LIDERANÇAS FEMININAS NO UNIVERSO POLÍTICO KAINGANG: UM ESTUDO SOBRE A TERRA INDÍGENA JAMÃ TŸ TÃNH, ESTRELA/RS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "LIDERANÇAS FEMININAS NO UNIVERSO POLÍTICO KAINGANG: UM ESTUDO SOBRE A TERRA INDÍGENA JAMÃ TŸ TÃNH, ESTRELA/RS"

Transcrição

1 LIDERANÇAS FEMININAS NO UNIVERSO POLÍTICO KAINGANG: UM ESTUDO SOBRE A TERRA INDÍGENA JAMÃ TŸ TÃNH, ESTRELA/RS RESUMO Juciane Beatriz Sehn da Silva Centro Universitário UNIVATES/Lajeado/RS. sehn@universo.univates.br Luís Fernando da Silva Laroque Centro Universitário UNIVATES/Lajeado/RS. lflaroque@univates.br A atuação de mulheres tanto dentro do mundo Kaingang como fora, em contato com a sociedade não-índia está presente nas concepções culturais desse grupo étnico. No entanto, merece atenção especial a participação de lideranças femininas no universo político Kaingang permeado, sobretudo, pelo gênero masculino. O presente estudo tem por objetivo analisar a atuação e a representação política das mulheres Kaingang no processo de lutas e conquistas da Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh, situada na cidade de Estrela/RS. Dentre os resultados preliminares deste estudo, destaca-se a forte atuação sociopolítica das mulheres Kaingang tanto dentro da Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh, como fora, sobretudo em questões relacionadas a luta pela garantia de direitos constitucionais e a conquista do respeito frente a outras lideranças Kaingang. Palavras-chave: Mulheres Kaingang; Especificidades culturais; Universo político. INTRODUÇÃO Os Kaingang são povos falantes da família linguística Jê e tradicionalmente ocupavam uma extensa área do Brasil Meridional. Os limites desta ocupação até o século XIX se estendiam desde o rio Tietê, no estado de São Paulo, passando pelos estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na direção oeste do rio Peperi-Guaçu, o território avançava para a província argentina de Misiones. Atualmente constituem uma das populações ameríndias mais numerosas do Brasil, contabilizando mais de 33 mil indivíduos distribuídos nos quatro estados brasileiros (BRASIL-IBGE, 2012). A região do Vale do Taquari, localizada na macrorregião nordeste do Rio Grande do Sul/Brasil foi um tradicional território de ocupação indígena no passado. Diversos

2 estudos 1 de caráter arqueológico já avançaram, no sentido de demonstrar a ocupação indígena, com base na cultura material encontrada nestes sítios arqueológicos. Destaca-se o estudo realizado na Bacia Hidrográfica do Rio Forqueta/RS, por Sidnei Wolf (2012), que comprova a existência não só de grupos caçadores-coletores e Guarani, como também de populações Proto-Jê na região que compreende o Vale do Taquari. Segundo Wolf (2012, p.169), foi uma persistente ocupação sustentada por um sistema de assentamento composto por estruturas subterrâneas e locais com evidências líticas a céu aberto. Desta forma, a presença de sítios líticos próximos a lugares com estruturas subterrâneas, supõe a ocorrência de áreas de exploração para caça, coleta e pesca. A Terra Indígena 2 Jamã Tÿ Tãnh constituiu-se a partir de um processo de movimentação do patriarca Manoel Soares com suas esposas e filhos em busca de sustentabilidade e do local onde Manoel teria suas raízes. Isto se deve, sobretudo pela memória das marcas deixadas pelos seus antepassados em territórios da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas/RS. Desta forma, a memória constitui-se como elemento fundamental na busca deste lugar de origem, e marca a relocalização do grupo no Vale do Taquari/RS. Este processo teve início em meados da década de 1960, sendo o grupo oriundo do município de Santa Cruz do Sul/RS. Acredita-se que a família de Manoel Soares e de suas esposas teriam permanecido fora dos aldeamentos instituídos por 1 Destacamos o estudo O contexto ambiental e as primeiras ocupações humanas no Vale do Taquari-RS (2008), que constitui a dissertação de mestrado de Marcos Rogério Kreutz, na qual o referido autor procura compreender a relação pretérita homem e ambiente por meio da análise e caracterização do contexto ambiental em sítios arqueológicos do Vale do Taquari. Também contribui neste sentido, o estudo de Jones Fiegenbaum intitulado Um Assentamento Tupiguarani no Vale do Taquari/RS (2009). Posterior a estes estudos podemos apontar ainda o estudo de Sidnei Wolf Paisagens e sistemas de assentamento: um estudo sobre a ocupação humana pré-colonial na Bacia Hidrográfica do Rio Forqueta/RS (2012) e de Fernanda Schneider Interpretação do espaço Guarani: um estudo de caso no sul da Bacia Hidrográfica do rio Forqueta/RS/BR (2014). 2 Na perspectiva de Seeger e Castro (1979) o termo Terra Indígena adquire uma dimensão de territorialidade, com significados simbólicos e culturais para os grupos indígenas. Juridicamente, o termo Terra Indígena está previsto na Constituição Federal de 1988, no Capítulo VIII, que trata especificamente Dos Índios, em seu Artigo 231, como sendo aquelas tradicionalmente ocupadas pelos indígenas, elencando quatro critérios, baseados nas finalidades práticas da ocupação tradicional, para considerar determinada área como indígena: as habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários ao seu bem-estar, e, as necessárias à sua reprodução física-cultural, segundo seus usos, costumes e tradições (BRASIL, 1988).

3 políticas indigenistas desde o século XIX, por vezes até negando sua própria identidade em decorrência dos contatos com as frentes expansionistas e pioneiras, bem como com os imigrantes alemães e seus descendentes. O objetivo deste estudo é analisar a atuação e a representação política das mulheres Kaingang no processo de lutas e conquistas da Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh, situada na cidade de Estrela/RS, enfocando os critérios que permeiam a escolha das lideranças dentro da comunidade e como se dá a relação de gênero considerando as especificidades culturais dos Kaingang. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e de caráter exploratório e indutivo. Na realização deste estudo nos baseamos na revisão bibliográfica de livros, artigos científicos, dissertações de Mestrado e teses de Doutorado. Também realizamos uma busca documental junto ao Ministério Público Federal de Lajeado, onde tivemos acesso a diversos documentos sobre a referida Comunidade Indígena, tais como laudos antropológicos, pareceres, procedimentos administrativos, ofícios e acervos jornalístico. Além disso, nos utilizamos da metodologia de História Oral durante à pesquisa de campo na emã Jamã Tÿ Tãnh, realizada com lideranças Kaingang que neste estudo serão denominados como EA e com não-índios, denominados de EH, pelo fato de terem assinado o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) que resguarda a identidade dos entrevistados. Também utilizou-se diários de campo elaborados durante a pesquisa, os quais constam dados importantes sobre o cotidiano do grupo, seus anseios, lutas e conquistas, bem como o acervo documental do projeto de Pesquisa Sociedades Indígenas Kaingang da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas e do Projeto de Extensão História e Cultura Kaingang em territórios da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas, vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento da Univates, nos quais atuamos como voluntária. Os dados para este estudo foram analisados com base em aportes teóricos de autores como Clastres (1979), Sahlins (1997) e Laraia (2008). 1 O GÊNERO FEMININO NAS CONCEPÇÕES SOCIOPOLÍTICAS KAINGANG Pode-se dizer que tradicionalmente relegava-se à mulher Kaingang à esfera doméstica, enquanto os homens monopolizavam a esfera pública no que diz respeito a

4 vida ritual e as atividades políticas. Nesta perspectiva, Rocha (2010) reafirma que homens e mulheres Kaingang possuíam papeis distintos em suas redes cosmológicas, sociais e políticas. Num período mais recente, a luz de alguns estudos pioneiros nesta temática, vemos as mulheres Kaingang presentes no universo político de forma direta ou indiretamente, articulando importantes conquistas para suas Aldeias e Terras Indígenas. Aponta-se o estudo O papel político feminino na organização social Kaingang (2010), pelo qual Cinthia Creatini da Rocha traz como exemplo a figura de Martina Vergueiro, em torno da qual se articula a formação do movimento indígena para a reivindicação da Terra Indígena Sêgu, situada na região norte do Rio Grande do Sul. Além de seu próprio protagonismo indígena, Rocha (2010) traz o exemplo de outras mulheres Kaingang que têm atuado de forma significativa em situações de reivindicação de terras e fixação/expansão geopolítica dos grupos. No caso de Martina Vergueiro, ela não foi uma liderança política explícita, porém, articulou todo o movimento junto do marido e dos filhos, estando a frente de diversos embates, decisões e reuniões com autoridades nãoíndias. Contrapondo a esta realidade, uma pesquisa empírica realizada por Faustino, Novak e Lança (2010) sobre os Kaingang do Paraná, revelou que a mulher indígena tem pouca participação política nas funções de liderança. Segundo as autoras, a elas ainda é delegado o papel de garantir a economia do grupo, pois são as mulheres que estão à frente da produção e comercialização da arte expressa em seus artesanatos. Também é função das mulheres realizar outras tarefas domésticas e cuidar das crianças. O estudo de Cleci Claudino (2015) visa demonstrar o papel social da mulher na Terra Indígena Guarita/RS, sobretudo em aspectos relacionados ao trabalho feminino e atividades desempenhadas por elas em relação ao conhecimento cultural. Dessa forma, apresenta o papel político expresso através de trabalhos que elas exercem na sociedade, tanto dentro como fora das aldeias, sendo fundamentais na organização social, econômica e também na esteira política. Detentoras de múltiplas papeis, a elas não cabe a liderança política, sendo esta uma função masculina, o que é justificado pela autora através de afirmação de que isto é cultural do povo Kaingang. No entanto, é possível verificar que

5 as mulheres Kaingang de Guarita atuam nos bastidores das decisões políticas, influenciando seus esposos através de ideias proferidas no âmbito da família e que são muitas vezes levadas pelos maridos nas reuniões realizadas pelas lideranças masculinas e que acabam influenciando nas decisões. Claudino (2015) revela ainda que no passado Kaingang, a participação feminina no espaço público era menor, porém, no presente ocupam espaços nas esferas públicas da sociedade e continuam a ter grande importância nas decisões comunitárias e familiares. A participação política de mulheres é algo bastante singular na história Kaingang, na medida em que a maior parte dos documentos e material historiográfico produzidos refere-se quase que exclusivamente a aspectos da organização política como sendo do universo masculino. No entanto Laroque (2005) apoiado em fontes documentais, procura demonstrar que, em relação à atuação da mulher dentro do mundo Kaingang, bem como nas relações com as sociedades não-índias, o gênero feminino sempre esteve presente. Nesta lógica, a referência a duas lideranças Kaingang Azelene Krin Kaingang, nascida na Terra Indígena Carreteiro/RS, e Maria Antônia Soares, da Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh/RS torna-se bastante elucidativo da presença da mulher indígena de forma ativa nas questões políticas. Na percepção do referido autor, isto é perfeitamente possível dentro das pautas culturais nativas, pois ambas são filhas de prestigiados caciques e, quem sabe, até representantes de Casas Kaingang, associando o conceito de comunidade como vinculado à mulher (Mulher: Casa; Casa: Comunidade). Simonian (2009, p.10) destaca que após a conquista e no início da colonização nas Américas, as mulheres indígenas acabam perdendo o poder político que detinham, que em parte lhes era garantido pela disseminação do matriarcado e da matrilinearidade. Assim, com a interferência europeia na organização sociopolítica de muitos grupos indígenas e na sujeição e exploração a que muitas mulheres indígenas acabaram sendo expostas, é que haverá uma ruptura da presença feminina direta em contextos políticos. Há de se considerar também a participação política de mulheres indígenas em termos individuais. Nesta direção, tem-se as indígenas, funcionárias da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), professoras indígenas, agentes comunitárias de saúde, todas ligadas ao setor público, sendo esta uma realidade entre as Kaingang do sul do Brasil, as

6 indígenas Macuxi e Wapixama de Roraima e entre as indígenas Bakairi, do Mato Grosso (SIMONIAN, 2009). Conforme enfatiza Rocha (2010, p.8) as mulheres saem de cena como aquelas relacionadas a um lugar puramente doméstico, para assumirem um papel político feminino, que está na base da organização social Kaingang contemporânea. Desse modo, encontramos em Laraia (2008) a concepção teórica para compreendemos que de fato as culturas são dinâmicas e estão em constante movimento no sentido de se reelaborarem de acordo com as realidades que vão se impondo, onde a tradição e ressignificação permanecem imbricadas. 2 O PAPEL POLÍTICO DE LIDERANÇAS FEMININAS NA TERRA INDÍGENA JAMÃ TŸ TÃNH Em 1990, devido a morte do patriarca Manoel Soares, assume a liderança da Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh sua filha mais velha, Maria Antônia Soares, que teve uma forte atuação junto à sociedade não-índia, lutando para garantir direitos a sua comunidade indígena. Em 2002, conquistou junto ao Conselho Estadual dos Povos Indígenas (CEPI) o reconhecimento do grupo como sendo da etnia Kaingang e nos anos seguintes, muitas foram às conquistas de Maria Antônia Soares. Ela, juntamente com suas irmãs Maria Sandra Soares e Maria Conceição Soares, participou do CEPI durante largo período de tempo, representando a sua emã (SILVA; LAROQUE, 2012). Ainda em 2002, Maria Antônia Soares conquistou o direito de ter uma escola dentro da Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh. Através do decreto nº de 03 de julho de 2002 foi criada a Escola Indígena Manoel Soares e isto se deve à necessidade percebida pelo grupo Kaingang de ter uma educação escolar diferenciada, voltada às peculiaridades indígenas, já que as crianças não tinham acesso, na escola regular que frequentavam, a um aprendizado voltado à sua cultura indígena e na sua língua materna (OFÍCIO de 25/08/2004, Ministério Público Federal de Lajeado). Cabe ressaltar, no entanto, que na visão das mulheres Kaingang da Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh a escola é um complemento da educação que deve ocorrer, sobretudo, no âmbito da família e da convivência com os mais velhos. Através das vivências do dia a dia, das histórias e

7 memórias que são oralizadas e na observação pelos mais velhos, que as crianças adquirem os ensinamentos essenciais e constroem significados do seu mundo cultural. Em 2004, a área de terras da chamada Aldeia Velha, que foi o primeiro local onde o grupo veio a se instalar na década de 1960, situada próximo ao trevo de acesso à Bom Retiro do Sul/RS, era de aproximadamente 1 hectare (CERTIDÃO de 25/05/2004, Ministério Público Federal de Lajeado). Havia dezenove casas no local, em situações bastante precárias. Diante dessa realidade, Maria Antônia passou a reivindicar junto ao CEPI a construção de novas casas e de uma área de terras maior, com melhores condições de sustentabilidade, o que veio a confirmar-se em 2005, quando este órgão negocia e confirma a ampliação da área de terras para 14 hectares (RELATÓRIO de 08/03/2005, Ministério Público Federal de Lajeado). A construção de dezenove casas de madeira na nova área (ainda mais abaixo da Aldeia Velha) teve início em março de 2006 e no mesmo ano foram finalizadas, vindo a beneficiar cerca de 130 Kaingang que residiam no local (SILVA; LAROQUE, 2012). Em 2009, outra irmã de Maria Antônia Soares, de nome Maria Sandra Soares é indicada pelo grupo para assumir a liderança (SILVA, 2011). Porém, em 2011, Maria Antônia retorna e permanece como liderança até meados de Vemos portanto, que desde a morte do patriarca, as lideranças giram em torno da figura feminina. São as mulheres que estão à frente dos encaminhamentos, demandas e reuniões do grupo. Sobre esta questão, a narrativa do EH informa: [...] conhecendo um pouco da história dessas famílias que ali estão, que o fortalecimento de algumas lideranças e assim, a escolha destas para cargos de liderança dentro e fora da aldeia, veio junto com a história da territorialidade do povo Kaingang no Rio Grande do Sul. A Maria Antônia Soares é uma liderança de destaque entre os Kaingang. Ela, assim como a Maria Sandra, vivenciou e aprendeu com a liderança do pai, Manoel Soares. Elas contam que várias vezes foram expulsas de espaços, como a Gruta do Índio, em Santa Cruz do Sul, espaços no município de Mariante [Venâncio Aires], sempre ao lado do pai. Foi seguindo ele, que retornaram para o Vale do Taquari, espaço onde o pai e seus antepassados tinham vivido. No momento em que ele faltou, repentinamente, pois morreu atropelado na estrada, essas filhas, com apoio e a partir da organização interna, assumiram seu papel. E desde então, elas vêm assumindo e você percebe que assumem, assim, com muita garra. [...] Maria Antônia, por exemplo, por um tempo, foi a única mulher no Conselho Estadual dos Povos Indígenas (CEPI). Participava, representando a sua aldeia. Maria Sandra, Maria Conceição fizeram parte do Conselho também. Elas eram as únicas mulheres. Hoje as lideranças Kaingang que vivem nas aldeias em Porto Alegre (Morro do Osso, Lomba do Pinheiro), na aldeia Por Fi em São

8 Leopoldo, na aldeia em Farroupilha, Foxá, em Lajeado e, na própria aldeia, Linha Glória, em Estrela, tem um respeito muito grande e uma consideração muito grande por essas lideranças femininas (EH, 06/05/2011, p.4). Com base neste fragmento de História Oral, percebe-se que as lideranças femininas são de fato uma referência para as lutas e conquistas desta Terra Indígena, especialmente porque demonstram uma compreensão e sensibilidade com as questões do grupo e empenham-se em bem representá-lo. Maria Antônia Soares protagonizou inúmeras conquistas para sua Terra Indígena diante do empreendimento da duplicação da BR 386 no trecho entre Estrela/Tabaí, aprovado em 2009 para receber investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo Federal. Desde o efetivo Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da rodovia, realizado entre 2008 e 2009, e da elaboração do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), onde constam Medidas Mitigatórias e Compensatórias decorrentes da concretização da obra, Maria Antônia participou ativamente das reivindicações e reuniões realizadas com autoridades nãoíndias, indo inclusive até Brasília para reivindicar direitos junto à Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e ao Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), tendo em vista que a duplicação afetaria a territorialidade do grupo (SILVA, LAROQUE, 2012; DIÁRIO de campo 19/05/2016, p.3). Houve para tanto, uma sensibilidade por parte de Maria Antônia em relação a inclusão no EIA/RIMA de Terras Indígenas situadas em contextos urbanos próximos à Estrela e que seriam impactadas direta ou indiretamente pelo empreendimento, como é o caso da Terra Indígena Foxá, situada em Lajeado, da Terra Indígena Pó Nãnh Mág, situada em Farroupilha, da Terra Indígena Por Fi Gâ, de São Leopoldo, das Terras Indígenas Ymã Topẽ Pẽn, Ymã Fág Nhin e Morro Santana, ambas situadas em Porto Alegre. Esta questão é possível de ser verificada na continuidade da fala do entrevistado H: Estas lideranças foram as primeiras a incluir e a chamar o seu povo para as reuniões referentes a duplicação da BR 386. Ouço, seguidamente, na aldeia e nas reuniões com agências oficiais, a cacique Maria Antônia dizendo: nós somos um povo. Somos parentes. Vivemos num grande território. O que prejudica um, prejudica todos nós. Temos que saber comer juntos e receber um parente que quer morar na aldeia, até mesmo dentro da nossa casa. Temos que

9 seguir unidos. Fortalecendo nossas alianças e nossa cultura (EH, 06/05/2011, p.4). Isto se deve sobretudo ao entendimento que os Kaingang têm em relação ao território, que não se circunscreve em limites político-administrativo. O território para eles é um espaço contínuo onde os usos e costumes indígenas são colocados explícita e intencionalmente como prática de sua sociabilidade. Reforçando esta linha de raciocínio, podemos destacar os estudos de Cabral (2007), onde o referido autor salienta que o território tem a ver com uma rede de relações vividas e, que não se faz necessário um enraizamento material para que determinado espaço seja concebido como território. O estudo de Lylian Mares Cândido Gonçalves (2012) intitulado Maria Antônia Soares: a memória de uma guerreira indígena aborda sobre a trajetória histórica desta importante liderança Kaingang da Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh. Permeado por memórias narradas por Maria Antônia Soares à Lylian Gonçalves, o estudo traz, dentre outros aspectos, o momento em que ocorre a morte do pai, e ela passa à liderança, mesmo não havendo a aceitação de alguns parentes homens. Gonçalves (2012, p. 11) enfatiza que Para eles, a mulher deveria fazer artesanato, vender, cozinhar (preparar o fuá), cuidar dos filhos e se entregar aos prazeres do sexo. Mas, ao contrário do que preconizavam os homens, afirma ainda que Maria Antônia enfrentou-os e assumiu a liderança política compartilhando com seus irmãos e irmãs muitas responsabilidades. Em dado momento, ela teria passado a liderança aos seus irmãos, tendo em vista as reclamações advindas deles, porém, tão logo a devolveram (GONÇALVES, 2012). Em meados de 2012, a liderança é transferida para outra irmã de nome Maria Conceição Soares, tendo como vice-liderança, Maria Sandra Soares (DIÁRIO de campo, 30/08/2013). Importante ressaltar que Maria Sandra Soares sempre esteve imbuída de papeis, ora como vice-liderança, ora como liderança do grupo. Na realidade, a partir do momento em que Maria Antônia assumiu o lugar do pai, ela foi indicada para a função de vice-liderança e esteve junto de Maria Antônia em diversas conquistas da Terra Indígena. Na liderança de Maria Conceição Soares que o grupo enfrentou um de seus momentos mais difíceis, qual seja, a morte de Maria Antônia Soares ocorrida em

10 novembro Neste sentido, o desafio da liderança seria continuar a luta da irmã para fazer valer seus direitos previstos através das medidas compensatórias e mitigatórias no EIA/RIMA, sobretudo no que diz respeito as perdas territoriais sofridas e a regularização da área de terras ocupada. Em setembro de 2013 Maria Conceição e Maria Sandra Soares, juntamente com as lideranças de outras Terras Indígenas impactadas direta ou diretamente pela duplicação, solicitaram uma reunião urgente com o DNIT, Ministério Público Federal e a FUNAI para esclarecer questões referente ao programa fundiário, tendo em vista que à aquisição de terras para as comunidades indígenas não havia avançado (CERTIDÃO de 17/09/2013, Ministério Público Federal de Lajeado). Maria Conceição Soares permaneceu como liderança do grupo até A partir de então vemos uma nova realidade, onde os homens, inicialmente os irmãos de Maria Antônia, passarão ao cargo de liderança. Constatou-se ainda através de pesquisa de campo, que desde 2015 a liderança da Terra Indígena tem oscilado e que em 2016, teremos outra família, fruto da união de Manoel Soares e Dona Eva Rosalina de Mello, como liderança masculina (DIÁRIO de campo, 12/05/2015). No entanto, o papel de viceliderança continua nas mãos das mulheres, irmãs de Maria Antônia ou mesmo de suas filhas. São elas que tomam a frente nos debates e servem de referência para questões sociopolíticas do grupo. As lideranças possuem um papel fundamental dentro da comunidade indígena e sua escolha se deve pela capacidade de bem representar o grupo frente aos órgãos e instituições não indígenas, de mediar questões de sociabilidade do grupo, de lutar pelos direitos garantidos pela Constituição Federal de 1988, de reivindicar melhorias para a comunidade (DIÁRIO de campo, 07/07/2016). Apoiados em Pierre Clastres (1979) é possível afirmar que praticamente todas as sociedades indígenas da América são dirigidas por líderes ou chefes, porém, nenhum deles possui poder no sentido de quem domina ou tem força sobre os demais. Clastres (1979) destaca que a um chefe indígena compete apaziguar situações quando necessário, ter talento oratório, ser generoso com os seus e ainda inúmeros grupos reconhecem a poligamia como sendo privilégio quase que exclusivo do chefe. Embora o antropólogo refira-se aos chefes indígenas como sendo do universo masculino, vemos que em se tratando dos Kaingang e dos estudos empíricos

11 realizados na Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh, os elementos referidos, exceto à poligamia, as demais características podem ser associadas as lideranças femininas em questão. A escolha das lideranças, conforme o relato de EA, ocorre da seguinte forma: [...] a gente faz uma solicitação quem que se inscreve para se (sic) liderança, aí depois a gente escolhe, tem sorteio, assim eles botam o nome ali, a gente faz uma caixinha. Por exemplo, que nem tem de cacique e vice, só assim se tem dois que querem ser cacique, daí a gente bota o nome dos dois, o que ganha mais ponto é o que vence (EA, 10/02/2016, p.2). Vemos, portanto, que é uma escolha democrática onde todos têm o direito de se candidatarem e de participar. No entanto, cabe ressaltar que, na medida em que a pessoa escolhida não estiver satisfazendo as necessidades do grupo, esta é destituída da função através de uma reunião feita pela comunidade. Pode ocorrer também de a liderança não mais querer permanecer na função. Desta forma, manifestado o desejo de sair, uma outra pessoa é escolhida. Somente as crianças não votam (DIÁRIO de campo, 07/07/2016). A liderança e a vice-liderança são auxiliadas por outras representatividades dentro da Terra Indígena, como por exemplo, o capitão, o delegado e o cabo. Ambos formam a chamada polícia dentro da Terra Indígena. Além deles, existe ainda a figura do(a) conselheiro(a). Quando questionada sobre o papel destas representatividades, o entrevistado EA (2016) nos informa: A tarefa deles é nos ajuda (sic). Quando der brigas assim entre casais, entre um e outro dá brigas assim, eles vão chama (sic) pra ter uma reunião, uma conversinha. Se caso eles não respeita, não quisé (sic) respeita essas lideranças que nóis (sic), o cacique e o vice-cacique botaram, aí nóis que acabemo (sic) resolvendo daí, se eles não querem respeitá, mas assim a maioria sempre tão respeitando né, eles vê (sic) se eles não pude com eles, eles já vê, que tem o cacique e o vice que são mais forte que eles (EA, 10/02/2016, p.2). Há toda uma organização sociopolítica e percebe-se, na narrativa que há todo um poder envolto na figura da liderança ao referir que se eles não pude com eles, eles já vê, que tem o cacique e o vice que são mais forte. Assim, é possível constatar que há um respeito e uma autoridade congregados na função destas lideranças. Os termos capitão, cabo e delegado utilizados por eles, demonstram o quanto as culturas indígenas são capazes de se reelaborarem em contato com outros grupos. Porém, o significado atribuído para as necessidades de seu cotidiano só podem

12 ser compreendidos no contexto das vivências nativas. Reforçando esta ideia, podemos destacar o estudo de Sahlins (1997) pelo qual o autor enfatiza o quanto as populações indígenas 3 são dinâmicas no sentido de englobar outros padrões, no entanto o fazem com uma racionalidade própria, sem perder o sentido de si mesmos, mantendo o seu próprio sistema cultural. As mulheres Kaingang que assumem o cargo de liderança, dividem o tempo dedicado as questões sociopolíticas de sua comunidade com a tarefa de bem educar seus filhos. Segundo o relato do EA (10/02/2016), a educação principal deve vir de casa. É no âmbito da família, com o pai e a mãe, que a criança aprende a respeitar os outros. Vemos portanto, que as mulheres ocupam um lugar fundamental no ordenamento desta comunidade indígena e servem de referência tanto no âmbito familiar quanto comunitário, direcionando importantes decisões políticas e protagonizando importantes conquistas. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo da presença feminina no universo político Kaingang é um processo em curso, e muitas questões ainda encontram-se em aberto. No entanto, conforme procurouse demonstrar através deste estudo de caso envolvendo a Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh, a presença do gênero feminino em questões sociopolíticas da comunidade é uma realidade que acompanha este grupo já há bastante tempo. À luz de trabalhos e pesquisas já realizadas por estudiosos, constatou-se que esta realidade também se apresenta em outras Terras Indígenas Kaingang. Observamos portanto, as mulheres serem protagonistas de relevantes conquistas para suas Terras e Aldeias Indígenas e demonstrarem um sensibilidade singular nas questões que envolvem a coletividade, o cuidado com as crianças e com o ambiente, a luta pela terra e busca por sustentabilidade. Embora haja uma predominância de lideranças masculinas, pelo menos em se tratando dos Kaingang em seu tradicional território, percebe-se esta realidade ampliar-se e sobretudo, as mulheres Kaingang 3 O termo índio utilizado por Sahlins (1997) em seu estudo não é relativo somente às populações tradicionais da América, mas é entendido como um conceito muito mais amplo, e refere-se a todos os povos de regiões tradicionais (indianidade).

13 conquistarem espaço, respeito e reconhecimento em um universo de lideranças masculinas. REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de Disponível em: < Acesso em 04 jul BRASIL - IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010: Características gerais dos indígenas. Rio de Janeiro, RJ, Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/censos/censo_demografico_2010/caracteristicas_gerais_dos_in digenas/pdf/publicacao_completa.pdf>. Acesso em: 15 mai CABRAL, Luiz Otávio. Revisitando as noções de espaço, lugar, paisagem e território, sob uma perspectiva geográfica. Revista de Ciências Humanas. Florianópolis, v. 41, n. 1 e 2, p , abr./out CERTIDÃO de 25/05/2004. In: INQUÉRITO CIVIL DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. Sobre reunião para conhecer as realidades e problemas enfrentados pela comunidade indígena Lajeado, 25 maio CERTIDÃO de 17/09/2013. In: INQUÉRITO CIVIL nº / DO MINISTÉRIO PÚBLICO. Lajeado, 17 set CLASTRES, Pierre. A sociedade contra o Estado. Porto-POR. Afrontamento [1974] CLAUDINO, Cleci. O papel social da mulher Kaingang na Terra Indígena Guarita. 62 f. Graduação (Monografia). Licenciatura Intercultural Indígena no Sul da Mata Atlântica, Universidade Federal de Santa Catarina, DIÁRIO DE CAMPO de 30/08/2013. Pesquisa de Campo na Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh. Projeto de Extensão História e Cultura Kaingang em Territórios da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas. Lajeado: Univates. 30 ago. 2013, 3 p. DIÁRIO DE CAMPO de 12/05/2015. Pesquisa de Campo na Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh. Projeto de Extensão História e Cultura Kaingang em Territórios da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas. Lajeado: Univates. 12 maio. 2015, 2 p. DIÁRIO DE CAMPO de 19/05/2016. Pesquisa de Campo na Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh. Projeto de Extensão História e Cultura Kaingang em Territórios da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas. Lajeado: Univates. 19 jan. 2016, 4 p. DIÁRIO DE CAMPO de 07/07/2016. Pesquisa de Campo na Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh. Projeto de Extensão História e Cultura Kaingang em Territórios da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas. Lajeado: Univates. 19 jan. 2016, 6 p.

14 EA - Entrevistado A: depoimento [10 fev. 2016, 10 p.]. Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh, Estrela/RS. Entrevistador: Juciane Beatriz Sehn da Silva. Lajado (RS): s.e., Gravação em gravador digital. Entrevista concedida ao Projeto de Extensão História e Cultura Kaingang em Territórios da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas. Lajeado: Univates. EH Entrevista EH: depoimento [06 de maio de 2011, 5 p.]. Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh, Estrela/RS. Entrevistador: Juciane Beatriz Sehn da Silva. Lajado (RS): s.e., Gravação em gravador digital. Entrevista concedida a Juciane Beatriz Sehn da Silva. Lajeado: Univates. FAUSTINO, Rosangela Celia; NOVAK, Maria Simone Jacomini; LANÇA, Vanessa de Souza. Educação, trabalho e gênero na sociedade indígena: estudo sobre os Kaingang de Faxinal no Paraná. Emancipação. Ponta Grossa, v.10, n.1, p , Disponível em:< Acesso em 19/06/2016. FIEGENBAUM, Jones. Um Assentamento Tupiguarani no Vale do Taquari/RS f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós Graduação em História, Universidade do Vale dos Sinos, São Leopoldo, 2009 GONÇALVES, Lylian Mares Cândido. Maria Antônia Soares: a memória de uma guerreira indígena Monografia (Aperfeiçoamento/Especialização em Proeja indígena). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, KREUTZ, Marcos Rogério. O contexto ambiental e as primeiras ocupações humanas no Vale do Taquari RS f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós Graduação em Ambiente e Desenvolvimento, Centro Universitário UNIVATES, Lajeado, LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 23. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, p LAROQUE, Luís Fernando da Silva. De coadjuvantes a protagonistas: seguindo o rastro de algumas lideranças Kaingang no sul do Brasil. História UNISINOS. São Leopoldo, v.9, n.1, p.56-59, Jan/abril OFÍCIO de 25/08/2004. In. INQUÉRITO CIVIL DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. Sobre Autorização de funcionamento da Escola Estadual Indígena de Ensino Fundamental Manoel Soares. Lajeado, 25 ago RELATÓRIO de 08/03/2005. In. INQUÉRITO CIVIL DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. Discussão e planejamento de soluções para os problemas da comunidade. Lajeado, 08 mar ROCHA, Cinthia Creatini da. O papel político feminino na organização social Kaingang. Apresentação oral, Seminário Fazendo Gênero 9, Florianópolis, 2010, p.1-9. Disponível em:

15 < ntacaofinal_formatada30junho.pdf>. Acesso em: 07/07/2016. SAHLINS, Marshall. O pessimismo sentimental e a experiência etnográfica: Por que a cultura não é um objeto em via de extinção (Parte I). Revista Mana, v. 3, n. 1, p , abr Disponível em: < Acesso em: 13 maio SCHNEIDER, Fernanda. Interpretação do espaço Guarani: um estudo de caso no sul da Bacia Hidrográfica do rio Forqueta, Rio Grande do Sul, Brasil f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento, Centro Universitário UNIVATES, Lajeado, SEEGER, Anthony; CASTRO, Eduardo B. Viveiros. Terras e Territórios Indígenas no Brasil. Encontros com a Civilização Brasileira. Rio de Janeiro, 1979, p SILVA, Juciane Beatriz Sehn da Silva. Territorialidade Kaingang: um estudo histórico da Aldeia Kaingang Linha Glória, Estrela/RS f. Graduação (Monografia) - Curso de História, Centro Universitário UNIVATES, Lajeado, SILVA, Juciane Beatriz Sehn da; LAROQUE, Luís Fernando da Silva. A história dos Kiangang da Terra Indígena Linha Glória, Estrela, Rio Grande do Sul/Brasil: sentidos de sua (re) territorialidade. Sociedade e Natureza. Uberlândia. V. 24, n.03, p , set/dez Disponível em: < Acesso em: 06 out SIMONIAN, Lígia. Mulheres enquanto políticas: desafios, possibilidades e experiências entre as indígenas. Papers do Núcleo de Altos Estudos Avançados Amazônicos, Universidade Federal do Pará, Belém, 2009, p Disponível em: <http: Acesso em: 09 jul WOLF, Sidnei. Paisagens e sistemas de assentamento: um estudo sobre a ocupação humana pré-colonial na Bacia Hidrográfica do Rio Forqueta/RS f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento, Centro Universitário UNIVATES, Lajeado, 2012.

HISTORICIDADES E LUTAS DA ALDEIA KAINGANG JAMÃ TŸ TÃNH EM ESPAÇO URBANO: PROTAGONISMO INDÍGENA FRENTE À DUPLICAÇÃO DA BR 386 1

HISTORICIDADES E LUTAS DA ALDEIA KAINGANG JAMÃ TŸ TÃNH EM ESPAÇO URBANO: PROTAGONISMO INDÍGENA FRENTE À DUPLICAÇÃO DA BR 386 1 HISTORICIDADES E LUTAS DA ALDEIA KAINGANG JAMÃ TŸ TÃNH EM ESPAÇO URBANO: PROTAGONISMO INDÍGENA FRENTE À DUPLICAÇÃO DA BR 386 1 Juciane Beatriz Sehn da Silva 2 Luís Fernando da Silva Laroque 3 Resumo O

Leia mais

O EU CRIANÇA INDÍGENA A PARTIR DA FALA DE ACADÊMICOS INDÍGENAS. Flávio Rafael Ventura Candia (UCDB) Bolsista PIBIC/CNPQ. Adir Casaro Nascimento (UCDB)

O EU CRIANÇA INDÍGENA A PARTIR DA FALA DE ACADÊMICOS INDÍGENAS. Flávio Rafael Ventura Candia (UCDB) Bolsista PIBIC/CNPQ. Adir Casaro Nascimento (UCDB) O EU CRIANÇA INDÍGENA A PARTIR DA FALA DE ACADÊMICOS INDÍGENAS Flávio Rafael Ventura Candia (UCDB) Bolsista PIBIC/CNPQ Adir Casaro Nascimento (UCDB) Resumo O trabalho foi desenvolvido a partir de desdobramento

Leia mais

R. Ra e Ga DOI: /raega Curitiba, v.44, p , Mai/2018 eissn:

R. Ra e Ga DOI: /raega Curitiba, v.44, p , Mai/2018 eissn: R. Ra e Ga DOI: 10.5380/raega Curitiba, v.44, p. 181-195, Mai/2018 eissn: 2177-2738 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS E CONCEPÇÕES DE DESENVOLVIMENTO NO PROCESSO DA DUPLICAÇÃO DA BR-386 SOBRE A TERRA INDÍGENA JAMÃ

Leia mais

DOI:

DOI: Processos de territorialidade Kaingang envolvendo a Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh, Estrela, Rio Grande do Sul, Brasil Territoriality Kaingang processes involving the Indigenous Land Jamã Tÿ Tãnh, Estrela,

Leia mais

CARTA ABERTA DA DELEGAÇÃO DO ACRE E SUDOESTE DO AMAZONAS

CARTA ABERTA DA DELEGAÇÃO DO ACRE E SUDOESTE DO AMAZONAS CARTA ABERTA DA DELEGAÇÃO DO ACRE E SUDOESTE DO AMAZONAS Carta Aberta nº 001/2016/Delegação De: Delegação do Acre e Sudoeste do Amazonas Para: Poder Legislativo, Executivo e Judiciário Brasília-DF, 21

Leia mais

A EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O FORTALECIMENTO DA PRESERVAÇÃO AMBIENTAL. Resultado de Pesquisa

A EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O FORTALECIMENTO DA PRESERVAÇÃO AMBIENTAL. Resultado de Pesquisa A EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O FORTALECIMENTO DA PRESERVAÇÃO AMBIENTAL Resultado de Pesquisa Natália Raquel Niedermayer 1 Marli Renate von BorstelRoesler 2 Irene Carniatto 3 Resumo

Leia mais

A TERRA INDÍGENA PÓ MÁG, TABAÍ/RS NO CONTEXTO DA RETERRITORIALIDADE KAINGANG EM ÁREAS DA BACIA HIDROGRÁFICA TAQUARI-ANTAS

A TERRA INDÍGENA PÓ MÁG, TABAÍ/RS NO CONTEXTO DA RETERRITORIALIDADE KAINGANG EM ÁREAS DA BACIA HIDROGRÁFICA TAQUARI-ANTAS 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES CURSO DE HISTÓRIA A TERRA INDÍGENA PÓ MÁG, TABAÍ/RS NO CONTEXTO DA RETERRITORIALIDADE KAINGANG EM ÁREAS DA BACIA HIDROGRÁFICA TAQUARI-ANTAS Jonathan Busolli Lajeado, novembro

Leia mais

O problema fundiário em Mato Grosso do Sul: o caso Sucuri Y

O problema fundiário em Mato Grosso do Sul: o caso Sucuri Y O problema fundiário em Mato Grosso do Sul: o caso Sucuri Y Rosa Sebastiana Colman Os Kaiowá e Guarani do sul de Mato Grosso do sul vivem, atualmente, um momento de grandes impasses como o aumento da violência

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº DE 2003 (Do Sr. RODOLFO PEREIRA)

PROJETO DE LEI Nº DE 2003 (Do Sr. RODOLFO PEREIRA) PROJETO DE LEI Nº DE 2003 (Do Sr. RODOLFO PEREIRA) Institui o Sistema de Quota para População Indígena nas Instituições de Ensino Superior.. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º As instituições de ensino

Leia mais

UM OLHAR CRÍTICO ACERCA DAS AÇÕES PEDAGÓGICAS DOS PROFESSORES APYÃWA DO CURSO DE LICENCIATURA INTERCULTURAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

UM OLHAR CRÍTICO ACERCA DAS AÇÕES PEDAGÓGICAS DOS PROFESSORES APYÃWA DO CURSO DE LICENCIATURA INTERCULTURAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS UM OLHAR CRÍTICO ACERCA DAS AÇÕES PEDAGÓGICAS DOS PROFESSORES APYÃWA DO CURSO DE LICENCIATURA INTERCULTURAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS Rafaella Rodrigues SANTOS 1 Rogério FERREIRA 2 Palavras-chave:

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO 0 CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO ELES VIRAM QUE O ÍNDIO TEM PODER, NÉ! O PROTAGONISMO KAINGANG DA TERRA INDÍGENA JAMÃ TŸ TÃNH/ESTRELA

Leia mais

Propostas de demarcação das terras indígenas e o acirramento dos conflitos rurais

Propostas de demarcação das terras indígenas e o acirramento dos conflitos rurais Propostas de demarcação das terras indígenas e o acirramento dos conflitos rurais ATUALMENTE, A POPULAÇÃO INDÍGENA NO BRASIL SOMA 896,9 MIL (MENOS DE 1% DA POPULAÇÃO), DE 305 ETNIAS, COM LÍNGUAS E COSTUMES

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Centro de Filosofia e Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em História

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Centro de Filosofia e Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em História IDENTIFICAÇÃO Disciplina: HST410006 - Arqueologia e história indígena no sul do Brasil (Mestrado e Doutorado) Número de Créditos: 04-60 horas/aula Horário: Quarta-feira - 13h30min - 17h30min Prof. Dr.

Leia mais

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL: CONTRIBUIÇÕES PARA O TRABALHO PEDAGÓGICO EM ESPAÇOS COLETIVOS

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL: CONTRIBUIÇÕES PARA O TRABALHO PEDAGÓGICO EM ESPAÇOS COLETIVOS ISBN 978-85-7846-516-2 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL: CONTRIBUIÇÕES PARA O TRABALHO PEDAGÓGICO EM ESPAÇOS COLETIVOS Resumo Ivone Kamaura Terra Steindorff Aluna do 2º ano do

Leia mais

BORBA, Telêmaco. Actualidade indígena no Paraná. Curitiba: Instituto Memória, p.

BORBA, Telêmaco. Actualidade indígena no Paraná. Curitiba: Instituto Memória, p. BORBA, Telêmaco. Actualidade indígena no Paraná. Curitiba: Instituto Memória, 2009. 196p. Enviado em 01.10.2016 Aprovado em 03.12.2016 1 Há uma produção intelectual específica 2 sobre as sociedades indígenas

Leia mais

O BRASIL ANTES DOS PORTUGUESES HISTÓRIA PRÉ-CABRALINA DO BRASIL

O BRASIL ANTES DOS PORTUGUESES HISTÓRIA PRÉ-CABRALINA DO BRASIL O BRASIL ANTES DOS PORTUGUESES HISTÓRIA PRÉ-CABRALINA DO BRASIL Capítulo 10 BRASIL ocupação entre 15 a 40 mil anos Número de habitantes quando os portugueses aqui chegaram 4 a 5 milhões de nativos Sítios

Leia mais

ANÁLISE E VIVÊNCIA DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA NA E.I. MARCELINO ALVES DE MATOS

ANÁLISE E VIVÊNCIA DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA NA E.I. MARCELINO ALVES DE MATOS ANÁLISE E VIVÊNCIA DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA NA 1 INTRODUÇÃO E.I. MARCELINO ALVES DE MATOS Érika Holanda Loupo da Silva erika-loupo@hotmail.com Larissa Carlos da Costa larissacarloscosta@gmail.com Itallo

Leia mais

OS DIREITOS REPRODUTIVOS DAS MULHERES INDÍGENAS: RELAÇÃO ENTRE DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS

OS DIREITOS REPRODUTIVOS DAS MULHERES INDÍGENAS: RELAÇÃO ENTRE DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS OS DIREITOS REPRODUTIVOS DAS MULHERES INDÍGENAS: RELAÇÃO ENTRE DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS Flávia Maria de Souza 1 Julliana Correia 2 Maria Helena Ferraz 3 INTRODUÇÃO O reconhecimento da mulher enquanto

Leia mais

ARTHUR ARTEAGA DURANS VILACORTA A INFLUÊNCIA DO NÍVEL DE PERCEPÇÃO DE RISCO DA POPULAÇÃO NAS ESTATÍSTICAS DE INCÊNDIOS URBANOS NA CIDADE DE BELÉM

ARTHUR ARTEAGA DURANS VILACORTA A INFLUÊNCIA DO NÍVEL DE PERCEPÇÃO DE RISCO DA POPULAÇÃO NAS ESTATÍSTICAS DE INCÊNDIOS URBANOS NA CIDADE DE BELÉM ARTHUR ARTEAGA DURANS VILACORTA A INFLUÊNCIA DO NÍVEL DE PERCEPÇÃO DE RISCO DA POPULAÇÃO NAS ESTATÍSTICAS DE INCÊNDIOS URBANOS NA CIDADE DE BELÉM Plano de trabalho apresentado ao Programa de Pós-Graduação

Leia mais

OS LIMITES ENTRE O URBANO E O RURAL: UMA ANÁLISE SOBRE AS DECISÕES NORMATIVAS DA CÂMARA MUNICIPAL NO MUNICÍPIO DE LAJEADO-RS

OS LIMITES ENTRE O URBANO E O RURAL: UMA ANÁLISE SOBRE AS DECISÕES NORMATIVAS DA CÂMARA MUNICIPAL NO MUNICÍPIO DE LAJEADO-RS OS LIMITES ENTRE O URBANO E O RURAL: UMA ANÁLISE SOBRE AS DECISÕES NORMATIVAS DA CÂMARA MUNICIPAL NO MUNICÍPIO DE LAJEADO-RS Juliana Cristina Franz 1 Carlos Vinícius da Silva Pinto 2 Giancarla Salamoni

Leia mais

de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia

de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia Anais do I Seminário Internacional de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia A PESQUISA ETNOBOTÂNICA COMO FERRAMENTA DE ANÁLISE DA PERCEPÇÃO LOCAL SOBRE O MEIO AMBIENTE Larissa Santos de Almeida;

Leia mais

Este artigo é uma síntese do trabalho de conclusão de curso apresentado para apreciação em banca em Julho de 2005, obtendo nota 10,0.

Este artigo é uma síntese do trabalho de conclusão de curso apresentado para apreciação em banca em Julho de 2005, obtendo nota 10,0. A PARTICIPAÇÃO E A EMERGÊNCIA DE MULHERES NAS ORGANIZAÇÕES COMUNITÁRIAS EM BLUMENAU: UMA EXPERIENCIA VIVENCIADA NAS COMUNIDADES DAS RUAS PEDRO KRAUSS SENIOR E BRUSQUE /BLUMENAU SC 1 Cleide Terezinha de

Leia mais

"Todo dia era dia de Índio, mas agora ele só tem o dia dezenove de abril" (Baby Cunsuelo)

Todo dia era dia de Índio, mas agora ele só tem o dia dezenove de abril (Baby Cunsuelo) MÓDULO 01 LIVRO 01 FORMAÇÃO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA (CONTINUAÇÃO) "Todo dia era dia de Índio, mas agora ele só tem o dia dezenove de abril" (Baby Cunsuelo) A chegada dos portugueses e os primeiros contatos

Leia mais

ADOÇAO INDÍGENA E SEUS DESAFIOS. Katy Braun do Prado

ADOÇAO INDÍGENA E SEUS DESAFIOS. Katy Braun do Prado ADOÇAO INDÍGENA E SEUS DESAFIOS Katy Braun do Prado INDÍGENA Estatuto do Índio (Lei 6.001/73) define, em seu artigo 3º, indígena como: "...todo indivíduo de origem e ascendência pré-colombiana que se identifica

Leia mais

ASPECTOS SOBRE AS EXPRESSÕES DA DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO EM ALTO PARANÁ/ PR E MIRADOR/ PR

ASPECTOS SOBRE AS EXPRESSÕES DA DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO EM ALTO PARANÁ/ PR E MIRADOR/ PR ASPECTOS SOBRE AS EXPRESSÕES DA DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO EM ALTO PARANÁ/ PR E MIRADOR/ PR Maísa Machado Antônioe Sylvia Caroline Zerbato acadêmicas do curso de Serviço Social da UNESPAR/ Paranavaí, Priscila

Leia mais

Palavras-chave: Educação Escolar Indígena. Currículo Diferenciado. Escolas Indígenas de Manaus.

Palavras-chave: Educação Escolar Indígena. Currículo Diferenciado. Escolas Indígenas de Manaus. 02602 LIMITES NA CONSTRUÇÃO DO CURRÍCULO ESPECÍFICO E DIFERENCIADO DAS ESCOLAS MUNICIPAIS INDÍGENAS DE MANAUS Jonise Nunes Santos UFAM Nataliana de Souza Paiva Uninorte Laureate/ SEMED Manaus Resumo O

Leia mais

LETRAMENTO POLÍTICO E MILITÂNCIA NA OCUPAÇÃO PAULO FREIRE EM BELO HORIZONTE

LETRAMENTO POLÍTICO E MILITÂNCIA NA OCUPAÇÃO PAULO FREIRE EM BELO HORIZONTE LETRAMENTO POLÍTICO E MILITÂNCIA NA OCUPAÇÃO PAULO FREIRE EM BELO HORIZONTE Maura Rodrigues Estevão 1 ¹Universidade dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri/ mauratual@hotmail.com Resumo: Este artigo objetiva

Leia mais

Reflexos da colonização alemã em Arroio do Meio RS. Ronaldo Ely REMPEL 3. Sandro KIRST Centro Universitário Univates, Lajeado, RS

Reflexos da colonização alemã em Arroio do Meio RS. Ronaldo Ely REMPEL 3. Sandro KIRST Centro Universitário Univates, Lajeado, RS 1 Reflexos da colonização alemã em Arroio do Meio RS 2 Ronaldo Ely REMPEL 3 Sandro KIRST Centro Universitário Univates, Lajeado, RS RESUMO A reportagem Reflexos da colonização alemã em Arroio do Meio RS

Leia mais

OSMANYR BERNARDO FARIAS POLÍTICAS DE INSERÇÃO INDÍGENA NA UNIVERSIDADE: O SIGNIFICADO DA FORMAÇÃO SUPERIOR PARA OS ÍNDIOS TERENA

OSMANYR BERNARDO FARIAS POLÍTICAS DE INSERÇÃO INDÍGENA NA UNIVERSIDADE: O SIGNIFICADO DA FORMAÇÃO SUPERIOR PARA OS ÍNDIOS TERENA OSMANYR BERNARDO FARIAS POLÍTICAS DE INSERÇÃO INDÍGENA NA UNIVERSIDADE: O SIGNIFICADO DA FORMAÇÃO SUPERIOR PARA OS ÍNDIOS TERENA UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO CAMPO GRANDE-MS MARÇO 2008 OSMANYR BERNARDO

Leia mais

Marina Invernizzi Juciane Beatriz Sehn da Silva Luís Fernando da Silva Laroque. Artigo Científico Original. Resumo

Marina Invernizzi Juciane Beatriz Sehn da Silva Luís Fernando da Silva Laroque. Artigo Científico Original. Resumo Artigo Científico Original Conhecimentos tradicionais Kaingang nas terras indígenas Jamã Tÿ Tãnh/Estrela, Pó Nãnh Mág e Ka Mág/Farroupilha, Rio Grande do Sul/Brasil: permanências e (re)significações no

Leia mais

Do afeto, permanência e valor da terra: um relato experiência. Affection, permanence and value of land: a report experience

Do afeto, permanência e valor da terra: um relato experiência. Affection, permanence and value of land: a report experience Do afeto, permanência e valor da terra: um relato experiência Affection, permanence and value of land: a report experience FEITOSA, Anny Kariny¹; BRUXEL, Marcela²; ALMEIDA, Jaelbe Jose Sousa de³; ZORZI,

Leia mais

Projeto de Lei de Iniciativa Popular Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais

Projeto de Lei de Iniciativa Popular Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais Projeto de Lei de Iniciativa Popular Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais O projeto de lei de iniciativa popular é uma ferramenta que possibilita aos cidadãos a apresentação de propostas de

Leia mais

PERFIL DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA DAS ESCOLAS INDÍGENAS DA REGIÃO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL: UMA ABORDAGEM ETNOMATEMÁTICA 1

PERFIL DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA DAS ESCOLAS INDÍGENAS DA REGIÃO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL: UMA ABORDAGEM ETNOMATEMÁTICA 1 PERFIL DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA DAS ESCOLAS INDÍGENAS DA REGIÃO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL: UMA ABORDAGEM ETNOMATEMÁTICA 1 Aline Alves 2, Camila Nicola Boeri Di Domenico 3. 1 Pesquisa desenvolvida

Leia mais

CAPÍTULO 6 O TERRITÓRIO BRASILEIRO EM CONSTRUÇÃO. Disciplina - Geografia 3 a Série Ensino Médio Professor: Gelson Alves Pereira

CAPÍTULO 6 O TERRITÓRIO BRASILEIRO EM CONSTRUÇÃO. Disciplina - Geografia 3 a Série Ensino Médio Professor: Gelson Alves Pereira CAPÍTULO 6 O TERRITÓRIO BRASILEIRO EM CONSTRUÇÃO Disciplina - Geografia 3 a Série Ensino Médio Professor: Gelson Alves Pereira 1- O país dos contrastes Imensas riquezas naturais, culturais e econômicas.

Leia mais

REGULAMENTO DO LABORATÓRIO DE HISTÓRIA ORAL CAPÍTULO I DO OBJETO

REGULAMENTO DO LABORATÓRIO DE HISTÓRIA ORAL CAPÍTULO I DO OBJETO REGULAMENTO DO LABORATÓRIO DE HISTÓRIA ORAL CAPÍTULO I DO OBJETO Art. 1º. O Laboratório de História Oral (LHO) é um espaço destinado ao trabalho com a técnica da História Oral, onde também se constitui

Leia mais

A INTERFACE EDUCAÇÃO ESPECIAL E EDUCAÇÃO INDÍGENA: DESAFIO À FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM RORAIMA

A INTERFACE EDUCAÇÃO ESPECIAL E EDUCAÇÃO INDÍGENA: DESAFIO À FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM RORAIMA 00564 A INTERFACE EDUCAÇÃO ESPECIAL E EDUCAÇÃO INDÍGENA: DESAFIO À FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM RORAIMA Resumo A análise dos impactos e das práticas que envolvem a interface entre a Educação Especial e a

Leia mais

Geografia. Etnias Indígenas. Professor Luciano Teixeira.

Geografia. Etnias Indígenas. Professor Luciano Teixeira. Geografia Etnias Indígenas Professor Luciano Teixeira www.acasadoconcurseiro.com.br Geografia ETNIAS INDÍGENAS Etnias A composição étnica do povo roraimense encontra suporte nas ramificações europeias,

Leia mais

Antonio Brand: uma vida dedicada aos povos indígenas Antonio Brand: a life dedicated to indigenous peoples

Antonio Brand: uma vida dedicada aos povos indígenas Antonio Brand: a life dedicated to indigenous peoples Antonio Brand: uma vida dedicada aos povos indígenas Antonio Brand: a life dedicated to indigenous peoples Eva Maria Luiz Ferreira* José Francisco Sarmento Nogueira** Leandro Skowronski*** Rosa S. Colman****

Leia mais

Populações Afrobrasileiras, Políticas Públicas e Territorialidade

Populações Afrobrasileiras, Políticas Públicas e Territorialidade PROEX Assessoria de Ações Inclusivas Encontro dos NEABIs: por um IFRS Inclusivo 07 a 09 de novembro de 2012 Bento Gonçalves Populações Afrobrasileiras, Políticas Públicas e Territorialidade Ieda Cristina

Leia mais

1. PROBLEMÁTICA. acessado em 17/01/ Informação disponível em ATLAS BRASILEIRO DE DESASTRES NATURAIS a 2012 (Volume Pará). 2ª. Ed.

1. PROBLEMÁTICA. acessado em 17/01/ Informação disponível em ATLAS BRASILEIRO DE DESASTRES NATURAIS a 2012 (Volume Pará). 2ª. Ed. 1. PROBLEMÁTICA O Estado do Pará concentra vários tipos de relevo e de solo ao longo de seu imenso território geográfico, sendo composto basicamente de vinte bacias hidrográficas 1, e ao longo dessas bacias,

Leia mais

Recuperação de Geografia. Roteiro 7 ano

Recuperação de Geografia. Roteiro 7 ano Recuperação de Geografia Dicas: Roteiro 7 ano Comece revisando a aula através dos apontamentos relembrando, passando a limpo, fazendo leitura do assunto no módulo, no livro e principalmente resolvendo

Leia mais

Perfil das/dos Dirigentes da CUT. Pesquisa Perfil Afirmativo

Perfil das/dos Dirigentes da CUT. Pesquisa Perfil Afirmativo Perfil das/dos Dirigentes da CUT Pesquisa Perfil Afirmativo Março/2014 Características da Pesquisa Dirigentes da CUT Pesquisa quantitativa Censitária Questionário padronizado Realizada por telefone Campo

Leia mais

ÁREA DO CONHECIMENTO: ( ) EXATAS ( X )HUMANAS ( )VIDA

ÁREA DO CONHECIMENTO: ( ) EXATAS ( X )HUMANAS ( )VIDA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA ÁREA DO CONHECIMENTO: ( ) EXATAS ( X )HUMANAS ( )VIDA PROGRAMA: (X ) PIBIC PIBIC-Af

Leia mais

Lucas Aguiar Tomaz Ferreira 1 Daniela Seles de Andrade 2 Fernanda Viana de Alcantara 3 INTRODUÇÃO

Lucas Aguiar Tomaz Ferreira 1 Daniela Seles de Andrade 2 Fernanda Viana de Alcantara 3 INTRODUÇÃO O PAPEL DO NÚCLEO DE EXTENSÃO EM DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL NEDET NO TERRITÓRIO DE IDENTIDADE SUDOESTE BAIANO: UM RETRATO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL DA MULHER Lucas Aguiar Tomaz Ferreira 1 Daniela Seles de

Leia mais

Disciplina: HS Antropologia IV: Teorias Antropológicas III 2º semestre de 2007 Profª Ciméa B. Bevilaqua

Disciplina: HS Antropologia IV: Teorias Antropológicas III 2º semestre de 2007 Profª Ciméa B. Bevilaqua Disciplina: HS 046 - Antropologia IV: Teorias Antropológicas III 2º semestre de 2007 Profª Ciméa B. Bevilaqua Ementa: Teorias antropológicas III; tópicos especiais em teorias contemporâneas. PROGRAMA I.

Leia mais

A Arqueologia brasileira e o seu papel social

A Arqueologia brasileira e o seu papel social Universidade de São Paulo Biblioteca Digital da Produção Intelectual - BDPI Museu de Arqueologia e Etnologia - MAE Livros e Capítulos de Livros - MAE 2014 A Arqueologia brasileira e o seu papel social

Leia mais

202 Amazôn., Rev. Antropol. (Online) 5 (1): Fotográfi. Kaingang: Os Guerr

202 Amazôn., Rev. Antropol. (Online) 5 (1): Fotográfi. Kaingang: Os Guerr 202 Amazôn., Rev. Antropol. (Online) 5 (1): Ensa Fotográfi Kaingang: Os Guerr am io co eiros áveis Ensaio Fotográfico Kaingang: Os guerreiros amáveis T O N I J U L I A N O B A N D E I R A 203 Bandeira,

Leia mais

Governança de Terras em Países Emergentes

Governança de Terras em Países Emergentes Governança de Terras em Países Emergentes Adâmara S. G. Felício Economista, Mestranda em Desenvolvimento Econômico Unicamp Integrante GGT III Seminário Internacional de Governança de Terras e Desenvolvimento

Leia mais

Autores e Filiações: ORRICO, M.A. (Fundação Dorina Nowill para Cegos); SILVA, A.P. (Fundação Dorina Nowill para Cegos);

Autores e Filiações: ORRICO, M.A. (Fundação Dorina Nowill para Cegos); SILVA, A.P. (Fundação Dorina Nowill para Cegos); Temática(s): Leitura inclusiva e trabalho em rede Tipo de Trabalho: Relato de experiência Título do trabalho: Rede de Leitura Inclusiva Autores e Filiações: ORRICO, M.A. (Fundação Dorina Nowill para Cegos);

Leia mais

A construção da escola apyãwa a partir da práxis dos professores em formação na Licenciatura Intercultural Indígena da Universidade Federal de Goiás

A construção da escola apyãwa a partir da práxis dos professores em formação na Licenciatura Intercultural Indígena da Universidade Federal de Goiás A construção da escola apyãwa a partir da práxis dos professores em formação na Licenciatura Intercultural Indígena da Universidade Federal de Goiás Patrícia Magalhães PINHEIRO 1 Rogério FERREIRA 2 Palavras-chave:

Leia mais

RIO DAS COBRAS: IMAGENS DO POVO KAINGANG

RIO DAS COBRAS: IMAGENS DO POVO KAINGANG 442 RIO DAS COBRAS: IMAGENS DO POVO KAINGANG Bandeira, Toni Juliano 1 O povo indígena Kaingang é um dos povos mais populosos do Brasil, estimativas apontam aproximadamente 30 mil indivíduos pertencentes

Leia mais

Questão de Pesquisa: Resumo TCC

Questão de Pesquisa: Resumo TCC Questão de Pesquisa: Como se dá a transição da escola indígena Kaingang da aldeia Por Fi Ga, para a Escola Estadual de Ensino Médio Haydée Mello Rostirolla na região do Vale do Rio dos Sinos? Resumo TCC

Leia mais

PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL: UM OLHAR SOBRE OS SABERES DA MEDICINA TRADICIONAL KAINGANG 1

PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL: UM OLHAR SOBRE OS SABERES DA MEDICINA TRADICIONAL KAINGANG 1 PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL: UM OLHAR SOBRE OS SABERES DA MEDICINA TRADICIONAL KAINGANG 1 Fabiane da Silva Prestes 2 Luís Fernando da Silva Laroque 3 Resumo: Os saberes tradicionais indígenas consolidam-se

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ GEOGRAFIA PROSEL/ PRISE 1ª ETAPA EIXO TEMÁTICO I MUNDO 1. ESPAÇO MUNDIAL

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ GEOGRAFIA PROSEL/ PRISE 1ª ETAPA EIXO TEMÁTICO I MUNDO 1. ESPAÇO MUNDIAL UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ GEOGRAFIA PROSEL/ PRISE 1ª ETAPA EIXO TEMÁTICO I MUNDO 1. ESPAÇO MUNDIAL COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS 1. A reestruturação do espaço mundial:modos de 1. Entender a reestruturação

Leia mais

HISTORICIDADE KAINGANG NA TERRA INDÍGENA PÓ NÃNH MÁG, EM FARROUPILHA/RS

HISTORICIDADE KAINGANG NA TERRA INDÍGENA PÓ NÃNH MÁG, EM FARROUPILHA/RS CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA HISTORICIDADE KAINGANG NA TERRA INDÍGENA PÓ NÃNH MÁG, EM FARROUPILHA/RS Marina Invernizzi Lajeado, dezembro de 2015 1 Marina Invernizzi HISTORICIDADE

Leia mais

CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS

CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS Legislação daeducação DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLIA Prof. StephanieGurgel Entende-se por Quilombos: I. -os grupos étnico-raciais definidos

Leia mais

PRODUÇÃO AGRÍCOLA FAMILIAR E AS ESTRATÉGIAS DE REPRODUÇÃO SOCIAL E ECONÔMICA NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE (SP)

PRODUÇÃO AGRÍCOLA FAMILIAR E AS ESTRATÉGIAS DE REPRODUÇÃO SOCIAL E ECONÔMICA NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE (SP) PRODUÇÃO AGRÍCOLA FAMILIAR E AS ESTRATÉGIAS DE REPRODUÇÃO SOCIAL E ECONÔMICA NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE (SP) NORONHA, Elias Oliveira 1 ; FCT UNESP Presidente Prudente noronhaunesp@gmail.com HESPANHOL,

Leia mais

INTRODUÇÃO. Estadual de Ponta Grossa. 1 Ian Navarro de Oliveira Silva 2 Maria Ligia Cassol Pinto

INTRODUÇÃO. Estadual de Ponta Grossa. 1 Ian Navarro de Oliveira Silva 2 Maria Ligia Cassol Pinto O PROGRAMA CONSTRUINDO A AGENDA 21 ESCOLAR NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE IRATI: CAPACITAÇÃO, CONSTRUÇÃO E FUNCIONAMENTO ENTRE 2005 E 2009 1 Ian Navarro de Oliveira Silva 2 Maria

Leia mais

AS QUESTÕES OBRIGATORIAMENTE DEVEM SER ENTREGUES EM UMA FOLHA À PARTE COM ESTA EM ANEXO.

AS QUESTÕES OBRIGATORIAMENTE DEVEM SER ENTREGUES EM UMA FOLHA À PARTE COM ESTA EM ANEXO. Instruções ENSINO FUNDAMENTAL Conteúdos do 7º Ano 3º/4º Bimestre 2018 Trabalho de Dependência Nome: N. o : Turma: Professor(a): Tatiana Data: / /2018 Unidade: Cascadura Mananciais Méier Taquara Geografia

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO LICENCIATURA EM HISTÓRIA

UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO LICENCIATURA EM HISTÓRIA UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO LICENCIATURA EM HISTÓRIA ATUAÇÃO DA MULHER NA IGREJA EVANGÉLICA CRISTO VIVE: FEMINISMO E RELIGIOSIDADE Giovanna França Andrade São Paulo SP 2017 Giovanna França Andrade ATUAÇÃO

Leia mais

Fundamentos Socioculturais e Diversidades

Fundamentos Socioculturais e Diversidades NATURALIZAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Fundamentos Socioculturais e Diversidades MÓDULO III Prof.: MSc. Getulio Ribeiro Diversidade Étnico-cultural Etnia e raça não são sinônimas: Etnia

Leia mais

O direito à educação escolar indígena intercultural e bilíngue do povo Kaigang do Vale do Taquari/RS 1

O direito à educação escolar indígena intercultural e bilíngue do povo Kaigang do Vale do Taquari/RS 1 Doi: 10.5212/Emancipacao.v.18i2.0005 O direito à educação escolar indígena intercultural e bilíngue do povo Kaigang do Vale do Taquari/RS 1 The right to indigenous school education intercultural and bilingual

Leia mais

Organização das aldeias e formas de casamento entre os Wajãpi: algumas informações básicas 1

Organização das aldeias e formas de casamento entre os Wajãpi: algumas informações básicas 1 Organização das aldeias e formas de casamento entre os Wajãpi: algumas informações básicas 1 Dominique Tilkin Gallois As aldeias wajãpi são ocupadas por um número variável de famílias (de duas a dez),

Leia mais

Construindo a memória e identidade no Tocantins

Construindo a memória e identidade no Tocantins Construindo a memória e identidade no Tocantins Resenha do Livro: SANTOS, José Vandilo. Memória e identidade. Curitiba: Appris, 2015. João Nunes da Silva 1 O professor José Vandilo dos Santos é antropólogo

Leia mais

PROVA OBJETIVA E DISCURSIVA

PROVA OBJETIVA E DISCURSIVA UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO COMISSÃO PERMANENTE DE PROCESSOS SELETIVOS PROCESSO SELETIVO ESPECIAL - QUILOMBOLA 2018 PROVA OBJETIVA E DISCURSIVA NOME DO CANDIDATO

Leia mais

ENSINO MÉDIO E OS POVOS INDÍGENAS: desafios e perspectivas para indianizar a educação escolar.

ENSINO MÉDIO E OS POVOS INDÍGENAS: desafios e perspectivas para indianizar a educação escolar. ENSINO MÉDIO E OS POVOS INDÍGENAS: desafios e perspectivas para indianizar a educação escolar. Prof. Dr. Wagner Roberto do Amaral Departamento de Serviço Social e do Programa de Pós- Graduação em Política

Leia mais

Rio de Janeiro, 18/05/2017. Mercado de Trabalho Brasileiro 1º trimestre de 2017

Rio de Janeiro, 18/05/2017. Mercado de Trabalho Brasileiro 1º trimestre de 2017 1 Rio de Janeiro, 18/05/2017 Mercado de Trabalho Brasileiro estre de 2017 O B J P R I N C I P A L Produzir informações contínuas PNAD Contínua Produzir informações anuais E T I sobre a inserção da população

Leia mais

código de ética Código de Ética em Consultoria e Pesquisa em Avaliação e Planejamento Estratégico da Move.

código de ética Código de Ética em Consultoria e Pesquisa em Avaliação e Planejamento Estratégico da Move. código de ética Código de Ética em Consultoria e Pesquisa em Avaliação e Planejamento Estratégico da Move. Este documento apresenta os padrões éticos que regem todas as atividades de consultoria da Move.

Leia mais

DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE APOSENTADORIA - FORMAÇÃO DE CAPITAL E ESGOTAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES

DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE APOSENTADORIA - FORMAÇÃO DE CAPITAL E ESGOTAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES Página 1 de 28 Atualização: da poupança jun/81 1 133.540,00 15,78 10,00% 13.354,00 10,00% 13.354,00 26.708,00-0,000% - 26.708,00 26.708,00 26.708,00 jul/81 2 133.540,00 15,78 10,00% 13.354,00 10,00% 13.354,00

Leia mais

COLÉGIO XIX DE MARÇO

COLÉGIO XIX DE MARÇO COLÉGIO XIX DE MARÇO Educação do jeito que deve ser 2016 1 a PROVA PARCIAL DE HISTÓRIA Aluno(a) Nº Ano: 6º Turma: Data: / /2016 Nota: Professor(a): Ivana Cavalcanti Riolino Valor da Prova: 40 pontos Orientações

Leia mais

TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS A ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS - DEZEMBRO/2014

TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS A ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS - DEZEMBRO/2014 SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL COINT - Coordenação-Geral de Análise e Informações das Transferências Financeiras Intergovernamentais TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS A ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS - DEZEMBRO/2014

Leia mais

Obs. Todas as disciplinas relacionadas já são registradas e codificadas. Pertencem ao DFCH com Carga Horária - 60 horas Créditos: 2T1P.

Obs. Todas as disciplinas relacionadas já são registradas e codificadas. Pertencem ao DFCH com Carga Horária - 60 horas Créditos: 2T1P. Anexo DISCIPLINAS OPTATIVAS DO CURSO A) Disciplinas Optativas do Eixo da Formação Científico-Cultural FCH358 - Antropologia do Imaginário: Analisar a constituição do imaginário social, a partir de uma

Leia mais

PROPOSTA DE PROJETO ANEXO I SIGA: TÍTULO: Categoria de projeto: ( ) Novo ( ) Ensino ( ) Já realizado anteriormente ( ) Pesquisa ( ) Extensão

PROPOSTA DE PROJETO ANEXO I SIGA: TÍTULO: Categoria de projeto: ( ) Novo ( ) Ensino ( ) Já realizado anteriormente ( ) Pesquisa ( ) Extensão PROPOSTA DE PROJETO ANEXO I SIGA: TÍTULO: Categoria de projeto: ( ) Novo ( ) Ensino ( ) Já realizado anteriormente ( ) Pesquisa ( ) Extensão COORDENADOR DOCENTE/ORIENTADOR Nome: Curso(s) Campus: SIAPE:

Leia mais

Acesso à informação: Participação e inclusão no espaço digital

Acesso à informação: Participação e inclusão no espaço digital Acesso à informação: Participação e inclusão no espaço digital Wilmar da Rocha D Angelis ProjetoWebIndígena Departamento de Linguística UNICAMP Fórum Permanente de Ciência e Tecnologia Acesso a informação:

Leia mais

REDES ASSOCIACIONISTAS: INSTITUIÇÕES, FUNÇÕES E SABERES NO DIÁLOGO COM OS EDUCADORES INDÍGENAS DE PERNAMBUCO

REDES ASSOCIACIONISTAS: INSTITUIÇÕES, FUNÇÕES E SABERES NO DIÁLOGO COM OS EDUCADORES INDÍGENAS DE PERNAMBUCO REDES ASSOCIACIONISTAS: INSTITUIÇÕES, FUNÇÕES E SABERES NO DIÁLOGO COM OS EDUCADORES INDÍGENAS DE PERNAMBUCO Douglas Ferreira da Silva 1 ; Jaqueline Barbosa da Silva 2 1 Estudante do Curso de Pedagogia

Leia mais

NARRATIVA DAS MULHERES NEGRAS ARTESÃS DO POTY VELHO: SUAS SINGULARIDADES NO ARTESANATO EMPREENDEDOR

NARRATIVA DAS MULHERES NEGRAS ARTESÃS DO POTY VELHO: SUAS SINGULARIDADES NO ARTESANATO EMPREENDEDOR NARRATIVA DAS MULHERES NEGRAS ARTESÃS DO POTY VELHO: SUAS SINGULARIDADES NO ARTESANATO EMPREENDEDOR Marlene Lima de Carvalho E-mail: marlenelc63@yahoo.com Mirian Santos da Silva E-mail: miriasilva@hotmail.com

Leia mais

Universidade Federal do Pará Processo Seletivo Especial Conteúdo de Geografia 1. ESPAÇO MUNDIAL

Universidade Federal do Pará Processo Seletivo Especial Conteúdo de Geografia 1. ESPAÇO MUNDIAL Universidade Federal do Pará Processo Seletivo Especial 4-2011 Conteúdo de Geografia 1. ESPAÇO MUNDIAL EIXO TEMÁTICO I MUNDO COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS 1. Entender a reestruturação do espaço mundial

Leia mais

Rastreabilidade da Matriz de Indicadores Regularização Fundiária Indígena

Rastreabilidade da Matriz de Indicadores Regularização Fundiária Indígena Rastreabilidade da Matriz de Indicadores Regularização Fundiária Indígena Rastreabilidade da Matriz de Indicadores - REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA INDÍGENA - IMPACTOS DA "Atração de um contingente populacional

Leia mais

XIII Seminário para Integração em Gestão Ambiental NÓS E AS FLORESTAS Expansão da fronteira agrícola e demarcação das Terras Indígenas no Brasil

XIII Seminário para Integração em Gestão Ambiental NÓS E AS FLORESTAS Expansão da fronteira agrícola e demarcação das Terras Indígenas no Brasil XIII Seminário para Integração em Gestão Ambiental NÓS E AS FLORESTAS Expansão da fronteira agrícola e demarcação das Terras Indígenas no Brasil Alexandra Freitas Piracicaba, agosto de 2016 Expansão das

Leia mais

29/06/2016. Apresentação: Mário Rodrigues Jr. Presidente da VALEC

29/06/2016. Apresentação: Mário Rodrigues Jr. Presidente da VALEC 29/06/2016 Apresentação: Mário Rodrigues Jr. Presidente da VALEC VALEC EMPREENDIMENTOS DA VALEC Em operação: EF 151: Ferrovia Norte Sul FNS, Açailândia/MA - Palmas/TO EF 151: Ferrovia Norte Sul FNS, Palmas/TO

Leia mais

Aula 3 de 4 Versão Professor

Aula 3 de 4 Versão Professor Aula 3 de 4 Versão Professor As Comunidades Indígenas Agora vamos conhecer um pouco das características naturais que atraíram essas diferentes ocupações humanas ao longo dos séculos para a Região da Bacia

Leia mais

PERFIL DOS OCUPADOS SEGUNDO REGIÕES DE PLANEJAMENTO DO ESTADO DE MINAS GERAIS: UMA ANÁLISE A PARTIR DO CENSO DEMOGRÁFICO DE

PERFIL DOS OCUPADOS SEGUNDO REGIÕES DE PLANEJAMENTO DO ESTADO DE MINAS GERAIS: UMA ANÁLISE A PARTIR DO CENSO DEMOGRÁFICO DE FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO G o v e r n o d e M i n a s G e r a i s I N F O R M A T I V O Mercado de Trabalho - Belo Horizonte Ano 1, nº 1, Junho 6 PERFIL DOS OCUPADOS SEGUNDO REGIÕES DE PLANEJAMENTO DO ESTADO

Leia mais

Outras ocas, múltiplas palavras

Outras ocas, múltiplas palavras Outras ocas, múltiplas palavras As ocas, os caminhos, estão em muitos lugares a serem conquistados, retomados. A presença nos espaços das políticas do Estado nação. Ninguém sozinho tem a palavra, são muitas,

Leia mais

REGIMENTO INTERNO DO LABORATÓRIO DE PESQUISA EM PATRIMÔNIO, MEMÓRIA E IDENTIDADE LAPAMI

REGIMENTO INTERNO DO LABORATÓRIO DE PESQUISA EM PATRIMÔNIO, MEMÓRIA E IDENTIDADE LAPAMI REGIMENTO INTERNO DO LABORATÓRIO DE PESQUISA EM PATRIMÔNIO, MEMÓRIA E IDENTIDADE LAPAMI TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º - O presente Regimento regulamenta a organização e o funcionamento

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCICIOS 2 REGIONALIZAÇÃO DO BRASIL

LISTA DE EXERCÍCICIOS 2 REGIONALIZAÇÃO DO BRASIL LISTA DE EXERCÍCICIOS 2 REGIONALIZAÇÃO DO BRASIL 1) Com base na figura seguinte, assinale a alternativa correta. a) A figura destaca as três macrorregiões naturais do Brasil, segundo o IBGE (1960), que

Leia mais

Conhecimentos Tradicionais, Escola e Política entre os Apinajé

Conhecimentos Tradicionais, Escola e Política entre os Apinajé Conhecimentos Tradicionais, Escola e Política entre os Apinajé 1 Lidiane da conceição Alves 2 André Luís Campanha Demarchi 1 Aluna do Curso de Ciências Sociais; Campus de Tocantinópolis; e-mail: lidianelaves20012@gmail.com

Leia mais

COLÉGIO SANTA TERESINHA

COLÉGIO SANTA TERESINHA EU CONFIO COLÉGIO SANTA TERESINHA R. Madre Beatriz 135 Centro Tel. (33) 3341-1244 www.colegiosantateresinha.com.br PLANEJAMENTO DE AÇÕES DA 1ª ETAPA 2017 PROFESSOR (A): Juliana Silva Cordeiro PERÍODO DA

Leia mais

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA NÚCLEO DE CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE ARQUELOGIA

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA NÚCLEO DE CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE ARQUELOGIA Curso: Bacharelado em Arqueologia Código da disciplina: ARQ30134 Carga Horária Geral: 80h Docente: Valéria Cristina Ferreira Silva SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL

Leia mais

Exercícios Complementares de Ciências Humanas Geografia Ensino Fundamental. Regiões Brasileiras

Exercícios Complementares de Ciências Humanas Geografia Ensino Fundamental. Regiões Brasileiras de Geografia Exercícios Complementares Regiões Brasileiras 1. O mapa mostra a divisão do Brasil entre as cinco regiões do IBGE. Identifique-as e, na sequência, relacione as características listadas a seguir

Leia mais

CASA REGIONAL DE MEMÓRIA: UM COMPLEXO MUSEÓLOGICO NA TRANSXINGU

CASA REGIONAL DE MEMÓRIA: UM COMPLEXO MUSEÓLOGICO NA TRANSXINGU CASA REGIONAL DE MEMÓRIA: UM COMPLEXO MUSEÓLOGICO NA TRANSXINGU Denise Targino Villar Casa Regional de Memória -Fadesp denise.targino@hotmail.com A Casa Regional de memória está localizada no município

Leia mais

Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos. Educação das relações étnico-raciais. Educação.

Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos. Educação das relações étnico-raciais. Educação. A PRODUÇÃO SOBRE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NOS GTS 18 E 21 DA ANPED (2009 2013): CONTRIBUIÇÕES PARA A PESQUISA Bruna Rocha Ferraz UnB Maria Clarisse Vieira UnB Resumo

Leia mais

Fórum Social Mundial Memória FSM memoriafsm.org

Fórum Social Mundial Memória FSM memoriafsm.org Este documento faz parte do Repositório Institucional do Fórum Social Mundial Memória FSM memoriafsm.org Oficina: A produção cultural de armação dos búzios como recurso à promoção de bem-estar sócio-interacional

Leia mais

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua PNAD Contínua. Mercado de Trabalho Brasileiro 1º trimestre de de maio de 2018

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua PNAD Contínua. Mercado de Trabalho Brasileiro 1º trimestre de de maio de 2018 Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua PNAD Contínua Mercado de Trabalho Brasileiro 1º trimestre de 2018 17 de maio de 2018 P R I N C I P A L O B J E T I V O Produzir informações contínuas

Leia mais

Leia o texto e observe o gráfico com informações sobre os indígenas brasileiros, baseadas no Censo de 2010.

Leia o texto e observe o gráfico com informações sobre os indígenas brasileiros, baseadas no Censo de 2010. 6º Geografia Rodrigo Aval. Trimestral 01/11/12 As questões deverão ser respondidas à caneta esferográfica azul ou preta. Questões objetivas não poderão ser rasuradas caso aconteça serão consideradas erradas

Leia mais

Região Norte: Apresentação e aspectos físicos

Região Norte: Apresentação e aspectos físicos Região Norte Região Norte: Apresentação e aspectos físicos Região Norte e Amazônia Com uma superfície de 3.853.327 km 2, a Região Norte, definida pelo IBGE, corresponde a quase metade do território brasileiro.

Leia mais

PRÓ-TRANSPORTE - MOBILIDADE URBANA - PAC COPA 2014 - CT 318.931-88/10

PRÓ-TRANSPORTE - MOBILIDADE URBANA - PAC COPA 2014 - CT 318.931-88/10 AMPLIAÇÃO DA CENTRAL DE Simpl Acum Simpl Acum jul/10 a jun/11 jul/11 12 13 (%) (%) (%) (%) 1.72.380,00 0,00 0,00 0,00 361.00,00 22,96 22,96 1/11 AMPLIAÇÃO DA CENTRAL DE ago/11 Simpl Acum Simpl Acum Simpl

Leia mais

PRÓ-TRANSPORTE - MOBILIDADE URBANA - PAC COPA 2014 - CT 318.931-88/10

PRÓ-TRANSPORTE - MOBILIDADE URBANA - PAC COPA 2014 - CT 318.931-88/10 AMPLIAÇÃO DA CENTRAL DE Simpl Acum Simpl Acum jul/10 a jun/11 jul/11 12 13 (%) (%) (%) (%) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1/11 AMPLIAÇÃO DA CENTRAL DE ago/11 Simpl Acum Simpl Acum Simpl Acum 14 set/11 15

Leia mais

Rio Paran ARQUEOLOGIA DO PLANALTO MERIDIONAL BRASILEIRO

Rio Paran ARQUEOLOGIA DO PLANALTO MERIDIONAL BRASILEIRO Rio Paran Ri op ara n á apanema Rio I guaçu Rio U Oc ean oa tlâ nti c o ruguai ARQUEOLOGIA DO PLANALTO MERIDIONAL BRASILEIRO INTRODUÇÃO O planalto meridional brasileiro abrange os três estados: Rio Grande

Leia mais

História e Geografia na BNCC 2ª versão

História e Geografia na BNCC 2ª versão História e Geografia na BNCC 2ª versão Prof. Danilo Wenseslau Ferrari E-mail: danilowferrari@yahoo.com.br Secretaria Municipal de Educação de São José do Rio Preto-SP Ciências Humanas no Ensino Fundamental

Leia mais

Universidade Católica Dom Bosco Instituição Salesiana de Educação Superior

Universidade Católica Dom Bosco Instituição Salesiana de Educação Superior Tellus Universidade Católica Dom Bosco Instituição Salesiana de Educação Superior Chanceler Pe. Gildásio Mendes dos Santos Reitor Pe. Ricardo Carlos Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Prof. Hemerson

Leia mais