RELATÓRIO DA ADMINISTRADORA DE INSOLVÊNCIA. (Elaborado nos termos do art.155º do C.I.R.E.)
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- William Andrade Bonilha
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1 RELATÓRIO DA ADMINISTRADORA DE INSOLVÊNCIA (Elaborado nos termos do art.155º do C.I.R.E.) Notas prévias: Publicação do anúncio no Portal Citius em Reunião realizada com o insolvente em Inventário de Bens efetuado em INSOLVENTES: JÚILIO TORCATO RIBEIRO FARIA CONTRIBUINTE FISCAL: DATA NASCIMENTO: RESIDÊNCIA: Rua da Corredoura, 1042, São Torcato, Guimarães ESTADO CIVIL: Casado Nº DE DEPENDENTES: 2 SITUAÇÃO FACE AO EMPREGO: Trabalhador por Conta de Outrem CARLA ALEXANDRA COSTA TEIXEIRA CONTRIBUINTE FISCAL: DATA NASCIMENTO: RESIDÊNCIA: Rua da Corredoura, 1042, São Torcato, Guimarães ESTADO CIVIL: Casada Nº DE DEPENDENTES: 2 SITUAÇÃO FACE AO EMPREGO: Trabalhadora por Conta de Outrem Abril/2014 1/7 Escritório: Rua Dr. José António P.P. Machado, nº 213, 1º Andar Sala nº 4, Barcelos Telefone: Efax: 253/ Web: geral@evangelinabarbosa.pt
2 2. ACTIVIDADE A QUE SE DEDICOU NOS ÚLTIMOS 3 ANOS E PRINCIPAIS CAUSAS DA SITUAÇÃO ACTUAL A Agregado Familiar, Artigo 155ª, nº 1, alínea a) do CIRE Análise dos elementos incluídos no documento referido no artigo 24ª, nº 1, alínea c) do CIRE Os insolventes são casados no regime da comunhão de adquiridos. Do seu casamento nasceram duas filhas, atualmente de 13 e 8 anos de idade, respetivamente. O agregado familiar dos insolventes é assim composto por estes e pelas suas duas filhas menores. Os insolventes residem em moradia própria, sita na Rua da Corredoura, 1042, freguesia de São Torcato, concelho Guimarães. B, A insolvente mulher exerce a atividade de professora na variante de educação visual, no colégio do Ave, em Guimarães. Em contrapartida da atividade prestada a insolvente aufere o vencimento base 1.367,30. Porém, a insolvente recebe o valor líquido de 485,00 (SMN), em consequência da existência de duas penhoras efectuadas no ordenado. Relativamente ao insolvente marido, e pelo que foi dito na reunião realizada, sabese que até ao ano de 1997 exerceu funções de Docente Universitário na Faculdade de Ciências do Porto. Após essa data, dedicouse a vários projectos/parcerias, tais como a exploração de bar noturno, restauração, e a projetos de internacionalização de empresas. À data, desempenha o cargo de administrador na Sociedade VNG Gestão, Consultoria e Serviços, S.A., auferindo um vencimento de 485,00 euros. Da análise às últimas declaração de IRS dos insolventes aferese o seguinte: de Trabalho Dependente, Ano dos Insolvente Marido Insolvente Mulher , , , , , ,20 Os rendimentos declarados pelo insolvente marido foram auferidos da Sociedade VNG Gestão, Consultoria e Serviços, S.A., da qual é Presidente do Conselho de Administração. Os rendimentos declarados pela insolvente foram pagos pelo Colégio do Ave, S.A. Prediais Ano dos Ilíquidos Prédio (Artigos Matriciais) ,00 R 1269 / R 1267 / U ,00 R 1269 / R 1267 / U ,00 R 1269 / R 1267 / U 213 Observações Verba nº1 e 2 (Inventário Bens) Verba nº1 e 2 (Inventário Bens) Verba nº1 e 2 (Inventário Bens) Abril/2014 2/7 Escritório: Rua Dr. José António P.P. Machado, nº 213, 1º Andar Sala nº 4, Barcelos Telefone: Efax: 253/ Web: geral@evangelinabarbosa.pt
3 C Declaração de Insolvência, A presente declaração de insolvência foi requerida por Celestino Augusto Flores de Oliveira, com fundamento por contrato promessa de compra e venda celebrado em 31 de Dezembro de 2007, o requerente prometeu comprar aos requeridos e, estes, por sua vez, prometeram vender àquele os seguintes prédios prédio misto, composto de casa de résdochão, andar e quintal ( ) prédio rústico sito em Gondiães ( ) prédio misto, com casa para habitação ( ) frações autónomas designadas pelas letras B, C, D e F ( ) Fração Autónoma designada pela letra G ( ) o preço acordado foi de dois milhões duzentos e cinquenta mil euros. Sucede que a escritura pública não foi realizada ( ) em 12 de Novembro de 2012, o requerente comunicou aos requeridos que, em virtude da mora, tinha perdido o interesse na realização da escritura, que o contrato devia considerarse resolvido e reclamou a restituição do sinal em dobro, ou seja, a quantia de 870 mil euros ( ) os requeridos não têm, assim, capacidade financeira que lhes permita honrar as suas obrigações assumidas, já vencidas o que os coloca em situação de insolvência. D Principiais causas da Situação Atual, Por aquilo que foi dado a conhecer à administradora de insolvência, nomeadamente, do teor da Petição Inicial, da reunião realizada com os insolventes, assim como dos elementos acarreados pelos insolventes no cumprimento do disposto no artigo 24º nº 1 do CIRE, verificase que: No que concerne às dificuldades financeiras dos insolventes, da petição inicial resulta apenas teve o requerente conhecimento que, devido a dívidas contraídas pelos requeridos, os prédios prometidos vender foram penhorados, estando em curso diligências com vista à venda dos mesmos, no âmbito do processo nº 25576/05.2YYPRT 2º Juízo 1ª Secção dos Juízos de Execução do Porto. Do documento elaborado pelos insolventes no cumprimento do disposto na al. c) do nº1 do artigo 24º do CIRE resulta a situação atual de insolvência decorre da celebração, no início da década de 2000, de contratos de mútuo, com a constituição de garantias reais, com a Caixa Geral de Depósitos ( ) os referidos mútuos foram contraídos por uma empresa Ultimatum Restauração e Animação, Lda., que fez investimentos avultados da qual era sócio gerente o insolvente marido ( ) com vista ao financiamento dos referidos investimentos, os insolventes garantiram, a título pessoal, os mútuos ( ) todavia, devido a várias vicissitudes relacionadas com dificuldades inerentes ao cumprimento da Lei do Ruído, que entrou em vigor cerca de um ano após a abertura dos estabelecimentos, a exploração dos estabelecimentos comerciais revelouse deficitária, uma vez que os estabelecimentos comerciais chegaram a ser selados e viram os seus horários de funcionamento bastantes reduzidos (...) tal facto, impediu os insolventes de obterem os rendimentos necessários para o pagamento das obrigações assumidas ( ) Acresce que, apesar de todos os esforços encetados durante os últimos anos, os insolventes não conseguiram reunir as condições para o pagamento total das dívidas, apesar de parte ter sido pago. Posto isto, Abril/2014 3/7 Escritório: Rua Dr. José António P.P. Machado, nº 213, 1º Andar Sala nº 4, Barcelos Telefone: Efax: 253/ Web: geral@evangelinabarbosa.pt
4 E Passivo Da análise às reclamações de créditos já rececionadas e bem assim aos créditos arrolados pelos insolventes no cumprimento do disposto na al. a) do nº1 do artigo 24 do CIRE, aferese um passivo global no valor aprox. de ,00 O mesmo resulta essencialmente de Financiamentos contraídos junto de entidades bancárias e financiadoras. Pelo que, pese embora o elevado montante do património dos insolventes o mesmo mostrase insuficiente para fazer face ao passivo dos insolventes. Pelo que se conclui, Da análise dos elementos acarreados pelos insolventes nos termos do disposto no artigo 24º do CIRE e das restantes diligências encetadas pela administradora de insolvência, que a situação de insolvência adveio essencialmente, como corolário das atividades exercidas pelo insolvente marido e que acabaram por fracassar sem providenciar o retorno financeiro esperado. Com efeito, tendo a realização de tais atividades tido como alicerce elevados investimentos financeiros e tendo tais investimentos sido efetuados com recurso a crédito, uma vez fracassadas mostrouse clara a impossibilidade de os insolventes, com os rendimentos auferidos, cumprirem atempadamente com tais obrigações. Verificase que tais negócios foram, assim, efectuados pelos insolventes sem uma avaliação correcta do seu risco em caso de impossibilidade de cumprimento das obrigações em caso de fracasso, desde logo pelo peso das obrigações assumidas. 3. ANÁLISE ESTADO DA CONTABILIDADE DOS DEVEDORES E OPINIÃO SOBRE OS DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA Artigo 155ª, nº 1, alínea b) do CIRE Não aplicável por força da alínea f) do nº 1 do artigo 24º do CIRE (não têm contabilidade organizada) Abril/2014 4/7 Escritório: Rua Dr. José António P.P. Machado, nº 213, 1º Andar Sala nº 4, Barcelos Telefone: Efax: 253/ Web: geral@evangelinabarbosa.pt
5 4. PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA DO DEVEDOR, NO TODO OU EM PARTE, DA CONVENIÊNCIA DE SE APROVAR UM PLANO DE INSOLVÊNCIA, E DAS CONSEQUENCIAS DECORRENTES PARA OS CREDORES NOS DIVERSOS CENÁRIOS FIGURÁVEIS Artigo 155ª, nº 1, alínea c) do CIRE Pelo que foi possível apurar, decorrente das diligências efectuadas, inclusive das buscas feitas junto da Administração Tributária e Serviços de Registo Predial e Automóvel, verificase que: 1. O insolvente marido exerce o cargo de administrador na Sociedade VNG Gestão, Consultoria e Serviços, S.A.; 2. No ano de 2012 declarou rendimentos no valor global de 5.820,00; 3. O que corresponde a um vencimento mensal de 485,00 euros; 4. Por sua vez, a insolvente mulher exerce a atividade de professora, mediante um ordenado base de 1.367,30; 5. Das buscas efetuadas, e sob o ponto de vista da propriedade, são conhecidos aos insolventes 10 prédios urbanos; 6. Não são conhecidos aos insolventes quaisquer veículos automóveis; 7. Pelo que se verifica que, actualmente, face aos rendimentos auferidos pelos insolventes, e ao montante do seu passivo não existe possibilidade de estes virem a gerar receitas suficientes para fazer face às suas obrigações. Assim, a única forma de satisfazer (parte) dos créditos que vierem a ser reclamados e apurados é a liquidação célere do seu património. Pelo que a AI PROPÕE à assembleia de Credores: a) A liquidação do património dos insolventes Abril/2014 5/7 Escritório: Rua Dr. José António P.P. Machado, nº 213, 1º Andar Sala nº 4, Barcelos Telefone: Efax: 253/ Web: geral@evangelinabarbosa.pt
6 5. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO PROCESSO Artigo 155ª, nº 1, alínea e) do CIRE Conforme referido anteriormente, das buscas efetuadas, apurouse junto da base de dados da administração tributária pela inscrição em nome do insolvente dos seguintes prédios: ID Natureza Artigo Matricial FREGUESIA Obs. 1 Urbano 213 GARFE Rústico 1269 GARFE Verba nº1 2 Rústico 1267 GARFE Verba nº2 3 Urbano 1062 G AZUREM Verba nº3 Vide Ponto I. 4 Urbano 74 S. TORCATO Rústico 963 S. TORCATO Verba nº4 5 Rústico 916 S. TORCATO Verna nº5 6 Urbano 1475 UNIÃO DAS FREGUESIAS DE OLIVEIRA, SÃO PAIO E SÃO SEBASTIÃO Verba nº6 7 Urbano 1244 B UNIÃO DAS FREGUESIAS DE OLIVEIRA, SÃO PAIO E SÃO SEBASTIÃO Verba nº7 8 Urbano 1244 C UNIÃO DAS FREGUESIAS DE OLIVEIRA, SÃO PAIO E SÃO SEBASTIÃO Verba nº8 9 Urbano 1244 D UNIÃO DAS FREGUESIAS DE OLIVEIRA, SÃO PAIO E SÃO SEBASTIÃO Verba nº9 10 Urbano 1244 F UNIÃO DAS FREGUESIAS DE OLIVEIRA, SÃO PAIO E SÃO SEBASTIÃO Verba nº10 No entanto, urge referir o seguinte: Nota Prévia: As verbas nº 6, 7, 8, 9 e 10 encontramse agregadas, integrando o edifício onde o insolvente detinha os seus estabelecimentos comerciais. Actualmente, e da sua configuração actual, não é possível individualizar fisicamente as referidas verbas. PONTO I: Os insolventes informaram a AI que, não obstante a verba nº3 ainda se encontrar em nome deles, a mesma foi permutada, em tempos, à família Barreira. Em contrapartida os insolventes receberam, a título de permuta, uma fração autónoma que integra o edifício antes referido, de modo a criar um espaço unitário e contiguo. Por força daquela permuta, os insolventes tomaram, de imediato, posse daquela fração, tendoa integrado nas obras de reconstrução efetuadas, objeto dos investimentos antes referidos, assim como a Família Barreira tomou, de imediato, a efetiva posse da verba nº3. Os insolventes informaram ainda a AI que, por força do falecimento de um dos permutantes e desacordo com os herdeiros, o contrato definitivo nunca chegou a ser outorgado. Razão pela qual a fração correspondente à verba nº3 ainda se encontra registada em nome dos insolventes, assim como existe uma fracção integrada no espaço contiguo e fisicamente amplo (das verbas nº 6, 7, 8, 9 e 10) registado em nome de terceiros. Pese embora todo o aqui alegado, os insolventes não lograram entregar à AI nenhum documento subjacente à permuta efetuada, alegando que tais elementos não se encontram em sua posse. Abril/2014 6/7 Escritório: Rua Dr. José António P.P. Machado, nº 213, 1º Andar Sala nº 4, Barcelos Telefone: Efax: 253/ Web: geral@evangelinabarbosa.pt
7 Pelo que a AI irá diligenciar pelo apuramento da correta situação da verba nº3, bem assim da apreensão, se verificados os pressupostos para tal, da fração recebida pelos insolventes a título de permuta. PONTO II. A declaração de insolvência foi requerida por Celestino Augusto Flores de Oliveira, alegando na P.I. que por contrato promessa de compra e venda celebrado em , os insolventes prometeram vender e Requerente prometeu comprar as verbas nº1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, e 10 do inventário de bens. Nesse seguimento, mais alegou na P.I. dado ter havido traditio da coisa prometida, em virtude do sobredito contrato promessa de compra e venda ( ) os promitentes vendedores, como antecipação do cumprimento, entregaram os prédios ao promitente comprador, pelo que invoca este sobre os imóveis o direito de retenção para pagamento dos créditos que reclama. Não obstante, a AI atestou que, pelo menos, parte dos imóveis em causa não se encontram a ser utilizados pelo Requerente, designadamente a verba nº4, a qual constitui a habitação efetiva dos insolventes, sendo habitada por estes. Neste seguimento, a AI não tomará, nesta fase, pronúncia quanto àquele contrato promessa a fim de serem tomadas as diligências necessárias tendentes ao apuramento da sua real situação. PEDE DEFERIMENTO, Muito atentamente A administradora de insolvência, ANEXOS: Lista provisória de credores Inventário de Bens Abril/2014 7/7 Escritório: Rua Dr. José António P.P. Machado, nº 213, 1º Andar Sala nº 4, Barcelos Telefone: Efax: 253/ Web: geral@evangelinabarbosa.pt
Do que foi dito pela insolvente na reunião realizada, a sua filha Bruna Flipa Fonseca ingressará este ano letivo no 12º ano na Escola
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