 2009, com o PIB caindo apenas 0,1%, ante projeção anterior de 0,3% negativo. No entanto, as instituições crêem em uma produção industrial pior, com queda de 5,9%, contra uma projeção anterior de 4,5% negativo. O PIB Industrial também teve uma queda nas expectativas do setor financeiro. Porém, o setor de Serviços foi o responsável pela melhora no índice geral, com uma melhora de 0,3% no crescimento esperado, passando para 1,9%. As projeções para o próximo ano continuam otimistas, os bancos esperam um crescimento total de 3,7% no PIB. Em decorrência das novas projeções, os analistas econômicos assumem que exageraram nas projeções sobre a desaceleração da economia brasileira em 2009 devido à falta de uma medida confiável que mostrasse o que estava acontecendo com o setor de serviços. O BC quer evitar que isso volte a ocorrer e, por isso, firmou convênio com a FGV para construir um indicador dos serviços, nos moldes do que é feito na sondagem industrial, porém, não será desconsiderado que a economia passou por uma mudança estrutural nos últimos anos. Os serviços, hoje, respondem por cerca de 60% do PIB e, de forma geral, têm dinâmica autônoma da indústria. Nessa crise, os serviços avançaram 1,7% no primeiro trimestre, enquanto a indústria sofria retração de 9,3%. Depois que saíram os dados do PIB do primeiro trimestre, com a surpresa dos resultados no setor de serviços, os analistas passaram a rever as projeções de crescimento da economia para o ano, contando com um desempenho um pouco menos desfavorável. 1.2 IMPACTOS DA CRISE NO SETOR INDUSTRIAL Nos resultados divulgados em agosto, a produção industrial apresentou crescimento pelo sexto mês consecutivo e encerrou junho com incremento de 0,2% em relação a maio, já considerados os ajustes sazonais. Com esse resultado, a indústria encerrou o segundo trimestre com expansão de 3,4% sobre os três primeiros meses do ano. Das quatro categorias 9

10 analisadas, três apresentaram crescimento em junho. A maior expansão ocorreu no grupo de bens de capital, de 2,1%, o que foi apontado por economistas como um sinal de recuperação do investimento. No trimestre, a categoria acumulou aumento de 5,5%. Surpreendeu negativamente os economistas o desempenho da categoria bens de consumo semiduráveis e não duráveis: o grupo foi o único a apresentar queda em junho, de 2,6% em relação a maio. Em julho, foi registrado o melhor desempenho da produção da indústria desde o agravamento da crise internacional (setembro de 2008). A alta de 2,2% entre junho e julho elevou o nível de produção ao de janeiro de 2007, embora ainda esteja 10,6% abaixo do de setembro, quando atingiu o pico histórico. De acordo com o IBGE, o avanço registrado pela indústria em julho supera a média mensal de 1,5% observada no primeiro semestre. Na comparação com igual período do ano passado, porém, a indústria teve queda de 9,9%. Em julho, todas as categorias de uso medidas pelo IBGE apresentaram taxa positiva ante junho. O maior destaque ficou com os bens de consumo duráveis, com alta de 4,6%, puxado pelo crescimento de 8,9% das máquinas e equipamentos, que foi influenciado pelas vendas da linha branca, estimuladas pela desoneração do IPI. Os bens intermediários avançaram 2% e os bens de capital, 1,4%. Apesar dos resultados positivos no último trimestre, o impacto da crise econômica global no Brasil levou o primeiro semestre deste ano à queda recorde da produção industrial de 13,4% em relação a igual período do ano anterior. É a maior queda desde A recuperação da produção industrial no período de dezembro até junho foi de 7,9%, resultado insuficiente para compensar a queda de 20% ocorrida desde o início do agravamento da crise. De acordo com a Fiesp, a produção da indústria brasileira deverá manter a tendência de recuperação lenta e gradual ao longo do segundo semestre, apesar da desaceleração observada em junho. Embora o processo de crescimento tenha perdido embalo, pois os dados do IBGE mostraram que a produção subiu apenas 0,2% em junho em relação a maio, uma reviravolta não está nas previsões. Na média do primeiro semestre, a taxa de crescimento foi de 1,3% ao mês. O sinal deve continuar positivo nos próximos meses, até porque os fatores que sustentaram a recuperação, tais como a ampliação da oferta de crédito ao consumo e o crescimento da massa salarial em relação ao ano passado, até agora não perderam dinamismo. 10

11 1.3 TAXA DE JUROS E INVESTIMENTOS O Grupo Eletrobrás pretende concluir até o final do ano o planejamento estratégico integrado do grupo para os próximos quatro anos. Este será o primeiro plano de investimentos que englobará todas as empresas do grupo. Antes disso, cada subsidiária tinha o seu próprio plano estratégico. No âmbito do novo planejamento estratégico integrado, a Eletrobrás poderá aumentar o volume de investimentos previstos para os próximos quatro anos. O programa, antecessor do planejamento estratégico em formatação, prevê investimentos de R$ 30 bilhões nos próximos quatro anos. A meta do grupo para o ano de 2009 é realizar investimentos no montante de R$ 7,2 bilhões. O aumento no volume de investimentos previstos para os próximos quatro anos depende da aprovação do orçamento para De qualquer forma, o Grupo Eletrobrás já afirmou que possui caixa para realizar os investimentos já previstos para os próximos quatro anos, no âmbito do programa de investimentos que passa atualmente por análise. Além dos investimentos do Grupo Eletrobrás previstos para o próximo quadriênio, a CTEEP estima investimentos de R$ 2,1 bilhões para o período A maior parcela deste montante será utilizado na modernização de subestações e linhas de transmissão. Os investimentos previstos para melhorias e reforços chegam a R$ 547,8 milhões para o ano corrente. Já para os próximos dois anos, há projeção de investimento da ordem de R$ 505,2 milhões e R$ 258,4 milhões, respectivamente. A Vale realizou investimentos de US$ 155 milhões no segmento de energia no segundo trimestre, o que representou crescimento de 91,35% em relação ao total investido em igual período de A empresa prevê investimentos de US$ 249 milhões em energia durante Em contrapartida, a AES Tietê reduziu seu plano de investimentos para 2009 de R$ 100,5 milhões para R$ 78,9 milhões. A companhia reavalia três projetos de PCHs no Rio de Janeiro, sob responsabilidade de sua subsidiária AES Rio PCH. Durante o mês de agosto não foi realizada reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Desta maneira, a taxa Selic se manteve em 8,75%, conforme estabelecida na última reunião do Copom do Banco Central durante o mês de julho. Segundo opinião da maioria do mercado financeiro, o BC deverá optar pela manutenção da taxa de juros básica da economia 11

12 na próxima reunião do Copom, na primeira semana de setembro. Na avaliação do mercado, o próprio BC já deu claras sinalizações de que a taxa de juros ficará inalterada. Embora a última ata do Copom tenha sido bastante firme na posição de que provavelmente tenha se atingido o piso da taxa Selic, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que, apesar da expressiva redução na Selic durante os sete primeiros meses do ano, a inflação tem se mantido abaixo da meta, dando espaço para novos cortes, mas no médio prazo. Segundo o boletim Focus, o mercado financeiro reduziu a projeção para o IPCA de 4,32% para 4,27% neste ano. Foi a quinta semana consecutiva com redução na previsão do índice de inflação oficial. Apesar da redução, os analistas não esperam mais cortes nos juros básicos neste ano. Estudo realizado pela Anefac mostrou que as taxas de juros das operações de crédito sofreram nova queda em julho. Conforme dados apresentados no estudo, as taxas médias para empresas alcançaram o nível mais baixo desde dezembro de 2007, com redução em todas as linhas analisadas. A taxa de juros média geral para pessoa jurídica passou de 4,12% ao mês em junho para 4,06% a.m. Já a taxa de juros média geral para pessoa física reduziu de 7,26% ao mês em junho para 7,21% ao mês em julho. No cheque especial, a cobrança passou de 7,54% a.m. para 7,44%, enquanto o crédito direto ao consumidor em bancos passou de 2,78% ao mês para 2,75% ao mês. Corroborando os resultados do estudo da Anefac, o Banco do Brasil reduziu as taxas de juros e aumentou os prazos dos empréstimos do microcrédito, modalidade destinada à população de baixa renda. O limite dos empréstimos foi ampliado de R$ para R$ e o prazo máximo estendido de 24 para 48 meses. As taxas de juros agora dependerão do prazo do financiamento. É importante ressaltar que as instituições privadas nacionais foram as que mais expandiram o crédito durante o governo Lula. Tanto o crescimento quanto o volume total do crédito superaram os números registrados pelos bancos públicos. Em dezembro de 2002, os bancos públicos respondiam por parcela do crédito total relativa a 8,3% do PIB. Já as instituições privadas nacionais registraram 8,2% do PIB. Os bancos estrangeiros, por sua vez, foram responsáveis por 5,5%. Para 2009, a previsão é que os bancos privados nacionais atinjam em crédito a marca de 18,8% do PIB, superior aos 18,4% do PIB estimados para o setor público. A parcela dos bancos estrangeiros deverá atingir 8,5%. 12

13 1.4 BALANÇA COMERCIAL O saldo da balança comercial brasileira no mês de agosto registrou superávit de US$ 3,074 bilhões, referentes a uma média diária de US$ 146,4 milhões. Foram 21 dias úteis ao longo do mês analisado. O resultado mensal, relativo ao valor médio diário negociado, representou crescimento de 33,7% na comparação com o resultado de agosto de 2008, quando o valor médio foi de US$ 109,5 milhões. A retomada do crescimento no saldo comercial em comparação ao mês de agosto de 2008 se deve, conforme assinalado pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), pelo desempenho registrado das exportações brasileiras, que assinalou queda inferior à registrada pelas importações no mês, em comparação com agosto do ano passado. Além disso, o Mdic destaca o fato das exportações estarem apresentando comportamento semelhante ao verificado em 2007, enquanto as importações têm apresentado índices abaixo dos verificados dois anos atrás. Já na comparação com o mês de julho do atual ano, quando o valor médio diário foi de US$ 127,3 milhões, o saldo da balança comercial apresentou um crescimento de 15%. Observa-se que houve retomada da importação em virtude da recuperação gradativa da atividade econômica, visto que em junho o valor médio diário foi de US$ 220,2 milhões em virtude da forte queda no volume de importações causadas pela retração da atividade econômica no país, houve um decréscimo de 42,2%. A corrente de comércio total (somando exportação e importação) registrou US$ 24,6 bilhões durante o mês de agosto, ou US$ 1,17 bilhão em valor médio diário. Houve, portanto, aumento de 6,3% na corrente de comércio total do país durante o mês de agosto em relação ao mês imediatamente anterior, quando a média diária foi de R$ 1,10 bilhão. Em contrapartida, na comparação com o mês de agosto de 2008, quando o valor médio diário foi de US$ 1,77 bilhão, o volume médio diário da corrente de comércio registrou decréscimo expressivo de 33,8%, mantendo a série de resultados negativos neste indicador. É importante destacar que o cenário do mês de agosto do ano passado ainda não sofria os efeitos da crise econômica e financeira mundial que passou a impactar o país no último trimestre do ano e que ainda apresenta seus resquícios durante o ano corrente. No tocante às importações, o mês de agosto registrou redução de 38,3% em relação à agosto de 2008, pela média diária. O volume importado em agosto do ano corrente foi de US$ 10,7 bilhões, o que representou um valor médio diário de US$ 512,7 milhões. Na comparação 13

14 com o mês de julho do ano corrente, também em valores médios diários, as importações foram 5,1% superiores. Foram mais intensas as quedas na importação de combustíveis e lubrificantes (-66%), bens de capital (-36,7%), matérias-primas e intermediários (-32,2%) e bens de consumo (-15,4%). As exportações registradas em agosto do ano corrente também registraram expressiva redução na comparação com o período homônimo do ano anterior, assinalando um decréscimo de 29,9% em termos de valor médio diário. O volume exportado em agosto de 2009 totalizou US$ 14,1 bilhões, o que corresponde a um valor médio diário de US$ 659,1 milhões. Em agosto de 2008 o volume médio diário foi de US$ 940,3 milhões. Por outro lado, na comparação com o mês de julho do ano corrente (US$ 614,9 milhões por dia), o volume médio diário exportado em agosto registrou crescimento de 7,2%. Como observado, o volume médio diário das exportações brasileiras registraram crescimento superior ao volume diário das importações, o que ajuda a explicar o aumento no saldo médio diário registrado entre agosto e julho deste ano. Já em relação ao mês de agosto de 2008, tanto as exportações quanto as importações, também em volume médio diário, registraram expressiva redução. No acumulado dos primeiros oito meses de 2009, as exportações totalizam US$ 97,9 bilhões, o que representa em valor médio diário de US$ 590,0 milhões ao longo dos 166 dias úteis registrados até o final do mês de agosto. Este montante diário representou retração de 24,7% em relação ao alcançado no mesmo período de 2008 (US$ 783,5 milhões). Já as importações somaram US$ 77,9 bilhões, um resultado 31,1% inferior, também em média diária (US$ 469,7 milhões), ao volume importado entre janeiro e agosto de 2008, quando a média diária foi de US$ 682,1 milhões. O superávit na balança comercial no acumulado entre janeiro e agosto de 2009 registrou volume total de US$ 19,9 bilhões, valor 18,0% superior ao registrado em período homônimo de 2008, quando o saldo foi de US$ 16,9 bilhões. A corrente de comércio acumulada totaliza US$ 175,9 bilhões, o que representa redução de 28,1% no volume acumulado de comércio entre janeiro e agosto de 2008, com US$ 244,7 bilhões. Entre os mercados compradores, todos registraram retração no volume importado ao Brasil durante o mês de agosto na comparação com mês homônimo do ano anterior. A Ásia foi o continente que registrou menor decréscimo, de 15,4%, sendo que a China registrou 14

15 redução de apenas 2,2% no volume importado do Brasil. Por outro lado, a Europa Oriental registrou a maior queda da importação, com redução de 52,2%, em função, principalmente de itens como carnes, açúcar, café e máquinas e equipamentos. Verificaram-se, na comparação entre agosto e julho deste ano, crescimentos expressivos nas exportações para mercados não tradicionais, o que confirma o processo de diversificação das exportações brasileiras. Os principais produtos comercializados pelo país, em termos de valor, continuaram sendo a soja, o minério de ferro e o petróleo. E ao invés da celulose, encontra-se o açúcar bruto, que registrou crescimento de 40,8% em relação a agosto de Em contrapartida, a celulose, que se encontrava entre os quatro principais produtos exportados, registrou redução de 23,2% no período de análise. As exportações para os Estados Unidos em agosto registraram queda de 27,7% em relação a julho deste ano. Este resultado altera, segundo o Ministério de Desenvolvimento, a tendência de redução que vinha sendo registrada no decorrer do ano corrente. Ainda de acordo com o Mdic, o aumento nas exportações para os Estados Unidos pode ser um sintoma de retomada da economia daquele país, pois as exportações brasileiras contêm muitos produtos que fazem parte da cadeia produtiva americana. 15

16 2 FINANCIAMENTO DO SETOR ELÉTRICO Em função da crise mundial que reduziu o crédito para empresas brasileiras no país e no exterior, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) passou a atuar de forma mais agressiva de forma a estimular os investimentos e a atividade produtiva. Corroborando esta situação, observa-se que o BNDES registrou desembolsos que totalizam R$ 75,1 bilhões entre janeiro e julho deste ano. Este montante representou crescimento de 65% com relação ao mesmo período de É importante ressaltar que o banco de fomento fixou meta de R$ 106 bilhões para o total de desembolsos para o ano de O segmento de infraestrutura registrou desembolsos de R$ 24,7 bilhões nos primeiros sete meses do ano, o que representou 33% do total desembolsado pelo BNDES no período. O setor elétrico recebeu desembolsos da ordem de R$ 6,5 bilhões no período de análise, uma participação de 26% no total do segmento de infraestrutura. Os projetos aprovados pelo banco durante os sete meses do ano totalizaram R$ 87 bilhões, o que significou crescimento de 49% em comparação com as aprovações realizadas entre janeiro e julho do ano passado. O segmento de infraestrutura foi responsável por 36% do total aprovado pelo BNDES durante os primeiros sete meses de 2009, totalizando R$ 31,3 bilhões, o que representou expansão de 69% em relação ao período homônimo do ano anterior. Deste total, destaca-se o setor de energia elétrica que recebeu aprovações que totalizam R$ 11,3 bilhões, o que significa participação de 36% no total de aprovações para o segmento de infraestrutura. O setor de energia elétrica foi responsável ainda por 13% do total de aprovações ocorridas entre janeiro e julho. O BNDES deverá ter participação fundamental no financiamento de projetos estratégicos no segmento de geração de energia elétrica no país nos próximos anos. Um desses projetos é referente à integração energética entre Brasil e Peru. Segundo estudos iniciais, o Peru consumiria 20% da energia que será gerada pelas cinco hidrelétricas, que totalizariam capacidade instalada 6 mil MW, enquanto que os 80% restantes seriam exportados para o Brasil. No âmbito deste projeto, o financiamento das obras, estimadas entre US$ 12 bilhões e US$ 15 bilhões, ficará por conta das construtoras participantes e do BNDES. 16

17 Outro projeto de grande magnitude previsto é a finalização da construção da Usina Nuclear de Angra 3. A obra demandará cerca de R$ 7,3 bilhões em investimentos, sendo que 70% desse montante deverá ser em moeda nacional e 30% em moeda estrangeira. Do capital investido em reais, a expectativa é de que o BNDES financie 70%, enquanto os outros 30% fiquem por conta da Eletrobrás. As empresas do setor elétrico retomaram o processo de captação de recursos via mercado de capitais. A recuperação das debêntures está fortemente atrelada à retomada das emissões realizadas pelas empresas do setor elétrico, que se situa como o segmento que mais registrou emissões deste tipo de títulos no mercado de capitais brasileiro, entre janeiro e agosto deste ano. Durante este período, foram registradas na Comissão de Valores Imobiliários (CVM) 29 emissões de debêntures, totalizando aproximadamente R$ 7,25 bilhões em recursos captados no mercado. Deste montante, as empresas do setor elétrico foram responsáveis por 7 emissões que totalizaram R$ 2,23 bilhões em recursos captados e representaram 30,8% do volume total emitido. Observa-se ainda que o movimento de recuperação das emissões de debêntures por parte das empresas do setor elétrico no atual ano se iniciou de forma mais robusta durante o mês de julho, quando cinco empresas do setor realizaram emissões, totalizando R$ 1,33 bilhão em debêntures emitidas. Durante o mês de agosto, três empresas do Grupo CPFL concluíram emissão de debêntures. A CPFL Geração de Energia realizou a maior das operações, no valor de R$ 425,25 milhões, e referente à segunda emissão de debêntures simples da CPFL Geração. Já a RGE realizou captação de R$ 185 milhões. Por fim, a CPFL Paulista concluiu emissão de R$ 175 milhões. A Coelce também finalizou a captação de recursos através de emissão de debêntures em agosto. O volume de recursos captados pela distribuidora foi R$ 245 milhões. No caso da Cemig, ela está em processo de consulta a bancos para realizar emissão de debêntures no montante mínimo de R$ 1,45 bilhão até R$ 2,7 bilhões, durante o mês de setembro. As empresas do Setor Elétrico Brasileiro também voltaram a buscar recursos no mercado de capitais através da emissão de notas promissórias. Durante os primeiros sete meses do ano, foram registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 10 emissões de 17

18 notas promissórias por empresas do setor elétrico, totalizando R$ 1,49 bilhões em recursos captados. Este montante representou 24,8% dos recursos totais emitidos a partir deste tipo de título de dívida. Até agosto do ano corrente, as empresas do setor elétrico realizaram 2 emissões, captando R$ 330 milhões em recursos, em Fundos de Investimento em Direitos Creditórios. Este montante representou 15,3% dos recursos totais captados via este tipo de recurso no mercado de capitais. No âmbito do mercado de ações, a Light encerrou a sua oferta pública secundária de ações ordinárias, registrando uma captação total de R$ 772,1 milhões. Já a Cteep pretende homologar em Assembléia Geral Extraordinária o aumento do capital social da companhia no valor de R$ 63,049 milhões, através da emissão de novas ações. A Neoenergia está em posição de espera para realizar oferta inicial de ações. A empresa aguarda oportunidade de compra de um grande ativo para realizar a oferta. 3 ANÁLISE SETORIAL A fim de acompanhar os impactos da crise financeira no consumo de energia elétrica, inevitavelmente deve-se focar no desempenho dos consumidores industriais, pois, como será destacado na seção IV, é o setor industrial quem está dando o tom da queda de demanda por energia elétrica desde a deflagração da crise, em setembro último. Assim, primeiramente é feita uma análise dos setores mais relevantes sob a ótica de eletro-intensidade, explicitando dados que indiquem o desempenho das firmas pertencentes a tais setores. Pretende-se, dessa forma, esclarecer como cada setor está respondendo às novas condições econômicas impostas pela crise financeira, para no capítulo seguinte verificar isso em termos de consumo de energia elétrica. Uma primeira análise ampla da indústria permite constatar que ela parou de demitir e começou a contratar, de acordo com resultados de junho, corroborando o movimento indicado 18

19 na última versão deste Relatório. Assim como na indústria automobilística, há contratações significativas nas siderúrgicas, nas fábricas de eletrodomésticos e até na indústria calçadista. Um conjunto de pesquisas indicam que o emprego industrial ou apresentou pequena queda, ou já dá sinais de recuperação em relação a meses anteriores. Por exemplo: quase um quarto das indústrias consultadas pela Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da FGV em julho declarou que pretende ampliar as contratações até setembro, enquanto 15,3% delas planejam demitir, um resultado expressivamente superior ao das Sondagens anteriores. As siderúrgicas e as mineradoras, que dependem muito de exportações, foram as empresas que registraram as maiores reduções nas receitas e nos lucros no segundo trimestre de Contudo, a retomada das exportações, motivo do religamento de fornos a partir de julho no Brasil e em vários países do mundo, está sustentando boa parte da produção das siderúrgicas brasileiras, como Usiminas, ArcelorMittal Tubarão, Gerdau Açominas e CSN. Assim, apesar de a produção global de aço bruto em julho ter caído quase 23% na comparação anual, avançou para o ponto mais alto em 2009 com a retomada de capacidade produtiva, antes ociosa, e melhora na demanda externa e interna. Essas novas condições permitiram o aumento de 28,5% em relação a junho da produção de aço bruto em julho. Para o restante do ano a previsão para o consumo no mercado brasileiro é uma queda de 22% comparado com A produção deste ano também deve fechar em queda, 19% abaixo do volume de Quanto à percepção das empresas siderúrgicas, apresenta-se a seguir algumas de maior relevância. O grupo Gerdau vê sinais de recuperação gradual na demanda por aço no Brasil e no restante do mundo e, de fato, encara o segundo semestre deste ano com uma visão otimista moderada, depois de amargar no segundo trimestre o primeiro prejuízo trimestral desde o início da década de 90. As vendas mundiais de aço do grupo em volume cresceram 16% em julho sobre junho, mostrando uma tendência de recuperação do mercado de aço. No caso da CSN, a siderúrgica pretende ampliar a produção de aço bruto no segundo, confiando também no cenário de retomada da economia e da demanda por aço tanto interna quanto externamente. Apesar das dúvidas em torno da manutenção, pelo governo, da isenção ou redução do IPI, a empresa acredita que a demanda deverá continuar forte no segmento automobilístico e de eletrodomésticos da linha branca. Para a empresa, há sinais de retomada da produção na indústria, como o religamento de diversos autofornos e o grau de utilização da capacidade de todo setor que chegou, em julho, a 70%. Além disso, os estoques de toda a cadeia do aço já estariam balanceados. 19

20 Contudo, há aqueles que alertam quanto ao perigo de um otimismo em excesso. As siderúrgicas podem acabar se frustrando com a esperada recuperação do setor se retomarem a produção em um ritmo mais forte do que o ritmo da volta da demanda por aço, visto que ainda há muita volatilidade no mercado. Os estoques do insumo voltaram aos níveis históricos, não se sabe exatamente se a compra de produtos siderúrgicos decorre de recomposição dos inventários ou por aumento do consumo aparente. Outro temor dos empresários é com possível arrefecimento da demanda interna com cortes nos programas governamentais de estímulo ao consumo de bens duráveis, como carros e geladeiras. A Vale também enxerga sinais claros de recuperação no mercado, mas de acordo com suas projeções, a crise, que fez sua produção de minério de ferro despencar no 1º semestre, será fundamental para que o ano feche com uma queda de quase 30%. Assim sendo, a empresa espera que ocorra um bom resultado no 2º semestre já evidenciando uma desestocagem em regiões, além da China. A atual folga na produção deixa a empresa em melhores condições para tirar proveito da tão sonhada retomada da economia global e, assim, ampliar a sua produção no segundo semestre. No caso da indústria automobilística, é o mercado doméstico de veículos que tem mantido as atividades graças à oferta de crédito e ao estímulo fiscal por meio da redução do IPI. Dessa forma, as vendas internas têm compensado a perda do mercado estrangeiro. Mesmo assim, a produção de veículos caiu 13% nos sete meses do ano em relação a igual período de 2008, pois mesmo com crescimento das vendas internas no período de 2,4% as exportações despencaram 47%. A perspectiva para 2009 é otimista somente para o mercado interno cuja produção deve ser 6,7% a mais que em Por conta do câmbio apreciado e da retração nos mercados internacionais, as exportações devem cair pela metade, fechando o ano com uma produção total 5% menor que em A reboque da recuperação dos setores citados anteriormente, o setor de papel e celulose se recuperou da queda de 5,2% no volume de produção que sofreu no primeiro trimestre. O consolidado do semestre mostra diminuição de 0,3% na produção em relação ao mesmo período de 2008, com expectativa de que o ano de 2009 iguale o volume produzido no ano passado. O aumento de 18% no volume das exportações foi um dos responsáveis pela melhora, capitaneada por um crescimento de 119% nas vendas para a China, que caminha para superar os europeus no ranking dos maiores importadores da celulose produzida no país. 20

21 A outra força que impulsionou esse movimento foram as vendas domésticas de celulose produzida por empresas brasileiras cresceram 1,7% em junho, na comparação com o mês imediatamente anterior. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a expansão foi de 17%. Finalizando com expectativas semelhantes, no setor de petroquímica, sua firma representativa a Braskem aponta para uma forte recuperação do volume de vendas no mercado doméstico e a recuperação dos preços internacionais de petroquímicos básicos no 2º trimestre deste ano. Com tais condições a receita líquida dessa empresa cresceu 13% sobre o trimestre anterior, mas com vendas 20% menor que o 2º trimestre de ANÁLISE DA CARGA A idéia deste capítulo é acompanhar os impactos da crise financeira na carga de energia do setor elétrico brasileiro, seguindo as principais divulgações de dados ocorridas ao longo do mês. De forma geral, os impactos relevantes se restringem, pelo menos por enquanto, ao setor industrial, como indicam os últimos dados desagregados do consumo de energia elétrica no país. A Resenha Mensal da EPE de agosto com dados de julho corrobora o parágrafo anterior: a indústria permanece como o segmento responsável pela retração do consumo no país enquanto o consumo das famílias e do setor de comércio e serviços mantém taxas elevadas de consumo de energia elétrica. No total, o consumo em julho caiu 2,8% em relação a igual período de 2008, mesmo com o registro de temperaturas médias mais amenas que no ano passado. No ano, a queda acumulada é de 2,7%. No caso do segmento industrial, este consumiu, em julho, 10,4% menos eletricidade ante mesmo mês do ano passado. Em relação ao mês imediatamente anterior, no entanto, o consumo de julho em relação a junho teve alta de 1,5%. Regionalmente a queda foi maior no Sudeste (-4,6%) com maior proporção de consumidores industriais seguido pelo Sul (- 2,1), Nordeste (-1,4%) e altas no Norte (0,7%) e Centro-Oeste (3,7%). Especificamente no Estado de São Paulo a retração de 2,1% no consumo de energia de julho foi puxada pelos consumidores industriais, que representam 43,9% do mercado paulista, e tiveram queda de 8,1% ante julho do ano passado. Como feito nos outros Relatórios, 21

22 apresenta-se o Gráfico 1 que indica as variações dos 12 meses findos em cada mês em relação a igual período do ano anterior. Assim, fica claro com os resultados dos meses mais recentes o quão drástica foi a queda no consumo de energia no setor industrial nos primeiros meses da crise. No período entre agosto de 2008 e julho de 2009, por exemplo, a queda foi de 6% em relação ao período de agosto de 2007 a julho de Note que antes da crise registrava-se, nesses termos, crescimento em torno de 6% anualizados. Gráfico nº. 1 Taxa de crescimento acumulada de 12 meses findos a cada mês Fonte: Secretaria de Saneamento e Energia SP, Boletim Informativo Junho/2009. Vale fazer um parêntesis para o caso da região Nordeste, especialmente para os estados da Bahia e do Maranhão. Juntos eles concentram 62% do consumo industrial nordestino, incluindo aí grandes empresas da cadeia metalúrgicas e de alumínio, respectivamente, que além de serem eletro-intensivas, são intimamente ligadas ao deprimido mercado externo. Nesse contexto, o consumo de energia elétrica nesses estados a partir da crise vêm sendo bem particulares. De acordo com a EPE, o consumo industrial nos dois estados, tomados em conjunto, recuou, neste ano, 12,4%, mais do que a média regional, com queda em julho de 16,8% na Bahia e 6,5% no Maranhão ante julho de Como exemplo, 22

23 o fornecimento de energia por parte da Chesf para as indústrias metalúrgicas da região caiu 30% no acumulado deste ano e 50% no caso do setor de siderurgia. Apesar de alguns maus resultados, indicadores econômicos discutidos amplamente nas seções anteriores apontam para uma recuperação no 2º semestre, alavancando a reboque, como sugere o Gráfico 2, o consumo de energia elétrica no país. Gráfico nº. 2 Consumo de energia elétrica industrial em julho (GWh) Fonte: EPE, Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, julho/2009. Para avaliar isso, analisa-se os dados mais recentes, referentes ao Boletim de Carga Mensal de agosto do ONS (Gráfico 3). Seguindo o comportamento de julho a carga de agosto apresentou sinais de elevação, com taxa de variação positiva em relação ao mês anterior (0,9%), refletindo a retomada, ainda de maneira tímida, do crescimento de consumo de energia em alguns setores da indústria, principalmente na região Sudeste. Quanto à taxa de crescimento em relação ao mesmo mês do ano anterior (queda de 2,3%), a ocorrência de chuvas, em grande parte do mês, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, diferentemente do que ocorreu no ano passado, contribuiu para o desempenho negativo da carga. 23

24 Gráfico nº. 3 Carga de energia do subsistema SE/CO e do SIN (MWmed) 24

25 Fonte: ONS, Boletim Mensal de Carga, julho/2009. Embora o desempenho da atividade econômica na região Sudeste, onde se concentra a maior parte das indústrias do país, continue impactada pela crise econômica internacional, a carga verificada no mês de agosto, apresenta sinais de elevação em relação aos meses anteriores, crescendo ante julho 1,8%. Este movimento de crescimento em agosto é natural, mas visto o impacto do aumento das chuvas na região na carga, pode ser visto como um resultado relativamente otimista. Assim, ante o apresentado na análise setorial e os dados mais recentes da carga, provavelmente nos situamos diante do início de retomada da atividade industrial. As previsões são bastante otimistas quanto à economia brasileira no 2º semestre e a conjuntura internacional começa a dar sinais de reerguimento, mesmo que lento e gradual. No início do ano, o GESEL/IE/UFRJ trabalhava com três possíveis trajetórias em relação ao comportamento da carga no restante de 2009, que se distinguiam pela velocidade da retomada. Neste momento, com visibilidade significativamente maior, a expectativa é que a retomada siga um formato de um U alongado, isto é, uma retomada suave. Pode-se arriscar dizer que o fundo do poço já passou e que a carga do ano deve se situar entre a de 2007 e 2008, bem mais próxima desta última. 5 DISPONIBILIDADE FUTURA DE ENERGIA Pretende-se, neste capítulo, acompanhar os impactos da crise internacional no setor elétrico brasileiro, isto é, como e se o caos financeiro externo está afetando as projeções de energia futura. O que os dados da EPE apresentam para o país no momento é que uma conjunção de fatores estruturais e conjunturais, como a ótima situação hidrológica atual - que faz com que os reservatórios estejam bastante cheios - e a queda do consumo vindo da crise financeira internacional, permitirá ao SIN do país operar até 2013 com sobra de energia equivalente a cerca de 4 mil megawatts médios. 25

26 Por outro lado, apesar da diminuição total da demanda de energia elétrica, a crise atual não gerou queda no consumo residencial (pelo contrário, houve aumento sensível devido à expansão das unidades consumidoras, por meio do programa Luz para Todos) nem do setor comercial, que cresce em ritmo de 7% ao ano. Como já visto, estudos mostram que haverá recuperação do consumo de energia elétrica para o próximo semestre e próximo ano, inclusive no setor industrial. Isso mostra a importância dos esforços do governo em expandir a oferta para garantir o abastecimento do país. Nessa perspectiva, os dados da Aneel mostram que a capacidade de geração de energia elétrica do Brasil cresceu MW de janeiro até 1º de agosto deste ano e a potência instalada do país foi ampliada em 1,5%, aumento 121% superior ao acréscimo dos 749 MW que entraram no SIN no mesmo período de No entanto, a maior parte da energia nova é proveniente de termelétricas, que têm maior custo. Os dados da Annel revelam que 24 novas térmicas entraram em operação desde janeiro deste ano, somando MW. Já em relação à energia hidrelétrica, há um grande número de PCHs sendo construídas, o que pode ser explicado pelo custo relativamente baixo de se implementar PCHs - em torno de R$ 4 milhões o MW/h - aliado ao menor tempo na expedição de licenças ambientais e ao esgotamento do potencial dos rios para grandes hidrelétricas, o que atrai investidores para as usinas de pequeno porte. Apenas este ano, 18 usinas já entraram em operação, totalizando 301 MW adicionados ao SIN. O potencial conhecido hoje das PCHs chega a 25 GW e existem 345 PCHs em operação, que geram 2,8 mil MW e respondem por 2,6% da energia produzida no País. Os investimentos nesse tipo de fonte são vistos como benéficos para o setor elétrico, pois diminuem a dependência em grandes projetos e contribuem para diversificação geográfica dos empreendimentos. As obras para a construção e manutenção das linhas de transmissão também continuam ocorrendo mesmo em um cenário de queda de consumo total de energia elétrica. Os novos investimentos pretendem aumentar a rede interligada ao SIN, permitindo ao ONS despachar a energia mais barata em cada período para todo o Brasil. Há de se enfatizar o maior esforço do governo e empreendedores brasileiros em implantar usinas eólicas, uma energia totalmente limpa e renovável, e os largos passos que se está dando em direção à energia provinda da biomassa. 26

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