Sobre o Uso de Madeira de Áreas de Manejo Florestal Comunitário para o Programa Nacional de Habitação Rural PNHR: Estudo de Caso em Portel, Marajó-Pa.

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1 Sobre o Uso de Madeira de Áreas de Manejo Florestal Comunitário para o Programa Nacional de Habitação Rural PNHR: Estudo de Caso em Portel, Marajó-Pa. Carlos Augusto Ramos 1 Milton Costa 2 Odivan Corrêa 3 Belém, junho de Engenheiro Florestal, consultor socioambiental. 2 Engenheiro Florestal, Chefe do Escritório da Empresa de Assistencia Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) no município de Portel-Pa. 3 Liderança comunitária, Presidente da ASMOGA. 1

2 Sumário Apresentação Antecedentes o PDL Portel O Pré-Plano de Manejo Florestal da Gleba Acuti-pereira Localização da Área de Manejo Florestal AMF Perfil Socioeconômico e Ambiental das Famílias Locais... 7 Aspectos Sociais... 8 Flora e Fauna... 9 O Plano de uso dos Recursos Naturais da Gleba Acuti-pereira A Riqueza Florestal na Gleba Acuti-pereira: O Manejo Florestal Comunitário a Serviço do Programa Nacional de Habilitação Rural O Pré-Plano de Manejo Florestal da Gleba Acuti-pereira O Novo Código Florestal como Justificativa do Uso da Madeira Local com Finalidade Social O Programa Nacional de Habitação Rural e o Uso de Madeira Nativa O Aproveitamento da UPA 1 da Gleba Acuti-pereira para Construção de Casas no Âmbito do PNHR Outras recomendações Considerações finais Referências bibliográficas ANEXOS

3 Apresentação A Associação dos Moradores da Gleba Acuti-pereira - ASMOGA é associação comunitária que representa cerca de 300 famílias em 67 mil hectares de floresta das regiões dos rios Acuti-pereira, Campina e Jaguarajó, criada em agosto de 2014 no objetivo de defender os direitos das comunidades que lá vivem. Através do fortalecimento da sua organização social nos últimos 3 anos, a ASMOGA passa a pensar em projetos de desenvolvimento local, possuindo parcerias importantes que colaboram em projetos socioambientais e econômicos pautados na sustentabilidade. Além da luta pela regularização fundiária, simbolizada pelo pedido ao Instituto de Terras do Pará para a criação de um Projeto de Assentamento Agroextrativista, a ASMOGA entende ser fundamental usar os recursos florestais de maneira responsável para gerar bem estar social, com alternativas de ocupação e renda. Com a compilação de dados dos trabalhos desenvolvidos pelo Projeto de Desenvolvimento Local de Portel (PDL Portel) 4, que envolveu as comunidades do rio Acutipereira e instituições como IDEFLOR, STTR Portel, Prefeitura Municipal, IEB, EMATER e IFT, chegou-se a um orientador do primeiro plano de manejo florestal protagonizado por famílias agroextrativistas naquele município, tendo como exemplo a Gleba Acuti-pereira. Esta nota técnica trata da possibilidade de utilizar a madeira licenciada desta área para fins sociais, no âmbito do programa federal de melhoria de moradias populares no meio rural, intitulado Programa Nacional de Habitação Rural PNHR. Suas bases são a sustentabilidade socioambiental indicadas no Novo Código Florestal, no princípio de valorizar a floresta, as pessoas e sua história. 1. Antecedentes o PDL Portel A exploração madeireira na região, cujo auge ocorreu no período de 1970 e 2000 foi marcada por uma forte ligação entre comunidades de empresas, quase sempre contraditórias. Em muitos casos, muitas famílias venderam a madeira de suas terras (a árvore em pé) a preços baixíssimos, de maneira clandestina, sem qualquer planejamento de utilização ou noção sobre o valor da floresta (IFT, 2014). Por outro lado, em diversas ocasiões, madeireiros ameaçaram lideranças e forçaram com que famílias saíssem de suas posses para morar na cidade de Portel para assim ter o caminho livre para a extração, denominando-se a empresa dona da área. Nos últimos 5 anos, 4 As instituições que fazem parte do PDL Portel são: IDEFLOR, Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Portel, Prefeitura Municipal, Instituto Internacional de Educação do Brasil (EB), Empresa de Assistencia Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (EMATER) e Instituto Floresta Tropical (IFT) 3

4 contudo, as comunidades rurais começaram a se posicionar contra a exploração florestal em escala empresarial e seus impactos diretos ao meio ambiente e vida socioeconômica das famílias agroextrativistas (FASE E IMAZON, 2008). Com a falência de muita destas firmas, esta afirmação ganhou força e abriu espaço para a retomada pela regularização fundiária em Portel. Mesmo com o declínio do setor madeireiro, a exploração florestal em larga escala permanece sem os devidos métodos de impacto reduzido. Não obstante o esforço de entidades como o IDEFLOR, criado para gerir as florestas públicas e cobrar arrecadação pelo uso das mesmas, a clandestinidade ainda é forte na região, cujo enfrentamento, fiscalização e aplicação de penalidades têm crescido bastante a partir de Figura 1 a exploração madeireira ilegal em Portel é uma dos maiores problemas para o desenvolvimento da região. No detalhe apreensão de madeira pelo IBAMA em março de Fonte: Em 2012, a parceria entre o Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará (IDEFLOR), Prefeitura Municipal e Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais deu início ao Projeto de Desenvolvimento Local (PDL Portel), na tentativa de estabelecer um novo pacto social entorno das florestas e das comunidades da região, bem como buscar novas frentes de emprego e renda a partir dos produtos florestais (IEB, 2014). Graças aos trabalhos e articulação feitas, sobretudo pelo IDEFLOR, o Governo do Estado do Pará através do Decreto 579 de 30 de outubro de 2012 destinou 500 mil hectares onde vivem cerca de 2 mil famílias como prioridade de regularização fundiária e geração de direitos oficiais para o uso dos recursos florestais em bases sustentáveis. Este resultado foi o primeiro passo concreto para que as comunidades locais tenham a sua posse regularizada e possam praticar elas mesmas o manejo florestal. Com este Start, o PDL Portel ganhou mais força ainda na região, onde cada instituição tem seu papel definido. Assim: 4

5 a) IDEFLOR realiza diagnósticos socioeconômicos, apoia o Instituto de Terras do Pará (ITERPA) na destinação de áreas para as comunidades; fomenta a produção de mudas florestais e frutíferas; apoia a organização social e elaboração de planos de uso comunitários e planos de manejo florestais comunitários e familiares; b) Prefeitura Municipal apoia logisticamente a execução das atividades do PDL Portel; cede quadro funcional das secretarias municipais de meio ambiente e desenvolvimento econômico ao PDL Portel; c) Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Portel executa as atividades relacionadas à organização social, realiza a moderação durante a construção dos planos de uso dos recursos naturais e cadastra as famílias para envio ao ITERPA; d) Instituto Floresta Tropical (IFT) realizou cursos de manejo florestal em suas etapas pré-exploratórias; oficinas de elaboração de planos de negócios e levantamento do potencial florestal para o manejo de espécies madeireiras e não madeireiras pelas comunidades abrangidas pelo decreto 579 do Governo do Estado; Figura 2 Mapa das Glebas Estaduais de Portel destinadas a famílias agroextrativistas segundo Decreto 579 do Governo do Estado e) Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) desde 2013 vem fortalecendo as relações institucionais do PDL Portel, criando a partir de 2014 o Comitê de Governança Florestal de Portel; além disso, o IEB tem oportunizado aos comunitários das Glebas Acangatá, Acuti-pereira, Alto Camarapi e Jacaré-puru a formação em gestão de associações, cooperativismo e manejo florestal; f) EMATER com o escritório local apoiando as atividades de manejo florestal e incentivando o reflorestamento na região. Figura 3 A ASMOGA foi criada já possuindo mecanismos de gestão ambiental como o Plano de Uso Comunitário dos Recursos Naturais. Foto: STTR Portel/ IDEFLOR. Em relação ao Decreto 579 de 30 de outubro de 2012 (anexo 1), foram destinados pelo Governo do Estado do Pará ,19 hectares da chamada Gleba Acutipereira em benefício de 370 famílias da região. Esta destinação, segundo seu artigo 2º é restrita às atividades de: a) Manejo Florestal Comunitário e Familiar e extrativismo vegetal; b) Caça e pesca de subsistência; c) Agricultura de subsistência com transição dos cultivos tradicionais para 5

6 sistemas agroflorestais e sistemas agroecológicos. Em setembro de 2014, as comunidades da Gleba Estadual Acuti-pereira realizaram assembleia na localidade Santo Ezequiel Moreno para a aprovação e criação da Associação dos Trabalhadores Agroextrativistas da Gleba Acuti-pereira, com escolha de sua diretoria. Na ocasião, além das 11 comunidades do Acuti-pereira, estavam presentes representantes das regiões Jagorajó e Jeovah Samah. A entidade foi criada para abrigar o futuro Projeto Estadual de Assentamento Agroextrativista da Gleba Acuti-pereira, cuja área de 67 mil hectares beneficiará através da segurança da terra as famílias locais. Com o protocolo do pedido de terra reiterado na audiência do Ministério Público Estadual em 29 de setembro de 2014 (ver anexo 2), plano de uso dos recursos naturais, Decreto de Afetação e Cadastro das Famílias, avançou-se bastante no instrumental necessário para a consecução deste território para as comunidades locais. 2. O Pré-Plano de Manejo Florestal da Gleba Acuti-pereira 2.1. Localização da Área de Manejo Florestal AMF 1 De acordo com IEB & Estuário Serviços (2015) e IFT (2014), a Área de Manejo Florestal 1 da Gleba Estadual Acuti-pereira está localizada na Latitude -2,14942 e Longitude -50,54509 (figura 3). Intitulou-se a área como Setor Sul 5, próximo à divisa desta Gleba com a Gleba Estadual Acangatá, diferenciando de outras unidades demonstrativas inventariadas pelo IFT. Possui 100 hectares, sem moradores próximos a pelo menos 10 Km. 5 Outras duas áreas de manejo florestal estão sendo projetadas para trabalhos futuros; a AMF 2 de manejo de açaizais nativos na comunidade Santo Ezequiel Moreno e a AMF 3, na comunidade São Jorge Ajará para fins madeireiros. 6

7 Figura 4 Localização da AMF 1/ Setor Sul da Gleba Acuti-pereira. Fonte: IFT. Os principais acessos à AMF 1/ Setor Sul são: a) A estrada Portel-Tucuruí, até o Km 50, entrando em ramais que irão chegar até área de inventário florestal, atravessando o Alto Rio Acuti-pereira; o meio de transporte é o caminhão, dada as condições dos ramais, com percurso levando da cidade de Portel até a AMF entorno de 2 horas durante a estação menos chuvosa do ano (junho a dezembro); b) O rio Acuti-pereira, com embarcações menores (barcos de alumínio com motor 40 Hp) trafegando na época de inverno amazônico, passando pelas comunidades São Miguel e Paraíso até a AMF Perfil Socioeconômico e Ambiental das Famílias Locais Para descrever o ambiente, economicidade e aspectos sociais, esta nota técnica conta com as informações do Pré-Plano de Manejo Florestal Comunitário elaborado pela ASMOGA, com parceria do IEB, STTR de Portel, Prefeitura Municipal, Emater e IDEFLOR (IEB & Estuário Serviços, 2015); do Diagnóstico Socioeconômico e Ambiental produzido pelo IDEFLOR (IDEFLOR, 2013) e pela FASE (2006). 7

8 Aspectos Sociais De acordo com o cadastro realizado pelo STTR de Portel em parceria com o IDEFLOR e Prefeitura Municipal de Portel 6, a Gleba Acuti-pereira possui 370 famílias moradoras, distribuídas em 37 comunidades nos 67 mil hectares de sua extensão. Em cada família vivem em sua maioria de 4 a 6 membros, com as principais atividades econômicas vindas da lavoura de mandioca, abacaxi, milho e maxixe (72%). Segundo o estudo do STTR, 4% das famílias admitem ter a extração de madeira como principal atividade econômica. As 20 famílias nesta categoria disseram que até então tem obtido madeira em tora sem adotar técnicas de manejo florestal. A maioria da população local tem ensino fundamental incompleto (66%), divididos em quase 50% entre aqueles que participam de alguma organização social (sobretudo o STTR, a ATAA 7 e a APERAP 8 ) e que não se encontram vinculados a nenhuma entidade que defendam seus direitos. Com a criação da associação-mãe da Gleba Acuti-pereira em andamento, esperase que o número de associados possa chegar à totalidade das famílias, a partir da Concessão de Direito Real de uso que a associação deverá firmar com o Estado, em caso de criação do Projeto Estadual de assentamento Agroextrativista já protocolizado no ITERPA. Metade da população não possui documentação fundiária mínima; e aqueles que a possuem detém apenas a Autorização de Uso emitida pela Superintendência de Patrimônio da União, documento que apesar de trazer muitos benefícios socais, é considerado pelos especialistas como precário do ponto de vista fundiário. O tamanho da posse varia de 5 a 25 hectares (48%), com 16% dos moradores tendo de 25 a 100 ha. Em relação aos programas sociais, 56% das famílias recebem Bolsa-família, com a maioria não tendo acesso a programas de financiamento como o PRONAF (84%) e nenhuma família sendo beneficiada de estruturação como programa Luz para Todos, apesar dos projetos de eletrificação dos municípios do Marajó. 53% utilizam motor gerador, com os demais ainda vivendo sob a luz da lamparina. Em relação à moradia, as casas do rio Acuti-pereira são em sua grande maioria de madeira, com esgoto sanitário no solo sem tratamento adequado e fossa rudimentar de fundo de quintal. Metade dos telhados Figura 5 Aspecto de uma casa com apenas uma parede no rio Acuti-pereira. Foto: FASE, Cujos dados foram coletados de março a novembro de 2013, no âmbito do projeto STTR Portel/ IDEFLOR intitulado Facilitação e elaboração de Planos de Uso dos Recursos Naturais de Comunidades Agroextrativistas do Município de Portel-Pa, de março a setembro de Associação dos Trabalhadores Agroextrativistas do Rio Acuti-pereira. 8 Associação dos Produtores Rurais do Rio Acuti-pereira. 8

9 destas casas são composto de palha, com avaliação de 30% destas moradias, segundo Odivan Corrêa, de casas com apenas uma parede, expondo as famílias às intempéries e insetos. A maioria obtém a água para consumo dos rios (74%) ou poço comum (25%), sem tratamento de água. Utilizam como meio de transporte a rabeta (37%), seguido da canoa e do barco. O esgoto sanitário tem o solo como meio de tratamento ou com fossa rudimentar. Em todas as comunidades funcionam escolas, a maioria de 1ª a 4ª séries do ensino fundamental. Flora e Fauna De acordo com estudos da FASE (2006), o rio Acuti-pereira tem principal distinção de outras regiões de Portel pela ocorrência de inúmeros lagos na região (figura 8) que configuram os igapós, formados de uma vegetação adaptada a lugares baixios como o buriti, a canarana (Panicum sp.) e gramíneas. Estão espalhados por todo o rio e são importantes centros de reprodução da fauna piscícola. Figura 6 Participantes da oficina de Manejo Florestal em análise das condições de conservação da área onde será a AMF 1. Foto: IEB. A formação vegetal da terra firme é caracterizada como Floresta Ombrófila Densa (Floresta Pluvial Tropical). Tem como principais espécies a quaruba (Vochysia sp), a cupiúba (Goupia glabra), a sucupira (Bowdichia spp), e o angelim pedra (Hymenolobium petraeum), entre outras. A vegetação de terra-firme foi muito alterada pela ação das madeireiras, com os maiores estoques hoje verificados no Alto Acutipereira, nas localidades São Miguel e Paraíso. A área sul da Gleba Acuti-pereira está razoavelmente preservada, mas com a estrada ligando Portel a Tucuruí, uma nova frente de extração madeireira ilegal pode ocorrer se não forem tomadas medidas de apropriação das organizações locais para realizar o manejo florestal na região. Em áreas onde a mata foi removida para a realização de cultivos ocorre a floresta secundária resultante da regeneração vegetal. A capoeira e o capoeirão são expressões também utilizadas pelos moradores para designar os estágios de cobertura vegetal da floresta secundária. Ainda na terra firme há ocorrência de Campos Naturais, com solos de textura arenosa e siltosa com afloramento do lençol freático durante a estação chuvosa. Estes campos são áreas destituídas de mata, apresentando cobertura de gramíneas e outras herbáceas, além de árvores em geral de aspecto retorcidos e palmeiras formando pequenas ilhas de vegetação lenhosa, se constituindo em um ecossistema bastante complexo, em função das 9

10 suas variadas condições edafo-climáticas, as quais podem definir comunidades vegetais totalmente diversas em composição botânica (FASE, 2006). O IDEFLOR, através de seu Laboratório de Sensoriamento Remoto, tem monitorado o uso florestal e colabora bastante com a descrição da paisagem florestal da gleba, informando às entidades locais sobre os cenários de uso da floresta. Figura 7 Mapa Vegetacional da Gleba Acuti-pereira. No detalhe, a proposta de AMF 1 da Gleba em meio aos campos naturais da região. Fonte: LSR/IDEFLOR. Assim, a associação comunitária da Gleba Acuti-pereira dispõe de hectares de área para manejo florestal, com ciclo de corte de 30 anos. Em relação à fauna, Portel sempre foi alvo da caça predatória. Ramos (2001) relata que nos anos 1960 e 1970, uma mercadoria muito procurada pelos regatões na época era a carne de caça. Segundo relatos, as presas mais abundantes eram o porco do mato (catitu), a paca e a queixada. A carne, pelo que se conta, era vendida em Portel, sendo que no verão era mais difícil comercializá-la porque havia muita oferta no mercado. Atualmente, com o aumento das operações de fiscalização, a caça tem diminuído, mas continua sendo objeto de preocupação pelas famílias do Acuti-pereira. Com a melhoria de acesso na estrada Portel-Tucurí, caçadores utilizam motos para visitarem as matas próximas à cidade de Portel. O sul da Gleba Acuti-pereira sofre a pressão cada vez maior da caça predatória. 10

11 Os estudos da FASE (2006) levantaram os seguintes animais presentes no rio Acutipereira: Aves: papagaio, tucano, pato do mato, curió, quiroca, gavião, coruja; Mamíferos: tatu, paca, veado, cuati, raposa, macacos (guariba, macaco-decheiro), gambá, soiá, cutia, porco do mato, lontra, peixe-boi; Répteis: tartaruga, jacaré, combóia, jararaca; Peixes: tucunaré, pescada, piranha, trapira, caratinga, sarda, jacundá, acará-preto, pirapitinga, mandií,pirarucu, arraia, mandubé, bacu, acareuá, filhote. O Plano de Uso dos Recursos Naturais, atualizado em 2013, trouxe uma série de normas de proteção da fauna local, sobretudo sobre quantidades por família para consumo próprio, em respeito ao Decreto 579. Segundo a sua Cláusula 8.2: a caça de subsistência poderá ser realizada de acordo com necessidade do consumo familiar desde que se respeite a legislação ambiental vigente quanto a defesa de animais em extinção, filhotes e prenhas de qualquer espécie... (IEB, 2015). O Plano de uso dos Recursos Naturais da Gleba Acuti-pereira Figura 8 - a organização social das mulheres é impulsionador do plano de uso dos recursos naturais da gleba. No detalhe, viveiro das mulheres da comunidade São Miguel. Foto: IFT. Diferencial deste plano de manejo, o plano de uso dos recursos naturais será destacado, especialmente sobre as regras comunitárias de uso da floresta para fins madeireiros e não madeireiros (STTR, 2014; IEB, 2014). Este acordo coletivo é fundamental para a governança florestal local, recomendando que o protagonismo do manejo florestal seja feita pelas comunidades locais, em atendimento também ao Decreto 579 do Governo do Estado do Pará. A gleba Acuti-pereira é o local onde os trabalhos de organização social mais têm gerado resultados nos últimos 08 anos. Elaborando seu plano de uso dos recursos naturais em 2006, as associações do rio Acuti-pereira tiveram nos trabalhos do STTR/ IDEFLOR/PREFEITURA/Prefeitura uma oportunidade de avaliar os avanços e desafios da região quanto à conservação da fauna e flora, estendendo esta análise aos rios Campina e Jaguarajó. De maneira geral, as famílias da região entendem que o acordo coletivo elaborado em 2006 melhorou os estoques de peixes, de animais silvestres e recuperou os açaizais nativos, hoje fonte de segurança alimentar e renda. Santo Ezequiel Moreno, por exemplo, atualmente 11

12 é destaque municipal em produtividade de frutos de açaí, cuja mudança ocorrera a partir do enfrentamento da extração predatória de palmito (STTR, 2014). Notória também é a participação das mulheres no desenvolvimento local. Graças a sua atuação, a agricultura tem sido impulsionada, principalmente no aumento da produção de hortaliças. Também digno de registro é a maior procura pela formação acadêmica, com 7 estudantes do rio Acuti-pereira melhorando seus conhecimentos técnicos no Instituto Tecnológico Federal do Pará, campus Castanhal. Entretanto, apesar da diminuição da atividade madeireira entre 2006 e 2010, a partir de 2012, uma nova investida ocorreu na gleba, até mesmo com a conivência de algumas lideranças locais, fenômeno ocorrente no Alto Rio Acuti-pereira. Felizmente, por conta do fortalecimento da organização social e surgimento de alternativas para a não dependência ao madeireiro, como por exemplo, o acesso a mercados institucionais como PAA e PNAE já iniciado no rio, conseguiu-se ferra a investida madeireira. O resultado deste trabalho organizativo é a sensível diferença entre a Gleba Acutipereira e as demais Glebas Estaduais beneficiadas no Decreto 579 no que se refere às áreas exploradas sem manejo florestal, segundo estudos do IDEFLOR de 1984 e Figura 9 Histórico da extração madeireira em Portel. Estudo do LSR/IDEFLOR nas Glebas Estaduais Acangatá, Alto Camarapi, Acuti-pereira e Jacaré-puru. A Gleba Acuti-pereira está localizada na parte superior do mapa. Fonte: IDEFLOR. 12

13 Apesar dos avanços no rio Acuti-pereira, os rios Campina e Jaguarajó que também pertencem à Gleba afetada às comunidades necessitam de um profundo trabalho de fortalecimento de sua organização social e nestes lugares a construção do plano de uso dos recursos naturais foi mais trabalhosa em seu nivelamento. O manejo florestal proposto pela associação comunitária da Gleba Acuti-pereira tem o objetivo mostrar que a atividade madeireira em bases sustentáveis e legalizada pode trazer renda e ocupação para as famílias locais. Para isso, conta com o apoio da comunidade, registrado em seu Plano de Uso dos Recursos Naturais. 3. A Riqueza Florestal na Gleba Acuti-pereira: O Manejo Florestal Comunitário a Serviço do Programa Nacional de Habilitação Rural O Pré-Plano de Manejo Florestal da Gleba Acuti-pereira O setor Sul da Gleba Acuti-pereira é a área com maior potencial florestal da região. As comunidades mais próximas são as localidades Paraíso e São Miguel. Graças ao auxílio do Laboratório de Sensoriamento Remoto do IDEFLOR, foi possível avaliar se tal área estava em condições de abrigar atividades de manejo florestal comunitário, assim confirmado pelo órgão florestal do Estado do Pará. Estima-se uma área de hectares disponível para o manejo. Em novembro e dezembro de 2014, o IEB, STTR de Portel, IFT, IDEFLOR, Emater, Prefeitura Municipal e lideranças comunitárias realizaram o inventário florestal da Gleba Acutipereira, em 97 hectares no setor Sul da Gleba. Seu objetivo foi avaliar a riqueza florestal local para um futuro plano de manejo florestal comunitário para fins madeireiros e para produtos da sociobiodiversidade. Figura 10 - Localização da primeira área possível de exploração florestal (UT 1) de 97 hectares na parte sul da Gleba Acuti-pereira. Fonte: IDEFLOR. 13

14 O Censo Florestal de 97 hectares encontrou árvores, distribuídas em 71 espécies e 26 famílias. Em volumetria de madeira, foram encontrados 4.666,16801 m 3, portanto, 47,84 m 3. As espécies mais importantes na ecologia da floresta local são a maparajuba, o cumaru, o mari e a araracanga. Após a realização de vários filtros que levam em consideração a capacidade da floresta em recupera-se e a manutenção de árvores matrizes, das árvores inventariadas acima de 25 cm de Diâmetro à Altura do Peito, para a exploração de madeira, poderiam ser extraídas exploradas 394 árvores com diâmetro acima de 55 cm, ou seja, 18,5% das árvores encontradas no censo florestal. Assim mesmo, aproveitam-se do volume total Figura 11 No manejo florestal, o inventário florestal é imprescindível para conhecer a floresta e planejar as ações de corte com o menor impacto ambiental possível. Foto: IEB (4,6 mil metros), 37% do volume (1,7 mil metros). Para garantir a resiliência, é imperativo que a área explorada para fins madeireiros fique em pousio (descanso) por pelo menos 25 anos. Desta forma, respeita-se a área em termos de sustentabilidade de ações. Ao final destes estudos, obteve-se como resultado de aproveitamento florestal madeireiro pelas comunidades locais: Tabela 1 - Resumo das informações da primeira Unidade de Produção Anual da Gleba Acuti-pereira. Fonte: PDL Portel. Em evento promovido pelo IEB, realizado dias 28 e 29 de abril de 2015, na cidade de Portel, foi apresentado o resultado dos estudos do Pré-Plano de Manejo Florestal da Gleba Acuti-pereira, com apresentação dos seguintes cenários para o licenciamento ambiental da 14

15 área e destinação do volume de madeira. O primeiro cenário, chamado de Cenário 1 Plano de Manejo Florestal Comunitário Comercial, tem o objetivo de comercializar para o mercado regional a madeira licenciada. Porém, uma vez que a Gleba ainda não foi transformada em Projeto de Assentamento Agroextrativista pelo ITERPA, o que garantiria a regularização fundiária definitiva, a aprovação da Autorização Prévia do Projeto (APAT) pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA), fica comprometida. Além disso, como a associação local (ASMOGA) não pode ter fins econômicos 9, a repartição dos lucros dependeria da criação de uma cooperativa local, processo que ainda deverá ter alguns anos de debate para o seu amadurecimento. Em um Cenário 2 Plano de Manejo Florestal Comunitário sob Gestão Direta, o exercício seria a articulação para uma parceria entre o IDEFLOR e a ASMOGA para realizar o manejo, sendo o proponente o próprio órgão estadual de florestas. Sua vantagem seria a força institucional para o manejo florestal, trazendo inclusive outros atores para a mesa de negociações como a Emater e entidades especializadas em acompanhamento técnico para tal. Entretanto, requer uma construção de médio prazo para chegar a um acordo que garanta a segurança para ambas as partes envolvidas no manejo. Na terceira possibilidade visualizada pelas entidades que participaram do evento de apresentação do Pré-Plano de Manejo Florestal Comunitário em abril de 2015, haveria um Cenário 3 Plano de Manejo Florestal Comunitário Para Fins Sociais, cujo objetivo é o fornecimento de madeira para a construção de casas para as famílias que hoje moram na região, junto aos rios Campina, Jaguarajó e Acuti-pereira. Os membros participantes do Comitê de Governança Florestal de Portel, presentes na apresentação do Pré-Plano entenderam que seria importante a construção de uma nota técnica para defesa do 3º cenário. Dessa maneira, os engenheiros florestais Carlos Ramos (consultor do IEB) e Milton Costa (Emater) e o presidente da ASMOGA, Odivan Corrêa ficaram com a incumbência de produzir documento técnico que pudesse justificar técnica e juridicamente o uso de metros cúbicos de madeira da UPA 1 da Gleba Acuti-pereira junto aos órgãos ambientais com o objetivo de direcionamento ao programa PNHR, no caso tendo como proponente a ASMOGA. Uma vez obtidos os indicadores de sustentabilidade ambiental propostos pelo próprio plano de manejo, passa-se a avaliar sua possibilidade perante à Lei Ambiental Brasileira como o Código Florestal e das portarias que hoje dão as diretrizes para o programa nacional de habitação. 9 No artigo 58 do Novo Código Civil (2002), associações constituem-se pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos, ou seja, não podem repartir lucros entre si. 15

16 O Novo Código Florestal como Justificativa do Uso da Madeira Local com Finalidade Social No artigo 23 da Lei nº , de 25 de maio de 2012, o Novo Código Florestal determina que é possível utilizar madeira da própria posse ou unidade familiar, limitando-se a 20 m 3 por família e respeitando o princípio de utilização na própria localidade. Para isso, a Lei recomenda a comunicação aos órgãos ambientais e atendimento aos conceitos previstos no Novo Código Florestal, onde o interesse social aqui interpretado é a exploração agroflorestal sustentável praticada na pequena propriedade ou posse rural familiar ou por povos e comunidades tradicionais, desde que não descaracterize a cobertura vegetal existente e não prejudique a função ambiental da área..., inciso IX, alínea b do artigo 3º (BRASIL, 2012). Apesar de um propósito não comercial, onde se cobriria apenas os custos de extração da madeira da UPA 1 para a construção de casas, entende-se que é necessário haver procedimento e mesmo plano de manejo para controle das operações de derruba e arraste da madeira para os pátios que receberão a madeira do plano. Com a interpretação de que se trata de um plano onde a exploração florestal é não comercial e realizada na própria área da Gleba Estadual em benefício de populações tradicionais, este estaria isento de apresentação de Plano de Manejo Florestal Sustentável (artigo 32, inciso III). Contudo, acredita-se que é necessário o monitoramento da atividade para evitar ações que possam impactar a floresta local, respeitando no princípio da precaução, o artigo 22 do Código Florestal que trata da exploração de madeira para fins comerciais. Tal monitoramento poderia ser feito pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, órgão ambiental habilitado pelo Estado do Pará. De fato, o Município de Portel, através de sua Secretaria Municipal de Meio Ambiente foi a primeira da Mesorregião do Marajó 10 a habilitar-se para exercer a gestão ambiental compartilhada com o Estado, acordo com o estabelecido na Resolução 116 do Conselho Estadual de Meio Ambiente, de 03 de julho de 2014, que dispõe sobre as atividades locais geradoras de impacto ambiental. Nas exigências da Sema estadual para obtenção da habilitação, o município obteve legislação própria, implantou o Fundo Municipal do Meio Ambiente, contratou servidores municipais com competência e habilidade para exercício da fiscalização ambiental; e criou o Conselho Municipal de Meio Ambiente. O Fundo Municipal de Meio Ambiente já dispõe de recursos financeiros (até maio de 2015 na ordem de R$90 mil reais 11 ), segundo a SEMA Portel, para suporte às Figura 12 José Alberto Colares (Secretário Estadual de Meio Ambiente), Renilda Machado (Secretária Municipal de Meio Ambiente) e Paulo Ferreira (prefeito de Portel) na assinatura da Habilitação da Sema Portel. Fonte: cipio-de-portel-recebe-habilitacao-para-gestaoambiental/ 10 Esta região possui 16 municípios, onde vivem 480 mil habitantes (IBGE, 2010). 11 Comunicação pessoal da secretária de meio ambiente de Portel, Renilda Machado. 16

17 operações de fiscalização e apoio a projetos ambientais na cidade e no meio rural. Em relação ao PMFS Comunitário Com Finalidade Social, a SEMA e a ASMOGA assinariam Termo de Cooperação Técnica para o acompanhamento do uso florestal na UPA 1 da Gleba Acuti-pereira, dando assim respaldo ambiental para a madeira local ser utilizada nos projetos do PNHR. Neste sentido, propõe aqui a utilização de m 3 para atendimento de 50 unidades familiares do PNHR em situação de moradia precária. O Programa Nacional de Habitação Rural e o Uso de Madeira Nativa A Portaria 318 do Ministério das Cidades, de 12 de junho de 2014, autoriza o uso da madeira nos projetos do PNHR em benefício de comunidades agroextrativistas como as que se encontram na Gleba Acuti-pereira. entretanto, condiciona a liberação da primeira parcela da subvenção econômica, nos casos de exploração florestal, os documentos de autorização da exploração florestal emitidos pelo órgão ambiental competente (artigo 4º). Sendo a atividade florestal deste PMFS com interesse social, sem comercialização e com recursos do PNHR para custear a extração e processamento de madeira, é possível que a SEMA Portel, habilitada, possa licenciar esta atividade. É a interpretação destes autores. No anexo da portaria 318 do Ministério das Cidades, estão as espécies hoje aprovadas para uso na construção das casas do PNHR. A espécie de maior volumetria, a maparajuba, está prevista neste anexo, orientando-se utilizá-la para a formação de pilares, vigas e estruturas de cobertura das moradias. Para portas, portais, caixilhos e janelas, o volume em muiracatiara e mandioqueira pode atender também boa parte das casas. O Aproveitamento da UPA 1 da Gleba Acuti-pereira para Construção de Casas no Âmbito do PNHR Abaixo apresenta-se a lista de espécie encontradas na UPA 1 da Gleba Estadual Acutipereira que podem ser utilizadas para a construção de casas no PNHR. Tabela 2 Espécies aptas do Plano de Manejo Florestal Para Fins Sociais UPA 1 Nome Vulgar/Nome Científico DAP (Média) Número de Total de Indivíduos para Corte Volume para exploração (m3) Angelim-pedra Hymenolobium petrium 70, , Araracanga Aspidosperma desmanthum 73, ,4 54, Cumarú Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. 71, ,2 116, Cupiúba 17

18 Nome Vulgar/Nome Científico DAP (Média) Número de Total de Indivíduos para Corte Volume para exploração (m3) Goupia glabra Aubl. 73, ,8 60, Fava-amargosa Vatairea guianensis Aubl. 72, ,4 28, Itaúba-preta Mezilaurus itauba (Meisn.) Taub. ex Mez 60, , Jataí-mirim Hymenaea parvifolia Huber 65, ,2 90, Jatobá Hymenaea parvifolia Huber 75, ,4 11, Louro-faia Euplassa pinnata I.M.Johnst. 65, ,2 23, Louro-janduúba Ocotea cymbarum Kunth 65, ,4 53, Mandioqueira Qualea paraensis Ducke 75, ,2 130, Maparajuba Manilkara paraensis (Huber) Standl. 63, ,2 305, Muiracatiaria Astronium lecointei Ducke 100, ,4 293, Quaruba Vochysia maxima Ducke 80, ,6 30, Quaruba-goiaba Qualea brevipedicellata Stafleu 82, , Sucupira-amarela Diplotropis racemosa (Hoehne) Amshoff 71, , Sucupira-babona Ormosia excelsa (Spruce ex Benth.) Rudd 65, ,4 20, Sucupira-meraí Bowdichia sp. 66, , Timborana Piptadenia foliolosa Benth. 70, , Total Geral 72, ,8 1583, Não obstante o valor disponível de metros cúbicos, a intenção do projeto é usar metros cúbicos deste valor, cuja seleção ficará a cargo da comunidade se esta nota técnica for aprovada e, por conseguinte os projetos elaborados a partir destas prerrogativas. Do ponto dos custos de extração e beneficiamento, os autores propõe a tabela abaixo com os índices de aproveitamento da madeira da UPA 1, inclusive levando em consideração os recursos financiados pelo PNHR, hoje me R$30.500,00 por unidade familiar 18

19 Tabela 3 Resumo do aproveitamento de metros cúbicos da UPA para a construção de 50 unidades no PNHR. Parâmetro Valor Unidade A Área de Manejo Florestal ,95 hectares B Número de Sub-Áreas 5 Subáreas C Área da UPA 1 97,51 hectares D Volume Total Inventariado na UPA ,17 m3 E Número Total de Árvores Inventariadas na UPA Indivíduos F Volume Total Apto da UPA 1 (proposta) 1.000,00 m3 G Volume por hectare da UPA 1 (F/C) 10,26 m3/hectare H I Número de Árvores Aptas para Corte - UPA 1 (Proposta) Número de Árvores Aptas para Corte por hectare - UPA 1 (H/C) 300 Indivíduos 3 Indivíduos/hectare J Número de espécies no manejo florestal 19 Espécies L Número Total de Famílias Atendidas 50 Famílias M Volume em Pé (=F) m3 N Volume Madeira em Tora (M*75%) 750 m3 O Volume Madeira Processada (N*50%) 375 m3 P Valor Bruto (Madeira em Pé) (M*R$45,83 12 ) R$ ,00 Q Valor Bruto (Madeira em tora) (N*R$200,00 13 ) R$ ,00 R Valor Bruto (Madeira Serrada) (O*R$900,00 14 ) R$ ,00 S Custos (Madeira em Pé) (S*15% 15 ) R$ 6.874,50 T Custos (Madeira em tora) (T*48% 16 ) R$ ,00 U Custos (Madeira Serrada) (U*70% 17 ) R$ ,00 V Recursos Disponível Por Família no PNHR R$ ,00 X Recursos Disponível Para Assistência Técnica (ATEC) R$ 600,00 Z Recursos Disponível Para Trabalho Técnico Social (TTS) R$ 400,00 AA Recursos para mão de obra e materiais de construção por unidade familiar do PNHR (V-X-Z) R$ ,00 AB Recursos para mão de obra por unidade familiar do PNHR (AA*35%) R$ ,00 12 Valor médio adotado pelo IDEFLOR para cálculo do valor da madeira; Instrução Normativa numero 1 de Valor por metro cúbico de madeira em tora comercializada pela COOMFLONA de Santarém em seus leilões de venda de madeira manejada. 14 valor conservador adotado, tendo como parâmetro o angelim, espécie que teve queda nos últimos anos na sua forma beneficiada Santana et. al (2012). 15 Baseados nos custos de inventário florestal realizados pelo Instituto Floresta Tropical em 6 áreas de 100 hectares em Portel. 16 Baseados nos custos de inventário, derruba e arraste de planos de manejo florestais comunitários em Porto de Moz. 17 Baseados nos custos de mão de obra e equipamentos de uma serraria de Portel. 19

20 Parâmetro AC Recursos para materiais de construção (AA-AB) R$ ,00 Valor Unidade AD Recursos Totais para 50 unidades do PNHR (V*L) R$ ,00 AE Recursos Totais para ATEC 50 unidades do PNHR (X*L) R$ ,00 AF Recursos Totais para TTS 50 unidades do PNHR (Z*L) R$ ,00 AG Recursos Totais para mão de obra e materiais de construção de 50 unidades do PNHR (AD-AE-AF) R$ ,00 AH Recursos Totais para mão de obra de 50 unidades do PNHR (AB*L) R$ ,00 AI Recursos Totais para materiais de construção de 50 unidades do PNHR (AC*L) R$ ,00 AJ Estimativa de custos para aquisição de madeira beneficiada (extração+beneficiamento) (T+U) R$ ,00 AL Recursos para aquisição de outros equipamentos e materiais (AI-AJ) R$ ,00 O público a ser atendido neste projeto seria inicialmente de 50 famílias com quadro precário de moradia, com apenas uma parede ou em situações de risco, aproveitando a mão de obra local e tendo a ASMOGA como entidade organizadora. A associação comunitária da Gleba contaria com o apoio da Prefeitura Municipal, do STTR de Portel, da Emater, do IDEFLOR e de ONGs como IEB para monitorar, capacitar e colaborar de acordo com os termos já estabelecidos no PDL Portel. 4. Outras recomendações Cabe lembrar que o pagamento dos comunitários envolvidos no manejo florestal é parte dos custos, portanto, precisa ser calculado para evitar constrangimentos e insatisfação. Para uma boa gestão, a transparência do processo e inclusão das famílias na tomada de decisões são peças fundamentais para o sucesso do empreendimento florestal que se propõe. Além dos apontamentos acima descritos, recomenda-se ainda: Utilizar a AMF também como área de estudos para protegê-la de madeireiros, convidando assim universidades e escolas locais para conviver e valorizar a floresta; Construir o processo de cooperativismo após a associação sentir-se madura para este debate, sem atropelar processos; 20

21 Iniciar imediatamente com a ajuda dos parceiros do PDL a capacitação de lideranças em processos de construção de estradas, derruba e arraste; Incentivar o manejo florestal comunitário madeireiro como apenas uma das etapas econômica de uma comunidade e não a ação principal; é no uso múltiplo da floresta que a manteremos ferramenta de desenvolvimento local. 5. Considerações finais Apesar da luta pela segurança da terra ter tido ótimos resultados na última década, dadas às circunstâncias encontradas atualmente nas políticas de educação, saúde, assistência técnica e infraestrutura, muito há o que se trabalhar para diminuir o patamar de subdesenvolvimento encontrado no Marajó quando comparado a outras regiões do país. Talvez uma de suas respostas esteja no uso racional e democratizado dos recursos naturais, principalmente a beneficiar as comunidades ribeirinhas. As iniciativas de valorização da floresta através do manejo é uma oportunidade factível de transformar-se o local. Mas tal valorização depende decisivamente de mais investimentos em uma educação adequada à realidade regional. Mais do que isso, o Marajó carece de políticas públicas que aperfeiçoem as tecnologias industriais que respeitem as regras de resiliência dos ecossistemas regionais, responsáveis e transparentes. É momento de consolidar uma nova economia marajoara menos especulativa, menos predatória e mais voltada para o bem estar da população, geradora de renda, arrecadação e ocupação a enfrentar os riscos sociais hoje existentes. O IEB, ao propor a discussão técnica do manejo florestal, agiu concretamente para que se tivesse hoje uma área referencial de uso da floresta, neste princípio, da área sul da Gleba Estadual Acuti-pereira. Também é fato que hoje as entidades de Portel podem contar com uma área inventariada e entendida como uma primeira Unidade de Produção Anual para fins madeireiros e a nível comunitário. Os números, as espécies, os cenários de exploração em 97 hectares podem ser agora debatidos por mais pessoas de Portel. Para colocar esta função em ação, escreveu-se o presente documento como um Pré-Plano de Manejo Florestal. Esta nota técnica sugere o aproveitamento da madeira para estruturação das comunidades, dando-lhes dignidade de moradia. Após tantas décadas de exploração madeireira sem colaborar com o bem estar social das famílias, esta proposta aparenta ser inovadora, mas nada mais é do que reconhecer a floresta como ferramenta de desenvolvimento local. É necessário que a sociedade de Portel tenha uma nova cultura florestal. Talvez isso já esteja a caminho. 21

22 Assim expostas tais considerações, assino: Carlos Augusto Ramos Engenheiro Florestal, consultor Socioambiental Milton Costa Engenheiro Florestal, Chefe da Emater Portel Odivan Corrêa Presidente da ASMOGA 22

23 6. Referências bibliográficas BRASIL. Novo Código Civil. Disponível em: Acessado em 23 de maio de BRASIL. Novo Código Florestal. Disponível em Acessado em 23 de maio de FASE. Diagnóstico sócio-econômico-ambiental do rio Acuti-pereira, município de Portel, no estado do Pará Disponível em PARÁ. Diagnóstico Socioambiental das Comunidades Agroextrativistas das Glebas Estaduais do Município de Portel, PA. Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará. No prelo. Instituto Floresta Tropical. Ações que Promovam o Desenvolvimento Local Sustentável das Comunidades Tradicionais das Glebas Alto Camarapi, Acangatá, Jacaré-puru e Acuti-pereira, através do Aproveitamento Sustentável dos Recursos Florestais. Documento Final de Consultoria de Carlos Ramos Instituto Internacional de Educação do Brasil. Articulação Institucional e Apoio nos Conteúdos Sobre Manejo Florestal Comunitário no Projeto Fortalecimento da Gestão Territorial no Marajó/Pa. Documento de finalização de consultoria da Estuário Serviços. Documento Interno Instituto Internacional de Educação do Brasil ; Estuário Serviços. Pré-Plano de Manejo Florestal Comunitário da Gleba Estadual Acuti-pereira Área de Manejo Florestal 1 / Setor Sul. Documento complementar ao Relatório Final da consultoria da Estuário Serviços ao IEB em Contrato 2/ 2º Semestre de Documento Interno. Instituto Internacional de Educação do Brasil. Portel discute Manejo Florestal Comunitário. Disponível em: Acessado em 14 de maio de Ministério das Cidades. Portaria 318, de 12 de junho de Disponível em: Acessado em 23 de maio de PARÁ. Resolução COEMA Nº 116 DE 03/07/2014. Acessado em RAMOS, K. N. Sustentabilidade incógnita: Análise de fluxos materiais em três comunidades impactadas pela instituição da Floresta Nacional de Caxiuanã PA. Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Universidade Federal do Pará. Dissertação de Mestrado SINDICATO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAS DE PORTEL. Plano de uso dos recursos naturais das glebas estaduais Acangatá, Acuti-pereira, Alto camarapi e Jacaré-puru: Relatório de Atividades Documento Interno. 23

24 ANEXOS ANEXO 1 DECRETO 579 DE 30 DE OUTUBRO DE

25 Anexo 2 PLANO DE USO DOS RECURSOS NATURAIS DA GLEBA ESTADUAL ACUTI-PEREIRA 25

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