ÁGUA ABORDAGEM DISCURSIVA DE TEXTOS RELACIONADOS À FALTA DE ÁGUA

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1 ÁGUA ABORDAGEM DISCURSIVA DE TEXTOS RELACIONADOS À FALTA DE ÁGUA Conceituando... Água: do latim aqua. A água é uma substância cujas moléculas são compostas por um átomo de oxigênio e dois átomos de hidrogênio. Trata-se de um líquido inodoro (sem odor), insípido (sem sabor) e incolor (sem cor) embora também se possa encontrar no seu estado sólido (quando está em gelo) ou no seu estado gasoso (vapor). A água é o componente que aparece em maior abundância na superfície terrestre (cobre cerca de 71% da crosta terrestre): forma os oceanos, os rios e as chuvas, para além de ser parte integrante de todos os organismos vivos. Água contaminada: é a água que contém agentes patogênicos vivos, sejam bactérias, vermes, protozoários ou vírus. Essa água não é potável, logo não deve ser utilizada. Fontes de Contaminação A água de abastecimento passa por um tratamento rigoroso e, somente depois, é distribuída para as residências, onde existem ligações domiciliares. Ali, a água é armazenada em caixas d água. É nessa etapa que pode ocorrer a contaminação. Também as nascentes, minas e cisternas, que são fontes de suprimento de água, podem apresentar contaminação, seja por se localizarem na proximidade de fossas, onde há grande presença de matéria orgânica, ou pelo acesso de animais, água de chuvas ou outras fontes de contaminação e poluição. Água doce: é a que contém uma quantidade mínima de sais dissolvidos (ao contrário da água do mar, que é salgada). Através de um processo de potabilização, é possível tornar a água doce em água potável, isto é, em água própria para o consumo graças ao valor equilibrado dos seus minerais. Água imprópria para o consumo: é aquela que contém substâncias dissolvidas ou substâncias em suspensão prejudiciais à saúde. Não é a simples presença dessas substâncias, mas a sua quantidade ou concentração que vai determinar se a água é própria ou imprópria para consumo. Para que uma água seja própria para consumo não pode conter substâncias tóxicas, vírus, bactérias ou outros micro-organismos. Água mineral: é a que contém minerais e outras substâncias dissolvidas, que podem acrescentar um valor terapêutico ou alterar o sabor. Esse tipo de água é o que se comercializa engarrafado em todo o mundo para o consumo humano.

2 Água poluída: é a que apresenta alterações físicas, como: cheiro, turbidez, cor ou sabor. Normalmente, a alteração física é consequência da contaminação química, geralmente devido à presença de substâncias, como elementos estranhos ou tóxicos. Dá-se o nome de água poluída a toda água que, diferente de seu estágio natural, encontra-se com as propriedades físico-químicas alteradas de maneira negativa. Exemplificando: A água em sua nascente é pura e potável. Adiante o homem a polui com esgotos, metais pesados e dejetos, além das mais variadas fontes de micro-organismos não naturais a ela lançados. As águas dos rios, riachos, lagoas e córregos sofrerão poluição se receberem sem tratamento os seguintes elementos: escoamento de esgotos de determinada área urbanizada; resíduos tóxicos industriais; resíduos orgânicos hospitalares; chorume e demais resíduos tóxicos de lixão; enfim, tudo o que mude a fórmula da água além de H2O, de maneira negativa, tornando-a tóxica ou não potável, pode ser chamado de POLUENTE. Água potável: é a que pode ser consumida sem riscos de se adquirirem doenças por contaminação. Ela pode ser oferecida à população com ou sem tratamento prévio, dependendo de sua origem. O tratamento da água visa a reduzir a concentração de poluentes e sais até o ponto em que não apresentem riscos para a saúde pública. Na definição utilizada pelo Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (HOUAISS; VILLAR, 2009, p ), é potável a água em que as substâncias tóxicas e os fatores e organismos patogênicos têm níveis seguros ou aceitáveis para consumo humano. A água potável pode ser oriunda de uma fonte natural ou ser obtida através de um processo de tratamento físico e/ ou químico. Esse processo é realizado nas ETAs (Estações de Tratamento de Água), considerando a qualidade original da água, o que faz com que um ou mais processos de tratamento possam ser aplicados. A presença de contaminantes não indica necessariamente que a água representa um risco para a saúde. Inclusive podem ocorrer significativas discrepâncias entre os valores toleráveis de uma legislação para outra. A título de exemplo, numa comparação da legislação americana com a brasileira, verifica-se que nos EUA a EPA - Environmental Protection Agency - estabeleceu para o mercúrio, produto que pode provocar danos irreversíveis à saúde humana, no chamado Nível Máximo de Contaminantes (MCL), um padrão de 0,002 mg / L, enquanto que no Brasil o CONAMA estabeleceu na Resolução 357, de 17 de março de 2005, a tolerância máxima de 0,0002 mg / L, portanto a tolerância brasileira é dez vezes menor que a americana. É importante referir que a escassez de água potável em numerosas regiões do planeta causa mais de 5 milhões de mortes por ano. Água salgada: é a que apresenta elevada concentração de sais minerais, presente majoritariamente nos mares e oceanos. Por não ter a característica da potabilidade, pode ser alterada e, consequentemente, transformada em água potável. A dessalinização, que consiste na retirada dos sais dissolvidos na água, é um processo complexo, pois os sais estão fortemente ligados às moléculas da água, o que torna ineficientes os processos convencionais de tratamento de água.

3 Água salobra: é a que tem mais sais dissolvidos que a água doce e menos que a água do mar. É, portanto, uma mistura de água doce com água salgada. Ocorre em ambientes diversificados, mas principalmente em estuários e lagunas, embora alguns mares sejam, também, constituídos por água salobra. Acesso em 18 fev Acesso em 18 fev TEXTO I Pouca chuva não significa falta de água na torneira, diz relator da ONUCOMENTE Fabiana Maranhão Do UOL, em São Paulo 12/02/ h00. Atualizada 12/02/201511h32 Desde dezembro, do ano passado Leo Heller é relator especial da ONU sobre o direito à água potável e ao saneamento O pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Leo Heller afirma que é um equívoco pensar que estiagem significa necessariamente falta de água nas torneiras. Estiagem é baixo volume de chuva; escassez é acesso limitado à água, diz o brasileiro, que é o atual relator especial da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o direito à água potável e ao saneamento. Depois de 2014, considerado o ano mais seco e mais quente em décadas na região Sudeste, o estudioso faz questão de diferenciar estiagem de escassez, explicando, assim, que a culpa da atual crise de falta de água não é da meteorologia. Para Heller, que está na função desde 1º de dezembro do ano passado, é possível ter pouca chuva e abastecimento de água regular para a população. A estiagem não deve se converter em escassez no sistema de abastecimento. [Para isso] é necessário haver planejamento para pensar em medidas que evitem a falta de água, afirma Heller, que foi escolhido para a função para um período de três anos, prazo que pode ser prorrogado por mais três. Segundo ele, é necessário projetar qual será o consumo futuro e a disponibilidade de água e pensar em alternativas aos reservatórios, como uso de água de chuva e de aquíferos, além do reúso. A oferta deve ser sempre superior à demanda. Nesse período que estamos vivendo isso não está acontecendo, alerta. Vilões da crise

4 A crise de falta de água vivida por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo foi causada, na opinião do professor, pelo planejamento inadequado do sistema de água, que não leva em conta as variações climáticas. Ele discorda de quem aponta o desperdício dos consumidores domésticos como vilão da crise. Nós sabemos que não são eles. Existe um uso perdulário da água em outras atividades econômicas, como agricultura e mineração, além das perdas excessivas na distribuição de água, fala. Relatório do governo federal divulgado no mês passado revelou que 37% da água tratada no país é desperdiçada por falhas nas tubulações, fraudes e ligações clandestinas. Segundo a ANA (Agência Nacional de Águas), de cada cem litros de água consumidos no Brasil, 72 são usados na agricultura. Lições O relator da ONU vê lições que a falta de água pode ensinar tanto para os consumidores quanto para os prestadores de serviço de água. A crise não deixa de ser uma oportunidade para estabelecer um processo educativo para que as pessoas gastem [água] com mais responsabilidade porque, sem dúvida, existe espaço para reduzir o consumo. É inadmissível que hoje em dia pessoas lavem o passeio com mangueira, critica. Heller chama a atenção, no entanto, que essa redução no consumo tem limite. "É preciso haver cautela para que não implique em redução excessiva aquém das necessidades básicas", destaca. Multa por desperdício Questionado pela reportagem do UOL sobre a validade das medidas que têm sido tomadas pelos governos para lidar com a crise, o pesquisador preferiu não fazer comentários, com exceção do caso da multa que começou a ser aplicada em São Paulo para quem aumentou o consumo. "[Essa questão da multa] deve ser olhada com mais cuidado, sob a perspectiva dos direitos humanos. Se ela for aplicada de maneira pouco cuidadosa, pode gerar injustiças", diz. Heller se mostra preocupado especialmente com quem mora na periferia. Os mais pobres já gastam pouca água. Se por alguma razão aumentaram o consumo, serão multados e obrigados a reduzir o uso da água a um nível que talvez prejudique suas necessidades básicas e isso pode ter impacto na saúde, adverte. A ONU estima que uma pessoa precisa de 110 litros de água por dia para atender às suas necessidades básicas. Como a falta de água em São Paulo afeta a sua vida? Mande para o UOL o seu depoimento sobre o impacto da crise no seu dia a dia. Envie o seu relato em texto, foto ou vídeo via

5 Whatsapp (11) , pelo ou na área de comentários abaixo. Acesso em 17 fev Fragmento para resolução da 1ª, 2ª e 3ª questões. O pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Leo Heller afirma que é um equívoco pensar que estiagem significa necessariamente falta de água nas torneiras. equívoco [Do lat. tard. aequivocu.] Adjetivo. 1.Que tem mais de um sentido ou se presta a mais de uma interpretação; ambíguo: palavras equívocas. 2.Difícil de classificar, de perceber pelos sentidos: cor equívoca. 3.Que dá margem à suspeita: procedimento equívoco. Substantivo masculino. 4.Efeito de equivocar-se; engano. 5.Interpretação ambígua. 6.Lóg. Palavra, locução ou proposição que tem mais de um significado. 7.Lóg. Sofisma verbal que consiste em dar sentidos diferentes a uma palavra dentro de um mesmo raciocínio; equivocação. [V. sofisma verbal.] 8.V. trocadilho (1). [Cf. equivoco, do v. equivocar.] 1ª questão Explique o que legitima o uso do verbo afirmar em relação à declaração de Leo Heller. 2ª questão Analise se a supressão do advérbio necessariamente altera o que se informa. 3ª questão Avalie se, no contexto em que se inserem, as palavras afirma e necessariamente podem ser tomados como exemplos de modalizadores. 4ª questão Explique o seguinte raciocínio do pesquisador: Segundo Heller, Estiagem é baixo volume de chuva; escassez é acesso limitado à água, de modo que, para ele, a culpa da atual crise de falta de água não é da meteorologia. Fragmento para resolução da 5ª, 6ª, 7ª e 8ª questões.

6 Segundo ele, é necessário projetar qual será o consumo futuro e a disponibilidade de água e pensar em alternativas aos reservatórios, como uso de água de chuva e de aquíferos, além do reúso. A oferta deve ser sempre superior à demanda. Nesse período que estamos vivendo isso não está acontecendo, alerta. 5ª questão Justifique o emprego do verbo alerta ao final do fragmento e não de outro, como disse, declarou, afirmou... 6ª questão Indique, com base no que se informa no excerto, de quem é a responsabilidade pela falta de acesso à água potável em algumas cidades da região sudeste. 7ª questão Seguindo o raciocínio estabelecido na questão anterior, posicione-se em relação à cobrança de sobretaxas aos usuários que não cumprirem metas estabelecidas de economia de água. 8ª questão Pesquise sobre o que seria o reúso da água e posicione-se em relação a essa alternativa. 9ª questão Indique as diferentes formas pelas quais o autor faz referência a Leo Heller ao longo do texto. Fragmento para resolução da 10ª, 11ª, e 12ª questões. Ele discorda de quem aponta o desperdício dos consumidores domésticos como vilão da crise. Nós sabemos que não são eles. Existe um uso perdulário da água em outras atividades econômicas, como agricultura e mineração, além das perdas excessivas na distribuição de água, fala. perdulário [De perder.] Adjetivo. Substantivo masculino. 1.Que, ou aquele que gasta em excesso; dissipador, esbanjador, gastador; extravagante. 10ª questão Sintetize a tese que se apresenta no fragmento. 11ª questão Transcreva do texto dois argumentos para essa tese. 12ª questão

7 Produza um parágrafo argumentativo, posicionando-se em relação ao fato de as campanhas para economizar água serem direcionadas especificamente para as residências quando os estudiosos não apontam os consumidores domésticos como vilões da crise. 13ª questão Releia o excerto a seguir e apresente exemplos de necessidades básicas em relação às quais não deve haver redução excessiva no consumo de água. Heller chama a atenção, no entanto, que essa redução no consumo tem limite. É preciso haver cautela para que não implique em redução excessiva aquém das necessidades básicas, destaca. Fragmento para resolução da 14ª e 15ª questões. Questionado pela reportagem do UOL sobre a validade das medidas que têm sido tomadas pelos governos para lidar com a crise, o pesquisador preferiu não fazer comentários, [...] 14ª questão Indique uma hipótese que justifique a opção de Heller. 15ª questão Produza um parágrafo argumentativo respondendo ao questionamento da reportagem da UOL. 16ª questão PRODUÇÃO DE TEXTO Ao final do TEXTO I, se lê: Como a falta de água em São Paulo afeta a sua vida? Mande para o UOL o seu depoimento sobre o impacto da crise no seu dia a dia. Envie o seu relato em texto, foto ou vídeo via Whatsapp (11) , pelo vcmandanoticias@uol.com.br ou na área de comentários abaixo. Produza um artigo de opinião abordando como a escassez de água potável em algumas regiões pode afetar sua vida, ainda que a cidade onde você reside não esteja vivendo diretamente essa crise. TEXTO II Água doce e limpa: de "dádiva" à raridade*

8 Estudiosos preveem que em breve a água será causa principal de conflitos entre nações. Há sinais dessa tensão em áreas do planeta como Oriente Médio e África. Mas também os brasileiros, que sempre se consideraram dotados de fontes inesgotáveis, veem algumas de suas cidades sofrerem falta de água. A distribuição desigual é causa maior de problemas. Entre os países, o Brasil é privilegiado com 12% da água doce superficial no mundo. Outro foco de dificuldades é a distância entre fontes e centros consumidores. É o caso da Califórnia (EUA), que depende para abastecimento até de neve derretida no distante Colorado. E também é o caso da cidade de São Paulo, que, embora nascida na confluência de vários rios, viu a poluição tornar imprestáveis para consumo as fontes próximas e tem de captar água de bacias distantes, alterando cursos de rios e a distribuição natural da água na região. Na última década, a quantidade de água distribuída aos brasileiros cresceu 30%, mas quase dobrou a proporção de água sem tratamento (de 3,9% para 7,2%) e o desperdício ainda assusta: 45% de toda a água ofertada pelos sistemas públicos. Disponibilidade e distribuição Embora o Brasil seja o primeiro país em disponibilidade hídrica em rios do mundo, a poluição e o uso inadequado comprometem esse recurso em várias regiões do País. O Brasil concentra em torno de 12% da água doce do mundo disponível em rios e abriga o maior rio em extensão e volume do Planeta, o Amazonas. Além disso, mais de 90% do território brasileiro recebe chuvas abundantes durante o ano e as condições climáticas e geológicas propiciam a formação de uma extensa e densa rede de rios, com exceção do Semi-Árido, onde os rios são pobres e temporários. Essa água, no entanto, é distribuída de forma irregular, apesar da abundância em termos gerais. A Amazônia, onde estão as mais baixas concentrações populacionais, possui 78% da água superficial. Enquanto isso, no Sudeste, essa relação se inverte: a maior concentração populacional do País tem disponível 6% do total da água. [...] Qualidade comprometida A água limpa está cada vez mais rara na Zona Costeira e a água de beber cada vez mais cara. Essa situação resulta da forma como a água disponível vem sendo usada: com desperdício - que chega entre 50% e 70% nas cidades, e sem muitos cuidados com a qualidade. Assim, parte da água no Brasil já perdeu a característica de recurso natural renovável (principalmente nas áreas densamente povoadas), em razão de processos de urbanização, industrialização e produção agrícola, que são incentivados, mas pouco estruturados em termos de preservação ambiental e da água. Nas cidades, os problemas de abastecimento estão diretamente relacionados ao crescimento da demanda, ao desperdício e à urbanização descontrolada que atinge regiões de mananciais. Na zona rural, os recursos hídricos também são explorados de forma irregular, além de parte da vegetação protetora da bacia (mata ciliar) ser destruída para a realização de atividades como agricultura e pecuária. Não raramente, os agrotóxicos e dejetos utilizados nessas atividades também acabam por poluir a água. A baixa eficiência das empresas de abastecimento se associa ao quadro de poluição: as perdas na rede de distribuição por roubos e vazamentos atingem entre 40% e 60%, além de 64% das empresas não coletarem o esgoto gerado. O

9 saneamento básico não é implementado de forma adequada, já que 90% dos esgotos domésticos e 70% dos afluentes industriais são jogados sem tratamento nos rios, açudes e águas litorâneas, o que tem gerado um nível de degradação nunca imaginado. Alternativas A água disponível no território brasileiro é suficiente para as necessidades do País, apesar da degradação. Seria necessário, então, mais consciência por parte da população no uso da água e, por parte do governo, um maior cuidado com a questão do saneamento e abastecimento. Por exemplo, 90% das atividades modernas poderiam ser realizadas com água de reúso. Além de diminuir a pressão sobre a demanda, o custo dessa água é pelo menos 50% menor do que o preço da água fornecida pelas companhias de saneamento, porque não precisa passar por tratamento. Apesar de não ser própria para consumo humano, poderia ser usada, entre outras atividades, nas indústrias, na lavagem de áreas públicas e nas descargas sanitárias de condomínios. Além disso, as novas construções casas, prédios, complexos industriais poderiam incorporar sistemas de aproveitamento da água da chuva, para os usos gerais que não o consumo humano. Após a Rio-92, especialistas observaram que as diretrizes e propostas para a preservação da água não avançaram muito e redigiram a Carta das águas doces no Brasil. Entre os tópicos abordados, ressaltam a importância de reverter o quadro de poluição, planejar o uso de forma sustentável com base na Agenda 21 e investir na capacitação técnica em recursos hídricos, saneamento e meio ambiente, além de viabilizar tecnologias apropriadas para as particularidades de cada região. A água no mundo A quantidade de água doce no mundo estocada em rios e lagos, pronta para o consumo, é suficiente para atender de 6 a 7 vezes o mínimo anual que cada habitante do Planeta precisa. Apesar de parecer abundante, esse recurso é escasso: representa apenas 0,3% do total de água no Planeta. O restante dos 2,5% de água doce está nos lençóis freáticos e aquíferos, nas calotas polares, geleiras, neve permanente e outros reservatórios, como pântanos, por exemplo. Se em termos globais a água doce é suficiente para todos, sua distribuição é irregular no território. Os fluxos estão concentrados nas regiões intertropicais, que possuem 50% do escoamento das águas. Nas zonas temperadas, estão 48%, e nas zonas áridas e semi-áridas, apenas 2%. Além disso, as demandas de uso também são diferentes, sendo maiores nos países desenvolvidos. O cenário de escassez se deve não apenas à irregularidade na distribuição da água e ao aumento das demandas - o que muitas vezes pode gerar conflitos de uso mas também ao fato de que, nos últimos 50 anos, a degradação da qualidade da água aumentou em níveis alarmantes. Atualmente, grandes centros urbanos, industriais e áreas de desenvolvimento agrícola com grande uso de adubos químicos e agrotóxicos já enfrentam a falta de qualidade da água, o que pode gerar graves problemas de saúde pública.

10 *Os textos compilados nesta seção foram originalmente publicados no Almanaque Brasil Socioambiental, cuja primeira edição está esgotada. Uma nova edição está prevista para Acesso em 13 de fev, 2015 Fragmento para a 17ª, 18ª e 19ª questões. Estudiosos preveem que em breve a água será causa principal de conflitos entre nações. Há sinais dessa tensão em áreas do planeta como Oriente Médio e África. Mas também os brasileiros, que sempre se consideraram dotados de fontes inesgotáveis, veem algumas de suas cidades sofrerem falta de água. A distribuição desigual é causa maior de problemas. Entre os países, o Brasil é privilegiado com 12% da água doce superficial no mundo. 17ª questão Aponte um recurso natural que já é motivo de conflito entre nações. 18ª questão Considere a expressão, mas também e indique: seu valor semântico: o valor semântico da palavra mas, isoladamente: 19ª questão Reestruture o fragmento a seguir, utilizando-se de uma conjunção causal: A distribuição desigual é causa maior de problemas. Fragmento para a 20ª, 21ª, 22ª, 23ª, 24ª, 25ª e 26ª questões. Outro foco de dificuldades é a distância entre fontes e centros consumidores. É o caso da Califórnia (EUA), que depende para abastecimento até de neve derretida no distante Colorado. E também é o caso da cidade de São Paulo, que, embora nascida na confluência de vários rios, viu a poluição tornar imprestáveis para consumo as fontes próximas e tem de captar água de bacias distantes, alterando cursos de rios e a distribuição natural da água na região. Na última década, a quantidade de água distribuída aos brasileiros cresceu 30%, mas quase dobrou a proporção de água sem tratamento (de 3,9% para 7,2%) e o desperdício ainda assusta: 45% de toda a água ofertada pelos sistemas públicos. 20ª questão Ao início do excerto se lê: Outro foco de dificuldades é a distância entre fontes e centros consumidores. Indique o foco anteriormente apontado. 21ª questão

11 Explicite o ponto de vista que se infere a partir da palavra emoldurada no fragmento, até. 22ª questão O autor aponta a distância entre fontes e centros consumidores como uma das dificuldades a ser superada para garantir o abastecimento de água em grandes centros e exemplifica com a Califórnia (EUA), que depende para abastecimento até de neve derretida no distante Colorado. A- Localize em um mapa dos Estados Unidos: Califórnia e Colorado. B- Em seguida, o Sistema Cantareira, que abastece de água a região metropolitana de São Paulo. C- Por fim, compare as duas distâncias e aponte uma nova alternativa para captação de água para abastecimento da referida metrópole. 23ª questão Considere o valor semântico da conjunção em destaque e justifique sua presença no contexto em que se insere. [...] é o caso da cidade de São Paulo, que, embora nascida na confluência de vários rios, viu a poluição tornar imprestáveis para consumo as fontes próximas e tem de captar água de bacias distantes, [...] 24ª questão No fragmento a seguir, não está totalmente claro o que se informa. Releia-o, pesquise sobre o que se aborda e reescreva-o deixando-o mais compreensível. Na última década, a quantidade de água distribuída aos brasileiros cresceu 30%, mas quase dobrou a proporção de água sem tratamento (de 3,9% para 7,2%) e o desperdício ainda assusta: 45% de toda a água ofertada pelos sistemas públicos. 25ª questão Indique o pressuposto que se deduz a partir da palavra em destaque abaixo. [...] o desperdício ainda assusta: 45% de toda a água ofertada pelos sistemas públicos. 26ª questão Pesquise sobre as formas de desperdício de água e qual delas e a maior responsável pelo percentual de 45%. 27ª questão Atenha-se à estruturação do período abaixo.

12 A água limpa está cada vez mais rara na Zona Costeira e a água de beber cada vez mais cara. Analise se o período pode ser reescrito da forma que se apresenta a seguir, sem que se altere o sentido original: A água limpa está cada vez mais rara e cara na Zona Costeira. 28ª questão Relacione a afirmação de Heller, texto I, ao fragmento do texto II, ambos transcritos a seguir. [...] estiagem não deve se converter em escassez no sistema de abastecimento. [Para isso] é necessário haver planejamento para pensar em medidas que evitem a falta de água, afirma Heller [...] Nas cidades, os problemas de abastecimento estão diretamente relacionados ao crescimento da demanda, ao desperdício e à urbanização descontrolada que atinge regiões de mananciais. Na zona rural, os recursos hídricos também são explorados de forma irregular, além de parte da vegetação protetora da bacia (mata ciliar) ser destruída para a realização de atividades como agricultura e pecuária. Não raramente, os agrotóxicos e dejetos utilizados nessas atividades também acabam por poluir a água. A baixa eficiência das empresas de abastecimento se associa ao quadro de poluição: as perdas na rede de distribuição por roubos e vazamentos atingem entre 40% e 60%, além de 64% das empresas não coletarem o esgoto gerado. O saneamento básico não é implementado de forma adequada, já que 90% dos esgotos domésticos e 70% dos afluentes industriais são jogados sem tratamento nos rios, açudes e águas litorâneas, o que tem gerado um nível de degradação nunca imaginado. 29ª questão Segundo o texto em estudo Após a Rio-92, especialistas observaram que as diretrizes e propostas para a preservação da água não avançaram muito e redigiram a Carta das águas doces no Brasil. Entre os tópicos abordados, ressaltam a importância de reverter o quadro de poluição, planejar o uso de forma sustentável com base na Agenda 21 e investir na capacitação técnica em recursos hídricos, saneamento e meio ambiente, além de viabilizar tecnologias apropriadas para as particularidades de cada região. Leia a referida Carta e aponte uma proposta para acelerar a efetivação do que nela se propõe. Carta das águas doces no Brasil REVERSÃO DO QUADRO ATUAL DE POLUIÇÃO A maior prioridade nacional em recursos hídricos e saneamento ambiental, é a reversão urgente do dramático quadro de desperdício e poluição dos corpos de água, para níveis compatíveis com a sustentabilidade, em curto,

13 médio e longo prazos. Esta ação é urgente, tanto nos grandes centros urbanos - devido ao lançamento de esgotos não tratados nos corpos de água, falta de coleta e disposição adequada do lixo em geral, caótica ocupação do meio físico urbano -, como no meio rural, tendo em vista os intensos processos de erosão do solo agrícola e uso intensivo e desordenado de insumos químicos na agricultura. EFICIÊNCIA DOS USOS Buscar a eficiência dos serviços de saneamento básico - água, esgoto, coleta e disposição de resíduos urbanos - cuja situação dominante ainda é caracterizada pelas grandes perdas de água tratada nas redes de distribuição, grandes desperdícios pelos usuários e convívio com a maior parte do lixo que se produz. Na agricultura, a situação não é menos crítica, na medida em que se tem a erosão intensiva do solo e a predominância do uso de métodos de irrigação de superfície (inundação, pivô central, canhão aspersor e similares) cuja eficiência é das mais baixas, na maioria dos casos. Da indústria sequer se tem informações sobre as condições de uso e proteção das águas. USO E PROTEÇÃO DAS ÁGUAS STERRÂNEAS As águas subterrâneas, notável patrimônio nacional que vem sendo rapidamente apropriado pelos setores econômicos dominantes, ainda estão desprotegidas jurídica e institucionalmente, tanto no nível federal, estadual e municipal. Devido à falta de fiscalização e controle, poços mal construídos ou abandonados, sem qualquer medida de proteção, constituem os principais focos de poluição do manancial subterrâneo no meio urbano, enquanto que, no meio rural, os riscos são gerados, principalmente, pelo uso intensivo e desordenado de insumos químicos na agricultura. PLANEJAMENTO E GESTÃO INTEGRADOS Promover o planejamento e a gestão integrados dos aspectos quantitativos e qualitativos, das fases aérea, superficial e subterrânea do ciclo hidrológico, dos usos múltiplos, da conservação e proteção dos demais recursos ambientais, do uso de agrotóxicos e fertilizantes, do manejo de solo e água em harmonia com os planos diretores de desenvolvimento regionais, municipais e com os conceitos de usuário-pagador e poluidor-pagador. A gestão integrada dos recursos hídricos - tarefa essencial do desenvolvimento sustentável - deve seguir um modelo que reconheça a necessidade de descentralizar o processo decisório, e não somente as ações, para contemplar, adequadamente as diversidades e peculiaridades físicas, sociais, econômicas, culturais e políticas, tanto regionais como estaduais, municipais ou de unidades hidrográficas críticas. DESCENTRALIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO Considera-se fundamental a descentralização do poder estabelecido na Constituição Federal de 1988, facultando aos estados legislar sobre águas, em caráter supletivo e complementar à União, de forma a propiciar ao país, rapidamente, arcabouço legal indispensável para a gestão dos recursos hídricos. Somente assim, será possível enfrentar, imediatamente, problemas emergentes, em bacias hidrográficas críticas, como a poluição, as secas e as inundações. A participação da sociedade é importante, para o desenvolvimento de novos valores que ajudem os indivíduos e as organizações públicas e privadas a enfrentar as realidades sociais, ambientais e de desenvolvimento que se encontram em rápida transformação. O que a sociedade precisa é de estímulo à participação na definição das prioridades e na forma como elas se inserem num plano de conjunto que se desdobra ao longo do tempo. Só assim poderemos ter a discussão democrática que é o oposto da manipulação, ou do tradicional paternalismo do Estado. Assim, obtém-se o compromisso e a ação dos cidadãos, base da legitimidade de todo o poder. RECURSOS HUMANOS, TECNOLOGIA E DIFUSÃO O País precisa valorizar sua capacidade técnica em recursos hídricos, saneamento e meio ambiente, representada pelos profissionais pertencentes a órgãos e entidades públicas, a universidades e centros de pesquisa e empresas

14 privadas de consultoria especializada - gravemente ameaçados pela crise política e econômica da última década - e promover a cooperação internacional. É necessário desenvolver e adaptar tecnologias apropriadas às peculiaridades das regiões brasileiras, capacitar e treinar recursos humanos para aplicá-las, evitando que o país fique defasado ou exclusivamente dependente da importação tecnológica. É necessário, também, a difusão de valores, normas de ação e comportamento sobre a importância da água como recurso econômico de valor estratégico e ambiental, e referentes à compatibilização dos diversos usos com a sua proteção e conservação, assim como dos demais recursos ambientais. HARMONIZAÇÃO DAS POLÍTICAS DESENVOLVIMENTISTAS As disposições da Constituição Federal de 1988, das Constituições Estaduais de 1989, dos Planos Estaduais de Recursos Hídricos, leis e regulamentos específicos e a Lei Federal número de 8 de janeiro de que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos - constituem o alicerce legal às ações. Portanto, considerando o interesse da sociedade brasileira em promover o desenvolvimento sustentável nos moldes preconizados na Agenda 21, é fundamental que as políticas econômicas, dos recursos hídricos e do meio ambiente se harmonizem e se articulem rápida e sinceramente, que se tenha ação harmônica da União, dos Estados, dos municípios, dos usuários das águas e da sociedade. A estratégia de articulação deverá contemplar a necessidade de progressiva compatibilização da legislação das águas, do meio ambiente e das políticas de saúde e econômicas. A Carta das Águas Doces no Brasil é o documento que resulta do seminário A evolução dos mananciais das grandes cidades brasileiras e do workshop Águas doces brasileiras, patrocinado pela ABAS - seção São Paulo - e Sabesp (27-janeiro/03-março 1997), contribuição para a Rio Rio de Janeiro, 13-19/03/97. Acesso em 20 fev ª questão Indique, em relação à Carta, um aspecto no qual já tenha havido algum avanço e um em relação ao qual não se tem observado progressos. 31ª questão Considere que a Carta das águas doces foi redigida em 1992, para apresentar uma hipótese que justifique a atual crise de água e energia vivida, sobretudo pela região Sudeste.

15 TEXTO III Conheça os negócios ameaçados de extinção pela falta d'água Ruth Costas Da BBC Brasil em São Paulo 12 fevereiro 2015 Renato Soares na lavanderia da família: negócio de 33 anos. Aberta há 33 anos, a lavanderia de Renato Soares em São Paulo já passou por toda sorte de dificuldades. Sobrevivemos a períodos de recessão, hiperinflação, mudanças arbitrárias na lei e às dificuldades criadas pela intrincada burocracia e sistema brasileiro de impostos. Também fomos roubados duas vezes. Então, a essa altura, não imaginava que chegaria o dia em que teria de pensar em fechar meu negócio, diz ele. Mas como posso operar uma lavanderia sem água? A instabilidade no suprimento de água já está dificultando a vida de milhares de pequenas empresas e comércios, como a lavanderia de Renato. E caso se confirme a necessidade de um racionamento severo, que envolva quatro ou cinco dias sem água, muitos temem ter de fechar as portas. Entre os que podem ter suas atividades inviabilizadas pela falta d'água estão lava-rápidos, cabeleireiros e produtores de hortaliças. Também pequenos produtores de laticínios, porque eles precisam de água para a higienização dos utensílios usados na fabricação de queijo, diz Pedro Parreira, diretor da Parcon Consultoria, especializada em pequenas e médias empresas, que tem clientes em dois Estados que sofrem com a seca: Minas Gerais e São Paulo. O governo está preocupado com as demissões das grandes montadoras, mas acho que deveria olhar também para os pequenos negócios. Eles são os grandes empregadores do país - e

16 muitos não vão sobreviver a um possível racionamento de água e energia combinado com uma conta de luz mais cara. Dificuldades Renato diz que, no momento, a região em que a sua lavanderia se encontra tem tido água apenas seis horas por dia, começando às sete da manhã. Por enquanto, ele tem conseguido dar conta da demanda, pedindo que seus funcionários cheguem mais cedo o que significa que alguns têm de acordar às 5 da manhã. Mas não sei como poderia sobreviver a cinco dias por semana sem água, diz ele, em referência ao esquema que, segundo o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato Yoshimoto, estaria sendo estudado pela companhia para um cenário mais drástico. E o mais triste é que o que está em jogo não é apenas o meu negócio, mas o trabalho de meus oito funcionários e a vida de suas famílias. Segundo Parreira, as pequenas empresas que quiserem sobreviver ao racionamento terão de fazer adaptações. Elas podem instalar sistemas para captar água das chuvas ou reaproveitar a água já utilizada para atividades como lavar o chão (reúso). Em São Paulo, muitas pequenas empresas também estão investindo na compra de caixas d'água adicionais. A gerente de outra lavanderia, no bairro paulistano de Vila Beatriz, comprou três para tentar sobreviver a um possível racionamento. E ainda assim não sabemos se será suficiente, diz ela. O dono de um estacionamento que oferecia lavagem de carros na região diz que chegou a estudar a adoção de um serviço de lavagem a seco, mas concluiu que a compra do equipamento não valeria a pena diante da demanda mais baixa. Tem sujeira que você não consegue tirar com a lavagem a seco, mas não dava para continuar com a lavagem normal. Há dias em que só tenho água até às 10 da manhã, afirma. Custos Às vezes, as adaptações são pequenas. Em bares e restaurantes paulistas, por exemplo, já é comum receber bebidas em copos de plástico - medida que permite aos estabelecimentos reduzir o volume de água usado para lavar a louça. Outras exigem mais investimentos. De acordo com Parreira, painéis solares e geradores podem ser uma solução para a falta de eletricidade - outra ameaça que tem crescido com a seca, já que algo entre 60% e 70% da energia consumida no Brasil provém de fontes hídricas. Mas a questão é que, para uma pequena empresa, que em geral tem margens de lucro mais baixas, às vezes o custo de se fazer essas adaptações combinado com o custo de uma conta de energia mais cara pode tornar o negócio inviável, diz o consultor.

17 Conheça soluções para a crise da água em 6 cidades do mundo Segundo Alessandra Ribeiro, da Consultoria Tendências, a expectativa é que os brasileiros tenham de arcar com uma conta de luz em média 46% mais elevada este ano. As termelétricas estão sendo acionadas em função dos baixos níveis dos reservatórios de água - e o custo dessa energia é bem maior, diz. Ribeiro explica que é difícil estimar o efeito que a falta d'água pode ter sobre o PIB (Produto Interno Bruto) em função da ausência de um levantamento detalhado sobre a dependência dos diferentes segmentos do setor de serviços desse recurso. "Temos uma ideia de quanto cada indústria usa de água, mas no caso dos serviços é mais complicado. Além disso, para o racionamento de electricidade, já temos uma base de comparação, que é 2001 (quando o governo ordenou que os consumidores reduzissem seu uso de energia de 20%), enquanto que a ameaça de um racionamento de água nessas proporções é algo inédito". Segundo a Tendências, um corte de 10% no consumo de energia este ano teria um efeito de 0,8 ponto sobre o PIB. Nos cálculos do Itaú, um racionamento conjunto de água e energia elétrica teria um efeito negativo de -0,6 ponto percentual. Diante de todas essas dificuldades, é urgente algum tipo de medida para ajudar as pequenas empresas a se adaptarem a nova realidade de crise hídrica e incerteza energética - como incentivos fiscais para a compra de painéis solares e sistemas para captação da água da chuva, opina Parreira. Acesso em 14 fev ª questão Releia o título transcrito abaixo e explique o valor argumentativo de há 33 anos, no contexto enunciativo em que se insere. Aberta há 33 anos, a lavanderia de Renato Soares em São Paulo já passou por toda sorte de dificuldades. 33ª questão Releia o fragmento a seguir com atenção ao efeito de sentido que decorre da palavra em destaque. Sobrevivemos a períodos de recessão, hiperinflação, mudanças arbitrárias na lei e às dificuldades criadas pela intrincada burocracia e sistema brasileiro de impostos. Também fomos roubados duas vezes. Então, a essa altura, não imaginava que chegaria o dia em que teria de pensar em fechar meu negócio, diz ele.

18 A conjunção então é conclusiva. Veja como o Dicionário Aurélio apresenta o verbete concluir: concluir [Do lat. concludere.] Verbo transitivo direto. 1.Pôr fim, término a, ou levar a cabo; acabar, terminar, findar: "veio [de São Paulo] com o curso ainda por acabar. Concluiu-o em Pernambuco." (Pedro Rabelo, A Alma Alheia, p. 42). 2.Ajustar, assentar, firmar definitivamente: Após demorados trâmites, concluíram o acordo. 3.Deduzir, inferir: Pensou, pensou, e concluiu que errara. Verbo transitivo direto e indireto. 4.Ajustar, assentar, firmar definitivamente: "Eleito por 2 meses... Otávio concluiu com Antônio e Lépido o acordo triunviral por 5 anos." (Mecenas Dourado, Mecenas ou o Suborno da Inteligência, p. 57). Verbo transitivo indireto. 5.Acabar(-se), terminar, findar: A conferência concluiu com uma longa citação. 6.Decidir-se, resolver-se: O juiz concluiu pela improcedência da reclamação. Verbo intransitivo. 7.Jur. Ser concludente; merecer fé: O parecer da testemunha conclui, sendo, pois, importante para o julgamento. 8.Terminar de falar: Mal o colega concluiu, contra-arrazoou com veemência. [Conjug.: v. atribuir.] Dicionário Aurélio Eletrônico Considere a acepção 3 para fundamentar o uso dessa conjunção por Renato Soares. 34ª questão Explique se a expressão sublinhada abaixo acentua ou atenua os efeitos da falta de água para a economia. Entre os que podem ter suas atividades inviabilizadas pela falta d'água estão lava-rápidos, cabeleireiros e produtores de hortaliças. Fragmento para a 35ª, 36ª, 37ª e 38ª questões. "O governo está preocupado com as demissões das grandes montadoras, mas acho que deveria olhar também para os pequenos negócios. Eles são os grandes empregadores do país - e muitos não vão sobreviver a um possível racionamento de água e energia combinado com uma conta de luz mais cara." 35ª questão Volte ao texto, localize o fragmento recortado para essa questão e justifique a presença do modalizador acho, no contexto em que se insere. 36ª questão

19 Explique se a retirada do modalizador acho comprometeria o efeito que ele imprime ao que se informa. Para isso, considere que o verbo dever, que o sucede, está no futuro do pretérito do indicativo. 37ª questão Fundamente a utilização da conjunção, mas, tendo em vista seu valor semântico no período em que se insere. 38ª questão Indique a expressão referencial de Eles, que inicia o segundo período do excerto. 39ª questão Um problema recorrente quanto à escolha de mecanismos de coesão é o chamado queísmo : uso repetitivo e desnecessário da palavra que, em situações nas quais poderiam ser utilizadas outras, sem comprometimento da unidade textual. Verifique a recorrência dessa palavra no excerto a seguir e reescreva-o, eliminando as repetições, fazendo apenas os ajustes necessários. Renato diz que, no momento, a região em que a sua lavanderia se encontra tem tido água apenas seis horas por dia, começando às sete da manhã. Por enquanto, ele tem conseguido dar conta da demanda, pedindo que seus funcionários cheguem mais cedo o que significa que alguns têm de acordar às 5 da manhã. 40ª questão Atenha-se à estratégia encontrada por alguns comerciantes para driblar a falta de água. Às vezes, as adaptações são pequenas. Em bares e restaurantes paulistas, por exemplo, já é comum receber bebidas em copos de plástico - medida que permite aos estabelecimentos reduzir o volume de água usado para lavar a louça. Informe-se sobre o que é a água invisível, pesquise quantos litros de água seriam necessários para a produção de um cento de copos descartáveis e explique se a medida adotada pelos bares e restaurantes paulistas é, de fato, eficiente. Fragmento para a 41ª e 42ª questões. Segundo a Tendências, um corte de 10% no consumo de energia este ano teria um efeito de 0,8 ponto sobre o PIB. Nos cálculos do Itaú, um racionamento conjunto de água e energia elétrica teria um efeito negativo de -0,6 ponto percentual. 41ª questão Justifique o artigo feminino no singular, antecedendo o substantivo Tendências.

20 42ª questão Analise se, segundo o fragmento, o racionamento de energia e água terão um impacto positivo ou negativo na economia brasileira. 43ª questão Segundo Pereira, Diante de todas essas dificuldades, é urgente algum tipo de medida para ajudar as pequenas empresas a se adaptarem à nova realidade de crise hídrica e incerteza energética - como incentivos fiscais para a compra de painéis solares e sistemas para captação da água da chuva. Considere os Textos I, II e III para apresentar duas medidas que o governo poderia adotar para que as atuais crises de energia e água não impactem negativamente na economia. TEXTO IV Falta d'água ameaça segurança alimentar no Brasil, diz chefe da FAO João Fellet Enviado especial da BBC Brasil a San Jose (Costa Rica) 2 fevereiro 2015 Diretor-geral da FAO diz que Brasil precisará ampliar estoques de alimentos por causa das secas A crise hídrica que o Brasil atravessa põe em risco não só o abastecimento de suas cidades, mas também a oferta de alimentos nos mercados do país, diz o brasileiro José Graziano da Silva, diretor-geral da agência da ONU para agricultura e segurança alimentar (FAO). Estamos tendo uma quebra enorme da safra de todos os produtos, diz Graziano. Segundo ele, a estiagem deve resultar em preços mais altos nas prateleiras nos próximos meses.

21 Em entrevista à BBC Brasil, o chefe da FAO afirma ainda que o Brasil terá de ampliar seus estoques de alimentos e privilegiar culturas mais resistentes a secas, fenômeno que deve se tornar cada vez mais frequente por causa das mudanças climáticas. Leia abaixo os principais trechos da entrevista, concedida durante a última cúpula da Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac), na Costa Rica, na semana passada. BBC Brasil - A crise hídrica que o Brasil atravessa pode afetar a segurança alimentar do país? José Graziano - Sem dúvida. Tenho desde 1987 uma pequena chácara perto de Campinas (SP) e nunca meu poço tinha secado. Cheguei a perder árvores frutíferas. É um exemplo de como o Brasil, que não faz uso da irrigação em grande escala e se beneficia muito de um sistema de chuvas regulares, tem sua produção afetada por uma seca como essa. BBC Brasil - A seca é um efeito das mudanças climáticas? Graziano - Na FAO, a nossa avaliação é que neste ano o impacto do El Niño (superaquecimento das águas do Pacífico que esquenta a atmosfera) foi muito maior que o esperado. Nunca havia chegado ao ponto de ameaçar o abastecimento urbano, como estamos vendo em São Paulo. Estamos atravessando o período das águas no Brasil e deveria estar chovendo muito mais do que está. Tivemos deficiência hídrica de praticamente um metro d'água na região centro-sul do Brasil. Espera-se a normalização das chuvas no próximo ano agrícola, que começa em setembro, mas até lá vamos enfrentar resíduos da falta de água e todos os agravantes que isso tem. Estiagem prolongada prejudica a agricultura e expõe deficiência no planejamento de grandes cidades do Sudeste BBC Brasil - Quais agravantes?

22 Graziano - Estamos tendo uma quebra enorme da safra de todos os produtos. Até mesmo da cana de açúcar, que é bastante insensível ao regime de chuvas. Isso vai resultar em aumento de preços. Aliás, estamos vendo muita oscilação de preços resultante do impacto das mudanças climáticas. Há uma irregularidade da produção. Situações de seca, que antes se repetiam a cada cem anos, agora ocorrem a cada 20 anos. O jeito é ter estoques. O Brasil tem alguns estoques bons, como o de milho, fruto da boa colheita do ano passado, mas não tem em outras áreas. Precisa até importar trigo. BBC Brasil - Como reduzir os impactos das mudanças climáticas na produção agrícola? Graziano - Estamos trabalhando muito com a adaptação de culturas à seca. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, estatal ligada ao Ministério da Agricultura) já tomou essa iniciativa e está desenvolvendo variedades até de arroz adaptado à seca. Também devemos substituir culturas. A quinoa demanda muito menos água que o arroz e tem um valor nutritivo muito maior. Estamos promovendo a substituição do trigo nas regiões tropicais e a recuperação de produtos tradicionais. A mandioca, por exemplo, que tinha sido abandonada, hoje está em alta no Caribe, onde está sendo adicionada à confecção do pão para reduzir a dependência da importação do trigo. Outra possibilidade é expandir a irrigação para evitar crises de abastecimento. BBC Brasil - Aumentar a irrigação não é incompatível com o cenário atual, com reservatórios cada vez mais vazios? Graziano - Temos menos água armazenada em São Paulo, mas na Cantareira. A (represa) Billings está cheia. Precisa haver um sistema de integração dessas bacias, porque a distribuição das chuvas é muito errática. Essa prática é muito usada na Ásia. E temos de ter a capacidade de absorver a água da chuva. Na minha chácara, por exemplo, comprei cisternas plásticas e hoje tenho capacidade de armazenar pelo menos 20 mil litros de água da chuva. BBC Brasil - A crise hídrica e a instabilidade na produção de alimentos gerada pelas mudanças climáticas indicam a necessidade de repensar o modelo agrícola do país, hoje muito voltado a commodities para exportação, como a soja? Graziano - Eu diria que se trata mais de pensar em mudanças tecnológicas. No passado, utilizamos intensivamente a mecanização. Hoje estamos promovendo o cultivo mínimo, que significa não arar o solo e manter a vegetação que o cobre. Isso facilita a absorção da água e preserva a matéria orgânica.

23 A Argentina tem hoje mais de 90% de suas áreas de soja e milho baseadas em cultivo mínimo e tem aumentado a produtividade mesmo na seca. Acesso em 16 fev ª questão Fundamente a declaração de Graziano reproduzida a seguir, em um período composto por uma oração principal e uma subordinada adverbial causal. "Estamos tendo uma quebra enorme da safra de todos os produtos", diz Graziano. Segundo ele, a estiagem deve resultar em preços mais altos nas prateleiras nos próximos meses. 45ª questão Releia a ponto de vista de Graziano presente no excerto abaixo e contraponha-o ao de Heller, apresentado no Texto I. Graziano - Na FAO, a nossa avaliação é que neste ano o impacto do El Niño (superaquecimento das águas do Pacífico que esquenta a atmosfera) foi muito maior que o esperado. Nunca havia chegado ao ponto de ameaçar o abastecimento urbano, como estamos vendo em São Paulo. Estamos atravessando o período das águas no Brasil e deveria estar chovendo muito mais do que está. Tivemos deficiência hídrica de praticamente um metro d'água na região centro-sul do Brasil. 46ª questão Considere a parte sublinhada para avaliar se a oscilação nos preços de alimentos será baixa, média, ou alta. Estamos tendo uma quebra enorme da safra de todos os produtos. Até mesmo da cana de açúcar, que é bastante insensível ao regime de chuvas. Isso vai resultar em aumento de preços. Aliás, estamos vendo muita oscilação de preços resultante do impacto das mudanças climáticas. 47ª questão Atenha-se à modalização na resposta a seguir. Graziano - Estamos trabalhando muito com a adaptação de culturas à seca. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, estatal ligada ao Ministério da Agricultura) já tomou essa iniciativa e está desenvolvendo variedades até de arroz adaptado à seca.

24 Justifique a presença de cada uma das palavras emolduradas na resposta reproduzida. 48ª questão Graziano vê a expansão da irrigação como meio de evita a crise de abastecimento, como se apresenta abaixo: A mandioca, por exemplo, que tinha sido abandonada, hoje está em alta no Caribe, onde está sendo adicionada à confecção do pão para reduzir a dependência da importação do trigo. Outra possibilidade é expandir a irrigação para evitar crises de abastecimento. Relacione essa proposta às dificuldades para lidar com a crise hídrica e energética apresentadas no texto III. TEXTO V BRASIL12/02/ :24 Dilma vai vai lançar campanha por economia de água koya79/thinkstock

25 Crise da água: uma das apreensões do governo federal é evitar a mistura da crise energética com a hídrica André Borges, do Estadão Conteúdo Rafael Moraes Moura e Victor Martins, do Estadão Conteúdo Brasília - Preocupado com os desdobramentos da crise hídrica, o governo Dilma Rousseff planeja uma campanha institucional para estimular o uso racional da água. A decisão marca uma mudança de postura do Palácio do Planalto, que até o momento se concentrava na oferta de apoio financeiro aos principais Estados afetados pelos problemas de abastecimento. Uma das apreensões do governo federal é evitar a mistura da crise energética com a hídrica - apesar de as duas questões estarem interligadas, a hídrica tem abalado mais a popularidade do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), conforme mostrou pesquisa do instituto Datafolha. A estratégia de comunicação do governo federal também deve delimitar as responsabilidades de União e Estados na gestão da água. Pela legislação, os serviços de saneamento são geridos exclusivamente pelos Estados. À União cabe o apoio com recursos e medidas que cada ente da federação entenda como necessários. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a campanha sobre o uso racional da água ainda se encontra em estado embrionário, mas a ideia será discutida pela Secretaria de Comunicação Social e pelo Ministério do Meio Ambiente para a formatação final. Internamente, o Planalto avalia que o racionamento de água em São Paulo já é praticamente inevitável, caso não aconteça uma inversão total do cenário de chuvas até o próximo mês. Integrantes do governo comemoraram o volume de chuvas já registrado neste mês, mas ressaltam que o cenário para março e abril ainda é incerto. A situação é diferente no setor elétrico, no qual a gestão da energia é centralizada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que tem participação direta do Ministério de Minas e Energia. É o ONS que coordena e controla a operação das instalações de geração e transmissão de energia, sob a fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Aneel também fará campanha pelo uso racional de energia. Impactos Os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Nelson Barbosa (Planejamento), Jaques Wagner (Defesa), Gilberto Kassab (Cidades), Gilberto Occhi (Integração

26 Nacional), Kátia Abreu (Agricultura) e Eduardo Braga (Minas e Energia) se reuniram ontem no Planalto para discutir o impacto da crise hídrica na agropecuária. A ministra da Agricultura reconheceu a gravidade da estiagem no País. "É claro que temos uma crise hídrica, mas temos a água como compromisso desde a posse no ministério. Ela será um produto a mais na nossa cesta", afirmou Kátia Abreu, ao apresentar um hotsite ( que vai oferecer diagnósticos recorrentes sobre a situação hídrica no País e o impacto da falta de chuvas na produção de alimentos. Kátia disse, porém, que o governo não vê "caos" na atual conjuntura e evitou comentar um eventual rodízio de água em São Paulo. Isso é decisão do Estado de São Paulo, do governo de São Paulo. Tenho certeza de que o governo de São Paulo vai saber tomar a decisão adequada para atender a população. Alimentos Segundo o governo, no caso da cana, 66,04% dos municípios produtores (que representam 80% da safra) tinham, em janeiro, umidade do solo abaixo da média histórica; no caso do café, essa taxa é de 90,98%; para o trigo, 39,25%; para soja, 52,47%; e para milho primeira safra, 53,78%. Os dados foram coletados nos primeiros 20 dias de janeiro. Kátia Abreu minimizou, no entanto, um possível impacto das condições climáticas no preço dos produtos. "É coisa sazonal, já vimos no passado o caso do tomate, não é estrutural." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Tópicos: Governo Dilma, Água Acesso em 17 fev. 2015

27 49ª questão Releia os fragmentos a seguir e posicione-se em relação à atitude do Planalto, tendo em vista a Carta das águas doces. Preocupado com os desdobramentos da crise hídrica, o governo Dilma Rousseff planeja uma campanha institucional para estimular o uso racional da água. A decisão marca uma mudança de postura do Palácio do Planalto, que até o momento se concentrava na oferta de apoio financeiro aos principais Estados afetados pelos problemas de abastecimento. 50ª questão Explique por que, segundo o texto, o Planalto tem maior responsabilidade em relação à crise de energia que à de água. 51ª questão Avalie se a entrevista realizada com Graziano, chefe da FAO (texto IV) justifica a reunião a que se faz referência a seguir: Os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Nelson Barbosa (Planejamento), Jaques Wagner (Defesa), Gilberto Kassab (Cidades), Gilberto Occhi (Integração Nacional), Kátia Abreu (Agricultura) e Eduardo Braga (Minas e Energia) se reuniram ontem no Planalto para discutir o impacto da crise hídrica na agropecuária. 52ª questão Analise se há um paradoxo entre as seguintes declarações da ministra Kátia Abreu. A ministra da Agricultura reconheceu a gravidade da estiagem no País. Kátia disse, porém, que o governo não vê "caos" na atual conjuntura [...] 53ª questão Atenha-se aos dados a seguir: Segundo o governo, no caso da cana, 66,04% dos municípios produtores (que representam 80% da safra) tinham, em janeiro, umidade do solo abaixo da média histórica; no caso do café, essa taxa é de 90,98%; para o trigo, 39,25%; para soja, 52,47%; e para milho primeira safra, 53,78%. Os dados foram coletados nos primeiros 20 dias de janeiro.

28 Justifique, com base no que se veicula na mídia sobre a incidência de chuvas em todo o Brasil, e nas regiões em que cada um desses produtos é cultivado, por que a umidade abaixo da média histórica é menor para o trigo. 54ª questão PRODUÇÃO DE TEXTO Uma das apreensões do governo federal é evitar a mistura da crise energética com a hídrica - apesar de as duas questões estarem interligadas, [...] Produza um texto dissertativo argumentativo, explicando a relação entre a crise hídrica e a energética e analisando se o governo poderia ter evitado ambas. TEXTO VI BRASIL11/02/ :54 Rodízio se faz quando tem água, alerta presidente da ANA Nelson Almeida/AFP

29 O presidente da ANA afirma que a crise do Cantareira se evidenciou no começo de janeiro de 2014, ainda durante o período chuvoso Fabio Leite, do Estadão Conteúdo Brasília - Um ano após o início da crise no Sistema Cantareira, o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, afirmou que "há um problema de gestão terrível" por parte do governo de São Paulo, uma vez que 22% da população ainda continua consumindo mais água hoje. Em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de São Paulo, Andreu diz que os novos gestores paulistas da crise repetem o discurso do governador Geraldo Alckmin (PSDB) ao dizer que "é preciso atravessar o deserto de 2015". E acha que o gatilho para o rodízio já passou. As críticas não foram bem recebidas pelo governo do Estado. O senhor Vicente Andreu é, no mínimo, desrespeitoso com o governo que trabalha há um ano de forma ininterrupta para garantir o abastecimento de água para a população de São Paulo, afirmou o subsecretário de Comunicação do Estado, Marcio Aith. A Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos optou por não comentar as declarações. Andreu afirma que a crise do Cantareira se evidenciou no começo de janeiro de 2014, ainda durante o período chuvoso, mas que ela tomou dimensão real no mês de fevereiro, quando a vazão afluente é extremamente baixa. A dimensão real da crise aparece em fevereiro. Em novembro e dezembro, havia expectativa de que houvesse reversão, diz o presidente da ANA. Questionado sobre o fato das vazões estarem abaixo da média desde agosto de 2012 e desde maio de 2013 o sistema perder mais água do que ganha, Andreu afirma que, Em uma série de longo prazo, o comportamento de 2012 até 2014 é recorrente. Não é absolutamente inédito. Sobre o rodízio em São Paulo ter sido vetado pelo governo Alckmin há um ano, Andreu diz não opinar sobre as questões de operação da Sabesp. Desde aquela época, já se manifestavam duas visões opostas em termos de gestão da crise. A nossa, já naquela época, estabelecia uma

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