ILUSTRISSÍMO SENHOR PRESIDENTE DA COMISSÃO DE LICITAÇÕES DO O SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL E O SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA DR/RO.

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1 ILUSTRISSÍMO SENHOR PRESIDENTE DA COMISSÃO DE LICITAÇÕES DO O SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL E O SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA DR/RO. EDITAL DE CONCORRÊNCIA Nº 001/2017 MACIEL AUDITORES S/S, pessoa jurídica de direito privado inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda sob o nº / , com sede localizada na Av. Paulista, 1009, sala 1808, Jardim Paulista, São Paulo/SP, CEP , vem respeitosamente a presença de Vossa Senhoria, nos termos do edital, apresentar IMPUGNAÇÃO AO EDITAL nos termos dos fatos e considerações jurídicas que a seguir passa a expor; 1) Item Prova de inscrição no cadastro de contribuintes estaduais (SINTEGRA) e/ou municipais (ALVARÁ), relativo à sede da licitante, pertinente a seu ramo de atividade; Inaugura-se a presente peça impugnatória devotando o mais absoluto respeito a esta comissão, aclarando que as objurgações ao edital não se

2 sobrepõem a veneração pessoal pelos membros, sendo exclusivamente irresignação técnica, aviada tão somente pelo prisma jurídico. O Tribunal de Contas da União, por meio de inúmeros acórdãos paradigmáticos já pacificou que as direções contidas na sua jurisprudência, se aplicam as entidades do Sistema S : Não há restrição a que licitantes ofereçam representações ao TCU, com fundamento no art. 113, 1º, da Lei 8.666/1993, em face de licitações conduzidas no âmbito do Sistema S. Apesar de as entidades integrantes do Sistema se submeterem apenas subsidiariamente aos ditames da Lei /2002, da Lei 8.666/1993 e demais legislação correlata, devem respeitar os princípios gerais que regem a contratação pública. Licitação. Sistema S. Controle. Representação. Licitante. Legislação. Boletim de Jurisprudência 156/2017 Nesse passo, as orientações jurisprudenciais desta Egrégia Corte são replicadas vinculativamente aos certames praticados pela presente entidade licitadora, nos termos da Súmula 222: As Decisões do Tribunal de Contas da União, relativas à aplicação de normas gerais de licitação, sobre as quais cabe privativamente à União legislar, devem ser acatadas pelos administradores dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Referido intróito serve para alerta que o edital avança por sobre os próprios regulamentos do SESI e SENAI, bem como da Lei 8.666/93 ao exigir que a comprovação da inscrição municipal seja realizada por meio de alvará de localização. Tanto a lei quanto as resoluções atinentes ao caso não exigem que a comprovação seja promovida por meio de alvará de localização, razão pela qual tal criação havia neste edital não pode ser levada a efeito, porquanto a taxatividade do tema.

3 O fato é que se a lei e as resoluções são taxativas, a criação de um mecanismo único para cumprimento do edital, no que pertine a habilitação fiscal, se mostra, respeitosamente, equivocada. A invocação do alvará de localização para atendimento ao item é algo que não está descrito na lei e nem nas resoluções e portanto, não pode ser exigida no edital. A própria jurisprudência do TCU se coaduna a tese ofertada: No âmbito do Sistema S, o administrador pode exigir, no todo ou em parte, apenas a documentação listada no regulamento licitatório próprio da entidade, na forma estabelecida pelo edital, uma vez que o rol de exigências de habilitação em licitação é taxativo. Licitação. Sistema S. Habilitação. Boletim de Jurisprudência 101/2015 Pedido de Reexame. Licitação. As entidades do Sistema S, muito embora obedeçam a regulamentos próprios, devem observar os princípios gerais da Administração Pública (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência), uma vez que prestam serviços de interesse público com recursos originados de contribuições parafiscais. Acórdão 3249/2013 Plenário Cumpre, a par da motivação lançada, colacionar os requisitos vindicados pela lei relativos a habilitação fiscal: Lei 8.666/93: Art. 29. A documentação relativa à regularidade fiscal e trabalhista, conforme o caso, consistirá em: Resolução SESI/SENAI II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatível com o objeto contratual;

4 IV) regularidade fiscal: b) prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatível com o objeto contratual; Com efeito, não há requisito legal ou lícito para que a comprovação acerca da inscrição municipal seja realizada através do alvará de localização, como vindica o instrumento convocatório. Observa-se que a prova de inscrição no cadastro de contribuintes municipais deve ser promovida com a apresentação de certidão específica para esta finalidade, como soe ocorrer no mais variados certames ocorridos no Brasil. Não há confusão entre o alvará de localização e a certidão contribuinte de inscrição municipal, até mesmo porque a inscrição obrigatoriamente deve preceder a emissão do alvará. Logo, o alvará não se presta a comprovar a inscrição no cadastro de contribuintes municipais, a qual deve ser procedida através da correspondente certidão. Assim, considerando que o alvará de localização não é requisito exigido na lei ou nas resoluções atinentes ao certame e considerando que a comprovação da inscrição ocorre por meio de certidão expedida para tal finalidade, requer a impugnante a reforma do edital, forte nos fatos narrados. 2) Item Certidão Negativa de Débito (CND) relativa às Contribuições Previdenciárias e Terceiros ou Positiva com Efeitos de Negativa (CPD- EM), emitida pela Receita Federal do Brasil, da sede do licitante.

5 O presente item resta objurgado, haja vista que inexiste certidão de regularidade expedida pelo INSS. Alhures a certidão do INSS previdenciária, é expedida pela Receita Federal do Brasil em conjunto com a tributária, conforme consta no site da entidade 1 : Certidão relativa a Contribuições Previdenciárias (CNPJ e matrícula CEI) A partir de 03/11/2014, não existe mais a emissão de certidão específica, relativa a Contribuições Previdenciárias para CNPJ. A certidão específica de Obras de Construção (matrícula CEI) é expedida exclusivamente pelas unidades da Receita Federal do Brasil (RFB). Até 02 de novembro de 2014, a prova regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional das pessoas jurídicas (CNPJ) era feita por meio da Certidão Específica, relativa às contribuições previdenciárias, inscritas ou não em Dívida Ativa da União - DAU, emitida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e da Certidão Conjunta PGFN/RFB, relativa aos demais tributos administrados pela RFB e inscrições em DAU administradas pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), emitida conjuntamente pela RFB e PGFN. O contribuinte que possuir a Certidão Específica Previdenciária e a Certidão Conjunta PGFN/RFB, dentro do período de validade nelas indicados, poderá apresentá-las conjuntamente. Entretanto, se possuir apenas uma das certidões ainda no prazo de validade, terá que emitir a certidão que entrou em vigência em 03 de novembro de 2014 e abrange todos os créditos tributários federais administrados pela RFB e PGFN. Portanto, a vindicação da prova de regularidade com o INSS, não é tangível às licitantes, devendo, por sugestão, constar no edital, em substituição ao tema anterior, o requerimento para que seja apresentada a certidão de regularidade de débitos federais, em face da unificação havida. 3º) Item 7 do Termo de Referência Proposta técnica x Proposta de Preços 7.1. No julgamento e classificação das propostas será adotado o critério de TÉCNICA E PREÇO, na proporção de 60% para a nota técnica e 40% para o preço, observados os prazos máximos para a prestação dos serviços, as especificações e os parâmetros mínimos de desempenho e qualidade definidos no presente Termo de Referência; 1

6 Não se mostra plausível ou pelo menos se recente de justificativa razoável a ordenação de peso mais favorável para a proposta técnica do que para o preço. Tal equação permite que seja impresso julgamento subjetivo, prejudicando a isonomia, mas principalmente o Princípio do Julgamento Objetivo. O entendimento esposado acima encontra resguardo na jurisprudência do TCU, consoante ementa colacionada abaixo: A adoção, em licitação do tipo técnica e preço, de peso excessivamente elevado para a pontuação técnica em relação à de preço, sem justificativa plausível, e de critérios subjetivos de julgamento das propostas contraria o disposto nos arts. 3º, 40, inciso VII, 44, 1º, e 45, da Lei 8.666/1993 Informativo de Licitações e Contratos 129/2012 Destarte, com máxima vênia, deve ser remodelada a fórmula, sendo aplicado equacionamento equilibrado para julgamento da proposta ofertada à comissão. Prosseguindo em respeito a qualificação técnica, face a ausência de motivação acerca da eleição da escolha pelos requisitos estimados para pontuação das licitantes, passamos respeitosamente a propor pequena reforma no instrumento convocatório. Partindo da premissa que a proposta técnica visa selecionar a licitante que detenha maior capacidade e experiência, não se mostra razoável que esse intento seja atingido tão somente com a apresentação de um único atestado de capacidade técnica para cada item. Estamos objurgando o item 7.2, I do termo de referência, o qual persegue apenas a apresentação de dois atestados (um para cada item) para lograr a pontuação máxima.

7 Ora, se a seleção da empresa que possuir maior técnica é o mote deste edital, então, salvo melhor juízo, devem ser exigidos mais atestados para fins de comprovação. Assim, quanto maior o número de atestados, maior a pontuação atingida, limitada a 15. Através deste mister, com absoluta certeza estará havendo a seleção da empresa com maior técnica, justificando a eleição do tipo (técnica e preço) licitatório. Dessa forma, sugestiona-se que seja atribuído 1 ponto por atestado apresentado, havendo a limitação ao máximo de 15 atestados para este item específico, cumprindo a pontuação máxima perseguida neste ponto do edital. A irresignação lançada nesta peça escoima-se em motivação razoável, porquanto amparada em jurisprudência do TCU, bem como sobre ponderação buscando a seleção da proposta que possua a melhor técnica. DO PEDIDO Ante o exposto, requer o conhecimento e recebimento da presente impugnação, para no mérito conhecer como procedente as irresignações lançadas, ajustando o edital nos termos requeridos, promovendo-se a necessária republicação. Nestes termos, pede deferimento. São Paulo, 13 de setembro de MACIEL AUDITORES S/S ROGER MACIEL DE OLIVEIRA Sócio Administrador