Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado

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1 Assistente Técnico Administrativo Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado

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3 Administração Pública Brasileira Professor Fábio Furtado

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5 Edital ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA: Controle Interno e Externo da Administração Pública. Lei nº 8.443/ Manual Técnico de Orçamento- MTO CARGO: Assistente Técnico Administrativo BANCA: ESAF

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7 Administração Pública Brasileira Aula XX MTO MANUAL TÉCNICO DE ORÇAMENTO 7

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9 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado 9

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11 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado 11

12 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL CRFB/88 (Arts. 165 a 169); Lei nº 4.320/64 Institui normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da U, E, DF e M. LC nº 101/2000 (LRF) CRFB/88 Artigo Principais Assuntos Relacionados 165 Instrumentos de Planejamento Orçamentário (PPA, LDO e LOA) 166 Processo Legislativo Orçamentário 167 Vedações Constitucionais em Matéria Orçamentária 168 Transferências de Recursos Financeiros pelo Tesouro para os órgãos 169 Despesas com Pessoal Orçamento na CF/88: PPA, LDO e LOA. Art Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I o plano plurianual (PPA); II as diretrizes orçamentárias (LDO); III os orçamentos anuais (LOA). CRFB/88 (Art. 165) 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 5º A lei orçamentária anual compreenderá: I o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 12

13 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado II o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 7º Os orçamentos previstos no 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. (Orçamentos Fiscal e de Investimentos compatibilizados com o PPA). 9º Cabe à lei complementar: I dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; Atualmente, utiliza-se a Lei nº 4.320/64. Instrumentos de Planejamento Orçamentário (Governamental) PPA (Plano Plurianual) LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) LOA (Lei Orçamentária Anual) Plano Plurianual (PPA) Período de vigência: 4 anos Exemplo: PPA 2008 I----I 2011 LULA 2006 eleito 2007 posse e elaboração do novo PPA I I I I I I Governo LULA próximo governante 13

14 Exemplo: PPA 2012 I----I 2015 DILMA 2010 eleita 2011 posse e elaboração do novo PPA I I I I I I Governo DILMA próximo governante Exemplo: PPA 2016 I----I 2019 DILMA 2014 eleita 2015 posse e elaboração do novo PPA I I I I I I Governo DILMA próximo governante Art. 165, 1º CF 88 Palavras-chaves: Regionalizada; diretrizes, objetivos e metas; despesas de capital e decorrentes; programas de duração continuada. CUIDADO! Termos corretos: Regionalizada; diretrizes, objetivos e metas; despesas de capital e decorrentes; programas de duração continuada. Termos incorretos: Setorial; metas e prioridades; despesas correntes; programas para o exercício financeiro subsequente. Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) Art. 165, 2º CF 88 Palavras-chaves: Metas e Prioridades; despesas de capital; LOA; legislação tributária; agências financeiras oficias de fomento. 14

15 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado CUIDADO! Termos corretos: Metas e prioridades; despesas de capital; LOA; legislação tributária; agências financeiras oficias de fomento. Termos incorretos: Diretrizes, Objetivos e Metas; Despesas Correntes; PPA; Legislação Societária; Agências Bancárias. LOA Lei Orçamentária Anual Art. 165, 5º CF 88 É composta de: OF (Administração Direta; Autarquias; Fundações Públicas; Empresas Estatais Dependentes) OI (investimentos das Empresas Estatais) OSS (Saúde, Previdência e Assistência Social) Empresa Estatal Dependente Art. 2º, III da LRF Conceito: Empresa controlada que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária. Prazos para a União Art. 35, 2º do ADCT Envio (do Executivo para o Legislativo) PPA Até 4 meses antes do encerramento do 1º exercício financeiro. (até 31/08) 1º jan I I I 31/12 31/08 LDO Até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro. (até 15/04) 1º jan I I I 31/12 15/04 LOA Até 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro. (até 31/08) 1º jan I I I 31/12 31/

16 Art. 35, 2º do ADCT Devolução (do Legislativo para o Executivo) PPA Até o encerramento da sessão legislativa. (até 22/12) 02/02 I I 17/07 01/08 I I 22/12 LDO Até o encerramento do 1º período da sessão legislativa. (até 17/07) 02/02 I I 17/07 01/08 I I 22/12 LOA Até o encerramento da sessão legislativa. (até 22/12) 02/02 I I 17/07 01/08 I I 22/12 Sessão Legislativa (União) CRFB Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias. CRFB/88 Art São vedados: Vedações Constitucionais em Matéria Orçamentária I o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; É por isso que a LOA é chamada de Orçamento-programa, pois contém Programas de Trabalho de Governo com diretrizes, objetivos e metas a serem alcançados. Cada Programa de Trabalho possui uma unidade gestora e um valor para ser executado. II a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais; Alguns chamam de Princípio da Quantificação dos Créditos Orçamentários. Fica claro que a LOA fixa a despesa, isto é, estabelece um limite para gastos. III a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; É a chamada REGRA DE OURO DAS FINANÇAS PÚBLICAS. Empréstimos não devem financiar despesas correntes, mas sim despesas de capital. IV a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária...e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita... Princípio da Não Afetação ou Não Vinculação de Receitas 16

17 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado V a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; Já que vai alterar a LOA, modificando a estrutura dos créditos orçamentários originais, é lógico que deve ter autorização legislativa. A indicação de recursos é importante para que não ocorra desequilíbrio fiscal. VI a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; Já que vai alterar a LOA, modificando a estrutura dos créditos orçamentários originais, é lógico que deve ter autorização legislativa. VII a concessão ou utilização de créditos ilimitados; Fica claro que a LOA fixa a despesa, isto é, estabelece um limite para gastos. IX a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. Fundos Orçamentários somente podem ser criados por Lei. X a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente. 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62. Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I relativa a: d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, 3º; 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. (Uma das exceções ao Princípio da Não Afetação ou Não Vinculação de Receitas) 17

18 Art Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, 9º. A Fazenda Pública, ou seja, o Tesouro, deve enviar para os órgãos até o dia 20 de cada mês os recursos financeiros (dinheiro) para que estes possam pagar o que gastaram dos créditos orçamentários. Art A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. Art. 19 da LRF (LC nº 101/2000): União: até 50% da RCL; Outros (E, DF e M): até 60% da RCL. 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: I redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; II exoneração dos servidores não estáveis. 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo... 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço. 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos. 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: I se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; II se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. ORÇAMENTO PÚBLICO Conceito: Lei de iniciativa do Chefe do Poder Executivo, 18

19 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado aprovada pelo Poder Legislativo, Que estima receitas e fixa despesas para um determinado exercício financeiro. CUIDADO! Incorreto: Lei de iniciativa do Chefe do Poder Legislativo, Que fixa receitas e fixa despesas Obs.: Podemos considerar como correto: Que estima receitas e estima despesas LOA Ano XXXX Receitas Previstas Tributárias 700 Contribuições 50 Patrimoniais 50 Operações de Crédito 100 Despesas Fixadas (Créditos Orçamentários) Ministério da Educação (Adm. Direta) Pessoal xxx Serviços de Terceiros xxx Ministério dos Transportes (Adm. Direta) Pessoal xxx Material de Consumo xxx IBAMA (Adm. Indireta/Autarquia) Pessoal xxx Serviços de Terceiros xxx Reserva de Contingência 20 Total Dinheiro previsto 900 Total Cartão de Crédito 900 EXERCÍCIO FINANCEIRO Art. 34 da Lei nº 4.320/64: O exercício financeiro coincide com o ano civil. 1º jan I I 31/12 CUIDADO! Incorreto: O exercício financeiro coincide com o ano comercial. Conceito: O exercício financeiro é o período no qual o orçamento estará em vigor. É o período em que estaremos arrecadando as receitas previstas e empenhando, gastando, as despesas fixadas (créditos orçamentários). 1º jan I I 31/12 período de execução do orçamento público 19

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21 Questões 1. (ESAF Analista Jurídico SEFAZ/CE 2007) Consoante a Constituição Federal, leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. Assinale a opção incorreta. a) A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. b) A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. c) Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. d) O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada trimestre, relatório resumido da execução orçamentária. e) O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. 2. (ESAF APOFP SEFAZ/SP 2009) Segundo disposição da Constituição Federal de 1988, as diretrizes e metas da administração pública, para as despesas de capital, são definidas no seguinte instrumento: a) em lei ordinária de ordenamento da administração pública. b) na lei que institui o plano plurianual. c) na lei orçamentária anual. d) na lei de diretrizes orçamentárias. e) no decreto de programação financeira do poder executivo. 3. (ESAF Analista Contábil-Financeiro SEFAZ/CE 2006) Sobre o Plano Plurianual PPA de que trata o art. 165 da Constituição Federal é correto afirmar, exceto: a) sua duração atual é de quatro anos. b) estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública para as despesas de capital. c) a elaboração dá-se no primeiro ano do mandato do governante. d) os programas de governo e seus principais elementos constitutivos são objeto do PPA. e) os valores a serem aplicados nos programas não constam do PPA por serem objeto da Lei Orçamentária Anual LOA. 4. (ESAF Técnico de Finanças e Controle CGU 2001) A Constituição de 1988, em seu art. 165, determina que a lei orçamentária anual compreenderá: 21

22 O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital com direito a voto; O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculadas, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. Além dos orçamentos anuais acima indicados, a nova constituição estabelece que leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: a) o plano plurianual, as diretrizes compensatórias e as atualizações fiduciárias b) o plano bianual, as diretrizes orçamentárias e as atualizações permanentes c) o plano plurianual, as diretrizes estratégicas e as atualizações permanentes d) o plano trianual, as diretrizes orçamentárias e as atualizações fiduciárias e) o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os planos e programas nacionais, regionais e setoriais 5. (ESAF Analista de Finanças e Controle CGU 2002) O Sistema de Planejamento Integrado, também conhecido, no Brasil, como Processo de Planejamento-Orçamento, consubstancia-se nos seguintes instrumentos: Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual. No que diz respeito à Lei de Diretrizes Orçamentárias, aponte a única opção falsa. a) Tem a finalidade de nortear a elaboração dos orçamentos anuais. b) Contém as metas e prioridades da administração pública federal. c) Dispõe sobre as alterações na legislação tributária. d) Compreende o orçamento fiscal, o orçamento de investimento e o orçamento da seguridade social. e) Estabelece a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 6 (ESAF Técnico de Nível Superior/SPU 2006) Nos termos da Constituição Federal, a lei orçamentária anual compreenderá: I o orçamento fiscal. II o orçamento de investimento das empresas estatais. III o orçamento da seguridade social. Assinale a opção correta. a) Os itens I, II e III estão corretos. b) Apenas o item I está correto. c) Apenas os itens I e II estão corretos. d) Apenas os itens I e III estão corretos. e) Apenas os itens II e III estão corretos. 7. (ESAF EPPGG MPOG 2013) A Lei Orçamentária Anual (LOA) da União está mencionada e detalhada na Constituição Federal no art Estipula o 5º do artigo 165 da Constituição de 1988 que a Lei Orçamentária Anual compreenderá: a) o orçamento fiscal referente aos Poderes da União. b) os fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, excluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. c) o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha ações, independente de possuir maioria do capital social com direito a voto. d) o orçamento da seguridade social, não abrangendo as entidades e órgãos a ela 22

23 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado vinculados, da administração direta ou indireta. e) os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público não são passíveis de inclusão na LOA. 8 (ESAF EPPGG MPOG 2013) O modelo orçamentário brasileiro é definido na Constituição Federal de 1988 do Brasil. Compõe-se de três instrumentos: o Plano Plurianual PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO e a Lei Orçamentária Anual LOA, conforme informa o art. 165: Art Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I o plano plurianual; II as diretrizes orçamentárias; III os orçamentos anuais. Acerca do Planejamento no Brasil após a Constituição de 1988, assinale a opção correta. a) O PPA, com vigência de quatro anos, tem como função enunciar as políticas públicas e respectivas prioridades para o exercício seguinte. b) Cabe à LDO estabelecer as diretrizes, objetivos e metas de médio prazo da administração pública. c) A LOA, ao identificar no PPA as ações que receberão prioridade no exercício seguinte, torna-se o elo entre o PPA, que funciona como um plano de médio prazo do governo. d) A LOA é a lei orçamentária da União que estima receitas e fixa as despesas para um exercício financeiro. De um lado, permite avaliar as fontes de recursos públicos no universo dos contribuintes e, de outro, quem são os beneficiários desses recursos. e) A LDO tem como principais objetivos estimar a receita e fixar a programação das despesas para o exercício financeiro. 9. (ESAF Técnico Administrativo DNIT 2013) De acordo com a Constituição Federal, o principal objetivo da Lei de Diretrizes Orçamentárias é: a) orientar as unidades orçamentárias e administrativas na formulação do seu planejamento anual e na elaboração da proposta orçamentária, bem como estabelecer as metas a serem alcançadas no exercício subsequente. b) estabelecer as diretrizes, prioridades e metas para a organização das entidades com vistas à definição da proposta orçamentária anual a ser enviada ao Congresso Nacional. c) criar as condições necessárias ao estabelecimento de um sistema de planejamento integrado com vistas à elaboração e aprovação do orçamento. d) estabelecer as metas de despesas correntes e de capital para o exercício seguinte, as prioridades da administração e orientar a elaboração da proposta orçamentária. e) estabelecer as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente e orientar a elaboração da lei orçamentária. 10. (ESAF Analista de Planejamento e Orçamento MPOG 2010) Na integração do Sistema de Planejamento e Orçamento Federal, indique qual(ais) instrumento(s) legal(is) explicita(m) as metas e prioridades para cada ano. a) O Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual. b) A Lei de Responsabilidade Fiscal. c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias. d) A Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Orçamentária Anual. e) A Lei Orçamentária Anual. 23

24 11. (ESAF Analista de Finanças e Controle STN 2008) A Constituição brasileira atribui ao Poder Executivo a responsabilidade pelo planejamento e orçamento por meio de três instrumentos principais o PPA (Plano Plurianual), a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e a LOA (Lei Orçamentária Anual); em relação a essa estrutura é correto afirmar: a) O PPA deve ser enviado pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo no primeiro ano de mandato apenas para seu conhecimento e tem duração até o final do mandato. b) O Executivo envia conjuntamente os projetos da LDO e da LOA para o Poder Legislativo, os quais devem ser votados em conjunto antes do término do ano a fim de serem executados no ano seguinte. c) Enquanto o PPA é um planejamento para os quatro anos seguintes, incluindo o primeiro ano do mandato subsequente, a LDO estabelece as metas e prioridades para o exercício financeiro seguinte. d) O Poder Executivo envia para o Legislativo inicialmente a LOA, depois de a LOA aprovada e com base nela, o executivo envia ao legislativo a LDO, que estabelece a programação financeira e o cronograma mensal de desembolso. e) O Legislativo só deve aprovar a LDO, pois o PPA é um indicativo das metas do executivo e a LOA é apenas um cronograma de despesas. 12. (ESAF APOFP SEFAZ/SP 2009) O orçamento público pode ser entendido como um conjunto de informações que evidenciam as ações governamentais, bem como um elo capaz de ligar os sistemas de planejamento e finanças. A elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), segundo a Constituição Federal de 1988, deverá espelhar: a) exclusivamente os investimentos. b) as metas fiscais somente para as despesas. c) as estimativas de receita e a fixação de despesas. d) a autorização para a abertura de créditos adicionais extraordinários. e) a autorização para criação de novas taxas. 13. (ESAF Auditor Fiscal Receita Federal do Brasil 2009) Com relação ao Plano Plurianual (PPA), aponte a única opção incorreta. a) Os programas do PPA podem abranger atividades desenvolvidas por diferentes Ministérios. b) Um aspecto importante do PPA é sua integração das despesas correntes e de capital, obtida por meio do foco em programas. c) É exigido que o PPA seja apresentado ao Congresso Nacional até 15 de abril do primeiro dos quatro anos do mandato do Presidente da República. d) O PPA de , o Avança Brasil, reflete a nova classificação programática. e) O PPA foi instituído pela Constituição de (ESAF Técnico de Nível Superior/SPU MPOG 2006) No decorrer do primeiro exercício de um mandato presidencial qualquer, os projetos de lei do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual deverão ser enviados para o Congresso Nacional, respectivamente, até as seguintes datas: a) 15/04 15/04 31/08. b) 31/08 15/04 15/04. c) 31/08 15/04 31/08. d) 15/04 31/08 31/08. e) 31/08 31/08 15/

25 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado 15. (ESAF Analista Administração e Finanças SUSEP 2010) A respeito dos prazos relativos à elaboração e tramitação da lei que institui o Plano Plurianual PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO e da Lei Orçamentária Anual LOA, é correto afirmar: a) o projeto de PPA será encaminhado até cinco meses antes do término do exercício em que inicia o mandato do Presidente da República, enquanto a LOA deve ser encaminhada até quatro meses antes do término do exercício. b) a proposta de LOA deverá ser remetida ao Congresso Nacional até quatro meses antes do término do exercício financeiro e o projeto aprovado da LDO deve ser devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa. c) os projetos de PPA e de LDO devem ser encaminhados juntos até seis meses antes do término do exercício uma vez que há conexão entre eles. d) a Constituição Federal determina que esses projetos de lei são encaminhados ao Congresso Nacional de acordo com as necessidades do Poder Executivo, exceto no último ano de mandato do titular do executivo. e) os projetos de LDO e de LOA devem ser encaminhados ao Congresso Nacional até seis meses antes do término do exercício e devolvidos para sanção até o encerramento da sessão legislativa. 16. (ESAF Auditor Fiscal Receita Federal do Brasil 2009) A compreensão adequada do ciclo de gestão do governo federal implica saber que: a) no último ano de um mandato presidencial qualquer, à lei de diretrizes orçamentárias compete balizar a elaboração do projeto de lei do plano plurianual subsequente. b) a função controle precede à execução orçamentária. c) a não-aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias impede o recesso parlamentar. d) a votação do plano plurianual segue o rito de lei complementar. e) com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o orçamento de investimento das empresas estatais passou a integrar o plano plurianual. 17. (ESAF Analista Planejamento e Execução Financeira CVM 2010) Nos termos da Constituição Federal, é correto afirmar que: a) o Plano Plurianual possui status de lei complementar. b) a Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das estatais e o orçamento da seguridade social. c) o Poder Executivo deve publicar, até trinta dias após o encerramento de cada trimestre, relatório resumido da execução orçamentária. d) o Plano Plurianual compreende as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. e) os orçamentos fiscal e de investimento das estatais possuem, entre outras, a função de reduzir desigualdades inter- -regionais, segundo critério populacional. 25

26 18. (ESAF AUFC TCU 2006) No que se refere à matéria orçamentária, a Constituição de 1988, em seu artigo 165, determina que leis de iniciativa do Poder Executivo estabeleçam o Plano Plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. Identifique a opção falsa com relação ao tema. a) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) consiste na lei que norteia a elaboração dos orçamentos anuais, compreendidos o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas estatais e o orçamento da seguridade social. b) A Lei Orçamentária Anual (LOA) objetiva viabilizar a realização das ações planejadas no Plano Plurianual e transformá-las em realidade. c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), sob forma de projeto, deve ser encaminhada pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo, na esfera federal, até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e devolvida para sanção até o final do primeiro período da sessão legislativa (17 de julho). d) O Plano Plurianual corresponde a um plano, por meio do qual se procura ordenar as ações do governo que levem ao alcance dos objetivos e das metas fixados para um período de três anos. e) A Lei do Orçamento, sob forma de projeto, deve ser encaminhada, no âmbito federal, até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro (31 de agosto) e devolvida para sanção até o final da sessão legislativa. 19. (ESAF Assistente Técnico-Administrativo Ministério da Fazenda 2009) Marque a opção correta. a) A lei que instituir o plano plurianual compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. b) O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação a projeto de lei relativo ao orçamento anual desde que não finalizada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. c) A lei orçamentária anual compreenderá o orçamento de investimento das empresas, fundos e fundações mantidas pelo Poder Público. d) Os projetos de lei relativos ao plano plurianual serão apreciados pelo Senado Federal. e) Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na Constituição Federal serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. Gabarito: 1. D 2. B 3. E 4. E 5. D 6. A 7. A 8. D 9. E 10. C 11. C 12. C 13. C 14. C 15. B 16. C 17. E 18. D 19. E 26

27 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS Legalidade Universalidade Periodicidade (Anualidade) Exclusividade (Art. 165, 8º da CF/88) Orçamento Bruto Publicidade Equilíbrio Não Afetação de Receitas (de impostos) Especificação (Especificidade, Especialização, Discriminação) Unidade ou Totalidade Princípio da Legalidade Apresenta o mesmo fundamento do princípio da legalidade aplicado à administração pública, segundo o qual cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei expressamente autorizar, ou seja, se subordina aos ditames da lei. A Constituição Federal de 1988, no art. 37, estabelece os princípios da administração pública, dentre os quais o da legalidade e, no seu art. 165, estabelece a necessidade de formalização legal das leis orçamentárias: Art Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I o plano plurianual; II as diretrizes orçamentárias; III os orçamentos anuais. LOA Receitas Previstas Tributárias 700 Contribuições 150 Patrimoniais 50 Despesas Fixadas (Créditos Orçamentários) Pessoal 600 Serviços de Terceiros 200 Material de Consumo 100 Total Dinheiro previsto 900 Total Cartão de Crédito

28 Princípio da Universalidade Lei nº 4.320/64: Art. 3º. A Lei de Orçamento compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. [...] Art. 4º. A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2º. LOA Receitas Previstas Tributárias 700 Contribuições 50 Patrimoniais 50 Operações de Crédito 100 Despesas Fixadas (Créditos Orçamentários) Ministério da Educação (Adm. Direta) Pessoal xxx Serviços de Terceiros xxx Material de Consumo xxx Ministério dos Transportes (Adm. Direta) Pessoal xxx Serviços de Terceiros xxx Material de Consumo xxx IBAMA (Adm. Indireta/Autarquia) Pessoal xxx Serviços de Terceiros xxx Material de Consumo xxx Total "Dinheiro previsto" 900/Total "Cartão de Crédito" 900 Princípio da Periodicidade (Anualidade) CRFB/88: Art. 165, 5º A lei orçamentária anual compreenderá

29 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Lei nº 4.320/64: Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil. LOA XXXX Receitas Previstas Tributárias 700 Contribuições 150 Patrimoniais 50 Despesas Fixadas (Créditos Orçamentários) Pessoal 600 Serviços de Terceiros 200 Material de Consumo 100 Total Dinheiro previsto 900 Total Cartão de Crédito 900 Princípio do Orçamento Bruto Lei nº 4.320/64: Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. LOA Receitas Previstas Tributárias 700 IPVA Contribuições 150 Patrimoniais 50 Despesas Fixadas (Créditos Orçamentários) Pessoal 300 Serviços de terceiros 150 Material de Consumo 100 TTC 350 Total Dinheiro previsto 900 Total Cartão de Crédito 900 Princípio da Publicidade Princípio básico da atividade da administração pública no regime democrático está previsto pelo caput do art. 37 da Magna Carta de

30 Nota do Professor: Assim como a maioria dos atos da Administração, as leis orçamentárias devem ser publicadas em meio oficial de comunicação. Princípio da Equilíbrio Receitas Previstas Tributárias 700 Contribuições 150 Patrimoniais 50 Despesas Fixadas (Créditos Orçamentários) Pessoal 600 Serviços de Terceiros 200 Material de Consumo 100 Obras e Instalações 200 Total Dinheiro previsto 900 Total Cartão de Crédito Princípio da Não Afetação de Receitas CRFB/88: Art São vedados: IV a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, 8º, bem como o disposto no 4º deste artigo; Art. 167, 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. Receitas Previstas Tributárias 700 IPVA Contribuições 150 Patrimoniais 50 Despesas Fixadas (Créditos Orçamentários) Pessoal 300 Serviços de terceiros 150 Material de Consumo 100 TTC 350 Total Dinheiro previsto 900 Total Cartão de Crédito

31 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Princípio da Especificação Lei nº 4.320/64: Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado... LOA Receitas Previstas Tributárias 700 Contribuições 50 Patrimoniais 50 Operações de Crédito 100 Despesas Fixadas (Créditos Orçamentários) Ministério da Educação (Adm. Direta) Pessoal xxx Serviços de Terceiros xxx Ministério dos Transportes (Adm. Direta) Pessoal xxx Material de Consumo xxx IBAMA (Adm. Indireta/Autarquia) Pessoal xxx Serviços de Terceiros xxx Reserva de Contingência 20 Total "Dinheiro previsto" 900/Total "Cartão de Crédito" 900 Reserva de Contingência Conceito: Dotação global, genérica, destinada a quitar passivos contingentes, tais como: Demanda Judicial de uma Empresa Estatal Dependente; Calamidade Pública. Serve também para cobrir riscos orçamentários, isto é, risco de erro de planejamento orçamentário quando utilizada como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais suplementares e especiais. Art. 5º da LRF: A LOA conterá RESERVA DE CONTINGÊNCIA cujo montante será calculado na LDO (no Anexo de Riscos Fiscais) 31

32 Princípio da Unidade CRFB/88: Art. 165, 5º A lei orçamentária anual compreenderá: I o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. Previsto, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei nº 4.320/64, determina a existência de orçamento único para cada um dos entes federados União, Estados, DF e Municípios com a finalidade de se evitarem múltiplos orçamentos paralelos dentro de uma mesma pessoa política. Dessa forma, todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício financeiro, devem integrar um único documento legal dentro de cada esfera federativa: a Lei Orçamentária Anual LOA*. Cada pessoa política da federação elaborará sua própria LOA. Princípio da Exclusividade CRFB/88: Art. 165, 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. LOA (Exemplo) Art. xx. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir créditos suplementares, até o limite de trinta por cento do total da despesa fixada nesta Lei, para transposição, remanejamento ou transferência de recursos, criando, se necessário, fontes de recursos, modalidades de aplicação, 32

33 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado elementos de despesa e subtítulos, com a finalidade de suprir insuficiências dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, respeitadas as prescrições constitucionais e os termos da Lei Federal nº 4.320, 17 de março de 1964, em seu artigo 43, 1º incisos I, II e III e 2º, 3º e 4º. (Exemplo) Art. xx. Fica o Poder Executivo autorizado a contrair financiamentos com agências nacionais e internacionais oficiais de crédito para aplicação em investimentos previstos nesta Lei, bem como a oferecer as contragarantias necessárias à obtenção de garantia do Tesouro Nacional para a realização destes financiamentos. (Exemplo) Art. xx. Fica o Poder Executivo autorizado a realizar operações de crédito por antecipação de receita, com a finalidade de manter o equilíbrio orçamentário-financeiro do Município, observados os preceitos legais aplicáveis à matéria. Nota do Professor: A LOA do último ano de mandato não poderá conter essa autorização. (conforme art. 38 da LRF). Receitas Previstas Tributárias 700 Contribuições 150 Patrimoniais 50 Despesas Fixadas (Créditos Orçamentários) Pessoal 600 Serviços de terceiros 200 Material de Consumo 100 Total Dinheiro previsto 900 Total Cartão de Crédito 900 Receitas Previstas Tributárias 700 Contribuições 150 Patrimoniais 50 Operações de Crédito 200 Despesas Fixadas (Créditos Orçamentários) Pessoal 600 Serviços de terceiros 200 Material de Consumo 100 Obras e Instalações 200 Total Dinheiro previsto Total Cartão de Crédito Operações de Crédito OPERAÇÕES DE CRÉDITO = EMPRÉSTIMOS/FINANCIAMENTOS (DÍVIDA FUNDADA) 33

34 Longo prazo, em regra. Prazo de Amortização superior a 12 meses, em regra. Finalidade: cobrir gasto orçamentário (Despesa de Capital, em regra) Art. 98 da Lei nº 4.320/64 e Art. 29 (I, III e 3º) da LRF OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR ANTECIPAÇÃO DE RECEITA ORÇAMENTÁRIA (ARO)* (Débito de Tesouraria) (DÍVIDA FLUTUANTE) Curto prazo (de 10/01 a 10/12) Finalidade: cobrir insuficiência de caixa Art. 92 da Lei nº 4.320/64 e Art. 38 da LRF *VEDADA no último ano de MANDATO*. PARA LEITURA Princípios Orçamentários, de acordo com o MCASP Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, da STN Parte I Procedimentos Contábeis Orçamentários: Princípios Orçamentários De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, da STN/SOF: Unidade ou Totalidade; Universalidade; Anualidade ou Periodicidade; Exclusividade; Orçamento Bruto; Legalidade; Publicidade; Transparência; Não-Vinculação (Não-Afetação) da Receita de Impostos. 34

35 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Unidade ou Totalidade Previsto, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei nº 4.320/64, determina a existência de orçamento único para cada um dos entes federados União, Estados, DF e Municípios com a finalidade de se evitarem múltiplos orçamentos paralelos dentro de uma mesma pessoa política. Dessa forma, todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício financeiro, devem integrar um único documento legal dentro de cada esfera federativa: a Lei Orçamentária Anual LOA*. Cada pessoa política da federação elaborará sua própria LOA. Universalidade Estabelecido, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei nº 4.320/64, recepcionado e normatizado pelo 5º do art. 165 da CF, determina que a LOA de cada ente federado deverá conter todas as receitas e despesas de todos os poderes, órgão, entidades, fundos, e fundações instituídas e mantidas pelo poder público. Anualidade ou Periodicidade Estipulado, de forma literal, pelo caput do art. 2º da Lei no 4.320, de 1964, delimita o exercício financeiro orçamentário: período de tempo ao qual a previsão das receitas e a fixação das despesas registradas na LOA irão se referir. Segundo o art. 34 da Lei no 4.320, de 1964, o exercício financeiro coincidirá com o ano civil e, por isso, será de 1º de janeiro até 31 de dezembro de cada ano. Exclusividade Previsto no 8º do art. 165 da Constituição Federal, estabelece que a Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se dessa proibição a autorização para abertura de créditos adicionais e a contratação de operações de crédito, nos termos da lei. Orçamento Bruto Previsto pelo art. 6o da Lei no 4.320, de 1964, obriga registrarem-se receitas e despesas na LOA pelo valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções. Legalidade Apresenta o mesmo fundamento do princípio da legalidade aplicado à administração pública, segundo o qual cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei 35

36 expressamente autorizar, ou seja, se subordina aos ditames da lei. A Constituição Federal de 1988, no art. 37, estabelece os princípios da administração pública, dentre os quais o da legalidade e, no seu art. 165, estabelece a necessidade de formalização legal das leis orçamentárias: Art Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I o plano plurianual; II as diretrizes orçamentárias; III os orçamentos anuais. Publicidade Princípio básico da atividade da administração pública no regime democrático está previsto pelo caput do art. 37 da Magna Carta de Justifica-se especialmente pelo fato de o orçamento ser fixado em lei, sendo esta a que autoriza aos Poderes a execução de suas despesas. Nota do Professor: Assim como a maioria dos atos da Administração, as leis orçamentárias devem ser publicadas em meio oficial de comunicação. Transparência Aplica-se também ao orçamento público, pelas disposições contidas nos arts. 48, 48-A e 49 da Lei de Responsabilidade Fiscal LRF, que determinam ao governo, por exemplo: divulgar o orçamento público de forma ampla à sociedade; publicar relatórios sobre a execução orçamentária e a gestão fiscal; disponibilizar, para qualquer pessoa, informações sobre a arrecadação da receita e a execução da despesa. Nota do Professor: A LRF determina que as informações acima deve ser disponibilizadas, para a sociedade, em meio eletrônico de divulgação (internet). 36

37 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Não-Vinculação (Não-Afetação) da Receita de Impostos. Estabelecido pelo inciso IV do art. 167 da CF/88, veda vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, salvo exceções estabelecidas pela própria Constituição Federal, in verbis: Art São vedados: [...] IV a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, 8º, bem como o disposto no 4º deste artigo; [...] 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. As ressalvas são estabelecidas pela própria Constituição e estão relacionadas à repartição do produto da arrecadação dos impostos (Fundos de Participação dos Estados (FPE) e Fundos de Participação dos Municípios (FPM) e Fundos de Desenvolvimento das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste) à destinação de recursos para as áreas de saúde e educação, além do oferecimento de garantias às operações de crédito por antecipação de receitas. 37

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39 Questões 1. (ESAF AUFC TCU 2006) No que diz respeito ao conceito de orçamento público e princípios orçamentários, identifique a opção incorreta. a) O orçamento público deve manter o equilíbrio entre as receitas fixadas e as despesas estimadas. b) São impositivos nos orçamentos públicos os princípios orçamentários. c) Segundo o princípio da unidade, o orçamento público deve constituir uma única peça, indicando as receitas e os programas de trabalho a serem desenvolvidos pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. d) O orçamento público é uma lei de iniciativa do Poder Executivo, que estabelece as políticas públicas para o exercício a que se referir. e) O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um exercício financeiro, coincidente com o ano civil. 2. (ESAF AUFC TCU 2000) Assinale a opção correta referente à aplicação dos princípios orçamentários. a) De acordo com o princípio da unidade, os orçamentos das três esferas da Administração deveriam ser unificados em umorçamento nacional. b) Em consonância com o princípio do orçamento bruto, as transferências no âmbito interno de cada esfera da Administração se anulam. c) A existência da conta única encontra respaldo no princípio da unidade de caixa. d) A destinação dos recursos das taxas para o custeio de serviços específicos contraria o princípio da não-afetação de receitas. e) A adoção do princípio da exclusividade condiciona a criação ou aumento de impostos a sua inclusão no orçamento. 3. (ESAF AUFC TCU 1999) No tocante aos objetivos dos princípios orçamentários, assinale a opção correta. a) Segundo o princípio da exclusividade, o orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos poderes da União. b) De acordo com o princípio da unidade, o orçamento deve conter apenas matéria orçamentária. c) O princípio da publicidade representa uma regra técnica administrativa, segundo a qual a lei do orçamento somente deve veicular matéria de natureza financeira. d) O princípio da legalidade determina que o conteúdo do orçamento deve ser divulgado por veículos oficiais de comunicação. e) O princípio da unidade recomenda que deve existir apenas um orçamento. 4. (ESAF AUFC TCU 2002) A ação planejada do Estado materializa-se através do orçamento público. Indique o princípio orçamentário que consiste na não- -inserção de matéria estranha à previsão da receita e à fixação da despesa. a) princípio da discriminação b) princípio da exclusividade c) princípio do orçamento bruto d) princípio da universalidade e) princípio do equilíbrio 39

40 5. (ESAF ATRFB MF 2009) Constata-se que os princípios orçamentários do equilíbrio e da unidade foram respeitados quando ocorrem, respectivamente: a) as despesas correntes liquidadas não ultrapassam as receitas correntes arrecadadas e a Lei Orçamentária Anual disciplinou todas modificações na legislação tributária necessárias à execução do orçamento. b) as despesas correntes foram pagas sem a realização de operações de crédito e as despesas de capital foram cobertas com receitas correntes. c) a arrecadação total foi suficiente para cobrir todas as despesas liquidadas e a distribuição dos gastos durante os meses do exercício manteve-se bem distribuída. d) as receitas de capital não ultrapassaram as despesas de capital e todas as despesas realizadas foram autorizadas em lei. e) todas as despesas autorizadas no exercício não ultrapassam o valor das receitas estimadas e cada ente da federação apresenta um único orçamento no exercício. 6. (ESAF AFC CGU 2008) No Brasil, para que o controle orçamentário se tornasse mais eficaz, ao longo dos anos, tornou-se necessário estabelecer alguns princípios que orientassem a elaboração e a execução do orçamento. Assim, foram estabelecidos os chamados "Princípios Orçamentários", que visam estabelecer regras para elaboração e controle do Orçamento. No tocante aos Princípios Orçamentários, indique a opção correta. a) O orçamento deve ser uno, ou seja, no âmbito de cada esfera de Poder deve existir apenas um só orçamento para um exercício financeiro. b) O princípio da exclusividade veda a inclusão, na lei orçamentária anual, de autorização para aumento da alíquota de contribuição social, mesmo respeitando-se o prazo de vigência previsto na Constituição. c) A vinculação de receitas de taxas a fundos legalmente constituídos é incompatível com o princípio da não-afetação, definido na Constituição Federal. d) O princípio da especificação estabelece que a lei orçamentária anual deverá especificar a margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. e) O princípio do equilíbrio é constitucionalmente fixado e garante que o montante das receitas correntes será igual ao total das despesas correntes. 7. (ESAF Analista BACEN 2001) Apesar de não possuírem caráter absoluto, os princípios orçamentários têm servido de base para elaboração dos orçamentos públicos e para discussões teóricas sobre esse tema. a) Entre as opções abaixo, assinale aquela que expressa corretamente o princípio orçamentário da universalidade.a) Cada unidade governamental deve possuir apenas um orçamento. b) O orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas do Estado. c) As receitas e despesas no orçamento devem aparecer de maneira discriminada, de tal forma que se possa saber, com detalhes, a origem dos recursos e sua aplicação. d) As propostas orçamentárias devem ser amplamente divulgadas, de forma que o maior número possível de pessoas tenha acesso às realizações pretendidas pela administração pública. e) O orçamento deve ser apresentado em linguagem clara, de modo que o maior número possível de pessoas possa compreendê-lo e manipulá-lo. 40

41 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado 8. (ESAF ACF SEFAZ/CE- 2007) O princípio da exclusividade do orçamento consagrado pela Constituição Federal estabelece que a lei orçamentária não contenha dispositivos estranhos à previsão da receita e à fixação da despesa. A exceção a essa vedação se refere às matérias que tratem de a) autorização para alteração da legislação tributária. b) abertura de créditos suplementares. c) modificações da estrutura administrativa do governo. d) programas de redução de gastos na Administração Pública. e) criação de programas de fomento à arrecadação tributária. 9. (ESAF AFC STN 2005) São impositivos nos orçamentos públicos os princípios orçamentários. O princípio que obriga que a estimativa de receita e a fixação de despesa limitem-se a período definido de tempo, chamado exercício financeiro, é o princípio da a) exclusividade. b) especificação. c) anualidade. d) unidade. e) universalidade. 10. (ESAF PFN 2004) O estudo da evolução dos contornos normativos dados ao orçamento pelo direito brasileiro indica-nos as caudas orçamentárias, combatidas tanto por Artur Bernardes como por Rui Barbosa, e que possibilitavam a inclusão de variados assuntos em disposições orçamentárias, a exemplo da lei do orçamento vetada em janeiro de 1922 pelo então presidente Epitácio Pessoa. No modelo atual, as caudas orçamentárias a) são autorizadas, por conta de adequação dos gastos com o plano plurianual, guardados limites para contratação de operações de crédito, nos termos de lei complementar. b) são autorizadas, devido a dispositivo que permite inclusão de créditos e despesas até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, mediante relatório resumido da execução orçamentária, nos termos da lei. c) são absolutamente proibidas, por meio de vedação implícita, decorrente de incompatibilização com o plano plurianual, cuja função não se vincula a mecanismos de redução de desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional, nos termos de lei complementar. d) são absolutamente proibidas, dada a vedação de dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa na lei orçamentária plurianual, em qualquer circunstância, nos termos de lei complementar. e) são proibidas, por causa da vedação da lei orçamentária anual de conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, embora não se incluam na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratações de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 11. (ESAF Assistente Técnico-Administrativo Ministério da Fazenda 2009) Quanto aos princípios orçamentários, marque a opção correta. a) O Princípio da universalidade da matéria orçamentária estabelece que somente deve constar no orçamento matéria pertinente à fixação da despesa e à previsão da receita. b) O Princípio da Programação preconiza a vinculação necessária à ação governamental, assegurando-se a finalidade do plano plurianual. 41

42 c) O Princípio da não-afetação da receita preconiza que não pode haver transferência, transposição ou remanejamento de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro sem prévia autorização legislativa. d) O Princípio da reserva de lei estabelece que os orçamentos e créditos adicionais devem ser incluídos em valores brutos, todas as despesas e receitas da União, inclusive as relativas aos seus fundos. e) O Princípio do Equilíbrio Orçamentário estabelece que a lei orçamentária não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Gabarito: 1. A 2. C 3. E 4. B 5. E 6. B 7. B 8. B 9. C 10. E 11. B 42

43 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado RECEITAS PÚBLICAS Classificação quanto ao Ingresso RECEITAS PÚBLICAS RECEITAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS (Ingressos Extraorçamentários) RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS RECEITAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS Ingressos Extraorçamentários. Cauções recebidas em dinheiro Retenções na fonte Consignações em folha de pagamento Inscrição de restos a pagar (Art. 103, parágrafo único da Lei nº 4.320/64) Operações de Crédito por Antecipação de Receita (ARO; débitos de tesouraria) Salários não reclamados Depósitos judiciais Serviços da dívida a pagar ( RP da Dívida Pública ) Cauções recebidas em dinheiro Retenções na fonte Consignações em folha de pagamento Inscrição de restos a pagar (Art. 103, parágrafo único da Lei nº 4.320/64) Operações de crédito por antecipação de receita (aro; débitos de tesouraria) 43

44 Salários não reclamados Depósitos Judiciais Serviços da Dívida a Pagar ( RP da Dívida Pública ) Cauções Recebidas em dinheiro Exemplo: EMPRESA X R$ ,00 (contrato de 12 meses) X 3% R$ 3.600,00 C/C DO ÓRGÃO PÚBLICO Balanço Patrimonial ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 3.600,00 SF = AF (-) PF SF = (-) SF = 0 PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Cauções a Devolver 3.600,00 (dinheiro em caráter temporário) Cauções recebidas em dinheiro Retenções na fonte Consignações em folha de pagamento Inscrição de restos a pagar (Art. 103, parágrafo único da Lei nº 4.320/64) Operações de crédito por antecipação de receita (ARO; débitos de tesouraria) Salários não reclamados Depósitos judiciais Serviços da dívida a pagar ( RP da Dívida Pública ) 44

45 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Retenções e Consignações na Fonte Folha de Pagamento de Agosto/xxxx Data do Pagamento da Folha: 31/08/xxxx Valor Bruto Retenção de IR Consignações: Previdência Plano de Saúde Valor Líquido R$ ,00 ( ,00) ( ,00) ,00 ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 700 PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Salários a Pagar 300 Retenções a Recolher 200 Consignações a Recolher 200 ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 700 (300) 400 SF = AF (-) PF SF = 400 (-) 400 SF = 0 PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Salários a Pagar 300 Retenções a Recolher 200 Consignações a Recolher 200 (dinheiro em caráter temporário) Cauções recebidas em dinheiro Retenções na fonte Consignações em folha de pagamento Inscrição de restos a pagar (Art. 103, parágrafo único da Lei nº 4.320/64) Operações de crédito por antecipação de receita (ARO; débitos de tesouraria) Salários Não-Reclamados Depósitos Judiciais Serviços da Dívida a Pagar ( RP da Dívida Pública ) 45

46 ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 5.000,00 PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Fornecedores 5.000,00 Balanço Patrimonial 31/12/x ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 5.000,00 (4.000,00) 1.000,00 SF = AF (-) PF SF = (-) SF = 0 PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Fornecedores 5.000,00 (4.000,00) Restos a Pagar 1.000,00 (dinheiro em caráter temporário) Classificação quanto às Categorias Econômicas (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens Art. 11, 3º 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) 46

47 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Classificação quanto às Categorias Econômicas (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens Art. 11, 3º 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) Receitas Correntes / Tributárias Impostos; Taxas; Contribuições de Melhoria. Classificação quanto às Categorias Econômicas (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens Art. 11, 3º 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) 47

48 Receitas Correntes / Contribuições CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO CONTRIBUIÇÃO DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONÔMICAS CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA Classificação quanto às Categorias Econômicas (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens Art. 11, 3º 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) Receitas correntes / patrimoniais Aluguéis; dividendos; Juros ou rendimentos de aplicações financeiras; Arrendamentos; Receitas de concessões / permissões; Foros; laudêmios 48

49 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Classificação quanto às Categorias Econômicas RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 Art. 11, 3º (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) Receitas Correntes / Agropecuárias Decorrem da exploração econômica, por parte do ente público, de atividades agropecuárias, tais como a venda de produtos: agrícolas (grãos, tecnologias, insumos, etc.); pecuários (sêmens, técnicas em inseminação, matrizes, etc.); para reflorestamentos, etc. Classificação quanto às Categorias Econômicas RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 Art. 11, 3º (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) 49

50 Receitas Correntes / Industriais São receitas originárias, provenientes das atividades industriais exercidas pelo ente público. Encontram-se nessa classificação receitas provenientes de atividades econômicas, tais como: da indústria extrativa mineral; da indústria de transformação; da indústria de construção; e outras receitas industriais de utilidade pública. Classificação quanto às Categorias Econômicas (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens Art. 11, 3º 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) Receitas Correntes / Serviços São receitas decorrentes das atividades econômicas na prestação de serviços por parte do ente público, tais como: comércio, transporte, comunicação, serviços hospitalares, armazenagem, serviços recreativos, culturais, etc. Esses serviços são remunerados mediante preço público, também chamado de tarifa. Exemplos de naturezas orçamentárias de receita dessa origem são os seguintes: serviços comerciais; serviços de transporte; serviços portuários, etc. 50

51 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Classificação quanto às Categorias Econômicas RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 Art. 11, 3º (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) Receitas Correntes / Transferências Daqui a pouco veremos Transferências Correntes e Transferências de Capital, para podermos verificar a diferença entre essas duas espécies de TRANSFERÊNCIAS. O exemplo que trabalharemos mais adiante servirá de base para estudarmos as receitas com transferências correntes e de capital, bem como as despesas com essas espécies de transferências. Classificação quanto às Categorias Econômicas RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 Art. 11, 3º (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) 51

52 Receitas Correntes / ORC Recebimento ou cobrança da dívida ativa; Multas; Juros de mora; Indenizações / restituições Recebimento ou Cobrança da Dívida Ativa Exemplo: Contribuinte X IPTU: R$ 1.000,00 Vencimento: 31/03/2004 1ª situação: 10/03/2004 R$ 1.000,00 IPTU RC/Tributária 2ª situação: 30/06/2004 R$ 1.000,00 IPTU RC/Tributária R$ 200,00 Multa e juros de mora RC/ORC R$ 1.200,00 3ª situação: 01/04/2007 R$ 1.000,00 Dívida ativa RC/ORC R$ 500,00 Multa e juros de mora RC/ORC R$ 1.500,00 Classificação quanto às Categorias Econômicas (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens Art. 11, 3º 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) 52

53 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Balanço Patrimonial (Operações de Crédito) ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 1 bilhão Ativo Permanente(AP): PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Passivo Permanente(PP): (Dívida Fundada/Consolidada) Operações de Crédito 1 bilhão (Empréstimos a Pagar) Classificação quanto às Categorias Econômicas (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens Art. 11, 3º 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) Balanço Patrimonial (Alienação de Bens) ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 300 milhões Ativo Permanente(AP): Imóveis 300 milhões PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Passivo Permanente(PP): (Dívida Fundada/Consolidada) 53

54 Classificação quanto às Categorias Econômicas (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens Art. 11, 3º 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) Balanço Patrimonial (Concessão de Empréstimo) ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 100 milhões Ativo Permanente(AP): Empréstimos a Receber 100 milhões PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Passivo Permanente(PP): (Dívida Fundada/Consolidada) Balanço Patrimonial (Amortização de Empréstimo) ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 100 milhões Ativo Permanente(AP): PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Passivo Permanente(PP): (Dívida Fundada/Consolidada) Empréstimos a Receber 100 milhões 54

55 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Fixando para a prova: Operações de crédito = Receita de CAPITAL (Pegar emprestado o CAPITAL principal) Amortização da dívida pública = Despesas de CAPITAL (Devolver o CAPITAL principal) Juros da dívida pública = Despesas correntes Concessão de empréstimos = Despesas de CAPITAL/inversões financeiras) (Emprestar o CAPITAL principal) Receita com amortização de empréstimos anteriormente concedidos = receita de capital (Receber de volta o CAPITAL principal) Receita com juros associados a esse empréstimo concedido = receitas correntes Operações de Crédito por ANTECIPAÇÃO DE RECEITA ORÇAMENTÁRIA = Receita extraorçamentária Amortização, Resgate, Liquidação, Pagamento de ARO = Despesa extraorçamentária Juros decorrentes desta ARO = Despesas correntes Classificação quanto às Categorias Econômicas (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens Art. 11, 3º 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) 55

56 Transferências Transferências Correntes Exemplo: Foi firmado um convênio entre a União e um determinado município para aquisição de medicamentos para a rede pública municipal. A União repassará ao município um valor de R$ ,00 para a realização dessa compra (despesa corrente/custeio) ou (despesa corrente/outras despesas correntes/aplicações diretas/material de consumo/ drogas e medicamentos = c.g.mm.ee.dd = xx). Para a União, que concedeu a transferência de recursos (R$ ,00), esta é uma despesa corrente/transferência corrente. Para o município, que recebeu a transferência de recursos (R$ ,00), esta é uma receita corrente/transferência corrente. Vale ressaltar que este é o momento 1, isto é, o momento em que são realizadas as transferências. O momento 2 será quando o município começar a executar o objeto do convênio, ou seja, realizar a aquisição dos medicamentos. Transferências de Capital Exemplo: Foi firmado um convênio entre a União e um determinado município para a construção de um estádio de futebol. A União repassará ao município um valor de R$ ,00 para a realização dessa obra (despesa de capital/investimentos) ou (despesa de capital/investimentos/ aplicações diretas/obras e instalações = c.g.mm.ee.dd = xx). Para a União, que concedeu a transferência de recursos (R$ ,00), esta é uma despesa de capital/transferência de capital. Para o município, que recebeu a transferência de recursos (R$ ,00), esta é uma receita de capital/transferência de capital. Vale ressaltar que este é o momento 1, isto é, o momento em que são realizadas as transferências. O momento 2 será quando o município começar a executar o objeto do convênio, ou seja, realizar a obra de construção do estádio de futebol. 56

57 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Classificação quanto às Categorias Econômicas (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens Art. 11, 3º 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) LOA (Superávit do Orçamento Corrente) Receitas Previstas Tributárias 700 Contribuições 150 Patrimoniais 50 Total RC 900 Total Dinheiro previsto 900 SOC = 100 Despesas Fixadas (Créditos Orçamentários) Pessoal 600 Serviços de Terceiros 200 Total DC 800 Aquisição de Imóveis 100 Total DK 100 Total Cartão de Crédito 900 Receita, de acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, da Público (MCASP), da STN Parte I Procedimentos Contábeis Orçamentários: 57

58 Receita Orçamentária O orçamento é um importante instrumento de planejamento de qualquer entidade, seja pública ou privada, e representa o fluxo previsto de ingressos e de aplicações de recursos em determinado período. A matéria pertinente à receita vem disciplinada no art. 3º, conjugado com o art. 57, e no at. 35 da Lei nº 4.320/64. Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros. [...] Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento. Lei nº 4.320/64: Art. 35*. Pertencem ao exercício financeiro: I as receitas nele arrecadadas; II as despesas nele legalmente empenhadas. Nota do Professor: É o denominado Regime Orçamentário Misto: Para receitas, regime orçamentário de caixa; Para despesas, regime orçamentário de competência. Atenção: é diferente de Regime Contábil. Para fins contábeis, quanto ao impacto na situação líquida patrimonial, a receita pode ser efetiva ou não efetiva : Receita Orçamentária Efetiva aquela que, no momento do reconhecimento do crédito, aumenta a situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo aumentativo. Receita Orçamentária Não Efetiva aquela que não altera a situação líquida patrimonial no momento do reconhecimento do crédito e, por isso, constitui fato contábil permutativo, como é o caso das operações de crédito. 58

59 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Receitas Em sentido amplo, os ingressos de recursos financeiros nos cofres do Estado denominam-se Receitas Públicas, registradas como Receitas Orçamentárias, quando representam disponibilidades de recursos financeiros para o erário, ou Ingressos Extraorçamentários, quando representam apenas entradas compensatórias. Em sentido estrito, chamam-se públicas apenas as receitas orçamentárias. O MCASP adota a definição no sentido estrito; dessa forma, quando houver citação ao termo Receita Pública, implica referência às Receitas Orçamentárias. Ingressos Extraorçamentários São recursos financeiros de caráter temporário e não integram a Lei Orçamentária Anual. O Estado é mero depositário desses recursos, que constituem passivos exigíveis e cujas restituições não se sujeitam à autorização legislativa. Exemplos: Depósitos em caução, fianças, operações de crédito por antecipação de receita orçamentária ARO, emissão de moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros. Receitas Orçamentárias São disponibilidades de recursos financeiros que ingressam durante o exercício orçamentário e constituem elemento novo para o patrimônio público. Instrumento por meio do qual se viabiliza a execução das políticas públicas, as receitas orçamentárias são fontes de recursos utilizadas pelo Estado em programas e ações cuja finalidade precípua é atender às necessidades públicas e demandas da sociedade. Essas receitas pertencem ao Estado, transitam pelo patrimônio do Poder Público, aumentamlhe o saldo financeiro, e, via de regra, por força do Princípio Orçamentário da Universalidade, estão previstas na Lei Orçamentária Anual (LOA). Nesse contexto, embora haja obrigatoriedade de a LOA registrar a previsão de arrecadação, a mera ausência formal do registro dessa previsão, no citado documento legal, não lhes retiram o caráter de orçamentárias, haja vista o art. 57 da Lei nº 4.320, de 1964, determinar classificar- -se como Receita Orçamentária toda receita arrecadada que porventura represente ingressos financeiros orçamentários, inclusive se provenientes de operações de crédito, exceto: operações de crédito por antecipação de receita (ARO), emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros. Quanto à coercitividade: OBSERVAÇÃO A doutrina classifica as receitas públicas, quanto à procedência*, em Originárias e Derivadas. 59

60 Essa classificação possui uso acadêmico e não é normatizada; portanto, não é utilizada como classificador oficial da receita pelo Poder Público. Nota do Professor: * É a chamada, pela doutrina, classificação quanto à coercitividade. Receitas públicas Originárias segundo a doutrina, seriam aquelas arrecadadas por meio da exploração de atividades econômicas pela Administração Pública. Resultariam, principalmente, de rendas do patrimônio mobiliário e imobiliário do Estado (receita de aluguel), de preços públicos (tarifas), de prestação de serviços comerciais e de venda de produtos industriais ou agropecuários. Receitas públicas Derivadas segundo a doutrina, seria a receita obtida pelo Poder Público por meio da soberania estatal. Decorreriam de imposição constitucional ou legal e, por isso, auferidas de forma impositiva, como, por exemplo, as receitas tributárias e as de contribuições especiais. Codificação da Receita CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA POR NATUREZA O 1º do art. 8º da Lei nº 4.320/1964 define que os itens da discriminação da receita, mencionados no art. 11 dessa lei, serão identificados por números de código decimal. Convencionou- -se denominar este código de natureza de receita. A fim de possibilitar identificação detalhada dos recursos que ingressam nos cofres públicos, essa classificação é formada por um código numérico de 8 dígitos que se subdivide em seis níveis: Categoria Econômica, Origem, Espécie, Rubrica, Alínea e Subalínea: C O E R AA SS Quando, por exemplo, o imposto de renda pessoa física é recolhido dos trabalhadores, aloca- -se a receita pública correspondente na Natureza de Receita código , segundo esquema abaixo: C O E R AA SS Onde: 1. Categoria Econômica: Receitas Correntes; 1. Origem: Tributária; 1. Espécie: Impostos; 2. Rubrica: Impostos sobre o patrimônio e a renda; 04. Alínea: Impostos sobre a renda e proventos de qualquer natureza; 10. Subalínea: Pessoas físicas 60

61 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Categoria Econômica da Receita Os 1º e 2º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, classificam as Receitas Orçamentárias em Receitas Correntes e Receitas de Capital. A codificação correspondente seria: CÓDIGO CATEGORIA ECONÔMICA 1 Receitas Correntes 2 Receitas de Capital 1. Receitas Correntes Receitas Orçamentárias Correntes são arrecadadas dentro do exercício financeiro, aumentam as disponibilidades financeiras do Estado, em geral com efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido e constituem instrumento para financiar os objetivos definidos nos programas e ações orçamentários, com vistas a satisfazer finalidades públicas. De acordo com o 1 º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, classificam-se como Correntes as receitas provenientes de Tributos; de Contribuições; da exploração do patrimônio estatal (Patrimonial); da exploração de atividades econômicas (Agropecuária, Industrial e de Serviços); de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes (Transferências Correntes); por fim, demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores (Outras Receitas Correntes). 2. Receitas de Capital Receitas Orçamentárias de Capital também aumentam as disponibilidades financeiras do Estado e são instrumentos de financiamento dos programas e das ações orçamentários, a fim de se atingirem as finalidades públicas. Porém, de forma diversa das Receitas Correntes, as Receitas de Capital em geral não provocam efeito sobre o Patrimônio Líquido. De acordo com o 2º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, com redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.939, de 20 de maio de 1982, Receitas de Capital são as provenientes tanto da realização de recursos financeiros oriundos da constituição de dívidas e da conversão, em espécie, de bens e direitos, quanto de recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado e destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital (Transferências de Capital). Receitas de Operações Intraorçamentárias Operações intraorçamentárias são aquelas realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do orçamento fiscal e do orçamento da seguridade social do mesmo ente federativo; por isso, não representam novas entradas de recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas movimentação de receitas entre seus órgãos. As receitas intraorçamentárias são a contrapartida das despesas classificadas na modalidade de aplicação 91 Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes do Orçamento Fiscal e do Orçamento da Seguridade Social que, devidamente 61

62 identificadas, possibilitam anulação do efeito da dupla contagem na consolidação das contas governamentais. Dessa forma, a fim de se evitar a dupla contagem dos valores financeiros objeto de operações Intraorçamentárias na consolidação das contas públicas, a Portaria Interministerial STN/SOF nº 338, de 26 de abril de 2006, incluiu as Receitas Correntes Intraorçamentárias e Receitas de Capital Intraorçamentárias, representadas, respectivamente, pelos códigos 7 e 8, em suas categorias econômicas. Essas classificações, segundo disposto pela Portaria que as criou, não constituem novas categorias econômicas de receita, mas apenas especificações das categorias econômicas Receita Corrente e Receita de Capital. Origem da Receita A origem é o detalhamento das categorias econômicas Receitas Correntes e Receitas de Capital, com vistas a identificar a natureza da procedência das receitas no momento em que ingressam no Orçamento Público. Os códigos da origem para as receitas correntes e de capital, de acordo com a Lei nº 4.320, de 1964, são: 1. RECEITAS CORRENTES 2. RECEITAS DE CAPITAL 1. Tributária 1. Operações de Crédito 2. Contribuições 2. Alienação de Bens 3. Patrimonial 3. Amortização de Empréstimos 4. Agropecuária 4. Transferências de Capital 5. Industrial 5. Outras Receitas de Capital 6. Serviços 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes 1. Receitas correntes 1. Receita Corrente Tributária Tributo é uma das origens da receita corrente na Classificação Orçamentária por Categoria Econômica. Quanto à procedência, trata-se de receita derivada cuja finalidade é obter recursos financeiros para o Estado custear as atividades que lhe são correlatas. Sujeitam-se aos princípios da reserva legal e da anterioridade da Lei, salvo exceções. O art. 3º do Código Tributário Nacional (CTN) define tributo da seguinte forma: 62

63 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado "Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada". O art. 5º do CTN e os incisos I, II e III do art. 145 da CF/88 tratam das espécies tributárias impostos, taxas e contribuições de melhoria. 2. Receita Corrente Contribuições Segundo a classificação orçamentária, Contribuições são origem da categoria econômica Receitas Correntes. As contribuições classificam-se nas seguintes espécies: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO CONTRIBUIÇÃO DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONÔMICAS CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA 3. Receita Corrente Patrimonial São receitas provenientes da fruição do patrimônio de ente público, como, por exemplo, bens mobiliários e imobiliários ou, ainda, bens intangíveis e participações societárias. São classificadas no orçamento como receitas correntes e de natureza patrimonial. Quanto à procedência, trata-se de receitas originárias. Podemos citar como espécie de receita patrimonial as compensações financeiras, concessões e permissões, dentre outras. 4. Receita Corrente Agropecuária São Receitas Correntes, constituindo, também, uma origem de receita específica na classificação orçamentária. Quanto à procedência, trata-se de uma Receita Originária, com o Estado atuando como empresário, em pé de igualdade como o particular. Decorrem da exploração econômica, por parte do ente público, de atividades agropecuárias, tais como a venda de produtos: agrícolas (grãos, tecnologias, insumos, etc.); pecuários (sêmens, técnicas em inseminação, matrizes, etc.); para reflorestamentos, etc. 5. Receita Corrente Industrial Trata-se de Receitas Correntes, constituindo outra origem específica na classificação orçamentária da receita. São Receitas Originárias, provenientes das atividades industriais exercidas pelo ente público. Encontram-se nessa classificação receitas provenientes de atividades econômicas, tais como: da indústria extrativa mineral; da indústria de transformação; da indústria de construção; e outras receitas industriais de utilidade pública. 63

64 6. Receita Corrente Serviços São Receitas Correntes cuja classificação orçamentária constitui origem específica, abrangendo as receitas decorrentes das atividades econômicas na prestação de serviços por parte do ente público, tais como: comércio, transporte, comunicação, serviços hospitalares, armazenagem, serviços recreativos, culturais, etc. Esses serviços são remunerados mediante preço público, também chamado de tarifa. Exemplos de naturezas orçamentárias de receita dessa origem são os seguintes: serviços comerciais; serviços de transporte; serviços portuários etc. 7. Receita Corrente Transferências Correntes Na ótica orçamentária, são recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado destinados a atender despesas de manutenção ou funcionamento relacionadas a uma finalidade pública específica, mas que não correspondam a uma contraprestação direta em bens e serviços a quem efetuou a transferência. Os recursos da transferência são vinculados à finalidade pública, e não à pessoa. Podem ocorrer a nível intragovernamental (dentro do âmbito de um mesmo governo) ou intergovernamental (governos diferentes, da União para Estados, do Estado para os Municípios, por exemplo), assim como podem ser recebidos de instituições privadas. Nas Transferências Correntes, podemos citar como exemplos as seguintes espécies: a) Transferências de Convênios: Recursos oriundos de convênios, com finalidade específica, firmados entre entidades públicas de qualquer espécie, ou entre elas e organizações particulares, para realização de objetivos de interesse comum dos partícipes e destinados a custear despesas correntes. b) Transferências de Pessoas: Compreendem as contribuições e doações que pessoas físicas realizem para a Administração Pública. 9. Receita Corrente Outras Receitas Correntes Neste título, inserem-se multas e juros de mora, indenizações e restituições, receitas da dívida ativa e as outras receitas não classificadas nas receitas correntes anteriores. Podemos citar como exemplos as seguintes espécies, dentre outras: Receitas de Multas Receitas da Dívida Ativa RECEITAS DE MULTAS As multas também são um tipo de receita pública, de caráter não tributário, constituindo-se em ato de penalidade de natureza pecuniária aplicado pela Administração Púbica aos administrados. Dependem, sempre, de prévia cominação em lei ou contrato, cabendo sua imposição ao respectivo órgão competente (poder de polícia). Conforme prescreve o 4º do art. 11 da Lei nº 64

65 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado 4.320, de 1964, as multas classificam-se como outras receitas correntes. Podem decorrer do descumprimento de preceitos específicos previstos na legislação pátria, ou de mora pelo não pagamento das obrigações principais ou acessórias nos prazos previstos. RECEITAS DA DÍVIDA ATIVA São os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, exigíveis em virtude do transcurso do prazo para pagamento. Esse crédito é cobrado por meio da emissão de certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, inscrita na forma da lei, com validade de título executivo. Isso confere à certidão da dívida ativa caráter líquido e certo, embora se admita prova em contrário. Dívida ativa tributária é o crédito da Fazenda Pública proveniente da obrigação legal relativa a tributos e aos respectivos adicionais, a atualizações monetárias, a encargos e a multas tributárias. Dívida ativa não tributária corresponde aos demais créditos da Fazenda Pública. As receitas decorrentes de dívida ativa tributária ou não tributária devem ser classificadas como Outras Receitas Correntes. 2. Receitas de Capital 1. Receita de capital Operações de crédito Origem de recursos da categoria econômica Receitas de Capital, são recursos financeiros oriundos da colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos obtidos junto a entidades públicas ou privadas, internas ou externas. São espécies desse tipo de receita: Operações de Crédito Internas; Operações de Crédito Externas; 2. Receita de capital Alienação de bens Origem de recursos da categoria econômica Receitas de Capital, são ingressos financeiros com origem específica na classificação orçamentária da receita proveniente da alienação de bens móveis ou imóveis de propriedade do ente público. Nos termos do artigo 44 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), é vedada a aplicação da receita de capital decorrente da alienação de bens e direitos que integrem o patrimônio público, para financiar despesas correntes, salvo as destinadas por lei aos regimes previdenciários geral e próprio dos servidores públicos. 3. Receita de Capital Amortização de Empréstimos São ingressos financeiros provenientes da amortização de financiamentos ou empréstimos concedidos pelo ente público em títulos e contratos. 65

66 Na classificação orçamentária da receita, são Receitas de Capital, origem específica amortização de empréstimos concedidos e representam o retorno de recursos anteriormente emprestados pelo poder público. Embora a amortização de empréstimos seja origem da categoria econômica Receitas de Capital, os juros recebidos, associados a esses empréstimos, são classificados em Receitas Correntes / de Serviços / Serviços Financeiros. 4. Receita de Capital Transferências de Capital Na ótica orçamentária, são recursos financeiros recebidos de outras pessoas de Direito público ou privado e destinados para atender despesas em investimentos ou inversões financeiras, a fim de satisfazer finalidade pública específica; sem corresponder, entretanto, à contraprestação direta ao ente transferidor. Os recursos da transferência ficam vinculados à finalidade pública e não à pessoa. Podem ocorrer a nível intragovernamental (dentro do âmbito de um mesmo governo) ou intergovernamental (governos diferentes, da União para Estados, do Estado para os Municípios, por exemplo), assim como recebidos de instituições privadas (do exterior e de pessoas). 5. Receita de Capital Outras Receitas de Capital São classificadas nessa origem as receitas de capital que não atendem às especificações anteriores; ou seja: na impossibilidade de serem classificadas nas origens anteriores. Codificação da Receita, de acordo com a Portaria STN/SOF nº 05/2015: 66

67 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado 67

68 68

69 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado 69

70 70

71 Questões 1. (ESAF Procurador TCE/GO 2007) As receitas públicas agrupam-se em duas grandes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. Nesse contexto, as operações de crédito constituem: a) Receita de Capital. b) Despesa de Capital. c) Transferência Corrente. d) Transferência de Capital. e) Receita Corrente. 2. (ESAF AUFC TCU 2006) Consoante o disposto na Lei Federal nº 4.320/64 a receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. Aponte a opção falsa com relação a esse tema. a) As Receitas de Capital são as provenientes de operações de crédito, cobrança de multas e juros de mora, alienação de bens, de amortização de empréstimos concedidos, de indenizações e restituições, de transferências de capital e de outras receitas de capital. b) São Receitas Correntes as receitas tributárias, patrimonial, agropecuária, industrial, de contribuições, de serviços e diversas e, ainda, as transferências correntes. c) Os tributos são receitas que a doutrina classifica como derivadas. d) Conceitua-se como Receita Tributária a resultante da cobrança de tributos pagos pelos contribuintes em razão de suas atividades, suas rendas e suas propriedades. e) Será considerada Receita de Capital o superávit do Orçamento Corrente, segundo disposição da Lei Federal nº 4.320/ (ESAF Analista de Finanças e Controle CGU 2002) A receita pública caracteriza-se como um ingresso de recursos ao patrimônio público. Assinale a opção que não é considerada como receita corrente: a) receita de contribuições. b) receita da conversão, em espécie, de bens e direitos. c) receita patrimonial. d) receita agropecuária. e) receita industrial. 4. (ESAF Técnico de Finanças e Controle CGU 2001) A Lei nº 4.320, de 17/03/1964, que estatui as normas gerais do Direito Financeiro, classifica as receitas públicas em receitas correntes e receitas de capital. Indique, entre as opções abaixo, aquela que representa corretamente as receitas de capital. a) Receitas tributárias, receitas dos contribuintes, receitas patrimoniais, transferências de capital e outras receitas de capital. b) Operações de crédito, alienação de bens, amortização de empréstimos, transferências de capital e outras receitas de capital. c) Operações de crédito, alienação de bens, receitas patrimoniais, receitas agropecuárias e receitas industriais. d) Receitas tributárias, receitas de serviços, amortizações de empréstimos, transferências de capital e outras receitas de capital. e) Operações de crédito, receitas tributárias, receitas patrimoniais, transferências de capital e outras receitas de capital. 71

72 5. (ESAF AFC/STN 2005) A receita na Administração Pública representa as operações de ingressos de recursos financeiros nos cofres públicos. Identifique a opção não pertinente em relação às receitas correntes. a) receitas imobiliárias b) receitas de contribuições sociais c) contribuição de melhoria d) receita de serviços e) alienação de bens móveis e imóveis 6. (ESAF Técnico de Nível Superior/SPU MPOG 2006) Assinale a opção que expressa, corretamente, uma receita de capital. a) a receita tributária. b) a receita patrimonial. c) a conversão, em espécie, de bens ou direitos. d) a receita industrial. e) a receita de serviços. 7. (ESAF Analista de Planejamento e Orçamento MPOG 2008) Segundo o Manual Técnico do Orçamento 2008, a classificação da receita por natureza busca a melhor identificação da origem do recurso, segundo seu fato gerador. Indique a opção incorreta quanto aos desdobramentos dessa receita. a) Sub-rubrica. b) Origem e espécie. c) Rubrica. d) Categoria econômica. e) Alínea e subalínea. 8. (ESAF Analista Administrativo ANA 2009) Classificam-se como Receitas Correntes Derivadas as receitas: a) de contribuições e de serviços. b) patrimonial, agropecuária e industrial. c) patrimonial, agropecuária, industrial e de serviços. d) tributária e de contribuições. e) tributária e de serviços. 9. (ESAF Analista de Finanças e Controle STN 2013) Identifique o conceito de receita pública que não é pertinente à sua definição. a) A multa é uma receita de caráter não tributário. b) As taxas são receitas tributárias. c) As receitas correntes aumentam a disponibilidade financeira do Estado, com efeito positivo no patrimônio líquido. d) Quanto às fontes de recursos, as receitas são classificadas em corrente e capital. e) As receitas de capital aumentam as disponibilidades do Estado, mas não provocam efeito sobre o patrimônio líquido. 10. (ESAF Analista de Finanças e Controle STN 2013) A receita pública derivada ou de economia pública é caracterizada pelo constrangimento legal para sua arrecadação. Sob esta classificação, identifique a única opção correta. a) Receitas de tributos. b) Receita de vendas de bens intermediários. c) Receita de prestação de serviços públicos. d) Receita de venda de bens finais. e) Receita de depósitos de terceiros. 11. (ESAF Analista Administrativo Contábil DNIT 2013) A respeito da classificação e contabilização das receitas orçamentárias de capital nos entes públicos, é correto afirmar: a) os ingressos recebidos como transferências de outros entes de direito pú- 72

73 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado blico são classificados como receitas de capital e pressupõem a contraprestação direta ao ente transferidor. b) os ingressos oriundos da alienação de bens móveis e imóveis pertencentes aos entes públicos são classificados e contabilizados como receita de capital, não sendo permitida a sua aplicação em despesas correntes. c) o recebimento de recursos oriundos da amortização de empréstimos concedidos tem seu principal classificado como receita de capital, enquanto os juros relacionados são classificados como receita corrente. d) as operações de créditos, tanto internas quanto externas, proporcionam a entrada de recursos no caixa do ente público, sendo que somente as da dívida mobiliária são classificadas e contabilizadas como receitas de capital. e) os ingressos decorrentes da atuação do Estado na atividade industrial são, por força de lei, classificados como despesas de capital. 12. (ESAF Analista Administrativo Contábil DNIT 2013) A respeito dos créditos relacionados à dívida ativa de que tratam a Lei n /1964, bem como seu reflexo no patrimônio do ente público, é correto afirmar, exceto: a) créditos que não de origem tributária podem ser inscritos em dívida ativa. b) os créditos não recebidos no exercício e inscritos em dívida ativa são reconhecidos como receita orçamentária somente no exercício do recebimento. c) quando o crédito a ser inscrito em dívida ativa estiver em moeda estrangeira, deverá ocorrer a conversão para moeda nacional na data da inscrição. d) os juros, as multas de mora e as atualizações incidentes sobre os créditos também constituem receitas da dívida ativa. e) no âmbito da União, a apuração e inscrição da dívida ativa devem ser realizadas pelos órgãos da administração detentores dos créditos. 13. (ESAF AFC/CGU Auditoria e Fiscalização 2006) No que diz respeito à receita pública, indique a opção falsa. a) A Lei nº 4.320/64 classifica receita pública em orçamentária e extraorçamentária, sendo que esta apresenta valores que não constam do orçamento. b) A receita orçamentária divide-se em dois grupos: correntes e de capital. c) As receitas correntes compreendem as receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, agropecuárias, industriais, de serviços, de alienação de bens, de transferências e outras. d) A receita pública é definida como os recursos auferidos na gestão, que serão computados na apuração do resultado financeiro e econômico do exercício. e) A receita extraorçamentária não pertence ao Estado, possuindo caráter de extemporaneidade ou de transitoriedade nos orçamentos. 14. (ESAF Analista de Planejamento e Orçamento MPOG 2008) A Receita da Administração Pública pode ser classificada nos seguintes aspectos: quanto à natureza, quanto ao poder de tributar, quanto à coercitividade, quanto à afetação patrimonial e quanto à regularidade. Quanto à sua regularidade, as receitas são desdobradas em: a) receitas efetivas e receitas por mutação patrimonial. b) receitas orçamentárias e receitas extraorçamentárias. c) receitas ordinárias e receitas extraordinárias. d) receitas originárias e receitas derivadas. 73

74 e) receitas de competência Federal, Estadual ou Municipal. Gabarito: 1. A 2. A 3. B 4. B 5. E 6. C 7. A 8. D 9. D 10. A 11. C 12. E 13. C 14. C 74

75 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado DESPESAS PÚBLICAS Classificação quanto à Natureza DESPESAS PÚBLICAS DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS Cauções devolvidas Retenções recolhidas Consignações recolhidas Pagamento de restos a Pagar (Art. 103, parágrafo único da Lei nº 4.320/64) Resgate de ARO Salários reclamados Depósitos judiciais sacados Pagamento dos serviços da dívida a pagar (Pagamento do RP da Dívida Pública ) Cauções Devolvidas Exemplo: EMPRESA X R$ ,00 (contrato de 12 meses) X 3% 3.600,00 C/C DO ÓRGÃO PÚBLICO 75

76 Balanço Patrimonial (quando a caução foi recebida) ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 3.600,00 SF = AF (-) PF SF = (-) SF = 0 PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Cauções a Devolver 3.600,00 (dinheiro em caráter temporário) (quando da devolução da caução) ATIVO Ativo Financeiro (AF): PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Bancos 3.600,00 Cauções a Devolver 3.600,00 (Foi desembolsado o dinheiro que estava em caráter temporário). DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS Cauções devolvidas Retenções recolhidas Consignações recolhidas Pagamento de restos a pagar (Art. 103, parágrafo único da Lei nº 4.320/64) Resgate de ARO Salários reclamados Depósitos judiciais sacados Pagamento dos serviços da dívida a pagar (Pagamento do RP da Dívida Pública ) 76

77 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Retenções e Consignações Recolhidas Folha de Pagamento de agosto/xxxx Recolhimento em setembro de xxxx Em setembro Valor Bruto R$ DARF GPS FATURA Retenção de IR Consignações: Previdência Plano de Saúde Valor Líquido ,00 ( ,00) ( ,00) ,00 Balanço Patrimonial Na apropriação da folha, reconhecendo as obrigações a pagar. ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 700 PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Salários a Pagar 300 Retenções a Recolher 200 Consignações a Recolher 200 No pagamento dos salários líquidos: ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 700 (300) 400 SF = AF (-) PF SF = 400 (-) 400 SF = 0 PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Salários a Pagar 300 Retenções a Recolher 200 Consignações a Recolher 200 (dinheiro em caráter temporário) 77

78 No recolhimento das retenções/consignações. ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 400 PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Retenções a Recolher 200 Consignações a Recolher 200 Foi desembolsado o dinheiro que estava em caráter temporário. DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS Cauções devolvidas Retenções recolhidas Consignações recolhidas Pagamento de restos a Pagar (Art. 103, parágrafo único da Lei nº 4.320/64) Resgate de ARO Salários reclamados Depósitos judiciais sacados Pagamento dos serviços da dívida a pagar (Pagamento do RP da Dívida Pública ) Balanço Patrimonial ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 5.000,00 PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Fornecedores 5.000,

79 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Balanço Patrimonial 31/12/x ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 5.000,00 SF = AF (-) PF (4.000,00) 1.000,00 SF = (-) PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Fornecedores 5.000,00 (4.000,00) Restos a Pagar 1.000,00 (dinheiro em caráter temporário) SF = 0 Balanço Patrimonial em x+1 ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 1.000,00 PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Restos a Pagar 1.000,00 (Foi desembolsado o dinheiro que estava em caráter temporário). Classificação quanto às Categorias Econômicas DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS DESPESAS CORRENTES (DC) Arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/64 DESPESAS DE CAPITAL (DK) - Custeio - Transferências Correntes - Investimentos (agrega valor ao PIB) Subvenções Sociais (Sem finalidade lucrativa) Subvenções Econômicas (Com finalidade lucrativa) - Inversões Financeiras (não altera o PIB) - Transferências de Capital 79

80 Classificação quanto às Categorias Econômicas DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS DESPESAS CORRENTES (DC) Arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/64 DESPESAS DE CAPITAL (DK) - Custeio - Transferências Correntes - Investimentos (agrega valor ao PIB) Subvenções Sociais (Sem finalidade lucrativa) Subvenções Econômicas (Com finalidade lucrativa) - Inversões Financeiras (não altera o PIB) - Transferências de Capital Despesas Correntes/Custeio Lei nº 4.320/64: Art. 12, 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. Art. 13. Observadas as categorias econômicas do art. 12, a discriminação ou especificação da despesa por elementos, em cada unidade administrativa ou órgão de governo, obedecerá ao seguinte esquema: DESPESAS CORRENTES Despesas de CUSTEIO Pessoal civil Pessoal militar Material de consumo Serviços de terceiros 80

81 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Classificação quanto às Categorias Econômicas DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS DESPESAS CORRENTES (DC) Arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/64 DESPESAS DE CAPITAL (DK) - Custeio - Transferências Correntes - Investimentos (agrega valor ao PIB) Subvenções Sociais (Sem finalidade lucrativa) Subvenções Econômicas (Com finalidade lucrativa) - Inversões Financeiras (não altera o PIB) - Transferências de Capital Despesas Correntes/Transferências Correntes Lei nº 4.320/64: Art. 12, 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas às quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manutenção de outras entidades de direito público ou privado. Transferências TRANSFERÊNCIAS CORRENTES: Exemplo: Foi firmado um convênio entre a União e um determinado município para aquisição de medicamentos para a rede pública municipal. A União repassará ao município um valor de R$ ,00 para a realização dessa compra (despesa corrente/custeio) ou (despesa corrente/ outras despesas correntes/aplicações diretas/material de consumo/ drogas e medicamentos = c.g.mm.ee.dd = xx). Para a União, que concedeu a transferência de recursos (R$ ,00), essa é uma despesa corrente/transferência corrente. Para o município, que recebeu a transferência de recursos (R$ ,00), esta é uma receita corrente/transferência corrente. 81

82 Vale ressaltar que este é o momento 1, isto é, o momento em que são realizadas as transferências. O momento 2 será quando o município começar a executar o objeto do convênio, ou seja, realizar a aquisição dos medicamentos. Lei nº 4.320/64: Art DESPESAS CORRENTES TRANSFERÊNCIAS CORRENTES Subvenções sociais Subvenções econômicas Inativos Pensionistas Salário família e abono familiar Juros da dívida pública Contribuições de previdência social Diversas transferências correntes 82

83 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Despesas Correntes/Transferências Correntes/ Subvenções Lei nº 4.320/64: Art. 12, 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta Lei, as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como: I subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural sem finalidade lucrativa; II subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. "I Das Subvenções Sociais Art. 16. Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras, a concessão de subvenções sociais visará à prestação essenciais de assistência social, médica e educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a esses objetivos revelar-se mais econômica. Parágrafo único. O valor das subvenções, sempre que possível, será calculado com base em unidades de serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados, obedecidos os padrões mínimos de eficiência previamente fixados. Art. 17. Somente à instituição, cujas condições de funcionamento forem julgadas satisfatórias pelos órgãos oficiais de fiscalização, serão concedidas subvenções. II Das Subvenções Econômicas Art. 18. A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica ou não, far-se-á mediante subvenções econômicas, expressamente incluídas nas despesas correntes do Orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal. Parágrafo único. Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas: a) as dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros materiais; b) as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais. Art. 19. A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, à empresa de fins lucrativos, salvo quando se tratar de subvenções cuja concessão tenha sido expressamente autorizada em lei especial. 83

84 Despesas de Capital/Investimentos Lei nº 4.320/64: Art. 12, 4º Classificam-se como Investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. Art DESPESAS DE CAPITAL INVESTIMENTOS Obras públicas Serviços em Regime de Programação Especial Equipamentos e instalações Material permanente Participação em constituição ou aumento de capital de empresas ou entidades industriais ou agrícolas 84

85 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Classificação quanto às Categorias Econômicas DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS DESPESAS CORRENTES (DC) Arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/64 DESPESAS DE CAPITAL (DK) - Custeio - Transferências Correntes - Investimentos (agrega valor ao PIB) Subvenções Sociais (Sem finalidade lucrativa) Subvenções Econômicas (Com finalidade lucrativa) - Inversões Financeiras (não altera o PIB) - Transferências de Capital Despesas de Capital/ Inversões Financeiras Lei nº 4.320/64: Art. 12, 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a: I aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; II aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento de capital; III constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros. Art DESPESAS DE CAPITAL INVERSÕES FINANCEIRAS Aquisição de imóveis Participação em constituição ou aumento de capital de empresas ou entidades comerciais ou financeiras Aquisição de títulos representativos de capital de empresas em funcionamento Constituição de fundos rotativos Concessão de empréstimos Diversas inversões financeiras 85

86 Despesas de Capital/Transferências de Capital Lei nº 4.320/64: Art. 12, 6º São transferências de capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especial anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública. Transferências TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL: Exemplo: Foi firmado um convênio entre a União e um determinado município para a construção de um estádio de futebol. A União repassará ao município um valor de R$ ,00 para a realização dessa obra (despesa de capital/investimentos) ou (despesa de capital/investimentos/ aplicações diretas/obras e instalações = c.g.mm.ee.dd = xx). Para a União, que concedeu a transferência de recursos (R$ ,00), esta é uma despesa de capital/transferência de capital. Para o município, que recebeu a transferência de recursos (R$ ,00), esta é uma receita de capital/transferência de capital. 86

87 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Vale ressaltar que este é o momento 1, isto é, o momento em que são realizadas as transferências. O momento 2 será quando o município começar a executar o objeto do convênio, ou seja, realizar a obra de construção do estádio de futebol. Art DESPESAS DE CAPITAL TRANSFERÊNCIA DE CAPITAL Amortização da dívida pública Auxílios para obras públicas Auxílios para equipamentos e instalações Auxílios para inversões financeiras Outras Contribuições DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS Classificação quanto às Categorias Econômicas A partir da Portaria STN/SOF nº 163/2001; MCASP (3) DESPESAS CORRENTES (DC) (4) DESPESAS DE CAPITAL (DK) 1 - Pessoal e Encargos Sociais 4 - Investimentos (agrega valor ao PIB) 2 - Juros e Encargos da Dívida 5 - Inversões Financeiras (não altera o PIB) 3 - Outras Despesas Correntes 6 - Amortização da Dívida Categoria Econômica da Despesa A despesa, assim como a receita, é classificada em duas categorias econômicas, com os seguintes códigos: CÓDIGO CATEGORIA ECONÔMICA 3 Despesas Correntes 4 Despesas de Capital 87

88 DESPESAS CORRENTES Classificam-se nessa categoria todas as despesas que não contribuem diretamente para a formação ou aquisição de um bem de capital. DESPESAS DE CAPITAL Classificam-se nessa categoria aquelas despesas que contribuem diretamente para a formação ou aquisição de um bem de capital. É importante observar que as despesas orçamentárias de capital mantêm uma correlação com o registro de incorporação de ativo imobilizado, intangível ou investimento (no caso dos grupos de natureza da despesa 4 investimentos e 5 inversões financeiras) ou o registro de desincorporação de um passivo (no caso do grupo de despesa 6 amortização da dívida). GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA (GND) É um agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto, conforme discriminado a seguir: 1 Pessoal e Encargos Sociais 2 Juros e Encargos da Dívida 3 Outras Despesas Correntes 4 Investimentos 5 Inversões Financeiras 6 Amortização da Dívida 1. Pessoal e Encargos Sociais Despesas orçamentárias com pessoal ativo e inativo e pensionistas, relativas a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência, conforme estabelece o caput do art. 18 da Lei Complementar nº 101, de Juros e Encargos da Dívida Despesas orçamentárias com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária. 3. Outras Despesas Correntes Despesas orçamentárias com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, além de outras despesas da categoria econômica "Despesas Correntes" não classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa. 88

89 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado 4. Investimentos Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. 5. Inversões Financeiras Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis nesse grupo. 6. Amortização da Dívida Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária. Observação: A Reserva de Contingência e a Reserva do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), destinadas ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos, bem como eventos fiscais imprevistos, inclusive a abertura de créditos adicionais, serão classificadas, no que se refere ao grupo de natureza de despesa, com o código "9". Codificação da Despesa CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA POR NATUREZA A classificação da despesa orçamentária, segundo a sua natureza, compõe-se de: I Categoria Econômica; II Grupo de Natureza da Despesa; e III Elemento de Despesa. A natureza da despesa será complementada pela informação gerencial denominada modalidade de aplicação, a qual tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro Ente da Federação e suas respectivas entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados. ESTRUTURA DA NATUREZA DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA O conjunto de informações que constitui a natureza de despesa orçamentária forma um código estruturado que agrega a categoria econômica, o grupo, a modalidade de aplicação e o elemento. Essa estrutura deve ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de governo. 89

90 O código da natureza de despesa orçamentária é composto por seis dígitos, desdobrado até o nível de elemento ou, opcionalmente, por oito, contemplando o desdobramento facultativo do elemento. A classificação da Reserva de Contingência bem como a Reserva do Regime Próprio de Previdência Social, quanto à natureza da despesa orçamentária, serão identificadas com o código , conforme estabelece o parágrafo único do art. 8º da Portaria Interministerial STN/ SOF nº 163, de A estrutura formada por código numérico de 8 dígitos é: Categoria Econômica, Grupo de Natureza da Despesa, Modalidade de Aplicação, Elemento da Despesa, Desdobramento Facultativo do Elemento de Despesa: c.g.mm.ee.dd Categoria Econômica da Despesa A despesa, assim como a receita, é classificada em duas categorias econômicas, com os seguintes códigos: CÓDIGO CATEGORIA ECONÔMICA 3 Despesas Correntes 4 Despesas de Capital GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA (GND) É um agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto, conforme discriminado a seguir: 1 Pessoal e Encargos Sociais 2 Juros e Encargos da Dívida 3 Outras Despesas Correntes 4 Investimentos 5 Inversões Financeiras 6 Amortização da Dívida 90

91 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado MODALIDADE DE APLICAÇÃO A modalidade de aplicação tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de governo ou por outro ente da Federação e suas respectivas entidades. Indica se os recursos serão aplicados diretamente pela unidade detentora do crédito ou mediante transferência para entidades públicas ou privadas. A modalidade também permite a eliminação de dupla contagem no orçamento. Alguns exemplos: 20 TRANSFERÊNCIAS À UNIÃO 30 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL 40 TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS 50 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS 60 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS COM FINS LUCRATIVOS 70 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES MULTIGOVERNAMENTAIS 80 TRANSFERÊNCIAS AO EXTERIOR 90 APLICAÇÕES DIRETAS 91 APLICAÇÃO DIRETA DECORRENTE DE OPERAÇÃO ENTRE ÓRGÃOS, FUNDOS E ENTIDA- DES INTEGRANTES DOS ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL 99 A DEFINIR Existem outros códigos de modalidade de aplicação, como: 22 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA À UNIÃO 31 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL FUNDO A FUNDO 32 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL 41 TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS FUNDO A FUNDO 42 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A MUNICÍPIOS 71 TRANSFERÊNCIAS A CONSÓRCIOS PÚBLICOS 72 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A CONSÓRCIOS PÚBLICOS 90 Aplicações Diretas Aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela alocados ou oriundos de descentralização de outras entidades integrantes ou não dos Orçamentos Fiscal ou da Seguridade Social, no âmbito da mesma esfera de governo. 91 Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social Despesas orçamentárias de órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes 91

92 da aquisição de materiais, bens e serviços, pagamento de impostos, taxas e contribuições, além de outras operações, quando o recebedor dos recursos também for órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou outra entidade constante desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera de Governo. Receitas de Operações Intraorçamentárias: Operações intraorçamentárias são aquelas realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do orçamento fiscal e do orçamento da seguridade social do mesmo ente federativo; por isso, não representam novas entradas de recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas movimentação de receitas entre seus órgãos. As receitas intraorçamentárias são a contrapartida das despesas classificadas na modalidade de aplicação 91 Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes do Orçamento Fiscal e do Orçamento da Seguridade Social que, devidamente identificadas, possibilitam anulação do efeito da dupla contagem na consolidação das contas governamentais. ELEMENTO DE DESPESA Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros que a administração pública utiliza para a consecução de seus fins. Alguns exemplos: 01 Aposentadorias e Reformas 03 Pensões 11 Vencimentos e Vantagens Fixas Pessoal Civil 13 Obrigações Patronais 14 Diárias Civil 15 Diárias Militar 30 Material de Consumo 33 Passagens e Despesas com Locomoção 36 Outros Serviços de Terceiros Pessoa Física 39 Outros Serviços de Terceiros Pessoa Jurídica 51 Obras e Instalações 52 Equipamentos e Material Permanente 61 Aquisição de Imóveis 92

93 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado DESDOBRAMENTO FACULTATIVO DO ELEMENTO DA DESPESA Conforme as necessidades de escrituração contábil e o controle da execução orçamentária, fica facultado, por parte de cada ente, o desdobramento dos elementos de despesa. Codificação da Despesa Exemplo: 1. Despesas com Vencimentos e Vantagens Fixas de Pessoal. Onde: 3. Categoria Econômica: Despesas Correntes; c g mm ee dd xx 1. grupo de natureza da despesa: Pessoal e Encargos Sociais; 90. mmodalidade de aplicação: Aplicação Direta; 11. eelemento de despesa: Vencimentos e Vantagens Fixas de Pessoal; xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa. Exemplo: 2. Despesas com aquisições de materiais de consumo (medicamentos, merendas, material de limpeza, material de copa e cozinha, material de expediente, etc.) Onde: 3. Categoria Econômica: Despesas Correntes; c g mm ee dd xx 3. grupo de natureza da despesa: Outras Despesas Correntes; 90. mmodalidade de aplicação: Aplicação Direta; 30. eelemento de despesa: Material de Consumo; xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa. 93

94 Exemplo: 3. Despesas com contratações de Serviços de Terceiros de Pessoa Jurídica (fornecimento de Energia Elétrica, de água, de telefonia, de gás, manutenção dos elevadores, etc.) Onde: 3. Categoria Econômica: Despesas Correntes; c g mm ee dd xx 3. grupo de natureza da despesa: Outras Despesas Correntes; 90. mmodalidade de aplicação: Aplicação Direta; 39. eelemento de despesa: Outros Serviços de Terceiros Pessoa Jurídica; xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente Público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa. Exemplo: 4. Despesas com Obras e Instalações (construção de rodovias, construção de escolas, construção de hospitais, etc.) Onde: 4. Categoria Econômica: Despesas de Capital; c g mm ee dd xx 4. grupo de natureza da despesa: Investimentos; 90. mmodalidade de aplicação: Aplicação Direta; 51. eelemento de despesa: Obras e Instalações; xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa. Exemplo: 5. Despesas com aquisições de Equipamentos e Materiais Permanentes (ambulâncias, veículos oficiais, tratores, computadores, mobiliário em geral, carteiras escolares, etc.) c g mm ee dd xx Onde: 4. Categoria Econômica: Despesas de Capital; 4. grupo de natureza da despesa: Investimentos; 94

95 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado 90. mmodalidade de aplicação: Aplicação Direta; 52. eelemento de despesa: Equipamentos e Materiais Permanentes; xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa. Exemplo: 6. Despesas com aquisições de Equipamentos e Materiais Permanentes USADOS, de SEGUN- DA MÃO (ambulâncias, veículos oficiais, tratores, computadores, mobiliário em geral, carteiras escolares, etc.) Onde: 4. Categoria Econômica: Despesas de Capital; c g mm ee dd xx 5. grupo de natureza da despesa: Inversões Financeiras; 90. mmodalidade de aplicação: Aplicação Direta; 52. eelemento de despesa: Equipamentos e Materiais Permanentes; xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa. Exemplo: 7. Despesas com Aquisição de Imóveis (não* necessários à execução de obras públicas) *Basta constar Aquisição de Imóveis. Para considerar como Despesas de Capital/Investimentos tem constar vir a observação necessário à execução de obras. c g mm ee dd xx 4. Categoria Econômica: Despesas de Capital; 5. grupo de natureza da despesa: Inversões Financeiras; 90. mmodalidade de aplicação: Aplicação Direta; 61. eelemento de despesa: Aquisição de Imóveis; xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa. 95

96 Exemplo: 8. Foi firmado um convênio entre a União e um determinado município para aquisição de medicamentos para a rede pública municipal. A União repassará ao município um valor de R$ ,00 para a realização dessa compra TRANSFERÊNCIAS CORRENTES: Para a União, que concedeu a transferência de recursos (R$ ,00), essa é uma despesa corrente/transferência corrente. 3. Categoria Econômica: Despesas Correntes; c g mm ee dd xx 3. grupo de natureza da despesa: Outras Despesas Correntes; 40. mmodalidade de aplicação: Transferências a Municípios; 30. eelemento de despesa: Material de Consumo; xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa. Exemplo: 9. Foi firmado um convênio entre a União e um determinado município para a construção de um estádio de futebol. A União repassará ao município um valor de R$ ,00 para a realização dessa obra. TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL: Para a União, que concedeu a transferência de recursos (R$ ,00), essa é uma despesa de capital/transferência de capital. 4. Categoria Econômica: Despesas de Capital; c g mm ee dd xx 4. grupo de natureza da despesa: Investimentos; 40. mmodalidade de aplicação: Transferências a Municípios; 51. eelemento de despesa: Obras e Instalações; xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa. 96

97 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado PARA LEITURA Despesa, de acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), da STN Parte I Procedimentos Contábeis Orçamentários: No processo de aquisição de bens ou serviços por parte do ente da federação, é necessário observar alguns passos para que se possa proceder à adequada classificação quanto à natureza de despesa e garantir que a informação contábil seja fidedigna. 1º Passo Identificar se o registro do fato é de caráter orçamentário ou extraorçamentário. Orçamentários As despesas de caráter orçamentário necessitam de recurso público para sua realização e constituem instrumento para alcançar os fins dos programas governamentais. É exemplo de despesa de natureza orçamentária a contratação de bens e serviços para realização de determinação ação, como serviços de terceiros, pois se faz necessária a emissão de empenho para suportar esse contrato. Extraorçamentários são aqueles decorrentes de: I Saídas compensatórias no ativo e no passivo financeiro representam desembolsos de recursos de terceiros em poder do ente público, tais como: a) Devolução dos valores de terceiros (cauções/depósitos) a caução em dinheiro constitui uma garantia fornecida pelo contratado e tem como objetivo assegurar a execução do contrato celebrado com o poder público. Ao término do contrato, se o contratado cumpriu com todas as obrigações, o valor será devolvido pela administração pública. Caso haja execução da garantia contratual, para ressarcimento da Administração pelos valores das multas e indenizações a ela devidos, será registrada a baixa do passivo financeiro em contrapartida a receita orçamentária. b) Recolhimento de consignações/retenções são recolhimentos de valores anteriormente retidos na folha de salários de pessoal ou nos pagamentos de serviços de terceiros; c) Pagamento das operações de crédito por Antecipação de Receita Orçamentária (ARO) conforme determina a LRF, as antecipações de receitas orçamentárias para atender a insuficiência de caixa deverão ser quitadas até o dia 10 de dezembro de cada ano. Tais pagamentos não necessitam de autorização orçamentária para que sejam efetuados; d) Pagamentos de salário-família, salário-maternidade e auxílio-natalidade os benefícios da Previdência Social adiantados pelo empregador, por força de lei, têm natureza extraorçamentária e, posteriormente, serão objeto de compensação ou restituição. II Pagamento de Restos a Pagar são as saídas para pagamentos de despesas empenhadas em exercícios anteriores. Se o desembolso é orçamentário, ir para o próximo passo. 2º Passo Identificar a categoria econômica da despesa orçamentária, verificando se é uma despesa corrente ou de capital, conforme conceitos dispostos no item deste Manual. 3. Despesas Correntes; e 4. Despesas de Capital. 97

98 Conforme já mencionado, as despesas de capital ensejam o registro de incorporação de ativo imobilizado, intangível ou investimento (no caso dos grupos de despesa 4 investimentos e 5 inversões financeiras) ou o registro de desincorporação de um passivo (no caso do grupo de despesa 6 amortização da dívida). 3º Passo Observada a categoria econômica da despesa, o próximo passo é verificar o grupo de natureza da despesa orçamentária, conforme conceitos estabelecidos no item deste Manual. 1. Pessoal e Encargos Sociais; 2. Juros e Encargos da Dívida; 3. Outras Despesas Correntes; 4. Investimentos; 5. Inversões Financeiras; e 6. Amortização da Dívida. Para efeito de classificação, as Reservas do RPPS e de Contingência serão identificadas como grupo 9, todavia não são passíveis de execução, servindo de fonte para abertura de créditos adicionais, mediante os quais se dará efetivamente a despesa que será classificada nos respectivos grupos. 4º Passo Por fim, far-se-á a identificação do elemento de despesa, ou seja, o objeto fim do gasto, de acordo com as descrições dos elementos constantes no item deste Manual. Normalmente, os elementos de despesa guardam correlação com os grupos, mas não há impedimento para que um elemento típico de despesa corrente esteja relacionado a um grupo de despesa de capital. Seguem exemplos (não exaustivos): GRUPOS 1 Pessoal e Encargos Sociais EXEMPLOS DE COMBINAÇÕES COM OS ELEMENTOS 01 Aposentadorias e Reformas 03 Pensões 04 Contratação por Tempo Determinado 05 Outros Benefícios Previdenciários 11 Vencimentos e Vantagens Fixas Pessoal Civil 13 Obrigações Patronais 16 Outras Despesas Variáveis Pessoal Civil 17 Outras Despesas Variáveis Pessoal Militar GRUPOS 2 Juros e Encargos da Dívida EXEMPLOS DE COMBINAÇÕES COM OS ELEMENTOS 21 Juros sobre a Dívida por Contrato 22 Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato 23 Juros, Deságios e Descontos da Dív. Mobiliária 24 Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária 98

99 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado GRUPOS 3 Outras Despesas Correntes EXEMPLOS DE COMBINAÇÕES COM OS ELEMENTOS 30 Material de Consumo 32 Material de Distribuição Gratuita 33 Passagens e Despesas com Locomoção 35 Serviços de Consultoria 36 Outros Serviços de Terceiros Pessoa Física 37 Locação de Mão de Obra 38 Arrendamento Mercantil 39 Outros Serviços de Terceiros Pessoa Jurídica GRUPOS 4 Investimentos EXEMPLOS DE COMBINAÇÕES COM OS ELEMENTOS 30 Material de Consumo 33 Passagens e Despesas com Locomoção 51 Obras e Instalações 52 Equipamentos e Material Permanente 61 Aquisição de Imóveis GRUPOS 5 Inversões Financeiras EXEMPLOS DE COMBINAÇÕES COM OS ELEMENTOS 61 Aquisição de Imóveis 63 Aquisição de Títulos de Crédito 64 Aquis. Títulos Repr. Capital já Integralizado GRUPOS 6 Amortização da Dívida EXEMPLOS DE COMBINAÇÕES COM OS ELEMENTOS 71 Principal da Dívida Contratual Resgatado 72 Principal da Dívida Mobiliária Resgatado 73 Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Resgatada 99

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101 Questões 1. (ESAF Analista de Planejamento e Orçamento MPOG 2008) Com base no Manual Técnico do Orçamento 2008, a despesa é classificada em duas categorias econômicas: despesas correntes e despesas de capital. Aponte a única opção incorreta no que diz respeito à Despesa. a) Classificam-se em despesas correntes todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. b) Investimentos são despesas com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. c) Agrupam-se em amortização da dívida as despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna ou externa. d) São incluídas em inversões financeiras as despesas com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização. e) Classificam-se em despesas de capital aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, incluindo-se as despesas com o pagamento de juros e comissões de operações de crédito internas. 2. (ESAF Analista de Finanças e Controle STN 2013) Entre as opções abaixo, indique a despesa que não corresponde à classificação das Despesas Correntes, segundo a classificação orçamentária brasileira. a) Salário-família. b) Serviços de consultoria. c) Amortização da dívida pública interna. d) Juros e encargos da dívida pública externa. e) Aquisição de material de consumo. 3. (ESAF Auditor TCE/GO 2007) A dotação orçamentária destinada a amortização da dívida pública externa classifica- -se como: a) transferência corrente. b) transferência de capital. c) inversão financeira. d) despesa de custeio. e) investimento. 4. (ESAF Analista Contábil-Financeiro SE- FAZ/CE 2007) Despesas Correntes segundo a classificação orçamentária brasileira são aquelas efetuadas para a manutenção dos serviços anteriormente criados na Administração Pública. Aponte a única despesa que não pertence a esse grupo. a) Pessoal e encargos sociais. b) Conservação e adaptação de bens imóveis. c) Subvenções sociais. d) Salário família. e) Aquisição de instalações. 5. (ESAF Procurador da Fazenda Nacional 2012) Suponha-se que a União pretenda adquirir o imóvel onde atualmente está instalada, mediante contrato de aluguel, a sede da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Nesse caso, a despesa pública será classificada como: 101

102 a) despesa corrente, por destinada à manutenção de serviço anteriormente criado. b) transferência corrente, por destinada à manutenção de entidade de direito público. c) investimento, por acarretar aumento patrimonial. d) inversão financeira, por destinada à aquisição de imóvel. e) transferência de capital, por implicar diminuição da dívida pública. 6. (ESAF AUFC TCU 2006) Identifique a opção falsa com relação à classificação da despesa pública segundo a natureza, contida na Portaria Interministerial n. 163, de 4 de maio de 2001, a ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de governo. a) Categoria econômica. b) Grupo de natureza da despesa. c) Elemento de despesa. d) Modalidade de aplicação. e) Desdobramento obrigatório do elemento de despesa. 7. (ESAF AFC/STN Contábil Financeiro 2005) Segundo o que dispõe a Portaria Interministerial STN/SOF n 163, de , na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à natureza, deverá ser feita: a) obrigatoriamente por sub-elemento de despesa. b) somente por categoria econômica e grupo de despesa. c) somente por categoria econômica. d) por categoria econômica e elemento de despesa. e) no mínimo por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação. 8. (ESAF Analista Administrativo Contábil DNIT 2013) Assinale a opção em que a operação caracteriza-se por ser uma despesa orçamentária de capital e constitui-se em uma despesa efetiva para o ente público. a) Aquisição de veículo para posterior doação. b) Pagamento de juros da dívida contratual. c) Baixa de bem móvel por ter se tornado inservível. d) Aquisição de terreno para a construção de imóvel. e) Transferências de capital. 9. (ESAF AFC/CGU Correição 2006) Na classificação da despesa pública segundo a natureza, no Brasil, um Grupo de Natureza da Despesa agrega os elementos de despesa com a mesma característica quanto ao objeto de gasto. Identifique qual despesa não pertence a esse grupo. a) Pessoal e encargos sociais. b) Investimentos. c) Amortização de empréstimos. d) Inversões financeiras. e) Juros e encargos da dívida. 10. (ESAF Analista Contábil-Financeiro SE- FAZ/CE 2007) Assinale a opção falsa em relação às características da classificação econômica da despesa estabelecidas pela Lei n /64 e Portaria STN/SOF n. 163/2001. a) O primeiro dígito do código da natureza da despesa indica que a despesa é classificada como corrente ou de capital. b) A origem dos recursos, em termos tributários, está presente na classificação. c) A modalidade aplicação 40 significa que os recursos são destinados a transferências para municípios

103 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado d) A despesa de pessoal identifica-se na classificação econômica da despesa. e) A indicação de que os recursos são destinados à aquisição de serviços identifica-se pelo elemento de despesa. 11. (ESAF Analista Administração e Finanças SUSEP 2010) O administrador público federal, ao elaborar o orçamento nas modalidades de aplicação 30, 40, 50 e 90, está sinalizando para a sociedade que: a) a estratégia na aplicação dos recursos prioriza a região onde se localiza a entidade, embora mediante transferência. b) a estratégia será entregar os recursos a outra entidade pública da mesma esfera de governo e que a aplicação ocorrerá sob sua supervisão. c) a estratégia, na realização da despesa, será transferir os recursos a estados, municípios e entidades privadas, bem como aplicar, ela mesma, parte destes. d) a entidade possui projetos e atividades tanto da área fim quanto da área meio. e) os bens e serviços a serem adquiridos serão utilizados pela própria entidade no desempenho de suas atividades. 12. (ESAF Técnico de Nível Superior ENAP/ MPOG 2006) A despesa pública brasileira pode ser classificada segundo categorias econômicas, grupos de despesa e modalidades de aplicação. Identifique a única opção que não pertence aos grupos de natureza de despesa. a) Pessoal e Encargos. b) Juros e Encargos da Dívida Pública. c) Outras Despesas Correntes. d) Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos. e) Inversões Financeiras e Amortização da Dívida Pública. 13. (ESAF APOFP SEFAZ/SP 2009) Assinale a opção falsa a respeito da conceituação e classificação da despesa orçamentária brasileira. a) A devolução de depósitos feitos em garantia é uma despesa que transita pelo orçamento, embora sem afetar a situação patrimonial líquida. b) A despesa orçamentária nem sempre é uma despesa de caráter econômico, ou seja, não afeta a situação patrimonial líquida. c) O consumo de um ativo do ente público pode não decorrer de uma despesa orçamentária. d) Na classificação econômica da despesa, utiliza-se complementarmente a modalidade de aplicação para determinar se os recursos foram aplicados pela mesma esfera de governo ou se foram transferidos. e) Na classificação econômica, os grupos de despesa têm a finalidade de agrupar as despesas que apresentam as mesmas características em relação ao objeto do gasto. 14. (ESAF Analista Administração e Finanças SUSEP 2010) A respeito dos dispêndios extraorçamentários, também conhecidos como despesa extraorçamentária, é correto afirmar: a) toda baixa no patrimônio não prevista na lei orçamentária é um dispêndio extraorçamentário. b) a saída de recursos a título extraorçamentário não se observa nas entidades da administração direta em razão de estarem submetidas à lei orçamentária anual. c) os dispêndios, quando ocorrem, advêm de ingressos extraorçamentários do mesmo exercício. d) os dispêndios extraorçamentários estão relacionados sempre com as operações da atividade fim da entidade

104 e) não alteram a situação patrimonial líquida, visto que são oriundos de fatos contábeis permutativos. Gabarito: 1. E 2. C 3. B 4. E 5. D 6. E 7. E 8. E 9. C 10. B 11. C 12. D 13. A 14. E 104

105 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado CLASSIFICAÇÕES INSTITUCIONAL, FUNCIONAL E PROGRAMÁTICA DA DESPESA PÚBLICA CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL A classificação institucional reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. Alguns exemplos de órgão orçamentário e unidade orçamentária do Governo Federal: ÓRGÃO Ministério da Educação UNIDADE ORÇAMENTÁRIA Universidade Federal de Pernambuco Fundação Universidade Federal de Ouro Preto Escola Agrotécnica Federal de Manaus ÓRGÃO Ministério da Justiça UNIDADE ORÇAMENTÁRIA Departamento de Polícia Rodoviária Federal Fundo Nacional de Segurança Pública ÓRGÃO Ministério dos Transportes UNIDADE ORÇAMENTÁRIA Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias (art. 14 da Lei nº 4.320/1964). Os órgãos orçamentários, por sua vez, correspondem a agrupamentos de unidades orçamentárias. As dotações são consignadas às unidades orçamentárias, responsáveis pela realização das ações. No caso do Governo Federal, o código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à unidade orçamentária. Não há ato que a estabeleça, sendo definida no contexto da elaboração da lei orçamentária anual ou da abertura de crédito especial

106 XX Órgão Orçamentário XXX Unidade Orçamentária Orçamento Min. Transportes/DNIT N.D (c.g.mm.ee.) Programa de Trabalho: Ano: 20xx Descrição Valor (R$) Vencimentos e Vantagens Fixas de Pessoal , Material de Consumo , Outros Serviços de Terceiros Pessoa Jurídica , Despesas de Exercícios Anteriores , Obras e Instalações , Equipamentos e Materiais Permanentes ,00 Total ,00 Classificação Funcional-Programática da Despesa Pública (Portaria nº 42/99 do MPOG) A classificação funcional é composta de: Função e Subfunção. Art. 1º As funções a que se refere o art. 2º, inciso I, da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964, discriminadas no Anexo 5 da mesma Lei, e alterações posteriores, passam a ser as constantes do Anexo que acompanha esta Portaria. 1º Como função, deve entender-se o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público. Função: 26 (Transporte) Subfunção: 782 (Transporte Rodoviário); N.D (c.g.mm.ee.) Programa de Trabalho: Ano: 20xx Descrição Valor (R$) Vencimentos e Vantagens Fixas de Pessoal , Material de Consumo , Outros Serviços de Terceiros Pessoa Jurídica , Despesas de Exercícios Anteriores , Obras e Instalações , Equipamentos e Materiais Permanentes ,00 Total ,

107 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Orçamento Min. Transportes/DNIT Programa de Trabalho: Ano: 20xx 39 Ministério dos Transportes Órgão 252 Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) 26 Transportes Função 782 Transporte Rodoviário Subfunção Unidade Orçamentária 0663 Segurança nas Rodovias Federais Nome do Programa 2324 Manutenção da Sinalização Rodoviária Ação (Atividade) 0002 Rio de Janeiro Localização Geográfica Função: 12 (Educação) Subfunção: 364 (Ensino Superior); N.D (c.g.mm.ee.) Programa de Trabalho: XXXX.XXXX.XXXX Ano: 20xx Descrição Valor (R$) Vencimentos e Vantagens Fixas de Pessoal , Material de Consumo , Outros Serviços de Terceiros Pessoa Jurídica , Despesas de Exercícios Anteriores , Obras e Instalações , Equipamentos e Materiais Permanentes ,00 Total ,00 Orçamento Min. Educação/UFPE Programa de Trabalho: XXXX.XXXX.XXXX Ano: 20xx 26 Ministério da Educação Órgão 242 Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Unidade Orçamentária 12 Educação Função 364 Ensino Superior Subfunção XXXX [...] Nome do Programa XXXX [...] Ação (Atividade) XXXX [...] Localização Geográfica 107

108 Classificação Funcional-Programática da Despesa Pública (Portaria nº 42/99 do MPOG) 2º A função "Encargos Especiais" engloba as despesas em relação às quais não se possa associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. 3º A subfunção representa uma partição da função, visando a agregar determinado subconjunto de despesa do setor público. 4º As subfunções poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam vinculadas, na forma do Anexo a esta Portaria. Funcional (Art. 1º ): Função É o maior nível de agregação da despesa. Ex.: saúde, educação, transporte, habitação, etc. Subfunção É uma partição da função. Ex.: Função: transporte. Subfunções: transporte aéreo; transporte rodoviário. Classificação Funcional-Programática da Despesa Pública (Portaria nº 42/99 do MPOG) FUNÇÕES 01 Legislativa 02 Judiciária 03 Essencial à Justiça 04 Administração 031 Ação Legislativa 032 Controle Externo SUBFUNÇÕES 061 Ação Judiciária 062 Defesa do Interesse Público no Processo Judiciário 091 Defesa da Ordem Jurídica 092 Representação Judicial e Extrajudicial 121 Planejamento e Orçamento 122 Administração Geral 123 Administração Financeira 124 Controle Interno 125 Normatização e Fiscalização 126 Tecnologia da Informação 127 Ordenamento Territorial 128 Formação de Recursos Humanos 129 Administração de Receitas 130 Administração de Concessões 131 Comunicação Social 108

109 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado FUNÇÕES 05 Defesa Nacional 06 Segurança Pública 07 Relações Exteriores 08 Assistência Social 09 Previdência Social 10 Saúde 11 Trabalho 12 Educação 13 Cultura 14 Direitos da Cidadania 15 Urbanismo 16 Habitação 151 Defesa Área 152 Defesa Naval 153 Defesa Terrestre SUBFUNÇÕES 181 Policiamento 182 Defesa Civil 183 Informação e Inteligência 211 Relações Diplomáticas 212 Cooperação Internacional 241 Assistência ao Idoso 242 Assistência ao Portador de Deficiência 243 Assistência à Criança e ao Adolescente 244 Assistência Comunitária 271 Previdência Básica 272 Previdência do Regime Estatutário 273 Previdência Complementar 274 Previdência Especial 301 Atenção Básica 302 Assistência Hospitalar e Ambulatorial 303 Suporte Profilático e Terapêutico 304 Vigilância Sanitária 305 Vigilância Epidemiológica 306 Alimentação e Nutrição 331 Proteção e Benefícios ao Trabalhador 332 Relações de Trabalho 333 Empregabilidade 334 Fomento ao Trabalho 361 Ensino Fundamental 362 Ensino Médio 363 Ensino Profissional 364 Ensino Superior 365 Educação Infantil 366 Educação de Jovens e Adultos 367 Educação Especial 391 Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico 392 Difusão Cultural 421 Custódia e Reintegração Social 422 Direitos Individuais, Coletivos e Difusos 423 Assistência aos Povos Indígenas 451 Infraestrutura Urbana 452 Serviços Urbanos 453 Transportes Coletivos Urbanos 481 Habitação Rural 482 Habitação Urbana 109

110 FUNÇÕES 17 Saneamento 18 Gestão Ambiental 19 Ciência e Tecnologia 20 Agricultura 21 Organização Agrária 22 Indústria 23 Comércio e Serviços 24 Comunicações 25 Energia 26 Transporte 27 Desporto e Lazer SUBFUNÇÕES 511 Saneamento Básico Rural 512 Saneamento Básico Urbano 541 Preservação e Conservação Ambiental 542 Controle Ambiental 543 Recuperação de Áreas Degradadas 544 Recursos Hídricos 545 Meteorologia 571 Desenvolvimento Científico 572 Desenvolvimento Tecnológico e Engenharia 573 Difusão do Conhecimento Científico e Tecnológico 601 Promoção da Produção Vegetal 602 Promoção da Produção Animal 603 Defesa Sanitária Vegetal 604 Defesa Sanitária Animal 605 Abastecimento 606 Extensão Rural 607 Irrigação 631 Reforma Agrária 632 Colonização 661 Promoção Industrial 662 Produção Industrial 663 Mineração 664 Propriedade Industrial 665 Normalização e Qualidade 691 Promoção Comercial 692 Comercialização 693 Comércio Exterior 694 Serviços Financeiros695 Turismo 721 Comunicações Postais 722 Telecomunicações 751 Conservação de Energia 752 Energia Elétrica 753 Petróleo 754 Álcool 781 Transporte Aéreo 782 Transporte Rodoviário 783 Transporte Ferroviário 784 Transporte Hidroviário 785 Transportes Especiais 811 Desporto de Rendimento 812 Desporto Comunitário 813 Lazer 110

111 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado 28 Encargos Especiais 841 Refinanciamento da Dívida Interna 842 Refinanciamento da Dívida Externa 843 Serviço da Dívida Interna 844 Serviço da Dívida Externa 845 Transferências 846 Outros Encargos Especiais A classificação ou estrutura programática é composta de: programa; projeto/atividade/operações especiais. Art. 2º Para os efeitos da presente Portaria, entendem-se por: a) Programa, o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual; b) Projeto, um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo; c) Atividade, um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo; d) Operações Especiais, as despesas que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. Art. 3º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelecerão, em atos próprios, suas estruturas de programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos e determinações desta Portaria. Art. 4º Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificadas em termos de funções, subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais. Parágrafo único. No caso da função "Encargos Especiais", os programas corresponderão a um código vazio, do tipo "0000". Art. 5º A dotação global denominada "Reserva de Contingência", permitida para a União no art. 91 do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em atos das demais esferas de Governo, a ser utilizada como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais e sob coordenação do órgão responsável pela sua destinação, será identificada por código definido pelos diversos níveis de governo. Art. 6º O disposto nesta Portaria se aplica aos orçamentos da União, dos Estados e do Distrito Federal para o exercício financeiro de 2000 e seguintes, e aos Municípios a partir do exercício financeiro de 2002, revogando-se a Portaria no 117, de 12 de novembro de 1998, do ex-ministro do Planejamento e Orçamento, e demais disposições em contrário. Art. 7º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação

112 Programática (Art. 2º ): Programa; projeto / atividade / operações especiais. Programa é o que vincula a LOA ao PPA. É por isso que a nossa LOA é chamada de ORÇAMENTO-PROGRAMA Projeto: limitado no tempo; / expansão / aperfeiçoamento Atividade: modo contínuo e permanente; manutenção Operações Especiais: Gastos que não servem nem para a manutenção nem para a expansão ou aperfeiçoamento da ação de governo. Ex.: pagamento da dívida pública, pagamento de indenizações, ressarcimentos, etc. Exemplo: PT: XX. XXX. XX. XXX. XXXX. XXXX. XXXX Onde: Classificação Institucional (órgão. UO) Classificação Funcional (Função, Subfunção) Classificação Programática (Nome do Programa; Ação: Projeto/Atividade/Operações Especiais; Localização Geográfica) Exemplo: PT: Onde: 39: Ministério dos Transportes (órgão); 252: DNIT (UO) 26: Transporte (função); 782: Transporte Rodoviário (subfunção) 0663: Segurança nas Rodovias Federais (nome); 2324: Manutenção da Sinalização Rodoviária (ação: atividade) 0002: Rio de Janeiro (localização) 112

113 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Orçamento Min. Transportes/DNIT Programa de Trabalho: Ano: 20xx N.D (c.g.mm.ee.) Descrição Valor (R$) Vencimentos e Vantagens Fixas de Pessoal , Material de Consumo , Outros Serviços de Terceiros Pessoa Jurídica , Despesas de Exercícios Anteriores , Obras e Instalações , Equipamentos e Materiais Permanentes ,00 Total ,00 Programa de Trabalho: Ano: 20xx 39 Ministério dos Transportes Órgão 252 PARA LEITURA Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) 26 Transportes Função 782 Transporte Rodoviário Subfunção Unidade Orçamentária 0663 Segurança nas Rodovias Federais Nome do Programa 2324 Manutenção da Sinalização Rodoviária Ação (Atividade) 0002 Rio de Janeiro Localização Geográfica Classificações institucional, funcional e programática, de acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), da STN Parte I Procedimentos Contábeis Orçamentários: CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL A classificação institucional reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias (art. 14 da Lei nº 4.320/1964). Os órgãos orçamentários, por sua vez, correspondem a agrupamentos de unidades orçamentárias. As dotações são consignadas às unidades orçamentárias, responsáveis pela realização das ações. No caso do Governo Federal, o código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à unidade orçamentária. Não há ato que a estabeleça, sendo definida no contexto da elaboração da lei orçamentária anual ou da abertura de crédito especial

114 XX Órgão Orçamentário XXX Unidade Orçamentária Exemplos de órgão orçamentário e unidade orçamentária do governo federal: ÓRGÃO Ministério da Educação ÓRGÃO Ministério da Justiça UNIDADE ORÇAMENTÁRIA Universidade Federal de Pernambuco Fundação Universidade Federal de Ouro Preto Escola Agrotécnica Federal de Manaus UNIDADE ORÇAMENTÁRIA Departamento de Polícia Rodoviária Federal Defensoria Pública da União Fundo Nacional de Segurança Pública ÓRGÃO Ministério dos Transportes UNIDADE ORÇAMENTÁRIA Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Cabe ressaltar que uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com as unidades orçamentárias Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios, Encargos Financeiros da União, Operações Oficiais de Crédito, Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal e Reserva de Contingência. A classificação funcional segrega as dotações orçamentárias em funções e subfunções, buscando responder basicamente à indagação em que área de ação governamental a despesa será realizada. A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão, e é composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo. Trata-se de classificação de aplicação comum e obrigatória, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o que permite a consolidação nacional dos gastos do setor público

115 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado A classificação funcional é representada por cinco dígitos. Os dois primeiros referem-se à função, enquanto que os três últimos dígitos representam a subfunção, que podem ser traduzidos como agregadores das diversas áreas de atuação do setor público, nas esferas legislativa, executiva e judiciária. A classificação funcional é representada por cinco dígitos. Os dois primeiros referem-se à função, enquanto que os três últimos dígitos representam a subfunção, que podem ser traduzidos como agregadores das diversas áreas de atuação do setor público, nas esferas legislativa, executiva e judiciária. XX Função XXX Subfunção 1. Função A função é representada pelos dois primeiros dígitos da classificação funcional e pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. A função quase sempre se relaciona com a missão institucional do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que, na União, de modo geral, guarda relação com os respectivos Ministérios. A função Encargos Especiais engloba as despesas orçamentárias em relação às quais não se pode associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. Nesse caso, na União, as ações estarão associadas aos programas do tipo "Operações Especiais" que constarão apenas do orçamento, não integrando o PPA. A dotação global denominada Reserva de Contingência, permitida para a União no art. 91 do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em atos das demais esferas de Governo, a ser utilizada como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais e para o atendimento ao disposto no art. 5º, inciso III, da Lei Complementar nº 101, de 2000, sob coordenação do órgão responsável pela sua destinação, será identificada nos orçamentos de todas as esferas de Governo pelo código xxxx.xxxx, no que se refere às classificações por função e subfunção e estrutura programática, onde o x representa a codificação da ação e o respectivo detalhamento. 2. Subfunção A subfunção, indicada pelos três últimos dígitos da classificação funcional, representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. As subfunções podem ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais estão relacionadas na Portaria MOG nº 42/1999. Deve-se adotar como função aquela que é típica ou principal do órgão. Assim, a programação de um órgão, via de regra, é classificada em uma única função, ao passo que a subfunção é escolhida de acordo com a especificidade de cada ação governamental. A exceção à combinação encontra-se na função 28, Encargos Especiais, e suas subfunções típicas que só podem ser utilizadas conjugadas

116 Exemplos: Ministério da Educação FUNÇÃO 12 Educação SUBFUNÇÃO 365 Educação Infantil Câmara dos Deputados FUNÇÃO 01 Legislativa SUBFUNÇÃO 365 Educação Infantil Nota do Professor A subfunção 365, Educação Infantil, no caso da Câmara dos Deputados, pode estar associada à Ação Assistência Pré-escolar aos Dependentes dos Servidores e Empregados, conforme exemplificado no MTO, editado pelo MPOG. CLASSIFICAÇÃO POR ESTRUTURA PROGRAMÁTICA Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos objetivos estratégicos definidos no Plano Plurianual (PPA) para o período de quatro anos. Conforme estabelecido no art. 3º da Portaria MOG nº 42/1999, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelecerão, em atos próprios, suas estruturas de programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos e as determinações nela contidos. Ou seja, todos os entes devem ter seus trabalhos organizados por programas e ações, mas cada um estabelecerá seus próprios programas e ações de acordo com a referida Portaria. 1. Programa Programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, visando à solução de um problema ou ao atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. O orçamento federal está organizado em programas, a partir dos quais são relacionadas às ações sob a forma de atividades, projetos ou operações especiais, especificando os respectivos valores, as metas e as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da ação. A cada projeto ou atividade só poderá estar associado um produto, que, quantificado por sua unidade de medida, dará origem à meta. As informações mais detalhadas sobre os programas da União constam no Plano Plurianual e podem ser visualizados no sítio 2. Ação As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da Federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições e financiamentos, entre outros

117 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado As ações, conforme suas características, podem ser classificadas como atividades, projetos ou operações especiais. a) Atividade É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. Exemplo: Fiscalização e Monitoramento das Operadoras de Planos e Seguros Privados de Assistência à Saúde. b) Projeto É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplo: Implantação da rede nacional de bancos de leite humano. c) Operação Especial Despesas que não contribuem para a manutenção, a expansão ou o aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. De acordo com o MTO, editado pelo MPOG na base do sistema, a ação é identificada por um código alfanumérico de oito dígitos: 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º numérico alfanuméricos numéricos AÇÃO Ao observar o 1º dígito do código, pode-se identificar: SUBTÍTULO 1º DÍGITO TIPO DE AÇÃO 1, 3, 5 ou 7 Projeto 2, 4, 6 ou 8 Atividade 0 Operação Especial 3. Subtítulo/Localizador de gasto A Portaria MOG nº 42/1999 não estabelece critérios para a indicação da localização física das ações, todavia, considerando a dimensão do orçamento da União, a Lei de Diretrizes Orçamentárias tem determinado a identificação da localização do gasto, o que se faz por intermédio do subtítulo

118 O subtítulo permite maior controle governamental e social sobre a implantação das políticas públicas adotadas, além de evidenciar a focalização, os custos e os impactos da ação governamental. No caso da União, as atividades, os projetos e as operações especiais são detalhadas em subtítulos, utilizados especialmente para especificar a localização física da ação, não podendo haver, por conseguinte, alteração da finalidade da ação, do produto e das metas estabelecidas. Vale ressaltar que o critério para priorização da localização física da ação em território é o da localização dos beneficiados pela ação. A localização do gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por Região (NO, NE, CO, SD, SL), por Estado ou Município ou, excepcionalmente, por um critério específico, quando necessário. A LDO da União veda que, na especificação do subtítulo, haja referência a mais de uma localidade, área geográfica ou beneficiário, se determinados. Na União, o subtítulo representa o menor nível de categoria de programação e será detalhado por esfera orçamentária (fiscal, seguridade e investimento), grupo de natureza de despesa, modalidade de aplicação, identificador de resultado primário, identificador de uso e fonte de recursos, sendo o produto e a unidade de medida os mesmos da ação orçamentária. 4. Componentes da programação física Meta física é a quantidade de produto a ser ofertado por ação, de forma regionalizada, se for o caso, num determinado período e instituída para cada ano. As metas físicas são indicadas em nível de subtítulo e agregadas segundo os respectivos projetos, atividades ou operações especiais. Ressalte-se que a territorialização das metas físicas é expressa nos localizadores de gasto previamente definidos para a ação. Exemplo: No caso da vacinação de crianças, a meta será regionalizada pela quantidade de crianças a serem vacinadas ou de vacinas empregadas em cada Estado (localizadores de gasto), ainda que a campanha seja de âmbito nacional e a despesa paga de forma centralizada. Isso também ocorre com a distribuição de livros didáticos

119 Questões 1. (ESAF APOFP SEFAZ/SP 2009) A classificação programática é considerada a mais moderna classificação orçamentária de despesa pública. A portaria nº 42/99, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, propôs um elenco de funções e subfunções padronizadas para a União, Estados e Municípios. Assim, de acordo com a referida Portaria, a despesa que não se inclui na nova classificação é a despesa por: a) Função. b) Subprograma. c) Projeto. d) Atividade. e) Subfunção. 2. (ESAF Processo Seletivo Simplificado Diversos Órgãos 2008) Assinale a opção que indica a correta definição de Funções de Governo, segundo a regulamentação vigente. a) É o maior no nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público. b) É a classificação dos gastos do governo, segundo o tipo de bem a ser adquirido. c) É a classificação dos gastos de governo, segundo a atividade desempenhada por cada órgão. d) Permite a agregação dos gastos no menor nível dentro da unidade orçamentária. e) Demonstra o menor nível de agregação dos recursos no Plano Plurianual. 3. (ESAF Analista Contábil-Financeiro SE- FAZ/CE 2007) A Classificação Funcional da Despesa Pública no Brasil substituiu a Classificação Funcional-Programática dos dispêndios públicos. Segundo a nova estrutura Funcional, identifique a única resposta falsa. a) A subfunção representa um segmento da função, visando a agregar determinado subconjunto de despesas. b) O subprograma representa uma agregação do programa. c) O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações concorrentes para um objetivo comum. d) A função representa o nível mais elevado de agregação de informações sobre as diversas áreas de despesa que competem ao setor público. e) A atividade é um instrumento de programação que envolve um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente. 4. (ESAF Técnico de Nível Superior SPU/ MPOG 2006) De acordo com a estrutura programática adotada a partir da Portaria nº 42/1999, o instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo, é classificado como: a) função. b) subfunção. c) programa. d) projeto e) atividade

120 5. (ESAF Analista de Planejamento e Orçamento MPOG 2008) De acordo com a Portaria n. 42, de 14 de abril de 1999, entende-se por Atividade: a) o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos. b) o maior nível de agregação das diversas áreas da despesa que competem ao setor público. c) as despesas que não contribuem para a manutenção das ações do governo. d) um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação do governo. e) as despesas em relação às quais não se possa associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente. 6. (ESAF AFC/CGU 2008) A classificação funcional e a estrutura programática visam ao fornecimento de informações das realizações do governo e é considerada a mais moderna das classificações orçamentárias da despesa. A junção das duas, quando da execução da despesa no SIAFI, forma o Programa de Trabalho com a seguinte estrutura: Programa de Trabalho: AA.BBB.CCCC.DDDD. EEEE Com relação ao assunto, indique a opção correta. a) Na estrutura do Programa de Trabalho, a codificação CCCC representa o Programa e a codificação EEEE a ação governamental. b) A ação, reconhecida na estrutura pelo código DDDD, determina a escolha da subfunção, reconhecida pela codificação BBB, estabelecendo uma relação única. c) A subfunção, código BBB, poderá ser combinada com qualquer função, código AA, em razão da competência do órgão responsável pelo programa. d) Quando o primeiro dígito da codificação DDDD for um número ímpar significa que a ação é uma atividade. e) As operações especiais são ações que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resultam um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços e são identificadas pelo primeiro dígito da codificação EEEE. 7. (ESAF Analista Contábil-Financeiro SE- FAZ/CE 2007) A classificação administrativa legal da despesa pública no Brasil, sob a ótica do programa de trabalho da entidade, não inclui: a) o órgão. b) a função. c) o projeto. d) a origem dos recursos. e) a atividade. 8. (ESAF Analista Administração e Finanças SUSEP 2010) A respeito da classificação orçamentária da despesa e da receita pública na esfera federal, é correto afirmar, exceto: a) as despesas obedecem a uma classificação econômica, enquanto as receitas se submetem a uma classificação programática. b) a classificação da receita pública por natureza procura identificar a origem do recurso segundo o seu fato gerador. c) a classificação institucional da despesa indica, por meio do órgão e da unidade orçamentária, qual instituição é responsável pela aplicação dos recursos. d) a classificação da despesa por função indica em que área de atuação do governo os recursos serão aplicados

121 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado e) ao classificar economicamente a despesa e a receita na elaboração do orçamento, a administração pública sinaliza para a sociedade o tipo de bens que irá adquirir e a origem dos recursos que irá arrecadar. 9. (ESAF Analista de Finanças e Controle CGU 2012) Segundo o que dispõe a Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO, programa de governo é definido como: a) o segundo nível da categoria de programação e destina-se à especificação dos gastos governamentais cuja mensuração se faz por indicadores do PPA. b) instrumento de organização dos gastos governamentais, composto por ações e mensuração a partir de indicadores da LOA. c) conjunto de ações e metas de um determinado exercício cuja mensuração se faz pelo volume de gasto realizado. d) mecanismo de organização da ação governamental, detalhado por projetos cuja mensuração se faz por indicadores do PPA. e) instrumento de organização da ação governamental, visando à concretização dos objetivos pretendidos cuja mensuração se faz por indicadores do PPA. 10. (ESAF AFC/CGU Correição 2006) A Portaria n. 42/1999 atualizou a discriminação da despesa por Funções e Subfunções de Governo. Assim, indique qual é a opção correta com relação ao conteúdo da referida portaria. a) A função visa a agregar determinado subconjunto de despesa do setor público. b) As operações especiais são despesas que não contribuem para a manutenção das ações do Governo, mas geram contraprestação direta sob a forma de bens e serviços. c) O programa é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um projeto. d) A Função Indústria tem como subfunção a Subfunção Turismo. e) Nos balanços e nas leis orçamentárias, as ações serão identificadas em termos de função, subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais. Gabarito: 1. B 2. A 3. B 4. E 5. D 6. C 7. D 8. A 9. E 10. E 121

122 Ciclo ou Processo Orçamentário CICLO ORÇAMENTÁRIO Poder Executivo (1) Elaboração do Projeto Poder Legislativo Poder Legislativo (4) Acompanhamento e Avaliação (2)Apreciação, Aprovação Sanção e Publicação Poder Executivo (3) Execução Poder Executivo Ciclo Orçamentário Executivo Elabora Legislativo Aprova Executivo Executa Legislativo Controla Poder Executivo (1) Elaboração do Projeto Poder Legislativo Poder Legislativo (4) Acompanhamento e Avaliação (2)Apreciação, Aprovação Sanção e Publicação Poder Executivo (3) Execução Poder Executivo 122

123 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Orçamento na CF/88 Art Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I o plano plurianual (PPA); II as diretrizes orçamentárias (LDO); III os orçamentos anuais (LOA). CRFB/88: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: [...] XXIII enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; Orçamento Público Conceito: Lei de iniciativa do Chefe do Poder Executivo, aprovada pelo Poder Legislativo, Que estima receitas e fixa despesas para um determinado exercício financeiro. Projeto de LOA Ano XXXX Receitas Previstas Tributárias 700 Contribuições 50 Patrimoniais 50 Operações de Crédito 100 Despesas Fixadas (Créditos Orçamentários) Ministério da Educação (Adm. Direta) Pessoal xxx Serviços de Terceiros xxx Ministério dos Transportes (Adm. Direta) Pessoal xxx Material de Consumo xxx IBAMA (Adm. Indireta/Autarquia) Pessoal xxx Serviços de Terceiros xxx Reserva de Contingência 20 Total "Dinheiro previsto" 900 Total "Cartão de Crédito"

124 Prazos para a União (Art. 35, 2º do ADCT) Envio (do Executivo para o Legislativo) LOA Até 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro. (até 31/08) 1º jan I I I 31/12 31/08 Poder Executivo (1) Elaboração do Projeto Poder Legislativo Poder Legislativo (4) Acompanhamento e Avaliação (2)Apreciação, Aprovação Sanção e Publicação Poder Executivo (3) Execução Poder Executivo CRFB/88: Art Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. CRFB/88 (Art. 166) 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: I examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; II examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária... 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. Não passa primeiro pela Câmara dos Deputados para depois ir para o Senado. Apreciadas de maneira conjunta, isto é, pelas duas Casas, na forma de Congresso Nacional

125 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: I sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; II indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: a) dotações para pessoal e seus encargos; b) serviço da dívida; c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; III sejam relacionadas: a) com a correção de erros ou omissões; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. É a chamada Mensagem Retificadora do Poder Executivo. 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 165, 9º. 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo. 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde.(incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no 9º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do 2º do art. 198, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o 9º deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no 9º do art (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 125

126 12 As programações orçamentárias previstas no 9º deste artigo não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) [...] [...] 17 Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, o montante previsto no 11 deste artigo poderá ser reduzido em até a mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto das despesas discricionárias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 18 Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) Prazos para a União (Art. 35, 2º do ADCT) Devolução (do Legislativo para o Executivo) LOA Até o encerramento da sessão legislativa. (até 22/12) 02/02 I I 17/07 01/08 I I 22/12 LOA Ano XXXX Receitas Previstas Tributárias 700 Contribuições 50 Patrimoniais 50 Operações de Crédito 100 Despesas Fixadas (Créditos Orçamentários) Ministério da Educação (Adm. Direta) Pessoal xxx Serviços de Terceiros xxx Ministério dos Transportes (Adm. Direta) Pessoal xxx Material de Consumo xxx IBAMA (Adm. Indireta/Autarquia) Pessoal xxx Serviços de Terceiros xxx Reserva de Contingência 20 Total "Dinheiro previsto" 900/Total "Cartão de Crédito"

127 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado EXERCÍCIO FINANCEIRO Art. 34 da Lei nº 4.320/64: O exercício financeiro coincide com o ano civil. 1º jan I I 31/12 CUIDADO! Incorreto: O exercício financeiro coincide com o ano comercial. Poder Executivo (1) Elaboração do Projeto Poder Legislativo Poder Legislativo (4) Acompanhamento e Avaliação (2)Apreciação, Aprovação Sanção e Publicação Poder Executivo (3) Execução Poder Executivo EXERCÍCIO FINANCEIRO Conceito: O exercício financeiro é o período no qual o orçamento estará em vigor. É o período em que estaremos arrecadando as receitas previstas e empenhando, gastando, as despesas fixadas (créditos orçamentários). 1º jan I I 31/12 período de execução do orçamento público 127

128 Poder Executivo (1) Elaboração do Projeto Poder Legislativo Poder Legislativo (4) Acompanhamento e Avaliação (2)Apreciação, Aprovação Sanção e Publicação Poder Executivo (3) Execução Poder Executivo CRFB/88 (Art. 70) Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) CRFB/88 (Art. 84) Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: [...] XXIV prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior. CRFB/88 (Art. 71) Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: CRFB/88 (Art. 71 compete ao TCU) I apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; 128

129 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado II julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; CRFB/88 (Art. 166) 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: I examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; [...] Controle Externo Na União: CN com auxílio do TCU; No Estado do RJ: ALERJ com auxílio do TCERJ; No Município do RJ: CMRJ com auxílio do TCMRJ; No Município de Niterói: CM de Niterói com auxílio do TCERJ. Tribunal de Contas do Município (TCM) Existe somente no Município do Rio de Janeiro (TCMRJ) e no Município de SP (TCMSP). TC dos Municípios: Em 4 Estados (BA, CE, GO, PA) Logo, na Bahia, p. ex: TCE/BA: auxilia a ALE/BA a fiscalizar as contas do Governo do Estado da Bahia. TC dos Municípios/BA: auxilia as diversas Câmaras Municipais na fiscalização dos Governos Municipais. Possui jurisdição nos Municípios de Salvador, Feira de Santana, Ilhéus, etc. No Estado do Rio de Janeiro: TCE/RJ: auxilia a ALE/RJ a fiscalizar as contas do Governo do Estado do RJ. TCE/RJ: auxilia também as diversas Câmaras Municipais na fiscalização dos Governos Municipais. Possui jurisdição nos Municípios de Niterói, Cabo Frio, Macaé, Nova Iguaçu, etc

130 Tem jurisdição em todos os Municípios que compõem o Estado do Rio de Janeiro, exceto o Município do Rio de Janeiro. No Município do Rio de Janeiro: TCMRJ: auxilia a CMRJ na fiscalização do Governo do Município do RJ. Possui jurisdição somente no Município do Rio de Janeiro. No total são 34 Tribunais de Contas: 01 TCU; 26 TCEs; 01 TCDF; 04 TC dos Municípios (BA, CE, GO e PA); 02 TCMs (TCM/RJ e TCM/SP) 34 COMPOSIÇÃO DOS TRIBUNAIS DE CONTAS: O Tribunal de Contas da União (TCU) é integrado por nove ministros. Os demais tribunais de contas são integrados por sete conselheiros. Tipos de Orçamento Tipo de Orçamento Misto Legislativo Executivo Observação É o utilizado no Brasil (segregação de funções entre os Poderes) O Legislativo elabora o Orçamento O executivo elabora, aprova, executa e controla. No Orçamento Misto: Executivo Elabora (encaminha o Projeto de LOA para a apreciação do Poder Legislativo) Legislativo Aprova (recebe, aprecia, vota e devolve para o Poder Executivo) Executivo Executa (arrecada as receitas e empenha as despesas durante o exercício financeiro) Legislativo Controla (exerce o Controle Externo, com auxílio do Tribunal de Contas) 130

131 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Poder Executivo (1) Elaboração do Projeto Poder Legislativo Poder Legislativo (4) Acompanhamento e Avaliação (2)Apreciação, Aprovação Sanção e Publicação Poder Executivo (3) Execução Poder Executivo 131

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133 Questões 1. (ESAF Analista Administrativo ANA 2009) No contexto do processo orçamentário, tal como prevê a Constituição Federal, é correto afirmar: a) A Lei orçamentária é de iniciativa conjunta dos Poderes Legislativo e Executivo. b) A execução do orçamento é feita mediante acompanhamento dos controles interno e externo. c) Ao Presidente da República é proibido vetar as alterações no projeto de lei do Plano Plurianual que tenham sido aprovadas pelo Congresso Nacional em dois turnos de votação. d) O Plano Plurianual possui caráter meramente normativo, não sendo utilizado como instrumento de planejamento governamental. e) A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos das empresas estatais. 2. (ESAF Analista Administração e Finanças SUSEP 2010) Se o Congresso Nacional não receber no tempo devido a proposta de lei orçamentária, será considerado como proposta: a) a Lei de Orçamento vigente. b) a proposta orçamentária enviada no exercício anterior. c) a média dos valores constantes dos orçamentos dos dois últimos anos. d) a despesa executada no exercício vigente até a data limite para o envio da proposta. e) a proposta elaborada pela Comissão Mista de Orçamento. 3. (ESAF Analista de Planejamento e Orçamento MPOG 2005) A elaboração da lei orçamentária é a etapa que, efetivamente, caracteriza a ideia de processo orçamentário, compreendendo fases e operações. A discussão é a fase dos trabalhos consagrada ao debate em plenário. Aponte a opção incorreta com relação às etapas da fase da discussão. a) emendas b) voto do relator c) redação final d) votação em plenário e) veto 4. (ESAF Analista Contábil-Financeiro SE- FAZ/CE 2007) A respeito da elaboração do Orçamento Geral da União, é correto afirmar, exceto: a) o Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional propondo a alteração do projeto de lei orçamentária a qualquer tempo. b) é prerrogativa do Presidente da República a iniciativa dos projetos de lei orçamentária. c) as emendas parlamentares aos projetos de lei orçamentária anual não poderão indicar como despesas a serem anuladas as destinadas ao pagamento de pessoal e seus encargos. d) na fase de tramitação no Congresso Nacional, cabe a uma comissão mista de Senadores e Deputados examinar e emitir parecer sobre os projetos de lei que tratam de orçamento. e) a proposta orçamentária para o exercício seguinte deverá ser enviada ao Congresso Nacional até 31 de agosto do ano anterior

134 5. (ESAF Assistente Técnico-Administrativo Ministério da Fazenda 2009) Marque a opção correta. a) A lei que instituir o plano plurianual compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. b) O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação a projeto de lei relativo ao orçamento anual desde que não finalizada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. c) A lei orçamentária anual compreenderá o orçamento de investimento das empresas, fundos e fundações mantidas pelo Poder Público. d) Os projetos de lei relativos ao plano plurianual serão apreciados pelo Senado Federal. e) Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na Constituição Federal serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. 6. (ESAF Auditor Fiscal Receita Federal do Brasil 2009) O controle externo da administração pública federal é exercido: a) pelo Senado Federal. b) pela Câmara dos Deputados. c) pelo Tribunal de Contas da União. d) pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União. e) pelo Tribunal de Contas da União, com o auxílio do sistema de controle interno de cada Poder. 7. (ESAF Analista Administração e Finanças SUSEP 2010) Segundo a Constituição Federal, tem competência para realizar a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União no que se refere à legalidade, legitimidade e economicidade: a) a Comissão Mista de Orçamento e Planos e o Tribunal de Contas da União. b) o Congresso Nacional e o sistema de controle interno de cada Poder. c) o Congresso Nacional e as entidades representativas da sociedade organizada. d) o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e as Comissões do Congresso Nacional. e) a Câmara dos Deputados, por intermédio de suas comissões permanentes e o Tribunal de Contas da União. 8. (ESAF Analista Administração e Finanças SUSEP 2010) Segundo a Constituição Federal, os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela dará ciência: a) ao Ministério Público Federal, para que ajuíze a ação competente junto à Justiça Federal de primeira instância. b) à Polícia Federal, na qualidade de polícia judiciária, para abertura de inquérito e investigação. c) ao Tribunal de Contas da União, para que tome as providências no seu âmbito de atuação. d) à Comissão de Fiscalização e Controle do Congresso Nacional. e) ao titular da entidade ou órgão para que represente ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público. 9. (ESAF Analista Administração e Finanças SUSEP 2010) O sistema de controle interno de que trata o art. 74 da Constituição Federal tem como finalidade, exceto: a) avaliar os resultados, quanto à eficácia, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades

135 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado b) apoiar o controle externo na sua missão institucional. c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União. d) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal e remetê-los ao Tribunal de Contas da União. e) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União. 10. (ESAF APOFP SEFAZ/SP 2009) A Lei nº 4.320/64 estabelece dois sistemas de controle da execução orçamentária: interno e externo. Segundo a Constituição Federal de 1988, não é objetivo do sistema de controle interno: a) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual. b) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. c) avaliar a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União. d) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União. e) fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União, mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, Distrito Federal ou a Município. 11. (ESAF Analista Administração e Finanças SUSEP 2010) Na esfera federal, o julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos: a) compete exclusivamente ao Poder Judiciário, tendo em vista que, nos termos da Constituição Federal, o órgão de controle externo não tem o poder de julgar, propriamente, mas apenas de apreciar tais contas. b) é de competência própria do Poder Legislativo (Congresso Nacional), titular do controle externo, com o auxílio do Tribunal de Contas da União TCU, que sobre elas emitirá parecer. c) é de competência privativa do TCU. d) é de competência própria do TCU, com possibilidade de reforma pelo Congresso Nacional. e) é de competência própria do TCU, que sobre elas emitirá parecer. 12. (ESAF Técnico de Nível Superior/ENAP MPOG 2006) A elaboração da Proposta Orçamentária processa-se em passos determinados. Desta forma, o ciclo orçamentário é composto por fases. Assinale a única opção incorreta no que diz respeito ao ciclo orçamentário. a) O ciclo orçamentário não se confunde com o exercício financeiro, pois este corresponde a uma das fases do ciclo, ou seja, à execução do orçamento. b) A liberação do orçamento aprovado é feita para todos os órgãos contemplados na Lei Orçamentária Anual (LOA). c) Depois de aprovada pelo Legislativo e sancionada pelo chefe do Poder Executivo, a proposta orçamentária é transformada em lei. d) Segundo o Art. 71 da Constituição Federal do Brasil, o controle externo é de competência do Poder Legislativo, exercido com o auxilio do Tribunal de Contas, cabendo a este, entre outras atribuições, avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União. e) A execução é a fase em que é realizado aquilo que fora previsto nos projetos e atividades da referida Lei do Orçamento

136 13. (ESAF Assistente Técnico-Administrativo Ministério da Fazenda 2012) É correto afirmar, quanto ao orçamento público, que a) as emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual., b) a lei orçamentária anual é de iniciativa do Executivo, enquanto que o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias são de iniciativa do Poder Legislativo. c) a lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma nacional, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. d) na forma da lei, pode haver realização de despesa e assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais. e) a lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração do plano plurianual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras de fomento. Gabarito: 1. B 2. A 3. E 4. A 5. E 6. D 7. B 8. C 9. D 10. E 11. C 12. D 13. A 136

137 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado CONTROLE INTERNO E EXTERNO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Conceito: "Controle na Administração Pública, é a faculdade de vigilância, orientação e correção que um Poder, órgão ou autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro". (Hely Lopes Meirelles) Conceito de Controle Conceito: "Controle da administração pública é a possibilidade de verificação, inspeção e exame pela própria Administração, por outros poderes ou por qualquer cidadão, da efetiva correção na conduta gerencial de um poder, órgão ou autoridade, no escopo de garantir atuação conforme os modelos desejados e anteriormente planejados, visando uma aferição sistemática." (Evandro Martins Guerra) "Controle, como entendemos hoje, é a fiscalização, quer dizer, inspeção, exame, acompanhamento, verificação, exercida sobre determinado alvo, de acordo com certos aspectos, visando averiguar o cumprimento do que já foi predeterminado ou evidenciar eventuais desvios com fincas de correção, decidindo acerca da regularidade ou irregularidade do ato praticado. Então controlar é fiscalizar emitindo um juízo de valor". (Evandro Martins Guerra) 137

138 Conceito de Controle Classificação do Controle Classificação do Controle Quanto ao SUJEITO que o exerce Estatal Social Estatal ou Institucional O controle estatal é exercido pelo Estado, por meio de seus diversos órgãos, com competência prevista em lei. É exercido por órgãos que têm a competência legal para fiscalizar a aplicação dos recursos públicos. Os artigos 70, 71 e 74 da Constituição Federal brasileira estabelecem que o controle institucional cabe essencialmente ao Congresso Nacional, responsável pelo controle externo, realizado com o auxílio do Tribunal de Contas da União, e a cada Poder, por meio de um sistema integrado de controle interno. Outros órgãos públicos também atuam na prevenção, controle, investigação e repressão da corrupção: o Ministério Público Federal, os Ministérios Públicos Estaduais, o Tribunal de Contas da União, os Tribunais de Contas dos Estados e dos Municípios, as Controladorias dos Estados, a Polícia Federal, as Polícias Estaduais, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário. Esses são os órgãos mais evidentes

139 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Social O controle social pode ser entendido como a participação do cidadão na gestão pública, na fiscalização, no monitoramento e no controle das ações da Administração Pública. Trata-se de importante mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento da cidadania. O controle social pode ocorrer tanto no planejamento como na execução das ações do governo. O povo brasileiro decidiu que o Estado deve planejar suas políticas públicas em conjunto com os segmentos representativos da sociedade civil. Os instrumentos desse planejamento, definidos na Constituição Federal, são Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA). A sociedade tem o direito e o dever de participar da elaboração desses instrumentos de planejamento da vida do Estado. No PPA, pode participar das reuniões de elaboração e apreciação, para que sejam contempladas suas necessidades no quadriênio a que o planejamento se refere. Na LDO, igualmente, pode e deve participar da decisão que elege os programas a serem executados no exercício seguinte, pois somente assim será garantida uma governança democrática, que melhor atenda às necessidades da comunidade. A sociedade deve também participar da deliberação que aloca os recursos públicos para a execução do programa de trabalho do governo de sua unidade federativa. Essa decisão é impressa na LOA, a peça orçamentária mais concreta. A sociedade deve participar não apenas da elaboração dos instrumentos de planejamento (PPA, LDO e LOA), mas, inclusive, do processo de apreciação e votação nas casas legislativas. Encerrada a fase de elaboração, apreciação, votação e aprovação das peças orçamentárias, inicia-se a fase de execução. É o momento da realização dos fins públicos estabelecidos na Constituição. Por isso, a sociedade deve se organizar para participar da gestão desses recursos, em conjunto com os agentes públicos. O controle social pode ser exercido pelos conselhos de políticas públicas ou diretamente pelos cidadãos, individualmente ou de forma organizada. A instituição de conselhos e o fornecimento das condições necessárias para o seu funcionamento são condições obrigatórias para que estados e municípios possam receber recursos do Governo Federal para o desenvolvimento de uma série de ações

140 No caso dos municípios, os conselhos foram criados para auxiliar a prefeitura na tarefa de utilizar bem o dinheiro público. A seguir, alguns exemplos de conselhos que devem ser constituídos pelos municípios: 140

141 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Classificação do Controle Quanto ao ÓRGÃO que o exerce: Administrativo ou Executivo Legislativo Judicial Administrativo ou Executivo O controle executivo é o poder de fiscalização e controle exercido pela própria administração pública sobre seus atos e decorre do poder de autotulela, restando este amplamente reconhecido pelo Poder Judiciário conforme súmula 473 do STF. Esse controle pode ser exercido ex officio ou provocado pelos administrados. Súmula 473 do STF A Administração Pública pode anular os seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revogá-los por motivo de conveniência e oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Legislativo Segundo Guerra, o controle legislativo ou parlamentar é o controle exercido pelos mandatários do povo e se secciona em duas subespécies. A primeira, exercida pelos membros do Poder Legislativo, diretamente, mediante seus órgãos e comissões parlamentares, chamada de controle político. A segunda é denominada indireta, por alguns autores, e, por outros, controle financeiro, quando efetivada por meio de órgãos especializados os Tribunais de Contas, criados especificamente para exercer o controle contábil, financeiro, orçamentário, operacional e patrimonial de todos os órgãos e entidades do Estado. Judicial O controle judicial fundamenta-se no art. 5º, inciso XXXV, da Constituição da República, constituindo-se em monopólio do Poder Judiciário. O sistema adotado no Brasil é o da jurisdição una pelo qual somente o Poder Judiciário aprecia, com força de coisa julgada, a lesão ou ameaça a direito

142 Classificação do Controle Quanto ao MOMENTO em que é exercido: Prévio Concomitante Posterior Prévio, preventivo ou a priori É o controle exercido antes de ser praticado o ato administrativo, visando prevenir a prática de ato ilegal ou irregular, não conveniente com o interesse público. Concomitante ou pari-passu ou prospectivo "É a modalidade de controle tendente a acompanhar a atuação administrativa de forma simultânea, pari passu, verificando a regularidade do ato administrativo de plano, no mesmo momento em que é praticado, propiciando em caso de irregularidades, o seu imediato saneamento." (Evandro Martins Guerra) Posterior ou subsequente ou corretivo "Após praticado o ato administrativo, o controle é chamado de posterior, a posteriori ou corretivo. Possui o propósito de rever o ato para confirmá-lo, se legal ou regular, corrigi-lo, no caso de eventuais defeitos apurados ou desfazê-lo, por via da revogação ou declaração de nulidade. (Evandro Martins Guerra) Classificação do Controle Quanto a LOCALIZAÇÃO de quem o exerce: Controle Externo Controle Interno Controle Externo É o controle exercido por um poder ou órgão distinto, apartado da estrutura do órgão controlado. No Brasil, o controle externo é exercido pelo Poder Legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas, conforme preceituam os artigos 70 e 71 da Constituição Federal. Controle Interno É o controle decorrente de órgão da própria estrutura na qual se insere o Poder fiscalizado

143 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Controle Externo Entes Poder Legislativo Tribunal de Contas União Congresso Nacional TCU Estados Assembleia Legislativa TCE Distrito Federal Câmara Legislativa TCDF Municípios Câmara Municipal TCE Todos os Municípios da BA, CE, GO e PA Câmara Municipal TCMs (órgão estadual) Município de SP e RJ Câmara Municipal TCM (órgão municipal) No total são 34 Tribunais de Contas: 01 TCU; 26 TCEs; 01 TCDF; 04 TC dos Municípios (BA, CE, GO e PA); 02 TCMs (TCM/RJ e TCM/SP) 34 Classificação do Controle Quanto a EXTENSÃO do Controle: Legalidade Mérito Segundo Evandro Martins Guerra, quanto à extensão, o controle se divide em de legalidade e de mérito. Legalidade: O controle da legalidade objetiva a verificação do ato ao dizer da lei. Deve ser exercido pelos três Poderes, em obediência ao princípio constitucional segundo o qual se permite ao Administrador Público somente aquilo que a lei prescreve. Mérito: É o controle determinado a investigar a atividade administrativa e o resultado alcançado pelo ato praticado de acordo com a conveniência e oportunidade da Administração. Visa verificar a harmonia entre o objeto pretendido e o efeito atingido, buscando garantir a boa gestão da coisa pública, sob os aspectos da economicidade, eficácia e eficiência do ato. Abrangência do Controle Análise da Conformidade Análise do Desempenho Legalidade Eficiência Legitimidade Eficácia Economicidade Efetividade 143

144 Abrangência do Controle Análise da Conformidade Legalidade: aderência à norma estabelecida, em relação aos atos dos agentes da administração; Legitimidade: capacidade do agente, motivado pelo interesse público, atingir os objetivos da gestão; Economicidade: minimização dos custos dos recursos utilizados na consecução de uma atividade, sem o comprometimento de padrões de qualidade. Análise do Desempenho Eficiência: relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por uma atividade e os custos dos insumos empregados em um determinado período de tempo; Eficácia: grau de alcance das metas programadas em um determinado período de tempo, independente dos custos implicados; Efetividade: relação entre os resultados (impactos observados) e os objetivos (impactos esperados). CRFB: Controle na Constituição Federal Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Segundo Valdecir Pascoal, define-se: Fiscalização Contábil relacionada à aplicação dos recursos públicos conforme as técnicas contábeis. Fiscalização Financeira relacionada ao fluxo de recursos (ingressos e saídas) geridos pelo administrador, independentemente de serem ou não recursos orçamentários. Fiscalização Orçamentária relacionada à aplicação de recursos públicos conforme as leis orçamentárias, acompanhado a arrecadação dos recursos e sua aplicação. Fiscalização Operacional relacionada à verificação do cumprimento de metas, resultados, eficácia e eficiência da gestão dos recursos públicos. Fiscalização Patrimonial relacionada ao controle e conservação de bens públicos

145 ATA Administração Pública Brasileira Prof. Fábio Furtado Prestação De Contas Art. 70, Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: I apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; II julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; III apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; TC Aprecia a legalidade p/ registro Admissão de Pessoal, a qualquer 2tulo, da administração direta e indireta Concessão de Aposentadoria, reformas e pensões TC Não aprecia a legalidade p/ registro Nomeações para Cargo em Comissão Melhorias Posteriores das aposentadorias, reformas e pensões que não alterem o fundamento legal IV realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; V fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; VI fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; 145

146 VII prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; VIII aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; Competência Corretiva do Tribunal de Contas IX assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; X sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito. Competência Corretiva da Comissão Mista de Orçamento Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, 1º, diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários

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