DECLARAÇÃO DE SIGNIFICÂNCIA DO SÍTIO HISTÓRICO DO BAIRRO DO RECIFE

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1 DECLARAÇÃO DE SIGNIFICÂNCIA DO SÍTIO HISTÓRICO DO BAIRRO DO RECIFE VALENTIM, DAVI Universidade Federal de Pernambuco. Mestrado em Desenvolvimento Urbano Avenida da Arquitetura, SN Centro de Artes e Comunicação UFPE, Recife/PE davi.dornelles@gmail.com RESUMO O estudo da significância cultural permite, através da identificação dos valores e significados socialmente atribuídos à um bem cultural, que sejam evidenciados os anseios públicos para com este bem, expressos na redação do documento da Declaração de Significância. Este artigo é fruto do estudo da significância cultural aplicado ao sítio histórico do Bairro do Recife, localizado no estado de Pernambuco, realizado durante o trabalho de conclusão do curso de arquitetura e urbanismo, com a finalidade de identificar valores e significados atribuídos ao bem entre o seu tombamento federal (1998) e os dias atuais (2016), assim como mudanças e permanências percebidas pela população recifense. Nesta investigação, a significância cultural torna-se um instrumento de fortalecimento de ideais públicos desejados para o sítio histórico do Bairro do Recife visto que, para a identificação dos valores e significados representativos do sítio, nos últimos dezoito anos, a pesquisa foi submetida à um processo de julgamento e validação junto à atores sociais diretamente ligados ao sítio. O estudo da significância cultural exalta, nesta produção, a relação entre a história da cidade do Recife e a dinâmica contemporânea vigente do sítio histórico do Bairro do Recife, funcionando assim, como um catalisador de informações representativas da população e, úteis à serem consultados diante de propostas intervencionistas no bem, bem como provas de divergências para com os ideais aplicados ao Bairro do Recife pelos órgãos públicos de preservação nas esferas municipal, estadual e federal. A significância cultural é um estudo contemporâneo, em processo de consolidação, porém que se mostra como alternativa à discussão sobre os reflexos sócio, político e econômicos esperados diante do contexto histórico contemporâneo brasileiro. Palavras-chave: Bairro do Recife; Declaração de Significância; valores.

2 Introdução O termo significância cultural é mencionado, pela primeira vez, na edição de 1964 da Carta Internacional de Veneza, na qual aparece como significação cultural, com a finalidade de auxiliar na explicação da importância do patrimônio histórico, sendo ele monumento ou sítio. No artigo 1º está explícito: A noção de monumento histórico compreende a edificação isolada, bem como o sítio urbano ou rural que dá testemunho de uma civilização particular, de uma evolução significativa ou de um acréscimo histórico. Entende-se não só às grandes criações, mas também às obras modestas, que tenham adquirido, com o tempo, significação cultural. (Carta de Veneza, 1964, p.02). Todavia, uma definição mais clara sobre o conceito surge em 1999, a partir da aprovação da revisão da Carta de Burra (ICOMOS/Austrália), na qual a noção de significância cultural passa a abranger valores atribuídos aos bens patrimoniais por atores sociais diretamente relacionados com o objeto de estudo. Significado cultural significa valor estético, histórico, científico, social ou espiritual para as gerações passadas, actual ou futuras. O significado cultural está incorporado no próprio sítio, na sua fábrica, na sua envolvente, na sua utilização, nas suas associações, nos seus registros, nos sítios relacionados e nos objetos relacionados. Os sítios podem ter variações de valor para indivíduos ou grupos diferentes. (Carta de Burra, 1999, p.05). Ainda segundo a revisão da Carta de Burra de 1999, também é possível ressaltar a importância fundamental da significância cultural no processo de gestão dos bens culturais. Inclusive, o estudo pode servir de orientação na elaboração de diretrizes para intervenções que tenham como propósito a conservação de atributos do bem cultural em questão, valorados junto aos atores sociais, para as presentes e futuras gerações. A expressão da significância cultural se fortalece após ser formalmente exigida pela UNESCO, nas últimas décadas, a partir da Declaração de Significância como um dos requisitos para a inclusão de bens culturais na Lista do Patrimônio Mundial. Mason (2004) já havia caracterizado esse documento como o instrumento que deveria conter as razões pelas quais o bem cultural deve ser preservado. Zancheti et al (2009) complementam tal definição, fundamentados na presença dos valores levantados na Carta de Burra (1999), partindo do princípio que o conjunto de valores atribuídos ao bem, devem ser socialmente aceitos, mediante um processo de julgamento, que evidencia a participação de atores sociais para validar e reconhecer a Declaração de Significância como um documento referencial para ações de gestão e planejamento dos monumentos e sítios históricos. 1º Simpósio Cientifico ICOMOS Brasil Belo Horizonte, de 10 a 13 de maio de 2017

3 Logo, ao longo das últimas décadas, o campo da Conservação tem discutido sobre a Significância Cultural, nas esferas internacional, nacional e local, como uma nova estratégia de interpretação dos bens culturais (sítios ou monumentos) no tocante aos valores e significados que são atribuídos pelo conjunto de atores diretamente ligados ao bem. A Declaração de Significância, embora ainda não seja considerado um instrumento normativo formal, pode servir de base para intervenções propostas aos bens, com a finalidade de evidenciar as ânsias de um pensamento social. Este artigo é fruto do trabalho de conclusão do curso do arquiteto e urbanista Davi Valentim, orientado pela professora Dra. Virgínia Pontual (MDU/UFPE), intitulado Declaração de Significância do Sítio Histórico do Bairro do Recife (2016). Neste, foi investigado junto aos atores sociais diretamente ligados ao bem, valores e significados atribuídos por eles, nos últimos dezoito anos, desde o seu tombamento federal como Conjunto Arquitetônico e Paisagístico do Antigo Bairro do Recife e Cais do Apolo, processo nº T-85, aprovado em janeiro de 1998 pelo IPHAN, e registrado nos livros Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico (inscrição número 119) e no Belas Artes (inscrição número 614). O trabalho teve como finalidade principal a identificação das mudanças e permanências de um sítio histórico importantíssimo para a cidade do Recife e, que vem sendo transformado nas últimas décadas, mediante uma perspectiva de crescimento econômico e revitalização por meio de novos usos. O Bairro do Recife O Bairro do Recife é uma ilha localizada no estado de Pernambuco, popularmente conhecido como Recife Antigo, a partir de onde foi originada a cidade do Recife. Possui aproximadamente 270 hectares², cerca de 198 imóveis e uma população atual, segundo a Prefeitura do Recife, de 602 habitantes formais. No Plano Diretor do Recife (Lei Nº /91), o Bairro do Recife encontra-se localizado na Zona de Ambiente Construído de Ocupação Moderada (ZAC Moderada), caracterizada por uma ocupação diversificada e facilidade de acessos, com potencialidade para novos padrões de adensamento. O Bairro do Recife abriga a Zona Especial de Interesse Social (Zeis áreas de assentamentos habitacionais de baixa renda, surgidos espontaneamente ) da comunidade do Pilar, população habitante restante no bairro. O bairro é configurado pela Zona Especial de Patrimônio Histórico (ZEPH-09), tendo seu perímetro institucionalizado através do Decreto nº /80.

4 Figura 01: Localização do Bairro do Recife. Fonte: Google Earth, O Bairro do Recife é considerado um Conjunto Antigo, definido pela Prefeitura do Recife como: complexo urbano notável, formado por edificações típicas, seja por conter exemplares de excepcional arquitetura, seja por constituir um núcleo de expressivo significado histórico (Projeto Lei nº06/2006 Plano Diretor do Recife). Atualmente, o bairro encontra-se ocupado a partir de uma variedade de usos, caracterizada, predominantemente, por equipamentos: institucionais, de serviços, comércio, turismo e lazer. Contexto Histórico O Bairro do Recife foi o ponto de origem da ocupação colonizadora no estado de Pernambuco. Em 1537, no primeiro domínio português, o território onde hoje está localizado o bairro, funcionou como um ancoradouro natural do istmo que o comunicava à cidade de Olinda, nascendo assim, o porto que originou o Bairro do Recife. Contudo, foi a partir do domínio holandês, no século XVII, que o Conde Maurício de Nassau começou a investir na consolidação e ocupação do Porto do Recife, que perdurou ao longo dos séculos. O século XX é um marco do processo de consolidação do Bairro do Recife visto que, o bem foi submetido às transformações que modificaram a dinâmica do sítio, tendo reflexos até os dias atuais. Em 1906, o Bairro do Recife passa por uma grande reforma, inspirada pela Reforma de Paris do final do século XIX, partindo de pressupostos que buscavam uma maior modernização, higienização e implementação de novos usos e tipologias arquitetônicas. É durante esta reforma e ao longo da primeira metade do século, que o bairro recebe a tipologia do armazém do Porto do Recife, e do acervo arquitetônico eclético representativo do bairro. 1º Simpósio Cientifico ICOMOS Brasil Belo Horizonte, de 10 a 13 de maio de 2017

5 Entretanto, os bairros vizinhos também receberam investimentos ao longo do século, especialmente o Bairro de Santo Antônio (onde estão localizados inúmeros edifícios públicos da região central do Recife) e o Bairro da Boa Vista (onde se encontra o grande eixo comercial do centro do Recife), causando assim, o enfraquecimento econômico do Bairro do Recife, que entrará em estagnação e decadência até a década de 80, quando surgem as primeiras iniciativas políticas para a preservação e recuperação do bem. Segundo Lira e Pontual (2007): O Bairro do Recife foi transformado funcionalmente e economicamente em espaço obsoleto, delegado à decadência física. A década de 80 é então marcada pelo PPSH (Plano de Preservação dos Sítios Históricos,1979) como um plano de caráter normativo, realizado em parceria pelo Governo do Estado de Pernambuco e a Fundação do Desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife (FIDEM), com a finalidade de instruir os municípios das responsabilidades para com os seus sítios históricos no tocante à preservação e conservação dos mesmos. Em 1985, a Prefeitura da Cidade do Recife delimita um polígono de preservação para o sítio histórico do Bairro do Recife, que só viria a ser reconhecido formalmente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em Porém, é no início da década de 90, na gestão do Prefeito Jarbas Vasconcelos, que surge o PRBR (Plano de Revitalização do Bairro do Recife) através da lei /93, fundamentado especialmente na busca de uma nova dinâmica para o bairro. Segundo Pontual (2007), o PRBR versava sobre a priorização de uma dimensão econômica para a revitalização do bairro, atrelada a investimentos impulsionadores do turismo e à incorporação de novos usos e atividades. É nesse contexto que surgem outras iniciativas como: o Projeto Cores da Cidade e o Monumenta-IPHAN. O PRBR buscava uma mudança da imagem do Bairro do Recife visto que, nas últimas décadas de estagnação econômica, tornou-se conhecido como um ambiente inseguro, obscuro e de baixo meretrício. Dessa forma, além das iniciativas públicas e do tombamento federal (1998), parcerias privadas foram estabelecidas com o propósito de fortalecer a economia do Bairro, como é o caso da instalação do Porto Digital Empreendimentos (2000) visando a transformação do sítio histórico em um Parque Tecnológico, sendo uma das iniciativas que mais influenciou na ressignificação do Bairro do Recife, como aponta Pontual (2007): a mudança da imagem do bairro era tida como fundamental para o sucesso do plano. Para substituir a imagem de periferia central pela de centro cultural, foi adotado como caminho a atração de investimentos imobiliários.

6 Outro grande investimento privado ao qual o sítio histórico do Bairro do Recife vem sido submetido desde 2010 é o Projeto Porto Novo Recife, onde tem se buscado a recuperação dos armazéns do antigo porto do Recife, através da sua transformação em equipamentos de turismo, lazer e gastronomia. A implantação do Porto Novo Recife foi, também, um investimento para a criação de equipamentos de apoio para os novos trabalhadores atraídos pela dinâmica proporcionada através do Porto Digital. Logo, o Bairro do Recife tem passado por constantes transformações desde o início de sua ocupação, no século XVI até meados do século XX, quando foi sendo periodicamente esquecido, tornando-se necessária a criação de políticas de preservação do patrimônio histórico e de revitalização do sítio urbano. Desde o seu tombamento federal (1998), o Bairro do Recife passou por mudanças e permanências proporcionadas pela nova dinâmica buscada pelas esferas pública e privada para ele. O sítio histórico, inclusive, foi a área de maior foco das intervenções propostas pelos projetos. É nesse contexto que entra a significância cultural, com a finalidade de identificar se através dessas intervenções, para a população diretamente ligada ao sítio, houveram alterações nos valores e significados atribuído ao sítio histórico do Bairro do Recife. Uma sistemática de análise que pode e deve ser utilizada não apenas para este caso, porém, para outros sítios e monumentos históricos que representam o patrimônio seja ele local, nacional ou internacional. O estudo da significância cultural auxilia em um dos principais pontos da preservação do patrimônio, pois considera os anseios da população como referencial de como deve ser conservado tal monumento para as gerações futuras e para a história da cidade. A Metodologia para Elaboração da Declaração de Significância Para o estudo da significância cultural, que tem como objetivo chegar a redação da Declaração de Significância, alguns critérios devem ser considerados no processo. Entretanto, ainda não existe uma metodologia oficial de análise da significância cultural visto que o estudo faz parte de uma temática contemporânea da conservação, ainda em desenvolvimento, e que infelizmente possui um acervo teórico escasso e insuficiente. Todavia, alguns estudos já foram realizados onde se começou a investigar uma estratégia metodológica para a análise da significância cultural, como por exemplo é o caso de Azevedo (2013) em Declaração de Significância uma investigação metodológica onde a autora faz o levantamento de três declarações existentes e identifica, junto à um referencial 1º Simpósio Cientifico ICOMOS Brasil Belo Horizonte, de 10 a 13 de maio de 2017

7 teórico, análises importantes para o estudo da significância cultural como por exemplo: levantamento de dados do bem; julgamento e validação dos valores; lista de atributos identificados; redação do documento da declaração de significância, entre outros. Neste artigo, será discutido o processo de julgamento e validação de valores junto aos atores sociais e as conclusões extraídas a partir desta investigação, usando como referencial teórico o tombamento federal do sítio histórico do Bairro do Recife (1998). Valoração Valor é uma palavra, do latim valere, que tem sua definição etimológica como algo que possui importância. O conceito de valor é amplo, complexo, possui múltiplos significados e já foi discutido por inúmeros teóricos. Zancheti et al (2009) afirmam que para realizar intervenções nos bens culturais, faz-se necessário um processo de valoração, ou seja, apreensão de um sistema de múltiplos valores atribuídos ao bem. Alois Riegl (1967) foi o primeiro teórico a investigar o processo de categorização dos valores. Lacerda (2012) em Plano de Gestão da Conservação Urbana: Conceitos e Métodos, transcreve alguns dos valores abordados por Riegl e os classifica como valores dos bens patrimoniais. O conceito de valor assume uma variedade praticamente infinita de significados que não cessam de se desdobrar, tornando a sua análise cada vez mais complexa e sempre incompleta, exigindo contínua reflexão. Complexa e incompleta, porque a acepção da palavra valor, inserida nos mais diferentes tempos e espaços, varia de indivíduo a indivíduo, de grupo social a grupo social, de sociedade a sociedade. (Lacerda, 2012, p.01) No trabalho realizado, assim como neste artigo, valor deve ser entendido como heranças daqueles que nos precederam (Laceda, 2012, p.02) e que podem ser variados. Usando as categorias de valores dos bens patrimoniais transcritos por Lacerda (2012) trabalhou-se com um universo de dez valores, sendo eles: de antiguidade, artístico, histórico, cultural, simbólico, cognitivo, econômico, de uso, de opção e de existência. É importante salientar que partindo do pressuposto de que a valoração varia de acordo com o bem, o grupo social, o indivíduo, como apontam Lacerda e Riegl, então esses valores foram adotados, mas não necessariamente todos caberiam para outros bens patrimoniais. Assim como, cada bem pode possuir valores particulares e distintos dos já mencionados. Para o estudo da significância cultural do sítio histórico do Bairro do Recife, foram considerados os valores de Lacerda (2012) salvo algumas alterações: (i) a inserção do valor

8 paisagístico, por se tratar de um sítio histórico localizado numa ilha e que foi tombado também por sua paisagem; (ii) a incorporação do valor urbanístico ao histórico, visto que a análise foi realizada com base nas transformações urbanísticas ocorridas no sítio ao longo de seu contexto histórico; e (iii) a incorporação do valor arquitetônico ao artístico, visto que o tecido arquitetônico eclético do Bairro do Recife foi um dos principais motivos para o seu reconhecimento como sítio histórico à nível estadual e federal. Dessa forma, para chegar à valoração do sítio histórico do Bairro do Recife, e com isso entender parte da significância cultural construída desde o seu tombamento federal (1998), o processo de valoração ocorreu em três momentos ao longo da investigação: (i) a partir da identificação de valores interpretados do dossiê de tombamento federal (1998); (ii) a partir de análises realizadas pelo autor dos atributos do bem; (iii) a partir da atribuição de valores junto aos atores sociais diretamente ligados ao bairro. Entretanto, para a validação de valores significativos do sítio histórico do Bairro do Recife, foram considerados os valores do primeiro e terceiro momentos visto que, torna-se possível identificar os valores que permaneceram no tempo, os que foram adquiridos e os que foram reduzidos junto aos atores sociais no processo de julgamento. Julgamento O processo de julgamento dos valores junto aos atores sociais, para chegar a hierarquia e validação dos valores representativos do sítio histórico do Bairro do Recife, nos últimos dezoito anos, com base nos dois momentos mencionados anteriormente, ocorreu da seguinte forma: 1 - Valores Interpretados do Dossiê de Tombamento Federal (IPHAN ) Em 1998, treze anos após a sua inscrição, parte do Bairro do Recife é reconhecido como sítio histórico e tombado como Conjunto Arquitetônico e Paisagístico do Antigo Bairro do Recife e Cais do Apolo, processo nº T-85, IPHAN. A partir da análise e interpretação dossiê de tombamento encontrado no acervo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Recife, no bairro da Soledade, foi possível identificar valores agregados ao bairro, que contribuíram para o processo de tombamento do mesmo. Dos valores adaptados de Lacerda (2012), foram identificados, por meio das justificativas explicitas no dossiê, 6 valores fortemente presentes no momento do tombamento federal, são eles: histórico, artístico, existência, paisagístico, antiguidade e cultural. Por exemplo, a justificativa a partir da qual foi extraído o valor histórico, relata: 1º Simpósio Cientifico ICOMOS Brasil Belo Horizonte, de 10 a 13 de maio de 2017

9 Justifica-se pela importância histórica do sítio como referencial básico de uma das cidades mais importantes dentro da estrutura urbana do país (demonstrativo do processo de evolução e transformação do sítio). (Prefeitura da Cidade do Recife e IPHAN, 1998, p.14) 2 Análise dos Atributos de Autenticidade e Integridade No segundo momento, análise dos atributos de autenticidade e integridade, foram consideradas as definições presentes no Operational Guidelines for the implementation of World Heritage Convention: (i) autenticidade como a veracidade do patrimônio, de caráter genuíno, verdadeiro; (ii) integridade como a medida de plenitude e inteireza do patrimônio e seus atributos. Para a análise da autenticidade, foram considerados os indicadores propostos por Lira (2009): a) autenticidade construtiva dimensão relacionada aos métodos e técnicas aos quais o bem foi submetido; b) autenticidade objetiva dimensão que avalia a presença de métodos, técnicas e materiais contemporâneos; c) autenticidade expressiva dimensão que avalia a relação entre o sujeito e o bem. Para a análise da integridade, foram considerados os indicadores propostos por Jokilehto (2002): a) integridade sócio-funcional dimensão que avalia a preservação das funções usual e social; b) integridade estrutural dimensão que analisa elementos físico-materiais do bem; c) integridade visual dimensão que identifica, nos aspectos estéticos, mudanças e permanências apreendidas com o olhar Após submeter os doze bens culturais selecionados às análises de autenticidade e integridade (e suas respectivas dimensões), com base em documentos públicos, livros, artigos (entre outros); foi realizado o segundo momento de valoração. Dos valores adaptados de Lacerda (2012), foram identificados, por meio dos documentos analisados, 6 valores mais frequentes nos doze bens avaliados. Foram eles: histórico, cultural, uso, paisagístico, econômico e existência.

10 3 Consulta aos atores sociais (2016) No terceiro momento, foi consultado, por meio da metodologia de Análise de Conteúdo, grupos de atores sociais diretamente ligados ao sítio histórico do Bairro do Recife. Essa metodologia qualitativa, consiste em um procedimento que se constitui de um conjunto de instrumentos metodológicos aplicáveis a variados discursos, cuja interpretação oscila entre os dois polos do rigor da objetividade e da fecundidade da subjetividade (BARDIN, p.07). Basicamente, a metodologia consiste na elaboração de perguntas abertas com certa estruturação de tema. Porém, ao mesmo tempo, possibilitando o entrevistado a desenvolver sua resposta de uma forma livre. Por isso, essa metodologia foi adotada para o estudo da significância cultural, visto que tem como propósito captar valores e significados atribuídos subjetivamente pelos atores sociais ao bem. Sendo assim, foram elaborados questionários com base na metodologia de Bardin (1977), reestruturada em 2008 por Bauer e Gaskell e aplicados a atores sociais diretamente ligados ao bem. Segundo Hidaka (2011), os atores sociais são aqueles que possuem a vida afetada pelo patrimônio e por seus significados. Ela os divide em quatro categoriais principais: especialistas; moradores ou residentes; visitantes ou frequentadores; trabalhadores. Foram aplicados cerca de vinte questionários, sendo cinco por grupo de ator, ao longo de aproximadamente um mês de consulta. Após a aplicação dos questionários, foram transcritas sentenças utilizadas pelos entrevistados, que evidenciavam valores atribuídos por eles ao bem. A partir dessas sentenças, foram agrupadas de modo a identificar os valores mais frequentes no discurso dos atores sociais e, dessa forma, chegando à uma totalidade de sete valores mais frequentes, são eles: de uso; cultural; histórico-urbanístico; econômico; paisagístico; de opção; de existência. 4 Hierarquização dos Valores (1998;2016) De posse dos valores identificados como existentes no ano de 1998 no momento do tombamento federal do sítio histórico do Bairro do Recife, foi realizada a consulta junto aos atores sociais envolvidos com o bem, em 2016, para dessa forma, exaltar os valores que permaneceram; se perderam ou foram adquiridos nos últimos dezoito anos no Bairro. Após os dois momentos, percebeu-se que dos seis valores identificados em 1998 e dos sete exaltados em 2016, quatro estavam presentes nos dois momentos, ou seja, se mantiveram no tempo. 1º Simpósio Cientifico ICOMOS Brasil Belo Horizonte, de 10 a 13 de maio de 2017

11 Dessa forma, os primeiros valores validados como representativos da significância cultural atribuída pelos atores sociais ao sítio histórico do Bairro do Recife no ano de 2016 foram: histórico-urbanístico, cultural, paisagístico e existência. Em seguida, dos sete valores identificados em 2016, três não estavam presentes em 1998, comprovando assim que ao longo dos dezoito anos, novos valores foram agregados ao sítio histórico diante das transformações às quais tem sido submetido. Dessa forma, os demais valores validados, por ordem de frequência, foram: de uso; econômico e de opção. Finalmente, dos seis valores identificados em 1998, dois deles se perderam ao longo dos dezoito anos, e foram eles: artístico-arquitetônico; antiguidade. O que prova que diante dessas transformações, características particulares do conjunto arquitetônico foram alteradas para permitirem a inserção dos novos usos propostos para o sítio histórico do Bairro do Recife. Validação Dos Valores Logo, foram considerados como validados os quatro valores que permaneceram no tempo devido à sua capacidade de sobreviverem representando o sítio histórico mesmo diante de transformações ocorridas a partir das políticas de revitalização implementadas, e os três valores adquiridos ao longo dos dezoito anos e atribuídos pelos atores sociais. Totalizando, assim, sete valores que expressam os significados atribuídos pela população ao bem, sendo eles: histórico-urbanístico; cultural; paisagístico; de existência; de uso; econômico e de opção. Os valores validados são aqueles considerados no momento da redação do documento da Declaração de Significância, visto que expressam os anseios da população, nos dias atuais, no tocante aos significados do sítio histórico do Bairro do Recife. A Declaração de Significância do Sítio Histórico do Bairro do Recife O Bairro do Recife originou-se no antigo istmo que comunicava as cidades de Recife e Olinda, como um ancoradouro de embarcações no período colonial do Brasil. Ao longo dos séculos foi se consolidando e desenvolvendo e desde 1998, tem parte do seu território tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como Conjunto Arquitetônico e Paisagístico do Antigo Bairro do Recife e Cais da Alfândega, devido à sua importância histórica para a origem da cidade do Recife. O seu sítio histórico é dotado de valores que o tornam um dos mais significativos exemplares do patrimônio histórico do estado de Pernambuco.

12 Para a compreensão do processo de ressignificação ocorrido no sítio histórico do Bairro do Recife nos últimos dezoito anos, foram avaliados doze bens culturais, são eles: Conjunto da Alfândega (Igreja da Madre de Deus, Paço Alfândega e Edifício Chanteclair); Torre Malakoff e Praça do Arsenal; Teatro Apolo; Sinagoga Kahal Zur Israel; Praça do Marco Zero; Malha Urbana; Armazéns do Porto; Casario das Avenidas Rio Branco e Marquês de Olinda; Casario das Ruas do Apolo e Bom Jesus; Casario das Ruas da Alfândega e da Moeda; Carnaval Multicultural do Recife e a Paisagem do Bairro do Recife. Estes bens culturais corroboram para a atribuição de valores e significados ao sítio, como também, para a percepção das estratégias de conservação adotadas para o sítio histórico do Bairro do Recife. Considerando os atributos de integridade (sócio-funcional, estrutural e visual) e autenticidade (construtiva, objetiva e expressiva), dos doze bens culturais escolhidos, o sítio histórico do Bairro do Recife encontra-se parcialmente conservado, tendo como referência o seu tombamento federal reconhecido pelo IPHAN em No tocante à integridade, em uma escala adotada entre zero e três, a maioria dos bens culturais recebeu uma mensuração de 02/03, afirmando que ocorreram mudanças na integridade, porém que não foram tão significativas. Já em relação à autenticidade, adotando uma escala entre zero e dois, a maioria dos bens recebeu uma mensuração de 01/02, afirmando que seus atributos estão parcialmente autênticos. Além da conservação parcial de seus atributos de integridade e autenticidade, o sítio histórico do Bairro do Recife apresenta valores que permaneceram no tempo ao longo dos dezoito anos desde o seu tombamento federal, e valores que foram adquiridos diante do contexto de ressignificação cultural, fruto do processo de revitalização ao qual foi submetido. Dentre estes valores, são exaltados sete que lhe conferem significância cultural exemplar, tendo quatro deles permanecido no tempo desde o seu tombamento federal (históricourbanístico, cultural, paisagístico e de existência) e os outros três evidenciados nos últimos dezoito anos (de uso, econômico e de opção). O valor HISTÓRICO-URBANÍSTICO está exaltado tanto pelo fato da origem da capital do estado de Pernambuco ter sido onde hoje é o território que compreende Bairro do Recife, quanto pelos processos de ocupação urbana aos quais o sítio foi submetido ao longo dos séculos. A partir de tais processos, tem como resultado um traçado urbano que contém espaços públicos de inestimável importância para abrigar os demais valores, como o cultural por exemplo. Além da existência, ainda hoje, do porto do Recife que foi o primeiro uso recebido por tal território que remete diretamente à história da cidade. O sítio histórico é 1º Simpósio Cientifico ICOMOS Brasil Belo Horizonte, de 10 a 13 de maio de 2017

13 (através de seus bens culturais, valores e significados) a expressão da história da cidade do Recife. O valor CULTURAL é fortemente evidenciado no sítio histórico do Bairro do Recife. Suas ruas e praças tornam-se palco para as atividades de expressão cultural como o carnaval, o maracatu, o frevo, característicos da cultura brasileira, especialmente, pernambucana. Seus museus, espaços culturais, teatros e casa de artesanato, estão entre os usos mais frequentados pela população seja recifense ou turista. O valor cultural não apenas é um dos mais importantes do sítio histórico do Bairro do Recife, por evidenciá-lo como um espaço de cultura, como também é um agregador dos outros valores e um dos que permanece na história do sítio. O valor PAISAGÍSTICO é vigorosamente exaltado visto que desde o tombamento federal o sítio histórico já fora reconhecido como Conjunto Arquitetônico e Paisagístico. O fato do sítio físico estar inserido no território de uma ilha, evidencia a presença das frentes d água do estuário do Rio Capibaribe, na paisagem do Bairro do Recife. É um dos principais cartões postais da cidade, sua composição de edificações históricas de tipologias arquitetônicas diversas, e de suas margens que abrigam espaços públicos de contemplação, justificam tal valor. O valor de EXISTÊNCIA representa a sobrevivência dos bens culturais no tempo, de seus valores e significados atribuídos ao sítio histórico. Ainda que no processo de revitalização, algumas edificações estejam abandonadas, sua existência contribui para o entendimento do sítio como um Conjunto Arquitetônico e Paisagístico. Outro fator que justifica fortemente o valor é o da relação do sítio com seus bens culturais imateriais, que são particulares da dinâmica do Bairro do Recife e que por existirem, têm significados atribuídos pela população. O valor de USO se expressa, hoje, por todos os processos de revitalização aos quais foi submetido o sítio histórico, com a finalidade de lhe conferir usos de cunho comercial, serviços, turismo e lazer. O Bairro do Recife, como um todo, desde sua origem, foi consolidado sob uma ótica predominantemente comercial que, embora tenha vivido períodos de estagnação econômica e abandono, é o valor que mais atrai o público a usufruir do bem. Assim como é memorável o fato que, embora muitos sítios históricos brasileiros encontrem dificuldades de adaptação à vida contemporânea, da mesma forma que o sítio histórico do Bairro do Recife também encontra, ele hoje é reconhecido e lhe são atribuídos significados, especialmente pela variedade de usos encontrados.

14 O sexto valor evidenciado é o ECONÔMICO, que de certa forma sempre esteve atrelado ao bairro, ainda quando porto da cidade de Olinda. Entretanto, não houve no passado do Bairro do Recife (desde o reconhecimento do seu sítio histórico por meio do tombamento federal que lhe foi conferido em 1998) um dinamismo econômico tão forte em seu sítio histórico. A presença do Parque Tecnológico do Porto Digital, do Porto Novo Recife, dos espaços comerciais, dos serviços encontrados e, até mesmo dos órgãos públicos, exaltam o ritmo e o movimento, símbolos do dinamismo das grandes metrópoles. Hoje, o Bairro do Recife especialmente o seu sítio histórico, continua a atrair investidores, seja de pequenos à grandes empresários, abrigando uma dinâmica de mercado imobiliário fortemente invasiva. O valor de OPÇÃO, não menos importante que os demais valores, enaltece que mesmo após um processo de ressignificação cultural, ainda há edificações históricas abandonadas no sítio e estas, devem receber cuidados com o propósito de serem conservadas para as gerações futuras. Assim como os edifícios tombados, o patrimônio imaterial e a cultura representativa do sítio histórico recebem atenção para serem mantidas para o futuro. Há o forte interesse da população em cuidar de tais bens culturais de modo que possam ser perpetuados na história. Por fim, a significância cultural do sítio histórico do Bairro do Recife é contemplada pela presença de tais valores mencionados, pela conservação (ainda que parcialmente) de seus atributos de integridade e autenticidade ao longo do tempo, justificando a importância de tal bem para a população local. Os valores e significados expressam um sítio histórico que é memorável para a cidade do Recife e deve seguir em dinâmica de conservação integrada entre seu passado referencial histórico, suas necessidades presentes e perspectivas futuras. 1º Simpósio Cientifico ICOMOS Brasil Belo Horizonte, de 10 a 13 de maio de 2017

15 Referências Bibliográficas Azevedo, Gabriela. Declaração de Significância uma investigação metodológica. Trabalho de Graduação. Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2013; Azevedo, Myllena. Avaliação do estado de conservação de sítios urbanos patrimônios da humanidade: A declaração de significância cultural de Ouro Preto. Projeto de Iniciação Científica. Maceió: Universidade Federal do Alagoas, 2013; Bardin, Lawrence. L analyse de Contenu. Paris: Presses Universitaires, 1977; DE VENEZA, Carta. Carta internacional sobre conservação e restauração de monumentos e sítios. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, v. 19, n. 5, p , 1964; DE BURRA, CARTA. Austrália, ICOMOS-Conselho Internacional de Monumentos e Sítios. Disponível em:< international. icomos. org/burra1999_spa. pdf. INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL, Acervo Público IPHAN Recife/PE, Rua da Soledade. Visitado em 13/11/2015. Jokilehto, Jukka. Conceitos e ideias sobre conservação. Recife: Centro de Estudos sobre Conservação Integrada (CECI), 2012; Jokilehto, Jukka. Considerations on authenticity and integrity in world heritage context. City in Time, 2006; Lacerda, Norma. Valores dos Bens Patrimoniais. Olinda: Plano de gestão da conservação urbana: conceitos e métodos, 2012; Lira, Flaviana. Patrimônio Cultural e Autenticidade: Montagem de um sistema de indicadores para o monitoramento. Recife, Universidade Federal de Pernambuco, 2009; MASON, Randall. Fixing historical preservation: A constructive critique of" significance". In: Places-A Forum Of Environmental Design. C/O Places, Po Box 1897, Lawrence, Ks Usa: Design History Foundation, P ; PONTUAL, Virgínia; Práticas Urbanísticas em Áreas Históricas: O Bairro do Recife, Biblio3W, Revista Bibliográfica de Geografia y Ciências Sociales, Universidade de Barcelona, Vol. XII, nº752, 2007;

16 UNESCO. INTERGOVERNMENTAL COMMITTEE FOR THE PROTECTION OF THE WORLD CULTURAL AND NATURAL HERITAGE. Operational guidelines for the implementation of the world heritage convention. UNESCO. Intergovernmental Committee for the Protection of the World Cultural and Natural Heritage, ZANCHETI, S.M. ; HIDAKA, L. T. F. ; RIBEIRO, Cecilia ; Aguiar, Barbara. A Construção da Significância Cultural nos Processos de Conservação Urbana. Recife º Simpósio Cientifico ICOMOS Brasil Belo Horizonte, de 10 a 13 de maio de 2017

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