PLANEJAMENTO AMBIENTAL URBANO NA MICROBACIA DO CÓRREGO DA COLÔNIA MINEIRA - PRESIDENTE PRUDENTE/SP

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1 PLANEJAMENTO AMBIENTAL URBANO NA MICROBACIA DO CÓRREGO DA COLÔNIA MINEIRA - PRESIDENTE PRUDENTE/SP Mestranda: Adriana Oivia Aves Orientador: Prof. Dr. Antonio Cezar Lea Presidente Prudente 2004

2 unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CAMPUS DE PRESIDENTE PRUDENTE FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA ADRIANA OLIVIA ALVES PLANEJAMENTO AMBIENTAL URBANO NA MICROBACIA DO CÓRREGO DA COLÔNIA MINEIRA - PRESIDENTE PRUDENTE/SP Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Geografia da Facudade de Ciências e Tecnoogia da UNESP, Câmpus de Presidente/SP, para a obtenção do títuo de Mestre em Geografia. Orientador: Prof. Dr. Antonio Cezar Lea Presidente Prudente 2004

3 unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CAMPUS DE PRESIDENTE PRUDENTE FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA ADRIANA OLIVIA ALVES PLANEJAMENTO AMBIENTAL URBANO NA MICROBACIA DO CÓRREGO DA COLÔNIA MINEIRA - PRESIDENTE PRUDENTE/SP COMISSÃO JULGADORA Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Geografia Presidente e Orientador: Prof. Dr. Antonio Cezar Lea 2º Examinador: Dr. Savador Carpi Júnior (UNICAMP) 3º Examinador: Dr. João Osvado Ribeiro Nunes (FCT/UNESP) Presidente Prudente, 02 de fevereiro de 2004.

4 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Dedico este trabaho à minha famíia, especiamente meus pais, Norberto e Vima, de quem recebi estímuo indispensáve para viabiizar tanto este trabaho como a minha trajetória de vida. Vocês são o meu referencia que será perpetuado pea minha existência.

5 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Agradecimentos A trajetória no Programa de Pós-Graduação, pode ser definida como um período de crescimento inteectua e pessoa, face às experiências adquiridas no âmbito do conhecimento científico, mas sobretudo, numa fase de crescimento pessoa, considerando a experiência de vida, constituída pea infuência direta e indireta dos amigos (aunos e professores), amadurecendo as reações pessoais, concretizando diferentes aços de companheirismo e amizade. Durante o processo desta pesquisa, contei com o apoio e a participação de diversas pessoas e instituições que foram essenciais para a reaização e materiaização deste trabaho. Agradeço: À Fundação de Amparo à Pesquisa (FAPESP) que propiciou o apoio financeiro à pesquisa. Aos professores do Programa de Pós-Graduação, dos quais tive o prazer e a oportunidade de reaizar suas discipinas: João Lima, João Osvado, José Bueno Conti, Carminha, Eiseu e César. Aos funcionários da Prefeitura Municipa de Presidente Prudente, peas condições proporcionadas ao desenvovimento desta pesquisa. Às ideranças comunitárias da microbacia do córrego da Coônia Mineira, que me receberam prontamente para as entrevistas e reunião do Grupo de Trabaho: Ciccerei (Jd. Iguaçu), Isaias (Via Geni), Sr. Ceso (Jardim Edorado), Zé Mané (CDHU Sítio São Pedro), Sr. Pauo (Parque São Matheus), Sra. Cida (Parque São Judas Tadeu), Sr. Expedito (Jardim Regina) e Sr. Edson (Jardim Estori). Ao Fernando Luizari Gomes, pea entrevista concedida sobre o Grupo de Trabaho do Baneário da Amizade e a troca de conhecimentos sobre a reaidade ambienta de Presidente Prudente. Às desenhistas Fora e Maria, que durante os reatórios de pesquisa, exame de quaificação e entrega da dissertação com toda a disposição e paciência tiveram que me agüentar. À Michee Stocker, peo árduo trabaho de correção e revisão do português, contribuindo de maneira rápida e eficiente. Um especia agradecimento aos amigos e coegas do mestrado das turmas de : Denis, Marqui, Robson, Janaína, Favia Spinei, Maria, Marceo Cheoti, Dinava, Marceo Mendonça, Pauo, José Aves, Júia, Vivian, José Augusto, Karina, Marcinho,

6 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Liz, Denise, Luciano Furini, Cory, Luiz Pauo, Sivia Regina, Marceino, Fávia Ikuta e Ávaro, peo convívio durante esta etapa e a amizade que se desenvoveu ao ongo deste processo. Infeizmente não dá para mencionar todos os nomes, mas todos estão guardados em minha embrança. Aos amigos agebeanos da temporada de 2003 que cuminou na experiência e organização do evento Faa Professor, peos debates e discussões entre os associados e os avanços para a comunidade geográfica com a inauguração da sede: Bethânia, Jansen, Fernanda, Keber, Victor, Fabrício, Francini, Aexandre, Robson, Fávia, Júia, Denis, Furini, Zé Aves e Zé Augusto. Aos amigos conquistados no aboratório de soos, durante os eventos científicos e festivos: Cris, João, Eiete, Rodrigo, D. Cida, Godoy e Vânia. Desejo externar meus sinceros agradecimentos à Miss Simpatia Margot (Professora Margarete) que esteve presente em quase todas as etapas do meu processo acadêmico, ecionando discipinas no 1º Ano (Geografia Física), no 4º Ano (Geografia das Águas Oceânicas e Continentais), no Bachareado (Pesquisa em Geografia Física), na banca da monografia de bachareado e inúmeras contribuições no Exame Gera de Quaificação. Ao João Osvado, pea participação no Exame Gera de Quaificação e na Defesa Púbica, peas discussões ao ongo do mestrado, as experiências do aboratório e os apontamentos que contribuíram para mehor reaização desta pesquisa e ainda, a amizade que se desenvoveu ao ongo deste processo. Ao Savador Carpi Júnior, peas contribuições apresentadas na Defesa Púbica da Dissertação, as quais buscamos incorporar nesta versão fina da dissertação. Ao Professor Tadeu Tomassei, com o seu jeito descontraído de ser, aém de responsáve pea tradução do Abstract, me ensinou com generosidade vaores como ajudar o próximo. Meu sincero agradecimento ao meu grande amigo Denis, exempo de pessoa e de vida, que, com sua simpicidade e aegria esteve presente em muitos momentos importantes da minha vida (Peos caminhos das águas, chuá, chuá!!!). À minha grande amiga e jóia raríssima Cris, grande figura de apoio nos momentos de intensidade da minha vida nestes útimos anos, ombro amigo nos momentos difíceis e prazerosos. Você é meu grande achado! Ao meu mestre e pai com carinho, Antonio Cezar Lea, responsáve pea minha formação desde o processo de Iniciação Científica e pea continuidade no mestrado.

7 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Obrigada Cezar, peas discussões e peos nobres ensinamentos e pea aprendizagem acadêmica e do cotidiano. Contigo aprendi a importância da humidade e perseverança. Aos meus famiiares, D. Vima, minha mãe; Sr. Norberto, meu pai; Aurea e Migue, meus irmãos; Beto e Lú, meus cunhados; Agda, minha sobrinha; pea compreensão da ausência em muitas fases do processo de pesquisa e o apoio nos momentos difíceis. A minha outra famíia adotada, que em poucos momentos demonstraram a importância de estarmos unidos: Sr. Gesuíno, D. Maria Heena, Aecy, Aécio e Adecir. Ao grande responsáve por eu ter feito o mestrado, meu namorado Adriano. Presente em vários momentos da minha vida, a pessoa mais importante para a viabiização deste trabaho, seu apoio, o amor e a vivacidade que me contagia, foi imprescindíve para a reaização deste. Te admiro muito, pea garra, peo caráter e amizade. Você é a minha escoha mais acertada! Enfim, agradeço a todos, que de forma direta ou indireta contribuíram para a reaização deste trabaho.

8 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Agradecimentos A trajetória no Programa de Pós-Graduação, pode ser definida como um período de crescimento inteectua e pessoa, face às experiências adquiridas no âmbito do conhecimento científico, mas sobretudo, numa fase de crescimento pessoa, considerando a experiência de vida, constituída pea infuência direta e indireta dos amigos (aunos e professores), amadurecendo as reações pessoais, concretizando diferentes aços de companheirismo e amizade. Durante o processo desta pesquisa, contei com o apoio e a participação de diversas pessoas e instituições que foram essenciais para a reaização e materiaização deste trabaho. Agradeço: À Fundação de Amparo à Pesquisa (FAPESP) que propiciou o apoio financeiro à pesquisa. Aos professores do Programa de Pós-Graduação, dos quais tive o prazer e a oportunidade de reaizar suas discipinas: João Lima, João Osvado, José Bueno Conti, Carminha, Eiseu e César. Aos funcionários da Prefeitura Municipa de Presidente Prudente, peas condições proporcionadas ao desenvovimento desta pesquisa. Às ideranças comunitárias da microbacia do córrego da Coônia Mineira, que me receberam prontamente para as entrevistas e reunião do Grupo de Trabaho: Ciccerei (Jd. Iguaçu), Isaias (Via Geni), Sr. Ceso (Jardim Edorado), Zé Mané (CDHU Sítio São Pedro), Sr. Pauo (Parque São Matheus), Sra. Cida (Parque São Judas Tadeu), Sr. Expedito (Jardim Regina) e Sr. Edson (Jardim Estori). Ao Fernando Luizari Gomes, pea entrevista concedida sobre o Grupo de Trabaho do Baneário da Amizade e a troca de conhecimentos sobre a reaidade ambienta de Presidente Prudente. Às desenhistas Fora e Maria, que durante os reatórios de pesquisa, exame de quaificação e entrega da dissertação com toda a disposição e paciência tiveram que me agüentar. À Michee Stocker, peo árduo trabaho de correção e revisão do português, contribuindo de maneira rápida e eficiente. Um especia agradecimento aos amigos e coegas do mestrado das turmas de : Denis, Marqui, Robson, Janaína, Favia Spinei, Maria, Marceo Cheoti, Dinava, Marceo Mendonça, Pauo, José Aves, Júia, Vivian, José Augusto, Karina, Marcinho,

9 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Liz, Denise, Luciano Furini, Cory, Luiz Pauo, Sivia Regina, Marceino, Fávia Ikuta e Ávaro, peo convívio durante esta etapa e a amizade que se desenvoveu ao ongo deste processo. Infeizmente não dá para mencionar todos os nomes, mas todos estão guardados em minha embrança. Aos amigos agebeanos da temporada de 2003 que cuminou na experiência e organização do evento Faa Professor, peos debates e discussões entre os associados e os avanços para a comunidade geográfica com a inauguração da sede: Bethânia, Jansen, Fernanda, Keber, Victor, Fabrício, Francini, Aexandre, Robson, Fávia, Júia, Denis, Furini, Zé Aves e Zé Augusto. Aos amigos conquistados no aboratório de soos, durante os eventos científicos e festivos: Cris, João, Eiete, Rodrigo, D. Cida, Godoy e Vânia. Desejo externar meus sinceros agradecimentos à Miss Simpatia Margot (Professora Margarete) que esteve presente em quase todas as etapas do meu processo acadêmico, ecionando discipinas no 1º Ano (Geografia Física), no 4º Ano (Geografia das Águas Oceânicas e Continentais), no Bachareado (Pesquisa em Geografia Física), na banca da monografia de bachareado e inúmeras contribuições no Exame Gera de Quaificação. Ao João Osvado, pea participação no Exame Gera de Quaificação e na Defesa Púbica, peas discussões ao ongo do mestrado, as experiências do aboratório e os apontamentos que contribuíram para mehor reaização desta pesquisa e ainda, a amizade que se desenvoveu ao ongo deste processo. Ao Savador Carpi Júnior, peas contribuições apresentadas na Defesa Púbica da Dissertação, as quais buscamos incorporar nesta versão fina da dissertação. Ao Professor Tadeu Tomassei, com o seu jeito descontraído de ser, aém de responsáve pea tradução do Abstract, me ensinou com generosidade vaores como ajudar o próximo. Meu sincero agradecimento ao meu grande amigo Denis, exempo de pessoa e de vida, que, com sua simpicidade e aegria esteve presente em muitos momentos importantes da minha vida (Peos caminhos das águas, chuá, chuá!!!). À minha grande amiga e jóia raríssima Cris, grande figura de apoio nos momentos de intensidade da minha vida nestes útimos anos, ombro amigo nos momentos difíceis e prazerosos. Você é meu grande achado! Ao meu mestre e pai com carinho, Antonio Cezar Lea, responsáve pea minha formação desde o processo de Iniciação Científica e pea continuidade no mestrado.

10 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Obrigada Cezar, peas discussões e peos nobres ensinamentos e pea aprendizagem acadêmica e do cotidiano. Contigo aprendi a importância da humidade e perseverança. Aos meus famiiares, D. Vima, minha mãe; Sr. Norberto, meu pai; Aurea e Migue, meus irmãos; Beto e Lú, meus cunhados; Agda, minha sobrinha; pea compreensão da ausência em muitas fases do processo de pesquisa e o apoio nos momentos difíceis. A minha outra famíia adotada, que em poucos momentos demonstraram a importância de estarmos unidos: Sr. Gesuíno, D. Maria Heena, Aecy, Aécio e Adecir. Ao grande responsáve por eu ter feito o mestrado, meu namorado Adriano. Presente em vários momentos da minha vida, a pessoa mais importante para a viabiização deste trabaho, seu apoio, o amor e a vivacidade que me contagia, foi imprescindíve para a reaização deste. Te admiro muito, pea garra, peo caráter e amizade. Você é a minha escoha mais acertada! Enfim, agradeço a todos, que de forma direta ou indireta contribuíram para a reaização deste trabaho.

11 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP RESUMO A presente pesquisa tem como objetivo principa contribuir para o processo de panejamento ambienta na microbacia do córrego da Coônia Mineira em Presidente Prudente/SP associada à participação de agentes socais (Associação de moradores, escoas, universidade e poder púbico municipa), com o propósito de incentivar a eaboração de um pano de intervenção na microbacia. No intuito de pormenorizar a anáise, constituem-se objetivos específicos da pesquisa: i) anaisar como se deu o processo de emergência do Panejamento Ambienta Urbano; ii) reaizar e atuaizar agumas etapas do panejamento ambienta, tais como: diagnóstico ambienta (atuaização e maior fundamentação dos dados disponíveis), prognóstico e participação popuar; iii) fomentar a participação popuar por meio do engajamento de diversos atores sociais, possibiitando um fórum de discussões e ações, a exempo do Grupo de Trabaho do Baneário da Amizade, entre ees: Associações de Moradores, Universidade, Escoas de Ensino Médio e Fundamenta, Poder Púbico Municipa, e; iv) contribuir para a mehoria da quaidade de vida e da quaidade ambienta nesta microbacia hidrográfica.a dissertação de mestrado encontra-se estruturado em três partes: na Parte I trabaham-se os Pressupostos do Panejamento Ambienta Urbano; na Parte II discute-se o Panejamento Ambienta Urbano apicado à microbacia do córrego da Coônia Mineira; e, na Parte III, é anaisado o pape da participação socia no contexto do Panejamento. Na Parte I, procurou-se trabahar a emergência do Panejamento Ambienta Urbano, ou seja, a necessidade de se discutir as transformações ambientais a partir da crise da água, sua transformação como mercadoria e a necessidade de reorientação de postura baseada no desenvovimento sustentáve. Também nesta pesquisa são trabahados os pressupostos teóricos e metodoógicos do Panejamento Ambienta Urbano, onde são apresentados os referenciais e o escopo da pesquisa ora desenvovida. Na Parte II, procurou-se apresentar o recorte da área de pesquisa, apontando duas etapas do Panejamento Ambienta. O Diagnóstico Ambienta foi apoiado na atuaização do trabaho reaizado por Aves (2001), que objetivou reaizar uma síntese do Estado Ambienta e da Quaidade de Vida, anaisando as diversas formas de uso e ocupação dos fundos de vae do córrego da Coônia Mineira. No Prognóstico Ambienta, foi priorizada a sistematização de cenários futuros, sejam ees de degradação ambienta, de permanência de impactos ambientais e de recuperação ambienta, onde são discutidos agumas ações e propostas de caráter estrutura, mora e poítico para reversão do quadro ambienta da microbacia.na útima mas não menos importante parte são discutidos a inter-reação da participação socia e o panejamento ambienta, sendo anaisados às perspectivas das ideranças comunitárias dos bairros e o pape de participação dos agentes sociais. Um dos resutados trazidos por este trabaho é a divugação dos resutados desta pesquisa para a comunidade, onde foi incentivada a organização do grupo de trabaho, que poderá promover o Panejamento Ambienta Urbano da microbacia com intervenções nos fundos de vae. Paavras-chave: Panejamento ambienta urbano; diagnóstico ambienta; quaidade de vida; prognóstico ambienta; participação socia; microbacia hidrográfica; córrego da Coônia Mineira.

12 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP ABSTRACT The main goa of this research is to contribute to the environmenta panning process in the Coônia Mineira river micro basin in the Presidente Prudente county, Brazi, associated to the participation of socia agents (resident's associations, schoos, university and the county pubic power) in order to incentive the eaboration of a intervention pan in the micro basin. In order to get a detaied anaysis, specific goas of the research are drawn: i) anaysis of the society-nature saving the history of the appearance process of the environmenta urban panning; ii) accompishing and updating of some stages of the environmenta panning such as: environmenta diagnosis (updating and a better insight of avaiabe data), prognosis and peope participation; iii) increase peope participation by means of engagement of the severa socia actors, creating a forum for discussions and actions, in the same way of Baneário da Amizade workgroup, among: resident s association, university, schoos and county pubic power e iv) to contribute to an enhancement of the ife quaity and of the environmenta quaity, inside this hydrographic micro basin. This dissertation is structured into three parts: in part I, the urban environmenta panning presuppositions are worked; in part II, the urban environmenta panning of the Coônia Mineira river is discussed and in part III, the roe of the socia participation in the panning context is anayzed. In part I, it was intend to work the born of the urban environmenta panning, i.e. the need of the discussion about the environmenta changes after the water crisis, its conversion into goods and the need of a new insight based upon sustainabe deveopment. It is aso worked the theoretica and methodoogica presuppositions of the urban environmenta panning, where the referentia and the research scope are presented. In part II, it is intended to present the research area, pointing out two stages of the environmenta panning, based on the updated of Aves (2001), which goa is to undergo an environmenta state and ife quaity synthesis, anayzing the severa types of and use and occupation in the Coônia Mineira river vaey and the environmenta prognosis concerning the future scenarios systematization, namey, environmenta degradation, environmenta impacts and environmenta recovery, where some proposas and actions of the structura, mora and poitica type are discussed intended to revert the environmenta micro basin picture. Last, but not east, the socia participation inter-reations and the environmenta panning are discussed and it its done an anaysis about communities eaderships perspectives and the participation roe of the socias agents. One of the resuts of this research is its divugation among the studied community where the workgroup organization was promoted, which coud promote the urban panning of the micro basin intervening in the vaeys. Key words: urban environmenta panning, environmenta diagnosis, ife quaity, environmenta prognosis, socia participation, hydrographic micro basin, Coônia Mineira river.

13 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP ÍNDICE 1. Introdução PARTE I: OS PRESSUPOSTOS TEÓRICOS DO PLANEJAMENTO AMBIENTAL Água: dos confitos à necessidade de reorientação ambienta A crise ambienta da água Vaor de uso e Vaor de Troca: a transformação da água em mercadoria Desenvovimento Sustentáve: por uma (re)orientação da quaidade ambienta Pressupostos do Panejamento Ambienta Urbano Panejamento Urbano: notas introdutórias do modeo de Panejamento Crítico/Autonomista e Estratégico As definições de Panejamento, Panejamento Urbano e Gestão Urbana Características do modeo/sistema de Panejamento Urbano brasieiro Faces da segregação socia: a excusão urbanística e a cidade iega Panejamento e Gestão Urbano Crítico/Autonomista Crítica ao Panejamento Urbano Estratégico Contextuaizando o Panejamento Ambienta PARTE II: PLANEJAMENTO AMBIENTAL URBANO APLICADO NA MICROBACIA DO CÓRREGO DA COLÔNIA MINEIRA O recorte da área de estudo: a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira A escaa de anáise Apresentando a área de estudo: a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Síntese do Diagnóstico Ambienta: inter-reações do Estado Ambienta e da Quaidade de Vida... 65

14 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP 5.1. Diferenças sócio-espaciais e a ógica da ocupação dos fundos de vae na microbacia do córrego da Coônia Mineira Síntese Quaidade de vida Prognóstico Ambienta para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira: construindo cenários futuros Estágio Avançado: Cenário de Degradação Ambienta Estágio Estabiizado: Cenário de Permanência de Impactos Ambientais Estágio de Recuperação: Cenário de Preservação e Conservação Ambienta PARTE III: PLANEJAMENTO AMBIENTAL E PARTICIPAÇÃO SOCIAL Anáise das entrevistas junto às ideranças de associações de bairro da microbacia do córrego da Coônia Mineira Reato das entrevistas junto às Lideranças de Associações de Bairro da microbacia do córrego da Coônia Mineira Caracterização e apreensão do associativismo comunitário e a participação Aguns apontamentos de anáise das entrevistas das Lideranças de Associações de Bairro da microbacia do córrego da Coônia Mineira Convocação dos atores sociais e formação do Grupo de Trabaho do córrego da Coônia Mineira Dos fundamentos da mobiização socia e o desenvovimento comunitário Convocação para a I Reunião do Grupo de Trabaho do córrego da Coônia Mineira Considerações Finais Bibiografia Anexos

15 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP ÍNDICE DE FIGURAS Nº Páginas 01 - Concepção gera da Proposta de Panejamento Ambienta Carta da Maha Urbana e Rede Hidrográfica de Presidente Prudente Vista parcia da microbacia do córrego da Coônia Mineira, no bairro Parque São Matheus Carta da Espaciaização dos Bairros Etapas do Diagnóstico Ambienta Foto da área canaizada do córrego da Coônia Mineira Foto da degradação do córrego da Coônia Mineira Foto da pouição do córrego da Coônia Mineira Foto dos impactos ambientais na Via Geni Foto da disposição irreguar de entuhos no fundo de vae Foto da obra de (re)canaização do córrego da Coônia Mineira Foto da canaização do córrego da Coônia Mineira Foto da movimentação de terra na Via Geni Foto do destino da movimentação de terra na Via Geni Foto da ocupação irreguar na Área de Preservação Permanente Foto da Área de Lazer no Parque São Matheus, vista da quadra poiesportiva Foto da Área de Lazer no Parque São Matheus, vista da quadra dos quiosques e fonte Carta do Estado Geoecoógico da microbacia do córrego da Coônia Mineira Carta de Cassificação da Quaidade de Vida e Ambienta da microbacia do córrego da Coônia Mineira Carta de Propostas Ambientais da microbacia do córrego da Coônia Mineira Controe e acesso dos dirigentes/membros nas decisões de participação

16 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP ÍNDICE DE TABELAS 01 - Conseqüências reacionadas à crise ambienta da água Parceamento do soo na microbacia do córrego da Coônia Mineira Dimensões básicas para estruturar um projeto de mobiização

17 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP ÍNDICE DE QUADROS 01 - Modeos de gerenciamento dos recursos hídricos Diferenças entre Panejamento Tradiciona e Ambienta Variáveis do Diagnóstico Ambienta... 65

18 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP 1. Introdução O tema proposto por este projeto busca visumbrar os questionamentos evantados acerca do Panejamento Ambienta Urbano, especificamente apicados às bacias hidrográficas urbanas. O maior desafio do Panejamento Ambienta Urbano é conseguir compatibiizar o meio ambiente com os confitos inerentes à cidade. Geramente, o panejamento é reaizado sem priviegiar os recursos naturais, especiamente o reacionado à água. Muitas vezes, esse panejamento se faz no pano da administração do saneamento básico e da rede coetora de esgoto, deixando os resíduos íquidos à margem de tratamento adequado. De modo gera, a atua utiização das microbacias urbanizadas de Presidente Prudente refete o confito entre a expansão urbana e o panejamento ambienta-urbano inadequado. Como conseqüência, verifica-se a degradação dos recursos naturais, a fata de disponibiização de água para abastecimento e a redução da quaidade de vida na cidade. Na microbacia do córrego da Coônia Mineira, o Diagnóstico Ambienta aponta um processo de degradação das suas quaidades ambientais, em decorrência do confito existente entre as potenciaidades naturais da área e o uso e ocupação do soo por atividades antrópicas. As intervenções de obras de engenharia por meio de canaizações ocorrem sem nenhum tipo de diagnóstico da área, apresentação de projetos, ou mesmo pedido de outorga para autorizar intervenções na drenagem fuvia, junto ao Departamento de Águas e Energia Eétrica (DAEE). A situação das áreas de azer púbicas constituem as mais aarmantes, pois a oferta destas é reduzida pea fata de efetivação do seu destino origina. Deste modo, a situação ambienta da microbacia do córrego da Coônia Mineira é constituída pea degradação dos fundos de vae e carência de áreas de azer. Diante disto, enfatiza-se a importância da reaização do Panejamento Ambienta, buscando fomentar propostas de mehoria para a quaidade de vida da popuação oca por meio da intervenção na situação ambienta, apoiada na participação e mobiização socia do Grupo de Trabaho que potenciaizará a eaboração do projeto de Recuperação Goba e conquista da Recuperação Ambienta deste oca. A presente pesquisa tem como objetivo principa contribuir para o processo de panejamento ambienta na microbacia do córrego da Coônia Mineira em Presidente Prudente/SP associado a participação de agentes socais (Associação de moradores, escoas, universidade e poder

19 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP púbico municipa), com o intuito de incentivar a eaboração de um pano de intervenção na microbacia. No intuito de pormenorizar a anáise, constituem-se objetivos específicos da pesquisa: i) anaisar as inter-reações sociedade-natureza, resgatando como se deu o processo de emergência do Panejamento Ambienta Urbano; ii) reaizar e atuaizar agumas etapas do panejamento ambienta, compreendidas: diagnóstico ambienta (atuaização e maior fundamentação dos dados disponíveis), prognóstico e participação popuar; iii) fomentar a participação popuar por meio do engajamento de diversos atores sociais, possibiitando um fórum de discussões e ações, a exempo do Grupo de Trabaho do Baneário da Amizade 1, entre ees: Associações de Moradores, Universidade, Escoas de Ensino Médio e Fundamenta, Poder Púbico Municipa, e; iv) contribuir para a mehoria da quaidade de vida e da quaidade ambienta nesta microbacia hidrográfica. Para consecução dos objetivos, foram estabeecidos aguns procedimentos metodoógicos, iniciando-se peo evantamento bibiográfico a contribuição do panejamento ambienta e suas várias metodoogias de apicação e o processo de negociação socia. A proposta de Panejamento Ambienta Urbano empregada nesta pesquisa baseia-se na metodoogia de Rodriguez (1984) adaptada por Lea (1995) em sua dissertação de mestrado. Para a avaiação da quaidade de vida da popuação da microbacia, foi efetuada uma atuaização e síntese pea pesquisa reaizada por Aves (2001), contempados peos seguintes indicadores: sócio-econômicos, infra-estrutura-urbana, transporte coetivo e acessibiidade, azer, e percepção da popuação quanto aos indicadores de quaidade de vida e ambienta. Quanto a base cartográfica, esta foi disponibiizada por meio da vetorização no programa Core Draw. Após o evantamento do materia bibiográfico, pesquisa nos órgãos púbicos (Prefeitura Municipa e IBGE) e o desenvovimento da pesquisa, a cartas temáticas eaboradas apontada contribuíram no sentido de espaciaizar as informações da pesquisa como Locaização da microbacia, Síntese da Quaidade de Vida, Síntese do Estado Geoecoógico e Carta de Propostas. A etapa do Prognóstico Ambienta foi reaizada após uma ampa visão do Estado Ambienta da microbacia do córrego da Coônia Mineira. Esta etapa será direcionada para 1 O Grupo de Trabaho do Baneário da Amizade foi formado no ano de 1997, composto por representantes da sociedade civi e poder púbico municipa com o intuito de viabiizar atividades de recuperação das condições ambientais da represa do Baneário da Amizade (Henares, 1999). 18

20 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP reaização de vários cenários futuros, frente ao uso atua na área da microbacia, ou seja, suas tendências de ocupações e degradações ambientais. Concomitantemente às etapas do Panejamento Ambienta, os agentes de participação no processo de negociação socia foram consutados para a possibiidade de participação e inserção num Grupo de Trabaho para Tomadas de Decisões. Entre os agentes sociais contactados: as Associações de Moradores de Bairros e seus respectivos representantes; as Escoas EE Marrey Júnior, EE Parque São Matheus, Coégio Braga Meo, EMEIF Deputado Caros Castiho Cabra ; Poder Púbico Municipa; e UNESP, com a possibiidade de vir a desempenhar atividades de Educação Ambienta nas escoas. Paraeamente, foi reaizada uma reunião para divugação dos resutados da pesquisa e convite para formação do Grupo de Trabaho da microbacia do córrego da Coônia Mineira, com a finaidade de discutir o processo de panejamento e o projeto de intervenção no fundo de vae. A dissertação de mestrado encontra-se estruturada em três partes: na Parte I trabaham-se os Pressupostos do Panejamento Ambienta Urbano; na Parte II discute-se o Panejamento Ambienta Urbano apicado à microbacia do córrego da Coônia Mineira; e, na Parte III, é anaisado o pape da participação socia no contexto do Panejamento. Na parte I, procurou-se trabahar a emergência do Panejamento Ambienta Urbano, ou seja, a necessidade de se discutir as transformações ambientais a partir da crise da água, sua transformação como mercadoria e a necessidade de reorientação de postura baseada no desenvovimento sustentáve. No segundo capítuo são trabahados os pressupostos teóricos e metodoógicos do Panejamento Ambienta Urbano, onde são apresentados os referenciais e o escopo da pesquisa ora desenvovida. Na Parte II, procurou-se apresentar o recorte da área de estudo: a microbacia do córrego da Coônia Mineira, apontando duas etapas do Panejamento Ambienta. O Diagnóstico Ambienta, apoiado na atuaização do trabaho reaizado por Aves (2001), que objetivou reaizar uma síntese do Estado Ambienta e da Quaidade de Vida, anaisando as diversas formas de uso e ocupação dos fundos de vae do córrego da Coônia Mineira. No Prognóstico Ambienta, foi priorizada a sistematização de cenários futuros, sejam ees de Degradação Ambienta, de permanência de Impactos Ambientais e de Recuperação Ambienta, onde são discutidas agumas ações e propostas de caráter estrutura, mora e poítico para reversão do quadro ambienta da microbacia. 19

21 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP O mapeamento dos probemas ambientais e a indicação de propostas poderão auxiiar no Panejamento Ambienta Urbano, tanto na microbacia do córrego da Coônia Mineira, como em outras áreas, pois a ocorrência deste são reproduzidos semehantemente na cidade de Presidente Prudente. Diante disso, apresenta-se a carta de propostas para a microbacia, na tentativa de coaborar na atuação tanto no níve da participação socia, como do poder púbico (os quais serão disponibiizados), que visa propor ações e soucionar probemas existentes na área, e assim contribuir para a mehoria da quaidade de vida e ambienta. Na útima parte são discutidos a inter-reação da participação socia e o panejamento ambienta, sendo anaisados as perspectivas das ideranças comunitárias dos bairros e o pape de participação dos agentes sociais. Um dos resutados obtidos neste trabaho é a divugação desta pesquisa para a comunidade, onde foi incentivada a organização do grupo de trabaho, que poderá promover o Panejamento Ambienta Urbano na microbacia com intervenções nos fundos de vae. 20

22 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. PARTE I: OS PRESSUPOSTOS TEÓRICOS DO PLANEJAMENTO AMBIENTAL

23 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. 2. Água: dos confitos à necessidade de reorientação ambienta 2.1. A crise ambienta da água Iniciamente é importante frisar que a crise da água está inserida em um contexto maior que é a crise ambienta mundia, sendo esta de caráter compexo e mutidimensiona e submetida a vários posicionamentos de ordem mora, inteectua e ético. Segundo Hefrich Júnior (1974), a crise ambienta tem como maior desdobramento a própria ameaça do homem moderno: Os probemas de hoje podem ser apenas o topo de iceberg, aquea porção de uma vasta catástrofe ecoógica visíve no noticiário diário da teevisão, do rádio e dos jornais. Debaixo da superfície e ainda a ser descoberta pea maioria dos nossos cidadãos, situa-se a massa de um probema ainda mais sério a potencia destruição do sistema natura equiibrado que sustenta a vida neste paneta. Esta ameaça, em todos os seus aspectos, à quaidade e até à própria existência da vida constitui a crise ambienta o probema centra do homem moderno. (p.9). Estes probemas estão reacionados ao precário saneamento básico, pobreza, aumento da popuação nos centros urbanos, moradias em áreas de risco ambienta, fata de acesso a água potáve, disseminação de doenças, pressão sobre as mudanças cimáticas na sociedade, perda de soos férteis, enfim, um decínio generaizado da quaidade de vida e ambienta. Para Bihr (1999) a crise ambienta (denominada por crise ecoógica), pode reorientar mudança de posturas em nossa sociedade, baseada no estabeecimento de um projeto goba: Responder ao desafio que hoje constitui a crise ecoógica não supõe portanto no sentido mais ampo do termo: um pensamento e uma ação visando a reorientar e reorganizar inteiramente as sociedades contemporâneas. Nesse sentido, os movimentos ecoógicos têm razão de procamar que são portadores de uma exigência radica de renovação poítica. E também por isso está particuarmente impícita na crise ecoógica a uta de casse do proetariado, iguamente impusionada por um projeto de reformuação goba da sociedade. (1999, p. 125). Remetendo a questão da água, atuamente, persiste uma fasa concepção de que esta é um recurso infinito e existe em abundância em nosso paneta. Porém, esta inverdade só fica cara quando anaisamos a quantidade e quaidade de água potáve (doce) distribuída espaciamente. Isto pode ser exempificado com os crescentes probemas de escassez de água no Oriente Médio e nos centros urbanos brasieiros contrapondo-se com abundância de água da bacia amazônica. 22

24 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. As atuais formas de exporação e pouição da água têm ameaçado a sustentabiidade ambienta deste recurso 2 em nosso paneta, seja do ponto de vista quantitativo ou quaitativo, comprometendo assim o equiíbrio da biosfera. Sabe-se que mihões de pessoas em todo mundo sofrem com a escassez da água potáve devido a quantidade disponíve, e com a quaidade, devido a pouição. Assim, este recurso a que todos deveriam ter acesso, passa a ser apropriado por parceas da sociedade cada vez mais segmentada. Para Petrea (2002), uma crise se agiganta, denominando-a de bomba d água a ponto de expodir. Ee aponta que existe uma expicação incompeta da crise da água (1,4 bihão de pessoas não tem acesso a água potáve) por diversas razões e busca compreendê-a mehor por meio destes quatro grupos: Distribuição desigua de recursos hídricos; Todos os fatores reacionados com o desperdício e o mau gerenciamento dos recursos disponíveis; Um contexto cada vez pior de pouição e contaminação; O crescimento popuaciona, especiamente do Terceiro Mundo. (p.52-53). Diante disso, observa-se a necessidade proeminente da sociedade em contextuaizar o panejamento ambienta em todas as escaas de decisões púbicas e privadas, sejam estas de contexto instituciona, ega ou mora. Um dos maiores equívocos é que a água não aparece na agenda administrativa do poder púbico como uma das prioridades no panejamento integrado. Para Fracaanza (2002), o debate sobre o acesso e a escassez da água deve ser anaisado da seguinte forma: [...] deve-se considerar que a água, em uma área dada, é distribuída de forma desigua entre os diferentes usos e usuários. É inegáve que determinados usos das águas são favorecidos, por meio de sistemas de gestão ou ainda por poíticas púbicas. Deve-se ressatar ainda mesmo o acesso à água tratada para abastecimento doméstico, essencia à vida, é restrito para uma parcea da popuação, de modo que há grupos popuacionais que têm dificudades de acesso à água potáve distribuída por redes de abastecimento. O debate sobre a escassez da água deve ser considerado sob dois prismas distintos, porém interigados. O primeiro diz respeito à quantidade de água necessária para a execução das diferentes atividades humanas. O segundo reaciona-se à quaidade da água a ser utiizada nestas atividades. Nesse sentido, uma eevada disponibiidade hídrica, com reação às atividades que necessitam de água para sua execução, só não tornam a água escassa se a quaidade da mesma estiver de acordo com a necessidade definida por seus usos. (p. 6). 2 Recurso Hídrico é toda água que possui agum tipo de uso/finaidade em nossa sociedade, por exempo, os mananciais de abastecimento púbico. Assim, todo recurso hídrico é água, porém nem toda água é um recurso hídrico. 23

25 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. Nesse sentido, a despeito da reação intrínseca de Quantidade X Quaidade d água, veja aguns exempos na Tabea 01de como a crise ambienta da água afeta a quaidade de vida e ambienta em nosso paneta, sendo divididos em caráter quantitativo e quaitativo: Tabea 01: Conseqüências reacionadas à Crise Ambienta da água Caráter quaitativo: Caráter quantitativo: Aumento de doenças transmitidas pea água; Perda e/ou extinção de agumas espécies da biota aquática; Redução da quaidade de vida; Comprometimento da água subterrânea; Pressão para canaização dos cursos d água; Redução de áreas de azer com a presença de espehos d água; Pouição de soos agricutáveis; Prejuízo à estética paisagística; Desvaorização de propriedades. Org. Adriana Oivia Aves (2003). Desequiíbrio no cico hidroógico; Captação excessiva da água subterrânea com esgotamento rápido; Confitos poíticos de disputas de território; Aumento do preço da água de consumo doméstico; Aumento do preço de mercadorias (onde a água é intensamente utiizada); Aumento da temperatura oca e goba; Desperdício durante o processo de captação e distribuição; Desperenização e arenização dos cursos d água. A este conjunto de probemas, aponta-se que o grande confito do uso da água pode estar associado a reação existente entre água versus terra enquanto eemento púbico e/ou privado. Reacionando este embate ao estudo apicado à Região do Ponta do Paranapanema, Lea (2000) aborda a reação existente entre o confito fundiário e a degradação da água: A situação atua das águas no Ponta do Paranapanema resuta do processo histórico de ocupação desta área. Marcada por inúmeros confitos, a história do Ponta é a história da destruição sistemática e persistente de matas, soos e águas para garantir a posse da terra. [...] houve intenso confito entre Estado e os grieiros e ocupantes das terras, resutando em práticas iegais de derrubadas e incêndio das forestas como forma de garantir a posse da terra e inviabiizar essas áreas de proteção ambienta. (LEAL, 2000, p ). Deve-se anaisar que este cico predatório de exporação resutou na degradação dos soos da região de Presidente Prudente e, aiado aos confitos pea posse da terra, constitui uma das principais causas da paisagem degradada face aos vários processos erosivos e assoreamentos dos cursos d água, vistos com maior nitidez no meio rura. Tanto a ocupação agrícoa degradante quanto as irreguaridades dos títuos das propriedades rurais fazem agravar os probemas com predomínio da ausência de investimentos por parte dos proprietários (que receiam perder essas terras, deixando-as ociosas) na recuperação das áreas degradadas. 24

26 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. Contextuaizando com os argumentos de Petrea (2002) as dificudades e obstácuos da água ocorrem, em suma, devido a diferenciação de poderes (normativo ou econômico) existente em nossa sociedade. Define os sujeitos destes poderes como os senhores da água: O senhor da água obtém seu poder através da propriedade e do controe da água, ou através dos mecanismos de acesso, apropriação e uso em vigor, já que esses he permitem beneficiar-se ao máximo dos bens e serviços que a água é, assim, capaz de ampiar sua capacidade de ação (em termos de conhecimento, informação, tecnoogia, finanças, reações sociais e poder cutura) e de perpetuar seu controe. (2002, p ). Estes grupos sociais são representativos dos interesses miitares, econômicos, étnicos ou reigiosos, que tentam acançar a quaquer custo o domínio e controe excusivo dos recursos hídricos. Diante disso, as disputas da água ampiam os riscos de piorar a tensão devido a transformação da água em mercadoria, o que será abordado a seguir Vaor de Uso e Vaor de Troca: a transformação da água em mercadoria Pautando-se na contribuição do pensamento marxista (por meio da teoria do Vaor de uso e Vaor de troca), procura-se neste item anaisar as fragiidades da transformação da água em mercadoria à partir de um dos instrumentos de gestão ambienta que vem sendo ampamente debatido: a cobrança peo uso da água. Para expicar a natureza da reação socia entre Capita e Trabaho e as contradições associadas, Marx formuou uma das mais brihantes teorias a respeito da mercadoria: a teoria do vaor de uso e vaor de troca. Com base em Hunt (1989) verifica-se estas diferenças: Uma mercadoria tinha duas características essenciais: primeiramente, era uma coisa que, por suas propriedades, satisfazia as necessidades humanas. As quaidades físicas particuares de uma mercadoria, que tinha utiidade para as pessoas. [...] Em segundo ugar, as mercadorias eram, aém disso, o depósito materia do vaor de troca. O vaor de troca de um mercadoria era uma reação entre a quantidade desta mercadoria que se poderia conseguir em troca de uma certa quantidade de outra ou outras mercadorias. [...] Aém de seu vaor de troca, as mercadorias só tinham mais duas características em comum: todas tinham vaor de uso e todas eram produzidas apenas peo trabaho humano. [...] Como vaores de uso, as mercadorias são, acima de tudo, de diferentes quaidades, mas, como vaores de troca, são meramente quantidades diferentes. Assim, Marx afirmava que a variedade infinita de quaidades físicas que dava às mercadorias seu vaor de uso ou utiidade não era comparáve, em sentido quantitativo. Portanto, o único eemento que era comum a todas as mercadorias e diretamente comparáve em termos quantitativos era o tempo necessário para a sua produção. (p ). 25

27 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. De maneira sucinta, o vaor de uso tem como princípio atender as necessidades básicas da sociedade, enquanto que para o capitaista, o vaor de uso é simpesmente um veícuo para o vaor de troca, incuindo aém do trabaho humano, o ucro, a mais-vaia e a tecnoogia (quanto maior a quaificação do trabaho maior é a apropriação do ucro). Como a maioria das coisas na sociedade capitaista, observa-se a (des)naturaização daquio que é natura e até a (des)humanização do homem. Esta contradição advém do domínio do homem sobre a natureza e sua (des)fragmentação partindo da premissa que o homem é não-natureza. Nesse sentido, o homem passa a conceber a Natureza como ago que deve ser dominado e apropriado para si. Esta concepção da separação/oposição do homemnatureza está fundamentada principamente no pensamento dominante do Ocidente, o que acaba por gerar um incríve distanciamento entre ambos (GONÇALVES, 1990). Com isso, não é difíci admitirmos à natureza a incorporação adjetiva de mercadoria, já que ocorreu anteriormente toda uma transformação cutura da postura do Homem em reação à Natureza. A Natureza e os recursos advindos dea passam a ser vistos como mercadoria, porque tudo no modo de produção capitaista é visto como fonte de ucro ou mercadoria. O exempo mais contundente nestes útimos tempos é a proposta da cobrança peo uso da água. Para muitos, a naturaização da água como mercadoria é ago que já se generaizou. Entretanto, o que enfrentamos até o momento é simpesmente a incorporação do tributo pago peo tratamento da água. Em si, não pagamos ainda pea água enquanto mercadoria-produto, mas sim peos serviços prestados pea empresa para o seu tratamento. Deve-se saientar ainda que a cobrança peo uso da água advém do princípio pouidor-pagador já previsto desde o Código de Águas (1934), sendo este um tipo de instrumento de gestão dos recursos hídricos originário do modeo de panejamento francês, um dos mais bem sucedidos (do ponto de vista da integração, descentraização e participação): Destaca-se no modeo francês, a cobrança peo uso da água baseado na apicação dos princípios usuário-pagador e pouidor-pagador. A cobrança tem a finaidade de financiar o sistema de gestão e as intervenções na bacia hidrográfica e está vincuada à origem dos recursos (usos da água) e a um pano de investimento. A cada período são fixados para os usuários da água e os pouidores os encargos que deverão ser pagos. Há, assim, uma soidariedade financeira entre os que utiizam a água e os que a degradam. (LEAL, 2000, p. 29). 26

28 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. O que o autor argumenta sobre a cobrança peo uso da água é que sua apicação tenta ser a mais justa possíve, fixando encargos e taxas diferenciadas para pouidores e usuários. Neste caso, a intenção é a ênfase na punição e o discipinamento principamente para aquees que degradam a água. A fundamentação da cobrança peo uso da água está baseada em duas abordagens jurídicas. Conforme Thame (2000) apresenta a proposta da cobrança peo uso da água: Uma é a ei dos crimes ambientais: quem poui, despejando nos cursos d água efuentes com características que fiquem acima de certo níve de demanda de oxigênio, ou acima de certa porcentagem de sóidos suspensos, comete crime e por isso paga atas mutas e pode ser até preso. A outra é apicação dos princípios pouidor-pagador e usuário-pagador. Por meio de tais princípios, institui-se a obrigatoriedade de pagamento, tanto para quem estiver retirando uma determinada quantidade de água dos mananciais superficiais e subterrâneos, quanto para quem estiver despejando efuentes nos cursos d água. (2000, p. 11). Segundo Barth apud Lea (2000), os modeos que incuem a cobrança peo uso da água como instrumento de gestão podem ser visuaizados no Quadro 01: Quadro 1.Modeos de gerenciamento dos recursos hídricos Conservador Inovador Avançado receitas para as atividades de usuários para a mehoria da quaidade e com vaor econômico gerenciamento de recursos quantidade dos recursos hídricos de uma da água, sujeita às eis hídricos e recuperação de custos bacia hidrográfica, assemehando-se a de mercado. CobrançaCobrança de investimentos púbicos. contribuições de condôminos. como forma de obter Cobrança como contribuição dos Cobrança reacionada Fonte: Barth apud Lea (2000). (Quadro parcia). A grande preocupação com reação ao posicionamento poítico, refere-se a ausência de uma anáise crítica de seu conteúdo, principamente no que se refere ao modeo de gerenciamento dito avançado. Conforme se observa no Quadro 1, a cobrança é vista apenas sob o prisma econômico, sujeita as aterações do mercado, o que pode dar uma fexibiidade para pouir. A apreensão deste tipo de visão está associada à fata de punição/restrição (como a proibição de indústrias continuarem pouindo) ao egitimar o uso e pouição, desde que se pague o ônus para a sociedade. O mais sensato parece ser a agutinação de todos os eementos dos modeos, com cobrança peo uso da água restritiva, desde que se promova poíticas de redução para a pouição das águas. Entretanto, o esgotamento deste recurso ameaçado peo próprio sistema capitaista, cria condições contraditórias ao ançar a possibiidade de cobrança para aquees que 27

29 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. devovem o recurso pouído ou subtraem para as indústrias parte deste recurso (a exempo das indústrias de bebidas e aimentos). O questionamento que se faz é: tratada como mercadoria, a água incorporará vaor, vaor este que deixa de ser vaor de uso para tornar-se fundamentamente vaor de troca. Afina, a incorporação deste ônus torna-se egítimo para quê e para quem? A água continua sendo vaor de uso para a maior parte da popuação, que a utiiza para a satisfação das suas necessidades básicas. Com reação a esta inversão do princípio da água enquanto um bem socia, Petrea (2002) faz a seguinte formuação: [...] o fato de que um bem socia é imitado em quantidade não significa que seu gerenciamento integrado pea sociedade como um todo deve evar em conta nada mais que os parâmetros de vaor de uma economia capitaista de mercado, que impica a apropriação e propriedade ou gerenciamento privado desse bem socia comum insubstituíve. A transformação da água em uma mercadoria, como ocorreu com o petróeo, é uma aberração igada ao economismo atuamente dominante entre as casses de poder um modo de pensar que reduz tudo a uma mercadoria e todos os vaores ao vaor de intercâmbio no mercado. (p.85). Enquanto para o grande capitaista a água torna-se vaor de troca na medida em que a cobrança peo seu uso passa a ser ago eminentemente passíve da incorporação de vaorpreço, não existe forma de conter o repasse desta cobrança para as mercadorias, ou seja, passar adiante o vaor apreendido, que deveria servir como instrumento discipinador do uso raciona da água. O apareho instituciona ega acaba por ter um caráter ideoógico ao naturaizar a água como mercadoria na medida que permite sua cobrança. Esta subordinação da natureza traz equívocos para a própria sociedade na medida que egitima/autoriza a pouição em troca do ônus que é repassado para a popuação. Diante disso, a transformação da água em mercadoria pea cobrança do seu uso, opõe-se ao princípio de acessibiidade aos usuários (preconizado anteriormente como bem de uso comum), o que eva a pensar na intensificação do quadro da crise ambienta mundia. Para tanto, Petrea (2002) aponta que um dos caminhos é a construção de um comportamento sustentáve que trate a água mundia como um patrimônio comum, estruturado a partir de comunidades ocais. Deste modo, a emergência de um novo modeo baseado no acesso democrático/soidário, evará á contínua conservação deste recurso púbico, apontando a necessidade de impantação de um Contrato Mundia da Água. 28

30 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Desenvovimento Sustentáve: por uma (re)orientação da quaidade ambienta A degradação ambienta e o uso irraciona dos recursos naturais têm ocasionado transformações gobais, ameaçando a capacidade de manutenção e sustentação em nosso paneta, tendo como refexo níveis insatisfatórios de quaidade de vida e ambienta. As modificações da quaidade e quantidade da água estão dentro deste panorama de risco e escassez. Em decorrência disso, aponta-se a necessidade de reorientação de posturas mora, ética e poítica. A estas novas posturas, dá-se o nome de desenvovimento sustentáve, tema muito debatido e até rejeitado por muitos ambientaistas extremistas peo caráter ambíguo da paavra desenvovimento que foi sendo tomado por nossa sociedade. Para escarecer estas várias definições e conteúdos do desenvovimento, Rodriguez (2000) aponta cinco enfoques diferentes: E modeo de desarroo, se refiere a os eementos y componentes que se tienen en cuenta a incorporar en e proceso mismo de desarroo. Se definen os siguientes modeos de desarroo: Económico: que preferencia e componente técnico-económico, siendo generamente simiar a concepto de crecimiento económico. Socio-económico: Priviegia e nive socia, añadiéndose componentes sociaes incuidos bajo e rubro de necesidades básicas. Humano: se e presta atención principa a nive axioógico, o cua impica una visión de hombre integra por medio de a ampiación de a gama de ocpiones de as personas. Ecodesarroo: que incuye e nive ecoógico, incuyéndose os ímites que estabecen os sistemas ambientaes a crecimiento económico. Sostenibe: que constituye a síntesis conceptua de os nivees ecoógico y axioógico, centrado en a dimensión humana. Son eementos básicos de esta concepción: e crecimiento económico y a equidad en a satisfacción de as necesidades de a pobación, sobre a base de mantener a sostenibiidad ambienta, o sea, e funcionamiento y a estructura de os sistemas ambientaes, de ta manera que se usen os mismos de acuerdo a su vocación, aptitud o potencia y se minimicen a máximo posibe os procesos de degradación y deterioro ambienta. (RODRÍGUEZ, 2000, p. 5-6). O útimo tipo de modeo de desenvovimento surgiu na década de 1980, com o intuito de integrar o equiíbrio do crescimento econômico, a justiça socia e a conservação ambienta, denominado Desenvovimento Sustentáve. Originamente, o Reatório de Brundtand preconiza que Desenvovimento sustentáve é o desenvovimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as futuras gerações satisfazerem as suas próprias necessidades. 29

31 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. Apoiado no movimento ambienta conservacionista, o Desenvovimento Sustentáve estava baseado em três princípios básicos, que demarcaria uma nova fiosofia do desenvovimento: O conceito de desenvovimento sustentáve tem uma conotação extremamente positiva. Tanto o Banco Mundia, quanto a UNESCO e outras entidades internacionais adotaram-no para marcar uma nova fiosofia do desenvovimento que combina eficiência econômica com justiça socia e prudência ecoógica. (BRÜSEKE, 2001, p ). Diante disso, esse tripé orientaria para a garantia de uso dos recursos naturais peas gerações atuais e futuras, o uso racionaizado (controe dos desperdícios) e o uso coetivo dos benefícios dos recursos naturais. Segundo Ameida et a.. (1993), dentro do próprio Desenvovimento Sustentáve, são consideradas cinco dimensões de sustentabiidade, quais sejam: socia, econômica, ecoógica, espacia e cutura. Desta forma, o que se observa é que a dimensão ambienta deve perpassar por todos os níveis de sustentabiidade, orientando no sentido da mehoria da quaidade de vida. De forma mais ampa e aperfeiçoada, Ameida et a.. (2001), apontam oito princípios/objetivos da Vida Sustentáve, que se dividem em: Respeitar e cuidar da comunidade dos seres vivos; Mehorar a quaidade da vida humana; Conservar a vitaidade e diversidade do Paneta Terra; Permanecer nos imites da capacidade de suporte do Paneta Terra; Modificar atitudes e práticas pessoais; Permitir que as comunidades cuidem de seu próprio meio ambiente; Gerar uma estrutura naciona para a integração de desenvovimento e conservação; Construir uma Aiança Goba. Concorda-se com todos os itens acima mencionado, com exceção ao item imites da capacidade suporte. Essa expressão remete a noção de que a conservação dos recursos naturais deve ser exporado até a capacidade econômica extrema permitir. No entanto, a efetiva sustentabiidade ambienta deve promover a satisfação presente e futura e os imites da capacidade suporte não eva em apreço a previsíve escassez. 30

32 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. Defendendo a sustentabiidade como um novo paradigma para a sociedade, Guimarães (2001) formua suas idéias apoiadas na ética de desenvovimento, refetindo sobre os desdobramentos das dimensões da seguinte maneira: Afirmar que os seres humanos constituem o centro e a razão de ser do processo de desenvovimento que seja ambientamente sustentáve no acesso e no uso dos recursos naturais e na preservação da biodiversidade; sociamente sustentáve na redução da pobreza e das desiguadades sociais e promotor da justiça e da eqüidade; cuturamente sustentáve na conservação do sistema de vaores, práticas e símboos de identidade que, apesar de sua evoução e sua reatuaização permanentes, determinam a integração naciona através dos tempos; poiticamente sustentáve ao aprofundar a democracia e garantir o acesso e a participação de todos nas decisões de ordem púbica. Este novo estio de desenvovimento tem por norte uma nova ética do desenvovimento, ética na qua os objetivos econômicos do progresso estão subordinados às eis de funcionamento dos sistemas naturais e aos critérios de respeito à dignidade humana e de mehoria da quaidade de vida das pessoas. (p.55). Observa-se que o desenvovimento sustentáve foi tomado por diversas vezes de maneira equivocada, devido a centraização da dimensão econômica. Em contrapartida, uma das maiores contribuições e refexões, como já foi dito anteriormente, se faz no pano da discussão de uma fiosofia de desenvovimento para a sociedade atua, que indica um novo direcionamento para mudanças do ponto de vista dos comportamentos e posturas, apoiados em três instrumentos compementares, sejam estes: Educação Ambienta, Participação Socia e Panejamento Ambienta. 31

33 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. 3. Pressupostos do Panejamento Ambienta Urbano 3.1. Panejamento Urbano: notas introdutórias do modeo de Panejamento Crítico/Autonomista e Estratégico Para compreender os pressupostos teóricos-metodoógicos do Panejamento, faz-se necessário transitar em ambas as áreas - Panejamento Urbano e Ambienta - pois a iteratura existente não aponta uma anáise integradora, ou seja, estas encontram-se desarticuadas. Busca-se neste item abordar uma definição crítica do Panejamento Urbano, discutindo o sistema brasieiro de panejamento, no qua a cidade iega inexiste. Abordam-se ainda duas vertentes de Panejamento Urbano: uma é apresentada peo modeo de Panejamento Crítico/Autonomista inter-reacionando-se com a busca da justiça socia e a mehoria da quaidade de vida da popuação das cidades, a outra é a caracterização do modeo de Panejamento Estratégico. Pensar a cidade requer uma anáise para aém dos fenômenos urbanos que a organiza, é necessária uma investigação constante das ógicas de (re)produção da cidade. A busca contínua peo entendimento desta dinamicidade que se materiaiza na forma cidade evou ao interesse de discutir um dos instrumentos mais importantes de produção da cidade, o Panejamento Urbano. Observa-se que cada modeo de Panejamento Urbano é empregado com finaidades diversificadas. A concepção de Panejamento Urbano sofre mutações, dependendo da fonte e abordagem fiosófica em que se baseia, dos meios e fundamentos que se propõem apicar. Legitimamente, este instrumento pode ser utiizado como ferramenta de maior justiça socia e quaidade de vida para a promoção do desenvovimento sócio-espacia (SOUZA, 2002). E ainda, o Panejamento Urbano como referencia de eqüidade socia e como poítica de incusão socia orienta no sentido de empregar o direito à cidade, visto que esta se consoida cada vez mais fragmentada e desigua. Recentemente tem sido empregado por aguns segmentos da sociedade (Estado e mercado) o Panejamento Estratégico, visando contempar os interesses empresariais e mercadoógicos, visto que a cidade é pensada e gerida como uma empresa e tratada paraeamente como cidade-mercadoria. Com ênfase nos símboos e na estética (visto por muitos como de infuência Pós-Moderna), a cidade passa a ser vista como uma Máquina de Crescer (ARANTES, 2000). A vaorização deste modeo ao mesmo tempo em que engoba a 32

34 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. mutação do capitaismo na sua fase de gobaização torna-se um instrumento ideoógico, à medida que tenta utiizar vaores citadinos patrióticos As definições de Panejamento, Panejamento Urbano e Gestão Urbana É imprescindíve contextuaizar agumas definições de panejamento. Em inhas gerais, Matos define o panejamento como sendo o cácuo que precede e preside a ação, dando ênfase na predição, contudo esquecendo-se da previsão. Incorporando uma visão um pouco mais integra, Siva o define como processo técnico para transformar a reaidade existente no sentido de objetivos previamente estabeecidos. Desta maneira destaca o sentido da intervenção. Para Siva, o panejamento é um processo inteectua de seecionar objetivos e de prever e dispor dos meios necessários para reaizar, em oca certo e tempo pré-fixado, fins exatos e precisamente definidos. Aém de incorporar a noção de instrumento para determinado fim, acrescenta a idéia de apicação direcionada no tempo e no espaço. Maximiano acrescenta em sua definição o princípio de previsão, quando define o panejamento como atividade de tomar decisões antecipadamente, ou seja, de preparar a tomada de decisões (CASTILHO, 1998). É conveniente fazer aqui uma diferenciação dos conceitos de panejamento e de gestão. Muitas vezes vistos como sinônimos, observa-se que estas duas atividades são compementares, pois enquanto uma possui uma conotação que remete ao futuro (panejamento), a outra se reaciona com a administração presente, ou seja, à curto prazo (gestão). Nas paavras de Souza (2002), estes conceitos foram definidos com a seguinte precisão: [...] panejar significa tentar prever a evoução de um fenômeno, ou para dizê-o de modo menos comprometido com o pensamento convenciona, tentar simuar os desdobramentos de um processo, com o objetivo de mehor precaver-se contra prováveis probemas ou, inversamente, com o fito de tirar partido de prováveis benefícios. De sua parte, gestão remete ao presente: gerir significa administrar uma situação dentro dos marcos dos recursos presentemente disponíveis e tendo em vista as necessidades imediatas. O panejamento é a preparação para a gestão futura, buscando-se evitar ou minimizar probemas e ampiar margens de manobra; e a gestão é a efetivação, ao menos em parte (pois o imprevisíve e o indeterminado estão sempre presentes, o que torna a capacidade de improvisação e a fexibiidade sempre imprescindíveis), das condições que o panejamento feito no passado ajudou a construir. Longe de serem concorrentes ou intercambiáveis, panejamento e gestão são distintos e compementares. (p. 46). 33

35 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. Segundo o referido autor, o grande desafio do panejamento é reaizar um esforço de imaginação do futuro. Á necessidade de se refetir sobre os desdobramentos do quadro atua dá-se o nome de prognóstico. Essencia, esta etapa do panejamento (o prognóstico) remete a simuação de situações ou construção de cenários futuros. Eaborando modeos hipotéticos, o prognóstico pode orientar sobre o desenvovimento urbano. Apoiado em Matus (1996), Souza (2002) reescreve os estágios dos prognósticos e cenários. 1. Capacidade de construir diversos cenários aternativos consistentes e reaistas; 2. Capacidade de reação veoz ante a surpresa, preparando-se para se organizar eficazmente; 3. Capacidade de extrair ições do passado. Concordando com o autor, o grande desafio é adotar um panejamento fexíve, mas, aém disso, não aprender somente com os erros e acertos do passado, mas também extrair o que cada modeo de panejamento tem de bom e acertado, respeitando as diferenças ideoógicas. Aguns eementos que endossam isto são a capacidade de fexibiização, a comunicação e a descentraização do Estado no panejamento. Associando o panejamento ao conceito de desenvovimento urbano, acreditamos que é possíve promover o desenvovimento sócio-espacia das cidades, desde que este não seja tomado somente consubstanciado nos vaores econômicos, mas sim entendido como ferramenta de mudança socia positiva, que agutine como fins e meios em si do próprio panejamento a mehoria da quaidade de vida e um aumento da justiça socia. Tanto a quaidade de vida quanto a justiça socia devem ser tomados como eementos compementares do desenvovimento sócio-espacia. Com isso, verificamos a seguinte definição: No que tange à mehoria da quaidade de vida, ea corresponde a crescente satisfação das necessidades tanto básicas quanto não-básicas, tanto materiais quanto imateriais de uma parcea cada vez maior da popuação. Quanto o aumento da justiça socia, trata-se de uma discussão mais compexa, pois esbarra na mutipicidade de possibiidades de entendimento da idéia de justiça socia. Essas possibiidades de entendimento são, às vezes, compementares, às vezes confitantes entre si. Para simpificar, pode-se assumir como ponto de partida o aforismo aristotéico segundo o qua ser justo é tratar os iguais iguamente e os desiguais desiguamente. [...] pode-se assumir que o desenvovimento urbano, o qua é o objetivo fundamenta do panejamento e da gestão urbanos, deixa-se definir com a ajuda de dois objetivos derivados: a mehoria da quaidade de vida e o aumento da justiça socia. (SOUZA, 2002, p.62 e 75). 34

36 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. Para efetivar este modeo de panejamento urbano fundamentado na justiça socia e na mehoria pea quaidade de vida, faz-se necessário, aém dos parâmetros que a orientam (necessidades, aspirações, possíveis insatisfações), o acesso iguaitário às instâncias de decisão e a participação popuar. É importante saientar que a participação popuar como componente do panejamento urbano não precisa necessariamente ser exercida por intermédio do apareho estata. A organização e negociação de reivindicações sejam, eas de busca de aternativas para a egaização de moradias, sejam pea redução da segregação ambienta, podem ser exercidas por outras instâncias como ONGs, Associações de Bairro, entre outras. Deste modo, busca-se maior autonomia da popuação citadina, de forma que esta seja sujeito na construção do panejamento urbano e não joguete dos aparehos Estatais e mercadoógicos Características do modeo/sistema de Panejamento Urbano brasieiro Para Souza (2002), agumas características reevantes devem ser remetidas ao modeo/sistema de Panejamento Urbano encontrado no Brasi: i) não existe uma cutura do sistema panejamento urbano fortemente estabeecida; ii) há uma histórica sobreposição do direito privado sobre o púbico; iii) existe um verdadeiro descoamento da necessidade de panejamento para municípios em sua totaidade e pior para aquees com menos de vinte mi habitantes; iv) existe uma forte associação e centraização do panejamento efetuado quase que estritamente peo Estado; e v) o panejamento é visto como artigo de uxo (SOUZA, 2002). O maior instrumento de representação de panejamento urbano no Brasi foi acançado com a formuação dos Panos Diretores. Entretanto, aém do Pano Diretor, não existe uma articuação com outros Panos ou até mesmo com outras Secretarias que compõem a administração municipa. Um dos maiores probemas enfrentados é a fragmentação que acarreta a ausência de diáogo entre as diferentes instâncias. Ta quadro se repete na escaa naciona prevaecendo a desarticuação entre as esferas naciona, estadua, regiona e oca: Aém dos panos diretores (e PEUs), outros panos são (e devem ser), às vezes, eaborados: panos setoriais (de transportes, por exempo), panos de urbanização de faveas, panos de arborização (greening) etc. Apesar disso, não há, no Brasi, um verdadeiro sistema de panejamento. Um sistema de panejamento é uma 35

37 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. articuação instituciona eficiente das tarefas e rotinas de panejamento entre os diversos níveis de governo. (SOUZA, 2002, p.405). Com reação ao Pano Diretor, percebe-se outra inconsistência, reacionada à exigência deste instrumento somente para municípios com mais de vinte mi habitantes. Aém da fata desta ferramenta que consiste no fio condutor das normas que regem a cidade, o Pano Diretor peca ao imitar a sua abrangência aos imites da cidade, não incorporando o município como um todo. Vae frisar que se tentou corrigir esta inconsistência peo compemento formuado peo Estatuto da Cidade, com outros tipos de imites: No Brasi, o tipo básico de pano é o chamado pano diretor de desenvovimento urbano ou simpesmente, pano diretor. Segundo a Constituição Federa, toda a cidade com mais de vinte mi habitantes precisa possuir um. [...] A referência a cidades com mais de vinte mi habitantes (ampiada peo Estatuto da Cidade, para incuir também, especiamente, as cidades integrantes de regiões metropoitanas e agomerações urbanas, aqueas de interesse turísticos e aqueas que venham reaizar empreendimentos de grande impacto ambienta) é insatisfatória e imprecisa. Uma vez que não serão somente as cidades (ou seja, as áreas urbanas principais que são as sedes dos municípios) que deverão ser objeto de panejamento, o que é exigido peo bom senso (porquanto o contexto espacia oca em que as cidades se inserem, isto é, também o espaço rura, precisa ser evado em conta, devido à necessidade de se proteger a agricutura periurbana e áreas de mata e mananciais) e pea própria ei (LEI Nº , de 10/07/2001, Art. 40, 2º:[o] pano diretor deverá engobar o território do município como um todo ), a incompetude abre uma porta à confusão. (SOUZA, 2002, p ). Nesse sentido, ao mesmo tempo em que se percebe a desarticuação dos panos nas suas várias esferas e as inconsistências do Pano Diretor, verificamos ainda a ausência de um instrumento orientador para a reaização do Panejamento Urbano, como se este fosse um artigo de uxo: Em nosso país o panejamento é, o mais das vezes, negigenciado e ancorado como um uxo, ago supérfuo, e não como uma espécie de investimento no futuro. O crescimento rápido da grande maioria das cidades tem, sem dúvida, ao ado de muitos fatores de ordem socia, contribuído para fazer do panejamento ago difíci; aém do mais, para muitos municípios, os seus custos, por menores que possam ser (e não precisam ser sempre grandes), não parecem justificar em comparação com as urgências típicas da gestão, da administração aqui e agora, das prioridades de curto e, no máximo, médio prazo. As barreiras não devem, porém, obiterar a visão a ponto de acreditarmos que, reamente, o panejamento é um uxo. (SOUZA, 2002, p.407). Embora tenha sido ressatado somente aspectos negativos, cabe saientar aguns exempos positivos no Brasi que são dignos modeos a serem difundidos e incorporados nas 36

38 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. cidades brasieiras, a exempo da tentativa da reforma urbana, a qua resutou nos Panos Diretores e na impementação de Orçamentos Participativos. Num exempo que ocorre nos EUA, o sistema de Panejamento Urbano é articuado por meio de várias consutas à popuação (audiências púbicas, pesquisas de opinião, reunião de grupos de cidadão), onde são debatidas opiniões distintas e os principais probemas. Na reaidade brasieira, a maior experiência neste sentido é a impementação do orçamento participativo, que teve grande êxito em Porto Aegre-RS, onde se discutem as demandas municipais e a mehor aocação dos recursos púbicos. Exempos como este merecem ser expandidos e incorporados nas cidades brasieiras (SOUZA, 2002). No item seguinte, será contextuaizada uma face da reaidade das cidades brasieiras que o Panejamento Urbano tem se negado a panejar: a cidade iega Faces da segregação socia: a excusão urbanística e a cidade iega O assunto abordado neste momento, consiste num dos mais significativos para a (re)produção da cidade e, conseqüentemente, deveria ser preocupação centra do Panejamento Urbano. Refere-se à cidade iega, normamente ignorada peo Panejamento Urbano oficia. O que geramente se verifica é que nesta o Panejamento Urbano inexiste (MARICATO, 1996). A cidade iega pode ser definida como a representação dada às situações iegais de uma determinada parcea da popuação, como áreas fragmentadas onde o ordenamento e a egisação oficia inexistem. Ea é uma das faces do desigua sistema econômico capitaista que encontra no processo de urbanização sua (re)produção. Para a cidade iega não são feitos panos, tampouco é ea considerada no processo de Panejamento Urbano. A ordem dá ugar ao caos urbano. A maior face da cidade iega é a excusão urbanística, representada pea gigantesca ocupação iega do soo urbano, é ignorada na representação da cidade oficia. (MARICATO, 2000, p. 122). Porém, para compreender a excusão urbanística, é preciso apoiar-se num conceito fundamenta: a segregação socia. A segregação socia é a apropriação diferenciada do espaço urbano por segmentos diferenciados de casses sociais, tendo como resutante a excusão urbanística (VILLAÇA, 2001), conforme se verifica no trecho abaixo: 37

39 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. [...] a segregação é um processo segundo o qua diferentes casses ou camadas sociais tende a se concentrar cada vez mais em diferentes regiões gerais ou conjuntos de bairros da metrópoe. Referindo-se à concentração de uma casse no espaço urbano, a segregação não impede a presença nem o crescimento de outras casses no mesmo espaço. [...] O que determina, em uma região, a segregação de uma casse é a concentração significativa dessa casse mais do que em quaquer outra região gera da metrópoe. (p ). A segregação socia deve então ser vista como processo e tendência contínua no espaço intra-urbano. Estando ea subjacente à produção do espaço urbano, sempre tenderá ter maior ou menor níve de segregação em determinado oca. (VILLAÇA, 2001). Agumas vezes se advoga que a segregação socia está reacionada ao preço da terra. Isto constitui uma inverdade, pois muitos bairros ou condomínios acabam por se ocaizar em regiões periféricas e desprestigiadas, ocupando assim terra barata. Diferenciando duas formas de segregação (não confundindo com tipos: centro X periferia, regiões de casse socia eevada, zonas funcionais especiaizadas), têm-se a vountária e a invountária, sendo que a segunda eva ao entendimento das ocupações iegais. [...] distinguindo a segregação vountária da invountária. A primeira se produz, quando o indivíduo, por sua própria iniciativa, busca viver com outras pessoas de sua casse. A segregação invountária ocorreria quando o indivíduo ou famíia se vêem obrigados, peas mais variadas forças, a morar num setor, ou deixar de morar num setor ou bairro da cidade. Nesse sentido, a segregação dos excuídos na periferia das metrópoes brasieiras seria uma segregação invountária. (VILLAÇA, 2001, p ; 147). Diaeticamente, existindo a cidade iega, tem-se, em contrapartida, a cidade ega onde a apicação do apareho ega e o panejamento urbano se efetivam, atendendo determinada parcea da popuação e determinados ocais expicitamente por interesse imobiiário. Nas paavras de Maricato (2000) o resutado é: panejamento urbano para aguns, mercado para aguns, ei para aguns, modernidade para aguns, cidadania para aguns.... O que a autora cooca é que o acesso aos benefícios da cidade oficia é restrito e se dá pea incorporação da popuação à egaidade da cidade: seja o direito de morar (e ter o direito aos meios de consumo coetivo), o direito de trabahar (e ter os direitos como FGTS, férias, décimo terceiro saário, etc), o direito de recrear (usufruindo dos equipamentos púbicos de azer) e o de circuar. Todos estes direitos, fundamentais para vivência na cidade, são preconizados peo Direito Urbanístico Brasieiro, mas só são efetivados desde que a popuação esteja incorporada à cidade ega. 38

40 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. Outro conceito que a referida autora utiiza é o da segregação ambienta, devido a referência da ocupação iega das Áreas de Preservação e Proteção Ambienta, sendo estas desvaorizadas à priori peo mercado imobiiário São áreas que restam para a popuação de baixa renda que, excuídas do mercado imobiiário, vão neas morar: A excusão socia tem sua expressão mais concreta na segregação espacia ou ambienta, configurando pontos de concentração de pobreza à semehança de guetos, ou imensas regiões nas quais a pobreza é homogeneamente disseminada. A segregação ambienta não é somente uma das faces mais importantes da excusão socia, mas parte ativa e importante dea. À dificudade de acesso aos serviços e infra-estrutura urbanos (transporte precário, saneamento deficiente, drenagem inexistente, dificudade de abastecimento, difíci acesso aos serviços de saúde, educação e creches, maior exposição à ocorrência de enchentes e desmoronamentos etc.) somam-se menores oportunidades de emprego (particuarmente do emprego forma), menores oportunidades de profissionaização, maior exposição à vioência (margina ou poicia), discriminação racia, discriminação contra muheres e crianças, difíci acesso à justiça oficia, difíci acesso ao azer.(maricato, 1996, 55-56). Em sintonia com este quadro, temos uma reação de conivência entre o poder púbico e o privado. O maior exempo são as ocupações iegais, tendo como expressão a excusão socia, conforme se verifica no trecho a seguir: Enquanto os imóveis não têm vaor como mercadoria, ou tem vaor irrisório, a ocupação iega se desenvove sem interferência do Estado. A partir do momento em que os imóveis adquirem vaor de mercado (hegemônico) por sua ocaização, as reações passam a ser regidas pea egisação e peo direito oficia. É o que se depreende dos dados históricos e da experiência empírica atua. A ei de mercado é mais efetiva do que a norma ega. (MARICATO, 1996, 26). Nesse sentido, observa-se uma ambigüidade e arbitrariedade do Estado, ao considerar apenas em suas poíticas de Panejamento Urbano a cidade oficia, embora, quando conveniente ao mercado, a tendência de apicação da ei se efetiva, principamente para estas áreas onde o ordenamento ega nunca esteve presente (faveas, encostas de mananciais, morros, etc.). Conforme mencionado anteriormente, a tradição do Panejamento Urbano brasieiro prevaecia sobre a sobreposição dos direitos púbicos e privados, e muitas vezes o poder privado e púbico estavam presentes sob a mesma condição. Daí a arbitrariedade, ao negar a fiscaização e poíticas de desenvovimento urbano, mas exigir a desocupação das áreas de proteção ambienta, como pode-se verificar: 39

41 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. [...] A tradição do Estado brasieiro, como já vimos, foi de empenhar-se mais na defesa do patrimônio privado do que púbico, já que as raízes nacionais mostram profunda imbricação entre os patrimônios púbicos e privados. Aém de não investir de forma eficaz, e até por isso mesmo, o Estado ignora a ocupação generaizada das áreas púbicas e até mesmo das áreas de proteção ambienta..(maricato, 1996, 102). Finamente, o que se espera são opções. Não se trata de egitimar as ocupações em áreas de proteção ambienta, mas sim de saientar a necessidade de poíticas de habitação e fiscaização destas. Contudo, muitas dessas áreas necessitam ser incorporadas peo processo de urbanização para trazer benefícios para o conjunto da cidade. Deve-se saientar que, essas áreas, definidas egamente como Áreas de Preservação Permanente precisam ser recuperadas integramente, porém a inserção de aguns ocais com áreas recreativas, torna-se necessária a devido a carência de áreas de azer Panejamento e Gestão Urbanos Críticos/Autonomistas Baseados na perspectiva autonomista, o Panejamento e Gestão Urbanos Críticos têm como principa fonte de inspiração o pensamento do fiósofo greco-francês Corneius Castoriadis (SOUZA, 2002, p.169). A apicação fiosófica presente em Castoriadis (1983) e defendida por Souza (2002) fundamenta-se no princípio e parâmetro centra para a avaiação de processos e estratégias de mudança sócio-espacia o que incui a promoção de desenvovimento urbano por meio do panejamento e da gestão é, precisamente, a autonomia (individua e coetiva). (p.175). Dentro da abordagem autonomista, a grande questão que se cooca é quanto ao o que é panejado. Esta questão é respondida peas reações sociais, tendo em vista que os debates em torno disso são especificamente poíticos e não meramente técnicos. Com isso, a sociedade a que se pretende está em constante (re)construção, sendo que os responsáveis pea (re)criação são a procura pea justiça socia, o confito e o poder, conforme verificamos no trecho abaixo: [...] uma sociedade justa não é uma sociedade que adotou eis justas para sempre. Uma sociedade justa é uma sociedade onde a questão da justiça permanece constantemente aberta, ou seja, onde existe sempre a possibiidade sociamente efetiva de interrogação sobre a ei e o fundamento da ei. Eis, aí uma outra maneira de dizer que ea está constantemente no movimento de sua autoinstituição expícita. (CASTORIADIS apud SOUZA, 2002, p.175) 40

42 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. No que concerne a diferença entre o Panejamento e Gestão autonomista e os outros modeos, o autor expõe: [...] no panejamento autonomista não se trata de endossar uma instância de poder separada e acima dos cidadãos o Estado, em cuja presença e sob cuja batuta o panejamento sempre será reaizado, em maior ou menor grau, de cima para baixo. Em uma sociedade autônoma, assim como a gestão urbana será um dos aspectos da autogestão da sociedade, o panejamento será um autopanejamento, radicamente conduzido de forma democrática e descentraizada, aém de fexíve (em um sentido semehante à da fexibiidade preconizada peo panejamento estratégico situaciona de Caros Matus, só que exponenciaizada nos marcos de uma sociedade ivre de heteronomia institucionaizada). (SOUZA, 2002, p.184). O panejamento estratégico situaciona está atreado ao jogo socia (o que para Souza [2002] são as reações sociais) e às diversas situações que demandam um conjunto de ações fexíveis, nas quais os atores sociais são responsáveis fundamentamente peo (in)sucesso de um pano. Segundo Matus (1991), as seguintes variáveis compõem a anáise estratégica (não confundindo com Panejamento Urbano Estratégico, o qua será discutido no item 3.1.5): a) Atores e jogadores; b) Motivação e peso dos atores; c) Estratégias (posicionamentos): autoridade, cooptação, negociação, confronto e dissuasão; d) Trajetória; e) Operação: prováveis situações frente ao probema. A perspectiva autonomista é vista então como horizonte, que indica uma direção na busca pea independência e autogestão da sociedade, capaz de estimuar indivíduos emancipados e independentes. Somado a estas características, o Panejamento Urbano Autonomista assume uma posição fortemente crítica do modeo capitaista, já que este se demonstra incompatíve aos princípios que o norteiam Crítica ao Panejamento Urbano Estratégico É importante destacar que o Panejamento Urbano Estratégico vem sendo difundido no Brasi (nitidamente no Rio de Janeiro) e impantado por consutores cataães, numa experiência já reaizada em Barceona. Entretanto, vae frisar que neste item a atenção será dada ao processo e às principais características desse modeo e não à experiência carioca. 41

43 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. Sob o prisma do sistema capitaista de produção, o Estado transfere para o mercado a responsabiidade de desenvover poíticas urbanas, reproduzindo desiguadades sóciourbanas materiaizadas em cidades cada vez mais fragmentadas. A aternativa gera a submissão acrítica ao mercado, o qua necessita inserir a cidade à competição interurbana para atrair investimentos: vender uma cidade atrativa e segura. O pape do Estado vem reforçar a posição mediadora dos interesses de uma minoria da sociedade (casses priviegiadas), que atua no sentido de permanecer conivente com o atua sistema que emerge no mundo e no poder em níve oca. Nos modes do Panejamento Estratégico, o interesse do Estado em desenvover a cidade passa a ser quando esta se apresenta como importância para o grande capita, por meio do imediatismo econômico. Aém disso, o questionamento que se faz é se este modeo de panejamento tem como infuência a pós-modernidade: [...] cada vez mais o Estado abre mão do seu pape reguatório, substituindo argamente o panejamento por um imediatismo mercadófio, é sintomática de uma tendência perigosa: a de apicação da ógica gerencia privada para o espaço urbano, esvaziando a dimensão poítica ou substituindo-a perante uma racionaidade empresaria. Seria esse tecnocratismo pós-moderno, para muitos tão charmoso? (SOUZA, 2002, p. 55). são: Para Amendoa (2000), as características constantes da experiência Pós-moderna [...] indeteminación (ambiguedad, indeterminación y fracturas); fragmentáción (a ruptura de os metarraatos, a vaoración de as diferencias, a fragmentación, e patchwork y e bricoage prouecrua, decanonización (desegitimación masiva de os códigos y as convenciones, de os metaenguajes, a desmistificación y e parricidio de massas, subversión y revueta); crisis de yo y fata de profundidad (a identidad como probema y a difusión de identidades igeras y cambiantes); hedonismos y búsqueda de a beeza como vaor difundido); vaoriación de o impresentabe y de o no representabe; ironía, hibridación; parodia, travestismo, pastiches (a reducción de pasado a presente y a reproposición de a equitemporaidad heideggeriana en cave irónica y postmoderna); carnavaización (a vida como juego, e antifaz y a festa); protagonismo y participación (a ciudad como work in progress abierto a os significados de cada uno); subjetivismo (a primacía de a coexistencia de diversas hipótesis, incuso en conficto, de mundo); casuaidad y estocástica (caída de a pevisibiidad y de a predeterminación, primacía de a casuaidad y de a probabiidade). (p.71-72). A fiiação do Panejamento Urbano Estratégico ao pós-modernismo enquadraria-se mais ao movimento da arquitetura denominado New Urbanism, onde o apeo à estética encontra-se mais centraizado e a atitude frente ao mercado tem perspectivas tendenciamente mercadófias (SOUZA, 2002). Se o Panejamento Estratégico é ou não 42

44 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. resutado do movimento (ou nova era) pós-modernismo não se pode afirmar, mas é inegáve que o mesmo reúne eementos agutinadores desta tendência. O Panejamento Estratégico é um empreendimento de comunicação e promoção que tem como âncora a chamada animação cutura ou cuturaismo de mercado: Obviamente, o que se estava a construir era nada mais nada menos do que a imagem prestigiosa da cidade, votada, sobretudo para o exterior em função da competitividade sistêmica na qua Barceona se ançava o que a obrigava a satisfazer a quaquer custo as novas exigências do capitaismo de imagens, do desenvovimento do terciário avançado a uma arquitetura up to date, a ponto de incuir toda uma série de edificações que seguissem o padrão das novas centraidades empresariais das megacidades. (ARANTES, 2000, p ). A fórmua do Panejamento Estratégico urbano parece ser a seguinte: união dos símboos cuturais da cidade (a exempo do Rio de Janeiro: o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor, Copacabana, praias), com a incorporação destes como mercadoria-uxo-simbóica, somando a estratégia do marketing à megaprojetos, nas paavras de Arantes [...] busca, acima de tudo, inserir a cidade-avo em um nó da rede internaciona de cidades, portanto torná-a atraente para o capita estrangeiro, incusive no setor imobiiário (2000, p. 22). Em outras paavras, a cidade precisa ser capaz de dar respostas competitivas aos desafios da gobaização. Da mesma forma que foi dito sobre os riscos que se tem quando o panejamento urbano considera apenas a cidade oficia, o Panejamento Estratégico faa em nome de uma única cidade (a cidade-mercadoria), à qua poucos têm acesso. Ee reduz a cidade a um pensamento único, negigenciando a diversidade fundamentado no discurso ideoógico, encontrando apoio na promoção do patriotismo: Na verdade, um dos eementos essenciais do panejamento estratégico é criação das condições de sua instauração enquanto discurso e projeto da cidade. Vê-se que, curiosa e paradoxamente, o patriotismo da cidade, ao contrário do sentimento de crise, não é condição, mas resutado do sucesso do próprio projeto na verdade, é simutaneamente resutado e condição. A unidade que se pressupunha no discurso unitário sobre a cidade é a unidade que se pretende construir. O paradoxo reaizado: o pano estratégico faa em nome de uma cidade unificada cuja construção pretende engendrar através da promoção do patriotismo. (VAINER, 2000, p. 94). O risco que se corre é dos profissionais desacreditarem no panejamento convenciona: crescimento desordenado, meios de consumo coetivo, de eaboração de 43

45 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. panos e reguamentos para guiar o uso do soo, passando a estimuar tão somente a produção da cidade de cunho mercadoógico. Este modeo de panejamento acaba por gerar uma despoitização da cidade, visão acrítica e maquiadora da reaidade: Tendo invocado em sua origem a necessidade de descentraização do poder, e sua conseqüente democratização na esfera municipa, o panejamento estratégico urbano e seu patriotismo de cidade desembocam caramente num projeto de eiminação da esfera poítica oca, transforma em espaço do exercício de um projeto empresaria encarnado por uma iderança personaidade carismática. Transfigurando-a em mercadoria, em empresa ou em pátria, definitivamente a estratégia conduz à destruição da cidade como espaço da poítica, como ugar de construção da cidadania. (VAINER, 2000, p. 980). O projeto de cidade-mercadoria, na reaidade, está descoado das reais prioridades da cidade rea, que são o aumento da justiça socia e a mehoria da quaidade de vida, e não o aumento da excusão socia. Diaética e contraditoriamente o embrião da mudança se consoida na apreensão da cutura como principa negócio, na medida que produz outro processo, a gentrificação: expusão da popuação de baixa renda que não pode pagar por esse tipo de cidade-mercadoria. O grande perigo são as atenções se votarem apenas para a cidade-mercadoria, (criando uma cidade fragmentada e excudente onde poucos têm acesso) e o pior, esquecendo-se da vaorização dos espaços púbicos. Enfim, buscou-se apontar os três modeos de Panejamento Urbano: o contexto do atua modeo de panejamento desenvovido no Brasi e as impicações da ausência de panejamento urbano para a cidade ega; uma opção mais crítica para o desenvovimento socia-urbano, proposta peo Panejamento Autonomista; e o novo modeo de Panejamento Estratégico Urbano. O atua modeo de Panejamento Urbano engendrado no Brasi, peca ao considerar apenas a cidade oficia. Enquanto que a proposta do Panejamento Autonomista propõe maior participação popuar, conduzindo a cidade pea vertente do desenvovimento urbano, por meio da consoidação da justiça socia e mehoria da quaidade de vida. Já o Panejamento Estratégico, aém de demonstrar ser uma ferramenta ideoógica, ao gerar a despoitização, pode reduzir as conquistas acançadas. Deste modo, observa-se que o Panejamento Urbano, sem a mediação do Estado (no sentido de promover poíticas de desenvovimento urbano e não mediação para o mercado), e a participação popuar apontam a submissão ao mercado e a fragmentação da cidade, desta maneira reproduzindo cada vez mais a excusão socia-urbana. 44

46 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. E, ainda, o Panejamento Urbano pautado simpesmente na cidade oficia não consegue avançar em nada no sentido de promover mehor desenvovimento urbano. Peo contrário, considerar as várias faces da excusão socia (re)produzidas na cidade, considerando seus principais probemas, é o primeiro passo para eaboração de panos e aternativas urbanas na construção de um panejamento urbano mais justo Contextuaizando o Panejamento Ambienta Refetir sobre o Panejamento Ambienta requer uma avaiação dos pressupostos, objetivos e papéis desempenhados por vários agentes na sociedade, da atuação intervencionista do Estado, do pape coetivo da popuação e do apoio do poder privado. Junta estas forças, podem construir uma sociedade mais equiibrada, contribuindo para a mehoria da quaidade de vida. Para Ameida et a. (1999), o Panejamento Ambienta pode ser visto como: [...] como teoria, processo, sistema ou como instrumento apicáveis a vários tipos e níveis de atividade humana, com objetivos variados que vão desde a ateração estrutura da sociedade até simpes composição de programas. Pode, também, ser considerado como uma ação contínua que serve de instrumento dirigido para racionaizar a tomada de decisões individuais ou coetivas em reação a resoução de um determinado objeto: pode-se afirmar que o panejamento é a apicação raciona do conhecimento do homem do homem ao processo e tomada de decisões para conseguir uma ótima utiização dos recursos, a fim de obter o máximo de benefícios para a coetividade. (ALMEIDA et a., 1999, 12). Para Ameida et a (1999), a difíci conceituação do Panejamento Ambienta confunde-se com o panejamento no sentido gera, pois ea não consiste apenas numa consideração quanto as questões ambientais, riscos e utiização dos recursos naturais pea sociedade. Entendendo-se por panejamento ambienta todo o esforço da civiização na direção da preservação e conservação dos recursos ambientais de um território, Franco (2002), saienta que: [...] pode-se considerar que o Panejamento Ambienta é todo o panejamento que parte do princípio da vaoração e conservação das bases naturais de um dado território como base de auto-sustentação da vida e das interações que a mantém, ou seja, das reações ecossistêmicas. [...] o objetivo principa do Panejamento Ambienta é atingir o desenvovimento sustentáve. (p.35). Atuamente entende-se por Panejamento Ambienta o panejamento das ações humanas (antropização) no território, evando em conta a capacidade de sustentação dos 45

47 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. ecossistemas em níve oca e regiona, sem perder de vista as questões de equiíbrio das escaas maiores, tais como a continenta e a panetária, visando a mehoria da quaidade de vida humana, dentro de uma ética ecoógica. O Panejamento Ambienta é, portanto, também um Panejamento Territoria Estratégico, Econômico-ecoógico, Sociocutura, Agrícoa e Paisagístico. (FRANCO, 2002, p.37). Nesse sentido, o Panejamento Ambienta pode ser visto de forma integra, interdiscipinar, porém, atentando-se para as especificidades das reações sociedade natureza. O Panejamento Ambienta não deve ser desvincuado das poíticas de desenvovimento e da distribuição dos benefícios sociais por ee gerados, tampouco essas poíticas podem continuar a ser orientadas peos tradicionais modeos normativos e técnico-econômicos de panejamento, estratégia compreensiva racionamente que não reconhecem as especificidades das interreações dos fatores naturais e cuturais de uma dada reaidade panejada. O acance desse reconhecimento requer o fortaecimento de metodoogias interdiscipinares de panejamento, capazes de articuar as especificidades das reações entre os ambientes naturais e humanos em dada reaidade, como também ter a capacidade de responder as exigências de viabiização poítica dos panos, programas e projetos ambientais (estratégia do incrementaismo articuado). (ALMEIDA et a, 1999, p. 124). As diferenças entre Panejamento Tradiciona e Panejamento Ambienta podem ser observadas no Quadro 02: Quadro 02: Diferenças entre Panejamento Tradiciona e Ambienta PLANEJAMENTO TRADICIONAL PLANEJAMENTO AMBIENTAL OBJETIVOS Priviegiar o crescimento. Priviegiar a quaidade de vida. Produzir para o comércio exterior. Produzir para satisfazer as necessidades básicas da Critério de máxima eficiência econômica. popuação. Critério de desenvovimento harmônico Centrado em curto e médio prazos. Sem integração do trabaho. Usa tecnoogias imitativas. Desenvovimento setoria e parcia. Linear, seeciona uma só ação. Determinista, com suposição de certezas. Promove formas de organização empresaria mercanti. Fonte: Rodriguez (1997), p. 45). TEMPORALIDADE TECNOLOGIA CONCEPÇÃO Critério de ongo prazo, busca coerência para ações a curto e médio prazos. Promove tecnoogia ambienta, socia e cuturamente adequadas. Integra e sistemática. Mútipas ações, procura a combinação e a variedade. Trabaha com a incerteza, a probabiidade e o desconhecimento. ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA Critério heterogêneo da organização produtiva. 46

48 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. Como pode ser observado, a diferença principa entre os dois modeos de Panejamento é que, enquanto o Tradiciona está apoiado na centraização do fator econômico, o Ambienta tenta integrar o desenvovimento ambienta com critérios de médio a ongo prazo. Pode ser verificado que no Brasi, esta concepção de panejamento tradiciona pautado no econômico foi infuenciada à partir da década de 1960 pea CEPAL (Comissão Econômica para América Latina e Caribe) que tinha como pressupostos apontar os desequiíbrios sócio-econômicos internos de cada nação, tendo como principa organismo intervencionista de transformação do status quo o Estado Naciona por meio do instrumento do Panejamento Governamenta. Propunha-se um sistema de panejamento compreensivo e integrado que buscava atuar concomitantemente nas esferas econômica e socia, envovendo vários níveis de governo. A principa característica desse panejamento era o estabeecimento de um conjunto de vaores, istando todas as aternativas viáveis, identificando as conseqüências resutantes de cada aternativa e seecionando aqueas que atendiam da "mehor" forma possíve aos vaores definidos anteriormente. (ALMEIDA et a, 1999, p. 124). Entretanto, os principais agravantes deste modeo de panejamento no Brasi, estavam reacionados à superestimação da capacidade de atuação do Estado em detrimento dos outros agentes e os entraves institucionais promovidos dentro da própria máquina púbica (hierarquia, burocracia e resoução). Outro tipo de crítica apontada é a fata de fexibiidade e o modo de decisão de cima para baixo, constituindo os principais pontos negativos deste tipo de modeo de panejamento para o fracasso. Nesse sentido, verifica-se que o Panejamento Ambienta inserido no Brasi, ao desconsiderar o pano oca e as especificidades reacionadas a este, distancia-se cada vez mais da reaidade e da consecução das práticas objetivadas. Pode-se afirmar que o panejamento ambienta surge paraeamente à introdução da Poítica Ambienta no Brasi. Verifica-se que até 1960, o objetivo principa do Estado sob a roupagem da Poítica Ambienta estava fundamentado na administração dos recursos naturais. Entretanto, o gerenciamento destes recursos foi motivado pea característica do "intervencionismo econômico", como saienta Monteiro (1981) ao evidenciar a devastação das forestas, a exporação dos habitats e as ocupações inadequadas, tendo como objetivo a exportação das riquezas e a importação dos "probemas ambientais" (GONÇALVES, 1988), como a 47

49 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. introdução de póos petroquímicos, usinas hidreétricas e indústrias pouentes, com vistas a industriaização nascente (ALMEIDA et a., 1999). Segundo Ameida et a. (1999), a supremacia do Estado sobre o gerenciamento exporatório (com vistas ao mercado externo) trouxeram conseqüências como os confitos ambientais e de comunidades humanas. As instituições governamentais criadas exerciam suas atribuições e competências sobre a totaidade do território naciona. Definiam suas estratégias de forma setoriaizada, segundo diferentes prioridades, conduzindo à ações isoadas, não coordenadas e muitas vezes confitantes. A mutipicação e superposição de competências e a disputa por recursos geramente escassos propiciaram o estabeecimento de confitos de poder entre as diferentes instituições dos três níveis de governo, com conseqüências importantes sobre a impantação das poíticas ambientais nos âmbitos regiona e oca. (ALMEIDA et a, 1999, p. 126). Na década de 1970, o Panejamento Ambienta modifica-se, conforme ressata Ameida et a. (1999) a seguir: A partir da década de 70, as estratégias ambientais encontram-se integradas nos Panos Nacionais de Desenvovimento. No I P.N.D. ( ), reconhece-se a necessidade de um desenvovimento industria aceerado, que capacitasse o país a enfrentar a competição econômica e tecnoógica moderna. Por sua vez, a questão ambienta é tratada com atenção especia para os probemas gerados pea pouição ambienta nos grandes centros urbanos, principamente Rio de Janeiro e São Pauo, decorrentes do modeo de desenvovimento: industriaização rápida e concentrada, criando suas primeiras deseconomias de escaa. Esse modeo de desenvovimento a ato custo ambienta foi defendido em 1972 peo Brasi, na Conferência de Estocomo, sustentando a tese de que a proteção do ambiente seria um objetivo secundário e não prioritário para os países e em desenvovimento, e em confito com o objetivo centra e imediato do crescimento econômico. (1999, p. 126). Diante disto, verifica-se qua era o posicionamento do Brasi. Entretanto, este precisava demonstrar o seu interesse em adotar uma poítica ambienta. Diante disso, em 1973 criou-se a Secretaria Especia do Meio Ambiente (SEMA). No entanto, sua atuação exercia um pape secundário em reação às demais atividades do Ministério. A característica marcadamente centraizadora da Poítica Ambienta determinava apenas a ação da esfera Federa às definições quanto ao direcionamento de atividades pouidoras ou o canceamento de atividades. Entretanto, as atividades do Estado eram isoadas e fragmentadas, deixando ongas áreas sem quaquer tipo de atuação poítica ambienta. Segundo Ameida et a. (1999), a centraização não ficava restrita apenas em níve federa, os governos estaduais acumuavam uma certa centraização, onde as capitais serviam como instrumento de extensão das orientações efetivadas peo governo centra. 48

50 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. Da mesma forma que a poítica ambienta, a poítica urbana apresentava um pape intervencionista e centraizador, onde se pode visuaizar que com a criação do BNH (Banco Naciona de Habitação) e do SERFHAU (Serviço Federa de Habitação e Urbanismo), ambas possuíam o objetivo de controar o panejamento na cidade. Nesse sentido, sua atuação era isoada, não compreendendo de forma integrada, como por exempo, a resoução das normas gerais do discipinamento e ordenamento do uso do soo urbano, bem como a racionaização da oferta de infra-estruturas e serviços urbanos e, ainda, a incompatibiização destes eementos com a preservação e proteção de sistemas ambientais como mangues, oras marítimas, rios e reservas ecoógicas com a questão da habitação. Assim, Ameida (1999) propõe um modeo de panejamento ambienta baseado na tentativa de superação dos confitos para a sustentabiidade do ambiente, denominado "panejamento preventivo-adaptativo", caracterizando-o da seguinte forma: Sendo o panejamento ambienta um processo de tomada de decisões, reativo a um conjunto de probemas interdependentes da produção socia do espaço, significa que este panejamento se dá num contexto em constante mutação, caracterizado por um ato grau de incerteza, cuja antecipação da definição de ações a serem reaizadas impica o estabeecimento de um equiíbrio dinâmico entre compromisso e fexibiidade. A contínua adaptabiidade que deve caracterizar o processo, resutante da necessidade de se manter em aberto aternativas diversas, há que ser compensada pea consideração do grau de irreversibiidade dos efeitos das decisões tomadas. (ALMEIDA et a., 1999, p ). Verifica-se deste modo, que as principais características do modeo de panejamento ambienta são a prevenção, a fexibiização e a interdependência. O panejamento ambienta é encarado como processo peo qua as características são resutantes da atuação da produção socia do espaço, tendo como premissa a constante procura peo equiíbrio dinâmico que está em contínua adaptabiidade, pois várias são as ações desenvovidas e os agentes envovidos nesse mesmo espaço. Segundo Ameida et a. (1999), suas características se baseiam em dois pontos principais, adotando como estratégia o "incrementaismo articuado": 1. Nenhum sistema socia pode ser transformado de uma vez, partindo de um estado inicia e chegado a um estado desejado. A transformação tem que ser gradua e cada mudança rea que ocorre no sistema pode modificar a definição do estado desejado; 2. As características do estado desejado devem ser estabeecidas de modo a se constituírem em critérios que permitam a avaiação de cada mudança incrementa. (ALMEIDA et a., 1999, p. 129). 49

51 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. Segundo o referido autor, o instrumento articuador sob qua o panejamento e gestão ambienta baseiam sua concepção considera o meio ambiente como resutado da produção socia do espaço, do poder oca e dos atores sociais e da capacidade de administrar os assuntos de interesse oca. Esta concepção está baseada na reação homem-meio, no qua o homem é um agente antrópico de transformação e interação na produção socia do espaço. (ALMEIDA, 1999) Para a introdução do panejamento e gerenciamento, utiizam-se duas categorias de anáise para mehor equacionamento: o ugar e o campo. [...] a anáise do oca remete ao estudo do poder enquanto reação de força, por meio da qua se processam as aianças e os confrontos entre os atores sociais, bem como o conceito de espaço, deimitado e a formação de identidades e práticas poíticas específicas. [...] a anáise do campo ambienta permite a percepção da dinâmica dos confitos que perpassam não apenas os espaços governamentais, tais como por exempo, a formação e impementação de poíticas, a criação de agências de governo encarregadas de proteção ambienta, a evoução do aparato jurídico necessário para garantir as ações de defesa do ambiente. (ALMEIDA et a., 1999, p. 131). Estas duas características que constituem a base do panejamento ambienta oca, ganharam força com as modificações da Constituição Federa de 1988, que defende o fortaecimento de uma reativa autonomia municipa nos aspectos poítico, administrativo e/ou tributário e egisativo, atendendo aos assuntos de interesse oca. A vantagem da descentraização incide sobre o aumento de organismos com a abertura ao enfoque ambienta, como a criação de secretarias e segmentos de proteção ambienta. Com isso, aém das egisações ambientais federa e estadua que regem sobre as disposições de proteção e preservação ambienta, o município pode acrescentar e reforçar eementos que são característicos e de interesse oca com maior detahamento e vigor ega, promovendo, desta maneira, maior discipinamento quanto as questões ambientais. Conforme se verifica no trecho abaixo: Considerando o meio ambiente como um dos assuntos de interesse oca, é importante destacar que, a partir da Poítica Naciona do Meio Ambiente (1981), os municípios passaram a ser considerados órgãos ocais responsáveis pea proteção e mehoria da quaidade ambienta, integrando o SISNAMA -Sistema Naciona do Meio Ambiente. Mais recentemente, a Resoução CONAMA 237/97 atribui aos municípios o icenciamento ambienta de empreendimentos e atividades de impacto ambienta oca." (ALMEIDA et a., 1999, ). Segundo Ameida et a. (1999) a determinação de áreas de panejamento e gestão ambienta tem dupa dimensão: técnica e poítica: 50

52 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. A dimensão técnica impica o domínio de uma metodoogia de trabaho própria, no acesso a informações atuaizadas, sistematizadas e agregadas ao níve adequado às necessidades. Quanto à dimensão poítica, nas áreas determinadas com base nos aspectos técnicos, a impementação das ações para os usos propostos necessita da participação dos principais atores sociais do município, aém da descentraização administrativa para as principais poíticas setoriais ocais. Na prática, a dimensão poítica nas áreas de panejamento e gestão consiste em um processo de negociação que busca conciiar vaores, necessidades e interesses divergentes e administrar confitos entre os vários atores que disputam os benefícios da ação governamenta. (ALMEIDA et a., 1999, p. 133). Utiizando como recorte a bacia hidrográfica em áreas urbanizadas, a metodoogia de Panejamento Ambienta desenvovida por Lea (1995) aborda uma das propostas mais compexas que pode haver entre a integração dos aspectos da reação sociedade-natureza. Conforme pode ser evidenciado na citação a seguir: Embora as microbacias hidrográficas não se constituam em unidades ideais (no sentido de únicas) para o panejamento ambienta das cidades, pois os vários processos presentes na produção das cidades extrapoam seus imites, consideramos importante a incusão da anáise destas no panejamento, como uma das formas de evitar ou reverter inúmeras situações de degradação ambienta que, como já vimos, resutam das reações confituosas entre sociedade natureza. Outra forma é a sociaização e democratização do panejamento. (LEAL, 1995, p.45). Segundo o referido autor, a participação popuar constitui-se como num dos eementos de maior importância para o panejamento ambienta, pois juntamente com as reivindicações e eaboração do Pano Diretor, terá uma efetivação da prática da cidadania. A concepção gera da Proposta de Panejamento Ambienta desenvovido por Lea (1995) baseia-se nas seguintes fases, conforme se verifica na Figura 01: 51

53 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. Figura 01: Concepção Gera da Proposta de Panejamento Ambienta I.Eaboração do Pano Motivador INVENTÁRIO DIAGNÓSTICO PROGNÓSTICO PROPOSTAS II.Eaboração do Pano Coetivo III.Impementação do Pano VIABILIZAÇÃO EXECUÇÃO IV. Gestão do Pano GESTÃO Fonte: Lea (1995), p.46. O pano motivador tem como principa objetivo obter um instrumento de trabaho que sirva como direcionamento de apoio e subsídio para a participação de vários agentes sociais, visando a mehoria da quaidade de vida e ambienta. Conforme o autor saienta: Em síntese trata-se de um pano para agutinar pessoas, sociaizar informações, propiciar debates e atividades, visando contribuir para a construção do conhecimento e da cidadania da comunidade civi e escoar oca, através de seu envovimento na eaboração do panejamento ambienta da região e na busca da gestão coetiva e participativa do ambiente urbano. (LEAL, 1995, p. 47). A primeira etapa do panejamento ambienta proposta por Lea (1995) está fundamentada no Inventário. O Inventário é um importante instrumento que consiste na aproximação, iniciação e compreensão da reaidade oca e adquire suma importância para a reaização das etapas posteriores ao Pano Motivador. A etapa de Inventário consiste num evantamento detahado do ambiente urbano da microbacia, considerando sua ocaização, o processo histórico de produção desse espaço e seus aspectos naturais e sociais, particuarizados e inter-reacionados, de formas a obtermos unidades físicas, unidades de uso e ocupação do soo e unidades ambientais. (LEAL, 1995, p. 47). 52

54 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. A etapa de Diagnóstico Ambienta está fundamentada em caracterizar o Estado Ambienta da bacia hidrográfica compreendido pea integração dos aspectos do Estado Geoecoógico e dos aspectos da Quaidade de Vida da popuação residente na área. A etapa de Diagnóstico Ambienta permite-nos avaiar os principais probemas da microbacia e as perspectivas de soução, que irão subsidiar os panos de trabaho e propostas de intervenção posteriores. Trata-se de um trabaho compexo, pois dependem de nossa capacidade de percepção, observação, interpretação e sistematização dos vários processos sociais e naturais presentes. Processos estes que, muitas vezes, tem causas, efeitos e abrangências maiores do que a área estudada, e requerem conhecimento de outras ciências na sua compreensão. (LEAL, 1995, p. 48). A etapa de Prognóstico é uma das mais interessantes do ponto de vista sócioambienta, já que Trata-se de uma etapa difíci e estimuante do processo de panejamento ambienta, pois propicia-nos a oportunidade de pensarmos o futuro e visuaizarmos formas de nee intervir.. (LEAL, 1995, p.48). Esta etapa contempa vários cenários futuros, frente as possibiidades de uso caso as medidas forem impementadas, parciamente impementadas ou se nenhum tipo de medida for impementa. Após a reaização destas etapas, um conjunto de propostas é apresentado para contribuir para a ateração da situação de degradação ambienta. Estas medidas visam a reabiitação de proteção e conservação ambienta. Com base nas propostas eaboradas, os atores envovidos desenvoveram a etapa de Eaboração do Pano Coetivo, que consiste: A eaboração do Pano Coetivo é por nós considerada a etapa principa e fundamenta, pois representará a participação efetiva da comunidade no processo de Panejamento Ambienta, imprescindíve à execução de um Pano de Desenvovimento Sustentáve. Deve pautar-se peo envovimento e compromisso dos vários agentes de produção desse espaço (moradores, aunos, poder púbico, industriais, organizações civis, reigiosas, sindicais, etc) e peo estabeecimento das condições poíticas, econômicas e egais para a efetiva impementação do Pano Coetivo. (LEAL, 1995, p. 49). Em seguida, para atingir a etapa da Impementação do Pano Coetivo, são fomentadas práticas de execução de projetos em diversas áreas, tais como: educação, saúde, transporte, habitação, infra-estrutura, azer, etc. Conforme o autor saienta, estes projetos devem estar integrados com o Pano Coetivo. A útima etapa consiste na Gestão do Pano Coetivo, sendo esta contínua e integrada: 53

55 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. A Gestão do Pano Coetivo consiste na administração, fiscaização e avaiação das ações e dos recursos envovidos na impementação do Pano. A avaiação do pano deve ser permanente, verificando a sua adequabiidade e retomando todas as etapas anteriores, se for necessário. A Gestão pode ser reaizada através de vários mecanismos, como: formação de conseho técnico, conseho fisca, monitoramento ambienta, etc. Sugerimos, porém, que seja formado um Conseho de Cidadãos, que deiberaria sobre as formas e meios de gerenciar o Pano. (LEAL, 1995, p.49). O panejamento é um processo em contínua evoução. O ato de panejar requer fexibiidade, pois a sociedade em que vivemos é composta de vários agentes e jogos sociais. Aém disso, o processo de negociação socia também deve estar em crescente evoução. As decisões são tomadas por pessoas e devem corresponder aos interesses da coetividade. Entretanto, o desejo da coetividade nem sempre é compatíve com o projeto proposto, gerando inadequações e rejeição por parte da popuação, como por exempo a aspiração pea canaização do córrego. Nesse sentido, o Panejamento e a Educação Ambienta pode contribuir para o processo de sensibiização e conscientização quanto aos probemas ambientais. 54

56 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. PARTE II: PLANEJAMENTO AMBIENTAL URBANO APLICADO NA MICROBACIA DO CÓRREGO DA COLÔNIA MINEIRA

57 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP 4. O recorte da área de estudo: a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira 4.1. A escaa de anáise A escoha da bacia hidrográfica como recorte para o panejamento dos recursos hídricos tem sido tema dos mais poêmicos, devido à necessidade de integração de outros fatores que não são apenas naturais, tais como poítico-administrativos ou sociais. Esta discussão pode ser remetida à anáise das escaas geográficas, que visa escarecer os critérios de adoção da bacia hidrográfica no contexto da conservação da água. Para Haesbaert (2002), o estudo das escaas na Geografia deve perpassar pea vincuação inseparáve entre espaço e tempo: Faar em escaas espaço-temporais impica, então, reconhecer a anáise conjunta e indissociáve entre as dimensões espacia/geográfica e tempora/histórica da reaidade. (p.102). Haesbaert (2002) saienta ainda que, na Geografia utiizam-se de dois tipos de escaas: a cartográfica, de cunho dimensiona (quantitativo) e a denominada geográfica, que se caracteriza pea manifestação dos fenômenos no contexto espaço-tempora. Aém disso, para o referido autor, as escaas se diferenciam quanto as duas dimensões, uma estática e imutáve e outra reativa que pode variar no tempo e no espaço: [...] é muito importante diferenciar peo menos duas formas de interpretar o conceito de escaa: para aguns partidários de uma visão de espaço e tempo absoutos, homogêneos e estáveis, a escaa pode ser reduzida à dimensão física, estanque quantificáve, do rea; para outros, que vêem o espaço e o tempo como reativos, instáveis e quaitativamente heterogêneos, a escaa expressa esta dimensão reativa, mutáve, do rea. (HAESBAERT, 2002, p.104). Vae frisar que, dentro de um recorte de deimitação, as escaas podem possuir uma convivência de várias outras escaas de anáise. Segundo Ribeiro (1997), as escaas espaciais compartiham ao mesmo tempo várias escaas de anáise, o que possibiita uma inter-reação com os processos macro e micro, ou seja, a contextuaização daquio que é gera e específico, em outras paavras, o goba, o territoria, o regiona e o oca. Com reação a área urbana, a autora enfatiza que Existem, por exempo, no recorte urbano da área, opções que vão desde a anáise isoada de uma determinada cidade a tentativas de articuação anaítica da macro-urbanização do país. (RIBEIRO, 1997, p. 247). 56

58 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP O que a autora cooca é que os fenômenos podem ser reproduzidos tanto no níve de escaa micro quanto macro, apontando a seguinte diferenciação: [...] mais do que escaas, o urbano e o regiona hoje tratados pea área corresponderiam a temas e a discipinas, ou dito de outra maneira, a imposições decorrentes da própria dinâmica dos fenômenos considerados e a sua probematização. A constatação dessa tendência não impede a identificação de nichos espaciais priviegiados o urbano tenderia a ser enfocado pea escaa oca, assim como o regiona, pea escaa naciona. (RIBEIRO, 1997, p. 247). Sob estas perspectiva, Caros (1994) reafirma que o estudo de diferentes escaas não eimina os processos que são comuns à todos ees, conforme o trecho a seguir: [...] o estudo de um fenômeno reproduz, em diferentes escaas, as mesmas determinações da totaidade, sem com isso eiminar-se as particuaridades históricas. [...] na produção de uma pequena parcea de espaço encontramos as mesmas determinações, a mesma articuação. É possíve detectar as eis gerais do processo de produção espacia a partir da anáise de uma determinada parcea, desde que esta eve em conta a reação com a totaidade. (CARLOS, 1994, p. 48 ). Abordando a bacia hidrográfica dentro destas refexões, pode-se inferir que a escaa de anáise considerada é física, ou seja, o critério de deimitação eva em apreço os imites dos espigões divisores de água. Vae frisar que, este recorte de caráter físico não excui as discussões dos fenômenos espaço-temporais, fundamentais para a compreensão da reação sociedade natureza: uso e ocupação do soo e o gerenciamento dos recursos hídricos. Porém, é variáve no que diz respeito a sua dimensão, podendo ser contextuaizada entre a reprodução dos fenômenos na escaa macro, meso e micro. Ou seja, pode-se abordar as condições ambientais da bacia do rio Santo Anastácio (principa manancia de abastecimento de água para Presidente Prudente) com a situação de um afuente, como a microbacia do córrego do Veado (onde se situa a UNESP) reacionando-a com reaidade macro, onde essas bacias hidrográficas irão compor a bacia do rio Paraná. Aém disso, reacionada principamente ao uso e ocupação do soo e a reprodução dos fenômenos espaciais, a bacia hidrográfica pode ser compreendida tanto numa reaidade urbana como rura ou ainda na coexistência de ambas. Os estudos referentes aos aspectos ambientais são espaciaizados por bacias hidrográficas, devido a capacidade de agutinação de vários eementos: naturais, sociais, econômicos e poíticos, fundamentando as reações sociedade natureza. 57

59 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Na perspectiva da abordagem sistêmica, a bacia hidrográfica funciona como um sistema aberto, conforme saienta Lea "[...] cada um desses eementos, apresentam uma função própria, estão estruturados intrinsecamente reacionados entre si. O que ocorrer a quaquer um dees terá refexos sobre os demais". (LEAL, 1995, p.15). Crhistofoetti enfatiza que os sistemas abertos são [...] aquees nos quais ocorrem constantes trocas de energia e matéria, tanto recebendo como perdendo.(1980, p. 102). Pode-se anaisar que a bacia hidrográfica funciona por meio destes dois eementos principais: a energia e a matéria, conforme enfatiza Lea (1995). A primeira é representada pea força dos ventos, chuvas, correntezas das águas fuviais (força cinética e gravitaciona), a segunda é representada peos detritos e sedimentos gerados naturamente ou artificiamente (ação antrópica). A bacia hidrográfica é constituída por uma compartimentação geomorfoógica dinâmica, como topos, vaes, drenagens fuviais, e quaquer ateração das condições naturais ocorridas em quaquer uma de suas partes refetirá em conseqüências danosas, mais sensíveis no corpo hídrico que recebe toda a carga de detritos. Especificamente reacionada ao uso urbano, deve-se supor que a ateração no escoamento superficia é muito maior que em todos os outros tipos de uso e, conseqüentemente, as aterações sobre a bacia hidrográfica não se fazem somente pea maior capacidade erosiva ou produção de detritos. Entre as conseqüências da impermeabiização do soo, causada pea retirada da vegetação origina, nota-se um desequiíbrio no cico hidroógico, muitas vezes ateração no microcima oca, rebaixamento do enço freático, ou catástrofes reacionadas a inundação ou desmoronamentos. Nesse sentido, verifica-se que quaquer ateração gerada no sistema ambienta bacia hidrográfica repercute numa cadeia de conseqüências: com a retirada da mata ciiar nas margens dos cursos d água, intensificam-se os processos erosivos, como os soapamentos, ravinas e voçorocas; com a impermeabiização de uma área urbanizada, aumenta-se o escoamento de águas superficiais e detritos, intensificando os assoreamentos dos cursos d água e diminuição do enço freático; com a canaização das drenagens fuviais, aumentam-se os riscos das inundações, entre outras. Sem dúvida, sob a anáise das inter-reações da bacia hidrográfica panejamento ambienta da água, as principais preocupações estão associadas com a forma de uso e ocupação deste espaço. Este tipo de uso tem gerado o desenvovimento ambienta urbano insustentáve, com comprometimento da quaidade de vida. 58

60 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP No contexto urbano, os fatores mais importantes de impactos ambientais junto as bacias hidrográficas estão associados principamente à impermeabiização do soo, tais como: retirada da vegetação, ausência de efetivação de áreas de azer púbicas, impantação de oteamentos em forma de tabueiro de xadrez (conseqüentemente o carreamento de sedimentos, assoreando os córregos), canaização de córregos e soterramento de nascentes e cursos d água por movimentações de terra Apresentando a área de estudo: a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira A degradação ambienta que afige Presidente Prudente, vem tornando esta cidade insustentáve para a reprodução do ecossistema urbano e a quaidade de vida da popuação. De modo gera, observa-se que dentro da Poítica do Meio Ambiente Municipa, não existe uma preocupação com a reaização do Gerenciamento Ambienta Integrado do Lixo e da Água, juntamente com o Panejamento Urbano que discipina as áreas de expansão territoria e as formas de disposição dos oteamentos. Nesta perspectiva, aponta-se a emergência de se contextuaizar o Panejamento Ambienta apicado às microbacias hidrográficas, que contribuem para a anáise das interreações sociedade natureza, com especia destaque às pressões exercidas sobre os cursos d água e a (re)produção de áreas de azer púbicas. Estudos referentes a escaa micro, mostram-se cada vez mais necessários para a reaização do Panejamento Ambienta, uma vez que permitem com maior faciidade a visuaização dos probemas ambientais e sua resoução mediados pea participação mais imediata das esferas púbica, privada e da sociedade civi. Diante disso, apresenta-se a microbacia do córrego da Coônia Mineira afuente do córrego do Veado que se encontra integramente inserida na área urbana de Presidente Prudente, caracterizada peas particuaridades do contexto das cidades médias. Locaiza-se na porção noroeste da cidade de Presidente Prudente SP, assinaada pea primeira fase do eixo de expansão urbana (entre a fundação da cidade 1929 até a década de 1970), compreendendo uma área aproximada de 5km 2, com popuação de quase dezoito mi habitantes (IBGE, 2002). A ocaização da área de estudo na maha urbana de Presidente Prudente pode ser visuaizada na Figura 02: 59

61 MAPA m E m N m N m E MAPA DE LOCALIZAÇÃO DA MICROBACIA DO CÓRREGO DA COLÔNIA MINEIRA NA CIDADE DE PRESIDENTE PRUDENTE/SP DA ONÇA DA ONÇA CÓRREGO CÓRREGO LEGENDA Perímetro urbano Aeroporto CÓRREGO DA MALANDA Curso d água Ferrovia BALNEÁRIO BALNEÁRIO DA AMIZADE AMIZADE MINEIRA CÓRREGO CÓRREGO DA COLONIA COLONIA CÓRREGO BACARIN CÓRREGO CÓRREGO DA DA CASCATA CASCATA Limite da bacia hidrográfica MAPA DE LOCALIZAÇÃO ÁGUA DO BOSCOLI BOTAFOGO DO CORREGO SP CÓRREGO DO SALTINHO CÓRREGO DO SALTO CÓRREGO DA CACHOEIRA GRANDE CORREGO DO GRAMADO Títuo: MALHA URBANA E REDE HIDROGRÁFICA DE PRESIDENTE PRUDENTE CO O RREG SP DO C ED R O Escaa: Escaa: 1: m 100 metros m E m N SP m N m E Autora: Adriana Oivia Aves Fonte: Prefeitura Municipa de Presidente Prudente-Cartas Paniatimétricas, Escaa 1: ; IKUTA, Orientador: Prof. Dr. Antonio Cezar Lea Desenhistas: Marceino de Andrade Gonçaves Figura: 02 Página: 60 Apoio Financeiro: Instituição: unesp

62 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP A vista parcia da microbacia do córrego da Coônia Mineira pode ser observada na Figura 03, a partir da cabeceira da nascente, ocaizada no bairro Parque São Matheus (ao fundo, a maha urbana de Presidente Prudente): Figura 03: Vista parcia da microbacia do córrego da Coônia Mineira, no bairro Parque São Matheus. Fonte: Pesquisa de Campo/2003, (ALVES). A ocupação urbana da microbacia inicia-se na década de 1940 com a impantação dos primeiros oteamentos: Cidade Jardim, Jardim Santa Tereza e Via Geni. Na década de 1950 somente um novo oteamento é impantado, o Jardim Estori. A partir da década de 1960, aumenta-se representativamente a impantação dos oteamentos, no tota cinco: Jardim Edorado, Jardim Beo Horizonte, Parque São Judas Tadeu, Jardim Aviação e Via Tazitsu. Na década de 1970, esse número se reduz para três, com a impantação do Jardim Iguaçu, Jardim Regina e Via Santo Antonio. Na década de 1980, três grandes oteamentos são impantados: Parque São Matheus, Parque São Lucas e Inoocop. E, finamente na década de 1990, a microbacia do córrego da Coônia Mineira é quase totamente ocupada com a impantação de quatro novos oteamentos: Jardim Santa Oga, CDHU Sítio São Pedro, Parque Vitória Régia e Parque Residencia São Marcos. Na década de 2000 não foi impantado nenhum novo oteamento,o que se expica peo fato da microbacia estar quase 61

63 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP totamente ocupada, restando apenas uma área vazia entre os bairros Parque São Lucas e Jardim Iguaçu. Os dados referentes aos bairros ocaizados na microbacia do córrego da Coônia Mineira podem ser observados na Tabea 02: Tabea 02: Parceamento do soo na microbacia do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Bairro Ano da Panta Aprovação do Lote N º dos Lotes Proprietário do Loteamento Jardim Santa Tereza Pref. Municipa de Presidente Prudente Cidade Jardim Aristarchio N. Aves do Socorro Jardim Estori Francisco José Dias Jardim Aviação Mário R. Freitas e Francisco Va Jardim Edorado Cidônio Jardim e Aberto Y. Shoyana Parque São Judas Tadeu Jorge Isper Jardim Beo Horizonte Antonio Rotta e João Aquino Rotta Via Geni Jardim Iguaçu Abdon Miranda Gaindo Jardim Barceona Incorp. e Loteamento Lupaço Ltda. Jardim Iguaçu (proog.) Abdon Miranda Gaindo Jardim Regina Tydeo Gonçaves e Ana de Lemos Parque São Matheus São Matheus Incorporadora Parque São Lucas São Matheus Incorporadora Residencia São Marcos Boscoi. Com. E Emp. Imob. Ltda. Jardim Santa Oga Peruque - Emp. Imobiiária Ltda. Parque Vitória Régia João Luiz Bueno Pedroso CDHU Sítio São Pedro CDHU Fonte: Aves (2001), p. 5. Sobre os útimos oteamentos impantados Aves (2001) saienta que: Aém da desenfreada especuação imobiiária, os útimos oteamentos parceados se favoreceram da antiga ei municipa de uso e ocupação do soo que se mostrava menos exigente. Verificou-se que todos os oteamentos parceados na década de 1990 na microbacia do córrego da Coônia Mineira foram reaizados até o útimo qüinqüênio, sendo que, o ano de aprovação da ei compementar do Pano Diretor de Presidente Prudente data o ano de Deste modo, pode-se supor que atitude do poder egisativo representado pea Câmara de Vereadores se desencadeou no sentido de retardar a aprovação da ei compementar até que todos os oteamentos restantes fossem efetivados. Como resutado desta manobra poítica, no útimo quinquênio da década de 1990 não foi registrado nenhum pedido ou aprovação de oteamentos na microbacia, já que a maior parte dos interessados o fez no momento em que tramitava a ei compementar municipa que exigia maior discipinamento do uso, ocupação e parceamento do soo. Com isso, pode-se verificar o pape de cooptação do poder púbico municipa no sentido de favorecer os agentes de produção do espaço urbano, que em muitos casos, podem ser personificados no mesmo agente. (p ). 62

64 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP De modo gera, a organização destes oteamentos ocaizados na microbacia do córrego da Coônia Mineira não foge a regra da maior parte dos impantados em Presidente Prudente. Todos, sem exceção, são em formato de tabueiro de xadrez, com as ruas dispostas no sentido à jusante ao córrego. Esta disposição, aém de aceerar a veocidade das águas puviais, carream grande quantidade de sedimentos, intensificando o processo de assoreamento do córrego. Vae frisar que, o quadro ambienta da microbacia do córrego da Coônia Mineira será apresentado no item Diagnóstico Ambienta da Parte II, onde será apontada a síntese do Estado Ambienta e a Quaidade de Vida, os quais constituem etapa do Panejamento Ambienta. Aém disso, a impantação destes oteamentos se reaizou no conhecido cico: retirada da vegetação (impa dos terrenos), corte do reevo (apainamento), aterro de nascentes e drenagens fuviais, ausência de áreas púbicas e precárias condições das infra-estruturas urbanas. Na Figura 04, pode ser observada a Carta da Espaciaização dos bairros da microbacia do córrego da Coônia Mineira no decorrer das décadas do processo de ocupação: 63

65 MAPA - 02 N Jardim Santa Cara Jardim Barceona Parque São Matheus Jardim Santa Oga CDHU Sítio São Pedro Parque Vitória Régia RUA CEL. AL- BI- NO RUA RAUMAR GUERRA AL. RUA FRAN- CISCO F. SA- BATER Jardim Beo Horizonte R. MON- SENHOR SAR- RION Jardim Edorado RUA. VICENTE B. ARAÚJO AVENIDA R. MANOEL FRAGÃO ELDO- RADO RUA JOUBERT MARCONDES RUA HERCULANO S. LEITE RUA ANGELI Córrego da Coônia Mineira R. JOSÉ DE MARIA R. BÁRBARA D. DOS SANTOS R. JAIR C. DE SOUZA RUA CRISTIANO R. JOSÉ SOARES RUA JOÃO S. DE OLIVEIRA RUA JOSÉ P. DOS SANTOS RUA JOAQUIM M. DA S. NETO R. VICTÓRIO SPIR RUA JACINTO PRADO RUA YOSIKO AKAMINE RUA DÁRIO VINCOLETO CLIENCHEN R. ORLANDO PONTALA R. ALTINO p. NUNES R. H. M. CAMPOS RUA JOÃO A. SEA- BRA R. GENTIL DE OLIVEIRA RUA ANTÔNIO L. FI- LHO RUA FER- NAN- DO SOLER R. PIONEIROS C. F. DE MELO R. PEDRO F. SILVA RUA JOSÉ STADELA R. CARLOS CORAZA RUA BOLÍVIA R. FRANCISCO MO- RALES RUA JOÃO A. MOLINA RUA PAULO R. ALCIDES T. DE B. GUERRA R. J. C. OLIVEIRA R. EDUARDO RUA ANGELO CAZAROTTI R. JOSÉ R. RUIZ RUA PARAGUAI E.E.E.P.G. PARQUE SÃO MATHEUS R. JOÃO DA SILVA RUA RAIMUNDO M. SOUZA RUA JOÃO MASSARETTI RUA RUA FERNÃO DIAS R. DE FREITAS RUA MAMEDE MARIANO RUA. BARBOSA Via Geni RUA RAIMUNDO FONSECA R. MÁRIO CREMO- NEZI RUA JACINTO POIATO R. BASÍLIO ATHIA R. BORISLAN KOVATCHVITCH RUA ESTADOS UNIDOS R. DEODATO RAMOS RUA Parque São Lucas RUA MEYRE P. AVELINO RUA AVENIDA MARCONDES Residencia São Marcos BELA PRES. R. MANOELM. CALDEIRA R. D. M. MAGALHÃES RUA ADELMO R. NETO R. LUIZ BENVELHO RUA JOSÉ R. JOSÉ CÂNDIDO RUA R. ALBERTO L. DA COSTA R. CA- ME- LEA DOS RUA RUA RUA JERÔNIMO RUA RUA PAULO PAULO PAULO GONÇALVES GONÇALVES GONÇALVES JUSCELINO R. CARMELLA V. A. VILELA RUA ATÍLIO XAVIER R. MARIA B. MAROCHIO R. DOMINGAS Z. BOSCOLI RUA JOSÉ L. FILHO RUA AMADEU AMARAL R. ALBINO R. C. V. A. VILELA R. MARIA DAS D. FRANCISCO R. ANGELO GIABARDO R. CAETANO POIANI RUA MATHILDE ZA- CHA- RIAS R. O. LOYOLA R. V. G. MARTINEZ RUA ANGELO RIGATTI R. NEIDE R. DE PÁVIA RUA ANA V. VILELA BOSCOLI RUA PAULO EIRÓ R. BENEDITO G. BORGES R. JOAQUIM P. GALINDO NELSON DA S. GUIDIO RUA SANTO BRUGNOLI KUBTSCHECHEK RUA ANGELO CUISSI RUA MANOEL POSANO R. FLORENCE A. MARTINS RUA HYGINO LANGHI RUA MANDEL MARTINES IGREJA S. J. TADEU RUA ANGELI MENE GUES- SO RUA ASSAD ELIAS NAUFAL Parque São Judas Tadeu Parque Cidade Jardim RUA DOM PEDRO II MAÇONARIA ZANGEROLAMI PAULISTAS SALES OLIVEIRA RUA ARMANDO DE ESTRADA DE FERRO RUA RUA LOURENÇO VITALE Jardim Iguaçu GARCIA BORBA Inoocop GATO GUADALA- JARA PRUDEN- DENTE RAPOSO TAVARES Jardim Santa Tereza Via Santo Antônio E.E.P.G. MARREY JÚNIOR CORONEL RUA ESTEVEAM P. RUA GABRIEL RUA ALBERTO P. GOULART RUA NICOMEDES BISPO RUA ANDRÉ RODRIGUES BOMEDIANO RUA FLORIANO RUA ARLINDO L. TEIXEIRA R. FCO. COTINI RUA JOSÉ DE SANTI RUA VINTE E TRÊS RUA DR. NESTOR SEABRA RUA SEN. S. M. A. RUA LUÍZA V. CILLA RUA JOÃO CAVALI RUA AGAPITO LEMOS RUA VISCONDE DE BARBACENA RUA DR. DE ALMEIDA OLIVEIRA RUA SEBAS - TIÃO DE PAULA RUA. DR. FRANCISCO DE OLIVEIRA RUA J. FARAH RUA "E" RUA CARDEAL ARCO VERDE RUA GARCIA PAES COSTA RUA ISMAEL DA L. FILHO RUA RÉGIS BITENCOURT RUA DONA NEÓFITAS NASCI- MENTO RUA RUA JOÃO DE SOUZA DA MAR- CONDES RUA PONTA DA PRAIA DUARTE RUA PRAIA Jardim Regina Jardim Estori RUA ERMELINDA PEREIRA R. NICOLA ROSSICA RUA CÍCERO DE BARROS RUA PLÁCIDO DE CASTRO RUA GUARUJÁ RUA JOSÉ BONIFÁCIO RUA PAULO MARQUES R. FERNAN- DO COSTA TV TAZITSU CSU RUA JOSÉ PIMENTA FILHO RUA LUIZ MOTERANI ALMI- CA ARTONI RUA CUBATÃO MARTIN RUA MARIA L. NAGO SILVA R. SÃO VICENTE RUA FRANCISCO TRÉVIA RUA PRAIA GRANDE SPINENELLI RUA CAETANO RUA CAMPOS SALES AV. MEDEIROS ALBINO RUA JOSÉ TARIFA RUA CAROLINA LEMES RUA JOSÉ FEDATO TRAVESSA GUARUJÁ SEC. MUNICIPAL DE OBRAS Jardim Aviação DE MORAIS R. MANOEL RUIZ GARCIA MÁQUINAS ESTEVES RUA DOZE DE OUTUBRO MICROBACIA DO CÓRREGO DA COLÔNIA MINEIRA - PRESIDENTE PRUDENTE/SP Títuo: Escaa: Autora: Fonte: Apoio Financeiro: LEGENDA Decada de 1940 Decada de 1950 Decada de 1960 Decada de 1970 Decada de 1980 Decada de 1990 Limite da bacia hidrográfica Curso d'água permanente Curso d'água intermitente MAPA DE LOCALIZAÇÃO CARTA DA EVOLUCAO DO PARCELAMENTO DOS BAIRROS Escaa: 1: m 100 metros Adriana Oivia Aves Prefeitura Municipa de Presidente Prudente-Cartas Paniatimétricas, Escaa 1: Orientador: Prof. Dr. Antonio Cezar Lea Desenhistas: Figura: Adriana Oivia Aves e Caros Eduardo Secchi Camargo Instituição: 04 unesp Página: 64 N

66 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP 5. Síntese do Diagnóstico Ambienta: inter-reações do Estado Ambienta e da Quaidade de Vida O Diagnóstico Ambienta constitui uma das etapas do Panejamento Ambienta, o qua permite apontar um conjunto de dados, informações e características de um determinado oca. O Diagnóstico Ambienta é o resutado do evantamento e anáise dos eementos e variáveis, podendo ou não ser viabiizados para tomada de decisões na esfera do Panejamento Ambienta Urbano Municipa. Como exempo de metodoogias de Diagnóstico Ambienta, pode-se citar Nou e Costa (1994), Betrame (1994), Cunha e Guerra (1996), IPT (1995), Lea (1995) e os Estudos dos Impactos Ambientais (EIAs) por Ab Saber e Müer-Pantenberg (1994). Estudos referentes ao Diagnóstico Ambienta, em sua maioria, adotam como área de estudo as bacias hidrográficas. Este fato está associado a capacidade deste recorte de agutinar as ações desenvovidas pea sociedade e por constituir-se num referencia no gerenciamento dos recursos hídricos. Aém da característica do recorte bacia hidrográfica, a utiização da ferramenta cartográfica torna-se de suma importância, na medida que é utiizada para representar as informações e os processos ambientais e também sintetizar a anáise da pesquisa para fins diversos, como tomada de decisão de âmbito púbico e privado. Deste modo, verifica-se que os Diagnósticos Ambientais possuem as seguintes variáveis, conforme se verifica no Quadro 03: Quadro 03: Variáveis do Diagnóstico Ambienta Tipos Pesquisas Didáticos EIAs/RIMAs Reatórios de Biotecnoógicas UGRHIs Recortes Área Costeira Mangue Bacia Foresta hidrográfica Instrumentos Bases Anáise de Trabahos Anáise da Metodoógicos Cartográficas Perfi de de Quaidade da Soo Iniciativas Universidade Usinas Hidreétricas Org.: Adriana Oivia Aves (2003). Pesquisas Acadêmicas Lagoa Anáise do Cima Campo Água FEHIDRO Poder Púbico Órgãos de Fomento à Pesquisa Deste modo, verifica-se que a natureza da eaboração do Diagnóstico Ambienta (DA) varia segundo seu tipo, recorte, instrumento metodoógico e iniciativa. A organização destas características do DA irá respadar a construção das outras etapas do Panejamento Ambienta, ou seja, é a partir do Diagnóstico Ambienta que será gerado o Prognóstico e o 65

67 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Zoneamento Ambienta, pois ee contém proposições que orientarão os apontamentos futuros e a resoução dos probemas ambientais. Segundo a metodoogia proposta por Lea (1995), o Diagnóstico Ambienta é composto por duas etapas principais, o Estado Geoecoógico e a Quaidade de Vida, conforme se verifica na Figura 05: Figura 05: Etapas do Diagnóstico Ambienta DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ESTADO AMBIENTAL ESTADO GEOECOLÓGICO QUALIDADE DE VIDA Indicadores ANÁLISE DOS PROCESSOS AMBIENTAIS ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE VIDA DA POPULAÇÃO LOCAL SÍNTESE DA DINÂMICA SÓCIO - AMBIENTAL Fonte: Aves (2001), p. 14. Devido o trabaho de Aves (2001), que consistem apresentar um estudo mais competo sobre o Diagnóstico Ambienta da microbacia do córrego da Coônia Mineira, opta-se nesta etapa por apresentar uma atuaização e contribuições inéditas na anáise do Estado Ambienta da referida microbacia. Para tanto, serão contextuaizados aguns impactos ambientais existentes na microbacia, apontando um estudo mais detahado das diferenças sócio-espaciais e da ógica da ocupação dos fundos de vae na microbacia, os quais serão inter-reacionados com a síntese da quaidade de vida. 66

68 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP 5.1. Diferenças sócio-espaciais e a ógica da ocupação dos fundos de vae na microbacia do córrego da Coônia Mineira Partindo das proposições egais para a contextuaização da probemática ambienta urbana e, sobretudo, com reação à proteção dos fundos de vae; indaga-se : quais são as potenciaidades das eis no que tange a proteção dos recursos hídricos? Estas eis reamente protegem os fundos de vae? De modo gera, na Constituição Federa de 1988, observa-se uma inovação ao considerar o direito a um Meio Ambiente ecoogicamente saudáve. A apicação deste direito possui dois desdobramentos: Ação Popuar: quaquer cidadão pode peitear a anuação de atos esivos ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e popuar (artigo 5º, inciso LXXIII); Inquérito Civi e Ação Civi Púbica: Acionamento da sociedade civi junto ao Ministério púbico através de denúncia que irá iniciar investigação. (IKUTA, 2003). Aém disso, na Constituição Federa de 1988, verifica-se o caráter descentraizador no que tange a proteção do meio ambiente, pois sua competência é comum nas três esferas de governo: federa, estadua e municipa. Outro ponto positivo é que a eis ambientais podem ser reforçadas peas outras esferas, cabendo a União o estabeecimento de normas gerais e, aos Estados e Municípios, de normas compementares. Com reação ao caráter prático, o artigo 208 proíbe o ançamento de efuentes e esgotos sem o devido tratamento em quaquer corpo d água. Na Constituição do Estado de São Pauo um marco bastante importante é a instituição, em 1991, com a promugação da Lei 7.633/91, da Poítica e Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Pauo, que tem como objetivo: Assegurar a água que possa ser controada e utiizada, em padrões de quaidade satisfatórios, por seus usuários atuais e peas futuras gerações. (At. 2º). De modo gera, esta instituição trouxe grandes avanços na reguamentação dos princípios estabeecidos pea União reativos a questão ambienta, vaorizando e fortaecendo o pape dos municípios e da coetividade. A Constituição do Estado de São Pauo definiu os princípios da Poítica de Desenvovimento Urbano, vaorizando novamente o pape dos municípios na 67

69 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP reguamentação do assunto, principamente por meio do Pano Diretor, cuja obrigatoriedade foi ampiada para todos os municípios. (IKUTA, 2003). Mas é com o Código Foresta que se percebe concretamente o apontamento da proteção dos cursos d água, sejam ees recursos hídricos ou não, estabeecidos entre Áreas de Preservação Permanente. O Código Foresta Estabeece no artigo 2º e 3º a proteção das formas de vegetação e imites de ocupação ao ongo dos cursos d água e em topos de morros e vertentes com decividades acentuadas (Áreas de Preservação Permanente): As Áreas de Preservação Permanente são consideradas áreas protegidas do ponto de vista da intocabiidade da vegetação e ocupação peo Código Foresta (Lei 4.771/65, aterado peas Leis 7.803/89 e 7.875/89 e atuaizado até 1991): Art. 2º- considerando-se de preservação permanente, peo só efeito da Lei, a foresta e as demais formas de vegetação natura situadas: a)ao ongo dos rios ou de quaquer curso d água desde o seu níve mais ato em faixa margina cuja argura mínima seja: 1) de 30 (trinta) metros para os cursos d água de menos de 10 (dez) metros de argura. 2) de 50 (cinqüenta) metros para cursos d água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinqüenta) metros de argura. 3) de 100 (cem) metros para cursos água que tenham de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) metros de argura. 4) de 200 (duzentos) metros para os cursos d água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de argura. 5) de 500 (quinhentos) metros para os cursos d água que tenham argura superior a 600 (seiscentos) metros. b) ao redor das agoas, agos reservatórios d água naturais ou artificiais. c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados ohos d água, quaquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinqüenta) metros de argura. d) no topo de morros, montes, montanhas e serras. e) nas encostas ou partes destas com decividade superior a 45º, equivaente a 100% na inha maior de decive. f) nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabiizadoras de mangues; g) nas bordas de tabueiros ou chapadas, a partir da inha de ruptura do reevo, faixa nunca inferior a 100 (cem) metros, quaquer que seja a vegetação. Apesar do Código Foresta ser considerado como a ei de maior ênfase nos severos dispositivos de punição ao infratores (muta e prisão), encontra-se nee uma fragiidade neste código no que se refere a supressão da vegetação: em caso de utiidade púbica ou de interesse socioeconômico devidamente caracterizados e motivados em procedimentos administrativos próprios, quando inexistir aternativa técnica ocaciona ao empreendimento proposto (artigo 4º), dependendo do órgão municipa sua autorização. (IKUTA, 2003). 68

70 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Aém da preocupação direta com as eis que regem a questão ambienta, deve-se depositar importância sobre a Lei Federa sobre Parceamento do Soo Urbano, pois por meio dee pode-se estabeecer mecanismos que atenuem a especuação imobiiária. A Lei Federa de 1979 tratou do parceamento do soo urbano até 1999, quando foi aterada pea Lei 9.785/99. Aém de definir parâmetros mínimos para o parceamento do uso do soo, estabeecia a reserva de áreas de riscos e preservação ambienta e a reserva para áreas púbicas. Com a ateração da Lei, deegou-se aos municípios a competência de estabeecer o percentua da área do oteamento a ser destinada ao Poder Púbico. Este foi o principa ponto negativo da mudança da ei, pois as áreas púbicas estão muito mais susceptíveis às pressões dos especuadores imobiiários para rebaixarem ao mínimo as exigências dos projetos de parceamento do soo. (IKUTA, 2003). No âmbito municipa, a Lei Orgânica Municipa estabeece no artigo 185 que o Município deverá atuar, mediante panejamento, no controe e fiscaização das atividades púbicas e privadas, causadoras efetivas ou potenciais de aterações significativas ao meio ambiente. Aém disso, fica à cargo do município a promoção e manutenção de um inventário e mapeamento da cobertura vegeta nativa e dos rios e córregos e a criação do Fundo Municipa para Recuperação Ambienta do Município, para onde serão canaizados os recursos advindos das penaidades administrativas. Compreendem-se como diferenças sócio-ambientais dos fundos de vae os diversos tipos e formas de uso e ocupação do soo, a produção de cenários ambientais (sejam estes de degradação ou não) e suas variações sobre a quaidade de vida da popuação à uz dos mecanismos da egisação ambienta como eemento orientador das ocupações (in)adequadas. De acordo com os Trabahos de Campo reaizados na microbacia do córrego da Coônia Mineira, a ógica de apropriação dos fundos de vae aponta as seguintes tipoogias de utiização: a) as áreas dos fundos de vae encontram-se abandonadas, não se incorporando ao processo de urbanização; b) as áreas dos fundos de vae sofrem intervenções arbitrárias, incuindo canaizações; c) as Áreas de Preservação Permanente (APP), determinadas peo Código Foresta, são iegamente destinadas ao uso recreativo como áreas de azer ou são ocupadas por oteamentos irreguares ou candestinos, 69

71 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP d) as áreas dos fundos de vae são transformadas em receptores de ixo, entuho e esgotos, entre outras formas de ocupação ambientamente inadequadas; e) as áreas dos fundos de vae passam por um processo de revitaização das áreas de azer púbicas aí ocaizadas; f) as áreas dos fundos de vae estão passando por uma fase de incorporação ao processo de urbanização com a incusão da função recreativa reaizado pea atua gestão municipa de Presidente Prudente. Apesar de muitas vezes ser afirmada a fata de incorporação dos fundos de vae ao processo de urbanização, é importante deixar caro que historicamente a poítica municipa do meio ambiente de Presidente Prudente geramente não vaorizou ou considerou os fundos de vae no processo de panejamento. São áreas que simpesmente ficam avusas, sobram no conjunto do tecido urbano e dos oteamentos. Mas isso não é regra gera, o córrego do Veado, nas proximidades do Parque do Povo, é um exempo disso. No início de sua ocupação, sua área adjacente era ocupada por moradias de baixo poder aquisitivo. Porém, com a intervenção de agentes púbicos e privados, foram criados externaidades para sua vaorização e revitaização da área. Recentemente, na gestão do prefeito Agripino Lima ( ) vem se desenvovendo um projeto de urbanização dos fundos de vae. Este projeto constitui-se na impantação de equipamentos recreativos nos fundos de vae de Presidente Prudente. Ocorre em áreas onde foram destinadas irreguarmente as áreas de azer dos oteamentos e principamente em ocais onde se estabeeceu certo grau de improvisação do azer por parte dos moradores ocais. Por meio de visitas de campo reaizados na área, constatou-se que os equipamentos recreativos instaados nesses fundos de vae são semehantes, ocorrendo uma padronização no modeo das praças/parques e não uma adaptação para o perfi da popuação freqüentadora, tais como: quiosques, equipamentos infantis, praças poiespotivas, campinhos de futebo e fontes. De acordo com as informações obtidas junto a Secretaria de Obras, aém da impantação desses equipamentos, está prevista também no projeto de urbanização dos fundos de vae, a revitaização daquees já existentes, como nos casos do Parque São Judas Tadeu e Parque do Povo, entre outros. Deve-se saientar que em todas as áreas em que está ocorrendo o processo de revitaização e naquees onde foram impantados os equipamentos, os fundos de vae 70

72 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP encontram-se canaizados. Segundo a Secretaria de Panejamento, nos ocais onde está prevista a impantação do projeto pretende-se também futuramente efetuar iguamente a canaização, como é o caso do CDHU Inoocop. Com base nas variações dos tipos de apropriação dos fundos de vae citados anteriormente, serão reaizadas na seqüência agumas considerações acerca dos fundos de vae do córrego da Coônia Mineira. Conforme a cassificação feita anteriormente, existem seis tipos diferentes de utiização dos fundos de vae. O primeiro tipo se refere às áreas que se encontram totamente abandonadas, não sendo incorporadas ao processo de urbanização. Nos fundos de vae do córrego da Coônia Mineira eas podem se diferenciar em dois tipos: áreas que são determinadas como Áreas de Preservação Permanente, porém utiizadas como áreas para pastagem de gado; e as áreas que foram determinadas irreguarmente como áreas de azer, porém ainda não efetivadas. É freqüente o abandono nos fundos de vae desta microbacia, sendo comuns os resquícios de utiização de antigas propriedades rurais, denotando a existência de áreas ainda não incorporadas ao processo de urbanização. Contudo, as áreas de preservação permanente não são respeitadas, devido à incorporação do pasteio anima. O outro tipo se refere às áreas de fundo de vae que foram destinadas irreguarmente como áreas de azer, sem no entanto serem impementadas. A área em apreço ocaiza-se no Parque São Lucas e foi canaizada no início da década de Atuamente esta área aguarda a impantação de um parque/praça previsto para o ano 2003 no projeto de urbanização dos fundos de vae do município de Presidente Prudente. Conforme se observa na Figura 06: 71

73 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Figura 06: O córrego encontra-se canaizado e área de azer não está efetivada, porém está prevista a impantação de um parque. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. A paisagem ambienta dos fundos de vae da microbacia do córrego da Coônia Mineira é marcada majoritariamente pea ausência da mata ciiar, disposição inadequada de ixo, entuho e deposição de esgotos. Tais fatores egitimam a prerrogativa da canaização dos córregos e a impermeabiização das microbacias. Deste modo, pode-se afirmar que de fato existe uma ineficácia do modeo de Panejamento da Poítica Municipa do Meio Ambiente de Presidente Prudente (HENARES, 1999). Ao mesmo tempo em que existem instrumentos e instâncias para normatizar e fiscaizar os abusos ao meio ambiente, a exempo do DAEE (Presidente Prudente-SP), Secretaria do Meio Ambiente, Secretaria do Panejamento e Secretaria de Obras, Prudenco, não existem uma parceria entre ees. A visão que se tem no interior de cada uma dessas instâncias/instituições é que cada qua é responsáve por atacar dimensões diferentes, sejam estas de cunho administrativo, prático ou ega, não ocorrendo a integração de ambas. Outro tipo de uso muito reaizado nos fundos de vae da microbacia do córrego da Coônia Mineira são as intervenções arbitrárias, incuindo canaizações. Vários trechos do córrego sofreram a canaização fechada de ármico, como na Via Geni, Cidade Jardim, Parque São Judas Tadeu, Parque São Matheus, Parque São Lucas e Inoocop. 72

74 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Figura 07: Degradação dos fundos de vae nas imediações do Parque São Lucas e CDHU Inoocop: pouição do curso d água por meio da deposição de esgoto in natura, disposição inadequada de ixo e entuho. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. Figura 08 : Pouição do córrego no Inoocop por meio da deposição de esgoto, disposição inadequada de ixo e entuho. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. A reaização de intervenções nos cursos d água tem-se caracterizado como prática comum na cidade de Presidente Prudente, seja por meio da retificação do cana fuvia, por obras de engenharia, ou pea canaização de córregos. Esta útima ação costuma ocorrer mediante a reação de vários atores sociais, personificada nos agentes de produção do espaço urbano, do Poder Púbico Municipa ao 73

75 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Poder Privado, e muitas vezes, da própria popuação, representada por moradores que reivindicam a canaização do córrego. O cana fuvia do córrego da Coônia Mineira foi objeto de intervenções por obras de engenharia por várias fases de canaizações, em épocas e espaços diferentes. Vae frisar que as justificativas e soicitações da canaização desse curso d água não partem apenas de uma esfera da sociedade, a exempo do poder púbico municipa, o poder privado e a sociedade civi, têm pape preponderante nas intervenções neste curso d água. No bairro Residencia São Matheus, a partir do cruzamento da rua Meyre Peretti Aveino com as ruas paraeas João Antonio Seabra, Eduardo R. de Freitas e Genti de Oiveira, compreendendo a ocaização da área destinada ao uso recreativo do bairro, o curso d água canaizado está encaixado na área centra desta quadra de forma transversa. Segundo a Associação de Moradores do Bairro São Matheus, a canaização ocorreu no ano de 1992, mediante soicitação da popuação oca. Segundo o representante da Associação de Moradores, o pedido de canaização fora feito devido aos vários incômodos encontrados no fundo de vae proporcionados peas voçorocas e disposição irreguar de ixo e esgoto. Desta maneira, a soução apresentada pea popuação e peo poder púbico municipa foi canaizar o curso d água neste trecho com tubos de concreto. Entretanto, este tipo de prática, de caráter paiativo, não atinge a essência da questão da degradação dos recursos naturais no meio ambiente urbano. A ambigüidade do pape desempenhado peos agentes de produção do espaço urbano possui uma função de aienação dos probemas urbanos, que tende a mascarar a causa e o efeito, onde as conseqüências são ocutadas. Por meio de uma prática comum entre os agentes da produção do espaço urbano, personificado no agente imobiiário, incorpora-se sobre ao cana fuvia do córrego e à área de Preservação Permanente a área reservada ao uso recreativo que segundo Lei Federa e Lei Orgânica do Município (fundamentadas peo Pano Diretor) de 1979, deve ser destinado 10% do tota de cada oteamento. Desta maneira, proporciona-se um mehor aproveitamento da área em detrimento da oferta de áreas de azer púbica no bairro. Com reação aos transtornos/impactos ambientais reacionados aos processos físicos e sociais do córrego (ocupação inadequada e/ou instabiidade de inundação das margens do córrego), foram identificadas agumas situações, tais como: enchentes, umidade, rachaduras e perda de bens, como ocorre sazonamente na época das águas na Via Geni. 74

76 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP O quadro ambienta que mais singuariza a microbacia do córrego da Coônia Mineira é formado pea reação existente entre Impactos Ambientais Urbanos X Ausência de Áreas de Lazer. Com reação aos impactos ambientais, fica evidente que nas áreas de azer púbicas e, principamente, nas áreas dos fundos de vae, a situação ocorre sob o número representativo de áreas não efetivadas. Entende-se por impacto ambienta todas as aterações das características naturais, com conseqüências negativas para a quaidade de vida e ambienta. Segundo Coeho (2001), o conceito adotado por impacto ambienta pode ser definido como o: [...] processo de mudanças sociais e ecoógicas causado por perturbações (uma nova ocupação e/ ou construção de um objeto novo: uma usina, uma estrada ou uma indústria) no ambiente. Diz respeito ainda à evoução conjunta das condições sociais e ecoógicas estimuada peos impusos das reações entre forças externas e internas à unidade espacia e ecoógica, histórica ou sociamente determinada. É a reação entre a sociedade e natureza que se transforma diferencia e dinamicamente. Os impactos ambientais são inscritos no tempo e incidem diferenciamente, aterando as estruturas das casses sociais e reestrurando o espaço. Impacto ambienta é indivisíve. No estágio de avanço da ocupação do mundo, torna-se cada vez mais difíci separar impacto biofísico de impacto socia. Na produção dos impactos ambientais, as condições ecoógicas ateram as condições cuturais, sociais e históricas, e são por eas transformadas. Como um processo em movimento permanente, o impacto ambienta é, ao mesmo tempo, produto e produtor de novos impactos. Como produto, atua como novo condicionante do processo no momento seguinte. É importante considerar que as novas condições não permanecem idênticas àqueas do início do processo. (p.24-25). Como se pode notar, os impactos ambientais possuem uma conotação indissociáve da reação sociedade natureza, seja pea reciprocidade ação reação, determinada pea ação antrópica, seja pea cadeia interdependente de outros mecanismos que geram outros impactos, sejam ees sociais, cuturais, ecoógicos ou históricos. Aguns impactos ambientais fazem parte do cotidiano de aguns bairros, como a Via Geni: enchentes causadas por canaizações fechadas, presença de ixo, esgoto, movimentações de terra que podem ser observados na figura 09 a seguir: 75

77 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Figura 09: Impactos ambientais na Via Geni: disposição irreguar de resíduos sóidos e íquidos. Fonte: Pesquisa de Campo (2003). Autora: Adriana Oivia Aves. Outro grande probema encontrado na microbacia do córrego da Coônia Mineira é a deposição irreguar de entuhos, normamente evacuados nos fundos de vae. O oca que mais reguarmente é utiizado peos carroceiros para esta destinação é o fundo de vae entre o Jardim Iguaçu e Inoocop, conforme se verifica nas Figuras 10 e 11: Figura 10: Disposição irreguar de entuhos no fundo de vae entre o Inoocop e Jardim Iguaçu. Fonte: Pesquisa de Campo (2003), Autora: Adriana Oivia Aves. 76

78 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Figura 11: Invariavemente moradores residentes na área de Preservação Permanente do córrego das Coônia Mineira sofrem transtornos, devido a inadequada canaização fechada instaada neste oca, que não suporta o voume das águas puviais. Fonte: Pesquisa de Campo (2003), Autora: Adriana Oivia Aves. Foram diagnosticados seis casos de moradores que tiveram agum tipo de transtorno à sua residência, e, conjuntamente às suas condições de vida, reacionados a rachaduras, enchentes, perda de bens e umidade. A maior parte dos casos está ocaizada na Via Geni. Nesta área, a drenagem fuvia encontra-se canaizada, sendo que ocorreram duas inundações nos anos de 1996 e 1999, associadas ainda às conseqüências de umidade, rachadura e perda de bens. A jusante desta área se observa o fina da canaização fechada, ocaizada no bairro Via Geni, conforme a Figura 12: 77

79 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Figura 12: Trecho do córrego da Coônia Mineira onde o cana de drenagem está canaizado. Neste período havia o aforamento da vegetação. Fonte: Pesquisa de Campo (2000). Autor: Adriano Rodrigues de Oiveira. Nas Figuras 13 e 14 podem ser observadas as mudanças na paisagem: sem vegetação aguma, principamente em época de chuva, a pedido dos moradores ocais, a PRUDENCO passa suas máquinas sobre as ruas não pavimentas reaizando movimentações de terra e assoreamento junto ao córrego. Figura 13: Movimentações de terra e ausência de pavimentação na rua Angei: conseqüente assoreamento do córrego da Coônia Mineira entre o cana canaizado fechado e a canaização aberta. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. 78

80 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Figura 14: Loca de destino das movimentações de terra entre a canaização fechada e as proximidades da foz do córrego da Coônia Mineira na Via Geni: processo contínuo de assoreamento. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. Como arte do projeto de revitaização das áreas de azer púbicas, as áreas de fundos de vae passam por um processo de revitaização das áreas de azer existentes. Como exempo tem-se a área de azer ocaizada no Parque São Judas Tadeu. Esta área constitui um sucessivo conjunto de praças encaixadas em fundo de vae, onde sua drenagem fuvia encontra-se totamente canaizada. A vegetação das praças encontra-se em estado de degradação, permanecendo ongos trechos abandonados por matagais, reduzido número de árvores, carência de equipamentos recreativos, sendo que os existentes permanecem sucateados. Como parte do projeto de urbanização dos fundos de vae, esta área passa periodicamente por revitaização tanto da vegetação, da iuminação como do mobiiário. Entretanto, essas praças tornaram-se áreas abandonadas peos próprios moradores ocais que, segundo ees, tornaram-se pontos de tráfico de drogas, com péssima iuminação e, conseqüentemente, com baixa segurança. Outro fator negativo está reacionado à posição das praças. Estas se encontram encaixadas nos fundos de vae com suas aterais oteadas, que se configuram em obstácuos, tornando-as escondidas e inseguras para a comunidade oca. Outro tipo de uso e ocupação dos fundos de vae muito freqüente, são as destinações privadas, seja por oteamentos como no caso do Parque São Lucas, seja por outros usos 79

81 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP particuares como é o caso da ocaização do Cube Vereda dentro da Área de Preservação Permanente, conforme se verifica na Figura 15: Figura 15: Cube Vereda ocaizado na área de Preservação Ambienta. Fonte: Pesquisa de Campo (2003). Autora: Adriana Oivia Aves. Por útimo, as áreas de fundos de vae estão passando por uma fase de incorporação ao processo de urbanização com a incusão da função recreativa reaizada pea atua gestão municipa de Presidente Prudente. Na área da microbacia do córrego da Coônia Mineira, o único projeto que se efetivou está ocaizado no Parque São Matheus. Outros projetos previstos para o ano de 2003 estão ocaizados no proongamento do Parque São Matheus e no CDHU Inoocop. Na área de Lazer do Parque São Matheus se observa a transição de vários usos paraeos que foram identificados neste trabaho. Iniciamente, antes da ocupação do bairro, este trecho do córrego era uma área de deposição de ixo, entuho e esgoto. Posteriormente, com o parceamento e a ocupação do Parque São Matheus, as pressões em virtude da degradação ambienta e reivindicação da popuação acabaram por sustentar prerrogativa da canaização deste trecho. Devido a ausência de efetivação da área de azer no bairro, neste mesmo oca, os moradores começaram a improvisar equipamentos de azer como a formação de campinhos de futebo e impantação de bancos. A improvisação desta área perdurou até o início de Em meados do ano de 2002, instaou-se neste fundo de vae o primeiro projeto de urbanização da microbacia do córrego da Coônia Mineira. 80

82 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Figura 16: Fundo de vae do córrego da Coônia Mineira ocaizado no Parque São Matheus: primeira área da microbacia do córrego da Coônia Mineira onde foi efetivado o Projeto de Urbanização do Fundo de Vae. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. Figura 17: Outra vista parcia do fundo de vae do córrego da Coônia Mineira ocaizado no Parque São Matheus sendo identificados aguns Equipamentos comuns dos Projeto de Urbanização do Fundo de Vae: presença de fontes, quiosques, bancos, equipamentos poiesportivos (campos de futebo, vôei, basquete) e esparsa vegetação. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. 81

83 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Considera-se que a maneira pea qua são impantados estes projetos de Urbanização dos Fundos de Vae (seja na microbacia do córrego da Coônia Mineira, seja na ógica gera da cidade de Presidente Prudente), existe uma conveniência em aceitar essas como as únicas áreas de azer existentes em cada oteamento. Deve-se saientar que está previsto no Pano Diretor de 1996 que, para cada oteamento deve ser reservado 10% para a área de azer e que esta, deve estar ocaizada em reevo favoráve e não concomitante a Área de Preservação Permanente, deve ser protegida conforme o Código Foresta. Todavia, não se critica o atua uso de azer para os fundos de vae, muito peo contrário. Considera-se esta aternativa a mais viáve, pois pouco uso pode ser feito nos fundos de vae. Duvida-se sobre a forma de impantação deste projeto nesses ocais sob a ausência de uma integração do processo de urbanização e os eementos naturais, pois não se compatibiiza a presença do córrego com a ocupação das áreas de azer. Saientamos ainda que esse processo não é comum apenas à Presidente Prudente. Como exempo, a cidade de Curitiba Paraná por meio de um modeo de Panejamento estratégico reproduz esta ógica em seus fundos de vae: A ausência de uma poítica de ocupação de seus fundos de vae faz ainda com que se desencadeie o probema crônico da ocupação de áreas inadequada, por uma popuação pobre, contribuindo para o processo de degradação ambienta. Como forma de conter essa ocupação, a impantação de parques ineares na beira de determinados rios, principamente nas áreas nobres da cidade, constitui a única poítica municipa adotada. São, entretanto, parques de paisagem, que não guardam reação com o ecossistema. Cada criação paisagística é apresentada como uma contribuição estudada à uz da ecoogia, mesmo que se resuma a parques tematizados, jardins ambientais que, na verdade, se configuram em compexos esportivos de bairros ou foreiras de rua. Visivemente questionáveis em sua eficácia no que se refere a sustentabiidade urbana, esses projetos se fazem acompanhar de fortes campanhas igadas à mídia que se postuam como de educação ambienta e de ampiação da consciência ecoógica. (MOURA, 2001, p. 220). A autora ainda argumenta que, associada aos instrumentos de gestão ambienta, deve ser compatibiizada (aém de um programa de coeta de ixo e ainda um sistema de tratamento de esgoto) a democratização da participação da sociedade civi, pois é através dea que se construirá a poitização da questão ambienta, sendo esta conquistada por meio da sensibiização e conscientização. A síntese do Estado Geoecoógico da microbacia do córrego da Coônia Mineira pode ser observada na Figura 18: 82

84 MAPA - 03 v V MICROBACIA DO CÓRREGO DA COLÔNIA MINEIRA - PRESIDENTE PRUDENTE/SP LEGENDA Estrada de Ferro Escoa Igreja Ocupações Irreguares Curva de níve Sucos Ravina Voçoroca Soapamento Assoreamento Movimento de terra Disposição irreguar de ixo domiciiar v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v V v v v v v v v v v v V v v v v v v v V v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v vv v vv v vv vv vv v v v v v v vv v v v vv v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v vvvvvvvvv v v v vv v v V v vv v v vvv v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v vvvvvv v vv vvvv v v v v V v v v v v v v v v v v v v v V v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v v Disposição irreguar de entuhos Lançamento de esgotos Desmatamento Área Inundáve Praças/Parques Áreas Vazias Áreas Loteadas Limite da bacia hidrográfica Curso d água permanente Curso d água intermitente Canaização aberta Canaização fechada Títuo: CARTA DO ESTADO GEOECOLOGICO Escaa: Escaa: 1: m 100 metros Autora: Adriana Oivia Aves Equidistância das curvas de níve: 10 metros Orientador: Prof. Dr. Antonio Cezar Lea Fonte: Prefeitura Municipa de Presidente Prudente-Cartas Paniatimétricas, Escaa 1: ; IBGE-200, Amorim (1997) e Trabaho de Campo (2001). Apoio Financeiro: Desenhistas: Figura: Adriana Oivia Aves e Caros Eduardo Secchi Camargo Instituição: 18 unesp Página: 82

85 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP 5.2. Síntese Quaidade de vida Iniciamente é importante destacar o significado de Quaidade de Vida que: [...] pode ser definida por meio das condições de satisfação e das necessidades básicas da popuação para uma vida digna.. (LEAL, 1995, p. 96). Este significado é baseado em um conjunto de indicadores objetivos e subjetivos. Estes indicadores podem ser: condição sócioeconômica, saúde, infra-estrutura urbana, meio de transporte, segurança, educação, azer e questão ambienta. A quaidade de vida é uma refexão que associa a anáise de vários indicadores à percepção ambienta da popuação, isto é, suas necessidades, ansiedades e perspectivas frente ao meio a qua está inserida. Nesse sentido, envove a anáise do pesquisador e a expectativa da popuação. Os objetivos da Quaidade de Vida fundamentam-se em: Diagnosticar a interferência dos indicadores na quaidade de vida da popuação; Eaborar reatórios (de inguagem acessíve) e promover reuniões e debates com os atores envovidos sobre os probemas diagnosticados; Eaborar audos ambientais para tomada de decisões (municipa, saúde, educaciona, panejamento, etc), a fim de promover estratégias de reversão do quadro de redução da quaidade de vida. Para reaizar a síntese da quaidade de vida e ambienta na microbacia utiizou-se como base o trabaho reaizado por Aves (2001). Para atuaização e verificação de possíveis mudanças diagnosticados no trabaho anterior, foram feitos novos trabahos de campo e enquetes 3 junto à popuação, verificando que o quadro de quaidade de vida e ambienta na microbacia do córrego da Coônia Mineira não sofreu aterações. Com isso busca-se fazer uma síntese, por meio da probematização das questões ambientais e urbanos, de aguns eementos de anáise identificados peo Estado Ambienta (inter-reação do Estado Geoecoógico Quaidade de vida) da microbacia do córrego da Coônia Mineira. A microbacia está passando por um processo de degradação aceerada especiamente nas áreas próximas às drenagens fuviais. O quadro ambienta é formado pea presença de impactos ambientais, como os processos erosivos, reacionado com concentrações de sucos 3 Foram apicada uma amostragem pioto de quinze questionários para verificar possíveis mudanças no quadro gera da Quaidade de Vida e Ambienta anaisado na pesquisa efetuada por Aves (2001). 84

86 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP nas cabeceiras das drenagens e, principamente, com os soapamentos das margens fuviais, acarretando o assoreamento e muitas vezes interrupção do eito natura do córrego. Com reação a proteção das margens fuviais, na maior parte da microbacia a mata ciiar encontra-se ausente, em aguns pontos restam resquícios de vegetação, que não mais reaiza a função de proteger as encostas dos processos erosivos e assoreamentos. A degradação ambienta da quaidade hídrica do córrego da Coônia Mineira é agravada pea disposição irreguar de ixo, entuho e deposição de esgotos in natura, haja vista que em quase todos os trechos percorridos é visíve a presença destes eementos, com exceção da área dos tributários de 1º ordem de ramificação e da área da canaização de concreto a céu aberto, à jusante do córrego. Quanto as proposições do instrumento ega, estas apontam inadequações da ocupação urbana nas áreas de Proteção e Preservação Ambienta. Na área do baixo curso, com especia atenção na Via Geni, várias edificações encontram-se na área de Preservação Permanente e nas áreas de risco de inundação, afetando a Lei nº 7.875/65, artigo 2º do Código Foresta. As intervenções de obras de engenharia por meio de canaizações ocorrem sem nenhum tipo de diagnóstico da área, eaboração de projetos, ou mesmo pedido de outorga para autorizar intervenções junto ao Departamento de Águas e Energia Eétrica (DAEE) 4. As canaizações são reaizadas sem evantamento de informações, sendo arbitrárias do ponto de vista técnico, ega e urbano. Do ponto de vista técnico, são utiizados materiais que em pouco tempo deterioram-se e o diâmetro da tubuação não suporta a quantidade de águas nos períodos chuvosos, aém da ausência de um projeto de evantamento com as características da área. São arbitrárias também do ponto de vista ega, pois o pedido de outorga nunca foi efetivado nesta microbacia, aiado a ocupação das áreas de Proteção e Preservação Ambienta. E, por útimo, do ponto de vista urbano, pois não contempa a harmonia paisagística do recurso hídrico em áreas urbanas densamente consoidadas. Outro exempo de inadequação do apareho ega é a não efetivação das áreas destinadas ao azer na microbacia do córrego da Coônia Mineira. Conforme estabeece a Lei nº 6.766/79 no Capítuo V, Artigo 17 sobre a aprovação dos oteamentos, que todas as áreas púbicas, sejam as destinadas para uso instituciona ou recreativo, não podem ser ateradas peo oteador. 4 Informações obtida via entrevista com o Diretor do DAEE em novembro de

87 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Com reação ao Pano Diretor do município de Presidente Prudente, este dispõe que todo oteamento deve destinar peo menos 10% de área reservada para uso recreativo, sendo que a Lei nº 2.110/80, no artigo 6º, inciso V, reguamenta que a ocaização do reevo desta área no oteamento deve ser favoráve. Entretanto, grande parte das áreas destinadas ao azer encontram-se em fundos de vae, em Áreas de Preservação Permanente e, ainda, com outros tipos de usos, como as oteadas ou áreas improvisadas peos moradores residentes na área da microbacia, como no Parque São Matheus. Aém destes confitos, anaisados no processo de urbanização e estruturação da cidade, verificou-se que os probemas ambientais diagnosticados têm estreita reação com a redução da quaidade de vida da popuação oca. Segundo Aves (2001), resumindo num quadro gera, os indicadores de quaidade de vida apontaram condições razoáveis do perfi sócio-econômico da popuação; a maioria (44%) recebe entre dois e cinco saários mínimos. Quanto a infra-estrura urbana, reacionada a pavimentação, iuminação púbica, rede de água, coeta de esgoto e coeta de ixo, esta encontra-se adequada. As condições quanto a presença de equipamentos púbicos são péssima, com pouca existência de postos de saúde, escoas, deegacias de poícia, creches e praças/parques. Quanto a profissão e a escoaridade, a maioria está empregada em emprego informa (36%) e a maior porcentagem do níve de escoaridade é fundamenta incompeto (34%). A rede de transporte coetivo tem razoáve circuação no sentido bairro-bairro e boa circuação no sentido bairro-centro. Quanto as condições de moradia, a maior parte das residências possuem padrão de construção médio-baixo. Especificamente reacionados às condições de azer oferecidas na área da microbacia, dois agravantes incidem para a quaidade péssima neste requisito: a fata de disponibiidade de azer em espaços púbicos e a destinação da renda da popuação ser destinada quase que estritamente para o pagamento de necessidades básicas (aimentação e contas de água, uz, etc.), não sendo possíve o pagamento peo azer em espaços privados. Assim, verificou-se pouca possibiidade de atividades de azer entre os moradores da microbacia. A exposição aos impactos ambientais na microbacia foi diagnosticada principamente na área próxima à drenagem fuvia, tais como a presença de ixo, esgoto, entuho, animais mortos, movimentações de terra, processos erosivos. A avaiação dos moradores coincidiu com estes mesmos ocais, e, entre os incômodos reacionados, a pouição visua foi a que mais se destacou. Reacionados à enchentes, foram reatados casos ocaizados principamente na Via Geni e Cidade Jardim. 86

88 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Deste modo, apesar da espaciaização da quaidade de vida, apontar na maior parte das vezes quaidade razoáve, deve-se evar em preceito que esta determinação mascara as reais condições dos moradores. Na microbacia do córrego da Coônia Mineira, foram diagnosticados paraeamente impactos ambientais na área próxima à drenagem fuvia, decorrentes da ineficiência de panejamento ambienta-urbano nas cidades e, principamente, nos fundos de vae e redução da quaidade de vida, devido a probemas ambientais anteriormente mencionados: fata de opção de azer, ausência de áreas verdes, impactos ambientais e carência de equipamentos púbicos. Nesse sentido, pode-se inferir que a mehoria da quaidade de vida da popuação está associada às medidas estruturais, reacionada à situação econômica conjuntura (crises de desemprego, fata de oportunidades no mercado de trabaho) e as medidas de acance oca, no âmbito municipa, como a efetivação de direitos determinados na egisação municipa (Pano Diretor) e na aprovação de oteamentos, como a destinação de áreas de azer e áreas institucionais para a impantação de equipamentos púbicos/comunitários. Para tanto, se faz necessário que a popuação conheça os direitos e deveres do munícipe, para que possa exigir a apicação de tais dispositivos egais. Apesar de, a maior parte da microbacia o processo de urbanização encontra-se quase totamente consoidado, (sendo que muitas das áreas destinadas ao uso púbico foram oteadas), restam as áreas dos fundos de vae, que em sua maioria permanecem desocupadas, ainda assim, muitas aternativas podem ser impementadas para mehorar a quaidade de vida da popuação (como será visuaizada na Carta de Propostas para a microbacia). A síntese da Quaidade de Vida na microbacia do córrego da Coônia Mineira pode ser observada na Figura 19: 87

89 MAPA - 04 N 182 MICROBACIA DO CÓRREGO DA COLÔNIA MINEIRA - PRESIDENTE PRUDENTE/SP LEGENDA Quaidade de Vida Péssima Quaidade de Vida Razoáve Quaidade de Vida Boa Limite da bacia hidrográfica Curso d'água permanente Curso d'água intermitente Curva de níve MAPA DE LOCALIZAÇÃO N Títuo: CARTA DE CLASSIFICAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E AMBIENTAL URBANA Escaa: Escaa: 1: m 100 metros Autora: Adriana Oivia Aves Orientador: Prof. Dr. Antonio Cezar Lea Fonte: Prefeitura Municipa de Presidente Prudente-Cartas Paniatimétricas, Escaa 1: ; IBGE Apoio Financeiro: Desenhistas: Figura: Adriana Oivia Aves e Caros Eduardo Secchi Camargo Instituição: 19 unesp Página: 88

90 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP 6. Prognóstico Ambienta para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira: construindo cenários futuros O Prognóstico Ambienta é uma das etapas do Panejamento que tem como objetivo anaisar as condições futuras de uma determinada área de estudo, frente às tendências atuais de uso e ocupação do soo e evoução do uso dos recursos naturais (CUNHA e GUERRA, 1996). Nesse sentido, o Prognóstico é gerado à partir do Diagnóstico Ambienta, em um esforço imaginativo sobre o futuro determinado peas ações desencadeadas no presente. Conforme saienta Lea (1995), a etapa do Prognóstico Ambienta Trata-se de um exercício que nos permite pré-visuaizar o futuro, em vários cenários, considerando a ocorrência ou não de determinados fatores. (p. 125). Principamente na área de Arquitetura e Urbanismo, esta etapa é também chamada de Cenários Ambientais, consubstanciado na organização de Cenários Temáticos, que têm como premissa a busca pea vaorização dos recursos ambientais, espehados em diretrizes de desenvovimento ambienta sustentáve: a. Cenário de Recuperação; b. Cenário de Conservação; c. Cenário de Preservação; d. Cenário de Lazer; e. Cenário de Meios de Consumo Coetivo; f. Cenário de Participação Popuar; g. Cenário de Educação Ambienta; O Cenário Ambienta é: [...] a projeção de uma situação futura, para o meio ambiente, tendo em vista a soução de um probema ou a mehora de uma condição presente indesejáve ou insatisfatória. Como a mehora de uma condição ambienta é um conceito que envove aspectos sociocuturais compexos e cuja mudança vai naturamente impicar em conseqüências que envoverão toda uma comunidade, ea é antes de tudo uma decisão poítica. Assim sendo, é importante que na formuação de cenários ambientais haja a participação dos vários agentes sociais envovidos num projeto. Logo, esse método de panejamento só é possíve dentro de uma sociedade democrática. (FRANCO, 2002, p. 168). 89

91 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Neste trabaho, o Cenário Ambienta será compreendido segundo três projeções para o futuro, variando conforme a intensificação dos impactos ambientais: a conservação, a recuperação e a preservação ambientais da microbacia do córrego da Coônia Mineira, quais sejam: Estágio Avançado; Estágio Estabiizado; e Estágio de Recuperação Estágio Avançado: Cenário de Degradação Ambienta No Estágio Avançado, apresenta-se um cenário futuro precário considerando que os processos atuantes na microbacia do córrego da Coônia Mineira continuarão de maneira avançada, isto é, sem quaquer tipo de intervenção para reverter ou minimizar o quadro de degradação ambienta. A previsão destes probemas dá-se frente ao uso e ocupação atua da microbacia que têm utrapassado a capacidade de suporte para o desenvovimento das potenciaidades ambientais: Parceamento tota da área da microbacia, com a impantação de mais um oteamento entre os bairros Jardim Iguaçu e Parque São Lucas; A impermeabiização tota do soo na microbacia aumentará escoamento superficia para o córrego e, conseqüentemente, o aumento de processos erosivos e o seu assoreamento; Aumento da temperatura oca, devido a intensa impermeabiização do soo e a redução de áreas com espehos d água; Supressão tota de resquícios de mata ciiar; Aumento de processos erosivos, especiamente de soapamentos das margens do córrego, com conseqüente aterramento e desvio da caha fuvia; Aumento da quantidade de ocais e voume de disposição irreguar de resíduos sóidos e íquidos; A degradação ambienta incidirá sobre a pressão de canaização do córrego, principamente no seu eito principa; 90

92 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP A impermeabiização da microbacia aiada a canaização generaizada do córrego provocarão aumento do número de enchentes em períodos de maior puviosidade; Redução de áreas verdes e áreas de azer púbicas resutará em decínio na quaidade de vida e ambienta; Redução na disponibiização de ocais para equipamentos púbicos; Entupimento de gaerias de águas puviais devido a grande quantidade de ixo existente nas ruas, impermeabiização do soo e canaização do córrego; Desperenização do córrego; Aumento significativo de ocupações irreguares nos fundos de vae, com baixos níveis de saneamento e aumento de doenças de veicuação hídrica Estágio Estabiizado: Cenário de Permanência de Impactos Ambientais No Estágio Estabiizado, o Cenário de Impactos Ambientais não progride, pois são apenas reaizadas ações mitigadoras na microbacia. Estas ações têm o objetivo de conter a evoução dos impactos: Cercamento com proteção de trinta metros das margens do córrego em aguns trechos onde existe a presença de gado; Canaização dos resíduos íquidos fora do perímetro urbano; Proibição de quaquer forma de intervenção arbitrária no córrego, seja esta canaização e/ou retificação Estágio de Recuperação: Cenário de Preservação e Conservação Ambienta No Estágio de Recuperação, aponta-se uma perspectiva otimista de que a situação ambienta da microbacia do córrego da Coônia Mineira se reverta em três níveis: recuperação, preservação e conservação ambienta. Este cenário serve, ao mesmo tempo, para demonstrar um conjunto de propostas reais para recuperação das quaidades ambienta e de vida da microbacia. 91

93 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Franco (2002) aponta que o Panejamento Ambienta pressupõe três princípios, os quais podem ser combinados em diversos gradientes: os princípios da preservação, da recuperação e da conservação do meio ambiente. ( p.36). É interessante frisar o que se entende por cada um desses conceitos: Preservação Ambienta: Ações que garantem a manutenção das características próprias de um ambiente e as interações entre os seus componentes. Prevê a intocabiidade; Conservação Ambienta: Sistema fexíve ou conjunto de diretrizes panejadas para o manejo e utiização sustentáve dos recursos naturais, a um níve ótimo de rendimento e preservação da diversidade bioógica (ACIESP, 1987). Recuperação Ambienta: Associada à idéia de que o oca aterado seja trabahado de modo que as condições ambientais acabem situando-se próximas às condições anteriores à intervenção, ou seja, trata-se de devover ao oca o equiíbrio e a estabiidade dos processos ambientais ai atuantes anteriormente. Associada à noção de áreas degradadas, pressupõe necessariamente dois tipos de ações básicas, e em muitos casos, indissociáveis: a correção da degradação, no sentido de estabeecer o equiíbrio dos processos; e a manutenção, de modo a evitar a reativação destes processos e a decorrente anuação das medidas corretivas. Assim, a recuperação deve ser entendida como a integração entre medidas corretivas e de manutenção. (BITAR, 1995). Diante dos princípios centrais para a eevação da quaidade ambienta e de vida, deve-se ter como preceito que em um determinado recorte de anáise, ambas podem ser utiizadas conjuntamente, como por exempo numa microbacia. Vae frisar que, com exceção do princípio Preservação Ambienta, a Recuperação e a Conservação podem ter caráter minimizador (redução mínima dos impactos ambientais), ao contrário do Cenário Estabiizado, que possui um caráter mitigador (manutenção inateráve dos impactos). Deste modo, a reversão do quadro ambienta da microbacia do córrego da Coônia Mineira poderá ocorrer com a impementação de agumas ações de caráter estrutura, mora e poítico. Observe na Figura 20, a Carta de Propostas para a microbacia: 92

94 MAPA - 05 N RUA CEL. AL- BI- NO RUA RAUMAR GUERRA AL. RUA FRAN- CISCO F. SA- BATER R. MON- SENHOR SAR- RION RUA. VICENTE B. ARAÚJO AVENIDA R. MANOEL FRAGÃO ELDO- RADO RUA JOUBERT MARCONDES RUA HERCULANO S. LEITE RUA ANGELI R. JOSÉ DE MARIA R. BÁRBARA D. DOS SANTOS R. JAIR C. DE SOUZA RUA CRISTIANO R. JOSÉ SOARES RUA JOÃO S. DE OLIVEIRA RUA JOSÉ P. DOS SANTOS RUA JOAQUIM M. DA S. NETO R. VICTÓRIO SPIR RUA JACINTO PRADO RUA YOSIKO AKAMINE RUA DÁRIO VINCOLETO CLIENCHEN R. ORLANDO PONTALA R. ALTINO p. NUNES R. H. M. CAMPOS RUA JOÃO A. SEA- BRA R. GENTIL DE OLIVEIRA RUA ANTÔNIO L. FI- LHO RUA FER- NAN- DO SOLER R. PIONEIROS C. F. DE MELO R. PEDRO F. SILVA RUA JOSÉ STADELA R. CARLOS CORAZA RUA BOLÍVIA R. FRANCISCO MO- RALES RUA JOÃO A. MOLINA RUA PAULO R. ALCIDES T. DE B. GUERRA R. J. C. OLIVEIRA R. EDUARDO RUA ANGELO CAZAROTTI R. JOSÉ R. RUIZ RUA PARAGUAI E.E.E.P.G. PARQUE SÃO MATHEUS R. JOÃO DA SILVA RUA RAIMUNDO M. SOUZA RUA JOÃO MASSARETTI RUA RUA FERNÃO DIAS R. DE FREITAS RUA MAMEDE MARIANO RUA. BARBOSA RUA RAIMUNDO FONSECA R. MÁRIO CREMO- NEZI RUA JACINTO POIATO R. BASÍLIO ATHIA R. BORISLAN KOVATCHVITCH RUA ESTADOS UNIDOS R. DEODATO RAMOS RUA RUA MEYRE P. AVELINO RUA AVENIDA MARCONDES PRES. BELA R. MANOELM. CALDEIRA R. D. M. MAGALHÃES RUA ADELMO R. NETO R. LUIZ BENVELHO RUA JOSÉ R. JOSÉ CÂNDIDO RUA R. ALBERTO L. DA COSTA R. CA- ME- LEA DOS RUA RUA RUA JERÔNIMO RUA RUA PAULO PAULO GONÇALVES GONÇALVES JUSCELINO R. CARMELLA V. A. VILELA RUA ATÍLIO XAVIER R. MARIA B. MAROCHIO R. DOMINGAS Z. BOSCOLI RUA JOSÉ L. FILHO RUA AMADEU AMARAL R. ALBINO R. C. V. A. VILELA R. MARIA DAS D. FRANCISCO R. ANGELO GIABARDO R. CAETANO POIANI RUA MATHILDE ZA- CHA- RIAS R. O. LOYOLA R. V. G. MARTINEZ RUA ANGELO RIGATTI R. NEIDE R. DE PÁVIA RUA ANA V. VILELA BOSCOLI RUA PAULO EIRÓ R. BENEDITO G. BORGES R. JOAQUIM P. GALINDO NELSON DA S. GUIDIO RUA SANTO BRUGNOLI RUA ANGELO CUISSI RUA MANOEL POSANO R. FLORENCE A. MARTINS RUA HYGINO LANGHI RUA MANDEL MARTINES IGREJA S. J. TADEU RUA ANGELI MENE GUES- SO # # # # # # # # # # # RUA ASSAD ELIAS NAUFAL RUA DOM PEDRO II PAULISTAS KUBTSCHECHEK MAÇONARIA ZANGEROLAMI # # # SALES OLIVEIRA RUA ARMANDO DE # # ESTRADA DE FERRO RUA RUA LOURENÇO VITALE GARCIA BORBA E.E.P.G. MARREY JÚNIOR CORONEL RUA ESTEVEAM P. RUA GABRIEL RUA ALBERTO P. GOULART RUA NICOMEDES BISPO RUA ANDRÉ RODRIGUES BOMEDIANO RUA FLORIANO RUA ARLINDO L. TEIXEIRA R. FCO. COTINI RUA JOSÉ DE SANTI # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # RUA VINTE E TRÊS RUA DR. NESTOR SEABRA RUA SEN. S. M. A. RUA LUÍZA V. CILLA RUA JOÃO CAVALI RUA AGAPITO LEMOS RUA VISCONDE DE BARBACENA RUA DR. DE ALMEIDA OLIVEIRA # # # # # # GUADALA- JARA RUA SEBAS - TIÃO DE PAULA RUA. DR. FRANCISCO DE OLIVEIRA RUA J. FARAH # # # # # # # # # # # # # # RUA "E" RUA CARDEAL ARCO VERDE RUA GARCIA PAES COSTA RUA ISMAEL DA L. FILHO GATO RUA RÉGIS BITENCOURT PRUDEN- DENTE RUA DONA NEÓFITAS NASCI- MENTO RAPOSO TAVARES RUA RUA JOÃO DE SOUZA DA DUARTE MAR- CONDES RUA PONTA DA PRAIA RUA PRAIA R. NICOLA ROSSICA RUA ERMELINDA PEREIRA RUA CÍCERO DE BARROS RUA PLÁCIDO DE CASTRO RUA PAULO MARQUES RUA GUARUJÁ RUA JOSÉ BONIFÁCIO R. FERNAN- DO COSTA TV TAZITSU CSU RUA JOSÉ PIMENTA FILHO RUA LUIZ MOTERANI ALMI- CA ARTONI RUA CUBATÃO MARTIN RUA MARIA L. NAGO SILVA R. SÃO VICENTE RUA FRANCISCO TRÉVIA RUA PRAIA GRANDE SPINENELLI RUA CAETANO RUA CAMPOS SALES AV. MEDEIROS ALBINO RUA JOSÉ TARIFA RUA CAROLINA LEMES RUA JOSÉ FEDATO TRAVESSA GUARUJÁ SEC. MUNICIPAL DE OBRAS R. MANOEL RUIZ GARCIA MÁQUINAS ESTEVES DE MORAIS RUA DOZE DE OUTUBRO Títuo: Escaa: Autora: Adriana Oivia Aves Fonte: Apoio Financeiro: MICROBACIA DO CÓRREGO DA COLÔNIA MINEIRA - PRESIDENTE PRUDENTE/SP LEGENDA Limite da bacia hidrográfica Curso d'água permanente Curso d'água intermitente Boca de obo Centro Comunitário Efetivação de áreas de azer Revitaização de áreas de azer Reposição da mata ciiar Bacias de contenção de águas puviais Dissipadores de energia Gramado com equipamentos de azer ### Gabião Quadra poiesportiva Ponte Passarea/Cicovia Voçoroca controada MAPA DE LOCALIZAÇÃO CARTA DE PROPOSTAS AMBIENTAIS Escaa: 1: m 100 metros Prefeitura Municipa de Presidente Prudente-Cartas Paniatimétricas, Escaa 1: Orientador: Prof. Dr. Antonio Cezar Lea Desenhistas: Figura: Adriana Oivia Aves e Caros Eduardo Secchi Camargo Instituição: unesp Página: N

95 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP As ações são compreendidas em: Recomposição da Mata Ciiar, principamente nos ocais onde não existe canaização ou se mesma existir seja do tipo aberta; Efetivação das áreas de azer púbica (destinadas para esse fim) com impementação conjunta de áreas verdes e equipamentos recreativos; Canaização dos resíduos íquidos fora do perímetro urbano; Destinação de uma área de fáci acesso que sirva como um micro-bosão de entuho; Transformação de aguns trechos do córrego em Parques Lineares, com represamento de agos de modo a aumentar áreas com espehos d água e áreas verdes; Cercamento com a proteção de trinta metros das margens do córrego em aguns trechos onde existe a presença de gado; Revitaização do fundo de vae entre a Via Geni e Jardim Edorado; Revitaização das áreas de azer púbicas existentes, com a recomposição de mobiiário e equipamentos de recreação, aém do pantio de mudas de árvores; Impantação de um Parque Linear entre o Jardim Iguaçu e Inoocop, com instaação de equipamentos esportivos e áreas verdes, a fim de atender as necessidades ocais dos moradores; Impantação de maior número de gaerias puviais em ocais onde o córrego encontrase canaizado; Impantação de gabiões para conter o soapamento das margens do córrego, com especia destaque para o fundo de vaeb entre o INOOCOP e Jardim Iguaçu; 94

96 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Impantação de dissipadores de energia, bacias de contenção de águas puviais e reforestamento nas imediações de dois processos erosivos ocaizados na área vazia entre os bairros Jardim Iguaçu e Parque São Lucas; Impantação de maior número de bocas de obo (gaerias de águas puviais) nas proximidades do eito principa, em especia na Via Geni, trecho canaizado com maior número de incidentes com enchentes; Mehoria da iuminação púbica nos fundos de vae; Organização de um Grupo de Trabaho com parceria de vários atores sociais na busca pea Educação Ambienta e Recuperação Ambienta da microbacia: Escoas de Ensino Fundamenta e Médio, Associações de Bairro, Comércio oca, Representantes do Poder Púbico Municipa, Universidade, Meios de Comunicação (Jornais, Teevisão e Rádio). Por meio desta parceria podem ser promovidas diversas atividades, como divugação das ações desenvovidas, reaização de atividades cuturais, ambientais e esportivas (Domingo no Parque, Passeio e Pantio de Mudas de Árvores, Gincanas Ambientais na Semana da Água, entre outras); Fiscaização e punição a partir de instrumentos egais sobre o uso indevido dos fundos de vae, sejam ees de ocupação por moradias, gado, disposição irreguar de ixo e entuho, ou canaização/retificação do córrego sem pedido de outorga (junto ao DAEE); Organização de projetos sociais nos bairros, com o vountariado prestando aguns serviços básicos como: orientação de direitos trabahistas, minicursos de Educação Ambienta, cursos para a terceira idade, oficinas de trabahos artesanais, dentre outros. Por meio da impementação destas propostas, o Cenário de Recuperação Ambienta terá como conseqüência a mehoria da Quaidade de Vida e Ambienta, resutando nos seguintes benefícios: 95

97 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Mehoria no conforto térmico, por meio do aumento das áreas verdes e do espeho d água; Mehoria da oferta de áreas de azer; Fortaecimento da cidadania na busca peos direitos e deveres dos moradores da microbacia; Aumento do fuxo de águas na caha dos córregos; Redução dos impactos ambientais. 96

98 Panejamento Ambienta Urbano para a microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP. PARTE III: PLANEJAMENTO AMBIENTAL E PARTICIPAÇÃO SOCIAL

99 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP 7. Anáise das entrevistas junto às ideranças de associações de bairro da microbacia do córrego da Coônia Mineira 7.1. Reato das entrevistas junto às ideranças de Associações de Bairro da microbacia do córrego da Coônia Mineira No processo de panejamento ambienta, a esfera da participação socia é fundamenta para o acance dos objetivos propostos por esta pesquisa. Com isso, a transcrição integra das entrevistas, junto as ideranças de Associações de Moradores de Bairros, se faz necessária no sentido de corresponder às várias expectativas de compreensão do imaginário desses indivíduos, uma vez que a partir dees tentar-se-á se estimuar um processo de mobiização socia em torno da recuperação ambienta da microbacia do córrego da Coônia Mineira. As entrevistas foram reaizadas entre os meses de fevereiro e maio do ano de Objetivou-se durante esta etapa reaizar uma investigação acerca da motivação das Associações em mobiizar-se em um projeto de intervenção ambienta na microbacia. Aém disso, objetivou-se também compreender o níve e grau de participação das Associações dentro de seu próprio grupo e também no acance de suas reivindicações junto ao Poder Púbico Municipa. Sendo a impantação de um Parque Linear a proposta inicia de intervenção em um fundo de vae do córrego da Coônia Mineira, procurou-se contextuaizar a forma de pensar destes indivíduos, anaisando deste modo, a percepção ambienta na reação córrego-azer-participação socia. Apesar de ser uma entrevista dirigida, procurou-se intervir o mínimo possíve durante este processo, de modo a não evar a uma indução nas respostas Caracterização e apreensão do associativismo comunitário e a participação A Associação de Bairro é uma forma de expressão do associativismo comunitário e [...] pode representar tipo mais genuíno de associativismo, porque marcada peo vountariado possivemente mais consciente e miitante. (DEMO, 2001, p.58). Isso pode estar reacionado ao fato de que nesta situação as pessoas se organizam em um movimento espontâneo engajadas por um interesse comum. O Associativismo é definido peo referido autor como sendo: 98

100 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP O associativismo representa o direito dos direitos, porque é ee que funda a proposta da organização em torno do bem comum, como é a Constituição para quaquer país; nea surge a nação, organizada em torno de uma carta de intenções, que define direitos e deveres de todos. Enquanto as pessoas não se associam de aguma forma, temos uma popuação dispersa, sobretudo não temos regras de jogo da convivência possíve. O associativismo funda a egitimidade do grupo, no sentido de que formata o modo de vida em comum em primeira instância. Não poderia, por isso, haver uma ei que permitisse o associativismo, porque é este que funda a ei. O direito de se associar vem antes de quaquer ei, porque é este o direito que permite uma sociedade normatizada pea ei. (DEMO, 2001, p. 23). Em pesquisa reaizada por Demo (2001) em seis Regiões Metropoitanas, para se verificar o níve de engajamento poítico, utiizou-se como critério o Contato com poítico e objetivo do contato. Entre as variáveis, as três mais apontadas foram: fazer pedidos, fazer recamações e fazer reivindicações. De todas fazer pedidos foi a mais votada, sendo que: Os dados insinuavam caramente que as pessoas, quando buscavam poíticos e governantes, os abordavam tendenciamente em atitude de pedintes, apontando para tradição de subserviência ostensiva. Com efeito, poíticos e governantes mandam, decidem, doam, enquanto a popuação não consegue passar do patamar de beneficiário. A jugar por ta cenário, a cidadania capaz de reivindicar, ou concretamente, capaz de impor aos poíticos padrões do bem comum e devido controe democrático, é peregrina ainda. (DEMO, 2001, p ). Quanto a participação em agumas atividades poíticas, no contexto das associações comunitárias chamam atenção as participações com as seguintes variáveis: istas ou abaixo-assinados, manifestações de protesto, trabaho vountário para associações e reuniões de grupos ocais. Estas participações insinuariam uma certa variabiidade no grau de engajamento: a) atividades mais arriscadas poiticamente teriam a menor participação das pessoas, como seria o caso de participar de greves e manifestações de protesto; b) atividades mais pacíficas, como trabaho vountário em associações e reuniões de grupos ocais, seriam mais bem aceitas; c) atividade de teor associativo, peo menos em sentido aproximado, mais comum, de onge, seria participar em abaixo-assinados. (DEMO, 2001, p ). Este quadro aponta que o que ocorre em nossa sociedade é que muitas vezes ea não é combativa em reação a seus direitos, fazendo referência novamente para a cidadania assistida. 99

101 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Assim, o autor aponta que um dos desafios para o maior engajamento poítico do associativismo é buscar o conhecimento, priviegiando o exercício da cidadania, ou seja, em nossa sociedade o que deveria ser destacado é o instrucionismo, ferramenta esta imprescindíve para emancipação dos indivíduos em uma sociedade mais democrática. Segundo Bordenave (1983), a participação é uma necessidade fundamenta do ser humano, contudo [...] o homem não nasce sabendo participar. A participação é uma habiidade que se aprende e se aperfeiçoa. (p.46). É através da participação que os indivíduos conseguem ter mais acesso e autonomia dentro da sociedade, sendo este denominado em um estágio mais avançado de autogestão: De modesta aspiração a um maior acesso aos bens da sociedade, a participação fixa-se o ambicioso objetivo fina da autogestão, isto é, uma reativa autonomia dos grupos popuares organizados em reação aos poderes do Estado e das casses dominantes. Autonomia que não impica uma caminhada para a anarquia, mas muito peo contrário, impica o aumento do grau de consciência poítica dos cidadãos, o reforço do controe popuar sobre a autoridade e o fortaecimento do grau de egitimidade do poder púbico quando este responde às necessidades reais da popuação. (BORDENAVE, 1983, p ). Sobre a origem da paavra participação o mesmo autor enfatiza a reação com os seguintes termos: fazer parte, tomar parte e ter parte. A diferenciação destes significados está no sentido do engajamento expresso entre a participação ativa e a participação passiva que podem haver entre um cidadão e um grupo. O interessante é que a uta pea participação socia envove ea mesma processos participatórios, isto é, atividades organizadas dos grupos com o objetivo de expressar necessidades ou demandas, defender interesses comuns, acançar determinados objetivos econômicos, sociais ou poíticos, ou infuir de maneira direta nos poderes púbicos. (BORDENAVE, 1983, p. 26). Existem peos menos três formas de participação de caráter espontâneo ou imposto: vountária, provocada e concedida. Na microbacia do córrego da Coônia Mineira tentou-se unir os dois primeiros tipos de participação; um através da formação já existente das Associações de Moradores de Bairros (participação vountária) e o outro através da formação do Grupo de Trabaho (participação provocada). As duas formas de participação são assim definidas por Bordenave (1983). Na participação vountária, o grupo é criado peos próprios participantes, que definem sua própria organização e estabeecem seus objetivos e métodos de trabaho. [...] trata-se de uma participação provocada por agentes externos, que 100

102 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP ajudam outros a reaizarem seus objetivos ou manipuam a fim de atingir seus próprios objetivos previamente estabeecidos. (p. 28). Nesse sentido se estabeece o verdadeiro objetivo da formação do Grupo de Trabaho (sem que isto possa significar manipuação), que é ajudar a iniciar e incentivar um processo de panejamento ambienta, baseado na mehoria da quaidade de vida e ambienta na microbacia do córrego da Coônia. Entende-se que este processo democrático só é possíve por meio da parceria de vários atores sociais como as ideranças comunitárias, apoiada peo Poder Púbico Municipa, a participação das escoas e a interocução com a Universidade. Sabe-se também que os membros de grupo participam mais intensamente quando percebem que o objetivo da ação é reevante para seus próprios objetivos. Se os membros de um grupo concordam com a necessidade de aguma mudança, pode ser feita uma forte pressão para acançar a meta, pois neste caso a pressão será exercida peo próprio grupo. (BORDENAVE, 1983, p. 26). Os graus e níveis de controe da participação de um grupo estão associados aos encaminhamentos das decisões, ou seja, sobre a sua efetiva eficiência. Sobre o menor ou maior acesso nas decisões, observa-se o esquema da Figura 21: CONTROLE DIRIGENTES MEMBROS Informação Informação / reação Consuta facutativa Figura 21: Controe e acesso dos dirigentes/membros nas decisões de participação Fonte: Bordenave (1983, p. 31). Consuta obrigatória Eaboração/ recomendação Co-gestão Deegação Auto-gestão Para Bordenave (1983) o que ocorre é a deegação centraizadora de poderes, onde Nós costumamos deixar que uns poucos se encarreguem das decisões e das atividades, reservando-nos apenas o direito de criticar seu desempenho. (BORDENAVE, 1983, P. 48). Isso ocorre devido ao paternaismo de governo: Outra questão que afeta a participação socia e poítica é a marcada divisão existente em nossa sociedade entre o setor oficia e o setor civi. Tradicionamente supõe-se que o setor oficia é o iniciador e promotor do desenvovimento, sendo o setor civi apenas seu beneficiário... ou vítima. Esta 101

103 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP dicotomia tem tido como sado a existência de um verdadeiro abismo entre os dois setores. De um ado estão os tecnocratas e burocratas que panejam, decidem e executam. Do outro ado, uma enorme massa de pessoas somente dedicadas a seus próprios interesses e negócios. (BORDENAVE, 1983, p. 53) Aguns apontamentos de anáise das entrevistas das Lideranças de Associações de Bairro da microbacia do córrego da Coônia Mineira Constatou-se que a Associação de Bairro é, dentro da escaa micro, uma das formas de obter as reivindicações ocais, contudo, seu engajamento poítico está ainda aquém do necessário para direcionar um projeto de mobiização socia contínuo. Aguns eixos temáticos foram sintetizados a fim de mehor compreender esta anáise: a) Fata de careza no contexto histórico da formação da Associação: nota-se entre os entrevistados uma reevante importância peo contexto atua em detrimento da história da Associação, ou seja, as experiências anteriores muitas vezes são não reatadas, como se houvesse amnésia das experiências reaizadas anteriormente da Associação. Bom eu já sou moradora daqui já faz dezenove anos, eu nasci aqui em Prudente, me criei no Jardim Pauista, casei e fui morar no São Judas. A gente quando mudamos pra á não tinha uz, não tinha asfato, fatava um monte de coisa e a gente sempre reivindicando e buscando isso. Passado um tempo eu resovi ser a presidente do bairro, então eu já sou presidente pea segunda vez do São Judas e do São Marcos e a gente sempre ta á buscando benfeitoria pró bairro, agora a gente ta procurando vê se consegue aguma coisa á no fundo de vae, porque nós não temo nenhum Parque do Povo, não tem nenhum divertimento, não temo nada ai e a gente precisa de ter no bairro, um parquinho, um campinho pras crianças joga boa. Estamos em doze pessoas, como membro chapa. Já faz dois mandatos que sou presidente e cinco anos no tota. (Informação verba). 5 Como se pode notar peo depoimento, ocorre uma centraização na história mais recente da Associação, não resgatando acontecimentos e pessoas que foram decisivas na formação e avanço das reivindicações da comunidade. Em outras entrevistas, discorre-se sobre a composição atua da Associação, quando se pede na reaidade um histórico de formação desta, fundação e pessoas que contribuíram para a formação. 5 Comentários extraídos da entrevista reaizada com Sra. Maria Aparecida Pereira dos Santos, Presidente da Associação de Moradores do Parque São Judas Tadeu e Parque Residencia São Marcos, no dia 21/02/

104 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP b) Fata de engajamento poítico dentro e fora da Associação: este fato está associado a procura do Poder Púbico (quase sempre) em situações de Pedismo, principamente em se tratando do acance de benefícios de meios de consumo coetivo que deveriam ser garantias primárias entre os bairros. O níve de engajamento acançado fica próximo apenas na busca de aguma reivindicação por abaixo-assinado. Este fato pode ser anaisado pea resposta obtida peo Presidente do Bairro Jardim Regina, quando ressata a reação existente entre a Associação e o Poder Púbico Municipa e a participação dentro da Associação: Logicamente a prefeitura sempre quer aguma coisa da Associação, mas sempre ea quer aguma coisa em troca, seja o Prefeito, o vereador, os que faz aguma coisa, o secretário, então a maioria sempre quer aguma coisa em troca. A Associação faz, pede pra ees, mas sempre tem aquea cobrança de ter um retorno depois, isso é um negócio que sempre existe aqui no Brasi e eu acho muito errado. Seria voto, arrumar votos para as pessoas. Já que o vereador ganhou, você votou pra ee, ogo em seguida não tem que cobrar, se você vai ter cobrar pra dee uma reivindicação para o bairro, quando a gente geramente vai cobrar uma reivindicação pró prefeito ou seja vereadores, ees já vêem á na frente. Você já votou na eeição passada, se ee ta fazendo aguma coisa para você, ee vai medir que você tem que votar na eeição pra ee, ou então trabahar pra ee. Reamente a nossa Associação tem um obstácuo. Por exempo, o nosso grupo ee é formado por pessoas de bem, pessoas idôneas, do bairro tudo, mas a pessoas são meia tímidas para pedir as coisas, geramente fica centraizado em cima do presidente, porque corre atrás de pape, cobra do prefeito, as pessoas são mais tímidas, ees trabaham em termos braça, mais assim pra reivindicar as coisas o pessoa é mais sossegado. (Informação verba). 6 Todas as outras ideranças apontaram uma centraização nas decisões nos presidentes de bairros e a fata de engajamento dos associados. Aém disso, as aspirações e necessidades da comunidade são ainda vista como pedismo e não como reivindicação, o que poiticamente, traria mais careza dos direitos e deveres do cidadão. c) Avaiação de Boa para Ótima da Quaidade de vida no bairro: de modo gera, os íderes apontaram Quaidade de Vida boa para os respectivos bairros. Contudo, peo menos a metade abordou que o principa probema para o desenvovimento do bairro está reacionado a situação atua de abandono do fundo de vae existente nas proximidades do córrego. 6 Comentários extraídos da entrevista reaizada com Sr. Expedito Coeho da Siva, Presidente da Associação de Moradores do Jardim Regina, no dia 20/02/

105 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP De bom prá ótimo. O nosso bairro, pea formação, da abrangência dee é um bairro que não tem probemas, é um bairro bom, não tem probemas, nós não temos dificudades sociais nenhum. Nós não temos de faveados, nós não temos probemas de marginaidade, não temos probemas de transito, porque o bairro é bem servido, não temos probemas com assistência medica porque os postos de saúde são também próximos, não temos probemas de impeza. Então é um bairro que não possui probemas de assistenciaismo. (Informação verba). 7 De forma gera, a percepção que a popuação tem sobre a quaidade de vida do seu bairro é boa, este fato pode estar associado a três fatores: o primeiro peo conformismo generaizado, o segundo pea situação econômica que proporcionam mehores condições (como a possibiidade de freqüentar áreas de azer privadas, tendo ou não no bairro) e a terceira, reacionada pea canaização do córrego em aguns trechos, fazendo com que os probemas fiquem escondidos e não expostos junto popuação. d) Resposta positiva para a intervenção do fundo de vae: todos os entrevistados apontaram ato grau de interesse na participação e intervenção em fundo de vae. Porém, a proposição da forma como isso pode ser acançado não é da mesma maneira positiva, já que os íderes em sua maioria gostariam que se consoidasse a canaização do córrego nas áreas de azer. Esta é uma das maiores preocupações, pois se de um ado resove-se o probema da carência das áreas de azer, de outro, a sustentabiidade ambienta urbana fica comprometida. Isto pode ser observado em todas as respostas obtidas durante as entrevistas peas ideranças comunitárias, conforme demonstrado no depoimento do Presidente de Bairro do CDHU Sítio São Pedro, sobre o que poderia ser feito para resover os probemas reacionados ao córrego: Fazer o que o prefeito faou pra mim, canaizar, cobrir aquea podridão e fazer um Parque do Povo como ee fez em todos esses bairros. Mas quando o Prefeito Agripino fazer, como ee prometeu pra gente, se fizer aquio ai e canaizar aquio á e não deixar à céu aberto, é canaizar, tuba essa terra e fazer uma benfeitoria ai em cima, para que possa aparecer um reforestamento, um Parque do Povo para o azer da popuação de mais de vinte bairros que pode participar ai naquee fundo de vae. (Informação verba) 8. 7 Comentários extraídos da entrevista reaizada com Sr. Oraci Matricardi, Primeiro Tesoureiro do Bairro INOOCOP, no dia 20/02/ Comentários extraídos da entrevista reaizada com Sr. José Manoe dos Santos, Presidente de Bairro do CDHU Sítio São Pedro, no dia 20/05/

106 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP No tocante a opinião das ideranças de bairros sobre prerrogativa da canaização dos córregos, Franco (2002) questiona sobre a opinião do cidadão comum, já que não existem modeos adequados de convivência entre a conservação do meio ambiente e o cotidiano urbano das cidades. [...] pergunto como é possíve o cidadão comum vaorizar a água ou mesmo um rio se os modeos vigentes de urbanização tendem a esconde-os cada vez mais? Ou mesmo se a visuaização e o contacto com um rio de águas ímpidas ficam cada dia mais abstratos para uma criança ou cidadão comum, mesmo porque essas imagens fazem parte apenas da reaidade virtua oferecida peos canais de comunicação. (FRANCO, 2002, p ). Nesta etapa procurou-se compreender o estágio atua de participação e organização das Associações de Bairros e ainda iniciar contatos com os agentes sociais. Esta etapa se consubstancia no desenvovimento preiminar de envovimento dos atores sociais no processo de mobiização socia, ao qua se pretende dar continuidade por meio do Grupo de Trabaho. Diante disso, durante as entrevistas, foi questionada entre as ideranças comunitárias, a possibiidade de impantação do Parque Linear e como seria as perspectivas de participação caso fosse feito um trabaho de mobiização socia: Com certeza, porque iria resover o probema do fundo de vae e iria trazer mais uma área de azer tratada. É uma forma de você utiizar o espaço e coocar uma coisa úti em cima daquee espaço. Com certeza seria sem por cento, a gente iria aprovar, ia correr atrás, não só eu mas o Presidente do Jardim Iguaçu, Regina, INOOCOP não tem mas eu represento aquea área também, iríamos utar para conseguir sim, com certeza, a participação seria cem por cento, ativa. Não só peo azer, mas peo fato de você fazer uma infra-estrutura no bairro, tirar aquee fundo de vae que tá horríve, tá trazendo doenças, tem bicho, tem cobras, tem um monte de insetos. Então faria o trabaho de infraestrutura no bairro e coocaria uma área de azer para a popuação. (Informação verba). 9 O objetivo deste questionamento estava associado a investigação das aspirações da popuação na impantação do Parque Linear, o níve de engajamento e como as ideranças vê a canaização, em outras paavras, como e de que forma querem a área de azer. Resumidamente, a participação das Associações de Bairro, fica centraizada nas ideranças, isto é, na figura do Presidente. As reivindicações ocorrem principamente por meio do pedismo das necessidades básicas de um bairro (asfato, iuminação e 9 Comentários extraídos da entrevista reaizada com Sr. Edson Roberto Costa, Presidente de Bairro Jardim Estori, no dia 28/05/

107 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP sinaização púbica, equipamentos institucionais), após esta fase, quando o bairro consegue atingir agumas metas prioritárias, a canaização do córrego torna-se avo de negociações com aproveitamento úti para este oca, no caso, áreas de azer púbicas. Apesar desta centraização de deegações sobre o Presidente da Associação, todos os entrevistados responderam avidamente o interesse pea participação no Projeto de Intervenção e Panejamento em um fundo de vae na microbacia do córrego da Coônia Mineira. Deste modo, foi organizada uma reunião para divugar os resutados da pesquisa e da possibiidade de organização de um grupo de trabaho o qua poderá fomentar o Panejamento Ambienta da microbacia da Coônia Mineira por meio da participação de diversos atores sociais, entre as ideranças comunitárias. Este será anaisado no item seguinte. 106

108 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP 8. Convocação dos atores sociais e formação do Grupo de Trabaho do córrego da Coônia Mineira 8.1. Dos fundamentos da mobiização socia e o desenvovimento comunitário Segundo Lea (1995,) é na esfera oca que deve ser enfatizado o processo do Panejamento Ambienta, pois é nesta escaa que a popuação está mais próxima para a participação, transformação, reivindicação e resoução dos seus probemas. Essa participação popuar deve ocorrer em todos os níveis de panejamento (federa, estadua e municipa), mas deve ser mais intensa na esfera do município, pois esse representa a esfera de poder mais próxima da popuação. É no município que concentram-se os probemas mais imediatos da popuação e que repercutem diretamente nas reações com o poder oca. (LEAL, 1995, p. 3). O autor afirma que a atuação popuar deve ocorrer principamente no processo de eaboração do Panejamento Municipa, pois são nessas fases de decisão coetiva que serão discutidas as prioridades sociais, econômicas, ambientais, tais como a mehoria da quaidade de vida. O desenvovimento oca pode ser conceituado como um processo endógeno de mudança, que eva ao dinamismo econômico e à mehoria da quaidade de vida da popuação em pequenas unidades territoriais e agrupamentos humanos. (BUARQUE, 2002, p. 25). Neste mesmo raciocínio a escaa municipa faciita o processo de reivindicação poítica e assim, o acance dos direitos por parte das Associações Comunitárias, maior negociação socia, o que favorece a emancipação em um processo de democratização socia. A escaa municipa e comunitária cria uma grande proximidade entre as instâncias decisórias e os probemas e necessidades da popuação e da comunidade, permitindo uma maior participação direta da sociedade, reduzindo o peso e as naturais mediações dos mecanismos de representação. Fortaece o poder oca e ampia as oportunidades do cidadão na escoha das suas aternativas e na decisão sobre o seu destino. Assim, a descentraização contribui para a democratização dos processos decisórios e fortaece o poder oca, ampiando as oportunidades que tem cidadão de escoher suas aternativas e decidir sobre o seu destino nas formuações imediatas e diretas das necessidades e aternativas de desenvovimento oca. Maior proximidade das comunidades, maior conhecimento dos probemas ocais, maior faciidade de diáogo entre atores sociais, menor escaa de negociação, maior capacidade de controe da gestão púbica, sem a mediação das estruturas poíticas distantes, são aguns dos fatores gerados pea descentraização, que favorecem a democracia. (BUARQUE, 2002, p. 54). 107

109 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP É neste contexto que se insere a organização vountária das Associações de Bairros na busca do desenvovimento oca: O desenvovimento comunitário também é uma forma particuar de desenvovimento oca deimitado peo espaço da comunidade vincuada a projetos ocais; normamente não tem uma estrutura poítico-administrativa e instituciona (como a municipaidade), mas tende a apresentar uma grande homogeneidade socia e econômica e capacidade de organização e participação comunitária. (BUARQUE, 2002, p. 33). Para o referido autor, o desenvovimento oca sustentáve está baseado em três objetivos principais: a eevação da quaidade de vida e eqüidade socia; a eficiência no crescimento econômico e a conservação ambienta. É necessário frisar que tudo isso depende também da capacidade da sociedade de articuar a auto-gestão e democracia poítica, constituindo etapas fundamentais pea uta dos seus direitos de cidadão. Conforme evidenciam Lea et a. (1997): [...] é preciso o desenvovimento de ações que envovam ampas parceas da popuação no enfrentamento dos grupos minoritários e poderosos que estão produzindo e mantendo este quadro de degradação socioambienta. A concretização destas ações constitui-se em etapas do processo de conscientização e envovimento da popuação na uta por seus direitos fundamentais como cidadãos, em que incuem o direito à vida, à iberdade, à iguadade e ao meio ambiente sadio e equiibrado. (LEAL et a., 1997, p.45). Neste contexto insere-se o processo de mobiização socia, que significa o estágio mais avançado de participação popuar, sendo este contínuo, coetivo e permanente. Toro e Werneck (1997) enfatizam essa diferença, contudo, não apontam como excudentes: A participação, em um processo de mobiização socia, é ao mesmo tempo meta e meio. Por isso, não podemos faar de participação apenas como pressuposto, como condição intrínseca e essencia de um processo de mobiização. Ea de fato o é. Mas ea cresce em abrangência e profundidade ao ongo do processo, o que faz destas duas quaidades (abrangência e profundidade) um estio desejado e esperado. (TORO e WERNECK, 1997, p. 26). A mobiização é um ato de participação de grupo vountário, ou seja, ninguém é obrigado a participar de um projeto se não possuir um objetivo intrínseco, contudo, este pode ser incentivado de forma convocatória: A mobiização ocorre quando um grupo de pessoas, uma comunidade, uma sociedade decide e age com um objetivo comum, buscando, quotidianamente, os resutados desejados por todos. Por isso se diz que: Mobiizar é convocar 108

110 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP vontades para atuar na busca de um propósito comum, sob uma interpretação e um sentido também compartihados. Participar ou não de um processo de mobiização socia é um ato de escoha. Por isso se diz convocar, porque a participação é um ato de iberdade. As pessoas são chamadas, mas participar ou não é uma decisão de cada uma. Esta decisão depende essenciamente das pessoas se verem ou não como responsáveis e como capazes de provocar e construir mudanças. (TORO e WERNECK, 1997, p. 11). Dentro desta perspectiva, os autores enfatizam a necessidade de considerar a participação de todos como uma necessidade para o desenvovimento socia. Segundo os referidos autores, os princípios que dão maior sentido ao processo de mobiização são o horizonte ético, o exercício da cidadania e a democracia. Conforme se verifica na Tabea 03: Tabea 03: Dimensões básicas para estruturar um Projeto de Mobiização Dimensão Compreensão Ação Questionamento Formuação de um Expicitação dos Convocação para participação de Em que medida o que eu Imaginário propósitos da reuniões e exposição dos objetivos estou fazendo contribui mobiização socia do projeto para acançar esse objetivo? Atores Sociais: Um grupo de Articuação dos atores sociais na O que posso fazer? a) Produtor pessoas ou uma busca do panejamento das ações: Que pape posso Socia; instituição decidem mediação instituciona, eaboração desempenhar? b) Reeditor Socia; iniciar um de projetos, negociação socia e c) Editor. movimento comunicação Campo de Atuação Visão cara da atuação de cada participante Coetivização Reconhecimento da participação de um projeto coetivo Indicação das decisões e ações que estão ao acance das pessoas dentro de seu campo de atuação Compartihamento do processo de mobiização com seus pares, baseados em: aprendizado mútuo, comunicação, respeito e integração Acompanhamento Definição de critério de resutados e indicadores e fexibiização das ações Fonte: Toro e Werneck (1997). Org.: Adriana Oivia Aves (2003). Avaiação contínua das ações e resutados, por meio de reatos de reuniões Como eu posso participar? Qua é a mehor maneira de orientar a comunicação? Qua é momento de (re)avaiação e (re)direcionamento da estratégia? Um modeo de comunicação para organizar, orientar e apoiar um processo de mobiização deve estar baseado na capacidade do grupo em fornecer e disponibiizar informações, de modo a compartihar o acesso das ações efetivadas. Segundo Demo (2001), o fenômeno do associativismo está reacionado a capacidade da popuação de se mobiizar, e em um estágio mais avançado, de se organizar no sentido da miitância poítica. Sobre este aspecto, saienta que [...] A simpes fiiação refete uma forma que pode ser vazia: muita gente fiiada jamais comparece, não miita peas causas da associação, não se identifica ideoogicamente com as posições assumidas. 109

111 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP (p. 8). Assim A cidadania assistida predomina de onge sobre a emancipada. (p. 5), o que se pode notar é que existe uma adesão muito grande em torno do associativismo, contudo, a iniciativa de adesão da mobiização se esvai rapidamente sem haver um engajamento poítico, ou simpesmente um engajamento dentro do próprio grupo Convocação para a I Reunião do Grupo de Trabaho do córrego da Coônia Mineira Foi reaizado no dia 28 de junho de 2003 na EMEIF Dep. Caros Castiho Cabra, a Iª Reunião do Grupo de Moradores da microbacia do córrego da Coônia Mineira. Foram convidadas todas as ideranças de bairros inseridas nesta área (Via Geni, Jd. Regina, Jd. Estori, Jd. Edorado, Conj. Hab. Sítio São Pedro, Pq. São Matheus, Pq. São Lucas, Jd. São Judas Tadeu, Pq. Res. São Marcos, Jd. Iguaçu e INOOCOP), representantes do Poder Púbico Municipa (Secretarias de Panejamento, Obras, Meio Ambiente, Saúde, Assistência Socia e Educação), Escoas Púbicas e Privadas do Ensino Fundamenta e Médio e a UNESP. Nesta primeira reunião objetivou-se divugar os resutados da pesquisa intituada Panejamento Ambienta Urbano na microbacia do córrego da Coônia Mineira- Presidente Prudente/SP como forma de contribuir para a comunidade, sendo esta os mesmos atores sociais envovidos neste processo. Aém disso, como pano de fundo, esta reunião também tinha como finaidade iniciar o processo de negociação e mobiização socia através da organização de um Grupo de Trabaho do córrego da Coônia Mineira. Foram apresentados como pontos mais reevantes da pesquisa a intensa degradação ambienta dos fundos de vae do córrego da Coônia Mineira e a carência das Áreas de Lazer Púbica, aiado aos impactos ambientais decorrentes do inadequado processo de canaização fechada reaizada em vários trechos do córrego da Coônia Mineira. Juntamente com o processo avançado de degradação ambienta da microbacia do córrego da Coônia Mineira, especia atenção tem sido dada à pesquisa no tocante ao processo de canaização (fechada). Baseado na percepção ambienta da popuação da microbacia do córrego da Coônia Mineira foi reaizado o seguinte questionamento: Por que canaizamos os córregos? Os seguintes apontamentos foram identificados: 110

112 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Na microbacia do córrego da Coônia Mineira, a maior parte dos moradores encontram-se carentes do ponto de vista do azer; este fato está associado à fata de efetivação das Áreas de Lazer Púbicas nos bairros; Os fundos de vae encontram-se geramente abandonados; Não existe tratamento dos esgotos, sendo o córrego o seu maior receptor; Os córregos passam a ser vistos como o cana de mais fáci acesso para o descarte de ixo e entuho; Não existe uma consciência de que se possa conviver harmonicamente com a natureza; A canaização resuta de uma visão de que, enterrando os córregos, está resovendo também um probema ambienta da cidade de Presidente Prudente. Segundo o Engenheiro Foresta Fernando Luizari Gomes 10 do Simbiosis (Consutoria Ambienta), está previsto o pantio de quatorze mi mudas de árvores em uma área de fundo de vae (a ser escohida) para recomposição da mata ciiar. Vae frisar que este tipo de ação pode contribuir de duas formas: para a recuperação do córrego e mehoria da quaidade de vida da popuação. Sobre os probemas ambientais do córrego, foi apontada peo morador e expresidente da Associação de Moradores da Via Geni, Joe Garcia Gimenez, a urgência na recuperação do fundo de vae na Via Geni, onde ocorrem periodicamente probemas de enchente reacionados a canaização fechada do córrego. A Presidente da Associação do Bairro Jd. Iguaçu, Maria Aparecida Cicerei, questionou sobre como iniciar um trabaho para tentar resover o probema da degradação ambienta do córrego e a questão da carência de Áreas de Lazer Púbicas. Uma das possibiidades apontadas é formação de um Grupo de Trabaho, a exempo daquee que foi organizado no Baneário da Amizade iderado por Dr. Hugo Luciano Wascheck, que tinha como objetivo apontar formas de recuperação deste manancia e mobiizar a sociedade por meio da sensibiização da crise das águas que a cidade de Presidente Prudente vem passando nestes útimos anos. Sobre a formação do Grupo de Trabaho do Baneário da Amizade, observe o reato de Fernando Luizari Gomes: 10 Entrevista concedida em 10/06/2003 no Escritório de Consutoria Ambienta Simbiosis. O roteiro de entrevista encontra-se no Anexo VII. 111

113 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP O Grupo do Baneário da Amizade teve início no fina da utimada primeira gestão do Prefeito Agripino de Oiveira Lima na época foi constado a contaminação por coiformes fecais e buraram a ei do Baneário da Amizade com a construção do Parque Everest. Por que buraram a ei? Porque era uma ei especia que protegia o corpo d água, a preocupação era proteger a bacia hidrográfica. Então o que precisava os oteamentos com um percentua de otes de acordo com a distância que estava do Baneário da Amizade. Os otes que eram para ter mi metros foram aprovados exatamente com mi metros, mas depois foram feitos um desmembramentos destes otes com parceas que se dividem em quatro otes e ai começou a virar otes de duzentos e cinqüenta metros. Com uma efetivação dos oteamentos, o carreamento da águas puviais e a igação candestina de esgotos foram contribuindo para a pouição por coiformes fecais do Baneário da Amizade. O Grupo foi formado com o intuito de proteger o Baneário, ajudar o Baneário da Amizade. Na época, isso ai por vota de 1996, o Dr. Hugo Luciano Washeck e o Vater Crepadi eram as duas pessoas que mais defendiam, tinham mais pessoas que não me recordo, mas essas duas pessoas que mais utaram para isso. Posteriormente com a formação da Secretaria do Meio Ambiente Municipa em 1997 houve ai então uma preocupação maior com o Baneário que era recuperar o Baneário da Amizade. Dentro de tudo isso que tenho para te dizer é o seguinte, o Baneário só não foi até hoje recuperado porque nenhum poítico teve vontade para fazer àquio. Em 1996 estava muito mais fáci de se recuperar do que hoje, hoje eu não sei nem te dizer se esta condição ainda existe... (Informação verba). Diante desta experiência e como resutado desta reunião, formou-se o Grupo de Trabaho, com objetivos expressos na eaboração do Projeto de Panejamento Ambienta Urbano, onde serão apontadas de forma goba, as demandas e carências para a recuperação ambienta e mehoria da quaidade de vida da popuação. Foram acordados nesta reunião os encontros periódicos mensais, a convocação e indicação de representantes das Secretarias da Prefeitura Municipa, principamente: Obras, Meio Ambiente, Panejamento e Educação, as escoas inseridas na microbacia e a participação das ideranças de bairros. A idéia inicia do projeto de intervenção está consubstanciada na eaboração também de um projeto de intervenção que possibiite a integração da sustentabiidade ambienta urbana e a carência das Áreas de Lazer Púbicas. Este tipo de ação poderá promover ao mesmo tempo uma harmonia ecoógica e paisagística, como a autora saienta: A APA Urbana deverá reguamentar o uso e a ocupação do soo urbano junto às várzeas e seu entorno, tendo diretrizes gerais e diretrizes ocais. Nas diretrizes gerais deverá ser garantida a máxima permeabiidade do soo e o incremento massivo da arborização urbana. Haverá também a criação de corpos d água paisagísticos e gaerias extravasoras das enchentes, aém das faixas verdes contínuas dos parques. (FRANCO, 2002, p. 260). 112

114 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP É dentro desta perspectiva que se apóia a utiização mútipa dos fundos vae, ou seja, coexistência de áreas de azer púbicas e áreas verdes com a Preservação Permanente de agumas áreas. Este tipo de intervenção pode resover o quadro de degradação ambienta encontrado na microbacia do córrego da Coônia Mineira formado peos impactos ambientais dos fundos de vae e a carência de áreas de azer. 113

115 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP 9. Considerações Finais Nas cidades, o distanciamento da reação sociedade natureza fica cada vez mais evidente devido a intensificação dos probemas ambientais e a redução da quaidade de vida. Em níve municipa, verifica-se que o panejamento dos recursos naturais não aparece como prioridade na agenda poítica. A cidade de Presidente Prudente é uma cidade insustentáve do ponto de vista dos recursos hídricos, ea não é capaz de Preservar/Conservar/Recuperar suas nascentes e córregos, não sendo produtora das águas que ea própria consome. O modeo de uso e ocupação do soo visuaizado em Presidente Prudente, aém de acarretar a diminuição dos espehos d água e a capacidade de armazenamento de água, ocasionará no aumento da temperatura e, conseqüentemente, na redução da quaidade de vida. Neste trabaho parte-se desta preocupação, devido a ausência de poíticas de gerenciamento dos recursos hídricos na escaa do poder púbico municipa que vai ao encontro da crise da água vivenciada mundia e desiguamente pea sociedade. O panejamento ambienta urbano constitui-se em uma das ferramentas para a promoção da mehoria da Quaidade de Vida e Ambienta. Sua apicabiidade possibiita, ao mesmo tempo, a instrumentaização de conhecimentos do meio físico, egisação ambienta, bem como a visuaização das conseqüências ambientais frente ao uso e ocupação, orientando para a tomada de decisões. Ás condições degradantes de utiização das microbacias urbanas têm provocado a ameaça das condições ambientais para as futuras gerações, tendo como agravante a redução dos espehos d água, a diminuição das áreas de azer púbicas e áreas verdes. Na microbacia do córrego da Coônia Mineira, merecem destaque os tipos de uso e ocupação dos fundos de vae. Verificou-se que estas áreas possuem uma variedade muito grande de utiização, que ora transformam seu Estado Ambienta, ora permanecem em tota abandono. A priori o abandono desses fundos de vae possibiita ainda agum tipo de intervenção. Entretanto, esse estado acaba por egitimar as reivindicações da popuação, para as futuras intervenções (a exempo das canaizações e os modeos de urbanização de fundos de vae, quando não ocorre o próprio parceamento das Áreas de Preservação Permanente. 115

116 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP A popuação demonstrou por meio dos questionários e entrevistas que a mehor opção para resover os probemas reacionados ao córrego é canaização. Esta visão baseia-se no pensamento de que, canaizando, também será resovido o probema ambienta do córrego, por este estar enterrado e não visíve. Esta visão encontra apoio nas ações empreendidas peo poder púbico municipa, que sempre que possíve (dependendo do orçamento financeiro), atende as reivindicações com os modeos de canaização versus urbanização dos fundos de vae. Com a divugação dos resutados da pesquisa, procurou-se apresentar a situação ambienta da microbacia, apontando as conseqüências da canaização sobre a quaidade de vida e ambienta. Ao mesmo tempo em que foram demonstrados os probemas ambientais, foram assinaadas outras opções mais viáveis para o meio ambiente e para a popuação, sendo este construído por meio do Panejamento Ambienta Urbano, apoiado na participação socia dos moradores, do poder púbico municipa, da universidade e das escoas. Compreende-se que do ponto de vista da intervenção e das ações que podem ser impementadas na microbacia, estas devem ser construídas conjuntamente com esses atores sociais. A universidade pode convocar, iniciar e estimuar o processo de panejamento ambienta urbano, mas não centraizar as ações. Muito peo contrário, a finaidade de pesquisas deste caráter é divugar seus resutados, mediar e dar apoios teórico e técnico. Diante disso, pode-se afirmar que a Universidade possui o pape de trazer os resutados pesquisados dentro desta instituição e não o induzir as aspirações e necessidades da popuação. Esta situação foi confrontada com o Estado Ambienta da microbacia do córrego da Coônia Mineira: degradação dos fundos de vae versus carência das áreas de azer. Se por um ado a não efetivação das áreas de azer e os impactos ambientais demonstram o processo aceerado de degradação ambienta, por outro, a popuação tem como maior necessidade a canaização do córrego que faz piorar ainda mais as condições deste. Diante desta aternativa proposta, as canaizações abertas não fazem parte ainda das aspirações da popuação. Durante reuniões reaizadas na microbacia, a popuação aponta a necessidade urgente de panejamento para o bairro Via Geni, que está ocaizado nas proximidades do córrego da Coônia Mineira, diagnosticado nesta pesquisa com péssima quaidade de 116

117 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP vida: enchentes sazonais, carência de áreas de azer, ausência de equipamentos púbicos (creches, deegacias, escoas, posto de saúde), deficiência no poiciamento e baixa renda. Devido ao grande número de moradias nas proximidades do córrego, é evidente que propor a remoção desta popuação ou a troca da canaização fechada pea aberta é inadequada. Sugere-se então que nesta área sejam criados caçados gramados com a presença de passareas e cicovias, eficiente iuminação e equipamentos de azer, podendo resover parciamente aguns probemas ocaizados nesta área: permeabiização e escoamento das águas puviais, aumento da segurança do fundo de vae, oferta de área de azer púbica, mehora do acesso entre bairros circunvizinhos. Aém disso, é evidente que se faz necessária a manutenção deste ocais, seja do ponto de vista estético, de poiciamento púbico, como ambienta, para não acontecer o que ocorre em muitos fundos de vae com áreas de azer: abandono e depredação dos equipamentos por parte dos moradores do bairro. Atenção especia deve ser dada à proteção das nascentes e os afuentes do córrego no sentido do reforestamento das margens, com a existência de Parques Lineares, principamente em bairros onde a possibiidade de efetivação de áreas de azer é inexistente devido o parceamento tota deste. Nesta situação enquadram-se, por exempo, o INOOCOP, o Conjunto Sítio São Pedro, Jardim Iguaçu e o Parque São Lucas. Apoiando-se numa visão sustentáve do meio ambiente, visuaiza-se que a reversão deste quadro dá-se, aém das propostas instrumentais de recuperação ambienta (como as verificadas no prognóstico ambienta), na mudança de posturas possibiitadas pea organização do grupo de trabaho da microbacia do córrego da Coônia Mineira. Entretanto, admite-se que esta caminhada é árdua, principamente quando se considera a trajetória de desinteresse do poder púbico municipa no tratamento dos probemas ambientais, ignorando a necessidade de articuação do gerenciamento integrado do meio ambiente em Presidente Prudente/SP. Outro aspecto importante na degradação do córrego da Coônia Mineira é a disposição/deposição irreguar de resíduos sóidos e íquidos. Quanto aos resíduos íquidos, a principa pouição se dá peos esgotos in natura despejados no córrego sem quaquer tipo de tratamento. Esse tipo de probema só poderá ser resovido se a Estação de Tratamento de Esgotos entrar em funcionamento ou se os esgotos forem enviados onge do perímetro urbano. A presença de resíduos sóidos ocorre de dois tipos: deposição de entuhos por carroceiros e eiminação de ixo doméstico por parte dos moradores. Este 117

118 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP probema poderia ser soucionado por meio de Campanhas de Conscientização de Educação Ambienta, direcionando a redução da produção de ixo e a seeção de materiais recicáveis em pontos de coeta. Essas campanhas poderiam ser apoiadas peas Universidades, Escoas e Grupos de Educação Ambienta (como vem ocorrendo parciamente, por meio do Projeto de Poíticas Púbicas que trata do Gerenciamento Integrado do Lixo em Presidente Prudente). Vae frisar que, aiada a isso, verificou-se que existe uma invisíve desarticuação entre as secretarias municipais que poderiam atuar de forma conjunta. Por outro ado, as Associações de Bairro, enquanto instâncias que possuem maior reevância nas reivindicações ocais, posicionam-se numa situação de quase submissão ao reivindicar seus direitos com espírito de favor e pedismo. Desse modo, enfatiza-se o pape que a universidade pode assumir no sentido de contribuir para a orientação de conhecimentos técnicos, físicos e egais do panejamento ambienta em consonância com a comunidade e também de estímuo e mediação para concretizar a participação e impementação de propostas que podem mehorar a quaidade de vida e ambienta. Assim, a universidade não pode ficar à margem destas questões, mas deve sim criar mecanismos de interação com a comunidade na gestão do meio ambiente. A primeira etapa deste processo é a difusão das informações e conhecimentos gerados no seu interior, tendo como referência a reaidade oca, já que esta constitui também a instância de maior acesso na busca peos direitos dos cidadãos. Uma aternativa possíve para reverter o distanciamento do poder púbico municipa, da universidade e da comunidade no tratamento do panejamento ambienta e urbano é a organização conjunta de um fórum de gestão ambienta municipa, mediado pea participação e acesso democrático às informações e debates. Perante isso, reforça-se a necessidade de estruturar-se as bases da participação socia, para que projetos ambientais de mobiização socia sejam difundidos cada vez mais na sociedade. Diante da egisação ambienta que preconiza os direitos e deveres da popuação no trato das questões ambientais, o Panejamento Ambienta Urbano torna-se instrumento fundamenta para assegurar a sustentabiidade do meio ambiente para as atuais e futuras gerações. Atuamente, o Grupo de Trabaho do córrego da Coônia Mineira encontra-se desarticuado, houve pouca participação principamente do Poder Municipa, retorno das 118

119 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP Associações de Bairros e das escoas de Ensino Fundamenta e Médio. Como prerrogativa deste trabaho, pretende-se organizar novamente uma Reunião, divugando os resutados finais da dissertação e, principamente, frisar agumas ações apontadas por meio da Carta de Propostas. Por fim, vae frisar, a importância dos veícuos de comunicação no processo de mobiização socia, seja este via rádio, jorna ou teevisão. Existe uma fata de divugação do conhecimento científico e este precisa ser sociaizado para ocorrer um maior estreitamento da reação comunidade universidade. A popuação em gera, carece de informações e modeos ambientamente corretos para que possa exigir mehor quaidade de vida e ambienta. 119

120 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP 10. BIBLIOGRAFIA AB SABER, Aziz. Nacib. e MÜLLER-PLANTENBERG, Carita. (Orgs.) Previsão de Impactos.. São Pauo, EDUSP, ABBAGNANO, Nicoa. Dicionário de Fiosofia. Tradução: Ivone Castiho Benedetti. 4ºed. São Pauo: Martins Fontes p. ABREU, D. S. Formação Histórica de Uma Cidade Pioneira Pauista: Presidente Prudente. Presidente Prudente: Facudade de Fiosofia, Ciências e Letras de Presidente Prudente, p. ABRH. Poítica e Sistema Naciona de Gerenciamento de Recursos Hídricos Lei Federa 9.433/97. São Pauo: ABRH, Comissão de Gestão, ACSELRAD, Henri (org.). A duração das cidades: sustentabiidade e risco nas poíticas urbanas. 1º ed. Rio de Janeiro: DP&A, p. ALMEIDA, Josimar Ribeiro de. et a. Panejamento Ambienta: caminho para participação popuar e gestão ambienta para nosso futuro comum: uma necessidade, um desafio. 1ª ed. Rio de Janeiro: Thex Ed: Bibioteca Estácio de Sá, ALMEIDA, Josimar Ribeiro de. et a. Panejamento Ambienta: caminho para participação popuar e gestão ambienta para nosso futuro comum: uma necessidade um desafio. 2º ed. Rio de Janeiro: Thex Ed p. ALMEIDA, Josimar Ribeiro de. et a. Gestão Ambienta: panejamento, avaiação, impantação e verificação. Rio de Janeiro: Thex Ed p. ALVES, Adriana Oivia. Diagnóstico dos impactos ambientais provocados peo processo de urbanização na microbacia do córrego da Coônia Mineira - Presidente Prudente/SP (Monografia de Bachareado apresentado junto ao Departamento de Geografia da FCT).2001, 161 p. AMENDOLA, Giandomenico. La ciudad Postmoderna. 1º ed. Madrid:Ceeste Ediciones AMORIM, Margarete Cristiane da Costa Trindade. Anáise ambienta e quaidade de vida na cidade de Presidente Prudente/SP. Pres. Prudente: FCT/UNESP, (Dissertação de Mestrado). AMORIM, Margarete Cristiane da Costa Trindade. Estudos das Áreas Verdes em Presidente. Prudente/SP. In: Simpósio Brasieiro de Geografia Física Apicada, VII Fórum Latino Americano de Geografia Física Apicada, I, CD-ROM, vo.2. Curitiba- PR,

121 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP AMORIM, Margarete Cristiane da Costa Trindade. O cima urbano de Presidente Prudente-SP. Pres. Prudente: FCT/UNESP, (Tese de Doutorado). ARANTES, Otíia; VAINER, Caros e MARICATO, Ermínia. Cidade do pensamento único: desmanchando consensos. 2º ed. Petrópois: Vozes p. BELTRAME, Angea da Veiga. Diagnóstico do Meio Físico de Bacias Hidrográficas: Modeo e Apicação. Forianópois: Ed. da UFSC, 1ª ed., p. BIHR, Aain. A crise ecoógica. In: BIHR, Aain. Da grande noite à aternativa. São Pauo: Boitempo, pp BORDENAVI, Juan E. Diáz. O que participação. 4ª ed. São Pauo: Brasiiense, BRESSAN, Demar. Gestão raciona da natureza. São Pauo: Hucitet, BRÜSEKE, Franz Josef. O probema do desenvovimento sustentáve. pp In: CAVALCANTI, Cóvis. (Org). Desenvovimento e Natureza: estudos para uma sociedade sustentáve. São Pauo, SP: Cortez; Recife, PE: Fundação Joaquim Nabuco, BUARQUE, Sérgio C. Construindo o desenvovimento oca sustentáve: metodoogia de panejamento. Rio de Janeiro: Garamond, CABO, Vicente De. Desenvovimento Sustentáve e Panejamento Bases Teóricas e Conceituais CARLOS, Ana Fani Aessandri. A (re) produção do espaço urbano. São Pauo: Edusp, CARLOS, Ana Fani Aessandri. Definir o ugar? In: CARLOS, Ana Fani Aessandri. O ugar no/do mundo. 1º ed., São Pauo: Hucitec, CASTILHO, José Fernando. O pano oca no Direito Urbanístico brasieiro e comparado. Tese de doutoramento. São Pauo: Fadusp, CHRISTOFOLETTI, Antonio. Geomorfoogia. São Pauo, Edgard Bücher, 2 ª ed., CHRISTOFOLETTI, Antonio. A geografia Física no estudo das mudanças ambientais. In: Geografia e Meio Ambiente no Brasi. São Pauo-Rio de Janeiro: Hucitec, 1ª ed., p COELHO, Maria Céia Nunes. Impactos Ambientais em áreas urbanas teorias, conceitos e métodos de pesquisa. In: GUERRA, Antonio J. Teixeira e CUNHA, Sandra B. da. (Orgs). Impactos ambientais urbanos no Brasi. Rio de Janeiro: Bertrand Brasi, CUNHA, Luis Henrique & COELHO, Maria Céia Nunes. Poítica e gestão ambienta. Pp In: CUNHA, Sandra Batista & GUERRA, Antonio José Teixeira. (Org). A questão ambienta: diferentes abordagens. Rio de Janeiro: Bertrand Brasi, p. 122

122 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP CUNHA, Sandra Baptista da; GUERRA, Antonio José Teixeira. Geomorfoogia e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: Bertrand Brasi, 1ª ed., CUNHA, Sandra Batista & GUERRA, Antonio José Teixeira. (Org). A questão ambienta: diferentes abordagens. Rio de Janeiro: Bertrand Brasi, p. DEMO, Pedro. Cidadania Pequena: fragiidades e desafios do associativismo no Brasi. Campinas: Autores Associados, (Coeção poêmicas do nosso tempo). DORFMAN, R. O pape do Estado na gestão dos recursos hídricos. Administração Púbica. Rio de Janeiro, v. 27, nº2, p , abr./jun., FORATTINI, O.P. Ecoogia, epidemioogia e sociedade. São Pauo: USP, FRACALANZA, Ana Paua. Confitos na apropriação da água na Região Metropoitana de São Pauo. Presidente Prudente: FCT/UNESP, Tese de Doutorado, FRANCO, Maria de Assunção Ribeiro. Panejamento Ambienta: para a cidade sustentáve. São Pauo: Annabume: FAPESP: EDIFURB, FREITAS, Maria Isabe C. de. & LOMBARDO, Magda Adeaide. (Org.). Universidade e comunidade na gestão do meio ambiente. Rio Caro: AGETEO, Programa de Pós- Graduação em Geografia UNESP Rio Caro, Projeto UCENPARCERIAS UNESP/Universidade de Auburn (EUA), p. GIANINI, José Reinado. Ambiente antrópico: a questão socia e saúde das popuações humanas. In: MAIA, Nison Borina e MARTOS, Henry Lesjak. Indicadores Ambientais. 1º ed. Sorocaba: USP p. GONÇALVES, Caros Water Porto. Paixão da Terra: ensaios críticos de ecoogia e geografia. Rio de Janeiro: ROCCO/SOCCI, GONÇALVES, Caros Water Porto. Os (des)caminhos do meio ambiente. 1ª Ed., São Pauo: Contexto, GUERRA, Antonio Teixeira. Dicionário Geoógico Geomorfoógico. Rio de Janeiro: IBGE, 5ª ed., p. HAESBAERT, Rogério. Territórios Aternativos. Niterói: EdUFF; São Pauo: Contexto, HUNT, E. K. Kar Marx.In: História do Pensamento Econômico. 7º ed. Rio de Janeiro: Campus, p IKUTA, Fávia Akemi. A cidade e as águas: a expansão territoria urbana e a ocupação dos fundos de vaes em Presidente Prudente-SP. Presidente Prudente: FCT/UNESP, Dissertação de Mestrado,

123 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS-SP. Carta de Risco Potencia a Erosão do Ato Curso do Rio Santo Anastácio. Escaa: 1: INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS-SP. Programa de controe da erosão urbana. Projeto pioto da bacia do rio Santo Anastácio Municípios de Presidente Prudente e Ávares Machado. Reatório S.Pauo: IPT, JACOBS, Jane. Morte e vida nas grandes cidades. 1º ed., São Pauo: Martins Fontes p. LANNA, Antonio Eduardo Leão. Gerenciamento de bacia hidrográfica: aspectos conceituais e metodoógicos. Brasíia, Distrito Federa: IBAMA, LEAL, Antonio César. Meio Ambiente e Urbanização na Microbacia do Areia Branca - Campinas - São Pauo. Rio Caro, Dissertação (Mestrado em Geociências) - IGCE- UNESP-Rio Caro. LEAL, Antonio Cezar et. a. Microbacia e Educação Ambienta. In: MAURO, Cáudio Antonio de. Laudos Periciais em Depredações Ambientais. Rio Caro: Laboratório de Panejamento Regiona, DPR, IGC, UNESP, LEAL, Antonio Cezar & HESPANHOL, Antonio Nivado. O desenvovimento de atividades diversificadas e integradas no curso de graduação em Geografia da FCT/UNESP: o início de uma onga caminhada. In: MENEGUETE JUNIOR, Messias e ALVES, Neri. (org.) FCT 40 anos, perfi científico-educaciona. Presidente Prudente: UNESP/FCT, p. LEAL, Antonio Cezar. Gestão das Águas no Ponta do Paranapanema São Pauo. Campinas: UNICAMP, Tese (Doutor em Geociências, na área de Administração e Poítica de Recursos Minerais). LEFEBVRE, Henri. Lógica Forma e Lógica Diaética. 3º ed. Rio de Janeiro: Civiização Brasieira p. LEITE, José Ferrari. A Ata Sorocabana e O Espaço Poarizado de Presidente Prudente. Facudade de Fiosofia, Ciências e Letras de Presidente Prudente, p. LOPEZ, Ignez Vidiga (org.). Gestão ambienta no Brasi: experiência e sucesso. 2º ed. Rio de Janeiro: Ed. Fundação Getúio Vargas p. MACHADO, Lucy Marion Caderini Phiadepho. Quaidade Ambienta: indicadores quantitativos e perceptivos. In: MAIA, Nison Borina e MARTOS, Henry Lesjak. Indicadores Ambientais. 1º ed. Sorocaba: USP p. MACHADO, Pauo Afonso Leme. Direito Ambienta Brasieiro. 4.ed. São Pauo: Maheiros, p. 124

124 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP MACHADO, Pedro José de Oiveira. Uma proposta de zoneamento ambienta para a bacia hidrográfica da represa de São Pedro Juiz de Fora-MG. UNESP/FCT: Presidente Prudente, (Dissertação de Mestrado) MAIA, Nison Borina e MARTOS, Henry Lesjak. Indicadores Ambientais. 1º ed. Sorocaba: USP p. MARICATO, Ermínia. Metrópoe na periferia do capitaismo: iegaidade, desiguadade e vioência. São Pauo: Hucitec p. MATUS, Caros. O pano como aposta. In: São Pauo em Perspectiva, Out./dezembro p MAYO, Henry B. Introdução à Teoria Marxista. 1º ed. Rio de Janeiro: Livraria Freitas Bastos p. MILARÉ, Édis. Estudo Prévio de Impacto no Brasi. In: AB SABER, A. N. e MÜLLER- PLANTENBERG, C. (Orgs.) Previsão de Impactos. O Estudo de Impacto Ambienta no Leste, Oeste e Su. Experiências no Brasi, na Rússia e na Aemanha. S.P: EDUSP, p MONBEIG, Pierre. Pioneiros e Fazendeiros de São Pauo. Trad. Ary França e Rau de Andrade e Siva. São Pauo: HUCITE/POLIS, p. MONTEIRO, C.A.F. A questão ambienta no Brasi: São Pauo: IGEOG/USP, (Série Teses e Monografias). MORAES, Antonio Caros Robert. Geografia: Pequena História Crítica. 5º ed. São Pauo: Hucitec p. MORAES, Antonio Caros Robert. Poítica e Cutura no debate marxista. In: Ideoogias Geográficas. 3º ed. São Pauo: Hucitec p NOU, Eda Augusta Vaença e COSTA, Neson Lara. (Coords.) Diagnóstico da quaidade ambienta da bacia do rio São Francisco. Sub-bacias do Oeste Baiano e Sobradinho. Rio d Janeiro: FIBGE, NUNES, João Osvado Rodrigues. Uma contribuição metodoógica ao estudo da dinâmica da paisagem apicada a escoha de áreas para construção de aterro sanitário em Presidente Prudente-SP. UNESP/FCT: Presidente Prudente: [s.n], (Tese de Doutorado). PETRELLA, Riccardo. O manifesto da água: argumentos para um contrato mundia. Petrópois: Rio de Janeiro: Vozes, p. (Trad. Vera Lúcia Meo Josceyne). PHILIPPI JR. Arindo et a. Municípios e meio ambiente: perspectivas para a municipaização da gestão ambienta no Brasi. São Pauo: Associação Naciona de Municípios e Meio Ambiente,

125 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP PIRES NETO, A.G. Caracterização e Subsídios para a gestão integrada de bacias hidrográficas do município de Campinas. Campinas, PIRES, José Saatie Rodrigues e SANTOS, José Eduardo dos Santos. Bacias Hidrográficas: integração entre o meio ambiente e desenvovimento. In: Revista Ciência Hoje. Vo. 19, nº p PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Pano de Gestão da Área de Proteção Ambienta da Região de Sousas e Joaquim Egídio APA Municipa. SEPLAMA: Secretaria de Panejamento e Meio Ambiente, PREFEITURA MUNICIPAL DE PRESIDENTE PRUDENTE. Carta de Zoneamento Uso e Ocupação da cidade de Presidente Prudente. Escaa: 1: Secretaria de Panejamento e Desenvovimento Urbano PREFEITURA MUNICIPAL DE PRESIDENTE PRUDENTE. Carta Paniatimétrica de Presidente Prudente. Escaa: 1: Secretaria de Panejamento e Desenvovimento Urbano PREFEITURA MUNICIPAL DE PRESIDENTE PRUDENTE. Pano Diretor, RIBEIRO, Ana Cara Torres. Universos em Afastamentos: panejamento, escaas da economia e sociedade. In: Cadernos IPPUR. Rio de Janeiro. Ano XI nº 1 e P RODRIGUES, Arete Moysés. Moradia nas cidades brasieiras. 5º ed. São Pauo: Contexto p. RODRIGUEZ, José M. Mateo. Apuntes de Geografia de os paisajes. Havana, Cuba: Facudade de Geografia Universidade de a Havana, p. RODRIGUEZ, José M. Mateo. e DEL CABO, A.R. Panejamento Ambienta, paisagens e desenvovimento sustentáve. Campinas: Facudade de Engenharia Civi, UNICAMP, (Mimeo). RODRIGUEZ, José M. Mateo. Panejamento Ambienta: bases conceituais, níveis e métodos. pp In: CAVALCANTI, Agostinho P. Brito (Org). Desenvovimento Sustentáve e Panejamento: bases teóricas e conceituais. Fortaeza: UFC Imprensa Universitária, RODRIGUEZ, José M. Mateo. Panificación y Gestión Ambienta. La Habana: Ministerio de Educación Superior: Universidad de La Habana: Facutad de Geografia, (Mimeo). SANTOS, Shirey Cristina dos. Impactos da precipitação na cidade de Presidente Prudente-SP. Pres. Prudente: FCT/UNESP, (Monografia de Bachareado). 126

126 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP SÃO PAULO (Estado). Conseho Estadua Recursos Hídricos/CRH. Comitê da Bacia Hidrográfica do Ponta do Paranapanema/CBH-PP. Legisação Básica sobre Recursos Hídricos. P.Prudente: CBH-PP, SILVA, Ana Améia da. e MELÃO, Ceeste, Maria Gama. O direito a quaidade de vida na cidade. IN: GRIMBERG, Eisabeth. Revista Póis: Ambiente Urbano e Quaidade de Vida, nº p SILVA, José Afonso da. Direito Urbanístico Brasieiro. 3º ed. São Pauo: Maheiros p. SILVA, Luis Octávio da. A organização do espaço construído e quaidade ambienta: o caso da cidade de São Pauo. IN: GRIMBERG, Eisabeth. Revista Póis: Ambiente Urbano e Quaidade de Vida, nº p SMITH, Nei. Desenvovimento Desigua. Rio de Janeiro: Bertrand, SOBARZO MINO, Oscar Afredo. A segregação sócioespacia em Presidente prudente: anáise dos condomínios horizontais. Pres. Prudente: FCT/UNESP, (Dissertação de Mestrado). SOUZA, Cáudio José de. Quaidade de vida e indicadores ambientais na cidade de Presidente Prudente SP. Reatório Fina de Pesquisa de Iniciação Científica apresentado à FAPESP, SOUZA, Marceo Lopes. Mudar a cidade: uma introdução crítica ao panejamento e à gestão urbanos. 1º ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasi, p. SPOSITO, Maria Encarnação Betrão. Capitaismo e Urbanização. São Pauo: Contexto, 7ª ed., p. SPOSITO, Maria Encarnação Betrão. O chão em Presidente Prudente: a ógica da expansão territoria urbana. Pres. Prudente: FCT/UNESP, (Dissertação de Mestrado). STEIN, Dirceu Pagotto. Avaiação da degradação do meio físico na bacia do rio Santo Anastácio - Oeste Pauista. Rio Caro, Tese de Doutorado (Área de concentração: Geociências e meio ambiente) - IGCE- UNESP-Rio Caro. SUDO, H. e LEAL, A.C. Aspectos geomorfoógicos e impactos ambientais da ocupação dos fundos de vaes em Presidente Prudente SP. In: Revista Natureza. Uberândia, 1997, p TAUK, Sâmia M. Anáise Ambienta: uma visão mutidiscipinar. São Pauo: Editora UNESP/FAPESP/FUNDUNESP, TAUK-TORNISIELO, Sâmia.M. et a. Anáise Ambienta: estratégias e ações. São Pauo: T.A.Queiroz/Fundação Saim Farah Mauf. Rio Caro, SP: Centro de Estudos Ambientais UNESP,

127 Panejamento Ambienta Urbano na microbacia hidrográfica do córrego da Coônia Mineira Presidente Prudente/SP THAME, Antonio Caros de Mendes. Cobrança peo uso da água. 1º ed. São Pauo: Mehoramentos p. TORO, J. B. & WERNECK, N. M. D. Mobiização Socia. Brasíia: Ministério do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Amazônia Lega, Secretaria dos Recursos Hídricos, Associação Brasieira de Ensino Agrícoa Superior ABEAS, UNICEF, 1997, 104 p. TUAN, Yi-fu. Topofiia: um estudo da Percepção, atitudes e vaores do meio ambiente. Tradução de Livia de Oiveira. São Pauo/Rio de Janeiro: Dife. 1º ed p. TUNDISI, J.G. A bacia hidrográfica como unidade de pesquisa: Gerenciamento e Panejamento. São Pauo, USP, CDCC, p. VILLAÇA, Fávio. A segregação urbana. In: Espaço intra-urbano no Brasi. 2º ed. São Pauo: Studio Nobe p.p

128 Dados dos Representantes das Associações de Moradores da microbacia do córrego da Coônia Mineira- Presidente Prudente/SP Bairro Presidente Endereço Fone Loca e Data de nascimento Profissão Escoaridade Conj. Hab. Sítio José Manoe dos R. Jair Correia de (018) 221- Santo Expedito-SP Funcionário Médio São Pedro Santos Souza, /07/53 Municipa Competo Jd. Edorado Ceso Batista Aameda Edorado, 45 Jd. Estori Edson Roberto Costa Jd. Iguaçu Maria Aparecida Cicerei Jd. Regina. Expedito Coeho da Siva Pq. São Judas Maria Aparecida Tadeu e Res. São Pereira dos Santos Marcos Pq. São Matheus Pauo Correa e São Lucas Via Geni Isaias Candido Farias R. Miqueina Dias, 90 R. Arindo Luiz Teixeira, 315 R. Luiz Monterani, 492 R. Nicoa Rossica, 768 R. Adato Ramos, 144 (18) Jacetinga-MG 27/05/39 (18) Presidente Prudente- SP 08/04/64 (18) Santo Anastácio-SP / /04/51 (18) / Souza-PB (18) / (18) / R. Boívia, 157 (18) / /02/63 Presidente Prudente- SP 28/01/60 Presidente Prudente- SP 20/03/55 Presidente Prudente- SP 05/05/76 Funcionário Municipa Aposentado Locutor de rádio Professora Aposentada Vendedor Autônomo Comércio de Lanche Carteiro Assessor Paramentar Municipa Fundamenta Incompeto Médio Competo Superior competo Fundamenta Incompeto Fundamenta Incompeto Superior Incompeto Superior Incompeto

129 I Reunião do Grupo de Moradores da microbacia do córrego da Coônia Mineira Convidamos todas as ideranças das Associações de Bairros da microbacia do córrego da Coônia Mineira (Via Geni, Jd. Regina, Jd. Estori, Jd. Edorado, Conj. Hab. Sítio São Pedro, Pq. São Matheus, Pq. São Lucas, Jd. São Judas Tadeu, Pq. Res. São Marcos, Jd. Iguaçu e INOOCOP), Poder Púbico Municipa, Escoa Marrey Júnior, Braga Meo e EMEFEI Dep. Caros Castiho Cabra para participar da reunião que discutirá: exposição dos resutados da pesquisa de Monografia (2000) e Mestrado (2002) desenvovidos na UNESP sobre a Quaidade de Vida e Ambienta dos bairros; apresentação e convite para eaboração e impantação do Projeto Pioto de Recuperação do Fundo de Vae do córrego da Coônia Mineira; articuação e composição do Grupo de Trabaho para viabiização do Projeto. Foto 01: Córrego da Coônia Mineira na Via Geni (Junho/2003) Foto 02: Área de Lazer no fundo de vae do Pq. São Matheus (Junho/2003). Loca: EMEFEI Dep. Caros Castiho Cabra (ao ado do Campo de Futebo). Rua Maria Lorencete Conago, nº 305, Jardim Regina. Presidente Prudente-SP. Dia: 28/06/03, Horário: 14 hrs. Reaização:Conseho das Associações de Bairros de Presidente Prudente-SP Universidade Estadua Pauista.

130 SINTESE DO DIAGNÓSTICO AMBIENTAL NA MICROBACIA DO CÓRREGO C DA COLÔNIA MINEIRA PRESIDENTE PRUDENTE/SP ADRIANA OLIVIA ALVES ORIENTADOR: PROF. DR. ANTONIO CEZAR LEAL I Reunião do Grupo de Moradores da microbacia do córrego da Coônia Mineira Foto 01: Córrego da Coônia Mineira na Via Geni (Junho/2003) Foto 02: Área de Lazer no fundo de vae do Pq. São Matheus (Junho/2003). Loca: EMEFEI Dep. Caros Castiho Cabra (ao ado do Campo de Futebo). Rua Maria Lorencete Conago, nº 305, Jardim Regina. Presidente Prudente-SP. Dia: 28/06/03, Horário: 14 hrs. Reaização:Conseho das Associações de Bairros de Presidente Prudente-SP Universidade Estadua Pauista.

131 Introdução Neste projeto de pesquisa pretende-se efetuar o processo de panejamento ambienta na microbacia do córrego da Coônia Mineira em Presidente Prudente/SP, compreendendo as etapas: inventário, diagnóstico ambienta, zoneamento ambienta, prognóstico e participação popuar. Utiizando a microbacia como unidade físico-territoria de gestão e panejamento, busca-se fomentar propostas de mehoria para quaidade de vida da popuação oca por meio da intervenção na situação ambienta com a impantação de um Parque Linear no fundo de vae do córrego da Coônia Mineira. A articuação desta proposta poderá ser propiciada por meio da organização de um Grupo de Trabaho para fomentar atividades de Educação Ambienta com o envovimento dos agentes sociais (escoas, associação de moradores, Universidade, CBH-PP e poder púbico municipa) no Projeto de eaboração e impantação de um Parque Linear no córrego da Coônia Mineira. Com o desenvovimento e resutados desta pesquisa, o projeto de intervenção encontrará suporte técnico e científico acerca de informações teóricas e metodoógicas do processo de panejamento ambienta, subsidiando a impantação do Parque Linear. 1) Locaização A microbacia do córrego da Coônia Mineira ocaiza-se na porção oeste da cidade de Presidente Prudente - SP. Esta microbacia compreende uma área aproximada de 42 km 2 e atuamente encontra-se num processo aceerado de parceamento do soo, com intensa degradação dos recursos hídricos. O córrego da Coônia Mineira é um afuente do córrego do Veado, o qua constitui a principa drenagem fuvia do município, uma vez que percorre ongo trecho da área urbana e rura. Em seu eito, recebe todo o esgoto proveniente da cidade até desaguar no rio Santo Anastácio, a principa fonte de abastecimento de água para o município de Presidente Prudente. A microbacia do córrego da Coônia Mineira encontra-se regionamente 1 inserida na Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos nº 22 (UGRHI-22), área de atuação do Comitê das Bacias Hidrográficas do Ponta do Paranapanema (CBH-PP). Observa-se na 1 Esta ocaização regiona condiz com os imites de atuação da unidade de gerenciamento e panejamento ambienta do CBH-PP, segundo critérios hidrográficos, poíticos e sociais.

132 figura 01 as ocaizações da microbacia do córrego da Coônia Mineira no contexto regiona e da maha urbana de Presidente Prudente. Figura 01: Locaização geográfica da microbacia do córrego da Coônia Mineira - Presidente Prudente/SP Locaização da UGRHI nº 22- Estado de São Pauo Locaização da maha urbana de Presidente Prudente na bacia do rio Santo Anastácio Locaização da microbacia do córrego da Coônia Mineira na cidade de Presidente Prudente-SP Presidente Prudente Fonte: STEIN, Dirceu Pagotto - Avaiação da degradação do meio físico - Bacia do rio Santo Anastácio/Oeste Pauista. (1999). Org.: Adriana Oivia Aves 2) Apresentação da Iª Reunião do Grupo de Moradores da microbacia do córrego da Coônia Mineira-Presidente Prudente/SP 1ª Fase: Reaizar diagnóstico ambienta da bacia hidrográfica do córrego Coônia Mineira; Anaisar a Quaidade de Vida e Ambienta na microbacia do córrego da Coônia Mineira. 2ª Fase: Divugar os resutados da pesquisa na microbacia hidrográfica do córrego Coônia Mineira; Contribuir para a mehoria da Quaidade de Vida e Ambienta na microbacia; Participar da mobiização socia e reaização de um projeto de intervenção para recuperação ambienta em fundo de vae. O que é Quaidade de Vida? A Quaidade de Vida pode ser definida por meio das condições de satisfação e das necessidades básicas da popuação para uma vida digna (Lea, 1995, p. 96), baseado em um conjunto de indicadores objetivos e subjetivos; 2

133 Indicadores: condições sócio-econômica, saúde, infra-estrutura urbana, meio de transporte, segurança, educação, azer e questão ambienta; A quaidade de vida é uma refexão que associa a anáise de vários indicadores e a percepção ambienta da popuação, isto é, suas necessidades, ansiedades e perspectivas frente o meio a qua estão inseridos. Nesse sentido envove a anáise do pesquisador e a expectativa da popuação. Para que serve estudar a quaidade de vida? Diagnosticar a interferência dos indicadores na quaidade de vida da popuação; Eaborar reatórios (de inguagem acessíve) e promover reuniões e debates com os atores envovidos sobre os probemas diagnosticados; Eaborar audos ambientais para tomada de decisões (municipa, saúde, educaciona, panejamento, etc), a fim de promover estratégias de reversão do quadro de redução da quaidade de vida. Resutados da pesquisa O córrego da Coônia Mineira encontra-se em processo de intensa degradação ambienta em virtude da presença de ixo, entuho, esgoto doméstico, ausência da mata ciiar e aparecimento de voçorocas; Na microbacia do córrego da Coônia Mineira, a maior parte dos moradores encontramse carentes do ponto de vista do azer, este fato está associado a fata de efetivação das áreas de azer púbicas nos bairros; Este quadro aponta para a redução da quaidade de vida popuação: Degradação do córrego X Carência de Áreas de Lazer Púbicas Por que canaizamos os córregos de Presidente Prudente? Os fundos de vae encontram-se geramente abandonados; Não existe tratamento dos esgotos, sendo o córrego o seu maior receptor; Os córregos passam a ser vistos como o cana de mais fáci acesso para o descarte de ixo e entuho; 3

134 Não existe uma consciência de que possamos conviver harmonicamente com a natureza nas cidades; A canaização resuta de uma visão que enterrando os córregos estamos resovendo junto um probema ambienta da cidade de Presidente Prudente; Quais as conseqüências da canaização dos córregos? O que ocorreria com a água disponíve em Presidente Prudente (escassez, crise da água)? Para onde vão as águas das chuvas? E o cima oca, permaneceria o mesmo? E quando as tubuações apodrecerem? E quanto às enchentes e inundações? E os prejuízos à sociedade, sejam ees ambientais e financeiros? Enfim, os custos e benefícios compensam a canaização dos córregos? Qua é a saída para os córregos nas cidades? Tentar integrar a preservação ambienta em harmonia com a popuação moradora das cidades; Recuperar as matas ciiares dos fundos de vae que protegem do assoreamento; Canaizar os esgotos fora do perímetro da cidade e reaizar o seu devido tratamento; Evitar as canaizações fechadas dos córregos e tentar encontrar formas mais adequadas de canaização (à céu aberto); Desenvover Áreas de Lazer Púbicas em harmonia com a preservação dos córregos, à exempo dos Parques Lineares. Como podemos reaizar ta projeto? Apoio de várias esferas da sociedade: sociedade civi, poder púbico municipa, escoas e universidade; Precisa haver uma efetiva mobiização socia em pro de um projeto coetivo; 4

135 Organização de um Grupo de Trabaho que seja utiizado como apoio para discussões, promovendo apontamentos de demandas e execução de agumas ações para reaização do projeto. 3) Síntese dos Resutados da Monografia Anáise da Quaidade de Vida e Ambienta nos bairros da microbacia do córrego da Coônia Mineira Via Geni: Este bairro é apontado peos moradores com ato níve de insegurança, devido presença do tráfico de drogas. Aém disso é muito carente do ponto de vista dos equipamentos comunitários (não possui posto de saúde, deegacia e escoas) e Lazer (não possui área de azer púbica). A presença de probemas ambientais no fundo de vae (como ixo, entuho, esgoto e inundações), aiado a fata de ações eficazes do poder púbico, torna esta área abandonada, desvaorizada e com péssima quaidade de vida. Apesar dos probemas ambientais advindos da ocupação irreguar na Área de Preservação Permanente e canaização do córrego, um dos maiores pedidos desta popuação é a impantação de uma avenida que dê acesso ao bairro até a Avenida; Jd. Edorado:Constituída por grande parte de moradores aposentados e famíias com pessoas adutas, apontando que não há tanta necessidade de recreação (não há presença de áreas de azer púbica). È favorecida por fáci acesso de ônibus, posto de saúde, escoa e presença de comércio oca. Apesar da ocupação tota do oteamento e canaização do córrego, continuam existindo recamações de probemas ambientais do fundo de vae que fica entre este bairro e o Via Geni. Jd. São Judas Tadeu: È o bairro mais bem servido peos equipamentos comunitários (deegacia de poícia, escoas. posto de saúde, comércio oca). Apesar da presença de uma grande área de azer, está encontra-se abandonada e a maior parte da popuação não a utiiza. Neste bairro, o córrego encontra-se totamente canaizado, coexistindo a área de azer púbica, sendo pouco utiizada pea popuação. De modo gera, o bairro inteiro encontra-se impermeabiizado. Pq. São Matheus: É único bairro contempado com o projeto de urbanização de fundo de vae, com extensa área de azer, possui escoa e os outros equipamentos comunitários são utiizados em bairros adjacentes (Jardim Edorado, São Judas Tadeu e Jardim Beo Horizonte. Possui razoáve variedade de equipamentos de comércio. A rede de transporte coetiva é considerada satisfatória. Um dos maiores incômodos do bairro é apontado peos moradores como a área púbica abandonada próximo ao imite da microbacia (probemas com iuminação, ocupação irreguar de pessoas, criadouro de mosquitos, etc.). A meta da Associação é apontada como a continuidade da canaização e urbanização do restante do córrego que margeia o bairro). Pq. Res. São Marcos: Este bairro apesar de não possuir nenhum equipamento comunitária e área de azer e favorecido pea ocaização e os equipamentos do 5

136 bairro vizinho, Parque São Judas Tadeu. O fundo de vae ocaizado neste bairro sofre principamente com a ausência da mata ciiar. Pq. São Lucas: É o bairro mais recente impantado na microbacia (década de 1990), não possuindo nenhum equipamento comunitário. É favorecido com a presença de equipamentos comunitários, comerciais e de azer do Parque São Matheus. Segundo a popuação oca, o maior probema deste bairro é a área a grande área vazia que se encontra ao ado deste bairro. Esta área, segundo os moradore trava o desenvovimento do bairro que o torna inseguro, devido à pouca iuminação, dificuta vias de acesso à outros bairros. Nesta área foram ocaizadas três voçorocas em estado de intensa degradação, uma deas está sendo aterrada com ixo e entuho. Jd. Iguaçu: É um bairro muito carente do ponto de vista do comércio oca, áreas de azer, posto de saúde, transporte coetivo, iuminação púbica e poiciamento de viaturas de poícias. A maior parte da popuação possui um sentimento de isoamento dos bairro no sentido de acessibiidade fáci a outros ocais. Um ponto positivo deste bairro e a grande participação dos moradores na Associação, assim como a representatividade no acance das metas. Nesta área o fundo de vae encontra-se abandonado, sofrendo probemas como deposição de entuhos, ixo, esgoto e cadáveres de animais. Jd. Regina: De modo gera este bairro não apresenta probemas, possui escoa, uma grande e utiizada área de azer, utiizando-se de equipamentos comunitários de bairros vizinhos. Segundo o representante do bairro, o maior probema do bairro é centraização das ações na presidência da associação. A principa nascente do córrego da Coônia Mineira encontra-se neste bairro, estando ocaizada. INOOCOP: A popuação deste bairro, em sua maioria possui condições econômicas-sociais-educacionais priviegiadas. A ausência de aguns equipamentos comunitários é sanada pea proximidade do Parque São Judas Tadeu e pea maior possibiidade econômica de atender suas necessidades em serviços particuares. O bairro possui uma única praça que não atende as necessidades da popuação oca. Um dos grandes probemas deste bairro é degradação ambienta deste fundo de vae, aém de probemas como entuho e ixo, as margens do córrego estão em avançado processo de erosão. A paisagem que se observa é ao mesmo tempo a degradação ambienta deste córrego, caracterizada por tota abandono. Jd. Estori: Este bairro é essenciamente residencia, não possuindo equipamentos comunitários, área de azer púbica e pouco comércio oca. Entretanto é favorecido pea ocaização destes equipamentos em bairros vizinhos como Posto de Saúde e Creche (Jd. Guanabara), Escoa e Área de Lazer (Jd. Regina). A área de azer ainda não se encontra efetivada. Conj. Hab. Sítio São Pedro: Apesar deste bairro não possuir a presença de equipamentos comunitários e comércio oca é favorecida com presença destes em bairros próximos, como Posto de Saúde e Escoa (Jd. Beo Horizonte). Entretanto, tanto este bairro, como os bairros adjacentes não possuem área de azer púbica, apontando esse tipo de carência entre a popuação moradora. A área do fundo de vae encontra-se atuamente em fase de crescimento da mata ciiar reforestada. 6

137 4) Considerações Finais O estudo desenvovido por esta pesquisa contribui para uma anáise do processo de ocupação e urbanização de Presidente Prudente e o processo de expansão na microbacia do córrego da Coônia Mineira. Aém disto, permitiu compreender como o processo de urbanização sob á égide do modo de produção capitaista (re)produz espaços diferenciados na cidade. Intrinsecamente reacionados com os mecanismos de especuação imobiiária e a ação dos agentes de produção do espaço urbano gera paraeamente confitos e um aparente caos urbano. Esses confitos são identificados peo Diagnóstico Ambienta com a materiaização dos probemas ambientais e urbanos. Os resutados obtidos nesta fase da pesquisa apontaram aguns eementos de anáise identificados peo Estado Ambienta (interreação do Estado Geoecoógico Quaidade de vida) da microbacia do córrego da Coônia Mineira. Verifica-se que a microbacia está passando por um processo de degradação aceerada especiamente nas áreas próximas às drenagens fuviais. O quadro ambienta é formado pea presença de impactos ambientais, como os processos erosivos, reacionado com concentrações de sucos nas cabeceiras das drenagens e, principamente com os soapamentos das margens fuviais, acarretando o assoreamento e muitas vezes interrupção do eito natura do córrego. Com reação a proteção das margens fuviais, na maior parte da microbacia, a mata ciiar encontra-se desmatada, em aguns pontos ocaizados restam resquícios de vegetação, não reaizando a função de proteger as encostas dos processos erosivos e assoreamentos. A degradação ambienta da quaidade hídrica do córrego da Coônia Mineira é agravada pea disposição irreguar de ixo, entuho e deposição de esgotos in natura, haja visto que em quase todos os trechos percorridos, é visíve a presença destes eementos, com exceção a área dos tributários de 1º ordem de ramificação e a área da canaização de concreto a céu aberto (à jusante do córrego). Quanto as proposições do instrumento ega apontam inadequações da ocupação urbana nas áreas de Proteção e Preservação Ambienta. Na área do baixo curso, com especia atenção na Via Geni, varias edificações encontram-se na área de Preservação 7

138 Permanente e nas áreas de risco à inundação, afetando a Lei nº 7.875/65, artigo 2º do Código Foresta. As intervenções de obras de engenharia por meio de canaizações ocorrem sem nenhum tipo de diagnóstico da área, eaboração de projetos, ou mesmo, pedido de outorga para autorizar intervenções junto ao Departamento de Águas e Energia Eétrica (DAEE). As canaizações são reaizadas sem evantamento de informações, sendo arbitrárias do ponto de vista técnico, ega e urbano. Do ponto de vista técnico, pois são utiizados materiais que em pouco tempo deterioram e o diâmetro da tubuação não suporta a quantidade de águas nos períodos chuvosos, aém da ausência de um projeto de evantamento com as características da área. Do ponto de vista ega, pois o pedido de outorga nunca foi efetivado nesta microbacia, aiado a ocupação das áreas de Proteção e Preservação Ambienta. E, por útimo, do ponto de vista urbano, pois não contempa a harmonia paisagística do recurso hídrico em áreas urbanas densamente consoidadas. Outro exempo de inadequação do apareho ega é não efetivação das áreas destinadas ao azer na microbacia do córrego da Coônia Mineira. Conforme a Lei nº 6.766/79 estabeece no Capítuo V, Artigo 17 sobre a aprovação dos oteamentos, que todas as áreas púbicas, seja as destinadas para uso instituciona ou recreativo, não podem ser ateradas peo oteador. Com reação ao Pano Diretor do município de Presidente Prudente, dispõem que todo oteamento deve destinar peo menos 10% de área reservada para uso recreativo, sendo que na Lei nº 2.110/80, no artigo 6º, inciso V, reguamenta que a ocaização do reevo desta área no oteamento deve ser favoráve. Entretanto, grande parte das áreas destinadas ao azer encontram-se em fundos de vae, em áreas de Preservação Permanente, e, ainda, com outros tipos de usos, como as oteadas ou áreas improvisadas peos moradores residentes na área da microbacia, como Parque São Matheus. Aém destes confitos, anaisados no processo de urbanização e estruturação da cidade, verificou-se que os probemas ambientais diagnosticados tem estreita reação com a redução da quaidade de vida da popuação oca. Os indicadores de quaidade de vida ambienta apontaram condições razoáveis do perfi sócio-econômico da popuação, péssimas condições quanto a presença de equipamentos púbicos, com baixa existência de postos de saúde, escoas, deegacias de poícia, creches e praças/parques. Entre todos os bairros da microbacia, apenas o Parque São Judas Tadeu conseguiu preencher todos os itens de equipamentos púbicos (abrangendo parte dos Setores n.º 61, 69, 70 e 71). 8

139 Especificamente reacionado às condições de azer oferecidas na área da microbacia, dois atenuantes incidem para a quaidade péssima para este requisito. A primeira deas refere-se a baixa quantidade de áreas de azer destinadas entre os bairros da microbacia e não efetivação deste pequeno número. Aém disso, devido as próprias condições gerais de destinação de renda entre os moradores (variando principamente entre 2 e 5 Saários Mínimos), designando o saário para o pagamento de necessidades básicas (aimentação e conta), verificou-se pouca variedade de atividades de azer entre os moradores da microbacia. A arborização da microbacia caracteriza-se em três tipos, duas deas satisfatória e uma insatisfatória. A primeira deas ocaiza-se nos bairros mais antigos da microbacia, as árvores possuem grandes dimensões, boa sombra, com aguns incômodos reacionados as raízes protuberantes e os gahos atos que atrapaham a iuminação púbica. A estas características, enquadram os Setores censitários ocaizados na margem direita do córrego (com exceção ao bairro Jardim Iguaçu) e o Jardim Edorado. O segundo grupo de arborização da microbacia, refere-se aos Setores, cujos oteamentos mais recentes, instaaram-se nos útimos vinte anos. Estes Setores estão ocaizados na margem esquerda do córrego, sendo que a incidência de variedade de espécies é maior e o porte da árvores um pouco menor que nas áreas de oteamentos antigos. Os Setores censitários n.º 129, 133, 182, parte do setor 132 (Parque São Matheus) e parte do setor 127 (Jardim Vitoria Regia), encontram-se com arborização insatisfatória, com existência de poucas mudas de árvores. A exposição aos impactos ambientais na microbacia foram diagnosticados principamente na área próxima à drenagem fuvia, tais como a presença de ixo, esgoto, entuho, animais mortos, movimentações de terra, processos erosivos. A avaiação dos moradores coincidiu com estes mesmos ocais. Sendo que entre os incômodos reacionados à pouição visua foi o que mais se destacou. Reacionados à inundação, foram reatados casos ocaizados principamente na Via Geni e Cidade Jardim. Deste modo, apesar da espaciaização da quaidade de vida, apontar na maior parte das vezes quaidade razoáve, deve-se evar em preceito, que esta determinação mascara as reais condições dos moradores. Na microbacia do córrego da Coônia Mineira, foi diagnosticado paraeamente, probemas ambientais na área próxima à drenagem fuvia, decorrente da ineficiência de panejamento ambienta-urbano nas cidades e, principamente nos fundos de vae e redução da quaidade de vida, devido probemas 9

140 ambientais anteriormente mencionados: fata de opção de azer, ausência de áreas verdes, impactos ambientais e carência de equipamentos púbicos. Nesse sentido, pode-se inferir que, a mehoria da quaidade de vida da popuação está associada às medidas estruturais, reacionado à situação econômica conjuntura (crises de desemprego, fata de oportunidades no mercado de trabaho) e as medidas de acance oca, no âmbito municipa, como a efetivação de direitos determinados na egisação municipa (Pano Diretor) e na aprovação de oteamentos, como a destinação de áreas de azer e áreas institucionais (para a impantação de equipamentos púbicos/comunitários). Para tanto, se faz necessário que a popuação conheça os direitos e deveres do munícipe, para que possa exigir a apicação de tais dispositivos egais. Como a grande parte da microbacia o processo de urbanização encontra-se quase totamente consoidado, sendo que muitas das áreas destinadas ao uso púbico foram oteadas, resta poucas aternativas para mehorar a quaidade de vida da popuação. Deste modo, diagnosticou-se dois probemas reacionados a quaidade de vida e ambienta na microbacia do córrego da Coônia Mineira, um está reacionado ao principais impactos ambientais presentes principamente na área próxima a drenagem fuvia, e a outra, está associado a quase tota escassez de opções e áreas de azer na área da microbacia. Estes dois indicadores apontam para uma redução da quaidade de vida entre a popuação residente da microbacia do córrego da Coônia Mineira. Uma das opções apontadas é a impantação de parques ineares ao ongo do córrego. Esta aternativa pode compatibiizar ao mesmo tempo a recuperação das condições naturais do córrego, preservação dos recursos hídricos, mehoria da paisagem urbana (conforto térmico e visua) e aumento das possibiidades de azer da popuação. Entretanto, para viabiizar a inserção do parque inear em quaquer área urbana é necessário panejar um conjunto de condicionantes e variáveis. O panejamento é um processo em continua evoução. O ato de panejar requer fexibiidade, pois a sociedade capitaista é composta de vários agentes e jogos sociais. Deste modo, o processo de negociação socia também deve evar em preceito as mudanças que ocorrem ao ongo deste processo, para que desta maneira a viabiização do panejamento ambienta seja efetivada. Deve-se evar em apreço que, as decisões são tomadas por pessoas e devem corresponder os interesses da coetividade, observando-se que às vezes, o que parece ser 10

141 um anseio da popuação, muitas vezes é imposto peo modo de vida que o cerca e peos interesses de casses sociais priviegiadas, detentores do capita. Deste modo, o pape da Educação Ambienta aiado ao panejamento ambientaurbano pode cumprir um importante pape na mehoria da quaidade de vida da popuação, atentando-se sobre a necessidade da participação dos vários segmentos sociais nesse processo de consoidação dos direitos humanos. Bibiografia AB SABER, Aziz Nacib. e MÜLLER-PLANTENBERG, Carita. (Orgs.) Previsão de Impactos: O Estudo de Impacto Ambienta no Leste, Oeste e Su. Experiências no Brasi, na Rússia e na Aemanha. S.P: EDUSP, p ABREU, Dióres Santos. Formação Histórica de Uma Cidade Pioneira Pauista: Presidente Prudente. Presidente Prudente: Facudade de Fiosofia, Ciências e Letras de Presidente Prudente, p. ABRH. Poítica e Sistema Naciona de Gerenciamento de Recursos Hídricos Lei Federa 9.433/97. São Pauo: ABRH, Comissão de Gestão, ALMEIDA, Josimar Ribeiro de (orgs.). Panejamento Ambienta. Rio de Janeiro: Thex, 2º ed., 1999, 180 p. ALMEIDA, Josimar Ribeiro de (orgs.). Gestão Ambienta. Rio de Janeiro: Thex, 2º ed., 2000, 259 p. ALVES, Adriana Oivia. Diagnóstico dos impactos ambientais provocados peo processo de urbanização na microbacia do córrego da Coônia Mineira - Presidente Prudente/SP (Reatório Fina apresentado ao CNPq/PIBIC referente a Bosa de Iniciação Científica no período de Agosto/2000 à Juho de 2001).176 p. AMORIM, Margarete Cristiane da Costa Trindade. Anáise ambienta e quaidade de vida na cidade de Presidente Prudente/SP. Pres. Prudente: FCT/UNESP, (Dissertação de Mestrado). AMORIM, Margarete Cristiane da Costa Trindade. Estudos das Áreas Verdes em Presidente. Prudente/SP. In: Simpósio Brasieiro de Geografia Física Apicada, VII Fórum Latino Americano de Geografia Física Apicada, I, CD-ROM, vo.2. Curitiba-PR, AMORIM, Margarete Cristiane da Costa Trindade. O cima urbano de Presidente Prudente-sP. Pres. Prudente: FCT/UNESP, (Tese de Doutorado). BELTRAME, Angea da Veiga. Diagnóstico do Meio Físico de Bacias Hidrográficas: Modeo e Apicação. Forianópois: Ed. da UFSC, 1ª ed., p. BIASI, Mário de. A carta cinográfica: os métodos de representação e sua confecção. In: Revista do Departamento de Geografia. São Pauo: USP, vo. 6, p CHRISTOFOLETTI, Antonio. A geografia Física no estudo das mudanças ambientais. In: Geografia e Meio Ambiente no Brasi. São Pauo-Rio de Janeiro: Hucitec, 1ª ed., p CHRISTOFOLETTI, Antonio. Geomorfoogia. São Pauo, Edgard Bücher, 2 ª ed., CUNHA, Sandra Baptista da; GUERRA, Antonio José Teixeira. Geomorfoogia e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: Bertrand Brasi, 1ª ed., p. DORFMAN, R. O pape do Estado na gestão dos recursos hídricos. Administração Púbica. Rio de Janeiro, v. 27, nº2, p , abr./jun., FORATTINI, O.P. Ecoogia, epidemioogia e sociedade. São Pauo: USP, GONÇALVES, Caros Water Porto. Os (des)caminhos do meio ambiente. 2ª Ed., São Pauo: Contexto,

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143 SMITH, Nei. Desenvovimento Desigua. Rio de Janeiro: Bertrand, SOBARZO MIÑO, Oscar Afredo. A segregação sócioespacia em Presidente prudente: anáise dos condomínios horizontais. Pres. Prudente: FCT/UNESP, (Dissertação de Mestrado). SPOSITO, Maria Encarnação Betrão. Capitaismo e Urbanização. São Pauo: Contexto, 7ª ed., p. SPOSITO, Maria Encarnação Betrão. O chão em Presidente Prudente: a ógica da expansão territoria urbana. Pres. Prudente: FCT/UNESP, (Dissertação de Mestrado). STEIN, Dirceu Pagotto. Avaiação da degradação do meio fisico na bacia do rio Santo Anastácio - Oeste Pauista. Rio Caro, Tese de Doutorado (Área de concentração: Geociências e meio ambiente) - IGCE- UNESP-Rio Caro. SUDO, H. e LEAL, A.C. Aspectos geomorfoógicos e impactos ambientais da ocupação dos fundos de vaes em Presidente Prudente SP. In: Revista Natureza. Uberândia, 1997, p TAUK, Sâmia M. Anáise Ambienta: uma visão mutidiscipinar. São Pauo: Editora UNESP/FAPESP/FUNDUNESP, TAUK-TORNISIELO, Sâmia.M. et a. Anáise Ambienta: estratégias e ações. São Pauo: T.A.Queiroz/Fundação Saim Farah Mauf. Rio Caro, SP: Centro de Estudos Ambientais UNESP, TUAN, Yi-fu. Topofiia: um estudo da Percepção, atitudes e vaores do meio ambiente. Tradução de Livia de Oiveira. São Pauo/Rio de Janeiro: Dife. 1º ed p. TORO e WERNECK (1997) TUNDISI, J.G. A bacia hidrográfica como unidade de pesquisa: Gerenciamento e Panejamento. São Pauo, USP, CDCC, p. 13

144 ANEXO IV (Artigos do Jorna Oeste Notícias acerca dos impactos ambientais na Via Geni)

145 unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CAMPUS DE PRESIDENTE PRUDENTE FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA ENTREVISTA APLICADA AOS REPRESENTANTES DA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO DA COLÔNIA MINEIRA PRESIDENTE PRUDENTE/SP I) Dados do Projeto Nome do Projeto: Panejamento Ambienta-Urbano na microbacia do córrego da Coônia Mineira-Presidente Prudente/SP Orientador: Prof. Dr. Antonio Cezar Lea I) Roteiro de Entrevista 1) Fae-me sobre a formação da Associação de Moradores do Bairro: dados históricos, fundação, pessoas que contribuíram para a formação, tempo como representante: 2) Aguma vez foram atendidas as reivindicações da Associação do Bairro? Qua(is)? 3) Qua o níve de participação da Associação (quanto a união, integração dos integrantes, iniciativa, espírito de iderança, acance das metas? Qua o níve de participação da Associação junto a Prefeitura Municipa? 4) Quais são as maiores dificudades enfrentadas pea Associação de Bairros? Que nota o Sr.(a) daria para a quaidade de vida do bairro? 5) Qua o principa motivo que o evou a morar neste bairro? 6) Cite um ponto positivo e outro negativo do bairro: 7) Quais são os maiores probemas enfrentados no bairro? 8) O que o Sr.(a) acha que deve ser feito para mehorar as condições do córrego? 9) A popuação do bairro utiiza as Áreas de Lazer púbicas do bairro? Por que? 10) Eas atendem a necessidades recreativas do perfi da popuação residente? Por que? 11) O Sr.(a) é favoráve a impantação de um Parque Linear/Praça no fundo de vae do córrego? Por que? Qua seria a mehor área? 12) Caso seja reaizado um convite junto à Associação de Bairros para a participação e impantação de um Parque Linear no fundo de vae do córrego qua seria a perspectiva do níve de mobiização? 19) Que benefícios isso poderia gerar para o Bairro e adjacências? 1

146 Figura 01: Pista de skate na área de azer do Parque São Matheus. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. Figura 02: Canaização aberta de concreto entre a Via Geni e a foz do córrego da Coônia Mineira: intenso impacto assoreamento e presença de entuhos. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. 1

147 Figura 01: Improvisação de áreas de azer (campinhos de futebo) no fundo de vae do INOOCOP: demonstração da carência recreativa entre os moradores. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. Figura 04: Outro exempo de área de azer improvisada (campinhos de futebo), ocaizada no fundo de vae do Jardim Beo Horizonte. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. 2

148 Figura 05: Paca sinaizando a proibição na deposição de entuho no fundo de vae do CDHU Sítio São Pedro, ao fundo presença da Horta Comunitária. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. Figura 06: Horta Comunitária do CDHU Sítio São Pedro às margens do córrego da Coônia Mineira. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. 3

149 Figura 07: Prática freqüente entre carroceiros que prestam serviços de catação de entuhos com destino fina no córrego da Coônia Mineira no Parque São Matheus. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. Figura 08: Improvisação de área de azer no Parque São Matheus no fundo de vae do córrego Coônia Mineira. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. 4

150 Figura 09: Área Comunitária do CDHU Sítio São Pedro ocaizada no fundo de vae do córrego da Coônia Mineira: sem utiização atua com previsão de funcionamento para o ano de Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. Figura 10: Disposição irreguar de entuhos nas proximidades de um afuente do córrego da Coônia Mineira. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. 5

151 Figura 11: Outro exempo de disposição irreguar de entuhos, ocaizado no INOOCOP nas proximidades de um afuente do córrego da Coônia Mineira. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. Figura 12: Área de Lazer não efetivada, ocaizado no INOOCOP: reguarmente é utiizada de forma improvisada para reaizar as atividades festivas da comunidade do bairro. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. 6

152 Figura 13: Área de Lazer ocaizada no Jardim Regina: este oca é intensamente utiizada peos moradores do bairro e adjacências. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. Figura 14: Movimentação de terra ocaizado no CDHU Sítio São Pedro nas proximidades de um afuente do córrego da Coônia Mineira. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. 7

153 Figura 15: Trecho do córrego canaizado na Via Geni, uma das áreas com maiores Ambientais: enchentes sazonais, esgoto à céu aberto, carência de áreas de azer e equipamentos institucionais (creche, posto de saúde, escoas), apontado por esta pesquisa com péssima quaidade de vida bairro. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. Figura 16: Várias moradias sofreram com as enchentes causadas pea ocupação inadequada na área de Preservação Permanente e pea canaização que não suporta a quantidade de águas puviais na época das chuvas, diante disso, a Secretaria de Obras paneja substituir a canaização de armico o por concreto a via Geni bairro. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. 8

154 Figura 17: Área de Lazer improvisada no Parque Beo Horizonte. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. Figura 18: Voçorocamento do afuente do córrego da Coônia Mineira, intensificada peas tubuações de águas puviais. Fonte: Pesquisa de campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. 9

155 Figura 19: Boca de obo no mesmo sentido do afuente do córrego da Coônia Mineira. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. Figura 20: Assoreamento do córrego da Coônia Mineira com carga em suspensão provocado por obra de substituição da canaização fechada. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. 10

156 Figura 21: Tubuação das gaerias puviais associada a movimentação de terra degradam o O afuente do córrego da Coônia Mineira. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. Figura 21: Leito principa do córrego da Coônia Mineira nas proximidades do Jardim Edorado. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. 11

157 Figura 22: Confuência do córrego da Coônia Mineira com o córrego do Veado: trecho Com canaização de concreto aberta. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. Figura 23: Assoreamento e deposição de entuho no eito principa do córrego na Via Geni. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. 12

158 Figura 24: Desbarrancamento das pacas de concreto no término da canaização fechada na Geni. Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. Figura 24: Área de azer do Jardim Regina: presença de equipamentos infantis e poiesportivos Fonte: Pesquisa de Campo (2002). Autora: Adriana Oivia Aves. 13

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