INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED

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1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED AULA DIA 24/27 de Março Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA tiago_csouza@hotmail.com

2 O nascimento da relação jurídica - Nascimento é o elemento que gera a relação jurídica. Os fatos jurídicos sãos os acontecimentos através dos quais as relações jurídicas nascem, modificam-se e extinguem-se.

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4 - Fatos naturais: são os alheios à vontade e à ação humana. Ordinários: Ex.: nascimento; morte; maioridade; etc. Extraordinários: Caso fortuito e a força maior: inundação que destrói propriedades, a queda de raio que provoca incêndio etc.

5 - Atos Jurídicos lícitos: dependem da vontade e/ou ação humana. São lícitos quando preenchem os requisitos legais exigidos pelas normas jurídicas, criando, modificando ou extinguindo a relação jurídica. Ex.: pagamento da prestação no contrato de compra e venda.

6 - Ato jurídico ilícito: aqueles praticados pela vontade e/ou ação humana, mas que infringem as normas legais instituídas. * Uma vez praticados, geram relação jurídica, independentemente da vontade do agente. Ex.: Agressão, furto, homicídio geram a obrigação de pagar indenização à vítima do evento danoso.

7 - Negócio jurídico: define-se como qualquer estipulação de consequências jurídicas, realizada por sujeitos de direito no âmbito do exercício da autonomia da vontade. Seu fundamento é a manifestação de vontade das partes, isto é, dos sujeitos de uma relação jurídica. Ex.: Celebração de Contrato de Compra e Venda; Celebração de Contrato de Trabalho; Celebração de Prestação de Serviço.

8 1.4 Direito público, privado e difuso - Nunca existiu um critério de rigor lógico e satisfatório capaz de designar claramente a distinção, pretendida pela dogmática jurídica, entre Direito Público e Direito Privado. - A divisão é meramente pedagógica, para que possamos realizar um estudo mais aprofundado dos ramos do Direito.

9 - A ideia de se realizar um divisão no Direito por áreas sempre existiu, remontando desde os tempos do Direito Romano, mas sempre enfrentou dificuldades, uma vez que o Direito, por não ser uma ciência exata, poderá ter conteúdos mistos. - Em relação à divisão realizada no Direito devemos, então, começar pela distinção Tradicional entre Direito Público e Direito Privado, que leva em consideração os sujeitos envolvidos e a qualidade destes quando estão na relação jurídica; e o conteúdo normativo e o interesse jurídico a ele relacionado.

10 1.4.1 Ramos do direito público; Direito Público é aquele que reúne as normas jurídicas que têm por matéria o Estado, suas funções e organização, a ordem e segurança internas, com a tutela do interesse público, tendo em vista a paz social, o que se faz com a elaboração e a distribuição dos serviços públicos, através dos recursos indisponíveis à sua execução. Cuida também das relações entre Estados.

11 1.4.2 Ramos do direito privado; - O Direito Privado, por sua vez, reúne as normas jurídicas que têm por matéria os particulares e as relações entre eles estabelecidas, cujos interesses são privados, tendo por fim a perspectiva individual. - Entretanto, hoje há uma forte tendência à publicização do Direito Privado, ou seja, cada vez mais o Estado intervém mais na órbita privada para garantir os direitos ali previstos e, também, para impor normas de conduta, anular pactos e contratos, rever cláusulas contratuais e etc.

12 - Exemplo 1 dessa publicização: Direito do Trabalho (hoje o Estado intervém mais para garantir uma proteção dos Direitos do trabalhador. Não podem as partes celebrar livremente seus Direito Ex.: não pode o empregado celebrar um contrato de trabalho em que abre mão de suas férias e 13 e salário por um prato de comida). - Exemplo 2 dessa publicização: as pessoas não podem celebrar todo e qualquer tipo de contrato. A pessoa não pode vender seus órgãos, não pode celebrar contrato com incapaz, por exemplo. O princípio do pacta sunt servanda (o contrato faz lei entre as partes) vem sendo limitado; bem como o princípio da autonomia da vontade.

13 1.4.3 Ramos do direito difuso; - O Direito Difuso, ao contrário das outras duas espécies que se distinguem entre interesse público e privado, estará relacionado tanto ao Direito Público quanto ao Direito Privado. - Diz o Código de Defesa do Consumidor que os direito difusos são transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato. - Direitos Difusos são aqueles cujos titulares não podem se individualizados. São os fatos que determinam a ligação entre essas pessoas, cujos direitos não podem ser partidos: são indivisíveis. Ex: todos indeterminadamente estão sujeitos à publicidade enganosa; o direito de respirar ar puro é de todos etc.

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15 2. Direito como objeto de conhecimento. Conforme pudemos observar nas aulas iniciais o vocábulo direito permite uma pluralidade de significados, de sentidos, que vai desde o sentido de o indivíduo ter direito, até a possibilidade de compreendê-lo como conjunto de normas jurídicas, como Direito Penal. - Mas, afinal, o que é o conhecimento?

16 Toda Ciência (atividade que busca o conhecimento através da razão diferente do senso comum; conhecimento religioso; etc) busca um objeto para conhecer (objeto de conhecimento). - A Medicina como Ciência tem como objeto o estudo do corpo humano. A Biologia o estudo dos seres vivos. A Literatura o estudo das construções literárias. - Qual o objeto de conhecimento da Ciência Jurídica?

17 - A Ciência Jurídica optou, dentre todos os sentidos possíveis de Direito, ter como objeto de conhecimento a norma jurídica. - Entretanto, ainda é muito pouco estudar na Ciência do Direito a Norma Jurídica, o Direito vai muito além dessa compreensão.

18 2.1 A ciência do direito; 2.2 As escolas científicas; 2.3 O objeto da ciência do direito;