de fato, pertencê-la. Como exemplo, pode-se citar os depósitos e as retenções. CLASSIFICAÇÃO LEGAL DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA Em conformidade com o Manua
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- Manuela Débora Avelar Câmara
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1 CONTABILIDADE PÚBLICA AULA 01: ELEMENTOS DE CONTABILIDADE GERAL. ASPECTOS GERAIS DE RECEITA E DESPESA PÚBLICA SUPRIMENTO DE FUNDOS E RESTOS A PAGAR TÓPICO 02: RECEITA PÚBLICA VERSÃO TEXTUAL Definição Receita Pública é todo ingresso de recursos aos cofres públicos. Também pode ser definido como todo o recurso obtido para atender às despesas públicas. Pode-se complementar o conceito de receita pública como sendo todos os ingressos de caráter não devolutivo auferidas pelo poder público, em qualquer esfera governamental, para alocação e cobertura das despesas públicas. Dessa forma, todo o ingresso orçamentário constitui uma receita pública, pois tem como finalidade atender às despesas públicas. VERSÃO TEXTUAL O orçamento é um processo de planejamento contínuo e dinâmico que o Estado se utiliza para definir e executar seus planos e programas de trabalho. Para isso apresenta de um lado as receitas que espera arrecadar e, de outro, as despesas que pretende realizar. A receita pública é representada pelo conjunto de todos os recursos financeiros arrecadados, de qualquer fonte, para fazer face às despesas adicionais do orçamento, ou seja, é o ingresso de recursos nos cofres públicos. Podem ser classificadas em Receitas orçamentárias e Receitas Extraorçamentárias. As Receitas Orçamentárias são aquelas que, sendo ou não previstas na LOA, pertencem ao Poder Público, não necessitando o seu repasse a outras entidades. De acordo com a Lei n 4.320/64, em seu art. 57, serão classificadas como orçamentária, sob rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, incluídas as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no orçamento. (BRASIL, 1964) As Receitas Extraorçamentárias entende-se aquelas que não foram previstas no orçamento, por não pertencerem ao ente que está arrecadando, uma vez que tratam-se de um mero ingresso, que temporariamente ficará junto às disponibilidades da administração, sem
2 de fato, pertencê-la. Como exemplo, pode-se citar os depósitos e as retenções. CLASSIFICAÇÃO LEGAL DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA Em conformidade com o Manual do Tesouro Nacional (2012), As Receitas Orçamentárias estão classificadas: por categorias econômicas, em Receitas Correntes e Receitas de Capital. Por receitas correntes, pode-se entender como sendo todos os ingressos decorrentes da arrecadação de tributos, contribuições, exploração econômica do patrimônio, prestação de serviços, ou ainda, repasses de recursos de outras esferas de governo, ou particulares, que visam a execução das despesas rotineiras da administração, às quais não geram bens incorporáveis ao patrimônio, por serem despesas também correntes, e estão divididas em: RECEITAS TRIBUTÁRIAS Representam a maior fonte de arrecadação dos governos federal e estadual. São compostas pela arrecadação de impostos, taxas e contribuições de melhoria de competência de cada ente da Federação. Os impostos são uma modalidade de tributo cuja obrigação tem por fato gerador situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. No nível municipal, a Constituição Federal, em seu art. 156, estabeleceu três impostos: Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana IPTU; Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis e de Direitos Reais sobre Imóveis ITBI; e Imposto sobre Serviços de Qualquer natureza ISS. As taxas são receitas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições. Tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis; não relacionados com medição de consumo, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição. É muito importante a observância das taxas estabelecidas no Código Tributário de cada ente, para a correta classificação. As taxas podem ser classificadas em: Taxas pelo Poder de Polícia e Taxas pela Prestação de Serviços. A contribuição de melhoria é uma arrecadação decorrente de obras públicas. De competência da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições. É arrecadada dos proprietários de imóveis beneficiados por obras públicas, e terá como limite total a despesa realizada. RECEITAS DE CONTRIBUIÇÕES Destinadas à manutenção de programas e serviços e de interesse público contribuições sociais e econômicas. Como exemplo, tem-se: a contribuição do INSS paga pelos empregados e empregadores. RECEITAS PATRIMONIAIS
3 Provenientes da exploração econômica do patrimônio público. Decorrem da alocação de bens, de arrendamento e de ganhos de aplicações do patrimônio. Exemplificando: recebimento de aluguéis, juros de aplicação financeira, e outros. RECEITAS AGROPECUÁRIAS Arrecadação proveniente da exploração de atividades de produção vegetal, animal e derivados. RECEITAS INDUSTRIAIS Arrecadação decorrente das atividades industriais, como a receita da indústria de extração mineral, de transformação, de construção etc. RECEITAS DE SERVIÇOS Provenientes da atividade de prestação de serviços, tais como: de transporte, de comunicação, de saúde, de armazenagem, científicos e tecnológicos, de metereologia, etc. TRANSFERÊNCIAS CORRENTES Recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, independente de contraprestação direta de bens e serviços. OUTRAS RECEITAS CORRENTES Valores da arrecadação de outras receitas correntes tais como multas, juros, restituições, indenizações, receita da dívida ativa. Por receitas de capital, são aquelas provenientes da alienação de bens incorporados ao patrimônio da administração, resultantes de operações de crédito (empréstimos e financiamentos), ou ainda, os recursos transferidos de outras esferas de governo ou particulares, para a execução de despesas de capital, que são aquelas relativas a obras, pagamento do principal da dívida, ou ainda, daquelas despesas que resultam em um bem incorporável ao patrimônio. OBSERVAÇÃO Importante destacar que no orçamento, as receitas são previstas levando-se em consideração a arrecadação de exercícios anteriores e as projeções realizadas para o exercício seguinte dentro de um contexto macroeconômico. Outro fator que merece destaque é que a estabilidade da economia e a política fiscal adotada pelo governo contribuem de forma decisiva para a consistência dessa projeção. O crescimento dos Produtos Internos Brutos (PIBs) estadual e nacional também é referência para a estimativa da receita, além do incremento da trajetória de inflação e do incremento de receita resultante do esforço de arrecadação desenvolvido pelos estados, municípios e união. ESTÁGIOS DA RECEITA
4 De acordo com a Lei nº 4.320/64 (BRASIL, 1964) A receita pública percorre os seguintes estágios: Previsão; Lançamento; Arrecadação; e Recolhimento. PREVISÃO Para que possa ser arrecadada, a receita deverá antes ter sido prevista no Orçamento, sendo essa previsão um estágio anterior à execução em que se considera que a receita foi autorizada. Os artigos 11 a 13 da lei de Responsabilidade Fiscal LRF determinam que os entes federados devem instituir e cobrar seus tributos, aumentando, assim, a sua receita própria. Deve ser considerada, contudo, a relação custo/benefício de se criar um sistema de arrecadação, pois em municípios menores pode ocorrer de se gastar mais para cobrar do que o que se tem para arrecadar, em razão de sua baixa atividade econômica. A estimativa de receita deve considerar as alterações na legislação, a variação do índice de preços e do crescimento econômico. Deve ser acompanhada de: Demonstrativo da evolução da receita arrecadada nos três anos anteriores; Projeção da receita para os dois exercícios seguintes; Metodologia de cálculo e premissas utilizadas. O Art. 13 da LRF ordena que as receitas previstas sejam desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado, das medidas de combate à evasão e à sonegação. Exige ainda a discriminação da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa. LANÇAMENTO É a primeira fase da execução da receita, quando se individualiza o contribuinte. Após feita a previsão da receita, para que possa ser arrecadada, faz-se necessário que a repartição competente identifique quais tributos devidos em cada situação: quem é o devedor, quanto deve e fazer a devida inscrição, configurando assim o lançamento. Na prática, quando você recebe o carnê do IPTU em sua casa, está acontecendo a fase do lançamento. Outro exemplo real: quando você recebe a cobrança do IPVA. O Art. 142 do Código Tributário Nacional CTN trata de lançamento de receita. ARRECADAÇÃO
5 Recebimento das receitas do Estado pelos agentes arrecadadores, que recebem dos contribuintes e as entregam ao Tesouro Público. Os agentes podem ser divididos em dois grupos: agentes arrecadadores públicos, que são os agentes fazendários (tesouraria, delegacias, postos fiscais, etc.) e agentes arrecadadores privados, que são os bancos autorizados pelo Estado para efetuarem a arrecadação dos tributos. Atualmente, a quase totalidade da arrecadação dos tributos é efetuada pela rede bancária autorizada. Saiba mais consultando o Art. 11 da LRF. RECOLHIMENTO É a entrega dos valores arrecadados pelos agentes públicos ou privados às repartições ou ao banco oficial. É a partir deste momento que o valor está disponível para o Tesouro Público Federal, Estadual ou Municipal. FONTES DAS IMAGENS Responsável: Profª Nirleide Saraiva Coelho Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual
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