1. PROBLEMÁTICA. acessado em 17/01/ Informação disponível em ATLAS BRASILEIRO DE DESASTRES NATURAIS a 2012 (Volume Pará). 2ª. Ed.
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1 1. PROBLEMÁTICA O Estado do Pará concentra vários tipos de relevo e de solo ao longo de seu imenso território geográfico, sendo composto basicamente de vinte bacias hidrográficas 1, e ao longo dessas bacias, surgiram grandes cidades e núcleos populacionais que acabaram por ocupar as margens dos rios de forma irregular e sem nenhuma intervenção do Poder Público. Além disso, por todo o estado, a população ocupa e passa a habitar áreas consideradas de risco, contando com o silêncio ou o desconhecimento dos governos. O relevo é considerado baixo e plano, o qual 58% do território encontra-se abaixo de 200m. de altitude 2 e onde grande parte da população também está concentrada, o que não garante que seja afetada por desastres naturais 3. Outra parte da população ocupa áreas com recorrentes desastres naturais e que chamam a atenção pontualmente para a solução midiática do problema, para após, voltarem a ocupá-las. Os desastres naturais ocorrem em todo estado, no entanto, alguns desastres são estimulados pela presença humana Nesse sentido, destacamos a situação do município de Rondon do Pará, onde parte de sua área urbana foi gradativamente sendo atingida por uma erosão, sendo agravada em 2014 pelo intenso período de chuvas que ocorre no primeiro trimestre do ano na região. Há que se destacar, que o mesmo evento já havia ocorrido em Parte do solo paraense tem, o que se chama tecnicamente, de comportamento colapsável 4, em razão das condições meteorológicas (alto índice pluviométrico no estado), o alto volume de água provenientes da rede de esgoto e da ruptura de tubulações, características geográficas regionais, o que acarreta a perca de resistência desse solo. E algumas áreas no Pará apresentam esse comportamento, onde a maioria não conta com estudos geológicos que identifiquem a fragilidade das áreas de risco para que se possa produzir um mapa para auxiliar no trabalho preventivo dos órgãos de Defesa Civil. 1 Segundo as informações contidas no site da antiga SECTAM ( acessado em 17/01/ Informação disponível em ATLAS BRASILEIRO DE DESASTRES NATURAIS a 2012 (Volume Pará). 2ª. Ed. revisada e ampliada. CEPED/UFSC: Vários são os conceitos sobre desastres, no entanto, para esta pesquisa, adotaremos o conceito tratado na Politica Nacional de Proteção e Defesa Civil(2012): desastre: resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem, sobre um ecossistema vulnerável, causando danos humanos, materiais e ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais 4
2 O desenvolvimento da cultura de prevenção de desastres no Brasil ainda é muito incipiente e se desenvolve muito timidamente desde sua implantação no País, mesmo com a população residente em áreas vulneráveis a serem afetadas por desastres recorrentemente, como no caso de Rondon do Pará. As respostas são de atendimento e socorro aos desastres, e raramente de prevenção, como deve ser. No caso, a Defesa Civil Municipal estava inativa e só voltou à ativa para o socorro às vítimas, contando com o auxílio da CEDEC/PA. A percepção de risco da população é baixa, pois não tem conhecimento técnico para identificar os fatores de ameaça que possam causar os desastres, aliada ao descaso da prefeitura em ordenar a ocupação das áreas localizadas na zona urbana, assim cabe questionar, a Defesa Civil municipal e estadual tem poder de intervenção em ações pósdesastres? O estudo terá como base a situação de erosão ocorrida em 2014, onde até hoje não houve a recuperação da área e nem resolução da situação da população atingida. 2. OBJETIVOS: GERAL: Analisar o papel da Defesa Civil como agente minimizador de ações no pós- desastres causados por erosão em Rondon do Pará. ESPECÍFICOS: Compreender os fatores de ocupação de áreas consideradas de risco; Analisar o papel da Prefeitura e entidades locais no apoio à população atingida e às ações de Defesa Civil; Avaliar a percepção que a população atingida tem sobre o trabalho da Defesa Civil no momento do desastre e no pós-desastre. Avaliar a visão que a população afetada tem sobre a área afetada por desastre.
3 3. METODOLOGIA A pesquisa seguirá o método de estudo de caso 5, considerando a participação direta da Defesa Civil Estadual e Municipal no atendimento às vítimas durante o desastre, como realiza o trabalho conjunto (CEDEC e Defesa Civil Municipal) e a pouca ação no pósdesastre. A pesquisa usará os documentos oficiais produzidos pela CEDEC/PA e Defesa Civil Municipal de Rondon do Pará, entrevistas semi-estruturadas com técnicos que realizaram os atendimentos às vítimas, bem como aqueles que fizeram e ainda estão na observação das condições do local da erosão, pesquisa documental junto à CPRM e bibliográfica sobre o histórico de desastres naturais na região e vulnerabilidade de populações em áreas de risco. 4. RESULTADOS ESPERADOS Considerando o objetivo central da pesquisa, espera-se atingir os seguintes resultados: Concluir o levantamento das fragilidades técnicas da CEDEC/PA e Defesa Civil Municipal; Mapa das áreas de risco à desastres naturais na área urbana de Rondon do Pará; Ter indicadores de avaliação das ações de resposta no desastre e pós-desastre A melhoria da eficiência das ações de defesa civil no caso de desastres naturais. 5 Segundo Yin(1989), a preferência pelo uso do Estudo de Caso deve ser dada quando do estudo de eventos contemporâneos, em situações onde os comportamentos relevantes não podem ser manipulados, mas onde é possível fazer observações diretas e entrevistas sistemáticas.
4 5. CRONOGRAMA ATIVIDADES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 2016 Disciplinas x x x x x x x x x x Pesquisa documental e Bibliográfica x x x x x x ATIVIDADES 2017 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Leituras x x x x x x Pesquisa campo de x x X Redação preliminar do x x X projeto Redação final projeto x x Exame de qualificação x x Redação final da dissertação x x ATIVIDADES 2018 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Conclusão da dissertação x x x x Depósito x Defesa x x
5 6. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BRASIL. Decreto Federal n.º , de 16 de dezembro de Organiza o Sistema Nacional de Defesa Civil como instituição estratégica para a redução de riscos de desastres. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 16 dez Seção 1, p Disponível em: < Acesso em: 5 jan Ministério da Integração Nacional. Manual de desastres naturais. Brasília, DF, 2003, v. 1.. Lei Federal n.º , de 10 de abril de Institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil PNPDEC; dispõe sobre o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil SINPDEC e o Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil CONPDEC; autoriza a criação de sistema de informações e monitoramento de desastres; altera as Leis n.º , de 1.º de dezembro de 2010, n.º , de 10 de julho de 2001, n.º 6.766, de 19 de dezembro de 1979, n.º 8.239, de 4 de outubro de 1991, e n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996; e dá outras providências. MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Metodologia científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres. Atlas brasileiro de desastres naturais 1991 a 2010: volume Pará: Florianópolis, 2011b. YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
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