Administração Pública Prof. Fábio Furtado

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1 Auditor Fiscal Administração Pública Prof. Fábio Furtado

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3 Administração Pública Professor Fábio Furtado

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5 Edital ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: 11. Ciclo de Gestão do Governo Federal. 12. Controle da Administração Pública. 14. Orçamento público e os parâmetros da política fiscal. 15. Ciclo orçamentário. 16. Orçamento e gestão das organizações do setor público; características básicas de sistemas orçamentários modernos: estrutura programática, econômica e organizacional para alocação de recursos (classificações orçamentárias); mensuração de desempenho e controle orçamentário. 17. Elaboração, Gestão e Avaliação Anual do PPA. 18. Modelo de gestão do PPA. Banca: Esaf Cargo: Auditor Fiscal

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7 Administração Pública Aula XX LEGISLAÇÃO APLICÁVEL CRFB/88 (Arts. 165 a 169); Lei nº 4.320/64 Institui normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da U, E, DF e M. LC nº 101/2000 (LRF) CRFB/88 Artigo Principais Assuntos Relacionados 165 Instrumentos de Planejamento Orçamentário (PPA, LDO e LOA) 166 Processo Legislativo Orçamentário 167 Vedações Constitucionais em Matéria Orçamentária 168 Transferências de Recursos Financeiros pelo Tesouro para os órgãos 169 Despesas com Pessoal Orçamento na CF/88: PPA, LDO e LOA. Art Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I o plano plurianual (PPA); II as diretrizes orçamentárias (LDO); III os orçamentos anuais (LOA). CRFB/88 (Art. 165) 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 7

8 5º A lei orçamentária anual compreenderá: I o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 7º Os orçamentos previstos no 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. (Orçamentos Fiscal e de Investimentos compatibilizados com o PPA). 9º Cabe à lei complementar: I dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; Atualmente, utiliza-se a Lei nº 4.320/64. Instrumentos de Planejamento Orçamentário (Governamental) Plano Plurianual (PPA) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) Lei Orçamentária Anual (LOA) Plano Plurianual (PPA) Período de vigência: 4 anos Exemplo: PPA 2008 I----I 2011 LULA 2006 eleito 2007 posse e elaboração do novo PPA I I I I I I Governo LULA próximo governante 8

9 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Exemplo: PPA 2012 I----I 2015 DILMA 2010 eleita 2011 posse e elaboração do novo PPA I I I I I I Governo DILMA Exemplo: PPA 2016 I----I 2019 DILMA 2014 eleita 2015 posse e elaboração do novo PPA I I I I I I Art. 165, 1º CF 88 Palavras-chaves: Governo DILMA próximo governante próximo governante Regionalizada; diretrizes, objetivos e metas; despesas de capital e decorrentes; programas de duração continuada. CUIDADO! Termos corretos: Regionalizada; diretrizes, objetivos e metas; despesas de capital e decorrentes; programas de duração continuada. Termos incorretos: Setorial; metas e prioridades; despesas correntes; programas para o exercício financeiro subsequente. Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) Art. 165, 2º CF 88 Palavras-chaves: Metas e Prioridades; despesas de capital; LOA; legislação tributária; agências financeiras oficias de fomento. 9

10 CUIDADO! Termos corretos: Metas e prioridades; despesas de capital; LOA; legislação tributária; agências financeiras oficias de fomento. Termos incorretos: Diretrizes, Objetivos e Metas; Despesas Correntes; PPA; Legislação Societária; Agências Bancárias. LOA Lei Orçamentária Anual Art. 165, 5º CF 88 É composta de: OF (Administração Direta; Autarquias; Fundações Públicas; Empresas Estatais Dependentes) OI (investimentos das Empresas Estatais) OSS (Saúde, Previdência e Assistência Social) Empresa Estatal Dependente Art. 2º, III da LRF Conceito: Empresa controlada que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária. Prazos para a União Art. 35, 2º do ADCT Envio (do Executivo para o Legislativo) PPA Até 4 meses antes do encerramento do 1º exercício financeiro. (até 31/08) 1º jan I I I 31/12 31/08 LDO Até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro. (até 15/04) 1º jan I I I 31/12 15/04 LOA Até 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro. (até 31/08) 1º jan I I I 31/12 31/

11 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Art. 35, 2º do ADCT Devolução (do Legislativo para o Executivo) PPA Até o encerramento da sessão legislativa. (até 22/12) 02/02 I I 17/07 01/08 I I 22/12 LDO Até o encerramento do 1º período da sessão legislativa. (até 17/07) 02/02 I I 17/07 01/08 I I 22/12 LOA Até o encerramento da sessão legislativa. (até 22/12) 02/02 I I 17/07 01/08 I I 22/12 Sessão Legislativa (União) CRFB Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias. CRFB/88 Art São vedados: Vedações Constitucionais em Matéria Orçamentária I o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; É por isso que a LOA é chamada de Orçamento-programa, pois contém Programas de Trabalho de Governo com diretrizes, objetivos e metas a serem alcançados. Cada Programa de Trabalho possui uma unidade gestora e um valor para ser executado. II a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais; Alguns chamam de Princípio da Quantificação dos Créditos Orçamentários. Fica claro que a LOA fixa a despesa, isto é, estabelece um limite para gastos. III a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; É a chamada REGRA DE OURO DAS FINANÇAS PÚBLICAS. Empréstimos não devem financiar despesas correntes, mas sim despesas de capital. IV a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária...e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita... Princípio da Não Afetação ou Não Vinculação de Receitas 11

12 V a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; Já que vai alterar a LOA, modificando a estrutura dos créditos orçamentários originais, é lógico que deve ter autorização legislativa. A indicação de recursos é importante para que não ocorra desequilíbrio fiscal. VI a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; Já que vai alterar a LOA, modificando a estrutura dos créditos orçamentários originais, é lógico que deve ter autorização legislativa. VII a concessão ou utilização de créditos ilimitados; Fica claro que a LOA fixa a despesa, isto é, estabelece um limite para gastos. IX a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. Fundos Orçamentários somente podem ser criados por Lei. X a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente. 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62. Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I relativa a: d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, 3º; 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. (Uma das exceções ao Princípio da Não Afetação ou Não Vinculação de Receitas) 12

13 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Art Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, 9º. A Fazenda Pública, ou seja, o Tesouro, deve enviar para os órgãos até o dia 20 de cada mês os recursos financeiros (dinheiro) para que estes possam pagar o que gastaram dos créditos orçamentários. Art A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. Art. 19 da LRF (LC nº 101/2000): União: até 50% da RCL; Outros (E, DF e M): até 60% da RCL. 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: I redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; II exoneração dos servidores não estáveis. 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo... 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço. 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos. 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: I se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; II se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. ORÇAMENTO PÚBLICO Conceito: Lei de iniciativa do Chefe do Poder Executivo, 13

14 aprovada pelo Poder Legislativo, Que estima receitas e fixa despesas para um determinado exercício financeiro. CUIDADO! Incorreto: Lei de iniciativa do Chefe do Poder Legislativo, Que fixa receitas e fixa despesas Obs.: Podemos considerar como correto: Que estima receitas e estima despesas LOA Ano XXXX Receitas Previstas Tributárias 700 Contribuições 50 Patrimoniais 50 Operações de Crédito 100 Despesas Fixadas (Créditos Orçamentários) Ministério da Educação (Adm. Direta) Pessoal xxx Serviços de Terceiros xxx Ministério dos Transportes (Adm. Direta) Pessoal xxx Material de Consumo xxx IBAMA (Adm. Indireta/Autarquia) Pessoal xxx Serviços de Terceiros xxx Reserva de Contingência 20 Total Dinheiro previsto 900 Total Cartão de Crédito 900 EXERCÍCIO FINANCEIRO Art. 34 da Lei nº 4.320/64: O exercício financeiro coincide com o ano civil. 1º jan I I 31/12 CUIDADO! Incorreto: O exercício financeiro coincide com o ano comercial. Conceito: O exercício financeiro é o período no qual o orçamento estará em vigor. É o período em que estaremos arrecadando as receitas previstas e empenhando, gastando, as despesas fixadas (créditos orçamentários). 1º jan I I 31/12 período de execução do orçamento público 14

15 Questões Orçamento na CF/88: PPA, LDO e LOA 1. (Esaf Analista Jurídico Sefaz-CE 2007) Consoante a Constituição Federal, leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. Assinale a opção incorreta. a) A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. b) A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. c) Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. d) O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada trimestre, relatório resumido da execução orçamentária. e) O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. 2. (Esaf APOFP Sefaz-SP 2009) Segundo disposição da Constituição Federal de 1988, as diretrizes e metas da administração pública, para as despesas de capital, são definidas no seguinte instrumento: a) em lei ordinária de ordenamento da administração pública. b) na lei que institui o plano plurianual. c) na lei orçamentária anual. d) na lei de diretrizes orçamentárias. e) no decreto de programação financeira do poder executivo. 3 (Esaf Analista Contábil-Financeiro Sefaz- -CE 2006) Sobre o Plano Plurianual PPA de que trata o art. 165 da Constituição Federal é correto afirmar, exceto: a) sua duração atual é de quatro anos. b) estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública para as despesas de capital. c) a elaboração dá-se no primeiro ano do mandato do governante. d) os programas de governo e seus principais elementos constitutivos são objeto do PPA. e) os valores a serem aplicados nos programas não constam do PPA por serem objeto da Lei Orçamentária Anual LOA. 4. (Esaf Técnico de Finanças e Controle CGU 2001) A Constituição de 1988, em seu art. 165, determina que a lei orçamentária anual compreenderá: O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 15

16 O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital com direito a voto; O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculadas, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. Além dos orçamentos anuais acima indicados, a nova constituição estabelece que leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: a) o plano plurianual, as diretrizes compensatórias e as atualizações fiduciárias b) o plano bianual, as diretrizes orçamentárias e as atualizações permanentes c) o plano plurianual, as diretrizes estratégicas e as atualizações permanentes d) o plano trianual, as diretrizes orçamentárias e as atualizações fiduciárias e) o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os planos e programas nacionais, regionais e setoriais 5. (Esaf Analista de Finanças e Controle CGU 2002) O Sistema de Planejamento Integrado, também conhecido, no Brasil, como Processo de Planejamento-Orçamento, consubstancia-se nos seguintes instrumentos: Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual. No que diz respeito à Lei de Diretrizes Orçamentárias, aponte a única opção falsa. a) Tem a finalidade de nortear a elaboração dos orçamentos anuais. b) Contém as metas e prioridades da administração pública federal. c) Dispõe sobre as alterações na legislação tributária. d) Compreende o orçamento fiscal, o orçamento de investimento e o orçamento da seguridade social. e) Estabelece a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 6. (Esaf Técnico de Nível Superior-SPU 2006) Nos termos da Constituição Federal, a lei orçamentária anual compreenderá: I o orçamento fiscal. II o orçamento de investimento das empresas estatais. III o orçamento da seguridade social. Assinale a opção correta. a) Os itens I, II e III estão corretos. b) Apenas o item I está correto. c) Apenas os itens I e II estão corretos. d) Apenas os itens I e III estão corretos. e) Apenas os itens II e III estão corretos. 7. (Esaf EPPGG MPOG 2013) A Lei Orçamentária Anual (LOA) da União está mencionada e detalhada na Constituição Federal no art Estipula o 5º do artigo 165 da Constituição de 1988 que a Lei Orçamentária Anual compreenderá: a) o orçamento fiscal referente aos Poderes da União. b) os fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, excluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. c) o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha ações, independente de possuir maioria do capital social com direito a voto. d) o orçamento da seguridade social, não abrangendo as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta. e) os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público não são passíveis de inclusão na LOA. 16

17 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado 8. (Esaf EPPGG MPOG 2013) O modelo orçamentário brasileiro é definido na Constituição Federal de 1988 do Brasil. Compõe-se de três instrumentos: o Plano Plurianual PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO e a Lei Orçamentária Anual LOA, conforme informa o art. 165: Art Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I o plano plurianual; II as diretrizes orçamentárias; III os orçamentos anuais. Acerca do Planejamento no Brasil após a Constituição de 1988, assinale a opção correta. a) O PPA, com vigência de quatro anos, tem como função enunciar as políticas públicas e respectivas prioridades para o exercício seguinte. b) Cabe à LDO estabelecer as diretrizes, objetivos e metas de médio prazo da administração pública. c) A LOA, ao identificar no PPA as ações que receberão prioridade no exercício seguinte, torna-se o elo entre o PPA, que funciona como um plano de médio prazo do governo. d) A LOA é a lei orçamentária da União que estima receitas e fixa as despesas para um exercício financeiro. De um lado, permite avaliar as fontes de recursos públicos no universo dos contribuintes e, de outro, quem são os beneficiários desses recursos. e) A LDO tem como principais objetivos estimar a receita e fixar a programação das despesas para o exercício financeiro. 9 (Esaf Técnico Administrativo DNIT 2013) De acordo com a Constituição Federal, o principal objetivo da Lei de Diretrizes Orçamentárias é: a) orientar as unidades orçamentárias e administrativas na formulação do seu planejamento anual e na elaboração da proposta orçamentária, bem como estabelecer as metas a serem alcançadas no exercício subsequente. b) estabelecer as diretrizes, prioridades e metas para a organização das entidades com vistas à definição da proposta orçamentária anual a ser enviada ao Congresso Nacional. c) criar as condições necessárias ao estabelecimento de um sistema de planejamento integrado com vistas à elaboração e aprovação do orçamento. d) estabelecer as metas de despesas correntes e de capital para o exercício seguinte, as prioridades da administração e orientar a elaboração da proposta orçamentária. e) estabelecer as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente e orientar a elaboração da lei orçamentária. 10. (Esaf Analista de Planejamento e Orçamento MPOG 2010) Na integração do Sistema de Planejamento e Orçamento Federal, indique qual (ais) instrumento (s) legal (is) explicita (m) as metas e prioridades para cada ano. a) O Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual. b) A Lei de Responsabilidade Fiscal. c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias. d) A Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Orçamentária Anual. e) A Lei Orçamentária Anual. 11. (Esaf Analista de Finanças e Controle STN 2008) A Constituição brasileira atribui ao Poder Executivo a responsabilidade pelo planejamento e orçamento por meio de três instrumentos principais o PPA (Plano Plurianual), a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e a LOA (Lei Orçamentária Anual); em relação a essa estrutura é correto afirmar: 17

18 a) O PPA deve ser enviado pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo no primeiro ano de mandato apenas para seu conhecimento e tem duração até o final do mandato. b) O Executivo envia conjuntamente os projetos da LDO e da LOA para o Poder Legislativo, os quais devem ser votados em conjunto antes do término do ano a fim de serem executados no ano seguinte. c) Enquanto o PPA é um planejamento para os quatro anos seguintes, incluindo o primeiro ano do mandato subsequente, a LDO estabelece as metas e prioridades para o exercício financeiro seguinte. d) O Poder Executivo envia para o Legislativo inicialmente a LOA, depois de a LOA aprovada e com base nela, o executivo envia ao legislativo a LDO, que estabelece a programação financeira e o cronograma mensal de desembolso. e) O Legislativo só deve aprovar a LDO, pois o PPA é um indicativo das metas do executivo e a LOA é apenas um cronograma de despesas. 12. (Esaf APOFP Sefaz-SP 2009) O orçamento público pode ser entendido como um conjunto de informações que evidenciam as ações governamentais, bem como um elo capaz de ligar os sistemas de planejamento e finanças. A elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), segundo a Constituição Federal de 1988, deverá espelhar: a) exclusivamente os investimentos. b) as metas fiscais somente para as despesas. c) as estimativas de receita e a fixação de despesas. d) a autorização para a abertura de créditos adicionais extraordinários. e) a autorização para criação de novas taxas. 13. (Esaf Auditor Fiscal Receita Federal do Brasil 2009) Com relação ao Plano Plurianual (PPA), aponte a única opção incorreta. a) Os programas do PPA podem abranger atividades desenvolvidas por diferentes Ministérios. b) Um aspecto importante do PPA é sua integração das despesas correntes e de capital, obtida por meio do foco em programas. c) É exigido que o PPA seja apresentado ao Congresso Nacional até 15 de abril do primeiro dos quatro anos do mandato do Presidente da República. d) O PPA de , o Avança Brasil, reflete a nova classificação programática. e) O PPA foi instituído pela Constituição de (Esaf Técnico de Nível Superior-SPU MPOG 2006) No decorrer do primeiro exercício de um mandato presidencial qualquer, os projetos de lei do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual deverão ser enviados para o Congresso Nacional, respectivamente, até as seguintes datas: a) 15/04 15/04 31/08. b) 31/08 15/04 15/04. c) 31/08 15/04 31/08. d) 15/04 31/08 31/08. e) 31/08 31/08 15/ (Esaf Analista Administração e Finanças Susep 2010) A respeito dos prazos relativos à elaboração e tramitação da lei que institui o Plano Plurianual PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO e da Lei Orçamentária Anual LOA, é correto afirmar: a) o projeto de PPA será encaminhado até cinco meses antes do término do exercício em que inicia o mandato do Presidente da República, enquanto a LOA deve ser encaminhada até quatro meses antes do término do exercício. 18

19 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado b) a proposta de LOA deverá ser remetida ao Congresso Nacional até quatro meses antes do término do exercício financeiro e o projeto aprovado da LDO deve ser devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa. c) os projetos de PPA e de LDO devem ser encaminhados juntos até seis meses antes do término do exercício uma vez que há conexão entre eles. d) a Constituição Federal determina que esses projetos de lei são encaminhados ao Congresso Nacional de acordo com as necessidades do Poder Executivo, exceto no último ano de mandato do titular do executivo. e) os projetos de LDO e de LOA devem ser encaminhados ao Congresso Nacional até seis meses antes do término do exercício e devolvidos para sanção até o encerramento da sessão legislativa. 16. (Esaf Auditor Fiscal Receita Federal do Brasil 2009) A compreensão adequada do ciclo de gestão do governo federal implica saber que: a) no último ano de um mandato presidencial qualquer, à lei de diretrizes orçamentárias compete balizar a elaboração do projeto de lei do plano plurianual subsequente. b) a função controle precede à execução orçamentária. c) a não-aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias impede o recesso parlamentar. d) a votação do plano plurianual segue o rito de lei complementar. e) com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o orçamento de investimento das empresas estatais passou a integrar o plano plurianual. 17. (Esaf Analista Planejamento e Execução Financeira CVM 2010) Nos termos da Constituição Federal, é correto afirmar que: a) o Plano Plurianual possui status de lei complementar. b) a Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das estatais e o orçamento da seguridade social. c) o Poder Executivo deve publicar, até trinta dias após o encerramento de cada trimestre, relatório resumido da execução orçamentária. d) o Plano Plurianual compreende as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. e) os orçamentos fiscal e de investimento das estatais possuem, entre outras, a função de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 18. (Esaf AUFC TCU 2006) No que se refere à matéria orçamentária, a Constituição de 1988, em seu artigo 165, determina que leis de iniciativa do Poder Executivo estabeleçam o Plano Plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. Identifique a opção falsa com relação ao tema. a) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) consiste na lei que norteia a elaboração dos orçamentos anuais, compreendidos o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas estatais e o orçamento da seguridade social. b) A Lei Orçamentária Anual (LOA) objetiva viabilizar a realização das ações planejadas no Plano Plurianual e transformá-las em realidade. 19

20 c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), sob forma de projeto, deve ser encaminhada pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo, na esfera federal, até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e devolvida para sanção até o final do primeiro período da sessão legislativa (17 de julho). d) O Plano Plurianual corresponde a um plano, por meio do qual se procura ordenar as ações do governo que levem ao alcance dos objetivos e das metas fixados para um período de três anos. e) A Lei do Orçamento, sob forma de projeto, deve ser encaminhada, no âmbito federal, até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro (31 de agosto) e devolvida para sanção até o final da sessão legislativa. Gabarito: 1. D 2. B 3. E 4. E 5. D 6. A 7. A 8. D 9. E 10. C 11. C 12. C 13. C 14. C 15. B 16. C 17. E 18. D 20

21 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado RECEITAS PÚBLICAS Classificação quanto ao Ingresso RECEITAS PÚBLICAS RECEITAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS (Ingressos Extraorçamentários) RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS RECEITAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS Ingressos Extraorçamentários Cauções recebidas em dinheiro Retenções na fonte Consignações em folha de pagamento Inscrição de restos a pagar Art. 103, parágrafo único da Lei nº 4.320/64 Operações de Crédito por Antecipação de Receita (ARO; débitos de tesouraria) Salários não reclamados Depósitos judiciais Serviços da dívida a pagar ( RP da Dívida Pública ) Cauções recebidas em dinheiro Retenções na fonte Consignações em folha de pagamento Inscrição de restos a pagar (Art. 103, parágrafo único da Lei nº 4.320/64) Operações de crédito por antecipação de receita (aro; débitos de tesouraria) 21

22 Salários não reclamados Depósitos Judiciais Serviços da Dívida a Pagar ( RP da Dívida Pública ) Cauções Recebidas em dinheiro Exemplo: EMPRESA X R$ ,00 (contrato de 12 meses) X 3% R$ 3.600,00 C/C DO ÓRGÃO PÚBLICO Balanço Patrimonial ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 3.600,00 SF = AF (-) PF SF = (-) SF = 0 PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Cauções a Devolver 3.600,00 (dinheiro em caráter temporário) Cauções recebidas em dinheiro Retenções na fonte Consignações em folha de pagamento Inscrição de restos a pagar (Art. 103, parágrafo único da Lei nº 4.320/64) Operações de crédito por antecipação de receita (ARO; débitos de tesouraria) Salários não reclamados Depósitos judiciais Serviços da dívida a pagar ( RP da Dívida Pública ) 22

23 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Retenções e Consignações na Fonte Folha de Pagamento de Agosto/xxxx Data do Pagamento da Folha: 31/08/xxxx Valor Bruto Retenção de IR Consignações: Previdência Plano de Saúde Valor Líquido R$ ,00 ( ,00) ( ,00) ,00 ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 700 PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Salários a Pagar 300 Retenções a Recolher 200 Consignações a Recolher 200 ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 700 (300) 400 SF = AF (-) PF SF = 400 (-) 400 SF = 0 PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Salários a Pagar 300 Retenções a Recolher 200 Consignações a Recolher 200 (dinheiro em caráter temporário) Cauções recebidas em dinheiro Retenções na fonte Consignações em folha de pagamento Inscrição de restos a pagar (Art. 103, parágrafo único da Lei nº 4.320/64) Operações de crédito por antecipação de receita (ARO; débitos de tesouraria) Salários Não-Reclamados Depósitos Judiciais Serviços da Dívida a Pagar ( RP da Dívida Pública ) 23

24 ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 5.000,00 PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Fornecedores 5.000,00 Balanço Patrimonial 31/12/x ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 5.000,00 (4.000,00) 1.000,00 SF = AF (-) PF SF = (-) SF = 0 PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Fornecedores 5.000,00 (4.000,00) Restos a Pagar 1.000,00 (dinheiro em caráter temporário) Classificação quanto às Categorias Econômicas (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens Art. 11, 3º 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) 24

25 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Classificação quanto às Categorias Econômicas (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens Art. 11, 3º 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) Receitas Correntes / Tributárias Impostos; Taxas; Contribuições de Melhoria. Classificação quanto às Categorias Econômicas (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens Art. 11, 3º 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) 25

26 Receitas Correntes / Contribuições CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO CONTRIBUIÇÃO DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONÔMICAS CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA Classificação quanto às Categorias Econômicas (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens Art. 11, 3º 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) Receitas correntes / patrimoniais Aluguéis; dividendos; Juros ou rendimentos de aplicações financeiras; Arrendamentos; Receitas de concessões / permissões; Foros; laudêmios 26

27 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Classificação quanto às Categorias Econômicas RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 Art. 11, 3º (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) Receitas Correntes / Agropecuárias Decorrem da exploração econômica, por parte do ente público, de atividades agropecuárias, tais como a venda de produtos: agrícolas (grãos, tecnologias, insumos, etc.); pecuários (sêmens, técnicas em inseminação, matrizes, etc.); para reflorestamentos, etc. Classificação quanto às Categorias Econômicas RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 Art. 11, 3º (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) 27

28 Receitas Correntes / Industriais São receitas originárias, provenientes das atividades industriais exercidas pelo ente público. Encontram-se nessa classificação receitas provenientes de atividades econômicas, tais como: da indústria extrativa mineral; da indústria de transformação; da indústria de construção; e outras receitas industriais de utilidade pública. Classificação quanto às Categorias Econômicas (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens Art. 11, 3º 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) Receitas Correntes / Serviços São receitas decorrentes das atividades econômicas na prestação de serviços por parte do ente público, tais como: comércio, transporte, comunicação, serviços hospitalares, armazenagem, serviços recreativos, culturais, etc. Esses serviços são remunerados mediante preço público, também chamado de tarifa. Exemplos de naturezas orçamentárias de receita dessa origem são os seguintes: serviços comerciais; serviços de transporte; serviços portuários, etc. 28

29 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Classificação quanto às Categorias Econômicas RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 Art. 11, 3º (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) Receitas Correntes / Transferências Daqui a pouco veremos Transferências Correntes e Transferências de Capital, para podermos verificar a diferença entre essas duas espécies de TRANSFERÊNCIAS. O exemplo que trabalharemos mais adiante servirá de base para estudarmos as receitas com transferências correntes e de capital, bem como as despesas com essas espécies de transferências. Classificação quanto às Categorias Econômicas RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 Art. 11, 3º (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) 29

30 Receitas Correntes / ORC Recebimento ou cobrança da dívida ativa; Multas; Juros de mora; Indenizações / restituições Recebimento ou Cobrança da Dívida Ativa Exemplo: Contribuinte X IPTU: R$ 1.000,00 Vencimento: 31/03/2004 1ª situação: 10/03/2004 R$ 1.000,00 IPTU RC/Tributária 2ª situação: 30/06/2004 R$ 1.000,00 IPTU RC/Tributária R$ 200,00 Multa e juros de mora RC/ORC R$ 1.200,00 3ª situação: 01/04/2007 R$ 1.000,00 Dívida ativa RC/ORC R$ 500,00 Multa e juros de mora RC/ORC R$ 1.500,00 Classificação quanto às Categorias Econômicas (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens Art. 11, 3º 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) 30

31 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Balanço Patrimonial (Operações de Crédito) ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 1 bilhão Ativo Permanente(AP): PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Passivo Permanente(PP): (Dívida Fundada/Consolidada) Operações de Crédito 1 bilhão (Empréstimos a Pagar) (dinheiro em caráter temporário) Classificação quanto às Categorias Econômicas (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens Art. 11, 3º 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) Balanço Patrimonial (Alienação de Bens) ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 300 milhões Ativo Permanente(AP): Imóveis 300 milhões PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Passivo Permanente(PP): (Dívida Fundada/Consolidada) 31

32 Classificação quanto às Categorias Econômicas (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens Art. 11, 3º 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) Balanço Patrimonial (Concessão de Empréstimo) ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 100 milhões Ativo Permanente(AP): Empréstimos a Receber 100 milhões PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Passivo Permanente(PP): (Dívida Fundada/Consolidada) Balanço Patrimonial (Amortização de Empréstimo) ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 100 milhões Ativo Permanente(AP): PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Passivo Permanente(PP): (Dívida Fundada/Consolidada) Empréstimos a Receber 100 milhões 32

33 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Fixando para a prova: Operações de crédito = Receita de CAPITAL (Pegar emprestado o CAPITAL principal) Amortização da dívida pública = Despesas de CAPITAL (Devolver o CAPITAL principal) Juros da dívida pública = Despesas correntes Concessão de empréstimos = Despesas de CAPITAL/inversões financeiras) (Emprestar o CAPITAL principal) Receita com amortização de empréstimos anteriormente concedidos = receita de capital (Receber de volta o CAPITAL principal) Receita com juros associados a esse empréstimo concedido = receitas correntes Operações de Crédito por ANTECIPAÇÃO DE RECEITA ORÇAMENTÁRIA = Receita extraorçamentária Amortização, Resgate, Liquidação, Pagamento de ARO = Despesa extraorçamentária Juros decorrentes desta ARO = Despesas correntes Classificação quanto às Categorias Econômicas (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens Art. 11, 3º 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) 33

34 Transferências Transferências Correntes Exemplo: Foi firmado um convênio entre a União e um determinado município para aquisição de medicamentos para a rede pública municipal. A União repassará ao município um valor de R$ ,00 para a realização dessa compra (despesa corrente/custeio ou despesa corrente/ outras despesas correntes/aplicações diretas/material de consumo/ drogas e medicamentos = c.g.mm.ee.dd = xx). Para a União, que concedeu a transferência de recursos (R$ ,00), essa é uma despesa corrente/transferência corrente. Para o município, que recebeu a transferência de recursos (R$ ,00), essa é uma receita corrente/transferência corrente. Vale ressaltar que este é o momento 1, isto é, o momento em que são realizadas as transferências. O momento 2 será quando o município começar a executar o objeto do convênio, ou seja, realizar a aquisição dos medicamentos. Transferências de Capital Exemplo: Foi firmado um convênio entre a União e um determinado município para a construção de um estádio de futebol. A União repassará ao município um valor de R$ ,00 para a realização dessa obra (despesa de capital/investimentos ou despesa de capital/investimentos/ aplicações diretas/obras e instalações = c.g.mm.ee.dd = xx). Para a União, que concedeu a transferência de recursos (R$ ,00), essa é uma despesa de capital/transferência de capital. Para o município, que recebeu a transferência de recursos (R$ ,00), essa é uma receita de capital/transferência de capital. Vale ressaltar que este é o momento 1, isto é, o momento em que são realizadas as transferências. O momento 2 será quando o município começar a executar o objeto do convênio, ou seja, realizar a obra de construção do estádio de futebol. 34

35 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Classificação quanto às Categorias Econômicas (1) RECEITAS CORRENTES (RC) 1º; 4º - 1.Tributárias - 2. Contribuições - 3. Patrimoniais - 4. Agropecuárias - 5. Industriais - 6. Serviços - 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Art. 11 da Lei nº 4.320/64 (2) RECEITAS DE CAPITAL (RK) 2º; 4º - 1. Operações de Crédito - 2. Alienação de Bens Art. 11, 3º 3. Amortização de Empréstimos (concedidos) - 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital (Superávit do Orçamento Corrente) LOA (Superávit do Orçamento Corrente) Receitas Previstas Tributárias 700 Contribuições 150 Patrimoniais 50 Total RC 900 Total Dinheiro previsto 900 SOC = 100 Despesas Fixadas (Créditos Orçamentários) Pessoal 600 Serviços de Terceiros 200 Total DC 800 Aquisição de Imóveis 100 Total DK 100 Total Cartão de Crédito 900 Receita, de acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, da Público (MCASP), da STN Parte I Procedimentos Contábeis Orçamentários: 35

36 Receita Orçamentária O orçamento é um importante instrumento de planejamento de qualquer entidade, seja pública ou privada, e representa o fluxo previsto de ingressos e de aplicações de recursos em determinado período. A matéria pertinente à receita vem disciplinada no art. 3º, conjugado com o art. 57, e no at. 35 da Lei nº 4.320/64. Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros. [...] Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento. Lei nº 4.320/64: Art. 35*. Pertencem ao exercício financeiro: I as receitas nele arrecadadas; II as despesas nele legalmente empenhadas. Nota do Professor: É o denominado Regime Orçamentário Misto: Para receitas, regime orçamentário de caixa; Para despesas, regime orçamentário de competência. Atenção: é diferente de Regime Contábil. Para fins contábeis, quanto ao impacto na situação líquida patrimonial, a receita pode ser efetiva ou não efetiva : Receita Orçamentária Efetiva aquela que, no momento do reconhecimento do crédito, aumenta a situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo aumentativo. Receita Orçamentária Não Efetiva aquela que não altera a situação líquida patrimonial no momento do reconhecimento do crédito e, por isso, constitui fato contábil permutativo, como é o caso das operações de crédito. 36

37 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Receitas Em sentido amplo, os ingressos de recursos financeiros nos cofres do Estado denominam-se Receitas Públicas, registradas como Receitas Orçamentárias, quando representam disponibilidades de recursos financeiros para o erário, ou Ingressos Extraorçamentários, quando representam apenas entradas compensatórias. Em sentido estrito, chamam-se públicas apenas as receitas orçamentárias. O MCASP adota a definição no sentido estrito; dessa forma, quando houver citação ao termo Receita Pública, implica referência às Receitas Orçamentárias. Ingressos Extraorçamentários São recursos financeiros de caráter temporário e não integram a Lei Orçamentária Anual. O Estado é mero depositário desses recursos, que constituem passivos exigíveis e cujas restituições não se sujeitam à autorização legislativa. Exemplos: Depósitos em caução, fianças, operações de crédito por antecipação de receita orçamentária ARO, emissão de moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros. Receitas Orçamentárias São disponibilidades de recursos financeiros que ingressam durante o exercício orçamentário e constituem elemento novo para o patrimônio público. Instrumento por meio do qual se viabiliza a execução das políticas públicas, as receitas orçamentárias são fontes de recursos utilizadas pelo Estado em programas e ações cuja finalidade precípua é atender às necessidades públicas e demandas da sociedade. Essas receitas pertencem ao Estado, transitam pelo patrimônio do Poder Público, aumentamlhe o saldo financeiro, e, via de regra, por força do Princípio Orçamentário da Universalidade, estão previstas na Lei Orçamentária Anual (LOA). Nesse contexto, embora haja obrigatoriedade de a LOA registrar a previsão de arrecadação, a mera ausência formal do registro dessa previsão, no citado documento legal, não lhes retiram o caráter de orçamentárias, haja vista o art. 57 da Lei nº 4.320, de 1964, determinar classificar- -se como Receita Orçamentária toda receita arrecadada que porventura represente ingressos financeiros orçamentários, inclusive se provenientes de operações de crédito, exceto: operações de crédito por antecipação de receita (ARO), emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros. Quanto à coercitividade: OBSERVAÇÃO A doutrina classifica as receitas públicas, quanto à procedência*, em Originárias e Derivadas. 37

38 Essa classificação possui uso acadêmico e não é normatizada; portanto, não é utilizada como classificador oficial da receita pelo Poder Público. Nota do Professor: * É a chamada, pela doutrina, classificação quanto à coercitividade. Receitas públicas Originárias segundo a doutrina, seriam aquelas arrecadadas por meio da exploração de atividades econômicas pela Administração Pública. Resultariam, principalmente, de rendas do patrimônio mobiliário e imobiliário do Estado (receita de aluguel), de preços públicos (tarifas), de prestação de serviços comerciais e de venda de produtos industriais ou agropecuários. Receitas públicas Derivadas segundo a doutrina, seria a receita obtida pelo Poder Público por meio da soberania estatal. Decorreriam de imposição constitucional ou legal e, por isso, auferidas de forma impositiva, como, por exemplo, as receitas tributárias e as de contribuições especiais. Codificação da Receita CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA POR NATUREZA O 1º do art. 8º da Lei nº 4.320/1964 define que os itens da discriminação da receita, mencionados no art. 11 dessa lei, serão identificados por números de código decimal. Convencionou- -se denominar este código de natureza de receita. A fim de possibilitar identificação detalhada dos recursos que ingressam nos cofres públicos, essa classificação é formada por um código numérico de 8 dígitos que se subdivide em seis níveis: Categoria Econômica, Origem, Espécie, Rubrica, Alínea e Subalínea: C O E R AA SS Quando, por exemplo, o imposto de renda pessoa física é recolhido dos trabalhadores, aloca- -se a receita pública correspondente na Natureza de Receita código , segundo esquema abaixo: C O E R AA SS Onde: 1. Categoria Econômica: Receitas Correntes; 1. Origem: Tributária; 1. Espécie: Impostos; 2. Rubrica: Impostos sobre o patrimônio e a renda; 04. Alínea: Impostos sobre a renda e proventos de qualquer natureza; 10. Subalínea: Pessoas físicas 38

39 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Categoria Econômica da Receita Os 1º e 2º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, classificam as Receitas Orçamentárias em Receitas Correntes e Receitas de Capital. A codificação correspondente seria: CÓDIGO CATEGORIA ECONÔMICA 1 Receitas Correntes 2 Receitas de Capital 1. Receitas Correntes Receitas Orçamentárias Correntes são arrecadadas dentro do exercício financeiro, aumentam as disponibilidades financeiras do Estado, em geral com efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido e constituem instrumento para financiar os objetivos definidos nos programas e ações orçamentários, com vistas a satisfazer finalidades públicas. De acordo com o 1 º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, classificam-se como Correntes as receitas provenientes de Tributos; de Contribuições; da exploração do patrimônio estatal (Patrimonial); da exploração de atividades econômicas (Agropecuária, Industrial e de Serviços); de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes (Transferências Correntes); por fim, demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores (Outras Receitas Correntes). 2. Receitas de Capital Receitas Orçamentárias de Capital também aumentam as disponibilidades financeiras do Estado e são instrumentos de financiamento dos programas e das ações orçamentários, a fim de se atingirem as finalidades públicas. Porém, de forma diversa das Receitas Correntes, as Receitas de Capital em geral não provocam efeito sobre o Patrimônio Líquido. De acordo com o 2º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, com redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.939, de 20 de maio de 1982, Receitas de Capital são as provenientes tanto da realização de recursos financeiros oriundos da constituição de dívidas e da conversão, em espécie, de bens e direitos, quanto de recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado e destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital (Transferências de Capital). Receitas de Operações Intraorçamentárias são aquelas realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do orçamento fiscal e do orçamento da seguridade social do mesmo ente federativo; por isso, não representam novas entradas de recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas movimentação de receitas entre seus órgãos. As receitas intraorçamentárias são a contrapartida das despesas classificadas na modalidade de aplicação 91 Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes do Orçamento Fiscal e do Orçamento da Seguridade Social que, devidamente 39

40 identificadas, possibilitam anulação do efeito da dupla contagem na consolidação das contas governamentais. Dessa forma, a fim de se evitar a dupla contagem dos valores financeiros objeto de operações Intraorçamentárias na consolidação das contas públicas, a Portaria Interministerial STN/SOF nº 338, de 26 de abril de 2006, incluiu as Receitas Correntes Intraorçamentárias e Receitas de Capital Intraorçamentárias, representadas, respectivamente, pelos códigos 7 e 8, em suas categorias econômicas. Essas classificações, segundo disposto pela Portaria que as criou, não constituem novas categorias econômicas de receita, mas apenas especificações das categorias econômicas Receita Corrente e Receita de Capital. Origem da Receita A origem é o detalhamento das categorias econômicas Receitas Correntes e Receitas de Capital, com vistas a identificar a natureza da procedência das receitas no momento em que ingressam no Orçamento Público. Os códigos da origem para as receitas correntes e de capital, de acordo com a Lei nº 4.320, de 1964, são: Os códigos da origem para as receitas correntes e de capital, de acordo com a Lei nº 4.320, de 1964, são: 1. RECEITAS CORRENTES 2. RECEITAS DE CAPITAL 1. Tributária 1. Operações de Crédito 2. Contribuições 2. Alienação de Bens 3. Patrimonial 3. Amortização de Empréstimos 4. Agropecuária 4. Transferências de Capital 5. Industrial 5. Outras Receitas de Capital 6. Serviços 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes 1. Receitas correntes 1. Receita Corrente Tributária Tributo é uma das origens da receita corrente na Classificação Orçamentária por Categoria Econômica. Quanto à procedência, trata-se de receita derivada cuja finalidade é obter recursos financeiros para o Estado custear as atividades que lhe são correlatas. Sujeitam-se aos princípios da reserva legal e da anterioridade da Lei, salvo exceções. O art. 3º do Código Tributário Nacional (CTN) define tributo da seguinte forma: 40

41 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado "Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada". O art. 5º do CTN e os incisos I, II e III do art. 145 da CF/88 tratam das espécies tributárias impostos, taxas e contribuições de melhoria. 2. Receita Corrente Contribuições Segundo a classificação orçamentária, Contribuições são origem da categoria econômica Receitas Correntes. As contribuições classificam-se nas seguintes espécies: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO CONTRIBUIÇÃO DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONÔMICAS CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA 3. Receita Corrente Patrimonial São receitas provenientes da fruição do patrimônio de ente público, como, por exemplo, bens mobiliários e imobiliários ou, ainda, bens intangíveis e participações societárias. São classificadas no orçamento como receitas correntes e de natureza patrimonial. Quanto à procedência, trata-se de receitas originárias. Podemos citar como espécie de receita patrimonial as compensações financeiras, concessões e permissões, dentre outras. 4. Receita Corrente Agropecuária São Receitas Correntes, constituindo, também, uma origem de receita específica na classificação orçamentária. Quanto à procedência, trata-se de uma Receita Originária, com o Estado atuando como empresário, em pé de igualdade como o particular. Decorrem da exploração econômica, por parte do ente público, de atividades agropecuárias, tais como a venda de produtos: agrícolas (grãos, tecnologias, insumos, etc.); pecuários (sêmens, técnicas em inseminação, matrizes, etc.); para reflorestamentos, etc. 5. Receita Corrente Industrial Trata-se de Receitas Correntes, constituindo outra origem específica na classificação orçamentária da receita. São Receitas Originárias, provenientes das atividades industriais exercidas pelo ente público. Encontram-se nessa classificação receitas provenientes de atividades econômicas, tais como: da indústria extrativa mineral; da indústria de transformação; da indústria de construção; e outras receitas industriais de utilidade pública. 41

42 6. Receita Corrente Serviços São Receitas Correntes cuja classificação orçamentária constitui origem específica, abrangendo as receitas decorrentes das atividades econômicas na prestação de serviços por parte do ente público, tais como: comércio, transporte, comunicação, serviços hospitalares, armazenagem, serviços recreativos, culturais, etc. Esses serviços são remunerados mediante preço público, também chamado de tarifa. Exemplos de naturezas orçamentárias de receita dessa origem são os seguintes: serviços comerciais; serviços de transporte; serviços portuários etc. 7. Receita Corrente Transferências Correntes Na ótica orçamentária, são recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado destinados a atender despesas de manutenção ou funcionamento relacionadas a uma finalidade pública específica, mas que não correspondam a uma contraprestação direta em bens e serviços a quem efetuou a transferência. Os recursos da transferência são vinculados à finalidade pública, e não à pessoa. Podem ocorrer a nível intragovernamental (dentro do âmbito de um mesmo governo) ou intergovernamental (governos diferentes, da União para Estados, do Estado para os Municípios, por exemplo), assim como podem ser recebidos de instituições privadas. Nas Transferências Correntes, podemos citar como exemplos as seguintes espécies: a) Transferências de Convênios: Recursos oriundos de convênios, com finalidade específica, firmados entre entidades públicas de qualquer espécie, ou entre elas e organizações particulares, para realização de objetivos de interesse comum dos partícipes e destinados a custear despesas correntes. b) Transferências de Pessoas: Compreendem as contribuições e doações que pessoas físicas realizem para a Administração Pública. 9. Receita Corrente Outras Receitas Correntes Neste título, inserem-se multas e juros de mora, indenizações e restituições, receitas da dívida ativa e as outras receitas não classificadas nas receitas correntes anteriores. Podemos citar como exemplos as seguintes espécies, dentre outras: Receitas de Multas Receitas da Dívida Ativa RECEITAS DE MULTAS As multas também são um tipo de receita pública, de caráter não tributário, constituindo-se em ato de penalidade de natureza pecuniária aplicado pela Administração Púbica aos administrados. Dependem, sempre, de prévia cominação em lei ou contrato, cabendo sua imposição ao respectivo órgão competente (poder de polícia). Conforme prescreve o 4º do art. 11 da Lei nº 42

43 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado 4.320, de 1964, as multas classificam-se como outras receitas correntes. Podem decorrer do descumprimento de preceitos específicos previstos na legislação pátria, ou de mora pelo não pagamento das obrigações principais ou acessórias nos prazos previstos. RECEITAS DA DÍVIDA ATIVA São os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, exigíveis em virtude do transcurso do prazo para pagamento. Esse crédito é cobrado por meio da emissão de certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, inscrita na forma da lei, com validade de título executivo. Isso confere à certidão da dívida ativa caráter líquido e certo, embora se admita prova em contrário. Dívida ativa tributária é o crédito da Fazenda Pública proveniente da obrigação legal relativa a tributos e aos respectivos adicionais, a atualizações monetárias, a encargos e a multas tributárias. Dívida ativa não tributária corresponde aos demais créditos da Fazenda Pública. As receitas decorrentes de dívida ativa tributária ou não tributária devem ser classificadas como Outras Receitas Correntes. 2. Receitas de Capital 1. Receita de capital Operações de crédito Origem de recursos da categoria econômica Receitas de Capital, são recursos financeiros oriundos da colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos obtidos junto a entidades públicas ou privadas, internas ou externas. São espécies desse tipo de receita: Operações de Crédito Internas; Operações de Crédito Externas; 2. Receita de capital Alienação de bens Origem de recursos da categoria econômica Receitas de Capital, são ingressos financeiros com origem específica na classificação orçamentária da receita proveniente da alienação de bens móveis ou imóveis de propriedade do ente público. Nos termos do artigo 44 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), é vedada a aplicação da receita de capital decorrente da alienação de bens e direitos que integrem o patrimônio público, para financiar despesas correntes, salvo as destinadas por lei aos regimes previdenciários geral e próprio dos servidores públicos. 3. Receita de Capital Amortização de Empréstimos São ingressos financeiros provenientes da amortização de financiamentos ou empréstimos concedidos pelo ente público em títulos e contratos. 43

44 Na classificação orçamentária da receita, são Receitas de Capital, origem específica amortização de empréstimos concedidos e representam o retorno de recursos anteriormente emprestados pelo poder público. Embora a amortização de empréstimos seja origem da categoria econômica Receitas de Capital, os juros recebidos, associados a esses empréstimos, são classificados em Receitas Correntes / de Serviços / Serviços Financeiros. 4. Receita de Capital Transferências de Capital Na ótica orçamentária, são recursos financeiros recebidos de outras pessoas de Direito público ou privado e destinados para atender despesas em investimentos ou inversões financeiras, a fim de satisfazer finalidade pública específica; sem corresponder, entretanto, à contraprestação direta ao ente transferidor. Os recursos da transferência ficam vinculados à finalidade pública e não à pessoa. Podem ocorrer a nível intragovernamental (dentro do âmbito de um mesmo governo) ou intergovernamental (governos diferentes, da União para Estados, do Estado para os Municípios, por exemplo), assim como recebidos de instituições privadas (do exterior e de pessoas). 5. Receita de Capital Outras Receitas de Capital São classificadas nessa origem as receitas de capital que não atendem às especificações anteriores; ou seja: na impossibilidade de serem classificadas nas origens anteriores. 44

45 Questões Receitas Públicas. 1. (Esaf Procurador TCE-GO 2007) As receitas públicas agrupam-se em duas grandes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. Nesse contexto, as operações de crédito constituem: a) Receita de Capital. b) Despesa de Capital. c) Transferência Corrente. d) Transferência de Capital. e) Receita Corrente. 2. (Esaf AUFC TCU 2006) Consoante o disposto na Lei Federal n /64 a receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. Aponte a opção falsa com relação a esse tema. a) As Receitas de Capital são as provenientes de operações de crédito, cobrança de multas e juros de mora, alienação de bens, de amortização de empréstimos concedidos, de indenizações e restituições, de transferências de capital e de outras receitas de capital. b) São Receitas Correntes as receitas tributárias, patrimonial, agropecuária, industrial, de contribuições, de serviços e diversas e, ainda, as transferências correntes. c) Os tributos são receitas que a doutrina classifica como derivadas. d) Conceitua-se como Receita Tributária a resultante da cobrança de tributos pagos pelos contribuintes em razão de suas atividades, suas rendas e suas propriedades. e) Será considerada Receita de Capital o superávit do Orçamento Corrente, segundo disposição da Lei Federal n / (Esaf Analista de Finanças e Controle CGU 2002) A receita pública caracteriza-se como um ingresso de recursos ao patrimônio público. Assinale a opção que não é considerada como receita corrente: a) receita de contribuições. b) eceita da conversão, em espécie, de bens e direitos. c) receita patrimonial. d) receita agropecuária. e) receita industrial. 4. (Esaf Técnico de Finanças e Controle CGU 2001) A Lei n 4.320, de 17/03/1964, que estatui as normas gerais do Direito Financeiro, classifica as receitas públicas em receitas correntes e receitas de capital. Indique, entre as opções abaixo, aquela que representa corretamente as receitas de capital. a) Receitas tributárias, receitas dos contribuintes, receitas patrimoniais, transferências de capital e outras receitas de capital. b) Operações de crédito, alienação de bens, amortização de empréstimos, transferências de capital e outras receitas de capital. c) Operações de crédito, alienação de bens, receitas patrimoniais, receitas agropecuárias e receitas industriais. d) Receitas tributárias, receitas de serviços, amortizações de empréstimos, transferências de capital e outras receitas de capital. e) Operações de crédito, receitas tributárias, receitas patrimoniais, transferências de capital e outras receitas de capital. 45

46 5. (Esaf AFC-STN 2005) A receita na Administração Pública representa as operações de ingressos de recursos financeiros nos cofres públicos. Identifique a opção não pertinente em relação às receitas correntes. a) receitas imobiliárias b) receitas de contribuições sociais c) contribuição de melhoria d) receita de serviços e) alienação de bens móveis e imóveis 6. Esaf Técnico de Nível Superior SPU MPOG 2006) Assinale a opção que expressa, corretamente, uma receita de capital. a) a receita tributária. b) a receita patrimonial. c) a conversão, em espécie, de bens ou direitos. d) a receita industrial. e) a receita de serviços. 7. (Esaf Analista de Planejamento e Orçamento MPOG 2008) Segundo o Manual Técnico do Orçamento 2008, a classificação da receita por natureza busca a melhor identificação da origem do recurso, segundo seu fato gerador. Indique a opção incorreta quanto aos desdobramentos dessa receita. a) Sub-rubrica. b) Origem e espécie. c) Rubrica. d) Categoria econômica. e) Alínea e subalínea. 8. (Esaf Analista Administrativo ANA 2009) Classificam-se como Receitas Correntes Derivadas as receitas: a) de contribuições e de serviços. b) patrimonial, agropecuária e industrial. c) patrimonial, agropecuária, industrial e de serviços. d) tributária e de contribuições. e) tributária e de serviços. 9. (Esaf Analista de Finanças e Controle STN 2013) Identifique o conceito de receita pública que não é pertinente à sua definição. a) A multa é uma receita de caráter não tributário. b) As taxas são receitas tributárias. c) As receitas correntes aumentam a disponibilidade financeira do Estado, com efeito positivo no patrimônio líquido. d) Quanto às fontes de recursos, as receitas são classificadas em corrente e capital. e) As receitas de capital aumentam as disponibilidades do Estado, mas não provocam efeito sobre o patrimônio líquido. 10. (Esaf Analista de Finanças e Controle STN 2013) A receita pública derivada ou de economia pública é caracterizada pelo constrangimento legal para sua arrecadação. Sob esta classificação, identifique a única opção correta. a) Receitas de tributos. b) Receita de vendas de bens intermediários. c) Receita de prestação de serviços públicos. d) Receita de venda de bens finais. e) Receita de depósitos de terceiros. 11. (Esaf Analista Administrativo Contábil DNIT 2013) A respeito da classificação e contabilização das receitas orçamentárias de capital nos entes públicos, é correto afirmar: a) os ingressos recebidos como transferências de outros entes de direito público são classificados como receitas de capital e pressupõem a contraprestação direta ao ente transferidor. b) os ingressos oriundos da alienação de bens móveis e imóveis pertencentes 46

47 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado aos entes públicos são classificados e contabilizados como receita de capital, não sendo permitida a sua aplicação em despesas correntes. c) o recebimento de recursos oriundos da amortização de empréstimos concedidos tem seu principal classificado como receita de capital, enquanto os juros relacionados são classificados como receita corrente. d) as operações de créditos, tanto internas quanto externas, proporcionam a entrada de recursos no caixa do ente público, sendo que somente as da dívida mobiliária são classificadas e contabilizadas como receitas de capital. e) os ingressos decorrentes da atuação do Estado na atividade industrial são, por força de lei, classificados como despesas de capital. 12. (Esaf Analista Administrativo Contábil DNIT 2013) A respeito dos créditos relacionados à dívida ativa de que tratam a Lei n /1964, bem como seu reflexo no patrimônio do ente público, é correto afirmar, exceto: a) créditos que não de origem tributária podem ser inscritos em dívida ativa. b) os créditos não recebidos no exercício e inscritos em dívida ativa são reconhecidos como receita orçamentária somente no exercício do recebimento. c) quando o crédito a ser inscrito em dívida ativa estiver em moeda estrangeira, deverá ocorrer a conversão para moeda nacional na data da inscrição. d) os juros, as multas de mora e as atualizações incidentes sobre os créditos também constituem receitas da dívida ativa. e) no âmbito da União, a apuração e inscrição da dívida ativa devem ser realizadas pelos órgãos da administração detentores dos créditos. 13. (Esaf AFC-CGU Auditoria e Fiscalização 2006) No que diz respeito à receita pública, indique a opção falsa. a) A Lei n /64 classifica receita pública em orçamentária e extraorçamentária, sendo que esta apresenta valores que não constam do orçamento. b) A receita orçamentária divide-se em dois grupos: correntes e de capital. c) As receitas correntes compreendem as receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, agropecuárias, industriais, de serviços, de alienação de bens, de transferências e outras. d) A receita pública é definida como os recursos auferidos na gestão, que serão computados na apuração do resultado financeiro e econômico do exercício. e) A receita extraorçamentária não pertence ao Estado, possuindo caráter de extemporaneidade ou de transitoriedade nos orçamentos. 14. (Esaf Analista de Planejamento e Orçamento MPOG 2008) A Receita da Administração Pública pode ser classificada nos seguintes aspectos: quanto à natureza, quanto ao poder de tributar, quanto à coercitividade, quanto à afetação patrimonial e quanto à regularidade. Quanto à sua regularidade, as receitas são desdobradas em: a) receitas efetivas e receitas por mutação patrimonial. b) receitas orçamentárias e receitas extraorçamentárias. c) receitas ordinárias e receitas extraordinárias. d) receitas originárias e receitas derivadas. e) receitas de competência Federal, Estadual ou Municipal. Gabarito: 1. A 2. A 3. B 4. B 5. E 6. C 7. A 8. D 9. D 10. A 11. C 12. E 13. C 14. C 47

48 DESPESAS PÚBLICAS Classificação quanto à Natureza DESPESAS PÚBLICAS DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS Cauções devolvidas Retenções recolhidas Consignações recolhidas Pagamento de restos a Pagar (Art. 103, parágrafo único da Lei nº 4.320/64) Resgate de ARO Salários reclamados Depósitos judiciais sacados Pagamento dos serviços da dívida a pagar (Pagamento do RP da Dívida Pública ) Cauções Devolvidas Exemplo: EMPRESA X R$ ,00 (contrato de 12 meses) X 3% 3.600,00 C/C DO ÓRGÃO PÚBLICO 48

49 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Balanço Patrimonial (quando a caução foi recebida) ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 3.600,00 SF = AF (-) PF SF = (-) SF = 0 PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Cauções a Devolver 3.600,00 (dinheiro em caráter temporário) (quando da devolução da caução) ATIVO Ativo Financeiro (AF): PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Bancos 3.600,00 Cauções a Devolver 3.600,00 (Foi desembolsado o dinheiro que estava em caráter temporário). DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS Cauções devolvidas Retenções recolhidas Consignações recolhidas Pagamento de restos a pagar (Art. 103, parágrafo único da Lei nº 4.320/64) Resgate de ARO Salários reclamados Depósitos judiciais sacados Pagamento dos serviços da dívida a pagar (Pagamento do RP da Dívida Pública ) 49

50 Retenções e Consignações Recolhidas Folha de Pagamento de agosto/xxxx Recolhimento em setembro de xxxx Em setembro Valor Bruto R$ DARF GPS FATURA Retenção de IR Consignações: Previdência Plano de Saúde Valor Líquido ,00 ( ,00) ( ,00) ,00 Balanço Patrimonial Na apropriação da folha, reconhecendo as obrigações a pagar. ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 700 PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Salários a Pagar 300 Retenções a Recolher 200 Consignações a Recolher 200 No pagamento dos salários líquidos: ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 700 (300) 400 SF = AF (-) PF SF = 400 (-) 400 SF = 0 PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Salários a Pagar 300 Retenções a Recolher 200 Consignações a Recolher 200 (dinheiro em caráter temporário) 50

51 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado No recolhimento das retenções/consignações) ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 400 PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Retenções a Recolher 200 Consignações a Recolher 200 Foi desembolsado o dinheiro que estava em caráter temporário. DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS Cauções devolvidas Retenções recolhidas Consignações recolhidas Pagamento de restos a Pagar (Art. 103, parágrafo único da Lei nº 4.320/64) Resgate de ARO Salários reclamados Depósitos judiciais sacados Pagamento dos serviços da dívida a pagar (Pagamento do RP da Dívida Pública ) Balanço Patrimonial ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 5.000,00 PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Fornecedores 5.000,

52 Balanço Patrimonial 31/12/x ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 5.000,00 (4.000,00) 1.000,00 SF = AF (-) PF SF = (-) PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Fornecedores 5.000,00 (4.000,00) Restos a Pagar 1.000,00 (dinheiro em caráter temporário) SF = 0 Balanço Patrimonial em x+1 ATIVO Ativo Financeiro (AF): Bancos 1.000,00 PASSIVO Passivo Financeiro (PF): (Dívida Flutuante) Restos a Pagar 1.000,00 (Foi desembolsado o dinheiro que estava em caráter temporário). Classificação quanto às Categorias Econômicas DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS DESPESAS CORRENTES (DC) Arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/64 DESPESAS DE CAPITAL (DK) - Custeio - Transferências Correntes - Investimentos (agrega valor ao PIB) Subvenções Sociais (Sem finalidade lucrativa) Subvenções Econômicas (Com finalidade lucrativa) - Inversões Financeiras (não altera o PIB) - Transferências de Capital 52

53 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Classificação quanto às Categorias Econômicas DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS DESPESAS CORRENTES (DC) Arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/64 DESPESAS DE CAPITAL (DK) - Custeio - Transferências Correntes - Investimentos (agrega valor ao PIB) Subvenções Sociais (Sem finalidade lucrativa) Subvenções Econômicas (Com finalidade lucrativa) - Inversões Financeiras (não altera o PIB) - Transferências de Capital Despesas Correntes/Custeio Lei nº 4.320/64: Art. 12, 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. Art. 13. Observadas as categorias econômicas do art. 12, a discriminação ou especificação da despesa por elementos, em cada unidade administrativa ou órgão de governo, obedecerá ao seguinte esquema: DESPESAS CORRENTES Despesas de CUSTEIO Pessoal civil Pessoal militar Material de consumo Serviços de terceiros 53

54 Classificação quanto às Categorias Econômicas DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS DESPESAS CORRENTES (DC) Arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/64 DESPESAS DE CAPITAL (DK) - Custeio - Transferências Correntes - Investimentos (agrega valor ao PIB) Subvenções Sociais (Sem finalidade lucrativa) Subvenções Econômicas (Com finalidade lucrativa) - Inversões Financeiras (não altera o PIB) - Transferências de Capital Despesas Correntes/Transferências Correntes Lei nº 4.320/64: Art. 12, 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas às quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manutenção de outras entidades de direito público ou privado. Transferências TRANSFERÊNCIAS CORRENTES: Exemplo: Foi firmado um convênio entre a União e um determinado município para aquisição de medicamentos para a rede pública municipal. A União repassará ao município um valor de R$ ,00 para a realização dessa compra (despesa corrente/custeio ou despesa corrente/ outras despesas correntes/aplicações diretas/material de consumo/ drogas e medicamentos = c.g.mm.ee.dd = xx). Para a União, que concedeu a transferência de recursos (R$ ,00), essa é uma despesa corrente/transferência corrente. Para o município, que recebeu a transferência de recursos (R$ ,00), essa é uma receita corrente/transferência corrente. 54

55 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Vale ressaltar que este é o momento 1, isto é, o momento em que são realizadas as transferências. O momento 2 será quando o município começar a executar o objeto do convênio, ou seja, realizar a aquisição dos medicamentos. Lei nº 4.320/64: Art DESPESAS CORRENTES TRANSFERÊNCIAS CORRENTES Subvenções sociais Subvenções econômicas Inativos Pensionistas Salário família e abono familiar Juros da dívida pública Contribuições de previdência social Diversas transferências correntes Classificação quanto às Categorias Econômicas DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS DESPESAS CORRENTES (DC) Arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/64 DESPESAS DE CAPITAL (DK) - Custeio - Transferências Correntes Subvenções Sociais (Sem finalidade lucrativa) Subvenções Econômicas (Com finalidade lucrativa) - Investimentos (agrega valor ao PIB) - Inversões Financeiras (não altera o PIB) - Transferências de Capital 55

56 Despesas Correntes/Transferências Correntes/ Subvenções Lei nº 4.320/64: Art. 12, 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta Lei, as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como: I subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural sem finalidade lucrativa; II subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. "I Das Subvenções Sociais Art. 16. Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras, a concessão de subvenções sociais visará à prestação essenciais de assistência social, médica e educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a esses objetivos revelar-se mais econômica. Parágrafo único. O valor das subvenções, sempre que possível, será calculado com base em unidades de serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados, obedecidos os padrões mínimos de eficiência previamente fixados. Art. 17. Somente à instituição, cujas condições de funcionamento forem julgadas satisfatórias pelos órgãos oficiais de fiscalização, serão concedidas subvenções. II Das Subvenções Econômicas Art. 18. A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica ou não, far-se-á mediante subvenções econômicas, expressamente incluídas nas despesas correntes do Orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal. Parágrafo único. Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas: a) as dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros materiais; b) as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais. Art. 19. A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, à empresa de fins lucrativos, salvo quando se tratar de subvenções cuja concessão tenha sido expressamente autorizada em lei especial. 56

57 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Classificação quanto às Categorias Econômicas DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS DESPESAS CORRENTES (DC) Arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/64 DESPESAS DE CAPITAL (DK) - Custeio - Transferências Correntes Subvenções Sociais (Sem finalidade lucrativa) Subvenções Econômicas (Com finalidade lucrativa) - Investimentos (agrega valor ao PIB) - Inversões Financeiras (não altera o PIB) - Transferências de Capital Despesas de Capital/Investimentos Lei nº 4.320/64: Art. 12, 4º Classificam-se como Investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. Art DESPESAS DE CAPITAL INVESTIMENTOS Obras públicas Serviços em Regime de Programação Especial Equipamentos e instalações Material permanente Participação em constituição ou aumento de capital de empresas ou entidades industriais ou agrícolas 57

58 Classificação quanto às Categorias Econômicas DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS DESPESAS CORRENTES (DC) Arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/64 DESPESAS DE CAPITAL (DK) - Custeio - Transferências Correntes - Investimentos (agrega valor ao PIB) Subvenções Sociais (Sem finalidade lucrativa) Subvenções Econômicas (Com finalidade lucrativa) - Inversões Financeiras (não altera o PIB) - Transferências de Capital Despesas de Capital/ Inversões Financeiras Lei nº 4.320/64: Art.12, 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a: I aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; II aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento de capital; III constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros. Art DESPESAS DE CAPITAL INVERSÕES FINANCEIRAS Aquisição de imóveis Participação em constituição ou aumento de capital de empresas ou entidades comerciais ou financeiras Aquisição de títulos representativos de capital de empresas em funcionamento Constituição de fundos rotativos Concessão de empréstimos Diversas inversões financeiras 58

59 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Classificação quanto às Categorias Econômicas DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS DESPESAS CORRENTES (DC) Arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/64 DESPESAS DE CAPITAL (DK) - Custeio - Transferências Correntes Subvenções Sociais (Sem finalidade lucrativa) Subvenções Econômicas (Com finalidade lucrativa) - Investimentos (agrega valor ao PIB) - Inversões Financeiras (não altera o PIB) - Transferências de Capital Despesas de Capital/Transferências de Capital Lei nº 4.320/64: Art. 12, 6º São transferências de capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especial anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública. Transferências TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL: Exemplo: Foi firmado um convênio entre a União e um determinado município para a construção de um estádio de futebol. A União repassará ao município um valor de R$ ,00 para a realização dessa obra (despesa de capital/investimentos ou despesa de capital/investimentos/ aplicações diretas/obras e instalações = c.g.mm.ee.dd = xx). Para a União, que concedeu a transferência de recursos (R$ ,00), essa é uma despesa de capital/transferência de capital. Para o município, que recebeu a transferência de recursos (R$ ,00), essa é uma receita de capital/transferência de capital. 59

60 Vale ressaltar que este é o momento 1, isto é, o momento em que são realizadas as transferências. O momento 2 será quando o município começar a executar o objeto do convênio, ou seja, realizar a obra de construção do estádio de futebol. Art DESPESAS DE CAPITAL TRANSFERÊNCIA DE CAPITAL Amortização da dívida pública Auxílios para obras públicas Auxílios para equipamentos e instalações Auxílios para inversões financeiras Outras Contribuições DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS Classificação quanto às Categorias Econômicas A partir da Portaria STN/SOF nº 163/2001; MCASP (3) DESPESAS CORRENTES (DC) (4) DESPESAS DE CAPITAL (DK) 1 - Pessoal e Encargos Sociais 4 - Investimentos (agrega valor ao PIB) 2 - Juros e Encargos da Dívida 5 - Inversões Financeiras (não altera o PIB) 3 - Outras Despesas Correntes 6 - Amortização da Dívida Categoria Econômica da Despesa A despesa, assim como a receita, é classificada em duas categorias econômicas, com os seguintes códigos: CÓDIGO CATEGORIA ECONÔMICA 3 Despesas Correntes 4 Despesas de Capital 60

61 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado DESPESAS CORRENTES Classificam-se nessa categoria todas as despesas que não contribuem diretamente para a formação ou aquisição de um bem de capital. DESPESAS DE CAPITAL Classificam-se nessa categoria aquelas despesas que contribuem diretamente para a formação ou aquisição de um bem de capital. É importante observar que as despesas orçamentárias de capital mantêm uma correlação com o registro de incorporação de ativo imobilizado, intangível ou investimento (no caso dos grupos de natureza da despesa 4 investimentos e 5 inversões financeiras) ou o registro de desincorporação de um passivo (no caso do grupo de despesa 6 amortização da dívida). GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA (GND) É um agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto, conforme discriminado a seguir: 1 Pessoal e Encargos Sociais 2 Juros e Encargos da Dívida 3 Outras Despesas Correntes 4 Investimentos 5 Inversões Financeiras 6 Amortização da Dívida DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS Classificação quanto às Categorias Econômicas A partir da Portaria STN/SOF nº 163/2001; MCASP (3) DESPESAS CORRENTES (DC) (4) DESPESAS DE CAPITAL (DK) 1 - Pessoal e Encargos Sociais 4 - Investimentos (agrega valor ao PIB) 2 - Juros e Encargos da Dívida 5 - Inversões Financeiras (não altera o PIB) 3 - Outras Despesas Correntes 6 - Amortização da Dívida 61

62 1. Pessoal e Encargos Sociais Despesas orçamentárias com pessoal ativo e inativo e pensionistas, relativas a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência, conforme estabelece o caput do art. 18 da Lei Complementar nº 101, de DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS Classificação quanto às Categorias Econômicas A partir da Portaria STN/SOF nº 163/2001; MCASP (3) DESPESAS CORRENTES (DC) (4) DESPESAS DE CAPITAL (DK) 1 - Pessoal e Encargos Sociais 4 - Investimentos (agrega valor ao PIB) 2 - Juros e Encargos da Dívida 5 - Inversões Financeiras (não altera o PIB) 3 - Outras Despesas Correntes 6 - Amortização da Dívida 2. Juros e Encargos da Dívida Despesas orçamentárias com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária. DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS Classificação quanto às Categorias Econômicas A partir da Portaria STN/SOF nº 163/2001; MCASP (3) DESPESAS CORRENTES (DC) (4) DESPESAS DE CAPITAL (DK) 1 - Pessoal e Encargos Sociais 4 - Investimentos (agrega valor ao PIB) 2 - Juros e Encargos da Dívida 5 - Inversões Financeiras (não altera o PIB) 3 - Outras Despesas Correntes 6 - Amortização da Dívida 62

63 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado 3. Outras Despesas Correntes Despesas orçamentárias com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, além de outras despesas da categoria econômica "Despesas Correntes" não classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa. DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS Classificação quanto às Categorias Econômicas A partir da Portaria STN/SOF nº 163/2001; MCASP (3) DESPESAS CORRENTES (DC) (4) DESPESAS DE CAPITAL (DK) 1 - Pessoal e Encargos Sociais 4 - Investimentos (agrega valor ao PIB) 2 - Juros e Encargos da Dívida 5 - Inversões Financeiras (não altera o PIB) 3 - Outras Despesas Correntes 6 - Amortização da Dívida 4. Investimentos Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS Classificação quanto às Categorias Econômicas A partir da Portaria STN/SOF nº 163/2001; MCASP (3) DESPESAS CORRENTES (DC) (4) DESPESAS DE CAPITAL (DK) 1 - Pessoal e Encargos Sociais 4 - Investimentos (agrega valor ao PIB) 2 - Juros e Encargos da Dívida 5 - Inversões Financeiras (não altera o PIB) 3 - Outras Despesas Correntes 6 - Amortização da Dívida 63

64 5. Inversões Financeiras Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis nesse grupo. DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS Classificação quanto às Categorias Econômicas A partir da Portaria STN/SOF nº 163/2001; MCASP (3) DESPESAS CORRENTES (DC) (4) DESPESAS DE CAPITAL (DK) 1 - Pessoal e Encargos Sociais 4 - Investimentos (agrega valor ao PIB) 2 - Juros e Encargos da Dívida 5 - Inversões Financeiras (não altera o PIB) 3 - Outras Despesas Correntes 6 - Amortização da Dívida 6. Amortização da Dívida Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária. Observação: A Reserva de Contingência e a Reserva do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), destinadas ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos, bem como eventos fiscais imprevistos, inclusive a abertura de créditos adicionais, serão classificadas, no que se refere ao grupo de natureza de despesa, com o código "9". Codificação da Despesa CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA POR NATUREZA A classificação da despesa orçamentária, segundo a sua natureza, compõe-se de: I Categoria Econômica; II Grupo de Natureza da Despesa; e III Elemento de Despesa. 64

65 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado A natureza da despesa será complementada pela informação gerencial denominada modalidade de aplicação, a qual tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas respectivas entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados. ESTRUTURA DA NATUREZA DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA O conjunto de informações que constitui a natureza de despesa orçamentária forma um código estruturado que agrega a categoria econômica, o grupo, a modalidade de aplicação e o elemento. Essa estrutura deve ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de governo. O código da natureza de despesa orçamentária é composto por seis dígitos, desdobrado até o nível de elemento ou, opcionalmente, por oito, contemplando o desdobramento facultativo do elemento. A classificação da Reserva de Contingência bem como a Reserva do RPPS, quanto à natureza da despesa orçamentária, serão identificadas com o código , conforme estabelece o parágrafo único do art. 8º da Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de A estrutura formada por código numérico de 8 dígitos é: Categoria Econômica, Grupo de Natureza da Despesa, Modalidade de Aplicação, Elemento da Despesa, Desdobramento Facultativo do Elemento de Despesa: c.g.mm.ee.dd Categoria Econômica da Despesa A despesa, assim como a receita, é classificada em duas categorias econômicas, com os seguintes códigos: CÓDIGO CATEGORIA ECONÔMICA 3 Despesas Correntes 4 Despesas de Capital GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA (GND) É um agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto, conforme discriminado a seguir: 1 Pessoal e Encargos Sociais 2 Juros e Encargos da Dívida 3 Outras Despesas Correntes 4 Investimentos 5 Inversões Financeiras 6 Amortização da Dívida 65

66 MODALIDADE DE APLICAÇÃO A modalidade de aplicação tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de governo ou por outro ente da Federação e suas respectivas entidades. Indica se os recursos serão aplicados diretamente pela unidade detentora do crédito ou mediante transferência para entidades públicas ou privadas. A modalidade também permite a eliminação de dupla contagem no orçamento. Alguns exemplos: 20 TRANSFERÊNCIAS À UNIÃO 30 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL 40 TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS 50 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS 60 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS COM FINS LUCRATIVOS 70 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES MULTIGOVERNAMENTAIS 80 TRANSFERÊNCIAS AO EXTERIOR 90 APLICAÇÕES DIRETAS 91 APLICAÇÃO DIRETA DECORRENTE DE OPERAÇÃO ENTRE ÓRGÃOS, FUNDOS E ENTIDA- DES INTEGRANTES DOS ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL 99 A DEFINIR Existem outros códigos de modalidade de aplicação, como: 22 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA À UNIÃO 31 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL FUNDO A FUNDO 32 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL 41 TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS FUNDO A FUNDO 42 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A MUNICÍPIOS 71 TRANSFERÊNCIAS A CONSÓRCIOS PÚBLICOS 72 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A CONSÓRCIOS PÚBLICOS 90 Aplicações Diretas Aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela alocados ou oriundos de descentralização de outras entidades integrantes ou não dos Orçamentos Fiscal ou da Seguridade Social, no âmbito da mesma esfera de governo. 91 Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social Despesas orçamentárias de órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes 66

67 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado da aquisição de materiais, bens e serviços, pagamento de impostos, taxas e contribuições, além de outras operações, quando o recebedor dos recursos também for órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou outra entidade constante desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera de Governo. Receitas de Operações Intraorçamentárias: Operações intraorçamentárias são aquelas realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do orçamento fiscal e do orçamento da seguridade social do mesmo ente federativo; por isso, não representam novas entradas de recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas movimentação de receitas entre seus órgãos. As receitas intraorçamentárias são a contrapartida das despesas classificadas na modalidade de aplicação 91 Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes do Orçamento Fiscal e do Orçamento da Seguridade Social que, devidamente identificadas, possibilitam anulação do efeito da dupla contagem na consolidação das contas governamentais. ELEMENTO DE DESPESA Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros que a administração pública utiliza para a consecução de seus fins. Alguns exemplos: 01 Aposentadorias e Reformas 03 Pensões 11 Vencimentos e Vantagens Fixas Pessoal Civil 13 Obrigações Patronais 14 Diárias Civil 15 Diárias Militar 30 Material de Consumo 33 Passagens e Despesas com Locomoção 36 Outros Serviços de Terceiros Pessoa Física 39 Outros Serviços de Terceiros Pessoa Jurídica 51 Obras e Instalações 52 Equipamentos e Material Permanente 61 Aquisição de Imóveis 67

68 DESDOBRAMENTO FACULTATIVO DO ELEMENTO DA DESPESA Conforme as necessidades de escrituração contábil e o controle da execução orçamentária, fica facultado, por parte de cada ente, o desdobramento dos elementos de despesa. Codificação da Despesa Exemplo: 1. Despesas com Vencimentos e Vantagens Fixas de Pessoal. Onde: 3. Categoria Econômica: Despesas Correntes; c g mm ee dd xx 1. grupo de natureza da despesa: Pessoal e Encargos Sociais; 90. mmodalidade de aplicação: Aplicação Direta; 11. eelemento de despesa: Vencimentos e Vantagens Fixas de Pessoal; xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa. Exemplo: 2. Despesas com aquisições de materiais de consumo (medicamentos, merendas, material de limpeza, material de copa e cozinha, material de expediente, etc.) Onde: 3. Categoria Econômica: Despesas Correntes; c g mm ee dd xx 3. grupo de natureza da despesa: Outras Despesas Correntes; 90. mmodalidade de aplicação: Aplicação Direta; 30. eelemento de despesa: Material de Consumo; xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa. 68

69 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Exemplo: 3. Despesas com contratações de Serviços de Terceiros de Pessoa Jurídica (fornecimento de Energia Elétrica, de água, de telefonia, de gás, manutenção dos elevadores, etc.) Onde: 3. Categoria Econômica: Despesas Correntes; c g mm ee dd xx 3. grupo de natureza da despesa: Outras Despesas Correntes; 90. mmodalidade de aplicação: Aplicação Direta; 39. eelemento de despesa: Outros Serviços de Terceiros Pessoa Jurídica; xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente Público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa. Exemplo: 4. Despesas com Obras e Instalações (construção de rodovias, construção de escolas, construção de hospitais, etc.) Onde: 4. Categoria Econômica: Despesas de Capital; c g mm ee dd xx 4. grupo de natureza da despesa: Investimentos; 90. mmodalidade de aplicação: Aplicação Direta; 51. eelemento de despesa: Obras e Instalações; xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa. Exemplo: 5. Despesas com aquisições de Equipamentos e Materiais Permanentes (ambulâncias, veículos oficiais, tratores, computadores, mobiliário em geral, carteiras escolares, etc.) c g mm ee dd xx Onde: 4. Categoria Econômica: Despesas de Capital; 4. grupo de natureza da despesa: Investimentos; 69

70 90. mmodalidade de aplicação: Aplicação Direta; 52. eelemento de despesa: Equipamentos e Materiais Permanentes; xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa. Exemplo: 6. Despesas com aquisições de Equipamentos e Materiais Permanentes USADOS, de SEGUN- DA MÃO (ambulâncias, veículos oficiais, tratores, computadores, mobiliário em geral, carteiras escolares, etc.) Onde: 4. Categoria Econômica: Despesas de Capital; c g mm ee dd xx 5. grupo de natureza da despesa: Inversões Financeiras; 90. mmodalidade de aplicação: Aplicação Direta; 52. eelemento de despesa: Equipamentos e Materiais Permanentes; xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa. Exemplo: 7. Despesas com Aquisição de Imóveis (não* necessários à execução de obras públicas) *Basta constar Aquisição de Imóveis. Para considerar como Despesas de Capital/Investimentos tem constar vir a observação necessário à execução de obras. c g mm ee dd xx 4. Categoria Econômica: Despesas de Capital; 5. grupo de natureza da despesa: Inversões Financeiras; 90. mmodalidade de aplicação: Aplicação Direta; 61. eelemento de despesa: Aquisição de Imóveis; xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa. 70

71 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Exemplo: 8. Foi firmado um convênio entre a União e um determinado município para aquisição de medicamentos para a rede pública municipal. A União repassará ao município um valor de R$ ,00 para a realização dessa compra. TRANSFERÊNCIAS CORRENTES: Para a União, que concedeu a transferência de recursos (R$ ,00), essa é uma despesa corrente/transferência corrente. 3. Categoria Econômica: Despesas Correntes; c g mm ee dd xx 3. grupo de natureza da despesa: Outras Despesas Correntes; 40. mmodalidade de aplicação: Transferências a Municípios; 30. eelemento de despesa: Material de Consumo; xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa. Exemplo: 9. Foi firmado um convênio entre a União e um determinado município para a construção de um estádio de futebol. A União repassará ao município um valor de R$ ,00 para a realização dessa obra. TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL: Para a União, que concedeu a transferência de recursos (R$ ,00), essa é uma despesa de capital/transferência de capital. 4. Categoria Econômica: Despesas de Capital; c g mm ee dd xx 4. grupo de natureza da despesa: Investimentos; 40. mmodalidade de aplicação: Transferências a Municípios; 51. eelemento de despesa: Obras e Instalações; xx. ddesdobramento facultativo do elemento da despesa: depende do código atribuído pelo ente público (U, E, DF ou M), caso tenha desdobrado os elementos da despesa. 71

72 PARA LEITURA Despesa, de acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), da STN Parte I Procedimentos Contábeis Orçamentários: No processo de aquisição de bens ou serviços por parte do ente da federação, é necessário observar alguns passos para que se possa proceder à adequada classificação quanto à natureza de despesa e garantir que a informação contábil seja fidedigna. 1º Passo Identificar se o registro do fato é de caráter orçamentário ou extraorçamentário. Orçamentários As despesas de caráter orçamentário necessitam de recurso público para sua realização e constituem instrumento para alcançar os fins dos programas governamentais. É exemplo de despesa de natureza orçamentária a contratação de bens e serviços para realização de determinação ação, como serviços de terceiros, pois se faz necessária a emissão de empenho para suportar esse contrato. Extraorçamentários são aqueles decorrentes de: I Saídas compensatórias no ativo e no passivo financeiro representam desembolsos de recursos de terceiros em poder do ente público, tais como: a) Devolução dos valores de terceiros (cauções/depósitos) a caução em dinheiro constitui uma garantia fornecida pelo contratado e tem como objetivo assegurar a execução do contrato celebrado com o poder público. Ao término do contrato, se o contratado cumpriu com todas as obrigações, o valor será devolvido pela administração pública. Caso haja execução da garantia contratual, para ressarcimento da Administração pelos valores das multas e indenizações a ela devidos, será registrada a baixa do passivo financeiro em contrapartida a receita orçamentária. b) Recolhimento de consignações/retenções são recolhimentos de valores anteriormente retidos na folha de salários de pessoal ou nos pagamentos de serviços de terceiros; c) Pagamento das operações de crédito por Antecipação de Receita Orçamentária (ARO) conforme determina a LRF, as antecipações de receitas orçamentárias para atender a insuficiência de caixa deverão ser quitadas até o dia 10 de dezembro de cada ano. Tais pagamentos não necessitam de autorização orçamentária para que sejam efetuados; d) Pagamentos de salário-família, salário-maternidade e auxílio-natalidade os benefícios da Previdência Social adiantados pelo empregador, por força de lei, têm natureza extraorçamentária e, posteriormente, serão objeto de compensação ou restituição. II Pagamento de Restos a Pagar são as saídas para pagamentos de despesas empenhadas em exercícios anteriores. Se o desembolso é orçamentário, ir para o próximo passo. 2º Passo Identificar a categoria econômica da despesa orçamentária, verificando se é uma despesa corrente ou de capital, conforme conceitos dispostos no item deste Manual. 3. Despesas Correntes; e 4. Despesas de Capital. 72

73 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Conforme já mencionado, as despesas de capital ensejam o registro de incorporação de ativo imobilizado, intangível ou investimento (no caso dos grupos de despesa 4 investimentos e 5 inversões financeiras) ou o registro de desincorporação de um passivo (no caso do grupo de despesa 6 amortização da dívida). 3º Passo Observada a categoria econômica da despesa, o próximo passo é verificar o grupo de natureza da despesa orçamentária, conforme conceitos estabelecidos no item deste Manual. 1. Pessoal e Encargos Sociais; 2. Juros e Encargos da Dívida; 3. Outras Despesas Correntes; 4. Investimentos; 5. Inversões Financeiras; e 6. Amortização da Dívida. Para efeito de classificação, as Reservas do RPPS e de Contingência serão identificadas como grupo 9, todavia não são passíveis de execução, servindo de fonte para abertura de créditos adicionais, mediante os quais se dará efetivamente a despesa que será classificada nos respectivos grupos. 4º Passo Por fim, far-se-á a identificação do elemento de despesa, ou seja, o objeto fim do gasto, de acordo com as descrições dos elementos constantes no item deste Manual. Normalmente, os elementos de despesa guardam correlação com os grupos, mas não há impedimento para que um elemento típico de despesa corrente esteja relacionado a um grupo de despesa de capital. Seguem exemplos (não exaustivos): GRUPOS 1 Pessoal e Encargos Sociais EXEMPLOS DE COMBINAÇÕES COM OS ELEMENTOS 01 Aposentadorias e Reformas 03 Pensões 04 Contratação por Tempo Determinado 05 Outros Benefícios Previdenciários 11 Vencimentos e Vantagens Fixas Pessoal Civil 13 Obrigações Patronais 16 Outras Despesas Variáveis Pessoal Civil 17 Outras Despesas Variáveis Pessoal Militar GRUPOS 2 Juros e Encargos da Dívida EXEMPLOS DE COMBINAÇÕES COM OS ELEMENTOS 21 Juros sobre a Dívida por Contrato 22 Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato 23 Juros, Deságios e Descontos da Dív. Mobiliária 24 Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária 73

74 GRUPOS 3 Outras Despesas Correntes EXEMPLOS DE COMBINAÇÕES COM OS ELEMENTOS 30 Material de Consumo 32 Material de Distribuição Gratuita 33 Passagens e Despesas com Locomoção 35 Serviços de Consultoria 36 Outros Serviços de Terceiros Pessoa Física 37 Locação de Mão de Obra 38 Arrendamento Mercantil 39 Outros Serviços de Terceiros Pessoa Jurídica GRUPOS 4 Investimentos EXEMPLOS DE COMBINAÇÕES COM OS ELEMENTOS 30 Material de Consumo 33 Passagens e Despesas com Locomoção 51 Obras e Instalações 52 Equipamentos e Material Permanente 61 Aquisição de Imóveis GRUPOS 5 Inversões Financeiras EXEMPLOS DE COMBINAÇÕES COM OS ELEMENTOS 61 Aquisição de Imóveis 63 Aquisição de Títulos de Crédito 64 Aquis. Títulos Repr. Capital já Integralizado GRUPOS 6 Amortização da Dívida EXEMPLOS DE COMBINAÇÕES COM OS ELEMENTOS 71 Principal da Dívida Contratual Resgatado 72 Principal da Dívida Mobiliária Resgatado 73 Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Resgatada 74

75 Questões Despesas Públicas 1. (Esaf Analista de Planejamento e Orçamento MPOG 2008) Com base no Manual Técnico do Orçamento 2008, a despesa é classificada em duas categorias econômicas: despesas correntes e despesas de capital. Aponte a única opção incorreta no que diz respeito à Despesa. a) Classificam-se em despesas correntes todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. b) Investimentos são despesas com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. c) Agrupam-se em amortização da dívida as despesas com o pagamento e/ ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna ou externa. d) São incluídas em inversões financeiras as despesas com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização. e) Classificam-se em despesas de capital aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, incluindo-se as despesas com o pagamento de juros e comissões de operações de crédito internas. 2. (Esaf Analista de Finanças e Controle STN 2013) Entre as opções abaixo, indique a despesa que não corresponde à classificação das Despesas Correntes, segundo a classificação orçamentária brasileira. a) Salário-família. b) Serviços de consultoria. c) Amortização da dívida pública interna. d) Juros e encargos da dívida pública externa. e) Aquisição de material de consumo. 3. (Esaf Auditor TCE-GO 2007) A dotação orçamentária destinada a amortização da dívida pública externa classifica- -se como: a) transferência corrente. b) transferência de capital. c) inversão financeira. d) despesa de custeio. e) investimento. 4. (Esaf Analista Contábil-Financeiro Sefaz/ CE 2007) Despesas Correntes segundo a classificação orçamentária brasileira são aquelas efetuadas para a manutenção dos serviços anteriormente criados na Administração Pública. Aponte a única despesa que não pertence a esse grupo. a) Pessoal e encargos sociais. b) Conservação e adaptação de bens imóveis. c) Subvenções sociais. d) Salário família. e) Aquisição de instalações. 5. (Esaf Procurador da Fazenda Nacional 2012) Suponha-se que a União pretenda adquirir o imóvel onde atualmente está instalada, mediante contrato de aluguel, a sede da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Nesse caso, a despesa pública será classificada como: a) despesa corrente, por destinada à manutenção de serviço anteriormente criado. 75

76 b) transferência corrente, por destinada à manutenção de entidade de direito público. c) investimento, por acarretar aumento patrimonial. d) inversão financeira, por destinada à aquisição de imóvel. e) transferência de capital, por implicar diminuição da dívida pública. 6. (Esaf AUFC TCU 2006) Identifique a opção falsa com relação à classificação da despesa pública segundo a natureza, contida na Portaria Interministerial n. 163, de 4 de maio de 2001, a ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de governo. a) Categoria econômica. b) Grupo de natureza da despesa. c) Elemento de despesa. d) Modalidade de aplicação. e) Desdobramento obrigatório do elemento de despesa. 7. (Esaf AFC-STN Contábil Financeiro 2005) Segundo o que dispõe a Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de , na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à natureza, deverá ser feita: a) obrigatoriamente por sub-elemento de despesa. b) somente por categoria econômica e grupo de despesa. c) somente por categoria econômica. d) por categoria econômica e elemento de despesa. e) no mínimo por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação. 8. (Esaf Analista Administrativo Contábil DNIT 2013) Assinale a opção em que a operação caracteriza-se por ser uma despesa orçamentária de capital e constitui-se em uma despesa efetiva para o ente público. a) Aquisição de veículo para posterior doação. b) Pagamento de juros da dívida contratual. c) Baixa de bem móvel por ter se tornado inservível. d) Aquisição de terreno para a construção de imóvel. e) Transferências de capital. 9. (Esaf AFC-CGU Correição 2006) Na classificação da despesa pública segundo a natureza, no Brasil, um Grupo de Natureza da Despesa agrega os elementos de despesa com a mesma característica quanto ao objeto de gasto. Identifique qual despesa não pertence a esse grupo. a) Pessoal e encargos sociais. b) Investimentos. c) Amortização de empréstimos. d) Inversões financeiras. e) Juros e encargos da dívida. 10. (Esaf Analista Contábil-Financeiro Sefaz- -CE 2007) Assinale a opção falsa em relação às características da classificação econômica da despesa estabelecidas pela Lei n /64 e Portaria STN/SOF n. 163/2001. a) O primeiro dígito do código da natureza da despesa indica que a despesa é classificada como corrente ou de capital. b) A origem dos recursos, em termos tributários, está presente na classificação. c) A modalidade aplicação 40 significa que os recursos são destinados a transferências para municípios. d) A despesa de pessoal identifica-se na classificação econômica da despesa. e) A indicação de que os recursos são destinados à aquisição de serviços identifica-se pelo elemento de despesa. 76

77 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado 11. (Esaf Analista Administração e Finanças SUSEP 2010) O administrador público federal, ao elaborar o orçamento nas modalidades de aplicação 30, 40, 50 e 90, está sinalizando para a sociedade que: a) a estratégia na aplicação dos recursos prioriza a região onde se localiza a entidade, embora mediante transferência. b) a estratégia será entregar os recursos a outra entidade pública da mesma esfera de governo e que a aplicação ocorrerá sob sua supervisão. c) a estratégia, na realização da despesa, será transferir os recursos a estados, municípios e entidades privadas, bem como aplicar, ela mesma, parte destes. d) a entidade possui projetos e atividades tanto da área fim quanto da área meio. e) os bens e serviços a serem adquiridos serão utilizados pela própria entidade no desempenho de suas atividades. 12. (Esaf Técnico de Nível Superior ENAP- MPOG 2006) A despesa pública brasileira pode ser classificada segundo categorias econômicas, grupos de despesa e modalidades de aplicação. Identifique a única opção que não pertence aos grupos de natureza de despesa. a) Pessoal e Encargos. b) Juros e Encargos da Dívida Pública. c) Outras Despesas Correntes. d) Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos. e) Inversões Financeiras e Amortização da Dívida Pública. 13. (Esaf APOFP Sefaz-SP 2009) Assinale a opção falsa a respeito da conceituação e classificação da despesa orçamentária brasileira. a) A devolução de depósitos feitos em garantia é uma despesa que transita pelo orçamento, embora sem afetar a situação patrimonial líquida. b) A despesa orçamentária nem sempre é uma despesa de caráter econômico, ou seja, não afeta a situação patrimonial líquida. c) O consumo de um ativo do ente público pode não decorrer de uma despesa orçamentária. d) Na classificação econômica da despesa, utiliza-se complementarmente a modalidade de aplicação para determinar se os recursos foram aplicados pela mesma esfera de governo ou se foram transferidos. e) Na classificação econômica, os grupos de despesa têm a finalidade de agrupar as despesas que apresentam as mesmas características em relação ao objeto do gasto. 14. (Esaf Analista Administração e Finanças SUSEP 2010) A respeito dos dispêndios extraorçamentários, também conhecidos como despesa extraorçamentária, é correto afirmar: a) toda baixa no patrimônio não prevista na lei orçamentária é um dispêndio extraorçamentário. b) a saída de recursos a título extraorçamentário não se observa nas entidades da administração direta em razão de estarem submetidas à lei orçamentária anual. c) os dispêndios, quando ocorrem, advêm de ingressos extraorçamentários do mesmo exercício. d) os dispêndios extraorçamentários estão relacionados sempre com as operações da atividade fim da entidade. e) não alteram a situação patrimonial líquida, visto que são oriundos de fatos contábeis permutativos. Gabarito: 1. E 2. C 3. B 4. E 5. D 6. E 7. E 8. E 9. C 10. B 11. C 12. D 13. A 14. E 77

78 CLASSIFICAÇÕES INSTITUCIONAL, FUNCIONAL E PROGRAMÁTICA DA DESPESA PÚBLICA CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL A classificação institucional reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. Alguns exemplos de órgão orçamentário e unidade orçamentária do Governo Federal: ÓRGÃO Ministério da Educação UNIDADE ORÇAMENTÁRIA Universidade Federal de Pernambuco Fundação Universidade Federal de Ouro Preto Escola Agrotécnica Federal de Manaus ÓRGÃO Ministério da Justiça UNIDADE ORÇAMENTÁRIA Departamento de Polícia Rodoviária Federal Fundo Nacional de Segurança Pública ÓRGÃO Ministério dos Transportes UNIDADE ORÇAMENTÁRIA Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias (art. 14 da Lei nº 4.320/1964). Os órgãos orçamentários, por sua vez, correspondem a agrupamentos de unidades orçamentárias. As dotações são consignadas às unidades orçamentárias, responsáveis pela realização das ações. No caso do Governo Federal, o código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à unidade orçamentária. Não há ato que a estabeleça, sendo definida no contexto da elaboração da lei orçamentária anual ou da abertura de crédito especial. 78

79 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado XX Órgão Orçamentário XXX Unidade Orçamentária Orçamento Min. Transportes/DNIT N.D (c.g.mm.ee.) Programa de Trabalho: Ano: 20xx Descrição Valor (R$) Vencimentos e Vantagens Fixas de Pessoal , Material de Consumo , Outros Serviços de Terceiros Pessoa Jurídica , Despesas de Exercícios Anteriores , Obras e Instalações , Equipamentos e Materiais Permanentes ,00 Total ,00 Classificação Funcional-Programática da Despesa Pública (Portaria nº 42/99 do MPOG) A classificação funcional é composta de: Função e Subfunção. Art. 1º As funções a que se refere o art. 2º, inciso I, da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964, discriminadas no Anexo 5 da mesma Lei, e alterações posteriores, passam a ser as constantes do Anexo que acompanha esta Portaria. 1º Como função, deve entender-se o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público. Função: 26 (Transporte) Subfunção: 782 (Transporte Rodoviário); N.D (c.g.mm.ee.) Programa de Trabalho: Ano: 20xx Descrição Valor (R$) Vencimentos e Vantagens Fixas de Pessoal , Material de Consumo , Outros Serviços de Terceiros Pessoa Jurídica , Despesas de Exercícios Anteriores , Obras e Instalações , Equipamentos e Materiais Permanentes ,00 Total ,

80 Orçamento Min. Transportes/DNIT Programa de Trabalho: Ano: 20xx 39 Ministério dos Transportes Órgão 252 Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) 26 Transportes Função 782 Transporte Rodoviário Subfunção Unidade Orçamentária 0663 Segurança nas Rodovias Federais Nome do Programa 2324 Manutenção da Sinalização Rodoviária Ação (Atividade) 0002 Rio de Janeiro Localização Geográfica Função: 12 (Educação) Subfunção: 364 (Ensino Superior); N.D (c.g.mm.ee.) Programa de Trabalho: XXXX.XXXX.XXXX Ano: 20xx Descrição Valor (R$) Vencimentos e Vantagens Fixas de Pessoal , Material de Consumo , Outros Serviços de Terceiros Pessoa Jurídica , Despesas de Exercícios Anteriores , Obras e Instalações , Equipamentos e Materiais Permanentes ,00 Total ,00 Orçamento Min. Educação/UFPE Programa de Trabalho: XXXX.XXXX.XXXX Ano: 20xx 26 Ministério da Educação Órgão 242 Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Unidade Orçamentária 12 Educação Função 364 Ensino Superior Subfunção XXXX [...] Nome do Programa XXXX [...] Ação (Atividade) XXXX [...] Localização Geográfica 80

81 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Classificação Funcional-Programática da Despesa Pública (Portaria nº 42/99 do MPOG) 2º A função "Encargos Especiais" engloba as despesas em relação às quais não se possa associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. 3º A subfunção representa uma partição da função, visando a agregar determinado subconjunto de despesa do setor público. 4º As subfunções poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam vinculadas, na forma do Anexo a esta Portaria. Funcional (Art. 1º ): Função É o maior nível de agregação da despesa. Ex.: saúde, educação, transporte, habitação, etc. Subfunção É uma partição da função. Ex.: Função: transporte. Subfunções: transporte aéreo; transporte rodoviário. Classificação Funcional-Programática da Despesa Pública (Portaria nº 42/99 do MPOG) FUNÇÕES 01 Legislativa 02 Judiciária 03 Essencial à Justiça 04 Administração 031 Ação Legislativa 032 Controle Externo SUBFUNÇÕES 061 Ação Judiciária 062 Defesa do Interesse Público no Processo Judiciário 091 Defesa da Ordem Jurídica 092 Representação Judicial e Extrajudicial 121 Planejamento e Orçamento 122 Administração Geral 123 Administração Financeira 124 Controle Interno 125 Normatização e Fiscalização 126 Tecnologia da Informação 127 Ordenamento Territorial 128 Formação de Recursos Humanos 129 Administração de Receitas 130 Administração de Concessões 131 Comunicação Social 81

82 FUNÇÕES 05 Defesa Nacional 06 Segurança Pública 07 Relações Exteriores 08 Assistência Social 09 Previdência Social 10 Saúde 11 Trabalho 12 Educação 13 Cultura 14 Direitos da Cidadania 15 Urbanismo 16 Habitação 151 Defesa Área 152 Defesa Naval 153 Defesa Terrestre SUBFUNÇÕES 181 Policiamento 182 Defesa Civil 183 Informação e Inteligência 211 Relações Diplomáticas 212 Cooperação Internacional 241 Assistência ao Idoso 242 Assistência ao Portador de Deficiência 243 Assistência à Criança e ao Adolescente 244 Assistência Comunitária 271 Previdência Básica 272 Previdência do Regime Estatutário 273 Previdência Complementar 274 Previdência Especial 301 Atenção Básica 302 Assistência Hospitalar e Ambulatorial 303 Suporte Profilático e Terapêutico 304 Vigilância Sanitária 305 Vigilância Epidemiológica 306 Alimentação e Nutrição 331 Proteção e Benefícios ao Trabalhador 332 Relações de Trabalho 333 Empregabilidade 334 Fomento ao Trabalho 361 Ensino Fundamental 362 Ensino Médio 363 Ensino Profissional 364 Ensino Superior 365 Educação Infantil 366 Educação de Jovens e Adultos 367 Educação Especial 391 Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico 392 Difusão Cultural 421 Custódia e Reintegração Social 422 Direitos Individuais, Coletivos e Difusos 423 Assistência aos Povos Indígenas 451 Infraestrutura Urbana 452 Serviços Urbanos 453 Transportes Coletivos Urbanos 481 Habitação Rural 482 Habitação Urbana 82

83 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado FUNÇÕES 17 Saneamento 18 Gestão Ambiental 19 Ciência e Tecnologia 20 Agricultura 21 Organização Agrária 22 Indústria 23 Comércio e Serviços 24 Comunicações 25 Energia 26 Transporte 27 Desporto e Lazer SUBFUNÇÕES 511 Saneamento Básico Rural 512 Saneamento Básico Urbano 541 Preservação e Conservação Ambiental 542 Controle Ambiental 543 Recuperação de Áreas Degradadas 544 Recursos Hídricos 545 Meteorologia 571 Desenvolvimento Científico 572 Desenvolvimento Tecnológico e Engenharia 573 Difusão do Conhecimento Científico e Tecnológico 601 Promoção da Produção Vegetal 602 Promoção da Produção Animal 603 Defesa Sanitária Vegetal 604 Defesa Sanitária Animal 605 Abastecimento 606 Extensão Rural 607 Irrigação 631 Reforma Agrária 632 Colonização 661 Promoção Industrial 662 Produção Industrial 663 Mineração 664 Propriedade Industrial 665 Normalização e Qualidade 691 Promoção Comercial 692 Comercialização 693 Comércio Exterior 694 Serviços Financeiros695 Turismo 721 Comunicações Postais 722 Telecomunicações 751 Conservação de Energia 752 Energia Elétrica 753 Petróleo 754 Álcool 781 Transporte Aéreo 782 Transporte Rodoviário 783 Transporte Ferroviário 784 Transporte Hidroviário 785 Transportes Especiais 811 Desporto de Rendimento 812 Desporto Comunitário 813 Lazer 83

84 28 Encargos Especiais 841 Refinanciamento da Dívida Interna 842 Refinanciamento da Dívida Externa 843 Serviço da Dívida Interna 844 Serviço da Dívida Externa 845 Transferências 846 Outros Encargos Especiais A classificação ou estrutura programática é composta de: programa; projeto/atividade/operações especiais. Art. 2º Para os efeitos da presente Portaria, entendem-se por: a) Programa, o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual; b) Projeto, um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo; c) Atividade, um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo; d) Operações Especiais, as despesas que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. Art. 3º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelecerão, em atos próprios, suas estruturas de programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos e determinações desta Portaria. Art. 4º Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificadas em termos de funções, subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais. Parágrafo único. No caso da função "Encargos Especiais", os programas corresponderão a um código vazio, do tipo "0000". Art. 5º A dotação global denominada "Reserva de Contingência", permitida para a União no art. 91 do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em atos das demais esferas de Governo, a ser utilizada como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais e sob coordenação do órgão responsável pela sua destinação, será identificada por código definido pelos diversos níveis de governo. Art. 6º O disposto nesta Portaria se aplica aos orçamentos da União, dos Estados e do Distrito Federal para o exercício financeiro de 2000 e seguintes, e aos Municípios a partir do exercício financeiro de 2002, revogando-se a Portaria no 117, de 12 de novembro de 1998, do ex-ministro do Planejamento e Orçamento, e demais disposições em contrário. Art. 7º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. 84

85 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Programática (Art. 2º ): programa; projeto / atividade / operações especiais. Programa é o que vincula a LOA ao PPA. É por isso que a nossa LOA é chamada de ORÇAMENTO-PROGRAMA Projeto: limitado no tempo; / expansão / aperfeiçoamento Atividade: modo contínuo e permanente; manutenção Operações Especiais: Gastos que não servem nem para a manutenção nem para a expansão ou aperfeiçoamento da ação de governo. Ex.: pagamento da dívida pública, pagamento de indenizações, ressarcimentos, etc. Exemplo: PT: XX. XXX. XX. XXX. XXXX. XXXX. XXXX Onde: Classificação Institucional (órgão. UO) Classificação Funcional (Função, Subfunção) Classificação Programática (Nome do Programa; Ação: Projeto/Atividade/Operações Especiais; Localização Geográfica) Exemplo: PT: Onde: 39: Ministério dos Transportes (órgão); 252: DNIT (UO) 26: Transporte (função); 782: Transporte Rodoviário (subfunção) 0663: Segurança nas Rodovias Federais (nome); 2324: Manutenção da Sinalização Rodoviária (ação: atividade) 0002: Rio de Janeiro (localização) 85

86 Orçamento Min. Transportes/DNIT Programa de Trabalho: Ano: 20xx N.D (c.g.mm.ee.) Descrição Valor (R$) Vencimentos e Vantagens Fixas de Pessoal , Material de Consumo , Outros Serviços de Terceiros Pessoa Jurídica , Despesas de Exercícios Anteriores , Obras e Instalações , Equipamentos e Materiais Permanentes ,00 Total ,00 Programa de Trabalho: Ano: 20xx 39 Ministério dos Transportes Órgão 252 PARA LEITURA Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) 26 Transportes Função 782 Transporte Rodoviário Subfunção Unidade Orçamentária 0663 Segurança nas Rodovias Federais Nome do Programa 2324 Manutenção da Sinalização Rodoviária Ação (Atividade) 0002 Rio de Janeiro Localização Geográfica classificações institucional, funcional e programática, de acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), da STN Parte I Procedimentos Contábeis Orçamentários: CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL A classificação institucional reflete a estrutura de alocação dos créditos orçamentários e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias (art. 14 da Lei nº 4.320/1964). Os órgãos orçamentários, por sua vez, correspondem a agrupamentos de unidades orçamentárias. As dotações são consignadas às unidades orçamentárias, responsáveis pela realização das ações. No caso do Governo Federal, o código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros reservados à identificação do órgão e os demais à unidade orçamentária. Não há ato que a estabeleça, sendo definida no contexto da elaboração da lei orçamentária anual ou da abertura de crédito especial. 86

87 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado XX Órgão Orçamentário XXX Unidade Orçamentária Exemplos de órgão orçamentário e unidade orçamentária do governo federal: ÓRGÃO Ministério da Educação ÓRGÃO Ministério da Justiça UNIDADE ORÇAMENTÁRIA Universidade Federal de Pernambuco Fundação Universidade Federal de Ouro Preto Escola Agrotécnica Federal de Manaus UNIDADE ORÇAMENTÁRIA Departamento de Polícia Rodoviária Federal Defensoria Pública da União Fundo Nacional de Segurança Pública ÓRGÃO Ministério dos Transportes UNIDADE ORÇAMENTÁRIA Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Cabe ressaltar que uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com as unidades orçamentárias Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios, Encargos Financeiros da União, Operações Oficiais de Crédito, Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal e Reserva de Contingência. A classificação funcional segrega as dotações orçamentárias em funções e subfunções, buscando responder basicamente à indagação em que área de ação governamental a despesa será realizada. A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão, e é composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo. Trata-se de classificação de aplicação comum e obrigatória, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o que permite a consolidação nacional dos gastos do setor público. 87

88 A classificação funcional é representada por cinco dígitos. Os dois primeiros referem-se à função, enquanto que os três últimos dígitos representam a subfunção, que podem ser traduzidos como agregadores das diversas áreas de atuação do setor público, nas esferas legislativa, executiva e judiciária. A classificação funcional é representada por cinco dígitos. Os dois primeiros referem-se à função, enquanto que os três últimos dígitos representam a subfunção, que podem ser traduzidos como agregadores das diversas áreas de atuação do setor público, nas esferas legislativa, executiva e judiciária. XX Função XXX Subfunção 1. Função A função é representada pelos dois primeiros dígitos da classificação funcional e pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. A função quase sempre se relaciona com a missão institucional do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que, na União, de modo geral, guarda relação com os respectivos Ministérios. A função Encargos Especiais engloba as despesas orçamentárias em relação às quais não se pode associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. Nesse caso, na União, as ações estarão associadas aos programas do tipo "Operações Especiais" que constarão apenas do orçamento, não integrando o PPA. A dotação global denominada Reserva de Contingência, permitida para a União no art. 91 do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em atos das demais esferas de Governo, a ser utilizada como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais e para o atendimento ao disposto no art. 5º, inciso III, da Lei Complementar nº 101, de 2000, sob coordenação do órgão responsável pela sua destinação, será identificada nos orçamentos de todas as esferas de Governo pelo código xxxx.xxxx, no que se refere às classificações por função e subfunção e estrutura programática, onde o x representa a codificação da ação e o respectivo detalhamento. 2. Subfunção A subfunção, indicada pelos três últimos dígitos da classificação funcional, representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. As subfunções podem ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais estão relacionadas na Portaria MOG nº 42/1999. Deve-se adotar como função aquela que é típica ou principal do órgão. Assim, a programação de um órgão, via de regra, é classificada em uma única função, ao passo que a subfunção é escolhida de acordo com a especificidade de cada ação governamental. A exceção à combinação encontra-se na função 28, Encargos Especiais, e suas subfunções típicas que só podem ser utilizadas conjugadas. 88

89 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Exemplos: Ministério da Educação FUNÇÃO 12 Educação SUBFUNÇÃO 365 Educação Infantil Câmara dos Deputados FUNÇÃO 01 Legislativa SUBFUNÇÃO 365 Educação Infantil Nota do Professor A subfunção 365, Educação Infantil, no caso da Câmara dos Deputados, pode estar associada à Ação Assistência Pré-escolar aos Dependentes dos Servidores e Empregados, conforme exemplificado no MTO, editado pelo MPOG. CLASSIFICAÇÃO POR ESTRUTURA PROGRAMÁTICA Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos objetivos estratégicos definidos no Plano Plurianual (PPA) para o período de quatro anos. Conforme estabelecido no art. 3º da Portaria MOG nº 42/1999, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelecerão, em atos próprios, suas estruturas de programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos e as determinações nela contidos. Ou seja, todos os entes devem ter seus trabalhos organizados por programas e ações, mas cada um estabelecerá seus próprios programas e ações de acordo com a referida Portaria. 1. Programa Programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, visando à solução de um problema ou ao atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. O orçamento federal está organizado em programas, a partir dos quais são relacionadas às ações sob a forma de atividades, projetos ou operações especiais, especificando os respectivos valores, as metas e as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da ação. A cada projeto ou atividade só poderá estar associado um produto, que, quantificado por sua unidade de medida, dará origem à meta. As informações mais detalhadas sobre os programas da União constam no Plano Plurianual e podem ser visualizados no sítio 2. Ação As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da Federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições e financiamentos, entre outros. 89

90 As ações, conforme suas características, podem ser classificadas como atividades, projetos ou operações especiais. a) Atividade É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. Exemplo: Fiscalização e Monitoramento das Operadoras de Planos e Seguros Privados de Assistência à Saúde. b) Projeto É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplo: Implantação da rede nacional de bancos de leite humano. c) Operação Especial Despesas que não contribuem para a manutenção, a expansão ou o aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. De acordo com o MTO, editado pelo MPOG na base do sistema, a ação é identificada por um código alfanumérico de oito dígitos: 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º numérico alfanuméricos numéricos AÇÃO Ao observar o 1º dígito do código, pode-se identificar: SUBTÍTULO 1º DÍGITO TIPO DE AÇÃO 1, 3, 5 ou 7 Projeto 2, 4, 6 ou 8 Atividade 0 Operação Especial 3. Subtítulo/Localizador de gasto A Portaria MOG nº 42/1999 não estabelece critérios para a indicação da localização física das ações, todavia, considerando a dimensão do orçamento da União, a Lei de Diretrizes Orçamentárias tem determinado a identificação da localização do gasto, o que se faz por intermédio do subtítulo. 90

91 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado O subtítulo permite maior controle governamental e social sobre a implantação das políticas públicas adotadas, além de evidenciar a focalização, os custos e os impactos da ação governamental. No caso da União, as atividades, os projetos e as operações especiais são detalhadas em subtítulos, utilizados especialmente para especificar a localização física da ação, não podendo haver, por conseguinte, alteração da finalidade da ação, do produto e das metas estabelecidas. Vale ressaltar que o critério para priorização da localização física da ação em território é o da localização dos beneficiados pela ação. A localização do gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por Região (NO, NE, CO, SD, SL), por Estado ou Município ou, excepcionalmente, por um critério específico, quando necessário. A LDO da União veda que, na especificação do subtítulo, haja referência a mais de uma localidade, área geográfica ou beneficiário, se determinados. Na União, o subtítulo representa o menor nível de categoria de programação e será detalhado por esfera orçamentária (fiscal, seguridade e investimento), grupo de natureza de despesa, modalidade de aplicação, identificador de resultado primário, identificador de uso e fonte de recursos, sendo o produto e a unidade de medida os mesmos da ação orçamentária. 4. Componentes da programação física Meta física é a quantidade de produto a ser ofertado por ação, de forma regionalizada, se for o caso, num determinado período e instituída para cada ano. As metas físicas são indicadas em nível de subtítulo e agregadas segundo os respectivos projetos, atividades ou operações especiais. Ressalte-se que a territorialização das metas físicas é expressa nos localizadores de gasto previamente definidos para a ação. Exemplo: No caso da vacinação de crianças, a meta será regionalizada pela quantidade de crianças a serem vacinadas ou de vacinas empregadas em cada Estado (localizadores de gasto), ainda que a campanha seja de âmbito nacional e a despesa paga de forma centralizada. Isso também ocorre com a distribuição de livros didáticos. 91

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93 Questões Classificações Institucional, Funcional e Programática da Despesa Pública 1. (Esaf APOFP Sefaz-SP 2009) A classificação programática é considerada a mais moderna classificação orçamentária de despesa pública. A portaria n. 42/99, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, propôs um elenco de funções e subfunções padronizadas para a União, Estados e Municípios. Assim, de acordo com a referida Portaria, a despesa que não se inclui na nova classificação é a despesa por: a) Função. b) Subprograma. c) Projeto. d) Atividade. e) Subfunção. 2. (Esaf Processo Seletivo Simplificado Diversos Órgãos 2008) Assinale a opção que indica a correta definição de Funções de Governo, segundo a regulamentação vigente. a) É o maior no nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público. b) É a classificação dos gastos do governo, segundo o tipo de bem a ser adquirido. c) É a classificação dos gastos de governo, segundo a atividade desempenhada por cada órgão. d) Permite a agregação dos gastos no menor nível dentro da unidade orçamentária. e) Demonstra o menor nível de agregação dos recursos no Plano Plurianual. 3. (Esaf Analista Contábil-Financeiro Sefaz- -CE 2007) A Classificação Funcional da Despesa Pública no Brasil substituiu a Classificação Funcional-Programática dos dispêndios públicos. Segundo a nova estrutura Funcional, identifique a única resposta falsa. a) A subfunção representa um segmento da função, visando a agregar determinado subconjunto de despesas. b) O subprograma representa uma agregação do programa. c) O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações concorrentes para um objetivo comum. d) A função representa o nível mais elevado de agregação de informações sobre as diversas áreas de despesa que competem ao setor público. e) A atividade é um instrumento de programação que envolve um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente. 4. (Esaf Técnico de Nível Superior SPU- -MPOG 2006) De acordo com a estrutura programática adotada a partir da Portaria n. 42/1999, o instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo, é classificado como: a) função. b) subfunção. c) programa. d) projeto e) atividade. 93

94 5. (Esaf Analista de Planejamento e Orçamento MPOG 2008) De acordo com a Portaria n. 42, de 14 de abril de 1999, entende-se por Atividade: a) o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos. b) o maior nível de agregação das diversas áreas da despesa que competem ao setor público. c) as despesas que não contribuem para a manutenção das ações do governo. d) um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação do governo. e) as despesas em relação às quais não se possa associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente. 6. (Esaf AFC-CGU 2008) A classificação funcional e a estrutura programática visam ao fornecimento de informações das realizações do governo e é considerada a mais moderna das classificações orçamentárias da despesa. A junção das duas, quando da execução da despesa no SIAFI, forma o Programa de Trabalho com a seguinte estrutura: Programa de Trabalho: AA.BBB.CCCC.DDDD. EEEE Com relação ao assunto, indique a opção correta. a) Na estrutura do Programa de Trabalho, a codificação CCCC representa o Programa e a codificação EEEE a ação governamental. b) A ação, reconhecida na estrutura pelo código DDDD, determina a escolha da subfunção, reconhecida pela codificação BBB, estabelecendo uma relação única. c) A subfunção, código BBB, poderá ser combinada com qualquer função, código AA, em razão da competência do órgão responsável pelo programa. d) Quando o primeiro dígito da codificação DDDD for um número ímpar significa que a ação é uma atividade. e) As operações especiais são ações que não contribuem para a manutenção das ações de governo, das quais não resultam um produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços e são identificadas pelo primeiro dígito da codificação EEEE. 7. (Esaf Analista Contábil-Financeiro Sefaz- -CE 2007) A classificação administrativa legal da despesa pública no Brasil, sob a ótica do programa de trabalho da entidade, não inclui: a) o órgão. b) a função. c) o projeto. d) a origem dos recursos. e) a atividade. 8. (Esaf Analista Administração e Finanças SUSEP 2010) A respeito da classificação orçamentária da despesa e da receita pública na esfera federal, é correto afirmar, exceto: a) as despesas obedecem a uma classificação econômica, enquanto as receitas se submetem a uma classificação programática. b) a classificação da receita pública por natureza procura identificar a origem do recurso segundo o seu fato gerador. c) a classificação institucional da despesa indica, por meio do órgão e da unidade orçamentária, qual instituição é responsável pela aplicação dos recursos. d) a classificação da despesa por função indica em que área de atuação do governo os recursos serão aplicados. 94

95 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado e) ao classificar economicamente a despesa e a receita na elaboração do orçamento, a administração pública sinaliza para a sociedade o tipo de bens que irá adquirir e a origem dos recursos que irá arrecadar. 9. (Esaf Analista de Finanças e Controle CGU 2012) Segundo o que dispõe a Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO, programa de governo é definido como: a) o segundo nível da categoria de programação e destina-se à especificação dos gastos governamentais cuja mensuração se faz por indicadores do PPA. b) instrumento de organização dos gastos governamentais, composto por ações e mensuração a partir de indicadores da LOA. c) conjunto de ações e metas de um determinado exercício cuja mensuração se faz pelo volume de gasto realizado. d) mecanismo de organização da ação governamental, detalhado por projetos cuja mensuração se faz por indicadores do PPA. e) instrumento de organização da ação governamental, visando à concretização dos objetivos pretendidos cuja mensuração se faz por indicadores do PPA. 10. (Esaf AFC-CGU Correição 2006) A Portaria nº 42/1999 atualizou a discriminação da despesa por Funções e Subfunções de Governo. Assim, indique qual é a opção correta com relação ao conteúdo da referida portaria. a) A função visa a agregar determinado subconjunto de despesa do setor público. b) As operações especiais são despesas que não contribuem para a manutenção das ações do Governo, mas geram contraprestação direta sob a forma de bens e serviços. c) O programa é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um projeto. d) A Função Indústria tem como subfunção a Subfunção Turismo. e) Nos balanços e nas leis orçamentárias, as ações serão identificadas em termos de função, subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais. Gabarito: 1. B 2. A 3. B 4. E 5. D 6. C 7. D 8. A 9. E 10. E 95

96 CICLO ORÇAMENTÁRIO Ciclo ou Processo Orçamentário Poder Executivo (1) Elaboração do Projeto Poder Legislativo Poder Legislativo (4) Acompanhamento e Avaliação (2)Apreciação, Aprovação Sanção e Publicação Poder Executivo (3) Execução Poder Executivo Ciclo Orçamentário Executivo Elabora Legislativo Aprova Executivo Executa Legislativo Controla Poder Executivo (1) Elaboração do Projeto Poder Legislativo Poder Legislativo (4) Acompanhamento e Avaliação (2)Apreciação, Aprovação Sanção e Publicação Poder Executivo (3) Execução Poder Executivo 96

97 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Orçamento na CF/88 Art Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I o plano plurianual (PPA); II as diretrizes orçamentárias (LDO); III os orçamentos anuais (LOA). CRFB/88: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: [...] XXIII enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; Orçamento Público Conceito: Lei de iniciativa do Chefe do Poder Executivo, aprovada pelo Poder Legislativo, Que estima receitas e fixa despesas para um determinado exercício financeiro. Projeto de LOA Ano XXXX Receitas Previstas Tributárias 700 Contribuições 50 Patrimoniais 50 Operações de Crédito 100 Despesas Fixadas (Créditos Orçamentários) Ministério da Educação (Adm. Direta) Pessoal xxx Serviços de Terceiros xxx Ministério dos Transportes (Adm. Direta) Pessoal xxx Material de Consumo xxx IBAMA (Adm. Indireta/Autarquia) Pessoal xxx Serviços de Terceiros xxx Reserva de Contingência 20 Total "Dinheiro previsto" 900 Total "Cartão de Crédito"

98 Prazos para a União (Art. 35, 2º do ADCT) Envio (do Executivo para o Legislativo) LOA Até 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro. (até 31/08) 1º jan I I I 31/12 31/08 Poder Executivo (1) Elaboração do Projeto Poder Legislativo Poder Legislativo (4) Acompanhamento e Avaliação (2)Apreciação, Aprovação Sanção e Publicação Poder Executivo (3) Execução Poder Executivo CRFB/88: Art Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. CRFB/88 (Art. 166) 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: I examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; II examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária... 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. Não passa primeiro pela Câmara dos Deputados para depois ir para o Senado. Apreciadas de maneira conjunta, isto é, pelas duas Casas, na forma de Congresso Nacional. 98

99 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: I sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; II indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: a) dotações para pessoal e seus encargos; b) serviço da dívida; c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; III sejam relacionadas: a) com a correção de erros ou omissões; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. É a chamada Mensagem Retificadora do Poder Executivo. 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 165, 9º. 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo. 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde.(incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no 9º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do 2º do art. 198, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o 9º deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no 9º do art (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 99

100 12 As programações orçamentárias previstas no 9º deste artigo não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) [...] [...] 17 Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, o montante previsto no 11 deste artigo poderá ser reduzido em até a mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto das despesas discricionárias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 18 Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) Prazos para a União (Art. 35, 2º do ADCT) Devolução (do Legislativo para o Executivo) LOA Até o encerramento da sessão legislativa. (até 22/12) 02/02 I I 17/07 01/08 I I 22/12 LOA Ano XXXX Receitas Previstas Tributárias 700 Contribuições 50 Patrimoniais 50 Operações de Crédito 100 Despesas Fixadas (Créditos Orçamentários) Ministério da Educação (Adm. Direta) Pessoal xxx Serviços de Terceiros xxx Ministério dos Transportes (Adm. Direta) Pessoal xxx Material de Consumo xxx IBAMA (Adm. Indireta/Autarquia) Pessoal xxx Serviços de Terceiros xxx Reserva de Contingência 20 Total "Dinheiro previsto" 900/Total "Cartão de Crédito"

101 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado EXERCÍCIO FINANCEIRO Art. 34 da Lei nº 4.320/64: O exercício financeiro coincide com o ano civil. 1º jan I I 31/12 CUIDADO! Incorreto: O exercício financeiro coincide com o ano comercial. Poder Executivo (1) Elaboração do Projeto Poder Legislativo Poder Legislativo (4) Acompanhamento e Avaliação (2)Apreciação, Aprovação Sanção e Publicação Poder Executivo (3) Execução Poder Executivo EXERCÍCIO FINANCEIRO Conceito: O exercício financeiro é o período no qual o orçamento estará em vigor. É o período em que estaremos arrecadando as receitas previstas e empenhando, gastando, as despesas fixadas (créditos orçamentários). 1º jan I I 31/12 período de execução do orçamento público 101

102 Poder Executivo (1) Elaboração do Projeto Poder Legislativo Poder Legislativo (4) Acompanhamento e Avaliação (2)Apreciação, Aprovação Sanção e Publicação Poder Executivo (3) Execução Poder Executivo CRFB/88 (Art. 70) Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) CRFB/88 (Art. 84) Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: [...] XXIV prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior. CRFB/88 (Art. 71) Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: CRFB/88 (Art. 71 compete ao TCU) I apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; 102

103 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado II julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; CRFB/88 (Art. 166) 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: I examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; [...] Controle Externo Na União: CN com auxílio do TCU; No Estado do RJ: ALERJ com auxílio do TCERJ; No Município do RJ: CMRJ com auxílio do TCMRJ; No Município de Niterói: CM de Niterói com auxílio do TCERJ. Tribunal de Contas do Município (TCM) Existe somente no Município do Rio de Janeiro (TCMRJ) e no Município de SP (TCMSP). TC dos Municípios: Em 4 Estados (BA, CE, GO, PA) Logo, na Bahia, p. ex: TCE/BA: auxilia a ALE/BA a fiscalizar as contas do Governo do Estado da Bahia. TC dos Municípios/BA: auxilia as diversas Câmaras Municipais na fiscalização dos Governos Municipais. Possui jurisdição nos Municípios de Salvador, Feira de Santana, Ilhéus, etc. No Estado do Rio de Janeiro: TCE/RJ: auxilia a ALE/RJ a fiscalizar as contas do Governo do Estado do RJ. TCE/RJ: auxilia também as diversas Câmaras Municipais na fiscalização dos Governos Municipais. Possui jurisdição nos Municípios de Niterói, Cabo Frio, Macaé, Nova Iguaçu, etc

104 Tem jurisdição em todos os Municípios que compõem o Estado do Rio de Janeiro, exceto o Município do Rio de Janeiro. No Município do Rio de Janeiro: TCMRJ: auxilia a CMRJ na fiscalização do Governo do Município do RJ. Possui jurisdição somente no Município do Rio de Janeiro. No total são 34 Tribunais de Contas: 01 TCU; 26 TCEs; 01 TCDF; 04 TC dos Municípios (BA, CE, GO e PA); 02 TCMs (TCM/RJ e TCM/SP) 34 COMPOSIÇÃO DOS TRIBUNAIS DE CONTAS: O Tribunal de Contas da União (TCU) é integrado por nove ministros. Os demais tribunais de contas são integrados por sete conselheiros. Tipos de Orçamento Tipo de Orçamento Misto Legislativo Executivo Observação É o utilizado no Brasil (segregação de funções entre os Poderes) O Legislativo elabora o Orçamento O executivo elabora, aprova, executa e controla. No Orçamento Misto: Executivo Elabora (encaminha o Projeto de LOA para a apreciação do Poder Legislativo) Legislativo Aprova (recebe, aprecia, vota e devolve para o Poder Executivo) Executivo Executa (arrecada as receitas e empenha as despesas durante o exercício financeiro) Legislativo Controla (exerce o Controle Externo, com auxílio do Tribunal de Contas) 104

105 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Poder Executivo (1) Elaboração do Projeto Poder Legislativo Poder Legislativo (4) Acompanhamento e Avaliação (2)Apreciação, Aprovação Sanção e Publicação Poder Executivo (3) Execução Poder Executivo 105

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107 Questões Ciclo Orçamentário. 1. (Esaf Analista Administrativo ANA 2009) No contexto do processo orçamentário, tal como prevê a Constituição Federal, é correto afirmar: a) A Lei orçamentária é de iniciativa conjunta dos Poderes Legislativo e Executivo. b) A execução do orçamento é feita mediante acompanhamento dos controles interno e externo. c) Ao Presidente da República é proibido vetar as alterações no projeto de lei do Plano Plurianual que tenham sido aprovadas pelo Congresso Nacional em dois turnos de votação. d) O Plano Plurianual possui caráter meramente normativo, não sendo utilizado como instrumento de planejamento governamental. e) A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos das empresas estatais. 2. (Esaf Analista Administração e Finanças SUSEP 2010) Se o Congresso Nacional não receber no tempo devido a proposta de lei orçamentária, será considerado como proposta: a) a Lei de Orçamento vigente. b) a proposta orçamentária enviada no exercício anterior. c) a média dos valores constantes dos orçamentos dos dois últimos anos. d) a despesa executada no exercício vigente até a data limite para o envio da proposta. e) a proposta elaborada pela Comissão Mista de Orçamento. 3. (Esaf Analista de Planejamento e Orçamento MPOG 2005) A elaboração da lei orçamentária é a etapa que, efetivamente, caracteriza a ideia de processo orçamentário, compreendendo fases e operações. A discussão é a fase dos trabalhos consagrada ao debate em plenário. Aponte a opção incorreta com relação às etapas da fase da discussão. a) emendas b) voto do relator c) redação final d) votação em plenário e) veto 4. (Esaf Analista Contábil-Financeiro Sefaz- -CE 2007) A respeito da elaboração do Orçamento Geral da União, é correto afirmar, exceto: a) o Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional propondo a alteração do projeto de lei orçamentária a qualquer tempo. b) é prerrogativa do Presidente da República a iniciativa dos projetos de lei orçamentária. c) as emendas parlamentares aos projetos de lei orçamentária anual não poderão indicar como despesas a serem anuladas as destinadas ao pagamento de pessoal e seus encargos. d) na fase de tramitação no Congresso Nacional, cabe a uma comissão mista de Senadores e Deputados examinar e emitir parecer sobre os projetos de lei que tratam de orçamento. e) a proposta orçamentária para o exercício seguinte deverá ser enviada ao Congresso Nacional até 31 de agosto do ano anterior

108 5. (Esaf Assistente Técnico-Administrativo Ministério da Fazenda 2009) Marque a opção correta. a) A lei que instituir o plano plurianual compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. b) O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação a projeto de lei relativo ao orçamento anual desde que não finalizada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. c) A lei orçamentária anual compreenderá o orçamento de investimento das empresas, fundos e fundações mantidas pelo Poder Público. d) Os projetos de lei relativos ao plano plurianual serão apreciados pelo Senado Federal. e) Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na Constituição Federal serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. 6. (Esaf Auditor Fiscal Receita Federal do Brasil 2009) O controle externo da administração pública federal é exercido: a) pelo Senado Federal. b) pela Câmara dos Deputados. c) pelo Tribunal de Contas da União. d) pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União. e) pelo Tribunal de Contas da União, com o auxílio do sistema de controle interno de cada Poder. 7. (Esaf Analista Administração e Finanças SUSEP 2010) Segundo a Constituição Federal, tem competência para realizar a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União no que se refere à legalidade, legitimidade e economicidade: a) a Comissão Mista de Orçamento e Planos e o Tribunal de Contas da União. b) o Congresso Nacional e o sistema de controle interno de cada Poder. c) o Congresso Nacional e as entidades representativas da sociedade organizada. d) o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e as Comissões do Congresso Nacional. e) a Câmara dos Deputados, por intermédio de suas comissões permanentes e o Tribunal de Contas da União. 8. (Esaf Analista Administração e Finanças SUSEP 2010) Segundo a Constituição Federal, os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela dará ciência: a) ao Ministério Público Federal, para que ajuíze a ação competente junto à Justiça Federal de primeira instância. b) à Polícia Federal, na qualidade de polícia judiciária, para abertura de inquérito e investigação. c) ao Tribunal de Contas da União, para que tome as providências no seu âmbito de atuação. d) à Comissão de Fiscalização e Controle do Congresso Nacional. e) ao titular da entidade ou órgão para que represente ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público. 9. (Esaf Analista Administração e Finanças SUSEP 2010) O sistema de controle interno de que trata o art. 74 da Constituição Federal tem como finalidade, exceto: a) avaliar os resultados, quanto à eficácia, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades. b) apoiar o controle externo na sua missão institucional. c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União

109 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado d) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal e remetê-los ao Tribunal de Contas da União. e) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União. 10. (Esaf APOFP Sefaz-SP 2009) A Lei nº 4.320/64 estabelece dois sistemas de controle da execução orçamentária: interno e externo. Segundo a Constituição Federal de 1988, não é objetivo do sistema de controle interno: a) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual. b) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. c) avaliar a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União. d) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União. e) fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União, mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, Distrito Federal ou a Município. 11. (Esaf Analista Administração e Finanças SUSEP 2010) Na esfera federal, o julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos: a) compete exclusivamente ao Poder Judiciário, tendo em vista que, nos termos da Constituição Federal, o órgão de controle externo não tem o poder de julgar, propriamente, mas apenas de apreciar tais contas. b) é de competência própria do Poder Legislativo (Congresso Nacional), titular do controle externo, com o auxílio do Tribunal de Contas da União TCU, que sobre elas emitirá parecer. c) é de competência privativa do TCU. d) é de competência própria do TCU, com possibilidade de reforma pelo Congresso Nacional. e) é de competência própria do TCU, que sobre elas emitirá parecer. 12. (Esaf Técnico de Nível Superior-ENAP MPOG 2006) A elaboração da Proposta Orçamentária processa-se em passos determinados. Desta forma, o ciclo orçamentário é composto por fases. Assinale a única opção incorreta no que diz respeito ao ciclo orçamentário. a) O ciclo orçamentário não se confunde com o exercício financeiro, pois este corresponde a uma das fases do ciclo, ou seja, à execução do orçamento. b) A liberação do orçamento aprovado é feita para todos os órgãos contemplados na Lei Orçamentária Anual (LOA). c) Depois de aprovada pelo Legislativo e sancionada pelo chefe do Poder Executivo, a proposta orçamentária é transformada em lei. d) Segundo o Art. 71 da Constituição Federal do Brasil, o controle externo é de competência do Poder Legislativo, exercido com o auxilio do Tribunal de Contas, cabendo a este, entre outras atribuições, avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União. e) A execução é a fase em que é realizado aquilo que fora previsto nos projetos e atividades da referida Lei do Orçamento. Gabarito: 1. B 2. A 3. E 4. A 5. E 6. D 7. B 8. C 9. D 10. E 11. C 12. D 109

110 CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E MENSURAÇÃO DE DESEMPENHO E CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Conceito: "Controle na Administração Pública, é a faculdade de vigilância, orientação e correção que um Poder, órgão ou autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro". (Hely Lopes Meirelles) Conceito de Controle Conceito: "Controle da administração pública é a possibilidade de verificação, inspeção e exame pela própria Administração, por outros poderes ou por qualquer cidadão, da efetiva correção na conduta gerencial de um poder, órgão ou autoridade, no escopo de garantir atuação conforme os modelos desejados e anteriormente planejados, visando uma aferição sistemática." (Evandro Martins Guerra) "Controle, como entendemos hoje, é a fiscalização, quer dizer, inspeção, exame, acompanhamento, verificação, exercida sobre determinado alvo, de acordo com certos aspectos, visando averiguar o cumprimento do que já foi predeterminado ou evidenciar eventuais desvios com fincas de correção, decidindo acerca da regularidade ou irregularidade do ato praticado. Então controlar é fiscalizar emitindo um juízo de valor". (Evandro Martins Guerra) 110

111 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Conceito de Controle Classificação do Controle Classificação do Controle Quanto ao SUJEITO que o exerce Estatal Social Estatal ou Institucional O controle estatal é exercido pelo Estado, por meio de seus diversos órgãos, com competência prevista em lei. É exercido por órgãos que têm a competência legal para fiscalizar a aplicação dos recursos públicos. Os artigos 70, 71 e 74 da Constituição Federal brasileira estabelecem que o controle institucional cabe essencialmente ao Congresso Nacional, responsável pelo controle externo, realizado com o auxílio do Tribunal de Contas da União, e a cada Poder, por meio de um sistema integrado de controle interno. Outros órgãos públicos também atuam na prevenção, controle, investigação e repressão da corrupção: o Ministério Público Federal, os Ministérios Públicos Estaduais, o Tribunal de Contas da União, os Tribunais de Contas dos Estados e dos Municípios, as Controladorias dos Estados, a Polícia Federal, as Polícias Estaduais, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário. Esses são os órgãos mais evidentes

112 Social O controle social pode ser entendido como a participação do cidadão na gestão pública, na fiscalização, no monitoramento e no controle das ações da Administração Pública. Trata-se de importante mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento da cidadania. O controle social pode ocorrer tanto no planejamento como na execução das ações do governo. O povo brasileiro decidiu que o Estado deve planejar suas políticas públicas em conjunto com os segmentos representativos da sociedade civil. Os instrumentos desse planejamento, definidos na Constituição Federal, são Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA). A sociedade tem o direito e o dever de participar da elaboração desses instrumentos de planejamento da vida do Estado. No PPA, pode participar das reuniões de elaboração e apreciação, para que sejam contempladas suas necessidades no quadriênio a que o planejamento se refere. Na LDO, igualmente, pode e deve participar da decisão que elege os programas a serem executados no exercício seguinte, pois somente assim será garantida uma governança democrática, que melhor atenda às necessidades da comunidade. A sociedade deve também participar da deliberação que aloca os recursos públicos para a execução do programa de trabalho do governo de sua unidade federativa. Essa decisão é impressa na LOA, a peça orçamentária mais concreta. A sociedade deve participar não apenas da elaboração dos instrumentos de planejamento (PPA, LDO e LOA), mas, inclusive, do processo de apreciação e votação nas casas legislativas. Encerrada a fase de elaboração, apreciação, votação e aprovação das peças orçamentárias, inicia-se a fase de execução. É o momento da realização dos fins públicos estabelecidos na Constituição. Por isso, a sociedade deve se organizar para participar da gestão desses recursos, em conjunto com os agentes públicos. O controle social pode ser exercido pelos conselhos de políticas públicas ou diretamente pelos cidadãos, individualmente ou de forma organizada. A instituição de conselhos e o fornecimento das condições necessárias para o seu funcionamento são condições obrigatórias para que estados e municípios possam receber recursos do Governo Federal para o desenvolvimento de uma série de ações

113 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado No caso dos municípios, os conselhos foram criados para auxiliar a prefeitura na tarefa de utilizar bem o dinheiro público. A seguir, alguns exemplos de conselhos que devem ser constituídos pelos municípios: 113

114 Classificação do Controle Quanto ao ÓRGÃO que o exerce: Administrativo ou Executivo Legislativo Judicial Administrativo ou Executivo O controle executivo é o poder de fiscalização e controle exercido pela própria administração pública sobre seus atos e decorre do poder de autotulela, restando este amplamente reconhecido pelo Poder Judiciário conforme súmula 473 do STF. Esse controle pode ser exercido ex officio ou provocado pelos administrados. Súmula 473 do STF A Administração Pública pode anular os seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revogá-los por motivo de conveniência e oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Legislativo Segundo Guerra, o controle legislativo ou parlamentar é o controle exercido pelos mandatários do povo e se secciona em duas subespécies. A primeira, exercida pelos membros do Poder Legislativo, diretamente, mediante seus órgãos e comissões parlamentares, chamada de controle político. A segunda é denominada indireta, por alguns autores, e, por outros, controle financeiro, quando efetivada por meio de órgãos especializados os Tribunais de Contas, criados especificamente para exercer o controle contábil, financeiro, orçamentário, operacional e patrimonial de todos os órgãos e entidades do Estado. Judicial O controle judicial fundamenta-se no art. 5º, inciso XXXV, da Constituição da República, constituindo-se em monopólio do Poder Judiciário. O sistema adotado no Brasil é o da jurisdição una pelo qual somente o Poder Judiciário aprecia, com força de coisa julgada, a lesão ou ameaça a direito

115 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Classificação do Controle Quanto ao MOMENTO em que é exercido: Prévio Concomitante Posterior Prévio, preventivo ou a priori É o controle exercido antes de ser praticado o ato administrativo, visando prevenir a prática de ato ilegal ou irregular, não conveniente com o interesse público. Concomitante ou pari-passu ou prospectivo "É a modalidade de controle tendente a acompanhar a atuação administrativa de forma simultânea, pari passu, verificando a regularidade do ato administrativo de plano, no mesmo momento em que é praticado, propiciando em caso de irregularidades, o seu imediato saneamento." (Evandro Martins Guerra) Posterior ou subsequente ou corretivo "Após praticado o ato administrativo, o controle é chamado de posterior, a posteriori ou corretivo. Possui o propósito de rever o ato para confirmá-lo, se legal ou regular, corrigi-lo, no caso de eventuais defeitos apurados ou desfazê-lo, por via da revogação ou declaração de nulidade. (Evandro Martins Guerra) Classificação do Controle Quanto a LOCALIZAÇÃO de quem o exerce: Controle Externo Controle Interno Controle Externo É o controle exercido por um poder ou órgão distinto, apartado da estrutura do órgão controlado. No Brasil, o controle externo é exercido pelo Poder Legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas, conforme preceituam os artigos 70 e 71 da Constituição Federal. Controle Interno É o controle decorrente de órgão da própria estrutura na qual se insere o Poder fiscalizado

116 Controle Externo Entes Poder Legislativo Tribunal de Contas União Congresso Nacional TCU Estados Assembleia Legislativa TCE Distrito Federal Câmara Legislativa TCDF Municípios Câmara Municipal TCE Todos os Municípios da BA, CE, GO e PA Câmara Municipal TCMs (órgão estadual) Município de SP e RJ Câmara Municipal TCM (órgão municipal) No total são 34 Tribunais de Contas: 01 TCU; 26 TCEs; 01 TCDF; 04 TC dos Municípios (BA, CE, GO e PA); 02 TCMs (TCM/RJ e TCM/SP) 34 Classificação do Controle Quanto a EXTENSÃO do Controle: Legalidade Mérito Segundo Evandro Martins Guerra, quanto à extensão, o controle se divide em de legalidade e de mérito. Legalidade: O controle da legalidade objetiva a verificação do ato ao dizer da lei. Deve ser exercido pelos três Poderes, em obediência ao princípio constitucional segundo o qual se permite ao Administrador Público somente aquilo que a lei prescreve. Mérito: É o controle determinado a investigar a atividade administrativa e o resultado alcançado pelo ato praticado de acordo com a conveniência e oportunidade da Administração. Visa verificar a harmonia entre o objeto pretendido e o efeito atingido, buscando garantir a boa gestão da coisa pública, sob os aspectos da economicidade, eficácia e eficiência do ato. Abrangência do Controle Análise da Conformidade Análise do Desempenho Legalidade Eficiência Legitimidade Eficácia Economicidade Efetividade 116

117 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Abrangência do Controle Análise da Conformidade Legalidade: aderência à norma estabelecida, em relação aos atos dos agentes da administração; Legitimidade: capacidade do agente, motivado pelo interesse público, atingir os objetivos da gestão; Economicidade: minimização dos custos dos recursos utilizados na consecução de uma atividade, sem o comprometimento de padrões de qualidade. Análise do Desempenho Eficiência: relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por uma atividade e os custos dos insumos empregados em um determinado período de tempo; Eficácia: grau de alcance das metas programadas em um determinado período de tempo, independente dos custos implicados; Efetividade: relação entre os resultados (impactos observados) e os objetivos (impactos esperados). CRFB: Controle na Constituição Federal Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Segundo Valdecir Pascoal, define-se: Fiscalização Contábil relacionada à aplicação dos recursos públicos conforme as técnicas contábeis. Fiscalização Financeira relacionada ao fluxo de recursos (ingressos e saídas) geridos pelo administrador, independentemente de serem ou não recursos orçamentários. Fiscalização Orçamentária relacionada à aplicação de recursos públicos conforme as leis orçamentárias, acompanhado a arrecadação dos recursos e sua aplicação. Fiscalização Operacional relacionada à verificação do cumprimento de metas, resultados, eficácia e eficiência da gestão dos recursos públicos. Fiscalização Patrimonial relacionada ao controle e conservação de bens públicos

118 Prestação De Contas Art. 70, Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: I apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; II julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; III apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; TC Aprecia a legalidade p/ registro Admissão de Pessoal, a qualquer 2tulo, da administração direta e indireta Concessão de Aposentadoria, reformas e pensões TC Não aprecia a legalidade p/ registro Nomeações para Cargo em Comissão Melhorias Posteriores das aposentadorias, reformas e pensões que não alterem o fundamento legal IV realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; V fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; VI fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; 118

119 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado VII prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; VIII aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; Competência Corretiva do Tribunal de Contas IX assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; X sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito. Competência Corretiva da Comissão Mista de Orçamento Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, 1º, diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários

120 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias. 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação. COMPOSIÇÃO DOS TRIBUNAIS DE CONTAS: O Tribunal de Contas da União (TCU) é integrado por nove ministros. Os demais tribunais de contas são integrados por sete conselheiros. Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos: I mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; II idoneidade moral e reputação ilibada; III notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública; IV mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior. Requisitos para Escolha de Ministros do TCU Objetivos: Nacionalidade: brasileira Idade: mais de 35 e menos de 65 Experiência: mais de 10 anos Subjetivos: Idoneidade moral Reputação Ilibada Notórios conhecimentos 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos: 120

121 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado I um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antigüidade e merecimento; II dois terços pelo Congresso Nacional. Critério de Seleção de Ministros do TCU Presidente da República Congresso Nacional 3 Ministros 6 Ministros (livre escolha) 1 dentre auditores 1 dentre membros do Ministério Público junto ao Tribunal 1 livre escolha 3º Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando- -se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art º O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal. Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, (...), será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; II comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; IV apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária. 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União

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123 Questões Controle da Administração Pública e Mensuração de Desempenho e Controle Orçamentário 1. (Esaf Auditor Fiscal Receita Federal do Brasil 2009) O controle externo da administração pública federal é exercido: a) pelo Senado Federal. b) pela Câmara dos Deputados. c) pelo Tribunal de Contas da União. d) pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União. e) pelo Tribunal de Contas da União, com o auxílio do sistema de controle interno de cada Poder. 2. (Esaf Analista Administração e Finanças SUSEP 2010) Segundo a Constituição Federal, tem competência para realizar a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União no que se refere à legalidade, legitimidade e economicidade: a) a Comissão Mista de Orçamento e Planos e o Tribunal de Contas da União. b) o Congresso Nacional e o sistema de controle interno de cada Poder. c) o Congresso Nacional e as entidades representativas da sociedade organizada. d) o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e as Comissões do Congresso Nacional. e) a Câmara dos Deputados, por intermédio de suas comissões permanentes e o Tribunal de Contas da União. 3. (Esaf Analista Administração e Finanças SUSEP 2010) Segundo a Constituição Federal, os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela dará ciência: a) ao Ministério Público Federal, para que ajuíze a ação competente junto à Justiça Federal de primeira instância. b) à Polícia Federal, na qualidade de polícia judiciária, para abertura de inquérito e investigação. c) ao Tribunal de Contas da União, para que tome as providências no seu âmbito de atuação. d) à Comissão de Fiscalização e Controle do Congresso Nacional. e) ao titular da entidade ou órgão para que represente ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público. 4. (Esaf Analista Administração e Finanças SUSEP 2010) O sistema de controle interno de que trata o art. 74 da Constituição Federal tem como finalidade, exceto: a) avaliar os resultados, quanto à eficácia, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades. b) apoiar o controle externo na sua missão institucional. c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União. d) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal e remetê-los ao Tribunal de Contas da União. e) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União

124 5. (Esaf APOFP Sefaz/SP 2009) A Lei nº 4.320/64 estabelece dois sistemas de controle da execução orçamentária: interno e externo. Segundo a Constituição Federal de 1988, não é objetivo do sistema de controle interno: a) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual. b) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. c) avaliar a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União. d) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União. e) fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União, mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, Distrito Federal ou a Município. 6. (Esaf Analista Administração e Finanças SUSEP 2010) Na esfera federal, o julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos: a) compete exclusivamente ao Poder Judiciário, tendo em vista que, nos termos da Constituição Federal, o órgão de controle externo não tem o poder de julgar, propriamente, mas apenas de apreciar tais contas. b) é de competência própria do Poder Legislativo (Congresso Nacional), titular do controle externo, com o auxílio do Tribunal de Contas da União TCU, que sobre elas emitirá parecer. c) é de competência privativa do TCU. d) é de competência própria do TCU, com possibilidade de reforma pelo Congresso Nacional. e) é de competência própria do TCU, que sobre elas emitirá parecer. Gabarito: 1. D 2. B 3. C 4. D 5. E 6. C 124

125 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado CICLO DE GESTÃO DO GOVERNO FEDERAL Base Legal: CRFB de 1988 Instrumentos: Plano Plurianual (PPA) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) Lei Orçamentária Anual (LOA) Ciclo de Gestão Articulados entre si, o PPA é o instrumento de planejamento das ações governamentais de médio ou longo prazo, isto é, é o planejamento estratégico no qual o governante apresenta o que deve ser realizado nos próximos quatro anos. A LDO elege as metas e prioridades e estabelece os limites de receita e de despesa para o ano subsequente ao da sua elaboração, orientando a elaboração e a execução da LOA; e a LOA apresenta os meios (recursos) para a materialização das ações necessárias ao cumprimento dos objetivos e das metas indicadas nos Programas de Governo inicialmente estabelecidos no PPA. A vigência de um Plano (PPA) vai do início do segundo ano de mandato até o final do primeiro ano de mandato do governo subsequente. O PPA apresenta os critérios de ação e decisão que devem orientar os gestores públicos (Diretrizes); estipula os resultados que se busca alcançar na gestão (Objetivos), inclusive expressando-os em números (Metas) e delineia o conjunto de ações a serem implementadas (Programas). O PPA indica as fontes de recursos disponíveis ou potenciais para a consecução dos objetivos e metas dos programas de governo. O PPA também indica os meios para se atingir os objetivos de um programa, podendo assumir a forma de projetos, atividades ou operações especiais (Ações)

126 Projetos são trabalhos específicos, com prazo e produto final. Atividades são operações de um trabalho continuado, a fim de manter ações já desenvolvidas. Operações especiais são ações que, em tese, não contribuem para a manutenção das ações do governo, como o pagamento de servidores inativos. A LDO dispõe sobre as metas e as prioridades para a Administração Pública, os critérios para a elaboração da LOA, as alterações da legislação tributária e as formas de financiamento do orçamento. Dispõe ainda sobre política salarial e concursos públicos e estabelece os percentuais de recursos que serão descentralizados para os Poderes e Administração Indireta, como fundações, autarquias e sociedades de economia mista. Elege, a partir do PPA, os programas e as metas físicas a serem executadas, sempre no exercício seguinte ao de sua elaboração. A LOA se ocupa de definir as fontes de arrecadação, estimar as receitas e prever as despesas para o ano seguinte ao de sua elaboração. É nela que o Programa de Trabalho do Governo se apresenta de forma mais detalhada e objetiva, a ponto de seu não encaminhamento ao Congresso Nacional até 31 de agosto implicar em crime de responsabilidade do Presidente da República, conforme previsto no inciso III do 2º do art. 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), combinado com o art. 10 da Lei nº 1.079/1950. Esses dispositivos também atingem os governadores e prefeitos. A LOA apresenta os meios (recursos) para a materialização das ações necessárias ao cumprimento dos objetivos e metas indicados nos Programas de Governo inicialmente estabelecidos no PPA. O que vincula o planejamento da LOA ao que foi inicialmente planejado no PPA é chamado programa. Programa é o instrumento de organização da ação governamental que visa à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual. Por isso, modernamente, a LOA é denominada Orçamento-Programa. O manejo da LOA deve obedecer aos princípios, definidos na Lei nº 4.320/1964, conhecida como Lei das Finanças Públicas. Destacam-se os seguintes princípios orçamentários: unidade, universalidade, anualidade, equilíbrio, publicidade, especialização, exclusividade e orçamento bruto

127 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado De acordo com esses princípios, em cada exercício financeiro deve haver apenas um orçamento (unidade) para cada ente federativo, o qual deve abranger todas as receitas a serem arrecadadas e todas as despesas a serem realizadas (universalidade). O orçamento deve tratar apenas de receitas e despesas, sendo permitida autorização de abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito (exclusividade). Deve ter vigência de um ano (anualidade) e cuidar para que as despesas não ultrapassem as receitas (equilíbrio). Deve ser publicado nos diários oficiais (publicidade), discriminar as receitas e despesas (especialização) e apresentar-se sem deduções (orçamento bruto). CRFB/88 Art Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I o plano plurianual (PPA); II as diretrizes orçamentárias (LDO); III os orçamentos anuais (LOA). CRFB/88 (Art. 165) 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 5º A lei orçamentária anual compreenderá: I o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 7º Os orçamentos previstos no 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. (Orçamentos Fiscal e de Investimentos compatibilizados com o PPA). 9º Cabe à lei complementar: 127

128 I dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; * Atualmente, utiliza-se a Lei nº 4.320/64. Instrumentos de Planejamento Orçamentário (Governamental) PPA (Plano Plurianual) LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) LOA ( Lei Orçamentária Anual) Encaminhamento ao Congresso /Devolução para Sanção Art. 35, 2º do ADCT até 31 de agosto / 22 de dezembro (PPA) até 15 de abril / 17 de julho (LDO) até 31 de agosto / 22 de dezembro (LOA) (Plano Plurianual) Período de vigência: 4 anos (PPA) Plano Plurianual (PPA) Período de vigência: 4 anos Exemplo: PPA 2016 I----I 2019 DILMA 2014 eleita 2015 posse e elaboração do novo PPA I I I I I I Governo DILMA próximo governante A vigência de um PPA vai do início do segundo ano de mandato até o final do primeiro ano de mandato do governo subsequente

129 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado 129

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131 Questões Ciclo de Gestão do Governo Federal 1. (Esaf Analista Contábil-Financeiro Sefaz- -CE 2006) Sobre o Plano Plurianual PPA de que trata o art. 165 da Constituição Federal é correto afirmar, exceto: a) sua duração atual é de quatro anos. b) estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública para as despesas de capital. c) a elaboração dá-se no primeiro ano do mandato do governante. d) os programas de governo e seus principais elementos constitutivos são objeto do PPA. e) os valores a serem aplicados nos programas não constam do PPA por serem objeto da Lei Orçamentária Anual LOA. 2. (Esaf Técnico de Finanças e Controle CGU 2001) A Constituição de 1988, em seu art. 165, determina que a lei orçamentária anual compreenderá: O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital com direito a voto; O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculadas, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. Além dos orçamentos anuais acima indicados, a nova constituição estabelece que leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: a) o plano plurianual, as diretrizes compensatórias e as atualizações fiduciárias b) o plano bianual, as diretrizes orçamentárias e as atualizações permanentes c) o plano plurianual, as diretrizes estratégicas e as atualizações permanentes d) o plano trianual, as diretrizes orçamentárias e as atualizações fiduciárias e) o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os planos e programas nacionais, regionais e setoriais 3. (Esaf Técnico de Nível Superior SPU 2006) Nos termos da Constituição Federal, a lei orçamentária anual compreenderá: I o orçamento fiscal. II o orçamento de investimento das empresas estatais. III o orçamento da seguridade social. Assinale a opção correta. a) Os itens I, II e III estão corretos. b) Apenas o item I está correto. c) Apenas os itens I e II estão corretos. d) Apenas os itens I e III estão corretos. e) Apenas os itens II e III estão corretos. 4. (Esaf Analista de Planejamento e Orçamento MPOG 2010) Na integração do Sistema de Planejamento e Orçamento Federal, indique qual(ais) instrumento(s) legal(is) explicita(m) as metas e prioridades para cada ano

132 a) O Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual. b) A Lei de Responsabilidade Fiscal. c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias. d) A Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Orçamentária Anual. e) A Lei Orçamentária Anual. 5. (Esaf Técnico de Nível Superior SPU MPOG 2006) No decorrer do primeiro exercício de um mandato presidencial qualquer, os projetos de lei do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual deverão ser enviados para o Congresso Nacional, respectivamente, até as seguintes datas: a) 15/04 15/04 31/08. b) 31/08 15/04 15/04. c) 31/08 15/04 31/08. d) 15/04 31/08 31/08. e) 31/08 31/08 15/ (Esaf AUFC TCU 2006) No que se refere à matéria orçamentária, a Constituição de 1988, em seu artigo 165, determina que leis de iniciativa do Poder Executivo estabeleçam o Plano Plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. Identifique a opção falsa com relação ao tema. a) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) consiste na lei que norteia a elaboração dos orçamentos anuais, compreendidos o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas estatais e o orçamento da seguridade social. b) A Lei Orçamentária Anual (LOA) objetiva viabilizar a realização das ações planejadas no Plano Plurianual e transformá-las em realidade. c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), sob forma de projeto, deve ser encaminhada pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo, na esfera federal, até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e devolvida para sanção até o final do primeiro período da sessão legislativa (17 de julho). d) O Plano Plurianual corresponde a um plano, por meio do qual se procura ordenar as ações do governo que levem ao alcance dos objetivos e das metas fixados para um período de três anos. e) A Lei do Orçamento, sob forma de projeto, deve ser encaminhada, no âmbito federal, até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro (31 de agosto) e devolvida para sanção até o final da sessão legislativa. 7. (Esaf Analista de Finanças e Controle CGU 2012) Segundo o que dispõe a Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO, programa de governo é definido como: a) o segundo nível da categoria de programação e destina-se à especificação dos gastos governamentais cuja mensuração se faz por indicadores do PPA. b) instrumento de organização dos gastos governamentais, composto por ações e mensuração a partir de indicadores da LOA. c) conjunto de ações e metas de um determinado exercício cuja mensuração se faz pelo volume de gasto realizado. d) mecanismo de organização da ação governamental, detalhado por projetos cuja mensuração se faz por indicadores do PPA. e) instrumento de organização da ação governamental, visando à concretização dos objetivos pretendidos cuja mensuração se faz por indicadores do PPA. 8. (Esaf Auditor Fiscal Receita Federal do Brasil 2009) Com relação ao Plano Plurianual (PPA), aponte a única opção incorreta. a) Os programas do PPA podem abranger atividades desenvolvidas por diferentes Ministérios

133 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado b) Um aspecto importante do PPA é sua integração das despesas correntes e de capital, obtida por meio do foco em programas. c) É exigido que o PPA seja apresentado ao Congresso Nacional até 15 de abril do primeiro dos quatro anos do mandato do Presidente da República. d) O PPA de , o Avança Brasil, reflete a nova classificação programática. e) O PPA foi instituído pela Constituição de (Esaf Auditor Fiscal Receita Federal do Brasil 2009) A compreensão adequada do ciclo de gestão do governo federal implica saber que: a) no último ano de um mandato presidencial qualquer, à lei de diretrizes orçamentárias compete balizar a elaboração do projeto de lei do plano plurianual subsequente. b) a função controle precede à execução orçamentária. c) a não-aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias impede o recesso parlamentar. d) a votação do plano plurianual segue o rito de lei complementar. e) com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o orçamento de investimento das empresas estatais passou a integrar o plano plurianual. 10. (Esaf Técnico de Nível Superior SPU MPOG 2006) De acordo com a estrutura programática adotada a partir da Portaria n. 42/1999, o instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo, é classificado como: a) função. b) subfunção. c) programa. d) projeto e) atividade. 11. (Esaf AUFC TCU 1999) No tocante aos objetivos dos princípios orçamentários, assinale a opção correta. a) Segundo o princípio da exclusividade, o orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos poderes da União. b) De acordo com o princípio da unidade, o orçamento deve conter apenas matéria orçamentária. c) O princípio da publicidade representa uma regra técnica administrativa, segundo a qual a lei do orçamento somente deve veicular matéria de natureza financeira. d) O princípio da legalidade determina que o conteúdo do orçamento deve ser divulgado por veículos oficiais de comunicação. e) O princípio da unidade recomenda que deve existir apenas um orçamento. 12. (Esaf AUFC TCU 2002) A ação planejada do Estado materializa-se através do orçamento público. Indique o princípio orçamentário que consiste na não- -inserção de matéria estranha à previsão da receita e à fixação da despesa. a) princípio da discriminação b) princípio da exclusividade c) princípio do orçamento bruto d) princípio da universalidade e) princípio do equilíbrio 13. (Esaf ATRFB RECEITA FEDERAL 2009) Constata-se que os princípios orçamentários do equilíbrio e da unidade foram respeitados quando ocorrem, respectivamente: a) as despesas correntes liquidadas não ultrapassam as receitas correntes arrecadadas e a Lei Orçamentária Anual disciplinou todas modificações na legislação tributária necessárias à execução do orçamento

134 b) as despesas correntes foram pagas sem a realização de operações de crédito e as despesas de capital foram cobertas com receitas correntes. c) a arrecadação total foi suficiente para cobrir todas as despesas liquidadas e a distribuição dos gastos durante os meses do exercício manteve-se bem distribuída. d) as receitas de capital não ultrapassaram as despesas de capital e todas as despesas realizadas foram autorizadas em lei. e) todas as despesas autorizadas no exercício não ultrapassam o valor das receitas estimadas e cada ente da federação apresenta um único orçamento no exercício. 14. (Esaf Analista BACEN 2001) Apesar de não possuírem caráter absoluto, os princípios orçamentários têm servido de base para elaboração dos orçamentos públicos e para discussões teóricas sobre esse tema. Entre as opções abaixo, assinale aquela que expressa corretamente o princípio orçamentário da universalidade. a) Cada unidade governamental deve possuir apenas um orçamento. b) O orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas do Estado. c) As receitas e despesas no orçamento devem aparecer de maneira discriminada, de tal forma que se possa saber, com detalhes, a origem dos recursos e sua aplicação. d) As propostas orçamentárias devem ser amplamente divulgadas, de forma que o maior número possível de pessoas tenha acesso às realizações pretendidas pela administração pública. e) O orçamento deve ser apresentado em linguagem clara, de modo que o maior número possível de pessoas possa compreendê-lo e manipulá-lo. 15. (Esaf AFC STN 2005) São impositivos nos orçamentos públicos os princípios orçamentários. O princípio que obriga que a estimativa de receita e a fixação de despesa limitem-se a período definido de tempo, chamado exercício financeiro, é o princípio da a) exclusividade. b) especificação. c) anualidade. d) unidade. e) universalidade. 16. (Esaf Procurador da Fazenda Nacional 2004) O estudo da evolução dos contornos normativos dados ao orçamento pelo direito brasileiro indica-nos as caudas orçamentárias, combatidas tanto por Artur Bernardes como por Rui Barbosa, e que possibilitavam a inclusão de variados assuntos em disposições orçamentárias, a exemplo da lei do orçamento vetada em janeiro de 1922 pelo então presidente Epitácio Pessoa. No modelo atual, as caudas orçamentárias a) são autorizadas, por conta de adequação dos gastos com o plano plurianual, guardados limites para contratação de operações de crédito, nos termos de lei complementar. b) são autorizadas, devido a dispositivo que permite inclusão de créditos e despesas até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, mediante relatório resumido da execução orçamentária, nos termos da lei. c) são absolutamente proibidas, por meio de vedação implícita, decorrente de incompatibilização com o plano plurianual, cuja função não se vincula a mecanismos de redução de desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional, nos termos de lei complementar. d) são absolutamente proibidas, dada a vedação de dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa 134

135 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado na lei orçamentária plurianual, em qualquer circunstância, nos termos de lei complementar. e) são proibidas, por causa da vedação da lei orçamentária anual de conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, embora não se incluam na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratações de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 17. (Esaf Analista ANA 2009) A Constituição Federal, ao estabelecer que a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, consagra o seguinte princípio orçamentário: a) Unidade. b) Especificação. c) Exclusividade. d) Legalidade. e) Não-afetação das receitas. Gabarito: 1. E 2. E 3. A 4. C 5. C 6. D 7. E 8. C 9. C 10. E 11. E 12. B 13. E 14. B 15. C 16. E 17. C 135

136 ELABORAÇÃO, GESTÃO E AVALIAÇÃO ANUAL DO PPA E MODELO DE GESTÃO DO PPA A gestão do PPA ocorre, principalmente, com base no monitoramento dos Programas, Objetivos, Metas e Iniciativas, dedicando especial atenção aos meios mais eficazes para possibilitar a execução necessária ao desenvolvimento do País. É importante destacar que o conceito de gestão associado ao Plano Plurianual (PPA) dialoga com a criação de condições objetivas que favoreçam a execução, de forma que o conceito de resultado está associado à abertura de canais que ampliem a escala de entregas do Estado. Fonte: Cartilha para elaboração do PPA Introdução O País vive um momento de contínua ascensão social dos mais pobres, de democratização do acesso a serviços públicos e de efetivação de direitos econômicos, sociais, políticos e culturais de seu povo. Esse quadro é resultado de decisões tomadas por governos anteriores, em especial a partir de 2003, com um forte compromisso com o desenvolvimento, a inclusão social e a geração de oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras. As estratégias definidas no Plano Mais Brasil (PPA ) de desenvolvimento com redução das desigualdades, melhoria da infraestrutura e transformação produtiva, em meio a um cenário internacional de crise, foram decisivas para alcançarmos a superação da pobreza extrema em nosso país, a geração de novos empregos e a profunda redução das desigualdades. Temos hoje um novo País, com mais acesso a bens, serviços e direitos pela imensa maioria da população. Nesse caminho, no entanto, é preciso compreender que as conquistas já alcançadas trazem novos anseios e novas demandas. Neste momento, estamos prontos para dar mais um salto, oferecendo serviços públicos de mais qualidade. Para tanto, entendemos ser fundamental a afirmação de novos valores e a consolidação dos avanços já conquistados. Os anseios dessa nova etapa de desenvolvimento já se encontram refletidos no Programa do atual governo, e terão seus eixos centrais também traduzidos no próximo PPA. Dando continuidade aos avanços recentes já obtidos, o governo eleito também assumiu um forte compromisso com o diálogo social e a participação nas políticas públicas

137 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado O processo de elaboração do PPA , que se inicia, estabelece bases sólidas de diálogo com a sociedade e os movimentos sociais. Suas orientações estratégicas buscarão consolidar as conquistas econômicas, políticas e sociais do Brasil e impulsionar um novo ciclo de desenvolvimento, tornando-o uma Pátria Educadora para a democracia, para o bem-estar social e para novas conquistas da cidadania de atuais e futuras gerações. O processo em curso conta com iniciativas de caráter consultivo, como a realização do Fórum Interconselhos. Esse evento terá a presença de mais de 30 conselhos e comissões setoriais, e abrirá espaço para contribuições dos participantes que incidirão no processo de formulação dos Programas Temáticos do PPA. O Fórum Interconselhos, já consolidado e reconhecido internacionalmente com o prêmio da Organização das Nações Unidas (ONU) para Melhores Práticas na Gestão Pública, deve continuar sendo o principal espaço de articulação entre o Governo e a sociedade civil organizada. Para tanto, ocorrerá em Brasília, em sua 6ª edição, que contará com uma dinâmica de trabalho voltada para a discussão e a proposição de contribuições para a Dimensão Estratégica do PPA, bem como o levantamento de desafios a serem enfrentados pelos diversos temas de políticas públicas nos próximos quatro anos de governo e suas respectivas propostas de soluções. A participação virtual, por meio da plataforma ParticipaBR, também será um canal por meio do qual toda a sociedade poderá contribuir para a formulação e implementação de políticas públicas, as quais serão refletidas nos Programas do PPA. Serão também realizadas oficinas de elaboração de Programas Temáticos envolvendo os Ministérios, sob a coordenação do Ministério do Planejamento, e a promoção de diálogos regionais, que deverão gerar insumos para as etapas de construção do PPA. É assumindo essas agendas que se abre o período de elaboração do PPA, quando juntos apontaremos os melhores caminhos para alcançar os compromissos assumidos pelo Governo. Espera-se, com esse PPA, um aprofundamento dos avanços já conquistados, visando não somente à ampliação das esferas de participação e envolvimento da sociedade, mas principalmente à qualificação do diálogo conferindo transparência aos trabalhos e concretude na recepção das propostas. O fortalecimento da sociedade por meio desse instrumento é fundamental para a consolidação da cultura de gestão participativa do Planejamento Governamental em todas as suas etapas. Esse documento tem a finalidade de orientar o processo de participação, trazendo informações sobre o PPA e sua dinâmica de elaboração. O Plano Plurianual O planejamento de políticas públicas é pressuposto para a qualificação dos bens e dos serviços públicos ofertados à sociedade e essencial em um contexto que demanda a implantação de mecanismos capazes de dar continuidade ao necessário desenvolvimento socioeconômico do País. O Governo tem à disposição vários instrumentos para o planejamento de suas políticas que, na maioria das vezes, resultam em planos setoriais de médio e longo prazos, a exemplo do Plano Nacional de Saúde ou o Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Além dos planos setoriais e dos 137

138 planejamentos estratégicos, o Governo Federal também exerce sua função de planejamento por meio da elaboração do PPA. O PPA é o instrumento constitucional de planejamento governamental que reflete as diretrizes do Governo para um período de quatro anos. Previsto na Constituição Federal de 1988, o PPA, nos termos do 1º do art. 165, estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Dessa forma, todos os investimentos realizados pelo Governo devem estar previstos no PPA. Ainda no 4º do art. 165, a Constituição também define que os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. Ao observar o preceito constitucional, verifica-se a relevância do PPA para o planejamento no âmbito do Governo Federal, cuja vigência também está definida pela Constituição, por meio do art. 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, quando esclarece que o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. Assim, o Governo Federal encaminhará ao Congresso Nacional, até 31 de agosto de 2015, o Projeto de Lei do PPA Os trabalhos para a elaboração do PPA começaram em janeiro corrente, sob a responsabilidade do Ministério do Planejamento, que coordena o processo. A primeira etapa da elaboração constitui-se de uma proposta para discussão envolvendo Governo e sociedade, sobre a Dimensão Estratégica composta dos Eixos e das Diretrizes Estratégicas. É essa dimensão que dará o alinhamento estratégico necessário para a elaboração dos Programas do PPA. O Plano Plurianual O Planejamento Governamental é uma ferramenta central no caminho de desenvolvimento do País. Pode-se afirmar que, por mais de uma década, o Brasil vem avançando tanto no sentido de aperfeiçoar essa função como de aproximar os instrumentos formais da efetiva gestão das políticas públicas em curso no País. Nesse cenário, situa-se a obrigação constitucional de elaborar o PPA a cada quatro anos. O modelo introduzido no PPA representou muitos avanços para o Planejamento Governamental ao explicitar as escolhas de políticas públicas para o período do Plano por meio da criação de Programas Temáticos. Esses programas retratam no Plano a agenda de Governo, organizada pelos temas de políticas públicas. É esperado que, para o PPA , tanto os ajustes de conceitos e adequações ao modelo como a própria experiência adquirida com a implantação do Plano no ciclo anterior contribuam para a construção de Programas Temáticos, Objetivos e Metas que reflitam o que é mais estruturante no âmbito de cada política pública. Diante dessas constatações, a orientação para esse novo ciclo do PPA aponta para um instrumento mais estratégico, no qual os Eixos e as Diretrizes Estratégicas norteiam a implantação das políticas, orientando a construção dos Programas Temáticos

139 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado Espera-se, com isso, aperfeiçoar o acompanhamento das ações do Governo e garantir que os resultados pretendidos sejam alcançados. Dimensão Estratégica do PPA Os eixos e as diretrizes estratégicas são os elementos centrais para a elaboração do PPA e estão diretamente relacionados ao modelo de desenvolvimento inclusivo em curso no Brasil, marcado pela perspectiva do crescimento econômico com redução das desigualdades sociais e regionais. A trajetória das estratégias dos PPAs, nos últimos doze anos, pode ser observada na tabela a baixo, a seguir. Constata-se que, a partir do PPA , a dimensão social assumiu centralidade na estratégia do Plano. Tornou-se fundamental o fortalecimento do mercado interno mediante a conformação de um mercado de massas, apoiado em aumentos reais do salário- -mínimo, em políticas de transferência de renda e na redução das desigualdades, processos esses combinados com o controle da inflação. O PPA deu sequência a essa estratégia ao reforçar o fortalecimento do mercado interno com a redução de desigualdades por meio da aceleração dos investimentos em educação e em infraestrutura econômica e social. Assim, a consolidação da agenda inclusiva passou pela implantação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pela aprovação do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e pela criação do maior programa popular de habitação do País nas últimas décadas, o Minha Casa, Minha Vida. Na mesma direção dos dois planos anteriores, o PPA deu destaque para o Brasil Sem Miséria, programa que promoveu a superação da pobreza extrema no País e possibilitou a inclusão social e produtiva desse contingente populacional; para o PAC 2, com mais recursos e maior integração com estados e municípios nos investimentos em infraestrutura e habitação; e para um conjunto de medidas de apoio à manutenção dos níveis de emprego e renda diante da deterioração do cenário internacional, às quais se somaram iniciativas voltadas para a qualificação da mão de obra, como o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e o Programa Ciência sem Fronteiras

140 PPA PPA PPA Inclusão Social Desconcentração de renda (valorização do salário-mínimo) Fortalecimento do mercado interno Redução da vulnerabilidade externa Fortalecimento da democracia e da cidadania Investimento em infraestrutura Manutenção e expansão dos investimentos em infraestrutura (PAC, MCMV) Garantia para a educação de qualidade (PDE) Agenda Social Ampliação do Programa Bolsa Família Erradicação da pobreza extrema (BSM) Manutenção e expansão dos investimentos em infraestrutura (PAC 2 e MCMV) Apoio à manutenção do emprego de renda Qualificação da mão de obra (Pronatec e Programa Ciências sem fronteira) O novo ciclo que agora se inicia, demarcado pela ideia-força Brasil, Pátria Educadora, sugere que o acesso a uma educação de qualidade será fundamental para garantir a cidadania e ampliar as capacidades da população. Com base nesse lema, os elementos da estratégia constante do Plano apontam para o fortalecimento dos fundamentos macroeconômicos e a ampliação dos investimentos públicos e privados, especialmente em infraestrutura, e a busca da inclusão social para além da renda, como aspectos centrais para a retomada do crescimento e para a ampliação da produtividade e da competitividade da economia, gerando oportunidades de trabalho para a população. É também importante, para o novo ciclo, que se busque uma melhor distribuição das oportunidades de acesso a bens e serviços públicos de qualidade. Assim, a proposta para os Eixos Estratégicos do próximo PPA é: A partir desses Eixos, as Diretrizes Estratégicas orientarão a construção dos Programas Temáticos que, devem identificar o que será feito, considerando os compromissos assumidos pelo Governo que indicam as principais agendas para os próximos quatro anos. Importante também é a apropriação, pelo PPA, dos Planos Nacionais Setoriais, com o devido recorte para os próximos quatro anos, esperando assim que a estratégia revele as principais agendas do Governo e que estas se expressem de forma transversal em meio aos Objetivos e às Metas dos Programas Temáticos

141 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado O PPA vigente compreende um total de 65 Programas Temáticos que traduzem o conjunto de objetivos, metas e iniciativas implantado pelo Governo desde Considerando que o objetivo do Governo é um PPA focado no que é mais estruturante para as políticas públicas nos próximos quatro anos, a começar por sua própria orientação estratégica, o conteúdo dos programas também será mais estruturante de forma a tornar o conjunto de Objetivos e Metas mais coeso. O PPA vigente define aproximadamente metas, o que será redimensionado para o próximo PPA, no intuito de definir um grupo de metas que permita ao Governo atuar no que será efetivamente relevante de se alcançar quanto aos resultados esperados e planejados para até Diálogo e Participação Social As contribuições da sociedade formuladas durante o Fórum Interconselhos terão como ponto de partida a discussão da Dimensão Estratégica. Essas contribuições, portanto, serão obtidas previamente à elaboração dos programas temáticos e apresentadas aos ministérios, permitindo assim que sejam incorporadas ao debate do conteúdo de cada política. Para ampliar a capilaridade do processo e a diversidade da participação, o portal ParticipaBR, coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República, também oferecerá instrumentos de participação que estarão voltados para o diálogo em torno do planejamento de políticas públicas. Por meio dessa plataforma, poderão participar todos os cidadãos, as redes,os movimentos sociais e as organizações, promovendo assim um diálogo inclusivo e ampliado da sociedade com o Governo Federal. Após a finalização da etapa de formulação dos programas temáticos, inicia-se a fase devolutiva à sociedade, com apresentação do encaminhamento das propostas aportadas nas etapas iniciais de contribuição. O cronograma a seguir explicita os principais momentos da elaboração do Plano. Elaboração do PPA JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO Elaboração e discussão da Dimensão Estratégica e da Proposta Metodológica do PPA Validação da Dimensão Estratégica Reunião com Secretários Executivos dos Ministérios Retorno das contribuições dos Secretários Executivos (sobre as Diretrizes Estratégicas) Lançamento Oficial do PPA Fórum Interconselhos discussão de propostas 2 jan a 15 mar e abr a 30 jul 141

142 Elaboração do PPA JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO Primeira Oficina com os Ministérios para elaborar os Programas Temáticos Segunda Oficina com Ministérios para finalizar os Programas Temáticos Diálogos Setoriais Terceira oficina com Ministérios com nível diretivo, para validar os Programas Temáticos Validação dos Programas Temáticos com a Presidência da República 22 abr a 15 mai 4 a a mai a 24 jun Fórum Interconselhos devolutiva 1 e 2 Diálogos Federativos (por macrorregiões) Fase da discussão quantitativa dos Programas (orçamento) Envio do PL PPA ao Congresso Nacional 25 a 28 1 a jun a 17 jul 27 Mensagem Presidencial no Projeto de Lei do PPA Fonte: Página da Câmara dos Deputados na internet APRESENTAÇÃO O PPA integra um projeto nacional de desenvolvimento que vem se consolidando há mais de uma década e que concilia o crescimento econômico com a distribuição da renda e a inclusão social. O novo Plano Plurianual traz inovações que dão sequência ao processo permanente de aperfeiçoamento metodológico do planejamento no Governo Federal. A estratégia de direcionar a atuação do Estado na promoção de um modelo inclusivo de desenvolvimento foi decisiva para a melhoria na distribuição da renda, seja pela ampliação do combate à pobreza como compromisso de toda a sociedade, seja pela manutenção dos níveis de emprego e rendimento do trabalho em meio a um contexto de crise econômica internacional. A inclusão social tem proporcionado uma condição de vida melhor a uma parcela expressiva da população, a partir do acesso à renda e às oportunidades. E o patamar de desenvolvimento que o Brasil vem alcançando nesses últimos anos tem também como consequência uma nova visão da sociedade com relação às suas possibilidades e expectativas. As demandas da popula

143 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado ção exigem esforços ainda maiores do Estado, seja com mais investimentos em infraestrutura, aumentando a competitividade da economia, seja com mais serviços públicos de qualidade. O duplo desafio de preservar as conquistas e aprofundar os avanços não é somente uma opção do Governo Federal, mas sobretudo uma escolha da própria sociedade, traduzida inclusive nos espaços de discussão do próprio PPA , que contou com ampla participação social nas suas diferentes etapas de elaboração. O PPA foi construído dentro deste contexto e, a partir de uma Dimensão Estratégica, detalha sua Dimensão Programática, representada pelos Programas Temáticos e de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado, indicando os principais compromissos do Governo para os próximos quatro anos. DIMENSÃO ESTRATÉGICA DO PPA A Dimensão Estratégica do PPA traduz as principais linhas estratégicas definidas pelo Governo Federal para a implementação de políticas públicas, tendo como horizonte o período de quatro anos. No PPA , a Dimensão Estratégica é composta pela Visão de Futuro, pelo Cenário Macroeconômico, pelos Eixos Estratégicos e pelas Diretrizes Estratégicas que orientam a elaboração da estrutura programática, especialmente dos Programas Temáticos, que compõem a Dimensão Tática do PPA ao lado dos Programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado. VISÃO DE FUTURO A Visão de Futuro do País pode ser entendida como a declaração de um desejo coletivo, factível e claro, que orienta o planejamento da ação governamental. É nesse sentido que o PPA assume como Visão de Futuro um Brasil que se reconheça e seja reconhecido como: uma sociedade inclusiva, democrática e mais igualitária, com educação de qualidade, respeito e valorização da diversidade e que tenha superado a extrema pobreza; uma economia sólida, dinâmica e sustentável, capaz de expandir e renovar competitivamente sua estrutura produtiva com geração de empregos de qualidade e com respeito ao meio ambiente. CENÁRIO MACROECONÔMICO O Brasil da última década e meia vem passando por intensas transformações com a construção e consolidação de um modelo de desenvolvimento com inclusão social. Entre 2004 e 2010, a taxa média de crescimento do PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) acelerou, a inflação foi mantida sob controle e, mais importante, a pobreza e a desigualdade diminuíram

144 No período mais recente, na esteira do aprofundamento da crise econômica global iniciada em 2008, a consolidação do modelo de desenvolvimento com inclusão social enfrentou um quadro macroeconômico desafiador, coincidente com o intervalo do último plano plurianual, de 2012 a O crescimento econômico global e doméstico desacelerou e, com o propósito de preservação das conquistas sociais e do nível de emprego, a política macroeconômica absorveu vários choques. Pelo lado externo, a queda nos preços das commodities limitou o potencial de crescimento da economia. O baixo crescimento da economia mundial, por sua vez, reduziu o dinamismo do comércio internacional e criou empecilhos à trajetória de expansão das exportações brasileiras. do lado interno, uma forte crise hídrica criou um quadro de seca em regiões específicas do País, acarretando pressão sobre os preços de energia e de alimentos. A política macroeconômica respondeu a esses choques por meio da expansão dos programas de investimento público (Programa de Aceleração do Crescimento 2 PAC 2, Programa de Investimentos em Logística PIL, Programa Minha Casa Minha Vida MCMV), de desonerações de impostos e do barateamento do crédito ao setor privado. Além disso, a política fiscal absorveu parte do aumento dos custos de energia e financiou ações específicas de combate aos efeitos da seca para a população diretamente atingida. Essas ações mantiveram a taxa de desemprego em queda (4,8% da população economicamente ativa na média de 2014, contra 7,8% em 2008 e 12,3% em 20033) e a de investimento entre os patamares mais elevados da série histórica. No entanto, por conta da redução de receitas e da expansão de despesas, em 2014 o resultado primário do setor público consolidado inverteu de sinal com um déficit de 0,59% do PIB. EIXOS ESTRATÉGICOS O PPA reforça o compromisso pela promoção do desenvolvimento econômico e social, com redução da desigualdade e criação de amplas oportunidades, traduzido em quatro Eixos Estratégicos: 144

145 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado DIRETRIZES ESTRATÉGICAS Para a superação dos desafios compreendidos em cada Eixo Estratégico, é proposto um conjunto de Diretrizes que norteiam as principais agendas para os próximos quatro anos, nos quais o PPA propõe sustentar o processo de desenvolvimento inclusivo no Brasil por meio da retomada do crescimento econômico e da distribuição dos ganhos de produtividade na sociedade. O vínculo entre as Diretrizes e os Eixos Estratégicos não é rígido, podendo uma mesma Diretriz Estratégica colaborar para mais de um eixo estratégico. As Diretrizes são: Combate à pobreza e redução das desigualdades, promovendo o acesso equitativo aos serviços públicos e ampliando as oportunidades econômicas no campo e na cidade. Promoção da qualidade e ampliação do acesso à educação com equidade, articulando os diferentes níveis, modalidades e sistemas, garantindo condições de permanência e aprendizado e valorizando a diversidade. Promoção do emprego e do trabalho decente, com garantia de direitos trabalhistas, qualificação profissional e o fortalecimento do sistema público de emprego. Garantia de acesso universal aos serviços de atenção básica e especializada em saúde, com foco na integralidade e qualidade do atendimento e no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Garantia de acesso da população ao sistema previdenciário, com qualidade e equidade no atendimento e melhoria da gestão, contribuindo para a sustentabilidade do sistema. Garantia de acesso com qualidade aos serviços de assistência social, por meio da consolidação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Garantia do direito humano à alimentação adequada e saudável, com promoção da soberania e da segurança alimentar e nutricional. Fortalecimento da cidadania e dos direitos fundamentais, promovendo a participação social, o acesso à justiça, os direitos da pessoa idosa, dos jovens, da pessoa com deficiência, o respeito à população LGBT e o enfrentamento a todas as formas de violência. Promoção da igualdade de gênero e étnico-racial e superação do racismo, respeitando a diversidade das relações humanas. Promoção do desenvolvimento rural sustentável, visando a ampliação da produção e da produtividade agropecuária, com geração de emprego, renda, divisas e o acesso da população rural aos bens e serviços públicos. Fortalecimento da governança fundiária e promoção da reforma agrária e da proteção dos direitos dos povos indígenas, povos e comunidades tradicionais e quilombolas. Promoção do direito à comunicação e à inclusão digital, ampliando o acesso à Internet banda larga e expandindo a oferta de serviços e conteúdos de telecomunicações. Fortalecimento da segurança pública e redução de homicídios, com integração de políticas públicas entre os entes federados, controle de fronteiras e promoção de uma cultura de paz

146 Promoção do desenvolvimento urbano integrado e sustentável, ampliando e melhorando as condições de moradia, saneamento, acessibilidade, mobilidade urbana e trânsito, com qualidade ambiental. Promoção da segurança hídrica, com investimentos em infraestrutura e aprimoramento da gestão compartilhada e da conservação da água. Promoção da conservação, da recuperação e do uso sustentável dos recursos naturais. Ampliação das capacidades de prevenção, gestão de riscos e resposta a desastres e de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Redução das desigualdades regionais e intrarregionais e promoção do desenvolvimento territorial sustentável, respeitando as identidades e a diversidade cultural. Promoção do desenvolvimento cultural e artístico e acesso à cultura, com valorização da diversidade e fortalecimento da economia da cultura. Promoção da democratização do acesso ao esporte, da formação esportiva e da preparação de atletas, com foco na elevação da qualidade de vida da população. Promoção da ciência, da tecnologia e da inovação e estímulo ao desenvolvimento produtivo, com ampliação da produtividade, da competitividade e da sustentabilidade da economia. Promoção do desenvolvimento econômico, melhoria do ambiente de negócios e da concorrência, com justiça fiscal e equilíbrio das contas públicas. Fortalecimento das micro e pequenas empresas e dos microempreendedores individuais, e promoção do trabalho associado, da cooperação, da autogestão e dos empreendimentos solidários. Ampliação da atuação do Brasil no comércio internacional de bens e serviços, agregando valor, conteúdo tecnológico, e diversificando a pauta e o destino das exportações brasileiras. Investimentos na melhoria do transporte de passageiros e de carga, buscando a integração modal, a eficiência da rede de transporte, a competitividade do país, o desenvolvimento sustentável e a integração regional, nacional e sul-americana. Promoção de investimentos para ampliação da oferta de energia e da produção de combustíveis, com ênfase em fontes renováveis. Garantia da defesa nacional e da integridade territorial, e promoção da paz, dos direitos humanos e da cooperação entre as nações. Fortalecimento da capacidade de gestão do Estado, com foco no aumento da qualidade dos serviços prestados ao cidadão, na qualidade do gasto, na transparência, na comunicação e participação social, bem como da prevenção e do combate à corrupção. A próxima figura ilustra como está organizada a dimensão estratégica do PPA

147 Receita Federal 2015 (Auditor Fiscal) Administração Pública Prof. Fábio Furtado 147

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