SUPERMERCADOS E SUPERETES CUSTO DA MONTAGEM E RENTABILIDADE

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1 COMÉRCIO SUPERMERCADOS E SUPERETES CUSTO DA MONTAGEM E RENTABILIDADE o presente estudo se refere a um Supermercado e está baseado nas áreas aqu i reproduzidas; portanto, as despesas operacionais e o investimento nas instalações e em estoque se tornam percentualmente altos. No caso de uma cadeia de Supermercados, essas despesas e investimento se reduzem, proporcionalmente. Distribuição dalt IÍreas construidas: Área de venda Área de administração e contrôle Área de depósito e preparo Área descoberta para estacionamento TOTAL. Custo das Instalações a) Instalações de venda: carrinhos, gôndolas, prateleira9, balcões frigoríficos etc. b) Instalações produtivas e de estocagem: balanças, câmaras frigoríficas, máquinas de empacotar etc. e) Instalações de contrôle:.. áquinas registradoras, bobinas de papel, formulários etc. TOTAL Estimativas de vendas (baseada em estatísticas locais): Média de atendimento de freguêses que compram entre 1 e 20 artigos, por máquina. Capacidade máxima p/máquina, em 10 horas de expe- Jiente Capacidade máxima das 6 máquinas em 10 horas Estimativa da incidência média de freguêses Compra média diária (NCr$) Estimativa da média de venda diária (3.000 freguêses x 10,00) - (NCrS) Estimativa da média de venda mensal (30 d ias x 30000,00) _ (NCr$) FEVEREIR0/ m m m 2 (sem Depósito Central) 1500 m<! ~uo m' m 2 NCr$ 86750,00 NC1$ 57550,00 NCr$ ,00 NCr$ ,00 60 {reg. p/h 600 freg. p/dia 3600 freg. p / dia fteg. p. dia. 10,00 p/ treg , ,00 85

2 Di!tribuiçào percentual das vendas (baseada em estatísticas locais) I - Mercearia. 40% , Açougue 20% 1800(10, Quitanda. 10% 90000,00 IV - Laticínios e frios & salgados 15% ,00 V _ Artigos domésticos 12% ,00 VI - Perfumaria. 3% 27000,00 TOTAL 100% ,00 Apuração percentual dos lucros (baseada em estatísticas locais) I - Mercearia (15% de lucro bruto) 11 - Açougue ( 13% de lucro bruto) Quitanda (12% de lucro bruto) rv - Laticínios, frios & salgados ( 18% de lucro bruto) V - Artigos domésticos (22% de lucro bruto) VI - Perfumaria (20% de lucro bruto) Lucro médio - arredondado para 15,7% 54000, ,00 la , Despesa! Mensais EstiTTol3das a) Pessoal (35 empregados) b) Operacional (aluguel, seguro ICM, obrigações sociais etc.) 900' Resumo Despesas de pessoal Despesas operacionais Total Geral das Despesas RENTABILIDADE De acôrdo com os dados assim apurados, verificamos que, para a montagem do Supermercado, haveria necessidade, teôri- 9000, , c..amente, de um investimento de NCrS ,00, assim representado: Instalações ,00 Despesas previstas p / 30 dias de operação 69000,00 Custo do estoque fixo (84,3% das vendas estimadas) ,00 T O T A L ,00 86 CONJUNTURA ECONôMICA

3 CRONOGRAMA DAS VENDAS - INVEST IMENTO - LUCRO N CA $ M Il VENDAS I- 600 " Êsse investimento, embora certo em seu orçamento, não representa, todavia, o valor real do dinheiro a ser investido, pois ri maioria dos pagamentos não é feita à vista, e as mercadorias, em sua quase totalidade, são faturadas em até 60 dias. Assim, calcularemos a seguir a rentabilidade do Supermercado, mês a mês, durante 12 meses, em função do investimento feito, consi- MOVIMENTO DO NEGÓCIO DO 1.0 M1!:S: detando-se que: as instalações serão pagas na estimativa média de 30 % de sinal e o saldo variável entre 4 a 12 prestações iguais e sucessivas; as mercadorias exigem pagamento antecipado de 40 % para o estoque fixo; e o giro médio das mercadorias é de uma vez em cada 30 dias. Destarte, teríamos o seguinte quadro para o 1.0 mês: a) Investimento NCrS Despesas de instalação (300/0 do orçamento) 60000,00 E stoque fixo (40% do custo das vendas estim ada!) ,00 TO T A L ,00 FEVERE IR0/

4 b) Rentabil.'dade Vendas estimadas Custo das mercadorias vendidas (84,3%) Lucro bruto Quebras (0,50/0 das vendas) Despesas gerais previstas Lucro liquido Investimento total Investimento líquido no 1.0 mês.. MOVIMENTO DO NEGÓCIO NO 2. 0 MítS: 4500, , , , , , , , ,00 a) Im e~ timento Amortização das instalações (I 11 do saldo) 12730,00 Reserva para pagamento do estoque fixo (l 3 do saldo) ,00 TO T A L ,00 b) Rentabilidade Lucro liquido estimado Menos investimento do 2. 0 mês Investimento líquido no 2. 0 mês 67800, , ,00 Verificamos, assim, que do 2. ao 4. mês o quadro financeiro se apresenta pràticamente o In e s m o, acusando um investimento mensal de.. NCrS 96670,00, quando então as faturas das mercadorias correspondentes ao estoque fixo já estariam totalmente pagas, continuando apenas do 5. ao 12.0 mês o pagamento das faturas das Instalações, pois as mercadorias vendidas seriam pagas com o ca~ pital proveniente do giro da mercadoria, com grande margem. Então, do 5. ao 12. mês de ope~ 1 ação, o ntjóeio se tornará autofinaneiável e os resultados financeiros seriam os seguintes: MOVIMENTO DO 5. 0 AO Míts: a) Investimento NCr$ Amortização das instalações (1/11 do sa ldo) 12730,00 b) _ Rentabilidade Lucro líquido estimado ,00 _ 73500,00) 67800,00 Lucro líquido efetivo 55050,00 88 CONJU NTURA ECONOMICA

5 BALANÇO Ao fim do 1.0 ano de operação de um Supermercado com as características representadas nes- te estudo, teríamos o seguinte balanço, cujos dados, em última análise, deveriam espelhar o panorama econômico-financeiro do negócio: Vend'as estimadas (900000,00 x 12) Custo das mercadorias vendidas (84,3% das vendas) Lucro bruto estimado Despesas gerais previstas (12 x 69000,00) Quebras (12 x 4500,00) Lucro líquido operacional Resultado lina.m;eiro Final Lucro líquido operacional , , , , , , , ,00 Investimento: Estoque fixo (84,3% da venda mensal) Instalações..... Investimento líquido , , , ,00 CONCLUSõES Êste balanço, embora teàricamente certo, não dá a verdadeira proporção do negócio, de vez que nos limitamos a manter as vendas estimadas numa base de preço fixo e giro do estoque na proporção de 1: 1. Levando em conta êsses 2 fatôres, isto é, que os preços das mercadorias tendem a aumentar, em conseqüência também do próprio aumento de preços e em função de campanhas promocionais dentro do Supermercado, e que o giro médio do estoque em FEVEREIRO/1969 Supermercado é de 18 vêzes ao ano, chegaríamos a resultados financeiros bem mais apreciáveis. Como exemplo, basta dizer que se os preços das mercadorias subirem em apenas 20% ao ano, e as promoções aumentarem a média de vendas por freguês em 300/0, teríamos um resultado final de 50% a mais nas vendas gerais, sem pràticamente aumento das despesas gerais, o que vale dizer, um encaixe adicional de 50% do lucro líquido final, permitindo amortizar todo o ativo fixo representado pelas instalaa.

6 ções e estoque, em menos de 1 ano. Note-se que os cálculos acima não incluem outras rendas eventuais. Citamos como exemplo áesta afirmativa o aluguel de pontos de gôndolas a fornecedores, os quais rendem entre N Cr$ 50,00 a NCrS 80,00 por unidade, dependendo do prazo de locação. Neste caso, em particular, a renda líquida adicional. considerando apenas 50% dêsses pontos locativos, poderá pro porcionar ao Supermercado um encaixe mensal entre NCr $ 1 200,00 e NCrS 1 920,00_ É bem verdade que neste estudo não computamos as retiradas da Diretoria, por não podermos prever em que base será ela organizada, mas estamos certos de que esta e outras despesas sedam perfeitamente cobertas pela redução das previsões para quebras e publicidade, de vez que na prática temos observado que uma boa política administrativa tem chegado a reduzir aquelas despesas em mais de SO % do previsto. Tais resultados permitem vislumbrar outras possibilidades nesse lucrativo negócio, quais sejam a cobertura de novos Supermercados a u to-financiáveis, multiplicando-se em cadeias ~ deixando grandes lucros.