FILHOS... FILHOS? MELHOR NÃO TÊ-LOS : A FEMINILIDADE ALÉM DA MATERNIDADE. Por: ANIA REIS DE ARAGÃO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "FILHOS... FILHOS? MELHOR NÃO TÊ-LOS : A FEMINILIDADE ALÉM DA MATERNIDADE. Por: ANIA REIS DE ARAGÃO"

Transcrição

1 Artigo publicado no livro Questões Cruciais para a Psicanálise Série Teoria da Clínica Psicanalítica I Organizadoras: Andréa Hortélio Fernandes e Analícea de S. Calmon Santos Salvador: EDUFBA, FILHOS... FILHOS? MELHOR NÃO TÊ-LOS : A FEMINILIDADE ALÉM DA MATERNIDADE Por: ANIA REIS DE ARAGÃO Psicóloga do Serviço Médico da Universidade Federal da Bahia Psicóloga/Psicanalista da Clínica Lugar Formação em Psicanálise pela Associação de Psicanálise da Bahia Especialista em Teoria da Clínica Psicanalítica Universidade Federal da Bahia ania@ufba.br Salvador 2005

2 1 Filhos... Filhos? Melhor Não Tê-Los 1 : A Feminilidade Além Da Maternidade 2 Sinto-me culpada por não querer ter filhos. Todo mundo diz que um filho é uma bênção. Por que eu não quero esta bênção? questiona-se uma paciente em análise, dividida por um lado pelas cobranças sociais que impõem a maternidade como realização feminina e por outro, pelo desejo de continuar os seus projetos profissionais, não podendo conceber a idéia de interrompê-los por uma gravidez. Atualmente, o número de mulheres que não querem pagar o preço para conferir o que é a maternidade, parece ter crescido, ou hoje se pode assumir mais claramente esta escolha. O que desperta a atenção é menos uma relevância estatística e mais a veemência com que elas sustentam a sua posição, que não deixa de se configurar como uma recusa a enquadrar-se nas exigências do Outro social, que responde que o que deve querer uma mulher é tornar-se mãe, considerando a maternidade como a natureza feminina, a máxima expressão do ser mulher. A repetição de questões como estas por mulheres, na clínica e fora dela, suscitou a intenção de pesquisar sobre as relações entre a maternidade e a feminilidade, tomando como questão norteadora o que faz uma mulher não demandar um filho, um tema menos explorado, mas muito instigante e atual. Recorre-se a autoras como Chatel (1995), Tubert (1996) e Safer (1997), que no campo da psicanálise na atualidade elegeram também o feminino e a maternidade como objetos de investigação, alicerçando suas descobertas clínicas nas teorias de Freud e Lacan. Entendendo-se que a maternidade não está ligada apenas à capacidade reprodutiva da mulher, mas à trajetória edípica que a tira da ordem biológica e a instaura na ordem do desejo, há espaço na teoria psicanalítica para considerar que uma mulher

3 2 não demande um filho. Não é isto que a fará mais incompleta. Como seres marcados pela falta, portanto desejantes, para homem ou mulher, mulher ou mãe, a incompletude é o destino inexorável. No momento em que se trata de desejo e não de necessidade - um dos saltos que a psicanálise empreendeu rompendo com os paradigmas da época - perde-se a possibilidade da satisfação da sexualidade humana definida por um objeto determinado, como um filho. Tanto desejar ter filhos, quanto decidir por não tê-los, qualquer das situações vai reativar posições infantis e remeter cada sujeito à complexa trama das suas relações edípicas. Demandar filhos pressupõe estar submetido à castração simbólica, portanto posicionar-se diante da problemática da diferença entre os sexos, admitindo não ser possível o gozo do Outro, o gozo absoluto, como também estar confrontado com a finitude. Pode-se pensar que a maternidade é um momento em que estas questões concernentes ao sexo e à morte são atualizadas, como afirma Tubert (1996, p. 169): O nascimento de um filho, na medida em que supõe a sucessão das gerações, remete à sombra, à existência terrena, ao corpo destinado a morrer [...] Paradoxalmente, é tão-só a aceitação da morte o que faz possível a transmissão da vida. E não demandar filhos? Essa mesma autora argumenta que a rejeição da maternidade pode estar ligada à rejeição da morte, a um retorno ao narcisismo infantil, a uma fantasia de beleza e juventude eternas, a ilusão de um corpo que não sofre a ação da passagem do tempo. Algumas mulheres não podem suportar a idéia das modificações corporais a que leva uma gravidez. Parece haver para estas, a fantasia de que se forem mães, deixarão de ser mulheres e jovens. Safer (1997) apresenta a relação entre a recusa à maternidade e a rejeição da morte por um outro prisma. Ela salienta que as mulheres que não demandam a

4 3 maternidade se vêem, ao contrário, confrontadas mais de perto com a questão da finitude: elas não terão herdeiros, de gens ou de bens, nem perpetuarão o nome de família. Tudo isto lhes faltará, e por isto mesmo, não serão menos desejantes que aquelas que desejam um filho, apenas demandarão algo diferente. É desta autora, uma psicanalista americana, a única obra encontrada especificamente sobre o tema deste estudo: Além da Maternidade. Mas o que será que acontece em termos das operações psíquicas que entram em jogo no tornar-se mulher, com aquelas mulheres que não demandam um filho? Que marcas significantes podem ter produzido este efeito subjetivo no decorrer da sua constituição psíquica e quais as saídas possíveis para o desejo feminino além da maternidade? Conforme Safer (1997, p. 107), a relação da mulher com a sua mãe, mais especificamente com o desejo da mãe portanto para onde se voltava a falta materna - está presente como o que de certa forma a levou a não demandar um filho: As mulheres que entrevistei concordaram que o relacionamento com a mãe foi um ingrediente essencial na sua decisão, e muitas consideraram que o pai também teve um impacto significativo. Se o passado não determina o futuro, lança realmente os fundamentos.toda mulher obtém da experiência com a própria mãe a noção do que é ser mãe. A personalidade da mãe, sua relação com a filha, o casamento e a forma como leva sua vida se tornam para a filha a base do que significa ser mulher, tanto num nível inconsciente quanto num nível consciente. Toda filha se identifica com, se rebela contra e finalmente tenta encontrar uma forma de se harmonizar com o legado emocional da mãe. Foi possível escutar de uma paciente em análise, a filha caçula de uma prole numerosa, como lhe foi marcante uma frase dita pela sua mãe: Se fosse hoje, não teria casado cedo, nem teria tantos filhos. Teria estudado, trabalhado, hoje teria uma vida melhor. Esta insatisfação materna parece apontar algo para esta mulher, hoje casada, mas que não se vê abrindo mão de sua realização profissional por uma criança.

5 4 Safer acrescenta que não demandar um filho é algo que opera como uma tentativa de separação da mãe, rompendo com o que poderia ser este possível traço identificatório, ao menos como ideal social: a maternidade. Há uma diferenciação radical destas mulheres em relação às suas mães: elas não serão mães. Salienta que algumas mulheres chegam a tomar posições extremas como recorrer, por exemplo, à esterilização por histerectomia, uma interferência que se faz no real do corpo e que exclui qualquer possibilidade de defrontar-se com o ser mãe. Entretanto, como será que estas concepções encontram consistência e se apóiam nas construções teóricas de Freud e de Lacan? A despeito da genialidade dos avanços realizados por Freud na compreensão dos percalços que a menina tem que atravessar no tornar-se mulher 3, ele permaneceu arraigado aos valores da sua época, estabelecendo três saídas possíveis do Édipo feminino, mas considerando o caminho normal para a feminilidade o tornar-se mãe. Todavia, é necessário enfatizar um dos aspectos da teoria freudiana sobre a feminilidade, que será retomado por Lacan e por outros autores na atualidade: a fase pré-edípica em que a menina elege a mãe como objeto de amor. A decepção enfrentada pela menina pelo fato de que a mãe não lhe pode transmitir o traço do feminino produz um furo afetivo que lhe permite voltar-se para um novo objeto amoroso, o pai. Amar o pai, entretanto, não a faz apagar o momento anterior com a mãe, a quem amou e ao mesmo tempo rivalizou. A dificuldade maior para a menina, na saída edípica, momento em que deverá efetuar a passagem para o pai e depois para um outro homem, é que deveria identificar-se com a mãe, mas nesta trajetória, se depara com uma dupla falta, a do falo e a de um significante que dê conta do feminino, além de reencontrar a mãe, seu antigo amor.

6 5 André (1998) traz a relação da filha com a mãe, como um amor sem saída, senão com ruptura; a história de uma separação que sempre se procrastina. Lacan (1969/ , p. 105) fala da relação com a mãe como uma devastação, o que não significa que seja uma relação desastrosa na realidade, mas uma relação que não se dá sem marcas duradouras, que serão reativadas na relação com um homem, ou como se está tratando, com um filho: O papel da mãe é o desejo da mãe. É capital. O desejo da mãe não é algo que se possa suportar assim, que lhes seja indiferente. Carreia sempre estragos. Um grande crocodilo em cuja boca vocês estão a mãe é isso. Não se sabe o que lhe pode dar na telha, de estalo fechar sua bocarra. O desejo da mãe é isto. Chatel (1995), uma psicanalista francesa que trabalha com mulheres que optaram pela interrupção voluntária da gravidez, toma exatamente a noção da devastação, para teorizar sobre estes casos de mulheres que procuram o aborto. Defende que não necessariamente se aborta o filho que não se quis ter, mas o que se quis ter para perder, o que remete à relação desta mulher enquanto filha, com a sua mãe. Explicará que no tornar-se mulher, o apelo que a menina faz àquele que detém o falo, o Pai, ocorrerá apenas num segundo momento, pois antes houve o desencontro devido à mãe não poder lhe conferir um traço com o qual se identificar. Isto seria a devastação: não é infelicidade, nem sintoma resultante de uma mãe má, mas a impossível partilha da experiência feminina : A maternidade não se transmite de mãe para filha como o falo se passa entre os homens. Uma filha não pode se tornar mãe para essa criança senão quando houver atravessado a devastação por uma forma de extração, de separação sem substituto. Ela deve abandonar a esperança de obter diretamente de sua mãe a autorização para parir. Ter atravessado a devastação durante os anos da adolescência assegura a uma mulher chances de se tornar mãe sem esbarrar nos efeitos devastadores do gozo do Outro. (CHATEL, 1995, p.48-49).

7 6 Ela aponta que é muito comum que a gravidez ocorra em momentos em que a mulher se encontra prestes a realizar algum outro desejo. Enfatiza que este desejo de que não abre mão e que a leva ao aborto, é muito freqüentemente a operação de uma sublimação, de uma criação (CHATEL, 1995, p. 42). Escuta-se de uma paciente em análise que, apesar da culpa que lhe traz um aborto, provocado alguns anos antes, isto foi o que lhe restava fazer: um filho seria para mim a morte. A morte das minhas possibilidades de crescimento como mulher. Faz o aborto num momento em que ela havia deixado a cidade de origem para vir à capital, a fim de continuar os estudos, lembrando que a mãe dizia: embora meus filhos sejam tudo, se pudesse, teria feito diferente. Em muitos casos, diz Chatel (1995, p. 42): Na sobredeterminação que presidiu ao aparecimento dessa gravidez a abortar, verifica-se que a gravidez atualiza um significante particular pelo qual a mãe desta mulher deu a compreender a sua filha que esta não foi desejada [...] Tal mulher irá abortar, pois, também, a si mesma, segundo este aspecto de recusa do desejo materno. Tubert (1996), psicanalista que pesquisa sobre as novas tecnologias reprodutivas, também chega a conclusões semelhantes, quanto à relação com a mãe: traz exemplos de mulheres que demandam engravidar, sem êxito, e, quando escutadas mais atentamente, aparecem na trama discursiva, aspectos difíceis na sua posição de filha, que elas atualizam ao tentarem se tornar mães, produzindo no corpo o efeito sintomático de não engravidar. A maternidade aparece ainda, para muitas mulheres como um sacrifício a que não estão dispostas. Não se vêem dando a vida pelo outro, como foi possível escutar no discurso bem matemático de uma outra paciente: filho é igual à morte. A mãe doa vida. Se doa a sua vida ao filho, fica com menos vida, ou seja, subtrai a sua.

8 7 Esta paciente lembra-se de uma pessoa conhecida que descobre ao mesmo tempo uma gravidez e uma doença grave, optando por ter o filho, o que a faz retardar o tratamento, com danos irreversíveis. Outro ponto que se encontra é o filho como um intruso. Há que se pensar nesta completude imaginária que a gravidez significa para certas mulheres, ter dois corpos em um, e a contraposição destas outras que não conseguem suportar esta idéia, sem uma sensação de sufocamento, desejando manter-se em falta, lembrando o que a psicanálise aponta como desejo de desejo insatisfeito : Finalmente, aceitei algo essencial: não quero ter um bebê quero simplesmente querer (SAFER, 1997, p.38). Também, o desejo por ter um filho pode remeter ao desejo de revivescência da infância perdida. No depoimento de algumas mulheres que não demandam filhos, aparece uma recusa - consciente ou não - a este retorno. Em alguns casos verifica-se a relação com uma mãe controladora ou intrusa, a mulher temendo a repetição desta relação, tanto no que se refere a ocupar esta posição para o bebê, como de que o bebê seja para ela o que a controla e suga. Não ter alguém que dependa dela, não se sentir responsável por alguém, é uma forma de garantir-se desejante. Em todo caso, o que salta aos olhos na maioria dos depoimentos, é o fato de que estas mulheres, ao optarem por não ter filhos, puderam demandar o que faltou às suas mães: não o filho, mas o trabalho ou a arte. Muito amiúde suas mães eram mulheres que tinham alguma habilidade artística ou profissional não realizada, porque abdicaram dela em favor da maternidade. O pai aí, muitas vezes serviu como o suporte identificatório: muitas se consideraram herdeiras intelectuais do pai (SAFER, 1997, p.41).

9 8 A psicanalista Horney 4 (apud André, 1998, p. 200) levantou a possibilidade de um complexo de masculinidade, que não se confundiria com a homossexualidade, mas desencadearia também uma identificação ao pai, embora diferente do desejo de ser homem. O que provocaria tal efeito não seria a inveja do pênis, mas uma decepção ocasionada pelo pai, uma vez que a mãe é quem usufrui dos desejos paternos: Esta decepção pode ter como efeito que a menina renuncie não apenas a sua reivindicação amorosa dirigida ao pai, mas também ao seu desejo de um filho [...] O abandono do pai enquanto objeto de amor é acompanhado por uma identificação com ele [...] Essa identificação ao pai não deve ser confundida com o desejo de ser homem: ela é o desejo de desempenhar o papel do pai. A menina vai adotar uma série de suas características: escolhe a mesma profissão dele, comporta-se em relação a sua mãe da mesma forma que ele, tosse como ele, etc., mas isso sem que chegue necessariamente a uma escolha de objeto homossexual completo. A identificação da menina ao pai pode estar relacionada com a posição histérica. Mas será que uma mulher que não deseja ter filhos, sempre estaria identificada ao pai, indicando desta forma uma posição histérica? Esta é uma questão que deve ser pensada mais cuidadosamente. Contudo, inicialmente o que se pode observar, em muitos discursos do livro de Safer, bem como na escuta clínica de pacientes em análise que não demandam ter filhos, é o surgimento da pergunta da histérica sobre o enigma da feminilidade, relançada da seguinte forma: que mulher sou eu, se não quero ser mãe?. Há ainda relatos em que a decisão de não ter filhos ocorre para que a mulher não divida com um filho o amor do homem, como se buscasse o reconhecimento simbólico do pai, representado pelo olhar deste homem, que possibilita o seu reinvestimento narcísico. Safer (1997, p. 23), ao discutir com o marido a sua dúvida quanto à maternidade, ilustra isto: Ele me disse ternamente que aquilo que realmente queria e necessitava era eu, independente do resultado o que foi uma das razões que me fez crer que tinha finalmente escolhido o homem certo. É muito comum que estas

10 9 mulheres busquem como companheiros homens mais velhos, que já têm filhos ou que não possam tê-los. Esta autora aponta em muitos casos de mulheres que não demandam filhos, a origem desta idéia muito precocemente, não raro desde as brincadeiras infantis: o brincar com bonecas surge com o sujeito ocupando uma outra posição que não a de mãe, mas a de tia, professora, ou outras. No dizer de uma paciente atendida em consultório: Enquanto as outras meninas brincavam de bonecas, eu ligava o rádio e ficava o dia inteiro dançando. Esta paciente se tornou mesmo uma profissional na área de dança e não quer ter filhos. É oportuno pensar se o lugar antes ocupado pelo objeto fálico-filho não vem atualmente deslizando por uma gama maior de possibilidades, por exemplo, o trabalho ou a criação artística. Facchinete (1996) propõe que em vez da procriação, a saída para estas mulheres poderá ser a criação. Safer (1997, p.187) acentua que tanto para as mulheres que são mães, como para aquelas que decidem não ter filhos, a falta é inevitável: Reconhecer que você não está disposta ou é incapaz de assumir tudo o que hoje se espera que uma mulher assuma é sensato, realista e um alívio enorme. As mulheres que aceitam isto integralmente reconhecem que não experimentam tudo na vida e se dão conta de que ninguém na verdade o faz nem precisa. Além disto, conclui que o legado que elas deixarão para as novas gerações, que não é pela herança genética no formato de um filho, pode ser uma nova imagem da feminilidade. Talvez este quadro em que algumas mulheres não demandam filhos, mas substituem o filho/falo pelo trabalho ou pela arte, seja uma resposta criativa destes sujeitos, nestes novos tempos, mesmo que a antiga questão continue. Isto é o que na clínica tem aparecido e o que a clínica estimula a pensar. Aqui, contudo, está apenas um

11 10 começo, um esboço. Como diria Lacan (1972/ ), numa de suas provocações, A mulher não existe, mas as mulheres existem e só podem ser contadas uma a uma, pois não formam um conjunto. E como orienta Freud ( , p. 165), pode-se recorrer aos poetas para se saber mais sobre o que quer a mulher. Na letra desta canção, o diálogo entre mãe e filha, traduz poeticamente a dificuldade de transmissão de um traço do feminino e o mistério da feminilidade: _ Oh mãe, me explica, me ensina, Me diz o que é feminina _ Não é no cabelo, ou no dengo ou no olhar É ser menina por todo lugar. _ Então me ilumina, me diz como é que termina. _ Termina na hora de recomeçar Dobra uma esquina no mesmo lugar Costura o fio da vida só pra poder cortar Depois se larga no mundo pra nunca mais voltar. _ Oh mãe, me explica, me ensina, Me diz o que é feminina _ Não é no cabelo, ou no dengo ou no olhar, É ser menina por todo lugar. _ Então me ilumina, me diz como é que termina. _ Termina na hora de recomeçar Dobra uma esquina no mesmo lugar. [...] Este mistério estará sempre lá... 5

12 NOTAS: 1. Primeiras estrofes do Poema Enjoadinho, de Vinícius de Moraes, que trata exatamente da ambivalência em relação a se ter uma criança. In: Literatura Comentada. São Paulo: Abril Educação, Artigo baseado na monografia, com mesmo título, apresentada para conclusão do Curso de Especialização em Teoria da Clínica Psicanalítica UFBA Orientada pela Profa. Eliane Maria Vasconcelos do Nascimento. 3. Para maior aprofundamento sobre as concepções de Freud concernentes à feminilidade, ver: Algumas Conseqüências Psíquicas da Distinção Anatômica entre os sexos (1924). Vol. XIX; Sexualidade Feminina (1931). Vol. XXI; Novas Conferências Introdutórias sobre Psicanálise, Conferência 33, Feminilidade (1933 [1932]), Vol. XXII. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, Karen Horney ( ), psicanalista da escola culturalista, juntamente com Eric Fromm. 5. Feminina - Letra de autoria da cantora e compositora Joyce, da música popular brasileira. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ANDRÉ, Serge. O Que Quer Uma Mulher? Rio de Janeiro: Zahar/Campo Freudiano no Brasil, CHATEL, Marie-Magdeleine. Mal-Estar na Procriação. Rio de Janeiro: Campo Matêmico, FACCHINETE, Cristiana. Um Percurso para o Feminino, Dissertação (Mestrado em Teoria Psicanalítica) - Instituto de Psicologia, UFRJ, Rio de Janeiro, FREUD, Sigmund. (1933 [1932]) Novas Conferências Introdutórias sobre Psicanálise, Conferência 33, Feminilidade. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1969 Vol. XXII. LACAN, Jacques. O Seminário, Livro 20: Mais Ainda Rio de Janeiro: Zahar, O Seminário, Livro 17: O Avesso da Psicanálise Rio de Janeiro: Zahar, SAFER, Jeanne. Além da Maternidade. São Paulo: Mandarim, TUBERT, Sílvia. Mulheres sem Sombra Maternidade e Novas Tecnologias Reprodutivas. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1996.

O falo, o amor ao pai, o silêncio. no real Gresiela Nunes da Rosa

O falo, o amor ao pai, o silêncio. no real Gresiela Nunes da Rosa Opção Lacaniana online nova série Ano 5 Número 15 novembro 2014 ISSN 2177-2673 e o amor no real Gresiela Nunes da Rosa Diante da constatação de que o menino ou o papai possui um órgão fálico um tanto quanto

Leia mais

PSICANÁLISE COM CRIANÇAS: TRANSFERÊNCIA E ENTRADA EM ANÁLISE. psicanálise com crianças, sustentam um tempo lógico, o tempo do inconsciente de fazer

PSICANÁLISE COM CRIANÇAS: TRANSFERÊNCIA E ENTRADA EM ANÁLISE. psicanálise com crianças, sustentam um tempo lógico, o tempo do inconsciente de fazer PSICANÁLISE COM CRIANÇAS: TRANSFERÊNCIA E ENTRADA EM ANÁLISE Pauleska Asevedo Nobrega Assim como na Psicanálise com adultos, as entrevistas preliminares na psicanálise com crianças, sustentam um tempo

Leia mais

O estudo teórico na formação do psicanalista Uma lógica que não é a da. identificação 1

O estudo teórico na formação do psicanalista Uma lógica que não é a da. identificação 1 O estudo teórico na formação do psicanalista Uma lógica que não é a da Arlete Mourão 2 identificação 1 Na formação do analista, o lugar e a função do estudo da psicanálise são conseqüências lógicas da

Leia mais

O amor e a mulher. Segundo Lacan o papel do amor é precioso: Daniela Goulart Pestana

O amor e a mulher. Segundo Lacan o papel do amor é precioso: Daniela Goulart Pestana O amor e a mulher O que une os seres é o amor, o que os separa é a Sexualidade. Somente o Homem e A Mulher que podem unir-se acima de toda sexualidade são fortes. Antonin Artaud, 1937. Daniela Goulart

Leia mais

Do sintoma ao sinthoma: uma via para pensar a mãe, a mulher e a criança na clínica atual Laura Fangmann

Do sintoma ao sinthoma: uma via para pensar a mãe, a mulher e a criança na clínica atual Laura Fangmann Opção Lacaniana online nova série Ano 1 Número 2 Julho 2010 ISSN 2177-2673 : uma via para pensar a mãe, a mulher e a criança na clínica atual Laura Fangmann Introdução Nesse trabalho, proponho-me a falar

Leia mais

AMOR SEM LIMITES: SOBRE A DEVASTAÇÃO NA RELAÇÃO MÃE E FILHA E NA PARCERIA AMOROSA

AMOR SEM LIMITES: SOBRE A DEVASTAÇÃO NA RELAÇÃO MÃE E FILHA E NA PARCERIA AMOROSA AMOR SEM LIMITES: SOBRE A DEVASTAÇÃO NA RELAÇÃO MÃE E FILHA E NA PARCERIA AMOROSA Fernanda Samico Küpper Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Psicanálise da Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Leia mais

A dor no feminino: reflexões sobre a condição da mulher na contemporaneidade

A dor no feminino: reflexões sobre a condição da mulher na contemporaneidade A dor no feminino: reflexões sobre a condição da mulher na contemporaneidade Alcione Alves Hummel Monteiro 1 Vanusa Balieiro do Rego 2 Roseane Freitas Nicolau 3 Susette Matos da Silva 4 A arte dá ao artista

Leia mais

Um tipo particular de escolha de objeto nas mulheres

Um tipo particular de escolha de objeto nas mulheres Um tipo particular de escolha de objeto nas mulheres Gabriella Valle Dupim da Silva Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Psicologia(PPGP/UFRJ)/Bolsista CNPq. Endereço: Rua Belizário Távora 211/104

Leia mais

Sofrimento e dor no autismo: quem sente?

Sofrimento e dor no autismo: quem sente? Sofrimento e dor no autismo: quem sente? BORGES, Bianca Stoppa Universidade Veiga de Almeida-RJ biasborges@globo.com Resumo Este trabalho pretende discutir a relação do autista com seu corpo, frente à

Leia mais

Amar uma questão feminina de ser

Amar uma questão feminina de ser Amar uma questão feminina de ser Flavia Braunstein Markman Desde Freud, sabemos que estamos diante de um conceito psicanalítico bastante complexo, de difícil delineamento e de significados pouco precisos.

Leia mais

FREUD E OS ENIGMAS DA DIFERENÇA SEXUAL

FREUD E OS ENIGMAS DA DIFERENÇA SEXUAL FREUD E OS ENIGMAS DA DIFERENÇA SEXUAL Carlos Alexandre de Oliveira Antonio Enquanto estudiosos da sexualidade, devemos à psicanálise uma série de esclarecimentos sobre a vida sexual humana. A ambigüidade

Leia mais

PSICANÁLISE Dissolução do complexo de Édipo

PSICANÁLISE Dissolução do complexo de Édipo PSICANÁLISE Dissolução do complexo de Édipo COMPLEXO DE ÉDIPO O fundador da psicanálise, Sigmund Freud, instituiu o Complexo de Édipo como uma fase universal na infância do sujeito em que há uma triangulação

Leia mais

Charcot Final Sec.XIX 2

Charcot Final Sec.XIX 2 HISTERIA A CLÍNICA DAS NEUROSES Prof. Ms Valéria Codato 1 Charcot Final Sec.XIX 2 HISTERIA 1ª TÓPICA Freud se desfaz de uma concepção inata (Charcot), adotando a idéia de uma neurose adquirida; Etiologia:

Leia mais

Sexualidade na infância. Suas etapas e definições

Sexualidade na infância. Suas etapas e definições Sexualidade na infância Suas etapas e definições Os estudos na área da sexualidade humana desenvolvidos por Sigmund Freud, evidenciam a necessidade de compreensão das diversas fases da construção da sexualidade

Leia mais

O gozo, o sentido e o signo de amor

O gozo, o sentido e o signo de amor O gozo, o sentido e o signo de amor Palavras-chave: signo, significante, sentido, gozo Simone Oliveira Souto O blá-blá-blá Na análise, não se faz mais do que falar. O analisante fala e, embora o que ele

Leia mais

O Complexo de Édipo e de Electra

O Complexo de Édipo e de Electra O Complexo de Édipo e de Electra 12ºC BÁRBARA Nº4 MARTA Nº16 RAQUEL Nº20 O complexo de Édipo e de Electra, foi o tema escolhido por nós, porque foi aquele com o qual mais nos identificámos, uma vez que

Leia mais

FREUD E LACAN NA CLÍNICA DE 2009

FREUD E LACAN NA CLÍNICA DE 2009 FREUD E LACAN NA CLÍNICA DE 2009 APRESENTAÇÃO O Corpo de Formação em Psicanálise do Instituto da Psicanálise Lacaniana- IPLA trabalhará neste ano de 2009 a atualidade clínica dos quatro conceitos fundamentais

Leia mais

PRODUÇÕES DISCURSIVAS DE PSICANALISTAS SOBRE A SUBJETIVAÇÃO DA DIFERENÇA SEXUAL NA FAMÍLIA HOMOPARENTAL

PRODUÇÕES DISCURSIVAS DE PSICANALISTAS SOBRE A SUBJETIVAÇÃO DA DIFERENÇA SEXUAL NA FAMÍLIA HOMOPARENTAL PRODUÇÕES DISCURSIVAS DE PSICANALISTAS SOBRE A SUBJETIVAÇÃO DA DIFERENÇA SEXUAL NA FAMÍLIA HOMOPARENTAL Anna Luzia de Oliveira Myrna Agra Maracajá Maia A família sofreu mudanças em sua configuração ao

Leia mais

Feminilidade e Angústia 1

Feminilidade e Angústia 1 Feminilidade e Angústia 1 Claudinéia da Cruz Bento 2 Freud, desde o início de seus trabalhos, declarou sua dificuldade em abordar o tema da feminilidade. Após um longo percurso de todo o desenvolvimento

Leia mais

Potlatch amoroso : outra versão para o masoquismo feminino Graciela Bessa

Potlatch amoroso : outra versão para o masoquismo feminino Graciela Bessa Opção Lacaniana online nova série Ano 2 Número 6 novembro 2011 ISSN 2177-2673 Potlatch amoroso : outra versão para o masoquismo feminino Graciela Bessa Só nos círculos psicanalíticos se debate com calma

Leia mais

AH, O AMOR! IMPLICAÇÕES PSICANALÍTICAS RELATIVAS AO DESENVOLVIMENTO DA RELAÇÃO DE CIÚMES NO GÊNERO FEMININO

AH, O AMOR! IMPLICAÇÕES PSICANALÍTICAS RELATIVAS AO DESENVOLVIMENTO DA RELAÇÃO DE CIÚMES NO GÊNERO FEMININO AH, O AMOR! IMPLICAÇÕES PSICANALÍTICAS RELATIVAS AO DESENVOLVIMENTO DA RELAÇÃO DE CIÚMES NO GÊNERO FEMININO Mariana Widerski* Lucivani Soares Zanella** JUSTIFICATIVA O ciúme pode ser entendido como um

Leia mais

O amor: esse encontro faltoso

O amor: esse encontro faltoso O amor: esse encontro faltoso Profa. Ms. Célia Ferreira Carta Winter 1 Sumário: 1.Contextualização.2 O amor em Freud e Lacan 3. O amor e a Linguagem. 4. Considerações Finais 1.Contextualização: O tema

Leia mais

Toxicomanias: contra-senso ao laço social e ao amor?

Toxicomanias: contra-senso ao laço social e ao amor? Toxicomanias: contra-senso ao laço social e ao amor? Rita de Cássia dos Santos Canabarro 1 Eros e Ananke são, segundo Freud (1930/1987), os pais da civilização. De um lado, o amor foi responsável por reunir

Leia mais

AMOR ÓDIO DEVASTAÇÃO NA RELAÇÃO MÃE E FILHA

AMOR ÓDIO DEVASTAÇÃO NA RELAÇÃO MÃE E FILHA AMOR ÓDIO DEVASTAÇÃO NA RELAÇÃO MÃE E FILHA Flavia Bonfim* Desde Freud, a problemática mãe e filha já se inscreve na psicanálise. Na postulação freudiana, amor e ódio marcam a relação da menina para com

Leia mais

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social AS MARCAS DO ABANDONO: UM ESTUDO DE CASO SOBRE A REJEIÇÃO MATERNA E SEUS IMPACTOS PSÍQUICOS Vivian Rafaella Prestes * (Mestranda em Psicologia pelo Programa de Pós graduação em Psicologia da Universidade

Leia mais

ANALISTAS E ANALISANDOS PRECISAM SE ACEITAR: REFLEXÕES SOBRE AS ENTREVISTAS PRELIMINARES

ANALISTAS E ANALISANDOS PRECISAM SE ACEITAR: REFLEXÕES SOBRE AS ENTREVISTAS PRELIMINARES ANALISTAS E ANALISANDOS PRECISAM SE ACEITAR: REFLEXÕES SOBRE AS ENTREVISTAS PRELIMINARES 2014 Matheus Henrique de Souza Silva Psicólogo pela Faculdade Pitágoras de Ipatinga-MG. Especializando em Clínica

Leia mais

COMENTÁRIOS SOBRE A DIREÇÃO DA CURA 1. Muito foi dito, durante esta semana, sobre a ética e a direção da cura, textos

COMENTÁRIOS SOBRE A DIREÇÃO DA CURA 1. Muito foi dito, durante esta semana, sobre a ética e a direção da cura, textos COMENTÁRIOS SOBRE A DIREÇÃO DA CURA 1 Alejandro Luis Viviani 2 Muito foi dito, durante esta semana, sobre a ética e a direção da cura, textos importantes na obra de Lacan; falar deles implica fazer uma

Leia mais

Os desdobramentos do gozo feminino na vida amorosa

Os desdobramentos do gozo feminino na vida amorosa Os desdobramentos do gozo feminino na vida amorosa The developments of the feminine enjoyment in the love life Breno Ferreira Pena Resumo Trabalhar a partir do ensino de Lacan com os possíveis desdobramentos

Leia mais

A contribuição winnicottiana à teoria do complexo de Édipo e suas implicações para a

A contribuição winnicottiana à teoria do complexo de Édipo e suas implicações para a A contribuição winnicottiana à teoria do complexo de Édipo e suas implicações para a prática clínica. No interior de sua teoria geral, Winnicott redescreve o complexo de Édipo como uma fase tardia do processo

Leia mais

INCLUSÃO EM TRANSICIONALIDADE

INCLUSÃO EM TRANSICIONALIDADE INCLUSÃO EM TRANSICIONALIDADE Profa Dra IVONISE FERNANDES DA MOTTA * Profa Dra SANDRA CONFORTO TSCHIRNER ** RESUMO Um tema bastante abordado na contemporaneidade é a inclusão de pessoas com algum tipo

Leia mais

Freud e a Estrutura da Mente Humana

Freud e a Estrutura da Mente Humana Freud e a Estrutura da Mente Humana Obje'vos: Discu'r as teorias e contribuições de Freud para o desenvolvimento da Psicanálise Discu'r a influência do trabalho e das ideias de Freud na cultura popular

Leia mais

FREUD E ERIK ERIKSON. Psicologia do Desenvolvimento

FREUD E ERIK ERIKSON. Psicologia do Desenvolvimento FREUD E ERIK ERIKSON Psicologia do Desenvolvimento Sigmund Freud (1856 1939), médico austríaco Fundador da psicanálise. O aparelho psíquico ID o mais antigo, contém tudo que é herdado (sobretudo os instintos);

Leia mais

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Unidade Universitária Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - 040 Curso: Psicologia Disciplina: Psicanálise II Professor(es) e DRTs Carmen Silvia de Souza Nogueira DRT: 112426-1 Fernando Genaro Junior

Leia mais

Curso de Extensão: LEITURAS DIRIGIDAS DA OBRA DE JACQUES LACAN/2014

Curso de Extensão: LEITURAS DIRIGIDAS DA OBRA DE JACQUES LACAN/2014 Curso de Extensão: LEITURAS DIRIGIDAS DA OBRA DE JACQUES LACAN/2014 Prof. Dr. Mario Eduardo Costa Pereira PROGRAMA - Io. SEMESTRE Março/2014 14/03/2014 CONFERÊNCIA INAUGURAL : Contextualização do seminário

Leia mais

Sobre a infertilidade e o desejo de ter filhos. Julieta Quayle

Sobre a infertilidade e o desejo de ter filhos. Julieta Quayle Sobre a infertilidade e o desejo de ter filhos Julieta Quayle A maternidade na contemporaneidade e a clínica da infertilidade A grande questão que nunca foi respondida e que eu mesmo ainda não fui capaz

Leia mais

7. Referências Bibliográficas

7. Referências Bibliográficas 102 7. Referências Bibliográficas ANSERMET, François. Clínica da Origem: a criança entre a medicina e a psicanálise. [Opção Lacaniana n 02] Rio de Janeiro: Contra capa livraria, 2003. ARAÚJO, Marlenbe

Leia mais

Curso de Atualização em Psicopatologia 2ª aula Decio Tenenbaum

Curso de Atualização em Psicopatologia 2ª aula Decio Tenenbaum Curso de Atualização em Psicopatologia 2ª aula Decio Tenenbaum Centro de Medicina Psicossomática e Psicologia Médica do Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro 2ª aula Diferenciação

Leia mais

INTRODUÇÃO À PSICOPATOLOGIA PSICANALÍTICA. Profa. Dra. Laura Carmilo granado

INTRODUÇÃO À PSICOPATOLOGIA PSICANALÍTICA. Profa. Dra. Laura Carmilo granado INTRODUÇÃO À PSICOPATOLOGIA PSICANALÍTICA Profa. Dra. Laura Carmilo granado Pathos Passividade, paixão e padecimento - padecimentos ou paixões próprios à alma (PEREIRA, 2000) Pathos na Grécia antiga Platão

Leia mais

A disciplina apresenta as principais teorias do desenvolvimento biopsicossocial infantil, com ênfase na abordagem psicanalítica.

A disciplina apresenta as principais teorias do desenvolvimento biopsicossocial infantil, com ênfase na abordagem psicanalítica. Unidade Universitária Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - 040 Curso Psicologia Disciplina Psicologia do Desenvolvimento Infantil Professor(es) e DRTs Priscila Palermo Felipini 113088-8 Santuza Fernandes

Leia mais

O MASOQUISMO E O PROBLEMA ECONÔMICO EM FREUD. Esse trabalho é parte de uma pesquisa de mestrado, vinculada ao Programa de

O MASOQUISMO E O PROBLEMA ECONÔMICO EM FREUD. Esse trabalho é parte de uma pesquisa de mestrado, vinculada ao Programa de O MASOQUISMO E O PROBLEMA ECONÔMICO EM FREUD Mariana Rocha Lima Sonia Leite Esse trabalho é parte de uma pesquisa de mestrado, vinculada ao Programa de Pós Graduação em Psicanálise da UERJ, cujo objetivo

Leia mais

AUSÊNCIA PATERNA E O IMPACTO NA MENTE DA CRIANÇA. Psicanalista - Membro da CSP - ABENEPI RJ Especialista em Gestão Materno-Infantil

AUSÊNCIA PATERNA E O IMPACTO NA MENTE DA CRIANÇA. Psicanalista - Membro da CSP - ABENEPI RJ Especialista em Gestão Materno-Infantil AUSÊNCIA PATERNA E O IMPACTO NA MENTE DA CRIANÇA Maria Prisce Cleto Teles Chaves Psicanalista - Membro da CSP - ABENEPI RJ Especialista em Gestão Materno-Infantil pela FIOCRUZ Mestranda em Psicanálise,

Leia mais

O DESENVOLVIMENTO HUMANO SOB A PERSPECTIVA DE BION E WINNICOTT

O DESENVOLVIMENTO HUMANO SOB A PERSPECTIVA DE BION E WINNICOTT O DESENVOLVIMENTO HUMANO SOB A PERSPECTIVA DE BION E WINNICOTT Carla Maria Lima Braga Inicio a minha fala agradecendo o convite e me sentindo honrada de poder estar aqui nesta mesa com o Prof. Rezende

Leia mais

Opção Lacaniana online nova série Ano 3 Número 8 julho 2012 ISSN 2177-2673. Há um(a) só. Analícea Calmon

Opção Lacaniana online nova série Ano 3 Número 8 julho 2012 ISSN 2177-2673. Há um(a) só. Analícea Calmon Opção Lacaniana online nova série Ano 3 Número 8 julho 2012 ISSN 2177-2673 Analícea Calmon Seguindo os passos da construção teórico-clínica de Freud e de Lacan, vamos nos deparar com alguns momentos de

Leia mais

Mulher: figura impossível (ou No litoral )

Mulher: figura impossível (ou No litoral ) Mulher: figura impossível (ou No litoral ) Marcus André Vieira Referência: Vieira, M. A. Mulher: figura impossível (ou No litoral ). Opção Lacaniana, n. 65, São Paulo, EBP, p. 69-72, 2013. 1. Clique aqui

Leia mais

Escola Secundária de Carregal do Sal

Escola Secundária de Carregal do Sal Escola Secundária de Carregal do Sal Área de Projecto 2006\2007 Sigmund Freud 1 2 Sigmund Freud 1856-----------------Nasceu em Freiberg 1881-----------------Licenciatura em Medicina 1885-----------------Estuda

Leia mais

A devastação: uma singularidade feminina

A devastação: uma singularidade feminina Devastação ISSN 0101-4838 469 A devastação: uma singularidade feminina Malvine Zalcberg* RESUMO Lacan empregou o termo devastação em dois momentos de seu ensino para se referir: seja à relação da filha

Leia mais

A ESSÊNCIA DA TEORIA PSICANALÍTICA É UM DISCURSO SEM FALA, MAS SERÁ ELA SEM ESCRITA?

A ESSÊNCIA DA TEORIA PSICANALÍTICA É UM DISCURSO SEM FALA, MAS SERÁ ELA SEM ESCRITA? A ESSÊNCIA DA TEORIA PSICANALÍTICA É UM DISCURSO SEM FALA, MAS SERÁ ELA SEM ESCRITA? Maurício Eugênio Maliska Estamos em Paris, novembro de 1968, Lacan está para começar seu décimo sexto seminário. Momento

Leia mais

Nome-do-Pai. Integrantes: Eugénia de Jesus da Neves Francisca Maria Soares dos Reis (11/05/2010)

Nome-do-Pai. Integrantes: Eugénia de Jesus da Neves Francisca Maria Soares dos Reis (11/05/2010) Nome-do-Pai (11/05/2010) Integrantes: Adriana Santos Batista Adriana Santos Batista Eugénia de Jesus da Neves Francisca Maria Soares dos Reis Origens Influenciado por preceitos judaico-cristãos e pelos

Leia mais

Instituto de Psicanálise e Saúde Mental de Minas Gerais Almanaque On-line n.7

Instituto de Psicanálise e Saúde Mental de Minas Gerais Almanaque On-line n.7 A CASTRAÇÃO E O TEMPO Autora: Renata Lucindo Mendonça Psicóloga, aluna do Instituto de Psicanálise e Saúde Mental de Minas Gerais, pós-graduada em saúde mental e psicanálise E-mail: renatalucindopsi@yahoo.com.br

Leia mais

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social O USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS NA CONTEMPORANEIDADE: UMA VISÃO PSICANALÍTICA

PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: Formação, Atuação e Compromisso Social O USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS NA CONTEMPORANEIDADE: UMA VISÃO PSICANALÍTICA O USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS NA CONTEMPORANEIDADE: UMA VISÃO PSICANALÍTICA Flávia Angelo Verceze (Discente do Curso de Pós Graduação em Clínica Psicanalítica da UEL, Londrina PR, Brasil; Silvia Nogueira

Leia mais

Latusa digital N 12 ano 2 março de Sinthoma e fantasia fundamental. Stella Jimenez *

Latusa digital N 12 ano 2 março de Sinthoma e fantasia fundamental. Stella Jimenez * Latusa digital N 12 ano 2 março de 2005 Sinthoma e fantasia fundamental Stella Jimenez * A palavra sinthoma aparece na obra de Lacan relacionada às psicoses, quando ele toma James Joyce como seu exemplo

Leia mais

TÍTULO: CONCEPÇÃO DE PRÉ-ADOLESCÊNCIA EM HENRI WALLON CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: PSICOLOGIA

TÍTULO: CONCEPÇÃO DE PRÉ-ADOLESCÊNCIA EM HENRI WALLON CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: PSICOLOGIA Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: CONCEPÇÃO DE PRÉ-ADOLESCÊNCIA EM HENRI WALLON CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS

Leia mais

Nota-se que o crescimento da categoria masculina no Brasil e no mundo de fato existe, porém ainda há um universo de oportunidades a ser explorado o

Nota-se que o crescimento da categoria masculina no Brasil e no mundo de fato existe, porém ainda há um universo de oportunidades a ser explorado o 1 Introdução Vaidade nunca foi uma prerrogativa feminina. Um dos temas dominantes na cultura ocidental (NETEMEYER et al., 1995), a preocupação do homem com bem-estar e beleza esteve sempre presente na

Leia mais

MÃES QUE SE SEPARAM DE SEUS FILHOS

MÃES QUE SE SEPARAM DE SEUS FILHOS MÃES QUE SE SEPARAM DE SEUS FILHOS Em primeiro lugar, chamaria a atenção para um fenômeno muito importante e que começa a ser mais conhecido: a persistência até o fim do século XVII do infanticídio tolerado.

Leia mais

O AMOR, O FEMININO E A ESCRITA. Valdelice Nascimento de França Ribeiro Maria Aimée Laupman Ferraz Ana Maria Medeiros da Costa O AMOR EM FREUD

O AMOR, O FEMININO E A ESCRITA. Valdelice Nascimento de França Ribeiro Maria Aimée Laupman Ferraz Ana Maria Medeiros da Costa O AMOR EM FREUD O AMOR, O FEMININO E A ESCRITA Valdelice Nascimento de França Ribeiro Maria Aimée Laupman Ferraz Ana Maria Medeiros da Costa O AMOR EM FREUD Recorreremos ao texto freudiano: Sobre o narcisismo: uma introdução

Leia mais

Título. O Amor entre a histeria e a Obsessão. Autor: Waieser Matos de Oliveira Bastos 1. Palavras Chave: Amor, histeria, obsessão SUMÁRIO

Título. O Amor entre a histeria e a Obsessão. Autor: Waieser Matos de Oliveira Bastos 1. Palavras Chave: Amor, histeria, obsessão SUMÁRIO 1 Título O Amor entre a histeria e a Obsessão Autor: Waieser Matos de Oliveira Bastos 1 Palavras Chave: Amor, histeria, obsessão SUMÁRIO Esse artigo pretende discutir os impasses apresentados a partir

Leia mais

Os impasses na vida amorosa e as novas configurações da tendência masculina à depreciação

Os impasses na vida amorosa e as novas configurações da tendência masculina à depreciação Os impasses na vida amorosa e as novas configurações da tendência masculina à depreciação Maria José Gontijo Salum Em suas Contribuições à Psicologia do Amor, Freud destacou alguns elementos que permitem

Leia mais

Amor e precipitação: um retorno à história de Sidonie C., a paciente homossexual de Freud

Amor e precipitação: um retorno à história de Sidonie C., a paciente homossexual de Freud Amor e precipitação: um retorno à história de Sidonie C., a paciente homossexual de Freud Alexandre Rambo de Moura Nosso trabalho se desdobra das questões que emergem a partir do livro Desejos Secretos,

Leia mais

Entretantos, 2014 LACAN COMENTÁRIO DO TEXTO: A DIREÇÃO DO TRATAMENTO E OS PRINCÍPIOS DO SEU

Entretantos, 2014 LACAN COMENTÁRIO DO TEXTO: A DIREÇÃO DO TRATAMENTO E OS PRINCÍPIOS DO SEU Entretantos, 2014 Grupo: DE LEITURA: CASOS CLÍNICOS DE FREUD ACOMPANHADOS DE COMENTÁRIOS DE LACAN Integrantes: Ana Maria Leal, Célia Cristina Marcos Klouri, Claudia Justi Monti Schonberger, Cristina Petry,

Leia mais

PLANO DE CURSO 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

PLANO DE CURSO 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: PLANO DE CURSO Curso: Bacharelado em Psicologia Disciplina: Processos de desenvolvimento I Professora: Idenise Naiara Lima Soares Código: PSI17 Carga Horária: 60h Créditos: 03

Leia mais

Colaborador: Prof. Dout. Sérgio Scott (Universidade Federal de Santa Catarina)

Colaborador: Prof. Dout. Sérgio Scott (Universidade Federal de Santa Catarina) Título: Fantasias e desenvolvimento psíquico Autora: Marcella Pereira de Oliveira autora responsável pela apresentação do trabalho. E-mail: marcellapoliveira@gmail.com, marcellasjc2005@yahoo.com.br. Afiliação

Leia mais

O período de latência e a cultura contemporânea

O período de latência e a cultura contemporânea Eixo III O período de latência e a cultura contemporânea José Outeiral Membro Titular, Didata, da SPP Enunciado Sigmund Freud ao estudar (1905) o desenvolvimento da libido definiu o conceito de período

Leia mais

EVENTO INTERNACIONAL TRAZ ESPECIALISTAS EM EDUCAÇÃO E COMPORTAMENTO PARA BH

EVENTO INTERNACIONAL TRAZ ESPECIALISTAS EM EDUCAÇÃO E COMPORTAMENTO PARA BH EVENTO INTERNACIONAL TRAZ ESPECIALISTAS EM EDUCAÇÃO E COMPORTAMENTO PARA BH Enviado por REDE COMUNICAÇÃO DE RESULTADO 03-Jun-2016 PQN - O Portal da Comunicação REDE COMUNICAÇÃO DE RESULTADO - 03/06/2016

Leia mais

Famílias sintomáticas

Famílias sintomáticas Opção Lacaniana online nova série Ano 4 Número 10 março 2013 ISSN 2177-2673 1 Fabian Fajnwaks O desejo de formar família encontrou uma espécie de interpretação na resposta recente de nossos governantes:

Leia mais

O sintoma da criança: produção. desejo e de gozo 1

O sintoma da criança: produção. desejo e de gozo 1 Opção Lacaniana online nova série Ano 7 Número 20 julho 2016 ISSN 2177-2673 compósita de desejo e de gozo 1 Júlio Eduardo de Castro & Marina Gabriela Silveira Na Nota sobre a criança 2 Lacan formula, por

Leia mais

SINTOMA DA CRIANÇA: MANIFESTAÇÃO DO SUJEITO FRENTE AO OUTRO. ao Programa de Mestrado da Universidade Federal de São João del Rei.

SINTOMA DA CRIANÇA: MANIFESTAÇÃO DO SUJEITO FRENTE AO OUTRO. ao Programa de Mestrado da Universidade Federal de São João del Rei. SINTOMA DA CRIANÇA: MANIFESTAÇÃO DO SUJEITO FRENTE AO OUTRO Jane Mara dos Santos Barbosa Wilson Camilo Chaves Esse texto é resultado de alguns apontamentos feitos em meu anteprojeto apresentado ao Programa

Leia mais

DESEJO DE ANALISTA. Ana Lúcia Bastos Falcão 1. O x da questão

DESEJO DE ANALISTA. Ana Lúcia Bastos Falcão 1. O x da questão DESEJO DE ANALISTA Ana Lúcia Bastos Falcão 1 O x da questão O desejo do analista sempre acompanhado de uma questão é o próprio x da questão. Tratando-se de escolha de profissão, carreira... O importante

Leia mais

3) Interrogações sobre a Ética da Psicanálise na Clínica com Pacientes Psicóticos.

3) Interrogações sobre a Ética da Psicanálise na Clínica com Pacientes Psicóticos. 3) Interrogações sobre a Ética da Psicanálise na Clínica com Pacientes Psicóticos. Yzabelle dos Anjos Almeida (IP-UERJ), Rita Maria Manso de Barros (IP-UERJ) Resumo: Este trabalho pretende tratar da ética

Leia mais

O MANEJO DA TRANSFERÊNCIA NA PSICOSE: O SECRETÁRIO DO ALIENADO E SUAS IMPLICAÇÕES

O MANEJO DA TRANSFERÊNCIA NA PSICOSE: O SECRETÁRIO DO ALIENADO E SUAS IMPLICAÇÕES O MANEJO DA TRANSFERÊNCIA NA PSICOSE: O SECRETÁRIO DO ALIENADO E SUAS IMPLICAÇÕES Roberto Lopes Mendonça O tratamento da psicose: impasses iniciais No trabalho clínico com a psicose, torna-se cada vez

Leia mais

O Psicótico: aspectos da personalidade David Rosenfeld Sob a ótica da Teoria das Relações Objetais da Escola Inglesa de Psicanálise. Expandiu o entend

O Psicótico: aspectos da personalidade David Rosenfeld Sob a ótica da Teoria das Relações Objetais da Escola Inglesa de Psicanálise. Expandiu o entend A CLÍNICA DA PSICOSE Profª Ms Sandra Diamante Dezembro - 2013 1 O Psicótico: aspectos da personalidade David Rosenfeld Sob a ótica da Teoria das Relações Objetais da Escola Inglesa de Psicanálise. Expandiu

Leia mais

OS TRABALHOS ARTÍSTICOS NÃO SÃO PRODUTOS DO INCONSCIENTE 1

OS TRABALHOS ARTÍSTICOS NÃO SÃO PRODUTOS DO INCONSCIENTE 1 OS TRABALHOS ARTÍSTICOS NÃO SÃO PRODUTOS DO INCONSCIENTE 1 (Pontuações do livro de Collete Soler A Psicanálise na Civilização ) Sonia Coelho 2 Lendo essa afirmativa Os trabalhos artísticos não são produtos

Leia mais

Carga horária total: 04 Prática: 04 Teórico Prática: Semestre Letivo 1º/2012 Ementa

Carga horária total: 04 Prática: 04 Teórico Prática: Semestre Letivo 1º/2012 Ementa Unidade Universitária Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - 040 Curso Psicologia Disciplina Psicopatologia Psicodinâmica Professor(es) e DRTs Fernando Genaro Junior 114071-3 Sandra Fernandes de Amorim

Leia mais

Identificação. ML01 Duração da entrevista 21:39 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1953 (59) Local de nascimento/residência

Identificação. ML01 Duração da entrevista 21:39 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1953 (59) Local de nascimento/residência 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 Identificação ML01 Duração da entrevista 21:39 Data da entrevista 4-8-2012 Ano de nascimento (Idade) 1953 (59) Local de nascimento/residência

Leia mais

NOME PRÓPRIO - EM NOME DO PAI

NOME PRÓPRIO - EM NOME DO PAI NOME PRÓPRIO - EM NOME DO PAI Rachel Rangel Bastos 1 No meu nascimento Eu não cheguei sendo nada Eu já estava moldado Vestido Cultivado Culturado Antes mesmo de escutar Eu tinha já escutado dizer Antes

Leia mais

5 Referências bibliográficas

5 Referências bibliográficas 82 5 Referências bibliográficas BAKER, L. R. Attitudes in Action. Separata de: LECLERC, A.; QUEIROZ, G.; WRIGLEY, M. B. Proceedings of the Third International Colloquium in Philosophy of Mind. Manuscrito

Leia mais

A OPERAÇÃO DO DISCURSO ANALÍTICO

A OPERAÇÃO DO DISCURSO ANALÍTICO A OPERAÇÃO DO DISCURSO ANALÍTICO Este trabalho é um recorte do projeto de iniciação científica (PIBIC) Estruturas Clínicas e Discurso: a neurose, no qual trabalhamos o texto do Seminário XVII: O Avesso

Leia mais

Quando a Criança Adoece: os Impactos para Família de um Prognóstico Reservado *

Quando a Criança Adoece: os Impactos para Família de um Prognóstico Reservado * ARTIGOS Quando a Criança Adoece: os Impactos para Família de um Prognóstico Reservado * Taís Devens Donati ** O adoecimento gera crises e desestruturação para o paciente e para sua família que é o primeiro

Leia mais

Latusa digital ano 2 N 13 abril de 2005

Latusa digital ano 2 N 13 abril de 2005 Latusa digital ano 2 N 13 abril de 2005 A clínica do sintoma em Freud e em Lacan Ângela Batista * O sintoma é um conceito que nos remete à clínica, assim como ao nascimento da psicanálise. Freud o investiga

Leia mais

O real escapou da natureza

O real escapou da natureza Opção Lacaniana online nova série Ano 4 Número 10 março 2013 ISSN 2177-2673 Sandra Arruda Grostein O objetivo deste texto é problematizar a proposta feita por J.-A. Miller de que o real emancipado da natureza

Leia mais

DO GOZO À FALTA: O SUJEITO E O ENLAÇAMENTO ENTRE O SINTOMA E O DESEJO. Em termos psicanalíticos a referência ao desejo como campo subjetivo ligado

DO GOZO À FALTA: O SUJEITO E O ENLAÇAMENTO ENTRE O SINTOMA E O DESEJO. Em termos psicanalíticos a referência ao desejo como campo subjetivo ligado DO GOZO À FALTA: O SUJEITO E O ENLAÇAMENTO ENTRE O SINTOMA E O DESEJO Altair José dos Santos Em termos psicanalíticos a referência ao desejo como campo subjetivo ligado necessariamente à linguagem, implica

Leia mais

Devastação, o que há de novo?

Devastação, o que há de novo? Opção Lacaniana online nova série Ano 7 Número 21 novembro 2016 ISSN 2177-2673 Maria Luiza Rangel A devastação (ravage) aparece tardiamente em Lacan. No escrito O Aturdito 1 de 1973, ela é articulada à

Leia mais

O que vem a ser identidade? O que vem a ser uma identificação?

O que vem a ser identidade? O que vem a ser uma identificação? . O que vem a ser identidade? O que vem a ser uma identificação? . Quando falamos de identificação entre pessoas, entre pais e filhos, o que queremos dizer com isso? Resultado de projeções e de introjeções

Leia mais

O real no tratamento analítico. Maria do Carmo Dias Batista Antonia Claudete A. L. Prado

O real no tratamento analítico. Maria do Carmo Dias Batista Antonia Claudete A. L. Prado O real no tratamento analítico Maria do Carmo Dias Batista Antonia Claudete A. L. Prado Aula de 23 de novembro de 2009 Como conceber o gozo? Gozo: popularmente, é traduzido por: posse, usufruto, prazer,

Leia mais

Personalidade(s) e Turismo

Personalidade(s) e Turismo Personalidade(s) e Turismo O que é Personalidade? Ela é inata ou aprendida? Personalidade/Personalidades É uma organização dinâmica de partes interligadas, que vão evoluindo do recém-nascido biológico

Leia mais

Obras de J.-D. Nasio publicadas por esta editora:

Obras de J.-D. Nasio publicadas por esta editora: A dor física Obras de J.-D. Nasio publicadas por esta editora: A alucinação E outros estudos lacanianos Cinco lições sobre a teoria de Jacques Lacan Como trabalha um psicanalista? A criança do espelho

Leia mais

A nossa sexualidade é uma construção que se inicia na vida intra-uterina e nos acompanha por toda nossa existência.

A nossa sexualidade é uma construção que se inicia na vida intra-uterina e nos acompanha por toda nossa existência. A nossa sexualidade é uma construção que se inicia na vida intra-uterina e nos acompanha por toda nossa existência. Viver na idade adulta uma sexualidade satisfatória depende do desenvolvimento psicossexual

Leia mais

Nome da disciplina: Formação de grupos sociais diálogos entre sociologia e psicanálise Créditos (T-P-I): (2-0-2) Carga horária: 24 horas

Nome da disciplina: Formação de grupos sociais diálogos entre sociologia e psicanálise Créditos (T-P-I): (2-0-2) Carga horária: 24 horas Caracterização da disciplina Código da disciplina: BC- 0011 Nome da disciplina: Formação de grupos sociais diálogos entre sociologia e psicanálise Créditos (T-P-I): (2-0-2) Carga horária: 24 horas Aula

Leia mais

CEP CENTRO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS

CEP CENTRO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS CEP CENTRO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS As pulsões e suas repetições. Luiz Augusto Mardegan Ciclo V - 4ª feira manhã São Paulo, maio de 2015. Neste trabalho do ciclo V apresentamos as análises de Freud sobre

Leia mais

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E CURSO: MESTRADO PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E CURSO: MESTRADO PROGRAMA DE DISCIPLINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM CURSO: MESTRADO PROGRAMA DE DISCIPLINA DISCIPLINA: PDA00021 - Desenvolvimento Psicossexual e Constituição da Personalidade na Abordagem

Leia mais

2 TU-AFETIVIDADE E SEXUALIDADE. Meus primeiros amores. Na construção do amor

2 TU-AFETIVIDADE E SEXUALIDADE. Meus primeiros amores. Na construção do amor E acima de tudo isto, o amor, que é vínculo da unidade perfeita. Col. 3,1 1 E acima de tudo isto, o amor, que é vínculo da unidade perfeita. Col 3,1 Te convidamos para ler estas histórias... Um homem de

Leia mais

1 Algumas Considerações sobre a Problemática do Falo em Freud e Lacan

1 Algumas Considerações sobre a Problemática do Falo em Freud e Lacan 1 Algumas Considerações sobre a Problemática do Falo em Freud e Lacan 1.1 O conceito de falo O termo falo aparece na teoria psicanalítica primeiramente em Freud e é retomado posteriormente por Lacan. Trata-se

Leia mais

O DESAMPARO E A FANTASIA: UMA DEFESA DO SUJEITO 1

O DESAMPARO E A FANTASIA: UMA DEFESA DO SUJEITO 1 1 O DESAMPARO E A FANTASIA: UMA DEFESA DO SUJEITO 1 Ricardo Monteiro Guedes de Almeida 2 Propõe-se discutir dois temas fundamentais para o campo da clínica psicanalítica. Primeiramente, a fronteira instransponível

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA Curso de Graduação em Psicologia Versão Curricular 2009/1 Disciplina: Tópicos Especiais em Psicanálise:

Leia mais

Gestação na adolescência: qualidade do pré-natal e fatores sociais

Gestação na adolescência: qualidade do pré-natal e fatores sociais Gestação na adolescência: qualidade do pré-natal e fatores sociais Vasconcellos, Marcus Jose do Amaral Docente do curso de graduação em Medicina; Pereira, Natália de Souza, discente do curso de Graduação

Leia mais

O estirão Nos meninos, ocorre entre 14 e 16 anos. Nas meninas entre 11 e 12 anos. É a fase que mais se cresce.

O estirão Nos meninos, ocorre entre 14 e 16 anos. Nas meninas entre 11 e 12 anos. É a fase que mais se cresce. A sexualidade no ser humano atravessa um longo desenvolvimento e tem início na adolescência. Cada pessoa tem seu desenvolvimento. No menino a puberdade se inicia com a primeira ejaculação ou polução e

Leia mais

O AMOR NA PSICOSE. fórmulas da sexuação, entre o homem e a mulher. Já na articulação amor / suplência 3 o sujeito

O AMOR NA PSICOSE. fórmulas da sexuação, entre o homem e a mulher. Já na articulação amor / suplência 3 o sujeito O AMOR NA PSICOSE Nancy Greca de Oliveira Carneiro 1 A doutrina da foraclusão generalizada faz ver que há para o sujeito, e não apenas para o psicótico, um objeto indizível, o que estende a foraclusão

Leia mais

OS QUATRO DISCURSOS DE LACAN E O DISCURSO DA CIÊNCIA: CONVERGÊNCIAS E DIVERGÊNCIAS

OS QUATRO DISCURSOS DE LACAN E O DISCURSO DA CIÊNCIA: CONVERGÊNCIAS E DIVERGÊNCIAS OS QUATRO DISCURSOS DE LACAN E O DISCURSO DA CIÊNCIA: CONVERGÊNCIAS E DIVERGÊNCIAS Henrique Riedel Nunes Miguel Fernandes Vieira Filho Daniel Franco Abordaremos aqui algumas das diversas relações entre

Leia mais

Especulações sobre o amor

Especulações sobre o amor Especulações sobre o amor Janete Luiz Dócolas, Psicanalista O amor é um mistério que há muito tempo, talvez desde que fora percebido, os homens vem tentando compreender, descrever ou ao menos achar um

Leia mais

O QUE SE TOCA NO TRATAMENTO PSICANALÍTICO Ednei Soares As atualizações da prática psicanalítica a fazem encarar o desafio de responder a dispositivos

O QUE SE TOCA NO TRATAMENTO PSICANALÍTICO Ednei Soares As atualizações da prática psicanalítica a fazem encarar o desafio de responder a dispositivos O QUE SE TOCA NO TRATAMENTO PSICANALÍTICO Ednei Soares As atualizações da prática psicanalítica a fazem encarar o desafio de responder a dispositivos diferentes daquele no qual ela foi originalmente pensada,

Leia mais

A QUESTÂO DO EU, A ANGÚSTIA E A CONSTITUIÇÃO DA REALIDADE PARA A PSICANÁLISE 1

A QUESTÂO DO EU, A ANGÚSTIA E A CONSTITUIÇÃO DA REALIDADE PARA A PSICANÁLISE 1 A QUESTÂO DO EU, A ANGÚSTIA E A CONSTITUIÇÃO DA REALIDADE PARA A PSICANÁLISE 1 Joana Souza Mestranda do Programa de Pós-graduação em Psicanálise da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Especialização

Leia mais