Sondagem da Construção do Estado de São Paulo

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1 Sondagem da Construção do Estado de São Paulo Atividade do Setor de Construção Paulista mantem ritmo de contração Abril/14 O nível de atividade em março permaneceu inalterado, após mostrar queda de 0,9 ponto em fevereiro, ficando na métrica de 43,7 pontos. Apesar da manutenção do patamar, o setor continua mostrando contração da atividade, visto que segue abaixo do nível de estabilidade (50 pontos) pelo quarto mês seguido, e também abaixo de sua média histórica recente (47,1 pontos), indicando manutenção do pessimismo por parte do empresário do setor de construção no mês de março. O indicador que mensura o nível de atividade em relação ao usual avançou de 37,4 para 38,2 pontos, incapaz de anular a queda de 10,6 pontos visto na leitura anterior. Este resultado indica uma leve melhora na situação ruim, completando o decimo primeiro mês seguido de uma atividade do setor de construção paulista abaixo do desempenho usualmente esperado. 1

2 O indicador do nível de atividade comparado ao mês anterior não apresentou alteração entre fevereiro e março, ficando em 43,7 pontos. Na abertura por porte, o índice reflete os resultados distintos entre as categorias. No mês de março, foi visto queda de 4,2 pontos dentre as empresas de grande porte, cujo índice passou de 54,2 para 50,0 pontos, registrando estabilidade da atividade no mês. Já as empresas de médio porte decresceram 1,4 pontos (para 37,5 pontos), ao passo que as pequenas avançaram de 25,0 para 37,5 pontos (+12,5 pontos), desacelerando seu forte ritmo de contração. Quando se comparado ao mesmo mês do ano anterior, o índice de atividade mostrou recuo de 11,7 pontos, visto que em março de 2013 se encontra no patamar de 55,4 pontos. TABELA 1 - Indicadores de Desempenho do setor da Construção Paulista Nível de atividade comparado ao mês anterior Situação Atual Nível de atividade em relação ao usual Total Peq. Média Grande Total Peq. Média Grande Fev/ Mar/ Nº de empregado comparado ao mês anterior Utilizaçao da Capacidade Operação - UCO (%) Total Peq. Média Grande Total Peq. Média Grande Fev/ Mar/ O indicador de nível de atividade em relação ao usual apresentou alta de 0,8 ponto, passando de 37,4 para 38,2 pontos, ainda distante da linha dos 50 pontos, indicando que o nível de atividade ainda esta aquém da usualmente realizada. Apenas as indústrias de grande porte (46,4 pontos) apresentam retração do indicador. As indústrias de médio e pequeno porte (31,3 e 29,2 pontos, respectivamente) registraram avanço de 6,3 e 4,2 pontos, respectivamente, desacelerando o ritmo de diminuição da atividade em relação ao convencional. O Nº de empregados comparado ao mês anterior apresentou queda na passagem de fevereiro para março, com perda de 2,4 pontos, superando a alta de 0,3 ponto vista em fevereiro e atingindo a métrica de 45,9 pontos. Por porte, os indicadores das pequenas e medias empresas permaneceram iguais ao aferido no mês anterior, de 33,3 e 41,7 pontos. Já as grandes puxaram o indicador para baixo ao recuarem 4,7 pontos, de 58,3 para 53,3 pontos, valendo ressaltar que este é o único porte em ritmo expansivo nesta categoria de avaliação. 2

3 A Utilização da Capacidade de Operação (UCO) em março ficou em 69,0%, registrando diminuição em comparação a divulgação anterior (71,0%) e da média histórica recente (73,8%). No corte por categoria, a queda foi puxada exclusivamente pelas grandes empresas que recuaram 5,0 p.p. levando seu UCO para 77,0%. Já as pequenas apresentaram alta de 60,0% para 65,0%, ao passo que as médias terminaram o mês de março com utilização de 59,0% de sua capacidade, idêntica a aferida em fevereiro, mas 10,0p.p. abaixo do visto em igual mês do ano anterior. TABELA 2 - Indicadores de Perspectivas do setor da Construção Paulista Perspectivas para os próximos 6 meses Nível de atividade Compras de insumos e matériasprimas Total Peq. Média Grande Total Peq. Média Grande Fev/ Mar/ Novos empreendimentos e serviços Número de empregados Total Peq. Média Grande Total Peq. Média Grande Fev/ Mar/ A perspectiva para o Nível de Atividade nos próximos seis meses se manteve em cenário pessimista ao decrescer 3,3 pontos, recuando para marca de 45,0 pontos em março, e ficando cerca de 15,2 pontos abaixo do resultado aferido em igual mês do ano anterior. As perdas foram vistas com maior intensidade nas indústrias de grande porte (-8,3 pontos), que viu seu índice passar de 58,3 para 50,0 pontos apresentando perspectiva de estabilidade (de uma situação ruim atual) no futuro. A indústria de pequeno porte (-2,0 pontos) atingiu a métrica de 31,3 pontos, ao passo que as de médio porte avançaram 4,1 pontos, passando de 41,7 para 45,8 pontos, mas indicando que os empresários do setor continuam acreditando na contração da atividade nos próximos meses. 3

4 As perspectivas para compras de matérias-primas e insumos nos próximos seis meses caíram em 1,3 ponto na passagem de fevereiro para março, recuando ao nível de 44,1 pontos. As pequenas (33,3 pontos) e grandes (50,0 pontos) empresas contribuíram com a perda, ambas com quedas de 4,2 pontos. As empresas de médio porte saltaram de 36,1 para 41,7 pontos nesta última leitura, totalizando acréscimo de 5,6 pontos. As perspectivas para Novos Empreendimentos e Serviços nos próximos seis meses pioraram no mês março, vindo de 46,6 pontos no mês de fevereiro para 41,6 pontos em março, totalizando perda de 5,0 pontos, se agravando no quadro de pessimismo quanto aos novos empreendimentos por parte dos empresários. Desta vez as quedas atingiram forte as grandes empresas, com recuo de 12,5 pontos neste mês de março (passando ao patamar de 45,8 pontos). Já as pequenas atingiram 31,3 pontos (-6,2 ponto) e as de médias porte registraram 41,7 pontos, ficando 8,4 pontos acima do resultado anterior. Por fim, as perspectivas para a contratação de novos empregados nos próximos seis meses ficou em 42,5 pontos, com queda de 4,9 pontos neste mês em referência, ficando pelo segundo mês dentro de um cenário pessimista para o mercado de trabalho. Na abertura por porte as medias registraram o único avanço no mês, com aumento de 1,4 pontos em março ao alcançarem ao patamar de 37,5 pontos. As pequenas industrias recuaram para 31,3 pontos (perda de 6,2 pontos em março), ao passo que as grandes empresas viram seus índices recuarem de 58,3 para 50,0 pontos decréscimo de 8,3 pontos no mês. Dentre todos os portes, apenas as grandes indústrias não mostram pessimismo para o mercado de trabalho no futuro. 4

5 Em relação aos Indicadores da Situação Financeira da Construção Paulista, no 1º trimestre de 2014, apenas o índice referente a acesso ao crédito registrou melhora frente àqueles registrados no trimestre anterior, embora ainda mantenha-se me patamar indesejável. TABELA 3 - Indicadores da Situação Financeira da Construção Paulista Margem de lucro operacional no Situação financeira Acesso ao crédito trimestre Total Peq. Média Grande Total Peq. Média Grande Total Peq. Média Grande 1º tri/ º tri/ º tri/ O indicador de margem de lucro operacional registrou decrescimento de 7,4 pontos entre o 4ºTri/13 (50,5 pontos) e o 1ºTri/14 (43,1 pontos). Já ao se comparar o 1º trimestre de 2014 com o mesmo período de 2013, foi visto perda de 4,4 pontos, sinalizando maior insatisfação em relação à margem de lucro operacional por parte dos empresários. Na abertura por porte, os empresários das pequenas empresas apresentam insatisfação com a margem de lucro operacional no 1º trimestre, com os indicadores recuando 12,5 pontos (chegando a 37,5 pontos). Em relação às grandes empresas, foi visto estabilidade quanto a sua margem de lucro no trimestre, visto que seu indicador atingiu 50,0 pontos (embora 9,4 pontos menor que o 4º trimestre de 2013). Já as empresas de médio porte (35,4 pontos) pioraram o quadro de insatisfação neste quesito, com queda de 0,7 ponto em relação ao trimestre anterior, apesar da alta de 2,1 pontos em relação ao mesmo trimestre de 2013 (33,3 pontos). O índice de situação financeira agravou a queda de 2,5 pontos visto anteriormente ao decrescer 4,3 pontos neste trimestre, passando de 53,3 pontos no 4º tri/14 para 49,0 pontos no 1º tri/14, ficando abaixo da linha divisória, o que indica que os empresários da construção de São Paulo não estão mais satisfeitos com as condições da situação financeira das empresas. Na abertura por porte, claramente o resultado é puxado pelas pequenas (37,5 pontos) empresas, cujo índice recuou 18,8 pontos. As empresas de médio porte (43,2 pontos) apresentaram alta de 7,1 pontos na passagem para o 1ºtri/14, ao passo que as empresas de grande porte seguem satisfeitas com sua situação financeira (57,1 pontos), embora menor que no fim de 2013 (62,5 pontos). O indicador de acesso ao crédito permanece abaixo da zona satisfatória, apesar da alta de 3,2 pontos em relação ao trimestre anterior, e, relação ao mesmo período de 2013, houve uma queda de 5,8 pontos. A menor insatisfação reflete a alta de 11,9 pontos das grandes empresas (58,3 pontos), somada aos ganhos de 1,9 pontos das medias (30,0 pontos), que pesaram mais 5

6 que a contração de 16,7 pontos visto nas empresas de pequeno porte (33,0 pontos). Cabe ressaltar que apenas as grandes construtoras seguem otimista quanto ao crédito. Em síntese, em março, o nível de atividade permaneceu ritmo de contração (43,7 pontos), permanecendo inalterado em relação ao mês anterior, ficando abaixo do nível de estabilidade (50 pontos). O cenário piorou para o mercado de trabalho, visto que há um ritmo ainda menor de contratação de empregados (45,9 pontos). O resultado anda em linha com a redução do nível de utilização da capacidade operacional, que recuou para 69,0% nesta leitura. Como a situação presente já vinha mostrando resultados ruins a quase um ano, a notícia ruim continua sendo a baixa expectativa de melhora no futuro. As perspectivas dos empresários para os próximos seis meses, que pioraram no terceiro mês do ano, ficando todos os indicadores fora de quadro considerado expansivo e otimista. Cabe ressaltar que apenas o porte médio apresentou melhora em seu cenário negativo de perspectivas quanto ao futuro, enquanto as de grande porte apresentaram as maiores perdas. Vale ressaltar ainda que quando consideramos os indicadores frente ao seu resultado no mesmo mês de 2013, todos os indicadores da Sondagem da Construção mostraram queda, sinalizando abalo da confiança do empresário neste início de ano comparado ao ano anterior, em especial a de pequeno porte, com quedas superiores a 15,0 pontos. Por fim, as comparações mensais denotam a manutenção do cenário ruim da Construção no momento corrente, com fraco desempenho da atividade, que não tendem a ser compensadas pelas expectativas de expansão para os próximos meses. Sondagem Industrial da Construção Paulista Perfil da amostra: 23 empresas, sendo 4 pequenas, 12 médias e 7 grandes. Período de coleta: De 1 a 10 de abril de

7 PERÍODO Nível de atividade comparado ao mês anterior Sondagem da Construção Março de 2014 Série Histórica Situação Atual Nível de atividade em relação ao usual Número de empregados comparado ao mês anterior 14. Utilizaçao da Capacidade Operação - UCO (%) Jun/ Jul/ Ago/ Set/ Out/ Nov/ Dez/ Jan/ Fev/ Mar/ Abr/ Mai/ Jun/ Jul/ Ago/ Set/ Out/ Nov/ Dez/ Jan/ Fev/ Mar/ Abr/ Mai/ Jun/ Jul/ Ago/ Set/ Out/ Nov/ Dez/ Jan/ Fev/ Mar/

8 Sondagem da Construção Março de 2014 Série Histórica Perspectivas para os próximos 6 meses PERÍODO Nível de atividade para os próximos seis meses Compras de insumos e matérias-primas para os próximos seis meses Novos empreendimentos e serviços para os próximos seis meses Número de empregados para os próximos seis meses número de empregados Jun/ Jul/ Ago/ Set/ Out/ Nov/ Dez/ Jan/ Fev/ Mar/ Abr/ Mai/ Jun/ Jul/ Ago/ Set/ Out/ Nov/ Dez/ Jan/ Fev/ Mar/ Abr/ Mai/ Jun/ Jul/ Ago/ Set/ Out/ Nov/ Dez/ Jan/ Fev/ Mar/