ANÁLISE DESCRITIVA DOS RECÉM-NASCIDOS COM MALFORMAÇÃO CONGÊNITA NO ESTADO DE PERNAMBUCO
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- Daniela Molinari Mangueira
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1 ANÁLISE DESCRITIVA DOS RECÉM-NASCIDOS COM MALFORMAÇÃO CONGÊNITA NO ESTADO DE PERNAMBUCO DESCRIPTIVE ANALYSIS OF NEWBORNS WITH CONGENITAL MALFORMATION IN PERNAMBUCO Cristina Rosane Jordão Braga Vilaça 1 Rita de Cássia Gonzaga Martins 2 RESUMO A pesquisa traça o perfil epidemiológico dos recém-nascidos com malformação congênita residentes em Pernambuco no ano de Sabendo-se que a malformação congênita consiste de alterações ocorridas durante o processo de divisão celular ou distúrbios genéticos e que fatores socioeconômicos e socioculturais também interferem neste processo. Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, quantitativo e descritivo. Foram utilizados dados secundários extraídos do Sistema de Informação sobre Nascido Vivo - SINASC. A variável dependente foi presença de malformação congênita ao nascer e as variáveis independentes dados ligados à mãe e aos recém-nascidos. Das crianças nascidas vivas, foram notificadas com malformação congênita. Nestes recém-nascidos constatou-se que a maioria era meninos, com peso adequado, nascidos a termo e com predomínio de malformação do aparelho osteomuscular. E as mães eram adultas jovens, solteiras, boa escolaridade e a maioria foram submetidas a parto cesariano. Prevaleceu como local de ocorrência do parto, o hospitalar. Sendo observado há necessidade de realizar pesquisa mais aprofundada a respeito do tema tratado. Bem como, rever a assistência prestada a essas mães do ponto de vista qualitativo. Conclui-se assim que medidas preventivas são de real importância e urgência. 1 Mestre em Vigilância sobre Saúde, pela Universidade de Pernambuco UPE. Professora do Centro Universitário do Vale do Ipojuca UNIFAVIP. Endereço: Avenida Leão Dourado, 1340, Bairro Kennedy, CEP: , Caruaru-PE. cristina.rosane@hotmail.com 2 Especialista em Neurofuncional FIR. Endereço: Rua Agrestina, n.145, Boa vista I, Caruaru-PE. Telefones: (81) / / ritamartins_ri@hotmail.com Ano 13, v. 10, n. 1 - Edição Especial VEREDAS MPCT
2 Havendo a necessidade de contato mais direto com as parturientes a fim de conscientizar essas mães dos riscos os quais estão expostos a sua saúde e a do embrião em formação. Palavras-chave: Recém-nascidos. SINASC. Malformação congênita. ABSTRACT The research traces an epidemiologic profile of newborns with congenital malformation living in the state of Pernambuco in It is known that congenital malformation consists in alterations during the cell-splitting process or genetic disturbance and the social-economic and sociocultural factors, which interfere in this process as well. It is an epidemiologic study, transversal, quantitative and descriptive. It was used secondary data extracted from the SINASC (Information system about the living newborn). The dependent variable was the presence of congenital malformation when they are born, while the independent variable data is connected to the mother and the newborn. From the newborn children alive, were notified with congenital malformation. In this group, most of them are boys, with average body weight and normal pregnancy time and predominance malformation of the musculoskeletal system. The mothers were young, single, with good education and most of them were submitted to caesarean section. The hospital was the main childbirth place. While observed, there is a need to perform a deeper research about this subject, as well as review the given assistance to these mothers in a qualitative point of view. It is concluded that the preventive measures are really important and urgent. There is a need to have a more direct contact with the mothers in order to raise awareness in them about the risks that are being exposed to them and the developing fetus. Keywords: Newborn. SINASC. Congenital malformation. 1 INTRODUÇÃO As malformações congênitas (MC) consistem em uma anormalidade estrutural decorrente de defeitos durante o processo de divisão celular ou distúrbios genéticos. Acontecem durante o processo embrionário onde ocorrem as divisões celulares que dão origem a formação e o desenvolvimento fetal, sendo perceptíveis ao nascimento ou com o passar do tempo (GEREMIAS; ALMEIDA; FLORES, 2009); (SANTOS; DIAS, 2005). Podem ser classificadas em quatro tipos que são as malformações, as rupturas, as deformações e as displasias. As malformações ocorrem no processo inicial de formação do feto ocorrendo interrupção ou alteração da formação de tecidos e órgãos. As rupturas são as interrupções ou destruições de estruturas previamente formadas. A deformação ocorre por atuação de forças mecânicas que distorcem as estruturas do embrião, e as displasias são desordens das células teciduais alterando a formação dos órgãos (NUNES, 2010). Na saúde os meios preventivos se dividem em três níveis de prevenção: Prevenção primária acontece no período pré-concepcional agindo diretamente com pessoas sadias a fim Ano 13, v. 10, n. 1 - Edição Especial VEREDAS MPCT
3 de evitar e orientar as precauções quanto à exposição aos fatores predisponentes; Prevenção secundaria, onde no período pré-natal há a detecção do quadro patológico e a partir disto tomam-se medidas interventistas objetivando evitar a evolução patogênica e assim, a ocorrência de sequelas e por fim, a Prevenção terciária atuante na fase pós-natal, onde a doença já se encontra instalada, agindo no processo de reabilitação e adequação do indivíduo (SANTOS; DIAS, 2005); (MELO et al., 2010). Algumas atividades podem ser desenvolvidas a fim de realizar de maneira mais eficaz a prevenção dessa patologia, causando assim a redução da ocorrência de MC, e uma delas seria traçar um perfil epidemiológico das parturientes analisando o estilo de vida das mesmas durante os períodos pré-concepcional e pré-natal. Tais informações podem ser adquiridas nas fichas cadastrais de assistência médica e nos prontuários hospitalares, e uma vez levantados os dados cadastrais, metas poderão ser traçadas a fim de agir de forma preventiva com essas pacientes, já que se sabe através das pesquisas existentes na área, que vários fatores relacionados à mãe podem influenciar no aparecimento da MC. Pode ser apontado, por exemplo, como fator interferente as questões socioeconômicas relacionadas a hábitos de vida, como o uso abusivo de drogas, álcool, tabagismo e má alimentação materna (PEREIRA et al., 2011). Também existem estudos que mencionam a associação da malformação congênita com o uso de medicamentos antipsicóticos e abortificantes. Pereira (2011), em sua pesquisa verificou que mães com distúrbios da saúde mental que fazem uso de medicamentos antipsicóticos, podem desenvolver problemas na relação mãe-bebê. Bem como, estudo realizado por Moreira e colaboradores (2001), acerca do uso de abortificantes verificaram que dos 38 recém-nascidos com malformação congênita, 14 tinham mães que fizeram uso de abortivos no período gestacional. A faixa etária também é encontrada como fator de risco para essa patologia, visto que em mães com idade superior a 35 anos são mais frequentes as ocorrências de síndromes genéticas; bem como o surgimento de patologias durante o período gestacional que pode vir a interferir de forma direta no processo de maturação fetal (RAMOS; OLIVEIRA; CARDOSO, 2008). Diante do exposto, o presente estudo teve o objetivo de traçar o perfil dos recémnascidos com malformação congênita, residentes no estado de Pernambuco no ano de 2014, com a finalidade de conhecer melhor essa realidade, uma vez que existem poucos estudos em nossa região, bem como, servir de base para contribuir com a pesquisa nessa área. Ano 13, v. 10, n. 1 - Edição Especial VEREDAS MPCT
4 2003). Os dados secundários foram extraídos do Sistema de Informação sobre Nascidos 2 MÉTODO O presente trabalho trata-se de um estudo epidemiológico do tipo transversal, quantitativo e de caráter descritivo. Os estudos seccionais ou de corte transversal produzem perfis instantâneos da situação de saúde da população investigada, com base na avaliação individual da condição de saúde de cada membro da comunidade ou população estudada (KLEIN; BLOCH, 2008). O baixo custo, a simplicidade analítica e o alto potencial descritivo são vantagens desse tipo de estudo; tendo como desvantagens a vulnerabilidade a vieses, o que impede o teste de hipóteses de causalidade na grande maioria dos estudos em que esse desenho é utilizado, limitando-se apenas ao teste de hipóteses de associação (FILHO; ROUQUAYROL, Vivos (SINASC), do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e referentes ao estado de Pernambuco, através do site Tendo o estado de Pernambuco tem ,315 km 2 de extensão territorial, 184 municípios e um território estadual (Fernando de Noronha), esses municípios se encontram dividido em quatro macrorregiões (Região Metropolitana do Recife, Zona da Mata, Agreste e Sertão) e essas macrorregiões divididas em 12 regionais de saúde (PERNAMBUCO, 2012). O SINASC foi instituído no ano de 1990 pelo Ministério da Saúde fazendo uso de um documento padrão, a Declaração de Nascidos Vivos DN. Por meio deste documento, tem seu preenchimento como sendo obrigatório independente do local de ocorrência do parto, temos acesso a todos os dados e características da mãe e do recém-nascido (LUQUETTI; KOIFMAN, 2010). Durante a obtenção dos dados, a variável dependente utilizada foi à presença de anomalias congênitas detectadas ao nascimento, as variáveis independentes que foram analisadas estão relacionadas tanto a mãe quanto ao recém-nascido. Para a mãe foram elencadas as seguintes variáveis independentes: idade, escolaridade, estado civil, tipo de parto e realização de consultas de pré-natal. Para o recémnascido foram analisados o local de ocorrência do parto, sexo, idade gestacional, peso e o tipo de malformação congênita que foi desenvolvida. Os dados foram coletados pelo DATASUS tendo por base as estatísticas vitais e sendo processado pelo Tabnet (Tabulador de dados do SINASC). A análise estatística dos dados foi realizada pelo Programa Microsoft Excel 2010, bem como a construção das tabelas. Foi realizada uma análise comparativa entre os resultados obtidos nas pesquisas realizadas no Ano 13, v. 10, n. 1 - Edição Especial VEREDAS MPCT
5 SINASC para o ano de 2014 e os obtidos em pesquisas que abordaram temas referentes à incidência de malformação congênita. Por se tratarem de dados secundários e de domínio público não houve a necessidade de submissão ao Comitê de Ética e Pesquisa, mas, todo o conteúdo deste estudo esteve de acordo com a Resolução Nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, pois o mesmo não trouxe implicações éticas para o seu desenvolvimento e não houve acesso às informações pessoais do grupo populacional pesquisado. 3 RESULTADOS/DISCUSSÕES Avaliando o banco de dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos, do estado de Pernambuco, no ano de 2014, observou-se que foram registradas crianças nascidas vivas, destas apresentaram algum tipo de malformação congênita. Foi observado também um número de 413 recém-nascidos em que na declaração de nascido vivo o campo que aborda presença ou não de malformação encontrava-se com a informação ignorada, levando a crer que o número de crianças com malformação congênita poderia ser ainda maior. A Tabela 1 revela os dados referentes às características das mães que tiveram filhos com malformação congênita, para o ano de 2014, dentre as quais destacamos a idade, a escolaridade, o estado civil, o tipo de parto e as consultas de pré-natais. Observou-se que das parturientes registradas no SINASC, 48,0% tinham idade entre 20 a 29 anos; 56,4% declararam escolaridade de 8 a 11 anos de estudo; 43,7% eram solteiras; 56,7% tiveram seus filhos de parto cesariano e 52,9% realizaram sete ou mais consultas de pré-natal. Analisando os estudos que abordaram o perfil das mulheres que tiveram filhos com malformação congênita, constatou-se que os índices de registros das parturientes com idade entre 20 a 29 anos tiveram semelhante destaque nas demais pesquisas publicadas, corroborando com os resultados deste estudo (RAMOS; OLIVEIRA; CARDOSO, 2008); (MELO et al., 2010); (NASCIMENTO et al., 2001). Dentre as pesquisas realizadas, foram encontradas semelhanças com os resultados obtidos nesta pesquisa para o grau de escolaridade das mães, apontando um nível de instrução superior a nove anos (MELO et al., 2010); (SILVA; PELLOSO, 2009); (MACIEL et al., 2006). No presente estudo foi encontrado um valor de 43,7% de mulheres solteiras que tiveram filhos com MC contra 27,3% de mulheres casadas. Diferentemente da realizada no Ano 13, v. 10, n. 1 - Edição Especial VEREDAS MPCT
6 município de Cáceres- Mato Grosso, onde 39,1% das mulheres eram casadas contra 32,2% de mulheres solteiras (REIS, 2010). Muito embora o tipo de parto não venha interferir na ocorrência das malformações congênitas, observou-se predominância de partos cesarianos nos registros desses recémnascidos. Tal dado pode estar associado ao fato de na maioria dos casos o diagnóstico patógeno ter sido feito precocemente e de vivermos num país em que, infelizmente, a maioria das mulheres opta por partos cesarianos. O número de consultas de pré-natal encontrado no estudo estava dentro dos valores satisfatórios para uma boa assistência ao embrião, possibilitando a identificação precoce de fatores de risco e possível intervenção cirúrgica intrauterina a fim de evitar danos futuros ao mesmo (MACIEL et al., 2006). TABELA 1 Distribuição dos Recém-nascidos com malformação congênita segundo características da mãe. Pernambuco, Características da mãe Escolaridade N % Estado civil N % Nenhuma 11 0,9 Solteira ,7 1 a 3 anos 58 4,7 Casada ,3 4 a 7 anos ,1 Viúva 4 0,3 8 a 11 anos ,4 Separada judicialmente 8 0,7 12 anos e mais ,0 União consensual ,3 Ignorado 11 0,9 Ignorado 8 0,7 Idade N % Consulta Pré-natal N % 10 a 14 anos 10 0,8 Nenhuma 25 2,0 15 a 19 anos ,5 De 1 a 3 consultas ,4 20 a 29 anos ,0 De 4 a 6 consultas ,5 30 a 39 anos ,6 7 ou mais consultas ,9 40 a 49 anos 62 5,1 Ignorado 14 1,1 Tipo de parto N % Vaginal ,8 Cesário ,7 Ignorado 6 0,5 Observando-se algumas características dos recém-nascidos com malformação congênita apresentada na Tabela 2, notou-se que a maioria era do sexo masculino (61,0%), possuía peso (71,6%) e idade gestacional (69,7%), adequados. Verificou-se, também, um discreto percentual de crianças com informação ignorada (1,4%) com relação ao sexo. Isso Ano 13, v. 10, n. 1 - Edição Especial VEREDAS MPCT
7 pode está associado ao fato de algumas anomalias congênitas não permitirem a identificação do gênero. A predominância do sexo masculino nesta pesquisa foi similar ao encontrado no estudo realizado no município de Vitória- ES, que foi de 58,2% para o sexo masculino e 41,8% para o sexo feminino (MACIEL et al., 2006). Tanto para o peso ao nascer quanto para a idade gestacional, o presente estudo assim como os estudos de Melo (2010) e Nascimento (2006), apontam que as crianças nascidas com peso normal e idade gestacional superior a 37 semanas apresentaram maior percentual para MC em contra partida RAMOS (2008), aponta 56,7% crianças nascidas pré-termo com MC contra 20% nascida a termo com MC. TABELA 2 Distribuição dos Recém-nascidos com malformação congênita segundo sexo, peso e idade gestacional. Pernambuco, Características dos Recém-nascidos Sexo N % Peso ao nascer N % Masculino ,0 Baixo peso ,9 Feminino ,6 Peso normal ,6 Ignorado 17 1,4 Acima do peso 55 4,5 Idade gestacional N % < 37 semanas ,4 De 37 a 41 semanas ,7 42 semanas ou mais 39 3,2 Ignorado 8 0,7 Ao verificar o local de ocorrência do parto, detectou-se que, em sua grande maioria, precisamente 99,2% dos casos ocorreram nos Hospitais (Tabela 3). TABELA 3 Distribuição dos Recém-nascidos com malformação congênita segundo local de ocorrência do parto. Pernambuco, Local de ocorrência Nº % Hospital ,2 Outro Estabelecimento de Saúde 4 0,3 Domicílio 3 0,2 Outro 3 0,2 Total ,0 Ano 13, v. 10, n. 1 - Edição Especial VEREDAS MPCT
8 Dentre os tipos de Malformação congênita registradas, as mais comuns segundo dados do SINASC, foram: as alterações do aparelho osteomuscular com 30,6% dos casos, representando o grupo de recém-nascidos que apresentaram deformidade ou agenesia total ou parcial dos segmentos osteomuscular, seguidas das outras malformações congênitas apresentaram um percentual de 13,7% e das deformidades congênitas dos pés com 12,0% mas não podemos deixar de atentar para as outras malformações do aparelho geniturinário que apresentaram um valor significativo, 10,9% dos casos registrados (Tabela 4). Quando nos reportamos para a variável, tipo de malformação congênita, apresentada pelo recém-nascido detectamos que a mais frequente é a falha do sistema osteomuscular, esta ocorre provavelmente entre a quarta e a oitava semana de vida intrauterina, com causa em geral desconhecida, mas pode estar ligada ao uso de medicamentos abortivos nas primeiras semanas de gestação (MOREIRA et al., 2001). Na pesquisa realizada por Reis (2010), foi encontrada a ocorrência de genitália ambígua, epispádia e a hipospádia, para os casos de malformação do aparelho geniturinário. Sendo a ambígua, presença de características de dois sexos em uma mesma genitália mais frequente com 1,14%, para a pesquisa. TABELA 4 Distribuição dos Recém-nascidos segundo tipo de malformação congênita. Pernambuco, Tipo de anomalia congênita Nº % Espinha bífida 49 4,0 Outras malformações congênitas do sistema nervoso 91 7,4 Malformações congênitas do aparelho circulatório 54 4,4 Fenda labial e fenda palatina 81 6,6 Ausência atresia e estenose do intestino delgado 2 0,2 Outras malformações congênitas aparelho digestivo 36 2,9 Testículo não-descido 33 2,7 Outras malformações do aparelho geniturinário ,9 Deformidades congênitas do quadril 1 0,1 Deformidades congênitas dos pés ,0 Outr malform e deform congênit aparelho osteomusc ,6 Outras malformações congênitas ,7 Anomalias cromossômicas NCOP 51 4,2 Hemangioma e linfangioma 4 0,3 Total ,0 Ano 13, v. 10, n. 1 - Edição Especial VEREDAS MPCT
9 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Observou-se que os dados coletados para a realização da pesquisa, revelaram mães com faixa etária adulta jovem e com bom grau de escolaridade, na maioria solteira, o que aponta provável gravidez não planejada, e cujo tipo de parto prevaleceu o cesariano, possivelmente em detrimento a um possível diagnóstico prévio de má formação fetal. Os bebês nascidos em Pernambuco no ano de 2014 com malformação congênita apresentaram em sua maioria peso normal e nasceram a termo. O fato de a predominância ser do sexo masculino há a necessidade de aprofundar a pesquisa a fim de detectar se o caractere sexo seja uma variável, possamos assim dizer, determinante para a presença de malformação congênita. Ainda apontamos, dentre a variável tipo de MC em destaque as MC do aparelho osteomuscular, atribuindo a esta, provavelmente, a ação de agentes exógenos como o uso de drogas, por exemplo, que venham a gerar tal dano. Não se pode deixar de destacar a quase totalidade do local do parto ter sido em hospitais, o que garante uma assistência de qualidade ao bebê que necessitará de cuidados especiais, bem como, a parturiente. Conclui-se assim que medidas preventivas são de real importância e urgência. Havendo a necessidade de contato mais direto com as parturientes a fim de conscientizar essas mães dos riscos os quais estão expostos a sua saúde e a do embrião em formação. REFERÊNCIAS FILHO, N. A.; ROUQUAYROL, M. Z. Elementos de Metodologia Epidemológica. In: ROUQUAYROL, M. Z.; FILHO, N. A. Epidemiologia & Saúde. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p GEREMIAS, A. L.; ALMEIDA, M. F.; FLORES, L. P. O. Avaliação das declarações de nascido vivo como fonte de informação sobre defeitos congênitos. Revista brasileira de epidemiologia. V.12, n.1, são Paulo, março KLEIN, C. H.; BLOCH, K. V. Estudo Seccionais. In: MEDRONHO, R. A.; BLOCH, K. V.; LUIZ, R. R.; WERMECK, G. L. Epidemiologia. São Paulo: Atheneu, p LUQUETTI, D. V.; KOIFMAN, R. J. Qualidade da notificação de anomalias congênitas pelo sistema de informações sobre nascidos vivos (SINASC): estudo comparativo nos anos 2004 e Cad. Saúde publica vol.26, n.9, rio de janeiro, set MACIEL, E. L. N.; GONÇALVES, E. P. ; ALVARENGA, V. A.; POLONE, C. T.; RAMOS, M. C. Perfil epidemiológico das Malformações congênitas no município de Vitória ES. Cadernos de saúde coletiva, Rio de Janeiro, v.14, n.3: , Ano 13, v. 10, n. 1 - Edição Especial VEREDAS MPCT
10 MELO, W. A.; ZURITA, R. C. M.; UCHIMURA, T. T.; MARCON, S. S. Anomalias congênitas: fatores associados à idade materna em município sul brasileiro, 2000 a Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 12, n.1, p , Disponível em: Acesso em: 28 nov MERLOTTE M. H. R. Pé torto congênito. Revista brasileira de ortopedia. São Paulo, v.41, n. 5: , MOREIRA, L. M. A.; DIAS, A. L.; RIBEIRO, H. B. S.; FALCÃO, C. L.; FELICIO, T. D.; Associação entre o uso de abortificantes e defeitos congênitos. Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia. V.23, n.8, Rio de Janeiro, set NASCIMENTO, L. F. C.; PINTO, C. O.; PROENÇA, F. P.; GOTLIEB, S. L. D. Prevalência de anomalias congênitas em são José dos campos, são Paulo, em Ver. Paul Pediatria, v.24, n.1, p , NUNES, M. D.; Perfil epidemiológico das malformações congênitas em recém-nascidos no estado de Tocantins no período de 2004 a 2008.[ Dissertação de Mestrado]. Brasília (DF): Universidade de Brasília, PEREIRA, P. K. P.; LIMA, L. A.; MAGNANINI, M. M. F.; LEGAY, L. F. LOVISI, G. M. Transtornos mentais maternos graves e risco de malformação congênita do bebê: uma metanálise. Cad. Saúde publica, v.27, n.12, rio de janeiro, dez PERNAMBUCO. Diretoria Geral de Planejamento. Secretaria Executiva de Coordenação Geral. Secretaria Estadual de Saúde. Governo do Estado de Pernambuco. Plano estadual de Saúde Recife: Conselhos Estadual de Saúde; RAMOS, A. P.; OLIVEIRA, M. N. D.; CARDOSO, J. P. Prevalência de malformação congênitas em recém-nascidos em hospital da rede publica. Revista saúde.com 2008; 4(1): REIS, L. L. A. S. Perfil epidemiológico das malformações congênitas no município de Cáceres-Mato Grosso no período de 2004 a 2009 [ Dissertação de Mestrado]. Brasília DF: Universidade de Brasília; SANTOS, R. S.; DIAS, I. M. V.; Refletindo sobre malformação congênita. Revista brasileira de enfermagem. V.58, n. 5, set. - out SILVA, G. F.; PELLOSO, S. M.; Perfil das parturientes e seus recém-nascidos atendidos em um hospital-escolado noroeste do estado do Paraná. Rev. esc. enferm. USP vol.43 no.1 São Paulo Mar Disponível em: Acesso em: 15 dwez Ano 13, v. 10, n. 1 - Edição Especial VEREDAS MPCT
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