GABRIELA MATSUNAGA DE ANGELIS

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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO ECOLOGIA GABRIELA MATSUNAGA DE ANGELIS ESTUDO DE COMUNIDADES DE FORAMINÍFEROS EM MANGUEZAL DO RIO ITAPANHAÚ, BERTIOGA-SP, APLICADO À RECONSTRUÇÃO PALEOAMBIENTAL Rio Claro 2013

2 1 GABRIELA MATSUNAGA DE ANGELIS Estudo de comunidades de foraminíferos em manguezal do Rio Itapanhaú, Bertioga-SP, aplicado à reconstrução paleoambiental Orientador: Prof. Dr. Décio Luis Semensatto Junior Co-orientador: Prof. Dr. Dimas Dias-Brito Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Câmpus de Rio Claro, para obtenção do grau de Ecóloga. Rio Claro 2013

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4 3 AGRADECIMENTOS Primeiramente sou grata a Deus que me proporcionou viver essa vida desta forma e a todos os aprendizados e vivências que passei até aqui. Agradeço também a minha família, que sem o apoio financeiro, ensinamentos morais e à todos os momentos juntos com meus pais, Marcos e Lilian, nada disso teria sido possível, às minhas irmãs, Cá e Aman, que me sempre estiveram ali para tudo, apesar de qualquer coisa, e a vó melpinho que sempre disse que eu seria uma ótima ecóloga, mesmo sem saber o que nós fazemos. Não tenho palavras para descrever toda a gratidão por ter todos vocês como minha família. Agradeço também ao meu orientador Prof. Dr. Décio Luis Semensatto Jr. pelos ensinamentos e lições que poderei levar à minha futura carreira de ecóloga e ao meu Co-orientador Prof. Dr. Dimas Dias Brito pelo convite e por toda infraestrutura disponibilizada para a realização deste trabalho, agradeço também ao Programa de Formação de Recursos Humanos em Geociências e Ciências Ambientais Aplicadas ao Petróleo PRH 05/UNESP, ao PFRH/Petrobrás e ao PRH/ANP FINEP/MCT, pelo apoio acadêmico e financeiro, indispensáveis à realização deste trabalho de conclusão de curso. Sou grata também à Sandy, Re e Nívea que passaram por todos os momentos de conquista e aqueles não tão bons durante todo planejamento e desenvolvimento e conclusão deste projeto, e que além de tudo são mais do que especiais na minha vida. Agradeço também por Deus ter cruzado nossos caminhos e ter feito com que vocês Emi, que mesmo sendo possessiva eu continuo te amando, Má, sempre me ajudando com tudo me ouvindo, me apoiando e sempre me colocando pra cima em qualquer ocasião, Camilinha, que me conquistou e mesmo eu sendo um pouco receosa e grossa aprendi a te amar e sinto sua falta todos os dias e a toda a turma da eco 09 que se tornaram pessoas tão importantes e que cada um, da sua forma, tenha contribuido de forma tão especial na minha vida. Amo todos vocês. Ju, Batuba, Bela, Gabri e Fer por se tornarem minha nova família e por dividirem momentos tão bons e especiais que serão lembrados por toda a vida. A convivência com vocês foi muito importante durante toda a minha graduação e fico muito feliz por ter passado esse tempo com vocês. Vucos e magrelos que nunca deixam o rolê parar. Meus momentos de descontração sempre foi perto de vocês e gostaria que assim permanecesse. Toco, Gulosa e Levy que nesses ultimos tempos se tornaram muito importantes e agora já são imprescindíveis. Sou muito grata à Comissão de Formatura 2012, M.O.C.O. que me proporcionaram momentos grandiosos e de realização pessoal, além da ótima companhia e aprendizado, em todas as nossas festas. Todos vocês são muito especiais pra mim, sinto falta das nossas reuniões até as 3h da manhã, dos bons

5 4 drinks que estão escassos, mas espero que continuem por um bom tempo, e de cada um de vocês, obrigada por tudo. Agradeço aos meus filhotes Baco e Maroto por terem dado um ar aventureiro à minha estadia em Rio Claro. E também as bixetes: Magal, Tradição e Gina que são cada vez mais especiais. Sou grata também a todos os rosas desse mundo, que compartilham desse poder comigo hahahaha. Sou grata também aqueles que mesmo um pouco distantes continuam sendo os melhores de todos os tempos. Agradeço à Juzinha, Ju, Kamys, Isa, Carioca, Nai,Muh, Katih, Regi e Thamires por sempre serem o melhor exemplo do que se pode chamar de família que escolhemos. Amo vocês e sinto saudades. Enfim, agradeço a todos àqueles que algum dia cruzaram meu caminho durante a graduação e também àqueles que se mostraram interessados ao andamento do projeto e que me deram forças mesmo que sem saber.

6 5 RESUMO Estudos científicos sobre foraminíferos decorrem, historicamente, de sua aplicação para datação relativa de rochas, correlações estratigráficas e reconstruções paleoambientais. Nas últimas décadas, vêm sendo amplamente aplicados aos estudos de ecossistemas modernos, com ou sem influência antrópica. Ambos os aspectos interessam à indústria do petróleo. Dentre outros enfoques, os foraminíferos são usados como bons indicadores de flutuação do nível relativo do mar. O presente estudo teve por objetivo realizar o levantamento taxonômico e o estudo da estrutura de comunidades de foraminíferos em amostras de um testemunho superficial, de 60 cm, coletado em manguezal localizado no Rio Itapanhaú, em Bertioga (SP). Objetiva ainda contribuir para a discussão sobre padrões típicos da estrutura de comunidades em margens de manguezal e oferecer elementos para discussões sobre o comportamento do nível relativo do mar nesta área em tempos quase modernos. Foram coletadas 6 amostras ao longo de um testemunho de 60 cm de comprimento, uma a cada 10 cm de profundidade. Estas foram preparadas em laboratório e em cada amostra buscou-se encontrar ao menos 100 tecas por 1 ml. A identificação das espécies foi feita com material de referência específico e coleção disponível no IGCE-UNESPetro, Rio Claro. A estrutura das comunidades foi estudada em termos de riqueza, diversidade e composição das espécies, sendo feita uma comparação dos resultados obtidos com os de áreas similares para interpretação do ambiente deposicional. Foram encontradas 21 espécies, dentre elas 13 calcárias e 8 aglutinantes, sendo Ammonia tepida, Ammonia parkinsoniana e Elphidium spp. as espécies mais abundantes e frequentes. Essencialmente, não houve alteração da estrutura das comunidades ao longo do intervalo coberto pelo testemunho, o qual reflete um ambiente de margem externa de manguezal sem alteração perceptível do nível relativo do mar no respectivo tempo de deposição dos sedimentos lamosos. A estrutura das comunidades aqui reconhecida é similar à de ambientes estuarinos bem conservados, o que indicaria um baixo impacto antrópico na área ao longo do intervalo temporal. A concordância dos resultados obtidos com os dados da literatura reforça o uso do padrão de comunidades detectadas neste tipo de ambiente para estudos ambientais e paleoambientais.

7 6 ABSTRACT Foraminifera scientific studies became, historically, of your apply in relative dating of rocks, stratigraphic correlations and paleoenvironmental reconstruction. In the last decades, they have been applied on the studies of modern ecosystems, with or without antrhopic influence. Both aspects are interest of petroleum industry. Among other approaches, foraminífera are used as good indicators of the fluctuation of relative sea level. This study aimed to survey and taxonomic study of the community structure of foraminifera in surface samples of a core, 60 cm, collected in mangrove located in Itapanhaú river in Bertioga (SP).It also aims to contribute to the discussion about typical patterns of community structure of mangrove margins and provide elements for discussion on the relative sea level behavior in this area in almost modern times. It was been collected 6 samples along the core of 60 cm of length, each one 10 cm depth. They were made in laboratory and in each sample sought to find at least 100 foraminifera per ml. The species identification was made with reference specified material and collection available on IGCE-UNESPetro, Rio Claro. The community structure was studied in terms of richness, diversity and species composition and was made the results comparison from similar areas to interpret the depositional environment. Were found 21 species within them 13 calcareous and 8 binders, being the most abundant and frequent species Ammonia tepida, Ammonia parkinsoniana e Elphidium spp. Essentially there wasn t change in the community structure within the period covered by the core which reflects an environment of outer margin of mangrove without noticeable change in relative sea level at the respective time of deposition of muddy sediments. The community structure here recognized its similar to estuarine environment well maintained which indicates a low human impact in the area over the time interval. The agreement of the results obtained with literature reinforces the use of community pattern detected in this type of environment for environmental and paleoenvironmental studies.

8 7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ÁREA DE ESTUDO OBJETIVO MATERIAL EMÉTODOS RESULTADOS DISCUSSÃO CONCLUSÃO...19 REFERÊNCIAS...20

9 8 1. INTRODUÇÃO Foraminíferos são protistas sarcodinos, unicelulares, eucariontes, pertencente à classe Rhizopoda. O principal elemento para classificação taxonômica deste grupo é a teca, que pode ser unilocular (uma única câmara) ou multilocular (várias câmaras interconectadas através de aberturas chamadas de forâmens). A teca varia quanto à composição (calcária, aglutinada com partículas do meio ou orgânica), formato, arranjo e forma das câmaras, posição e forma de abertura, entre outras características (LOEBLICH-JR. & TAPPAN, 1988). A reprodução dos foraminíferos se dá por alternância de gerações haploides e diplóides, com gerações microsféricas e megalosféricas geralmente com mínima diferença morfológica (LIPPS, 1993). Em geral, são microscópicos variando entre µm. O ambiente típico da grande maioria das espécies é o marinho, observado ao longo de toda a história evolutiva do grupo, havendo também algumas espécies de água salobra e muito poucas de água doce. Foraminíferos planctônicos são exclusivamente marinhos e estão concentrados nos primeiros metros da coluna d água, aumentando significativamente em abundância desde a borda externa da província nerítica até a oceânica, com pouco mais de 40 espécies viventes (estão em declínio de diversidade na história evolutiva). Já os bentônicos, com milhares de espécies, habitam desde os estuários até as fossas abissais, embora a plataforma continental e o talude sejam os ambientes onde são mais abundantes (CULVER, 1993). Segundo MURRAY (2006), algumas espécies de foraminíferos são parasitas e outras podem vivem em simbiose com organismos fotossintetizantes. O hábito alimentar dos foraminíferos é essencialmente detritívoro, mas varia entre espécies desde o consumo de larvas de invertebrados, moluscos e crustáceos, até partículas vegetais e bactérias. Algumas espécies respondem rapidamente às variações físicas e químicas do ambiente, como concentração de salinidade, oxigênio e cálcio dissolvido, alteração do ph, presença/ausência de vegetação, variação nos ciclos de marés, profundidade etc. Nestes casos, as respostas mais perceptíveis estão na abundância absoluta e relativa das espécies, sendo que é comum observar espécies com ocorrência

10 9 restrita a certas faixas de flutuação das variáveis ambientais, o que as qualifica como indicadoras ambientais, tanto das condições de conservação como do nível relativo do mar, entre outras aplicações (DEBENAY et al, 2002; SCOTT & MEDIOLI, 1980; YANKO et al, 1994). No caso dos ambientes da zona entremarés, há muitos trabalhos que os separam em duas grandes subzonas: uma topograficamente mais elevada, colonizada exclusivamente por espécies aglutinantes e com menor diversidade de espécies, e outra topograficamente mais baixa, dominada por espécies calcárias e com maior diversidade (SEMENSATTO-JR et al., 2009). Este padrão serve às reconstruções do nível relativo do mar, hoje mais concentradas no Quaternário, sendo que os ambientes de manguezal ocupam posição de destaque neste tipo de estudo no cenário internacional. Manguezais são ecossistemas associados ao sistema estuarino, típicos de regiões tropicais e subtropicais, tendo chegado a ocupar 70% das faixas litorâneas destas regiões no passado (BOLTOVSKOY e VIDARTE, 1977). São de grande importância ecológica, pois amortizam o impacto do mar sobre a terra, retém sedimentos e poluentes, exportam nutrientes para ecossistemas adjacentes, além de servirem como abrigo de fauna para alimentação e reprodução. A topografia da planície lamosa é discretamente acidentada, o que implica em uma ação diferenciada das marés ao longo dos segmentos do manguezal (LAMPARELLI & MOURA, 1998). São áreas de grande produtividade e com considerável riqueza de espécies (considerando os diferentes grupos biológicos que ali habitam). Tem alto valor cultural, sendo fonte de renda para a população do entorno. Contudo, historicamente a conservação dos manguezais tem sido direta e negativamente influenciada pela intensificação das atividades antrópicas, notadamente pela ocupação urbana e despejo de efluentes domésticos (ALVE, 1995).

11 ÁREA DE ESTUDO A área especificamente focalizada neste trabalho está posicionada à juzante da margem esquerda do Rio Itapanhaú, na área de confluência com o Canal de Bertioga, que é dominada por vegetação de mangue (Figura 1). Figura 1. Localização do p coleta do testemunho (UTM: W e S). O ambiente de entorno do ponto de coleta margem externa de manguezal - é caracterizado por um banco de lama relativamente bem consolidado e sem vegetação, posicionado na parte topograficamente mais baixa da zona entremarés, próximo de um banco de Spartina alterniflora e da franja do bosque de manguezal colonizada por Rizhophora mangle e Laguncularia racemosa, com aproximadamente 5 m de altura (Fig. 2). O Rio Itapanhaú é o maior tributário do referido canal (10m³/s) e sua desembocadura é próxima à cidade de Bertioga (MIRANDA et al., 1998). O clima da região é caracterizado como tropical úmido e possui indíces pluviométricos acima de 2000 mm/ano (PRANDINI et al., 1989).

12 11 Figura 2. Ponto da coleta do testemunho (indicação no canto inferior esquerdo). Rhizophora mangle e Laguncularia racemosa Spartina alterniflora 1.2 OBJETIVO O presente trabalho teve por objetivo realizar o levantamento taxonômico e o estudo da estrutura de comunidades de foraminíferos em um testemunho obtido no referido manguezal, buscando-se avaliar se houve alguma mudança significativa na composição de espécies e dos indicadores sinecológicos ao longo do tempo (base topo do testemunho). Objetiva, ademais, contribuir para a discussão sobre padrões típicos da estrutura de comunidades em margens de manguezal e oferecer elementos para discussões sobre o comportamento do nível relativo do mar nesta área em tempos quase modernos. Pretende-se, além disso, como referência local, que os dados desse projeto forneçam subsídios a outros três projetos desenvolvidos concomitantemente com amostras da mesma região. Todos os projetos integrados resultarão na descrição de padrões de estrutura de comunidades para diferentes ambientes estuarinos, tais como margem e interior de bosque de manguezal, relacionados a diferentes composições de espécies e níveis de riqueza, diversidade e equitatividade.

13 12 2. MATERIAL E MÉTODOS Campo: a operação de campo para a testemunhagem do sedimento foi realizada no mês de Julho de 2012, em período de influência da massa polar. Um testemunho de 60 cm (da superfície até à base) foi cortado na margem do Rio Itapanhaú (Figura 2). O testemunho foi obtido usando-se um cano de PVC de 2 de diâmetro e 2,0 m de comprimento, introduzido perpendicularmente à superfície. No ponto de coleta, o sedimento estava coberto por uma camada de aproximadamente 5 cm de material vegetal fragmentado. Logo após a recuperação do sedimento, o tubo foi lacrado e levado a laboratório para processamento e análise. Laboratório - lidando com as amostras: em laboratório, o tubo de PVC foi aberto com auxílio de uma serra circular. Em seguida, foi posicionado horizontalmente sobre a bancada e dividido longitudinalmente em duas partes iguais, visando sua descrição física da base para o topo. Coletas de amostras foram a seguir feitas a cada 10 cm de profundidade. Como a coluna recuperada foi de 60 cm, 6 amostras foram retiradas para análise. Cada amostra foi homogeneizada e então retiradas subamostras com 1 ml para peneiramento a úmido em malha de 63 µm. A fração peneirada retida foi acondicionada em frascos de acrílico com álcool 70%. Laboratório estudos microscópicos: a etapa seguinte foi a triagem de tecas, ou seja, sua separação do material sedimentar restante, executada com um pincel de ponta fina sobre uma placa escura, na qual se colocou a subamostra, com auxílio de estereomicroscópio Zeiss com aumentos variando de 50 a 80x. Não foi realizada a diferenciação entre organismos vivos e mortos no momento da coleta para que haja uma compatibilidade de reconhecimento de tecas ao longo do testemunho, uma vez que a maioria dos organismos vivos concentram-se no primeiros 5 cm superficiais do sedimento (ARMSTRONG & BRASIER, 2005). Em cada subamostra foram triadas pelo menos 100 tecas, sendo que este número indica a probabilidade teórica de que 97% de que todas as espécies tenham sido triadas, além de garantir que espécies com abundância relativa igual ou

14 13 superior a 25% contam com pequeno erro da estimativa de seu valor (FATELA & TABORDA, 2002; PATTERSON & FISHBEIN, 1989). Uma vez triadas, as tecas foram acondicionadas em slides (placas de cartão quadriculado específicas para esse tipo de material analisado), fixadas com gel cosmético para não se deslocarem com a manipulação dos slides. A identificação taxonômica foi realizada com o auxílio de referências bibliográficas específicas, como Boltovskoy et al. (1980), Loeblich & Tappan (1988) e com o atlas fotomicrográfico de foraminíferos de manguezais do UNESPetro, Rio Claro. Algumas tecas foram fotmicrografadas em microscópio eletrônico de varredura (MEV) Zeiss, modelo EVO MA15, do LabMev, UNESPetro. Encerrada a etapa de triagem e o estudo taxonômico dos foraminíferos, foram calculados a riqueza de espécies, diversidade de Simpson (1-D) e equitatividade de Simpson e a similaridade (Bray-Curtis) das amostras de cada nível do testemunho. A partir dessas informações pôde-se analisar o quanto esses indicadores eventualmente flutuaram quantitativamente ao longo do tempo, associados a possíveis mudanças da composição de espécies, visando delinear uma tendência de permanência ou mudança das condições ambientais locais, como indicadas pelos foraminíferos. A existência de algum padrão de agrupamento de amostras a partir da similaridade de Bray-Curtis foi verificada com auxílio de uma análise de hierárquica de cluster (AHC), com o método do pareamento por média não-ponderada (UPGMA) como estratégia de agrupamento. Por fim, calculou-se a diversidade beta-1 de Harrison (Beta-1) para quantificar a variação da composição da comunidade ao longo do tempo como um todo (HARRISON et al., 1992), pressupondo-se a possibilidade de existência de um gradiente ambiental no testemunho entre os níveis estudados. Este índice varia de 0 (nenhuma variação) até 100 (variação total). O software livre PAST, versão 2.17c (HAMMER & HARPER, 2006), foi utilizado para os cálculos estatísticos referentes aos tipos de dados encontrados. Os resultados derivados dessas análises foram confrontados aos da literatura, refrentes a ambientes estuarinos análogos, para os quais foram discutidas as semelhanças e diferenças da estrutura das comunidades. Buscou-se descrever e reconhecer padrões de estrutura tradicionalmente descritos, visando sua aplicação em estudos ambientais e paleoambientais (e.g., avaliação de impactos ambientais).

15 14 3. RESULTADOS As estruturas das comunidades não variaram de forma significativa entre os níveis dos testemunhos. As espécies dominantes foram Ammonia tepida, Ammonia parkinsoniana e Elphidium spp., presentes em todas as amostras (Tabela 1). No total foram encontradas 21 espécies, 13 calcárias e 8 aglutinantes, algumas delas ilustradas na Figura 3. As espécies aglutinantes mais comuns são Arenoparrella mexicana, Haplophragmoides wilberti e Trochamina inflata que, somadas, quase nunca ultrapassam abundância relativa maior que 0,05. A densidade de tecas variou de 84 a 320 tecas/ml, sendo que em todos os casos foi necessário apenas 1 ml para atingir uma abundância próxima ou maior que 100 tecas. Em relação à diversidade, excetuando-se o nível de 20 cm, todas as amostras oscilaram entre 0,49 e 0,64, dentro dos valores esperados para o tipo de ambiente. No caso do nível de 20 cm, o valor de diversidade igual a 0,75 é maior que os demais; isto se dá unicamente porque a abundância relativa de A. tepida é menor do que em todas as amostras, o que redunda em um maior equilíbrio entre as abundâncias relativas e aumento da diversidade. A equitatividade apresenta o mesmo padrão, cujo comportamento pode ser explicado da mesma forma que para a diversidade. A partir da análise de similaridade entre as comunidades dos 6 níveis do testemunho, observa-se no dendrograma que não há uma diferenciação clara entre grupos de amostras (Figura 4). De maneira geral, a similaridade pode ser considerada alta, pois oscilou entre 0,62 e 0,91, com média igual a 0,79 ± 0,09. Isto indica que tanto a composição quanto a distribuição relativa das abundâncias variou pouco ao longo do tempo abrangido pelo testemunho. No mesmo sentido, o valor da diversidade beta-1 foi igual a 17,90 (em uma escala de 0 a 100), o que significa que a comunidade de foraminíferos não indica a existência de um gradiente ambiental ao longo do testemunho.

16 Tabela 1. Abundância relativa das espécies e dados sinecológicos das amostras. Espécies com abundância relativa igual a 0,00 indicam valor menor que 0,005. S: riqueza de espécies; N: abundância absoluta da amostra; 1-D: Diversidade de Simpson (forma complementar); E: Equitatividade de Simpson baseada na forma recíproca (1/D). Amostra Espécie 10 cm 20 cm 30 cm 40 cm 50 cm 60 cm Ammonia tepida 0,58 0,36 0,70 0,65 0,58 0,63 Ammonia parkinsoniana 0,15 0,21 0,16 0,07 0,16 0,11 Ammoastuta salsa 0,01 Ammotium sp. 1 0,01 Ammotium cassis 0,00 Ammotium salsum 0,01 Arenoparrella mexicana 0,05 0,04 0,01 0,01 Bolivina sp. 0,02 0,02 0,01 Brizalina striatula 0,00 Bulimina aculeata 0,02 0,01 Buliminella elegantissima 0,01 Elphidium excavatum 0,01 0,03 0,02 0,02 0,05 0,01 Elphidium gunteri 0,06 0,26 0,08 0,12 0,16 0,15 Haplophragmoides wilberti 0,01 0,01 0,01 Nonionella sp. 0,07 0,10 0,06 0,01 0,05 Milionella sp. 0,01 Pararotalia cananeiaensis 0,01 Quinqueloculina seminulum 0,01 0,01 0,01 0,01 Textularia earlandi 0,01 Trochamina inflata 0,02 0,01 0,01 0,01 0,03 Uvigerina sp. 0,00 S Indeterminado N D 0,64 0,75 0,49 0,55 0,59 0,58 E 0,21 0,57 0,24 0,19 0,35 0,24 Volume triado 1 ml 1 ml 1 ml 1 ml 1 ml 1 ml 15

17 16 Figura 3. Algumas espécies de foraminíferos encontradas nas amostras do testemunho. 1 e 2. Elphidium gunteri; 3. Nonionella sp.; 4. Pararotalia cananeiaensis; 5 e 6. Ammonia tepida; 7 e 8. Ammonia parkinsoniana; 9. Quinqueloculina seminulum; 10. Elphidium excavatum; 11. Arenoparrella mexicana; 12. Haplophragmoides wilberti.

18 17 Figura 4. Dendrograma das amostras agrupados com a similaridade de Bray-Curtis e método do pareamento por média não-ponderada (UPGMA).

19 18 4. DISCUSSÃO Embora o sedimento extraído deste testemunho não tenha sido submetido a análise para estimativa de taxa de sedimentação local, ao considerar os resultados reportados por Gonçalves et al. (2013) em testemunhos coletados no Canal de Bertioga em pontos próximos ao deste trabalho é razoável inferir que a taxa de sedimentação do presente testemunho possa estar entre 0,72 e 1,26 cm/ano. Desta forma, os 60 cm testemunhados e aqui estudados provavelmente abrangem um intervalo de tempo entre 47 e 83 anos. Como os atributos sinecológicos oscilaram com uma pequena amplitude desde a base até o topo do testemunho, interpreta-se que os foraminíferos indicam que não houve mudança significativa do tipo de ambiente ao longo do tempo coberto pelo testemunho. Adicionalmente, não há evidências de desgaste químico ou mecânico nas tecas que possam sustentar a ocorrência de algum processo tafonômico signicativo que eventualmente tenha causado alguma perda seletiva de espécies até o presente, de forma que a composição da comunidade em cada nível muito provavelmente é a mesma da época da deposição. A dominância dos gêneros Ammonia e Elphidium encontrada nas amostras caracteriza um ambiente com moderada influência marinha com regime de salinidade na faixa mixohalina (LUAN & DEBENAY, 2005). Assim, o ambiente deposicional nestes últimos anos pode ter sido uma franja não vegetada, e em equilíbrio, contígua à margem externa do manguezal. Reforça essa interpretação a baixa abundância de espécies aglutinantes, que ocupam preferencialmente o sedimento sob bosque de manguezal quando o regime de salinidade é mixohalino (BRÖNNIMANN & DIAS-BRITO, 1981; DEBENAY et al., 2002; RUIZ et al., 2005). Isto significa que no intervalo de tempo considerado não houve avanço do manguezal (progradação) sobre o canal no ponto investigado. Por outro lado, RODRIGUES et al. (2003) e EICHLER et al. (2007) também realizaram coletas superficiais ao longo das margens do Canal de Bertioga e reportaram resultados similares aos ora apresentados, principalmente em relação à dominância de A. tepida nos pontos com moderada ou intensa influência marinha.

20 19 Expandindo-se o universo de comparação para estuários de outras regiões do Brasil e do globo, observa-se um padrão consistente da dominância de Ammonia e Elphidium nas margens mixohalinas de manguezais, por vezes acompanhada da ocorrência simultânea de gêneros com preferência da faixa euhalina, como Quinqueloculina, Nonionella e Bolivina, e da faixa oligohalina, como Trochammina, Haplophragmoides e Arenoparrella (DEBENAY et al., 1998; DULEBA & DEBENAY, 2003; BARBOSA et al., 2005; LUAN & DEBENAY, 2005; RUIZ et al., 2005; SEMENSATTO-JR., 2006). Embora a maior parte destes trabalhos tenha sido realizada em estuários com bom estado de conservação, ambientes similares mas reconhecidamente impactados por atividades antrópicas também apresentam o mesmo padrão de composição da comunidade (VILELA et al., 2011). Isto enfraquece o uso desta associação específica dominada por Ammonia e Elphidium como indicadora das reais condições das bordas externas dos manguezais.

21 20 5. CONCLUSÃO A constância microbiótica encontrada nas amostras do testemunho estudado leva à inferência de que o ambiente deposicional não passou por alterações significativas nas últimas 5 a 8 décadas. Tal meio foi constantemente dominado pelos gêneros Ammonia e Elphidium, o que o caracteriza como pertencente a uma faixa da parte inferior da zona entre-marés situada à frente do limite externo do manguezal, em regime mixohalino. A área do ponto de coleta não deve ter estado sujeita a significativas oscilações ambientais ao longo do tempo referido, pois as comunidades dos diferentes níveis do testemunho variaram muito pouco da base para o topo. A julgar pelo aspecto atual do manguezal da área estudada e dos resultados obtidos, permaneceram similares a ambientes estuarinos bem conservados.

22 21 REFERÊNCIAS ALVE, E. Benthic foraminiferal responses to estuarine pollution: A review. Journal of Foraminiferal Research, Washington, v. 25, no. 3, p , Julho ARMSTRONG, H. e BRASIER, M. Microfossils. 2ª edição. Editora Blackwell, p. BARBOSA, C.F., SCOTT, D.B., SEOANE, J.C.S., TURCQ, B.J. Foraminiferal zonations as baseline for Quaternary sea-level fluctuations in south-southeast Brazilian mangroves and marshes. Journal of Foraminiferal Research. v. 35, nº1, p BOLTOVSKOY, E.; VIDARTE, L.M. Foraminiferos de la zona de manglar de Guayaquil (Ecuador). Hidrobiologia, v.5, p BOLTOVSKOY, E.; et al. Atlas of Benthic Shelf Foraminifera of the Southwest Atlantic. Netherlands: The Hague, p. BRÖNNIMANN, P.; DIAS-BRITO, D.; MOURA, J.A. Foraminíferos da fácies mangue da planície de maré de Guaratiba, Rio de Janeiro, Brasil. In: CONGRESSO LATINO- AMERICANO DE PALEONTOLOGIA, 2., 1981a, Porto Alegre. Anais..., Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1981, p CULVER, S. Benthic foraminifera of Puerto Rican mangrove-lagoon systems potential for paleoenvironmental interpretatios. PALAIOS, v. 5, p , DEBENAY J-P.; GUIRAL D.; PARRA, M. Ecological factors acting on the microfauna in mangrove swamps. The case of foraminiferal assemblages in French Guiana. Estuarine, Coastal and Shelf Science, v. 55, p , DEBENAY, J.P.; EICHLER, B.B.; DULEBA, W.; BONETTI, C.; EICHLER-COELHO, P. Water stratification in coastal lagoons: its influence on foraminiferal assemblages in two Brazilian lagoons. Marine Micropaleontology, v. 35, p , DULEBA, W. e DEBENAY, J-P. Hydrodynamic Circulation In The Estuaries Of Estação Ecológica Juréia-Itatins, Brazil, Inferred From Foraminifera And Thecamoebian Assemblages. Journal of Foraminiferal Research, v.33, nº 1, p , Janeiro EICHLER, P.P.B; EICHLER, B.B.; DAVID, C.J.; MIRANDA, L.B.; SOUSA, C.P.M. The estuary ecossistem of Bertioga, São Paulo, Brazil. Journal of Coastal Research, Special Issue Nº 39. Proceedings of the 8th International Coastal Symposium (ICS 2004), Vol II (winter 2006), p EICHLER P.P. et al. Modern foraminiferal facies in a subtropical estuarine channel, Bertioga, São Paulo, Brazil. Journal of Foraminiferal Research, Washington, v. 37, no. 3, p , jul FATELA, F.; TABORNA, R. Confidence limits of species proportions in microfossil assemblages. Marine Micropaleontology, v. 45, p , 2002.

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