UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA TÓPICOS SOBRE AS PARAFILIAS E OS TRANSTORNOS PARAFÍLICOS Por: Carini Rebouças Chaves Sampaio Orientadora Prof.ª Fabiane Muniz Co-orientadora Prof.ª Narcisa Castilho Melo Salvador 2015

2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA TÓPICOS SOBRE AS PARAFILIAS E OS TRANSTORNOS PARAFÍLICOS Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em especialista em sexualidade Por: Carini Rebouças Chaves Sampaio

3 AGRADECIMENTOS...Agradeço a todos os que me auxiliaram na contrução desse trabalho, de modo especial à instituição de ensino AVM, à professora e orientadora Fabiane Muniz, à professora e co-orientadora Narcisa Castilho Melo e ao meu marido pelo carinho e apoio em todos os momentos...

4 DEDICATÓRIA...À minha avó Maria Àguida e ao meu filho por mostrarem o caminho do amor e da afetividade...

5 todas as pessoas não são como você, nem como seus amigos e vizinhos, inclusive, seus amigos e vizinhos podem não ser tão semelhantes a você como você supõe. (Havelock Ellis)

6 RESUMO A presente monografia tem como objetivo principal definir e analisar as parafilias e os transtornos parafilicos. As parafilias são comportamentos sexuais atípicos e os transtornos parafílicos são parafilias que causam sofrimento e/ou prejuízo ao indivíduo ou até mesmo risco ou dano a outros indivíduos na sociedade. Há muitas formas diferentes de se obter excitação e prazer sexuais. São comportamentos parafilicos: o voyeurismo (prazer sexual através da observação de pessoas nuas ou seminuas); o exibicionismo (prazer sexual ao expor publicamente os órgãos genitais); o frotteurismo (prazer sexual esfregando-se contra outra pessoa); o masoquismo (prazer sexual ao ser submetido ao sofrimento); o sadismo (prazer sexual ao produzir dor e humilhação a outra pessoa); a pedofilia (prazer sexual na prática ou em fantasiar relações sexuais com crianças); o fetichismo (prazer sexual focado em objetos inanimados ou em apenas uma parte do corpo de outra pessoa); o travestismo (prazer sexual ao vestir-se como gênero oposto). Os comportamentos sexuais sofrem grande influência das regras morais, dos valores culturais, da religião. Muitos desses comportamentos não causam prejuízo ou sofrimento ao indivíduo, sendo apenas uma variação sexual atípica em determinada sociedade ou época.

7 METODOLOGIA O instrumento utilizado para realização do trabalho foi pesquisas bibliográficas diversas que tratam do tema proposto. Sendo a base bibliográfica do estudo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5º. Edição (DSM-5), publicado em Diversos livros sobre parafilias foram estudados, tais como: Desvios Sexuais, publicado em 1976, de Anthony Storr, psicanalista inglês; Parafilias, publicado em 2012, de Oswald M. Rodrigues Jr., psicólogo, psicoterapeuta sexual e fundador do Instituto Paulista de Sexualidade; Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais, publicado em 2008, de Paulo Dalgalarrondo; dentre outros. Além de trechos de publicações de Sigmund Freud, Robert Stoler, Master e Jonhson, dentre outros estudiosos da área de sexualidade. A pesquisa bibliográfica envolveu não apenas livros, mas também sites da internet, artigos eletrônicos, revistas, artigos de jornais etc. Dentre os materiais pesquisados na internet merece destaque os seguintes sites:

8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - As Parafilias 10 CAPÍTULO II - Os Transtornos Parafílicos 16 CAPÍTULO III Voyeurismo, Exibicionismo e Frotteurismo 23 CAPÍTULO IV Pedofilia, Fetichismo e Travestismo 29 CAPÍTULO V Masoquismo, Sadismo e outras Parafilias 36 CONCLUSÃO 42 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 44 WEBGRAFIA CONSULTADA 46 ÍNDICE 48

9 8 INTRODUÇÃO O tema deste estudo são as parafilias e os transtornos parafílicos; a questão central deste trabalho é entender as parafilias e caracterizá-las ou não como um transtorno mental. As parafilas são também conhecidas como desvios sexuais, variações sexuais e perversões; sendo caracterizadas por comportamentos sexuais cuja finalidade e/ou o objeto sexual desviam-se do considerado normal em determinada sociedade. O tema sugerido é de grande importância, pois é um tema pouco falado e conhecido socialmente, inclusive nos meios dos profissionais de saúde. É um tema diretamente ligado ao bem estar individual e social e por isto precisa ser estudado, discutido e analisado. Por ter um comportamento sexual atípico, os parafílicos sofrem preconceitos e discriminação social. Muitas pessoas acreditam que todos os indivíduos parafílicos possuem algum transtorno mental e precisa de tratamento psiquiátrico. Os transtornos mentais causam sofrimento e/ou prejuízo ao indivíduo e a depender do transtorno pode causar também dano ou risco a outras pessoas na sociedade. A distinção entre comportamento sexual atípico e um comportamento sexual atípico decorrente de um transtorno torna possível uma pessoa ter um comportamento sexual atípico saudável e consensual sem ser rotulado necessariamente como portador de um transtorno mental. As pessoas que sofrem com transtornos mentais associados às parafilias precisam de ajuda psíquica inclusive para evitar prejuízo a outros indivíduos e a sociedade. São, portanto, objetivos desta pesquisa apresentar, analisar e discutir as parafilias e os transtornos parafílicos, bem como diferenciá-los.

10 9 As parafilias quando causa dor, sofrimento e/ou prejuízo á pessoa parafílica ou dano e/ou risco as pessoas na sociedade pode ser um transtorno mental. As parafilias consensuais sem prejuízos aos indivíduos envolvidos, nem a sociedade, são comportamentos atípicos em um grupo social em determinada época, não se caracterizando necessariamente com um transtorno mental. Assim sendo, este estudo foi dividido em cinco capítulos. No primeiro capítulo, pretendeu-se definir e analisar as parafilias. No segundo capítulo, por sua vez, o objetivo foi definir e analisar os transtornos parafilicos. Os demais capítulos procurou-se descrever sobre algumas parafilias. O estudo foi desenvolvido com base no livro O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), da Associação Americana de Psiquiatria e da analise crítica e comparativa de livros e artigos publicados na área de sexualidade e de comportamento humano sobre parafilias e transtornos parafílicos..

11 10 CAPÍTULO I AS PARAFILIAS Parafilias são variações do objeto do desejo e de atuação sexual; são comportamentos sexuais que fogem do padrão considerado normal pela sociedade em determinada época. A palavra parafilia vem da língua grega que significa Para de paralelo, ao lado de, e filia, de amor à, apego à, ou seja, uma forma de amor paralela às chamadas comuns; sendo assim, para estabelecer um parafilia, está implícito o reconhecimento daquilo que é convencional para, em seguida, detectar-se o que estaria ao lado desse convencional. Atrelar o termo convencional e evitar o termo normal as condições parafilicas evita das pessoas confundirem o não normal com o patológico. Culturalmente se reconhece o sexo convencional como sendo heterossexual, coital, com finalidade prazerosa e/ou procriativa, momentaneamente monogâmico. Alguns chamam as parafilias de desvios sexuais, perversões sexuais, variantes sexuais, aberração sexual, psicopatia sexual, tara sexual, dentre outras expressões. Contudo o termo mais neutro e mais adequado é parafilia. São exemplos de parafilias: masoquismo (prazer pela dor), sadismo (prazer no sofrimento do outro), voyeurismo (prazer enquanto assisti ao outro), exibicionismo (prazer de se mostrar ao outro), fetichismo (prazer focado em objetos inanimados ou em apenas uma parte do corpo de outra pessoa), frotteurismo (prazer esfregando-se contra outra pessoa), a pedofilia (prazer na prática ou em fantasiar relações sexuais com crianças), o travestismo (prazer sexual ao vestir-se como gênero oposto), dentre outras. Em 1843, o médico húngaro Heinrich Kaan publicou o estudo Psychopathia sexualis; neste estudo ele introduz o conceito de sexualmente

12 11 desviante com a medicalização do pecado, no qual os pecados da carne foram interpretados como doenças da mente. Em 1857, o médico francês B. A. Morel desenvolveu o conceito de degeneração física e mental para explicar os maus comportamentos sexuais. Em 1885, o psiquiatra francês Magnan usou pela primeira vez o termo perversão para significar os comportamentos sexuais diferentes. Compreendia que pelo exame neurológico podia explicar a patologia orgânica pela existência de uma perversão sexual. A palavra perversão significa tornar-se perverso, desmoralizar, corromper, depravar, ou seja, designa o ato de o sujeito perturbar a ordem ou o estado natural das coisas. Em 1886, o psiquiatra austríaco Richard Von Krafft-Ebing publicou o livro Psychopathia sexuals, uma coleção de histórias de casos documentando práticas sexuais estranhas e não usuais, considerando-as como doenças sexuais da mente ; foi ele que introduziu os conceitos de sadismo, masoquismo e fetichismo. Em 1890, Krafft-Ebing publicou o livro Nova pesquisa na área da Psicopatologia do Sexo, também sobre práticas sexuais estranhas e não usuais. No início de século XX, o psicólogo da primeira Sociedade de Psicanálise, Wilhem Stekel, trabalhou e escreveu sobre autoerotismo, fetichismo sexual, sadismo, masoquismo e cleptomania como neurose sexual. Ele defendia as variações sexuais desde que elas não perturbassem outras pessoas, contrariando os princípios de neurose defendidos até então, por isso Stekel usou o termo Parafilia ao invés de perversão. Qualquer variação sexual para outro objeto que não o coito heterossexual intravaginal já foi considerado uma parafilia em épocas passadas; inclusive em determinada época o sexo sem o objetivo reprodutivo já foi considerado uma perversão sexual. Storr (1976), por exemplo, considera em seu livro sobre desvios sexuais, a homossexualidade feminina e masculina como um desvio sexual. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, DSM-5, define o termo parafilia, conforme abaixo:

13 12 O termo parafilia representa qualquer interesse sexual intenso persistente que não aquele voltado para estimulação genital ou para carícias preliminares com parceiros humanos que consentem e apresentam fenótipo normal e maturidade física (APA, 2014, p. 685). O DSM-5 (2014) ainda pontua, sobre essa definição, a dificuldade de aplicação do critério intenso e persistente, visto que, por exemplo, pessoas clinicamente doentes e muito idosas podem, por motivos diversos, não terem interesses sexuais intensos. Está configurada a Parafilia quando há necessidade de se substituir a atitude sexual convencional por qualquer outro tipo de expressão sexual, sendo este substitutivo a preferida ou única maneira da pessoa conseguir excitarse. Assim sendo, na Parafilia os meios se transformam em fins, e de maneira repetitiva, configurando um padrão de conduta rígido o qual, na maioria das vezes, acaba por se transformar numa compulsão opressiva que impede outras alternativas sexuais. (PSIQWEB, 2014, p.1). Quando caracterizamos as parafilias de comportamentos sexuais anormais, faz-se necessário definir o que são comportamentos sexuais normais. Alguns grupos religiosos definem comportamento sexual anormal o ato sexual que não esta associada à reprodução; ou seja, quando o comportamento sexual interfere na possibilidade de gravidez, sendo considerado normal apenas nos casos que o sêmen durante o coito seja depositado no interior na vagina. Outra maneira de definir o normal é através de dados estatísticos; como por exemplo, a masturbação que após a publicação do relatório Kinsey (1948, 1953), passou a ser conhecida como muito comum diminuindo o peso do ato até entre alguns grupos religiosos. Os

14 13 aspectos culturais também são importantes, pois comportamentos sexuais considerados normais em uma cultura pode não ser em outra. Definir o que é comportamento sexual adequado ou desviante é um dos maiores desafios nos estudos sobre parafilias e transtornos parafílicos, pois não há uma linha nítida entre o normal e o anormal. Pode-se associar a definição de sexualidade normal como consenso das pessoas ao compartilharem suas sexualidades, sem caráter destrutivo para os envolvidos e sem afrontar as regras comuns da sociedade em que se vive. Para Rodrigues Jr. (2012) existe distinção do que é considerado adequado, possível e normal e os comportamentos sexuais que mostram sintomas de psicopatologias; o autor acredita que as práticas sexuais parafílicas podem ser definidas em: preferência leve, preferência forte e necessário para o orgasmo em lugar da/o parceira/o. Esta definição dos graus parafílicos também é mencionada no site de psiquiatria, PsiqWeb, que menciona em um dos seus artigos que a parafilia pode ser leve, quando expressa ocasionalmente, moderada, quando a conduta é mais frequentemente manifestada e severa, quando chega a níveis de compulsão (PSIQWEB, 2014, p.1). Nos Três ensaios sobre a teoria da sexualidade (1905), Sigmund Freud nomeia o primeiro deles com o título de As aberrações sexuais, nele Freud escreve sobre o conceito de perversão, diferencia o instinto sexual da pulsão sexual, caracteriza o objeto e o objetivo sexuais. Freud traz ainda uma inovação sobre a criança enquanto sujeito sexual e a classifica enquanto possuidora de uma sexualidade perverso-polimorfa, isto é, que pode ter várias finalidades para atingir seu objetivo e que pode permanecer no adulto. Contudo, a perversão infantil não deve ser confundida com a perversão do adulto, mesmo que uma seja um ponto de partida para o entendimento da outra, cada uma possui sua especificidade. Na visão psicanalítica a pulsão sexual está ligada ao prazer e não a reprodução, podendo o objeto sexual (pessoa de quem procede à atração) e o objetivo sexual (o ato a que a pulsão conduz) apresentarem uma variedade

15 14 impossível de definir. Garcia-Roza (2014) define os desvios sexuais conforme abaixo: É, porém, em relação ao objetivo sexual que Freud vai definir os desvios com mais precisão. O objetivo sexual é caracterizado como a união dos órgãos genitais que conduz a um alívio da tensão sexual, e as perversões são definidas como atividades sexuais que se estendem, num sentido anatômico, além das regiões do corpo que se destinam à união sexual, ou demoram-se nas carícias prévias, as quais passam a ser mais importantes que o objetivo sexual final. (GARCIA-ROZA, 2014, p.97). São raros os registros de mulheres parafílicas. As parafilias são quase exclusivamente masculinas. Sobre o possível motivo para os homens serem significativamente mais parafilicos que as mulheres, Storr escreveu: Em primeiro lugar, durante o ato sexual é necessário que o homem atinja e sustente a ereção, enquanto a mulher pode permanecer relativamente passiva. Em segundo lugar, no processo de desenvolvimento desde a infância até a idade adulta o menino precisa dar um passo extra em direção a sua emancipação: ele deve tornar-se bastante diferente da sua mãe, enquanto a menina pode permanecer mais identificada com ela. Em terceiro lugar, não há nenhum equivalente masculino para a gravidez, que para a mulher é fonte de um sentimento profundo e duradouro de êxito no papel da mulher (STORR, 1976, p. 29). Para Storr (1976) os desvios sexuais são, principalmente, o resultado de uma persistência de sentimentos infantis de culpa e de

16 15 inferioridade. Sentimento de culpa em relação ao sexo fortemente marcado na mente infantil que encoraja a expressão de tendências desviadas; este sentimento de culpa é resultado da atitude negativa dos pais com relação ao sexo, da atitude da sociedade sobre o assunto, de alguns valores religiosos sobre o sexo e do pré-conceito coletivo. Somado a isto ainda há o tabu do incesto que fortalece o sentimento de culpa infantil em relação aos seus impulsos sexuais. Para o autor a inferioridade sexual esta relacionada ao sentimento de fracasso inicial no relacionamento entre a criança e a mãe e/ou a incapacidade mais específica de identificar-se com o papel correntemente atribuído pela sociedade ao homem ou à mulher.

17 16 CAPÍTULO II OS TRANSTORNOS PARAFÍLICOS A Associação Americana de Psiquiatria (American Psychiatric Association APA) é responsável pela publicação do Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM) que é uma classificação de transtornos mentais e critérios associados elaborados para facilitar o estabelecimento de diagnósticos mais confiáveis desses transtornos. Dentre os transtornos mentais apresentados na última edição desse manual, o DSM-5 (2014), o capítulo sobre as parafilias é denominado de Transtornos Parafílicos. Enquanto a Classificação dos Transtornos Mentais e de Comportamento da Organização Mundial de Saúde, vigente, em sua 10º. Versão (a CID-10) enquadra as parafilias como transtorno da preferência sexual. Na 4º. Edição do DSM-IV (2008), publicação anterior ao DSM-5, as parafilias encontram-se no capítulo sobre Transtornos Sexuais e de Identidade de Gênero, sendo este capítulo subdividido em: Disfunções Sexuais, Transtornos do Desejo Sexual, Transtornos da Excitação Sexual, Transtornos do Orgasmo, Transtornos Sexuais Dolorosos, Disfunção Sexual Devido a uma Condição Médica Geral, Disfunção Sexual Induzida por Substância, Parafilias e Transtornos da Identidade de Gênero. O DSM-5 (2014) passou a ter um capítulo sobre os Transtornos Parafílicos. A quinta edição do DSM-5 (2014) preconiza a distinção entre um comportamento sexual atípico e um comportamento sexual atípico decorrente de um transtorno, que é aquele que causa sofrimento, ameaça física ou psicológica para si ou para o bem-estar de outros indivíduos. Além isso, no DSM-5 a nomenclatura dos transtornos parafílicos é revisada, como por exemplo, o sadismo sexual passou a ser denominado de transtorno do sadismo sexual. Essas mudanças tornaram possível um indivíduo praticar

18 17 comportamento sexual atípico consensual sem ser necessariamente rotulado com transtorno mental parafílico. Seguem abaixo as mudanças de nomenclatura do DSM-IV (2008) para o DSM-5 (2014): QUADRO 1 Mudanças de nomenclatura do DSM-IV (2008) para o DSM-5 (2014) Parafilia diagnóstico do DSM-VI Exibicionismo Frotteurismo Voyeurismo Fetichismo Pedofilia Masoquismo sexual Sadismo sexual Transvestismo fetichista Parafilia diagnóstico do DSM-5 Transtorno Exibicionista Transtorno de Frotteurismo Transtorno de Voyeurismo Transtorno Fetichista Transtorno Pedofílico Transtorno do Masoquismo Sexual Transtorno do Sadismo Sexual Transtorno Transvéstico Não especificado Fonte: DSM-IV, 2008 e DSM-5, 2014 Transtorno Parafílico Não Especificado Transtornos mentais são condições de anormalidade, sofrimento ou comprometimento de ordem psicológica, mental ou cognitiva. Em geral, um transtorno representa um significativo impacto na vida do paciente, provocando sintomas como desconforto emocional, distúrbio de conduta e enfraquecimento da memória. Um transtorno mental é uma síndrome caracterizada por perturbação clinicamente significativa na cognição, na regulação emocional ou no comportamento de um indivíduo que reflete uma disfunção nos processos psicológicos, biológicos ou de desenvolvimento

19 18 subjacentes ao funcionamento mental. Transtornos mentais são frequentemente associados a sofrimento ou incapacidade significativos que afetam atividades sociais, profissionais ou outras atividades importantes. Uma resposta esperada ou aprovada culturalmente a um estressor ou perda comum, como a morte de um ente querido, não constitui transtorno mental. Desvios sociais de comportamento (p. ex., de natureza política, religiosa ou sexual) e conflitos que são basicamente referentes ao indivíduo e á sociedade não são transtornos mentais a menos que o desvio ou o conflito seja resultado de uma disfunção no indivíduo, conforme descrito. (APA, 2014, p. 20). A APA (2014) pontua que o diagnóstico de um transtorno mental não é equivalente à necessidade de tratamento; a necessidade de tratamento será decidida pelo profissional de saúde, que acompanha o paciente, levando em consideração a gravidade dos sintomas, a importância dos sintomas (p. ex., presença de ideação suicida), o sofrimento do paciente (dor mental) etc. Pode haver indivíduos cujos sintomas não satisfazem todos os critérios do DSM-5 para um transtorno mental, mas que necessitam de tratamentos e cuidados: O fato de algumas pessoas não apresentarem todos os sintomas indicativos de um diagnóstico não deve ser usado para limitar seu acesso aos cuidados adequados (APA, 2014, p. 20). Um transtorno parafílico é uma parafilia que está causando sofrimento ou prejuízo ao indivíduo ou uma parafilia cuja satisfação implica dano ou risco de dano pessoal outros. Uma parafilia é condição necessária, mas

20 19 não suficiente, para que se tenha um transtorno parafílico, e uma parafilia por si só não necessariamente justifica ou requer intervenção clínica. (APA, 2014, p. 685). O DSM-5 cita oito transtornos parafílicos por serem os mais comuns em comparação a outros transtornos parafílicos e porque alguns deles podem implicar em ações classificadas como delitos criminais; são eles: transtornos voyeurista, transtorno exibicionista, transtorno frotteurista, transtorno do masoquismo sexual, transtorno do sadismo sexual, transtorno pedofílico, transtorno fetichista e transtorno transvéstico. A ordem de apresentação no DSM-5 dos transtornos parafílicos levou em consideração no primeiro grupo as preferências por atividades anormais que são subdivididos em transtorno do namoro (componentes distorcidos do comportamento de namoro) e transtorno da algolagnia (envolve dor e sofrimento); e o segundo grupo levou em consideração as preferências por alvos anômalos. Segue abaixo síntese desta divisão feita pela APA (2014): 1. Preferências por atividades anormais: 1.1 Transtorno do namoro: Transtorno voyeurista, exibicionista e frotteurista 1.2 Transtorno da algolagnia: Transtorno do masoquismo sexual e sadismo sexual. 2. Preferências por alvos anômalos: 2.1 Quando o alvo é outro ser humano: Transtorno pedofílico 2.2 Quando tem outros alvos: Transtorno fetichista e transvéstico. (APA, 2014). Vale salientar, que no período da adolescência e da puberdade é comum os indivíduos terem grande curiosidade nas atividades sexuais, sendo assim faz-se necessário levar em consideração a idade dos parafílicos antes

21 20 de diagnosticar com um transtorno parafílico. Inclusive o DSM-5 propõe uma idade mínima de 18 anos para diagnosticar alguns transtornos parafílicos. Os transtornos parafílicos podem estar relacionados com mais de uma parafilia em um mesmo indivíduo ou ainda não ser o transtorno parafílico a origem do sofrimento do indivíduo e sim a hipersexualidade ou outros transtornos mentais, por exemplo. A hipersexualidade é o aumento da sexualidade (desejo, fantasias e atividade) para além do socialmente habitual. Os sintomas hipersexuais têm sido rotulados como compulsivos, impulsivos, tal como acontece com o vício do jogo ou das drogas. Apesar de esses comportamentos hipersexuais serem distintos da parafilia, há, contudo, alta comorbidade com ela (a hipersexualidade aparece junto com outras parafilias com frequência). De qualquer forma, alguns autores requerem que esse transtorno seja classificado como uma das parafilias ou relacionado a elas. Pode existir relação entre outros transtornos mentais com os transtornos parafílicos podendo um influenciar o outro ou não; segundo a APA (2014) os mais comuns transtornos mentais relacionados com os transtornos parafílicos são: transtorno da conduta, transtorno da personalidade antissocial, transtornos por uso de substância, transtorno obsessivo-compulsivo e disforia de gênero. O transtorno da conduta é um padrão de comportamento repetitivo e persistente no qual são violados direitos básicos de outras pessoas ou normas ou regras sociais, podendo, por exemplo, o exibicionismo e o voyeurismo estarem relacionados a este transtorno. O transtorno da personalidade antissocial é um padrão de desrespeito e violação dos direitos dos outros, podendo, por exemplo, o frotteurismo estar associado a este transtorno. O transtorno por uso de substância, segundo a APA (2014), consiste na presença de um agrupamento de sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos indicando o uso contínuo pelo indivíduo apesar de problemas significativos relacionados à substância (p. 483). Este transtorno pode envolver alguns indivíduos a atos voyeuristas, por exemplo.

22 21 O transtorno obsessivo-compulsivo, também conhecido como TOC, tem como principal característica a presença de crises recorrentes de obsessões e/ou compulsões. A obsessão consiste em uma série de imagens, pensamentos e ideias que vêm à cabeça da pessoa insistente e repetidamente, sem que ela possa controlar. As compulsões são comportamentos repetitivos que o paciente se sente compelido a executar para controlar, prevenir ou reduzir a ansiedade causada pelas obsessões ou, ainda, para impedir que algo terrível aconteça. Este transtorno pode ter alguma relação com a pedofilia, quando o individuo se queixa de pensamentos e preocupação acerca de possível atração por crianças, sendo pensamentos que contrariam e perturbam a própria pessoa. Disforia de gênero, de acordo com a APA (2014), refere-se ao sofrimento que pode acompanhar a incongruência entre o gênero experimentado ou expresso e o gênero designado de uma pessoa (p. 451). Pode existir uma relação entre a disforia de gênero e o travestismo, podendo o paciente ter o diagnóstico de disforia de gênero e transtorno transvéstico. Os comportamentos parafílicos são modos de vida sexual desviados do convencional, sem alcançar, na maioria das vezes, o grau de verdadeira psicopatia sexual. A psicopatia sexual tem lugar quando a atividade sexual convencional ou desviada se dá através de um comportamento psicopático. Esta atitude psicopática deve ser suspeitada quando, por exemplo: há transgressão, através de uma conduta anti-social, voluntária, consciente e erotizada, realizada como busca exclusiva de prazer sexual; há maldade na atitude, sendo o contraventor indiferente à ideia do mal que comete. Sendo assim, faz-se necessário atentar para não se deixar levar pela característica parafílica e esquecer-se da possibilidade de um transtorno de base muito mais sério que é a Personalidade Psicopática Anti-Social, por exemplo. Algumas parafilias e/ou transtornos parafílicos pode vir a ocasionar atos delinquentes inclusive com repercussões jurídicas, como por exemplo, a pessoa exibicionista que mostrará os genitais a pessoas publicamente, do necrófilo que violará cadáveres, do pedófilo que espiará, tocará ou abusará de crianças, do sádico que produzirá dores e ferimentos deliberadamente, dentre

23 22 outros casos. Contudo, valem ressaltar, que as parafilias não são por si mesmas obrigatoriamente produtoras de delitos, e nem acreditar que os delitos sexuais são mais frequentemente produzidos por pessoas parafilicas. Ou seja, a existência pura e simples da parafilia não caracteriza um delito parafílico, desde que essas pessoas não transgridam e vivam em sua privacidade sem prejudicar terceiros. É importante salientar que as pessoas parafílicas devem viver sua sexualidade com a mesma responsabilidade que as pessoas convencionais; as normas de convívio social e respeito ao próximo devem sempre ser respeitadas independência da sexualidade de cada um. Um dos problemas da área de tratamento dos transtornos parafílicos é a carência de estudos com métodos sólidos e as consequentes evidências para o tratamento. Geralmente o foco principal destes estudos é o tratamento da pedofilia e do exibicionismo. Apesar disso, as poucas evidências sugerem os tratamentos com psicoterapia acompanhada quando necessário, de medicamentos psiquiátricos autorizados. Contudo, independente do modelo de tratamento adequado para cada caso, faz-se necessário, para aumentar o sucesso do tratamento, que a pessoa portadora de um transtorno parafílico, reconheça seu comportamento como um problema e tome a decisão de mudar procurando ajuda médica e psicológica.

24 23 CAPÍTULO III VOYEURISMO, EXIBICIONISMO E FROTTEURISMO O voyeurismo ou mixoscopia consiste num indivíduo obter prazer sexual através da observação de pessoas que podem estar envolvidos em atos sexuais, nuas, com roupas íntimas, ou com qualquer vestuário que desperte desejo para o indivíduo, chamado também de voyeur. Para o dicionário Aurélio (2014) voyeurismo é quando o indivíduo sente excitação sexual ao observar a cópula praticada por outros, ou simplesmente ao ver os órgãos genitais de outrem. Voyeurismo pode ser muito mais divertido se você tiver uma vizinha que tira a roupa intencionalmente para você ver porque ela é exibicionista. Existem muitas pessoas que gostam de ser vistas por alguém quando estão nuas. Uma vizinha pode se despir sabendo que você está vendo se ela gostar do voyeurismo e do exibicionismo também (CONVERSA DE HOMEM, 2015, pp.01). Storr (1976) escreveu sobre a mixoscopia ressaltando do quanto generalizado é o desejo das pessoas de verem outras pessoas ou animais em atividade sexual, acreditando não ser a mixoscopia uma anormalidade, exceto quando se torna um substituto principal de métodos mais convencionais de gratificação. É comum pessoas se sentirem excitadas ao verem outras pessoas em contextos sensuais como, por exemplo, se despindo e durante atos sexuais. Contudo a busca deliberada e compulsiva destas oportunidades pode não ser saudável para vida afetiva, sexual e social da pessoa voyeurista.

25 24 Na atualidade, com os avanços tecnológicos como a incorporação das câmaras nos celulares, por exemplo, tornou-se frequente gravar ou tirar fotografias de pessoas seminuas, nuas ou durante atos sexuais e depois publicar na rede. Alguns desses casos podem estar associados a atitudes voyeuristas adaptadas aos novos tempos. O voyeurismo será considerado um transtorno voyeurista, de acordo com o DSM-5, com os seguintes critérios diagnósticos: A. Por um período de pelo menos seis meses, excitação sexual recorrente e intensa ao observar uma pessoa que ignora estar sendo observada e que está nua, despindo-se ou em meio a atividade sexual, conforme manifestado por fantasias, impulsos ou comportamentos. B. O indivíduo colocou em prática esses impulsos sexuais com uma pessoa que não consentiu, ou os impulsos ou as fantasias sexuais causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. C. O indivíduo que se excita e/ou coloca em prática os impulsos tem, no mínimo, 18 anos de idade (APA, 2014, p.686). O DSM-5 (2014) ressalta que os atos voyeuristas são os mais comuns entre os comportamentos sexuais com potencial de desrespeito às leis. O exibicionismo é o ato de expor publicamente os órgãos genitais. A exibição é normalmente seguida de masturbação, mais do que a efetiva abordagem das pessoas. Segundo Rodrigues Jr. (2012), o exibicionismo diz respeito às possibilidades de obtenção de prazer sexuoerótico com a exibição de certas

26 25 partes do corpo, incluindo o genital; implica a obtenção de prazer sexual pela deliberada exposição dos órgãos genitais a outras pessoas. Para o autor, em nossa cultura ocidental existe mais liberdade para as mulheres se exibirem parcial e constantemente com certa aprovação diferente do que acontece com os homens. Anna Freud (1965) descreveu o exibicionismo como sendo um elemento comum entre os meninos, e um constante temor de suas tendências homossexuais, fazendo-se parecer agressivamente viris e assumindo comportamentos exibicionistas fálicos. Storr (1976) afirmou ser o exibicionismo um modo muito primitivo de mostrar a masculinidade, uma maneira de fazer-se reconhecer como homem; o autor ainda cita que o exibicionismo é uma aberração exclusivamente masculina e afirma que: Poucos homens podem ser inteiramente eximidos de qualquer desejo de exibir provas da sua virilidade. Alguns deslocam seu desejo de exibição para as mulheres que os acompanham, fazendo-as vestirem-se de maneira elegante e luxuosa, a fim de excitar a inveja dos outros homens. Outros chamam a atenção para seus carros, saldos bancários, ou outras posses (STORR, 1976, pp.90). Rodrigues Jr. (2012) fez uma análise sobre o exibicionismo a partir de perspectivas psicanalíticas afirmando que inconscientemente, o exibicionista toma o observador como a mãe, e a exibicionista como o pai. Esse comportamento estaria relacionado ao complexo de Édipo (p. 28). Para Dalgalarrondo (2008) o exibicionismo, como um transtorno do comportamento sexual, caracteriza-se pela compulsão e pelo prazer em mostrar o corpo nu, com ênfase nos genitais, a uma pessoa estranha, que geralmente está desprevenida e sente essa exposição como uma violência; ele ainda pontua que o exibicionismo é mais comum em homem.

27 26 O exibicionismo será considerado um transtorno exibicionista, de acordo com o DSM-5 com os seguintes critérios diagnósticos: A. Por um período de pelo menos seis meses, excitação sexual recorrente e intensa decorrente da exposição dos próprios genitais a uma pessoa que não espera o fato, conforme manifestado por fantasias, impulsos ou comportamentos. B. O indivíduo colocou em prática esses impulsos sexuais com uma pessoa que não consentiu, ou os impulsos ou as fantasias sexuais causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo (APA, 2014, p. 689). O frotteurismo é uma parafilia em que o indivíduo se satisfaz sexualmente esfregando-se contra outra pessoa, sem o consentimento da mesma. O termo frotteurismo vem do francês frotter, e significa roçar, esfregarse. Para realizar sua fantasia, o frotteurista normalmente procura locais públicos lotados, como ônibus, metrôs e trens, por exemplo. O frotteurista, muitas vezes preferem esses lugares públicos também pelo fato de que acreditam que a vítima se sentirá envergonhada em sair gritando e causar alarme, por isso preferem se manter caladas, e eles podem aproveitar da situação por um tempo maior. Normalmente, a pessoa frotteurista, tende a escapar após conseguir tatear outra pessoa, e muitos ainda usam algo para encobrir o pênis, como a camisinha, ou algo como se o embrulhasse, para não ficar aparente que houve ejaculação, como a roupa molhada na região das genitais, por exemplo. Os frotteurs mais ousados chegam a se masturbar diretamente na sua vítima, e claro, em lugares públicos. A maneira mais comum de praticar o frotteurismo é esfregando as genitais contra as coxas ou nádegas, ou as mãos nos órgãos genitais ou seios

28 27 da vítima. Normalmente o centro de interesse são as nádegas que é mais acessível no meio das multidões do que outras partes intimas do corpo feminino. A gratificação desse desejo torna a pessoa passível de ser presa por investida indecorosa contra a mulher, delito que pode acarretar a pena e prisão. Durante o ato, geralmente o frotteur tende a fantasiar que tem um relacionamento exclusivo e carinhoso com a sua vítima durante o momento do contato. Porém, ao terminar ele tende a ir embora, fugir para que não haja nenhum tipo de processo criminal. A maioria das pessoas que têm esse fetiche são homens entre 15 e 25 anos de idade, mas também é muito presente em pessoas mais velhas, tímidas, que geralmente são socialmente ou sexualmente inibidas, e na maioria dos casos, as vítimas são do sexo feminino. É muito raro que uma pessoa com sintomas de frotteurismo procure ajuda profissional como de psicólogos e psiquiatras, mas é muito importante que essas pessoas busquem ajuda, já que isso pode terminar em um caso na justiça (CONVERSA DE HOMEM, 2015, pp.02). Para Storr (1976) alguns homens que têm dificuldade em manter relações sexuais de tipo pessoal empenham-se nas atividades frotteuristas e raramente essa parafilia aparece como uma aberração isolada estando normalmente associada a outros desvios. O frotteurismo será considerado um transtorno frotteurista, de acordo com o DSM-5, com os seguintes critérios diagnósticos: A. Por um período de pelo menos seis meses, excitação sexual recorrente e intensa resultante de tocar

29 28 ou esfregar-se em pessoa que não consentiu, conforme manifestado por fantasias impulsos ou comportamentos. B. O indivíduo colocou em prática esses impulsos sexuais com pessoa que não consentiu, ou os impulsos ou as fantasias sexuais causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo (APA, 2014, p ).

30 29 CAPÍTULO IV PEDOFILIA, FETICHISMO E TRAVESTISMO A pedofilia é definida, no dicionário Aurélio (2014), como uma parafilia, representada por desejo forte e repetida, de práticas sexuais e de fantasias sexuais com crianças pré-púberes. A pedofilia pode incluir apenas jogos sexuais com crianças, como por exemplo, observar e/ou despir a criança ou despir-se em frente a ela; masturbação ou relação sexual completa com penetração vaginal ou anal. Pode ser homossexual (pederastia) ou heterossexual (pedofilia propriamente dita). O termo paedophilia erótica foi cunhado em 1886 pelo psiquiatra Richard von Krafft-Ebing, em sua publicação Psychopathia Sexualis (1886), na seção intitulada A violação de indivíduos com menos de quatorze anos de idade ; nessa publicação, Kraff-Ebing levanta a hipótese de vários fatores que podem levar ao indivíduo a abusar sexualmente de crianças. A pedofilia é a parafilia mais repudiada socialmente, é vista como um acontecimento absurdo e terrível o que, muitas vezes, impede toda discussão racional. Quando o fato vem a conhecimento público, o adulto será processado, provavelmente punido com encarceramento e tratado como um monstro por toda sociedade. Para Rodrigues Jr. (2012) a pedofilia constitui-se na obtenção e/ou consequente satisfação sexual com orgasmo por meio de atos sexuais com a participação de crianças, púbere ou adolescente. Para o autor os pedófilos são os responsáveis pelos atos, porém nem sempre são os iniciadores das relações, tendo partido da criança a procura da satisfação sexual de modo infantil, enquanto o adulto o faz por tendências à inadequação sexual e devido a mecanismos falhos de equilíbrio psicológico interno.

31 30 Uma associação comum à pedofilia é o incesto. O incesto é o relacionamento sexual no qual existe parentesco entre os participantes. O símbolo de proximidade afetivo-familiar entre o adulto e a criança é o que caracteriza o grau de parentesco e não exatamente a consanguinidade. Muitos dos levantamentos efetuados sobre a incidência de incesto em nossa cultura apresentam números baixos, como que demonstrando que relações incestuosas não seriam comuns. Porém, no processo psicoterapêutico, as pessoas tendem a se lembrarem de episódios e fatos esquecidos, e atualmente tem havido certa concordância entre psicoterapeutas de que a incidência de atividades incestuosas é relativamente comum, tornando-se esquecidas por necessidades egoicas de defesa contra o consenso socialmente aceito. (RODRIGUES JR., 2012, pp. 58). No Egito Antigo a relação sexual entre irmão e irmã era comum, especialmente na linhagem da nobreza, para eles, casar-se com o irmão ou irmã, significava ter cada vez mais pureza no sangue. Isto para os egípcios era normal por ter como referência a sua religião. Há ainda povos indígenas em que, embora haja tabus sexuais, eles não se referem às relações entre parentes. O modelo saudita, adotado em grande parte do mundo islâmico, permite que qualquer adulto de qualquer faixa etária transforme em esposa, e inicie sexualmente meninas ainda crianças. Para muitos países islâmicos o casamento entre crianças e adultos (inclusive idosos) é uma homenagem ao Profeta Maomé que amava criancinhas. Para Storr (1976) os homens pedófilos veem na criança uma ameaça menor à superioridade masculina do que nas mulheres, além das crianças exigem menos e estarem mais prontas a darem afeição do que os adultos.

32 31 Storr acredita que como as crianças são mais facilmente impressionáveis, o pedófilo espera que a criança lhe dedique à estima que ele não pode conquistar entre pessoas de sua idade. A pedofilia é um transtorno psiquiátrico em que um adulto ou adolescente mais velho apresenta uma atração sexual principalmente, ou exclusivamente, por crianças prépúberes, com até 11 anos de idade. Uma pessoa que é diagnosticada portadora de pedofilia deve ter pelo menos 16 anos de idade, mas os adolescentes que tenham 16 anos de idade ou mais devem ser de pelo menos cinco anos mais velho que a criança antes da atração poder ser diagnosticada como pedofilia. (INFOESCOLA, 2015, p.1). A pedofilia será considerada um transtorno pedofílico, de acordo com o DSM-5, com os seguintes critérios diagnósticos: A. Por um período de pelo menos seis meses, fantasias sexualmente excitantes, impulsos sexuais ou comportamentos intensos e recorrentes envolvendo atividade sexual com criança ou crianças pré-púberes (em geral, 13 anos ou menos). B. O indivíduo coloca em prática esses impulsos sexuais, ou os impulsos ou as fantasias sexuais causam sofrimento intenso ou dificuldades interpessoais. C. O indivíduo tem, no mínimo, 16 anos de idade e é pelo menos cinco anos mais velho que a criança ou as crianças do Critério A. Nota: Não incluir um indivíduo no fim da adolescência envolvido em relacionamento sexual contínuo com pessoa de 12 ou 13 anos de idade (APA, 2014, p. 698).

33 32 No fetichismo o foco está no uso de objetos inanimados, tais como botas, meias, cuecas, sutiãs ou atentam para apenas uma parte do corpo da outra pessoa. O fetichista utiliza tais objetos para se masturbar ou exige que a/o parceira/o use sempre o objeto em questão durante o ato sexual, caso contrário não conseguirá excitar-se. O psicólogo francês Alfred Binet (1887), escreveu o livro Fetichismo en el amor, publicado em 1904, no qual dá o nome ao fenômeno que se passou a chamar de fetichismo sexual. Segundo Rodrigues Jr. (2012), o fetichismo é usado para designar sistematicamente os indivíduos que utilizam objetos inanimados ou atentam apenas para uma determinada parte do corpo de outras pessoas para obter excitação ou satisfação sexual. Qualquer coisa pode vir a ser um fetiche sexual. Durante as décadas de 50 a 70, o baby doll reinou absoluto, essa espécie de vestido íntimo, transparente e curtíssimo, alucinou gerações de cinéfilos, voyeurs e fetichistas. Alguns fetiches são menos comuns, como por unhas ou por preservativos usados. Há homens que não conseguem ter prazer sexual se não estiver com o seu fetiche. E às vezes, basta á contemplação deles para a obtenção do orgasmo. (UOL, 2010, p.1). Para Storr (1976) o fetiche tem origem na primeira infância, em que a criança com poucos meses atenuava a angústia da separação da mãe pela presença de um objeto, por exemplo, o ursinho de pelúcia, o travesseiro, o cobertor. Nesse caso, o adulto não teria aprendido a mudar o objeto de amor. Freud (2014) em seu texto O Fetichismo de 1927 escreveu que o fetiche é o substituto para o falo da mulher (da mãe), uma vez que o menino se recusou a tomar conhecimento de um dado de sua percepção, o de que a

34 33 mulher não possui pênis; pois se a mulher é castrada, o seu próprio pênis corre perigo. Para Freud o fetichista está de tal maneira aterrorizada pelo medo da castração, que é levado a fazer de conta que as mulheres também têm pênis e o fetiche funciona como elemento tranquilizador, representando o pênis feminino não existente. Ainda nesse texto, Freud registra que não pretende afirmar que toda vez se possa discernir com segurança a determinação do fetiche. Provavelmente nenhum ser masculino é poupado do pavor da castração ao avistar os genitais femininos. Por que alguns se tornam homossexuais em consequência desta impressão, outros a rechaçam pela criação de um fetiche e a grande maioria a superá-la, é algo que não conseguimos explicar. (FREUD, 2014, pp.306). Por fim, pode-se dizer que o modelo normal do fetiche é o pênis do homem, assim como o do órgão inferior é o pequeno pênis, o clitóris. (FREUD, 2014, pp. 310). O fetichismo será considerado um transtorno fetichista, de acordo com o DSM-5, com os seguintes critérios diagnósticos: A. Por um período de pelo menos seis meses, excitação sexual recorrente e intensa resultante do uso de objetos inanimados ou de um foco altamente específico em uma ou mais de uma parte não genital do corpo, conforme manifestado por fantasias, impulsos ou comportamentos. B. As fantasias, os impulsos sexuais ou os comportamentos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social,

35 34 profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. C. Os objetos de fetiches não se limitam a artigos do vestuário usados em travestimo/cross-dressing (como no transtorno transvéstico) ou a dispositivos especificamente criados para estimulação genital tátil (p. ex. vibrador). (APA, 2014, p. 701). O travestismo parafílico é a prática de vestir-se como gênero oposto associado à obtenção de excitação e prazer sexuais, ou seja, o indivíduo obtém a excitação sexual utilizando roupas, adornos e atitudes do sexo oposto. A prática de vestir-se como o gênero oposto era comum na Antiguidade clássica greco-romana; na época de William Shakespeare, os papéis femininos no teatro eram desempenhados por homens que se vestiam de mulher, visto que elas quase sempre eram proibidas de participar das peças teatrais. Rodrigues Jr. (2012) defende que quando o travestismo esta associada com a sensualidade dos trajes, ou seja, quando tem motivação erótica é uma forma de fetichismo que se diferencia do fetichismo usual, pois este elege uma determinada peça ou categoria do vestuário. Para o autor nem todos os travestis usam roupas do gênero oposto por motivos relacionados ao prazer sexual e cita ainda que o travestismo fetichista ocorre, geralmente, na intimidade e com relativa privacidade. Master e Johnson (1980) afirmaram que muitos travestis somente conseguem ereção peniana quando travestidos, sendo sexualmente impotentes em condições adversas. O travestismo não é o mesmo que transexualismo que constitui-se na identidade de gênero invertida em indivíduos inequivocamente pertencentes ao outro gênero, do ponto de vista anatômico e fisiológico (Dalgalarrondo, 2008). O travestismo também não é o mesmo que homossexualismo, sendo assim, nem todos os travestis são necessariamente homossexuais; contudo o

36 35 pesquisador Sagarin, no final da década de 1970, afirmou serem pouquíssimos os que se travestem e não têm interesses homossexuais. Para Storr (1976) o travestido tem medo de fracassar ao travar uma relação integralmente satisfatória com uma mulher real, devido, à persistência de temores infantis quanto ao sexo oposto; para o autor o travestido veste, ele próprio, as roupas que, para si, se tornaram representações da feminilidade. Storr ainda cita que a prática mais comum do trasvestismo é o homem vestirse com essas roupas e depois masturbar-se, frequentemente olhando-se no espelho. A travestismo será considerada um transtorno transvéstico, de acordo com o DSM-5, com os seguintes critérios diagnósticos: A. Por um período de pelo menos seis meses, excitação sexual recorrente e intensa resultante de vestirse como sexo oposto (cross-dressing), conforme manifestado por fantasia, impulsos ou comportamentos. B. As fantasias, os impulsos sexuais ou os comportamentos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo (APA, 2014, p. 703).

37 36 CAPÍTULO V MASOQUISMO, SADISMO E OUTRAS PARAFILIAS O masoquismo é quando o indivíduo tem necessidade de ser submetido a sofrimento, físico ou emocional, para obter prazer sexual. Segundo Dalgalarrondo (2008) o masoquismo é o prazer e a excitação sexual ligado ao ser subjulgado, humilhado, torturado ou ameaçado pelo parceiro. A origem da palavra masoquismo se deu em Leopold Von Sacher Masoch ( ) austríaco que foi professor de história e novelista. As suas obras narrativas imortalizam-se graças ao detalhamento de fantasias eróticas associadas à crueldade e à dor. O masoquismo será considerado um transtorno do masoquismo sexual, de acordo com o DSM-5, com os seguintes critérios diagnósticos: A. Por um período de pelo menos seis meses, excitação sexual recorrente e intensa resultante do ato de ser humilhado, espancado, amarrado ou vítima de qualquer outro tipo de sofrimento, conforme manifestado por fantasias, impulsos ou comportamentos. B. As fantasias, os impulsos sexuais ou os comportamentos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo (APA, 2014, p.694). No sadismo, segundo Dalgalarrondo (2008) o prazer e excitação sexual encontram-se ligados ao ato de produzir, na realidade ou na fantasia, dor e humilhação no parceiro ou abusar dele e subjugá-lo (pp.360).

38 37 O sadismo é o ato de obter prazer causando dor e sofrimentos, seja físico ou psicológico, a outra pessoa. O termo sadismo tem origem por causa das obras, com conteúdo sádico, do escritor Françoes Donatien Alphonse de Sade (Marquês de Sade, ). Para Storr (1976) o sádico não pode acreditar que alguém realmente o aceite sexualmente, e assim precisa obter pela força o que outros homens mais confiantes esperam obter livremente. O sadismo será considerado um transtorno do sadismo sexual, de acordo com o DSM-5, com os seguintes critérios diagnósticos: A. Por um período de pelo menos seis meses, excitação sexual recorrente e intensa resultante do sofrimento físico ou psicológico de outra pessoa, conforme manifestado por fantasias, impulsos ou comportamentos. B. O indivíduo coloca em prática esses impulsos com pessoa que não consentiu, ou os impulsos ou as fantasias sexuais causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo (APA, 2014, p.696). É comum usar a palavra sadomasoquismo, ou SM, que é a combinação das palavras sadismo com a palavra masoquismo, pois é comum encontrar as duas atitudes combinadas. Para a prática sadomasoquista são necessários no mínimo dois personagens: o dominador (sádico) e o dominado (masoquista). O psicanalista inglês Storr (1976) afirmou que muitas relações que não incluem a dor física são essencialmente sadomasoquistas e que no sentido amplo o sadomasoquismo pode ser considerado existente em quase toda relação humana. Storr também fez uma associação entre o impulso agressivo da criança e os interesses sadomasoquistas; ele afirmou que todas as crianças

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