Aula 20. Polos Geradores de Tráfego (PGT) Aula elaborada pelo Prof. Paulo Bacaltchuck
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1 Universidade Presbiteriana Mackenzie Escola de Engenharia Depto. de Engenharia Civil 2 0 semestre de 2017 Aula 20 Polos Geradores de Tráfego (PGT) Aula elaborada pelo Prof. Paulo Bacaltchuck
2 Aula baseada no Manual do Denatran, disponível no site da disciplina
3 20.1. Conceito de Polo Gerador de Tráfego (PGT) empreendimentos de grande porte que atraem ou produzem grande número de viagens. Seu foco consiste no Tráfego motorizado, em especial os automóveis, e nos impactos do sistema viário (na circulação, na acessibilidade, e na segurança) (Denatran 2001, CET 1983) exemplos: Shopping Centers, Aeroportos, Hospitais, Condomínio Residenciais etc
4 Exemplo de PGT : Shopping Eldorado e Edifício Comercial (aprox vagas de estacionamento (cont.)
5 Impactos causados pelos Polos Geradores de Tráfego estacionamento: aumento da demanda de estacionamento em sua área de influência impactos sobre a circulação: ocorrem quando o volume de tráfego nas vias adjacentes e de acesso ao Polo Gerador de Tráfego se eleva de modo significativo, devido ao acréscimo de viagens gerado pelo empreendimento, reduzindo os níveis de serviço e de segurança viária na área de influência as consequências possíveis são: número excessivo de veículos concentrados em corredores sem capacidade para atendê-los; conflitos e colisões de trânsito; congestionamentos; desperdício de combustível; impacto no meio ambiente e redução da qualidade de vida
6 20.2. Parâmetros utilizados para enquadramento como PGT Atividade / Porte São Paulo Rio de Janeiro Residencial, multifamiliar, vertical 500 vagas >200 unidades residencial, multifamiliar, horizontal 500 vagas > 200 unidades Shopping centers >2500m2 >2500m2 Lojas de departamento >2 500 m2 >2 500 m2 Mini super /ou hipermercado > m2 > 500 m2 Entreposto, terminal e armazém > m2 > m2 Escritório > m2 > m2 Hotel >10000m2 >10000m2 Motel >5000m2 >5000m2 Hospital e maternidade > m2 > m2 Pronto-socorro, clinica, laboratório, consultório >250m2 >250m2 ambulatório uniidade e faculdade > m2 - Supletivo e curso preparatório > m2 > m2 Escola e curso técnico-profissional > m2 > m2 Maternal e pré-escolar > 250 m2 > 250 m2 Academia de ginástica, esporte, curso de escola > 250 m2 > 250 m2 de arte, de dança, de musica restaurante, casa de música, boate, cafeteria e > 250 m2 > 250 m2 Salão de festas Indústria > m2 > m2 Cinema, teatro, auditório e local de culto > 300 lugares > 300 lugares Quadra de esportes (descoberta) > 500 m2 > 500 m2 Estádio e ginásio > m2 > m2 Pavilhão de feiras, exposições e parque de > m2 > m2 diversões Parque, zoológico e horto > m2 - Oficina mecânica - > 250 m2
7 20.2. Parâmetros utilizados para enquadramento como PGT(cont.) conforme referido anteriormente, cada município estipula, de acordo com as suas peculiaridades, os parâmetros de definição de Polos Geradores de Tráfego outros exemplos: autódromos, hipódromos e estádios esportivos; terminais rodoviários, ferroviários e aeroviários; vias de tráfego de veículos com duas ou mais faixas de rolamento; ferrovias subterrâneas ou de superfície os empreendimentos sujeitos a apresentação do Relatório de Impacto do Meio Ambiente - RIMA, nos termos da legislação federal ou estadual em vigor
8 20.3. Processos de licenciamento para a implantação de PGTs Licenciamento com base nas resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA: os municípios criam suas leis e decretos tendo por base a legislação federal advinda do CONAMA que trata do licenciamento ambiental. O órgão ambiental local é responsável pela condução do processo de licenciamento Licenciamento voltado às características arquitetônicas, urbanísticas e viárias do empreendimento: neste caso, os municípios, mesmo observando determinadas diretrizes das resoluções do CONAMA, estabelecem um processo específico de licenciamento voltado aos aspectos arquitetônicos, urbanísticos e viários do empreendimento. Assim, o órgão ambiental local não coordena o processo de licenciamento, com exceção das situações mais complexas em que se exige estudo e relatório de impacto ambiental EIA / RIMA
9 Licenciamento de PGTs Município de São Paulo os projetos de Polos Geradores de Tráfego são avaliados pela CET considerando dois aspectos distintos: o projeto arquitetônico e o impacto na circulação viária Análise do projeto arquitetônico: o o o o Características geométricas localização dos acessos disposição e o dimensionamento de vagas vias internas de circulação o Dimensionamento de pátios de carga e descarga, entre outros
10 Licenciamento de PGTs Município de São Paulo (cont.) Análise do impacto na circulação viária: essa análise possibilita a avaliação dos impactos no sistema viário na área de influência do projeto a análise é realizada a partir de modelos matemáticos de geração e atração de viagens no sistema viário e no transporte coletivo. Esses modelos permitem estimar o Tráfego produzido e atraído pelos empreendimentos, bem como possibilitam determinar o número ideal de vagas de estacionamento
11 20.4. Roteiro básico de elaboração de estudos de PGT De acordo com o Manual do Denatran, o impacto de um PGT deve ser quantificado levando em consideração os seguintes fatores, divididos em 5 fases, conforme mostra o esquema do slide a seguir
12 20.4. Roteiro básico de elaboração de estudos de PGT (cont.) Fase 1 Identificação do PGT Fase 2 Estimativa da Demanda Previsão de Viagens com uso de modelos e taxas apropriadas; Distribuição modal de viagens; Previsão de crescimento da área; Estimativa de demanda atual e futura Fase 3 Estudo da Oferta Viária Identificação de interseções e pontos críticos; Capacidade das vias; Fase 4 Análise do Desempenho Alocação e simulação do tráfego com o objetivo de estabelecer o desempenho; Análise de capacidade, nível de serviço considerando o cenário com e sem PGT; Fase 5 Estabelecimento de Medidas Mitigadoras Melhorias Viárias; Adequações ao Pedestre; Estabelecimento do ônus do empreendedor
13 Parâmetros para projetos de PGT com base no artigo 93 do Código de Trânsito Brasileiro, os órgãos executivos de trânsito e rodoviários são obrigados a dar anuência prévia à implantação de edificações que possam se transformar em Polos Geradores de Tráfego para isso, devem estabelecer parâmetros de projetos e outras exigências a serem observadas pelos empreendedores
14 Parâmetros para projetos de PGT (cont.) Normalmente esses parâmetros estão relacionados com: área construída da edificação área de aproveitamento acessos recuos taxa de ocupação e coeficiente de aproveitamento do lote declividade e raios horizontais das rampas espaços para estacionamento, inclusive especiais (motocicletas e portadores de deficiência física) vias internas de circulação pátios para carga e descarga de mercadorias
15 Parâmetros para projetos de PGT (cont.)
16 20.5. Estudos de impacto e recomendação de medidas mitigadoras Objetivos: garantir a melhor inserção possível do empreendimento proposto no sistema viário de sua área de influência imediata viabilizar, na parte interna da edificação, os espaços para o estacionamento de veículos, carga e descarga de mercadorias, embarque e desembarque de passageiros, eliminando as interferências indesejáveis de operações dessa natureza no sistema viário lindeiro ao empreendimento reduzir ao máximo os impactos negativos ocasionados pelo empreendimento na operação do tráfego de sua área de influência, por meio de intervenções nos sistemas viário e de circulação, tais como alargamento de via, colocação de semáforos, implantação de sinalização horizontal e vertical, rebaixamento de meio fio e colocação de baias para pontos de ônibus, dentre outras viabilizar espaços seguros para o caminhamento de pedestres dentro e fora da edificação
17 Estrutura global de análise de PGT Empreendimento Proposto Geração de Viagens Dimensionamento Acessos Externos Dimensionamento Circulação Interna Caminhões Taxis, Uber Autos / Motos A pé Bicicleta Transporte Coletivo Docas Carga e Descarga Area de embarque/ desembarque Vagas Largura do passeio fonte: Polos Geradores de Tráfego, de L. Portugal (2011) Bicicletário Ponto de Ônibus
18 20.6. Modelos de cálculo de impacto de PGTs um modelo de atração de viagens, como o próprio nome diz, tem como objetivo prever a quantidade de viagens atraídas por um Polo Gerador de Tráfego o modelo é construído por meio de pesquisas de empreendimentos similares existentes, de onde são construídas equações que estimam a geração de tráfego e a demanda por estacionamento
19 20.7. Exemplo de modelo de viagens para Shopping Centers CET/SP O modelo usado pela CET para dimensionamento de vagas de estacionamento foi obtido após análise de dados de 24 shoppings, conforme distribuição acima
20 20.7. Exemplo de modelo de viagens para Shopping Centers CET/SP (cont.) Distribuição de entradas e saídas nos dias úteis
21 20.7. Exemplo de modelo de viagens para Shopping Centers CET/SP (cont.) Distribuição de entradas e saídas no fim de semana
22 20.7. Exemplo de modelo de viagens para Shopping Centers CET/SP (cont.) O modelo de vagas de estacionamento foi construído por meio de regressão linear simples
23 20.7. Exemplo de modelo de viagens para Shopping Centers CET/SP (cont.) distribuição de atração diária por faixa de horário
24 Exemplo de aplicação dos modelos para um Shopping Center CET/SP
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