Técnicas Anestésicas Aplicadas à Cirurgia Oral
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- Teresa de Miranda Farinha
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1 Técnicas Anestésicas Aplicadas à Cirurgia Oral Anestesias Locais 1. Periférica, tópica ou de superfície 2. Infiltrativa terminal 3. Troncular, regional ou bloqueio de condução Aula de cirurgia Anestesia Local - Periférica, tópica ou de superfície Anestésicos tópicos: Líquido: 2% Pasta Sprays; 10% Gel: 5% Anestesia Tópica 1. Secar bem a mucosa 2. Aplicar por pelo menos 1 minuto Anestesia Local - Infiltrativa Terminal Anestésico atua nas terminações nervosas Limita-se às zonas infiltradas Anestesias Infiltrativas Terminais 1. Submucosa 2. Supra-periosteal 3. Sub-periosteal 4. Intra-óssea ou intra-septal 5. Intra-ligamentar (peridental) 6. Intrapulpar 7. Intra-articular (ATM) 1
2 Anestesia Infiltrativa Terminal 1.Agulha descartável, bisel voltado para o osso 2. A mucosa do sulco deve ir de encontro à agulha 3. A mucosa inserida do palato, deve ser pressionada com o dedo próximo à agulha Submucosa 4. Injetar levemente o anestésico, observando sempre a reação do paciente Quando a solução anestésica é depositada no tecido mole que cobre a zona a intervir, e por difusão através da região, insensibilizando terminações nervosas livres. Supra-periosteal Consiste em se puncionar a mucosa, fazendo com que a ponta da agulha penetre até a região submucosa, junto ao periósteo, mas sem atingi-lo ou penetrá-lo. Sub-periosteal O anestésico é depositado sob o periósteo, junto ao tecido ósseo. Consiste em se puncionar a mucosa, fazendo com que a ponta da agulha penetre até a região submucosa, junto ao ápice dentário com inclinação tal que sua ponta atravesse o periósteo e atinja o osso Intra-óssea Intra-septal Tem como objetivo a anestesia da maxila ou da mandíbula, por meio de depósito do agente anestésico no osso medular (esponjoso) entre as corticais ósseas. É realizada por injeção no septo ósseo de dois dentes contíguos. A solução injetada rapidamente passa pela estrutura óssea esponjosa, avança pelos canalículos e lacunas ósseas, anestesiando as terminações nervosas livres que inervam o alvéolo, atingindo assim o ligamento periodontal 2
3 Intra-ligamentar (peridental) Intrapulpar Consiste em injetar-se no ligamento alvéolo-dental, introduzindo a agulha sob a borda livre da gengiva no lado mesial do dente. Os resultados práticos nem sempre são satisfatórios, e são obtidos às custas de fortes dores ao paciente. Consiste na deposição da solução anestésica diretamente na câmara pulpar, com fortes dores para o paciente Anestesia Infiltrativa Terminal Maxila Maxila Nervo Alveolar Superior Anterior Nervo Alveolar Superior Médio Nervo Alveolar Superior Posterior Nervo Nasopalatino Nervo Palatino Maior Nervo Maxilar Dá fossa cranial medial, ele entra no forame redondo para penetrar na fossa pterigopalatina desprendendo: nervo zigomático, que ascende superiormente e desprende: nervo zigomaticotemporal nervo zigomaticofacial comunicação para o gânglio pterigopalatino, que conduz fibras sensorias para: nervo palatino superior nervo palatino inferior nervo faríngeo nervo nasopalatino, que passa através do forame esfenopalatino nervo alveolar superior posterior Ele continua através do canal infraorbitário para tornar-se o nervo infraorbitário, desprendendo: nervo alveolar medial superior nervo alveolar superior anterior Ele sai através do forame infraorbitário onde termina. Nervo Alveolar Superior Anterior 3
4 Nervo Alveolar Superior Médio Nervo Nasopalatino referência para punção: fundo de sulco vestibular, a 45º Nervo Palatino Maior Nervo Palatino Maior Nervo Palatino Maior Resumo da inervação da maxila Anestesia Infiltrativa Terminal Mandíbula Nervo Incisivo Nervo Mentual Nervo Lingual Nervo Bucal 4
5 Mandíbula Nervo Incisivo -área anestesiada: incisivos laterais e centrais inferiores -referência para punção: fundo de sulco vestibular inferior Nervo Mentual Nervo Lingual -área anestesiada: 1ºprémolar até incisivo central inferior -referência para punção: fundo de sulco vestibular na região de 1ºpré-molar inferior -área anestesiada: dois terços anteriores da língua e assoalho bucal -referência para punção: linha oblíqua interna Nervo Bucal Anestesia Local Troncular, Regional ou Bloqueio de Condução Agente anestésico é depositado no tronco nervoso, insensibilizando as várias áreas por ele inervadas Área anestesiada: mucosa da região de 3º molar até 2º pré-molar Referência para punção: fundo de sulco vestibular inferior e mucosa jugal 5
6 Anestesia Troncular, Regional ou Bloqueio de Condução Maxila Pós-tuber 1. Anestesia pós-tuber 2. Anestesia infra-orbital -área anestesiada: concomitantemente 3ºmolar, 2ºmolar, raízes disto-vestibular e palatina do 1ºmolar -referência para punção: fundo de sulco vestibular posterior ao último molar, a 45º em relação aos planos horizontal, frontal e sagital Infra-orbital Anestesia Troncular, Regional ou Bloqueio de Condução Mandíbula Anestesia pterigomandibular -área anestesiada: 2ºpré-molar até incisivo central -referência para punção: entre pré-molares superiores, paralelamente ao longo eixo dos dentes, em direção ao forame infra-orbitário Nervo Alveolar Inferior Anestesia pterigomandibular -área anestesiada: região inervada pelos nervos alveolar inferior, lingual e bucal -referência para punção: palpação do trígono retromolar, 1cm acima do plano oclusal inferior 6
7 Anestesia pterigomandibular Escolha da técnica anestésica 1. Quais estruturas anatômicas devem ser anestesiadas? 2. Quais os nervos responsáveis pela sensibilidade dessas estruturas? 3. Onde é mais conveniente bloquear os impulsos desses nervos, para favorecer o procedimento cirúrgico? 4. Desde a penetração da agulha nos tecidos até o ponto em que o anestésico é depositado, quais estruturas anatômicas devem ser resguardadas? Vantagens Das Anestesias Locais 1. Paciente permanece consciente 2. Baixo índice de complicações e mortalidade 3. Pouca alteração da fisiologia do organismo 4. Não exige jejum 5. Simplicidade das técnicas 6. Baixo custo 7
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