Estimativas das distâncias médias percorridas pelos movimentos migratórios intermunicipais de curta duração: há diferenciais por sexo?

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Estimativas das distâncias médias percorridas pelos movimentos migratórios intermunicipais de curta duração: há diferenciais por sexo?"

Transcrição

1 Estimativas das distâncias médias percorridas pelos movimentos migratórios intermunicipais de curta duração: há diferenciais por sexo? * Tereza Bernardes Ricardo Alexandrino Garcia Felipe Bertelli Resumo: Investigar as minúcias da migração sempre esteve presente no cerne dos estudos populacionais, compreender os padrões de migração tanto no tocante ao seu volume quanto suas características e articular os resultados com questões das mais diversas escalas e segmentos científicos compõem o paradigma de um estudo migratório. Os padrões migratórios diferentes podem indicar objetivos e expectativas diversas por parte da população que se movimenta. Além disso, apesar de todo um horizonte de igualdade de gênero, existem diferenças reais quanto à propensão de migrar para homens e mulheres, e principalmente, no tocante as possibilidades de inserção no mercado de trabalho e na nova comunidade. Entender como se constitui esse padrão dos imigrantes é parte essencial para avançar no debate de questões que envolvem fenômenos maiores e complementares a diferenciação por sexo e distância. Assim, o presente artigo tem como objetivo identificar diferentes padrões migratórios para a população brasileira no último período de data fixa recenseado em 2010 pelo IBGE, separados por gênero, por distância média percorrida, imigrante ou emigrante. Além disso, busca-se refletir sobre questões envolvendo diferenciais de deslocamento por gênero, identificando comportamentos distintos por macrorregiões do território nacional comparando os resultados obtidos com preposições clássicas das teorias de migração. Trabalhou-se com os dados do Censo 2010 para obter os volumes de migração de datafixa separados por gênero e tipo de migrante (emigrantes e imigrantes). Foram utilizados também dados referentes às distâncias médias percorridas entre as sedes urbanas dos municípios brasileiros gerando uma matriz de acessibilidade. Ao relacionar os dados de acessibilidade com os dados migratórios foi possível gerar mapas específicos que demonstravam as características migratórias da população brasileira de acordo com a distância percorrida e o gênero. A partir da análise dos mapas pode-se inferir alguns resultados, como o fato de que os imigrantes de curta distância ocorrem em maior número na região Centro-Sul tanto no caso das mulheres como no caso dos homens. Os emigrantes do sexo masculino tendem a se concentrar em um menor número de municípios brasileiros, principalmente na região Sudeste, enquanto as mulheres se dispersam. Na região Nordeste predominam os emigrantes de longa distância, enquanto na região Centro-Sul os emigrantes tendem a se deslocar para cidades próximas de sua origem. Palavras-Chave: Migração Intermunicipal; Distância Média; Gênero. * Trabalho apresentado no XIX Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em São Pedro/SP Brasil, de 24 a 28 de novembro de 2014 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Análise e Modelagem de Sistemas Ambientais IGC/UFMG tbernardesfaria@gmail.com Professor Adjunto do Departamento de Geografia IGC/UFMG alexandrinogarcia@gmail.com Mestre em Geografia pelo IGC/UFMG bertelli.gd@gmail.com 1

2 Estimativas das distâncias médias percorridas pelos movimentos migratórios intermunicipais de curta duração: há diferenciais por sexo? * Tereza Bernardes Ricardo Alexandrino Garcia Felipe Bertelli Introdução: Investigar as minúcias da migração sempre esteve presente no cerne dos estudos populacionais, compreender os padrões de migração tanto no tocante ao seu volume quanto suas características e articular os resultados com questões das mais diversas escalas e segmentos científicos compõem o paradigma de um estudo migratório. Entretanto, por questões de ordem práticas os estudos selecionam determinadas variáveis e aprofundam suas análises e inferências sobre elas. Não obstante, a escolha de determinados pontos da grande gama de interrelações da migração não negligencia aspectos estruturais de articulação e conexões entre diferentes fatores e atores no espaço. Há de se ressaltar que a migração é, também, parte integrante dos processos de transformação mais amplos incorporados na questão do desenvolvimento, mas que também apresenta a sua auto-sustentação interna e dinâmica, destacando ainda, os impactos que ela gera sobre tais processos de transformação (HAAS, 2010). Desse modo, a migração é resposta e, ao mesmo tempo, causa de fenômenos espaciais de rearticulação de investimentos e capital. Atuando como um processo catalizador de outras transformações planejadas ou negligenciadas pelos gestores do território. Assim como, a inserção de uma população migrante é parte essencial de vários projetos de desenvolvimento das mais diversas escalas. Todavia, padrões migratórios diferentes podem indicar objetivos e expectativas diversas por parte da população que se movimenta. Além disso, apesar de todo um horizonte de igualdade de gênero, existem diferenças reais quanto à propensão de migrar para homens e mulheres, e principalmente, no tocante as possibilidades de inserção no mercado de trabalho e na nova comunidade. * Trabalho apresentado no XIX Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em São Pedro/SP Brasil, de 24 a 28 de novembro de 2014 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Análise e Modelagem de Sistemas Ambientais IGC/UFMG tbernardesfaria@gmail.com Professor Adjunto do Departamento de Geografia IGC/UFMG alexandrinogarcia@gmail.com Mestre em Geografia pelo IGC/UFMG bertelli.gd@gmail.com 2

3 Esses fluxos apresentam respaldos, por sua vez, em diversos fatores e um deles é, indubitavelmente, a busca por desenvolvimento social, ou seja, melhoria da qualidade de vida individual e domiciliar. Wood (1982) argumenta em prol da atenção a questão domiciliar, explicitando, que a decisão ou não de migrar é fruto dos objetivos familiares. A migração torna-se uma opção, uma estratégia, definida em conjunto quando a localidade atual é incapaz de oferecer as oportunidades para o incremento da qualidade de vida. Entretanto, a migração para as cidades pode em muitos casos ser direta ou indiretamente forçada, quase compulsória. Isso por contingências militares, econômicas, ecológicas ou religiosas (MATOS, 2012, pág. 7). Saindo do campo das escolhas racionais e econômicas, e alcançando a posição de única opção. Os movimentos migratórios podem ocorrer devido à diferentes causas e de acordo com cada região, ou seja, o contexto local determinará muitas vezes padrões de migrações diferentes tanto na questão espacial quanto temporal. Black et. al. (2011) destaca cinco segmentos diferentes de processos que incentivam à migração, eles são: (i) Fatores econômicos, por exemplo, incluem as oportunidades de emprego e os diferenciais de renda entre lugares; (ii) fatores políticos que certamente não abrangem somente o conflito, a segurança, a discriminação e a perseguição, mas as políticas públicas ou empresariais, por exemplo, que influenciam a propriedade da terra; (iii) Fatores demográficos, dentre estes, estão incluídos o tamanho e a estrutura de populações em áreas de origem, em conjunto com a prevalência de doenças que afetam a morbidade e mortalidade; (iv) Inseridos nos diversos fatores sociais estão as expectativas familiares ou culturais, a busca de oportunidades educacionais e práticas culturais sobre, por exemplo, herança ou casamento; (v) fatores ambientais de migração são a exposição ao risco e a disponibilidade de serviços ecossistêmicos. Os fatores citados acima atuam de forma conjunta, raramente de maneira isolada, e a interação dos cinco podem determinar os detalhes do movimento. A origem destas interações influenciará os movimentos, que ocorrem em diferentes escalas, serão resultados da relação entre os fatores (BLACK ET. AL. 2011). Outros fatores ajudam a explicar a movimentação de determinados indivíduos, entretanto, seja em maior ou menor escala, a realização de um deslocamento espacial está vinculada a questão de expectativas e oportunidades. Mesmo que essas expectativas sejam fruto de um imaginário, explicada pelas linhas de pensamento histórico-estruturalista, e a efetivação das oportunidades ocorrem de maneiras tortuosas. Ou caso a inserção do migrante não aconteça no espaço e no tempo esperado, o movimento não deixa de ser essencialmente uma tentativa de mudar os panoramas de vida, podendo ser eles econômicos ou sociais, 3

4 entretanto as tentativas de reterritorialização podem se mostrar frustradas e em caso extremos o retorno seja a única opção. Para Matos (2012) a migração apresenta um papel decisivo no crescimento urbano: as localidades receptoras geralmente obtêm mais benefícios dos fluxos de imigração em períodos de grande exploração mineral ou de incremento da industrialização do que as localidades emissoras. Há também vários estudos que deixam claro que, durante décadas, notadamente em períodos de expansão do ciclo econômico, os imigrantes e suas famílias são beneficiados pelo processo migratório em termos de renda e melhoria de padrão de vida. Mas há outras situações que podem indicar perdas objetivas e subjetivas para as famílias de migrantes que permaneceram nas áreas de origem, depauperadas de laços afetivos e de força de trabalho para atividades de subsistência (MATOS, 2012, pág. 7). Desse modo, a migração pode ser empregada como uma variável sensível, capaz de captar mudanças de panorama socioeconômico quando comparada diversas localidades. Migrar pode trazer benefícios para a população e o município, sendo parte essencial para o crescimento das cidades e áreas urbanas. Há ainda um diferencial quanto à distância percorrida por gênero, RAVESTEIN (1885) indicava um padrão de movimentos diferentes para mulheres e homens em virtude da distância percorrida e do volume total. O autor destacou uma maior proporção de mulheres migrando no total da população, mas quando separado por distância para territórios próximos o volume de mulheres era maior, em contrapartida para regiões mais distantes o volume de homens superava o de mulheres. Entretanto, existe uma tendência da população migrante se dirigir para localidades próximas, assim como quando se movimentam para locais mais distantes se dirigem para centros de referência comercial ou industrial (LEE, 1966). Entender como se constitui esse padrão dos imigrantes é parte essencial para avançar no debate de questões que envolvem fenômenos maiores e complementares a diferenciação por sexo e distância. A questão do movimento e da circulação, caracterizadas pela migração, é um indicativo da constante reestruturação do espaço. E assim como, a cidade se beneficia da população que migra, os migrantes escolhem o seu destino em função das potencialidades do espaço. A migração, como as outras formas de fluxo é a causa e consequência da produtividade espacial que: revela assim a existência de uma hierarquia de lugares, que se cria e recria em função de um movimento que é nacional e mundial. (ARROYO, 2006, pág. 78). Os deslocamentos de população sobre o espaço correspondem, em última instância, à reordenação de oportunidades econômicas e sociais (MARTINE E CAMARGO, 1984). Portanto, compreender o valor da migração vai além de interpretar variáveis de números de pessoas que 4

5 se movimentaram. A análise inclui questões espaciais e estratégicas devido aos pressupostos e inferências subtendidas, e supracitadas, ao movimento. Ou seja, compreender a importância da migração é imergir em questões espaciais e territoriais, pois a disputa e oscilação na hierarquia dos lugares é um fato em constante mutação no mundo contemporâneo (ARROYO, 2006). Objetivos: Desse modo as contribuições desse trabalho visam identificar diferentes padrões migratórios para a população brasileira no último período de data fixa recenseado em 2010 pelo IBGE, separados por gênero, por distância média percorrida, imigrante ou emigrante. Este trabalho busca refletir sobre questões envolvendo diferenciais de deslocamento por gênero, identificando padrões distintos por macrorregiões do território nacional comparando os resultados obtidos com preposições clássicas das teorias de migração. Metodologia: Após a consulta e reflexão sobre as teorias de migração clássicas, trabalhou-se com os dados do Censo 2010 para obter os volumes de migração de data-fixa separados por gênero e tipo de migrante (emigrantes e imigrantes). Foram utilizados também dados referentes às distâncias geodésicas calculadas segundo a equação 1. Equação 1: Distância Geodésica z = cos-1[(sin a x sin b) + (cos a x cos b x cos P)]*6336 sendo z = Distância Geodésica em Km; a = latitude do primeiro ponto; b = latitude do segundo ponto; P = diferença entre as longitudes (valor absoluto). Para o cálculo das distâncias médias percorridas pelos migrantes entre as sedes urbanas dos municípios brasileiros a Equação 2 foi utilizada: Equação 2: Distâncias Médias Percorridas pelos Emigrantes Sendo = Somatório das distâncias percorridas pelos Emigrantes de um município; = Número de emigrantes do município. Equação 3: Distâncias Médias Percorridas pelos Imigrantes 5

6 Sendo = Somatório das distâncias percorridas pelos Imigrantes de um município; = Número de Imigrantes do município. Desse modo, foi possível espacializar no ArcGis 10.1as distâncias médias dos imigrantes e emigrantes segundo gênero e gerar mapas específicos que demonstram as características migratórias da população brasileira de acordo com a distância percorrida e pelas diferenças de gênero. Resultados e Discussões: Tabela 1: Distância Média percorrida pelos Imigrantes e Emigrantes (2010) Distância Média Percorrida (km) Imigrantes Emigrantes Municípios Geral Mulheres Homens Geral Mulheres Homens Belém Belo Horizonte Brasília Curitiba Fortaleza Manaus Porto Alegre Recife Rio de Janeiro Salvador São Paulo Fonte: Elaboração Própria Na Tabela 1 estão discriminadas as distâncias médias percorridas pelos imigrantes e emigrantes divididos por sexo. Pode-se perceber que os imigrantes que chegam à São Paulo e ao Rio de Janeiro, as maiores cidades do Brasil, são os que percorrem as maiores distâncias médias, ao contrário dos que emigram. Nos demais polos econômicos as diferenças entre as distâncias médias de quem emigra e imigra não é muito grande. De uma forma geral, as mulheres tendem a deslocar maiores distâncias médias, superando a média geral, enquanto os homens estão abaixo. Ao observar os mapas pode-se inferir e identificar os padrões e as características dos fluxos migratórios que ocorrem no território brasileiro de acordo com as distâncias percorridas, tanto pelo imigrantes do sexo masculino e feminino, quanto pelos emigrante de cada gênero. 6

7 Figura 1: Mapa das distâncias médias percorrida pelos imigrantes (2010) De acordo com a figura 1, onde estão espacializados os imigrantes de acordo com as distâncias médias, em quilômetros, percorridas por eles, pode-se afirmar que há uma preferência ou um domínio das migrações de curta distância, principalmente na região Centro- Sul, representados pelos pontos vermelhos. Nesta faixa os imigrantes deslocam até 148 km para chegar ao destino escolhido. Entretanto, no norte do Estado de São Paulo percebe-se um padrão diferenciado, no qual os imigrantes de longa distância predominam. Tal fato está atrelado à chegada de imigrantes tanto na capital paulista, como nas cidades dos arredores. Para chegar na cidade de São Paulo, por exemplo, um imigrante desloca em média 1067 km. A migração de longa distância também é muito comum na região nordeste e pode estar relacionada com a migração de retorno, porém é menos expressiva do que na região Centro- Sul. 7

8 Figura 2: Mapa das distâncias médias percorridas pelos imigrantes do sexo masculino Os imigrantes do sexo masculino, representados na figura 2, se comportam de maneira semelhante aos imigrantes de uma forma geral. Eles preferem percorrer menores distâncias, como é demonstrado na região centro-sul e no litoral do Brasil. No nordeste predominam imigrantes de longa distância, ou seja, imigrantes que retornaram. Na figura 3 foram espacializadas as distâncias médias percorridas pelas mulheres, pode-se inferir que o comportamento é bem parecido com o masculino, porém as distâncias percorridas são um pouco menores. 8

9 Figura 3: Distâncias médias percorridas por imigrantes do sexo feminino (2010) A espacialização dos Emigrantes de todo o território brasileirona figura 4 permitiu que fosse detectado que na região Nordeste predominam os emigrantes de longa distância, representados pelos pontos em tons de verde, enquanto na região Centro-Sul os emigrantes tendem a se deslocar para cidades próximas de sua origem. Tal fato é muito comum nas áreas metropolitanas, como as Regiões Metropolitanas de São Paulo e Belo Horizonte na Figura 4. O comportamento dos Imigrantes e Emigrantes em relação a cidade de São Paulo é bem característico das grandes cidades, nas quais os indivíduos que chegam percorrem grandes distâncias e os que abandonam, por sua vez, deslocam quilometragens bem menores, caracterizando a preferência da população em deixar as metrópoles em direção aos centros urbanos menores que geralmente se localizam em um raio de 300 km. 9

10 Figura 4: Distâncias médias percorridas por Emigrantes (2010) A figura 5 destaca os emigrantes do sexo masculino, nesse caso, percebe-se que há um adensamento dos pontos vermelhos e laranjas nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul indicando que há um grande predomínio de emigrantes de curta distância, menos que 429 km. Nas regiões do Nordeste e Centro-oeste os homens que emigram se comportam de modo diferenciado, pois os indivíduos do sexo masculino optam por se deslocar para centros urbanos mais distantes. 10

11 Figura 5: Distâncias médias percorridas por Emigrantes do sexo masculino (2010) Já as mulheres, na figura 6, na região Centro-Sul, tem um padrão misto, algumas emigram para localidades próximas, mas também para cidades mais longínquas. No Nordeste, o predomínio de áreas verdes infere que a população feminina prefere se mudar para locais distantes. Nas Unidades da Federação da região Centro-Sul, os emigrantes do sexo feminino (Figura 6) têm um comportamento misto, emigram tanto para longas quanto pequenas distâncias. No centro-sul mineiro, no Distrito Federal, Sul do Paraná, Santa Catarina e Norte do Rio Grande do Sul predominam as distâncias médias mais curtas, com menos de 180 km. 11

12 Figura 6: Distâncias médias percorridas por Emigrantes do sexo feminino (2010) Na região Nordeste e na porção Norte do estado de Minas Gerais predominam as mulheres que decidiram sair de suas origens com destino à cidade mais longínquas, percorrendo distâncias médias superiores à 500 km chegando à 2900 km. Dessa maneira, ao comparar o comportamentos dos emigrantes do sexo feminino versus o masculino, pode-se inferir que as mulheres tendem a percorrer distâncias médias maiores. 12

13 Figura 7 O mapa 7 apresenta a distribuição dos Imigrantes de acordo com o sexo. Pode-se inferir que para a maioria dos municípios brasileiros a razão entre sexos indica uma predominância do sexo feminino em 3272 municípios. Entretanto nenhum padrão espacial de grande destaque pode ser indicado, municípios próximos apresentam comportamento variado. 13

14 Figura 8 Já no mapa 8 que identifica a razão entre homens e mulheres com a condição de emigrantes, observa-se uma maior predominância de municípios onde o número de homens supera o de mulheres. Esse diferencial pode ser um indicativo de concentração para a população masculina que migra, pois ao considerarmos sua condição como emigrantes sua razão é maior em 3547 municípios, enquanto que na condição de imigrantes a razão masculina é superior em apenas 2018 localidades, a inferência contrária pode ser construída para a população feminina, de uma maior dispersão das emigrantes desse gênero. 14

15 Conclusões: O padrão migratório brasileiro apresenta especificidades que somente uma análise minuciosa das localidades seria capaz de desvendar, entretanto padrões regionais podem ser facilmente identificados quando diminuímos a escala de análise. Existe um comportamento esperado, pautado em um histórico de longas migrações de nordestinos para diferentes destinos, assim como há uma esperada intensificação de fluxos de curta distância por todo o país. Quanto às diferenças por gênero o comportamento masculino e feminino apresenta uma semelhança notável, mesmo com algumas diferenças destacáveis. Na escala de análise apresentada nos resultados foi possível constatar a permanência de um padrão migratório característico no Brasil desde o século XX. Os imigrantes se concentram em regiões metropolitanas, percorrendo longas distâncias para se estabelecerem nessas localidades. Entretanto, o processo migratório destes indivíduos não termina na primeira etapa, devido a dificuldade de permanência nesses centros polarizadores uma nova migração acontece, desta vez para cidades próximas às grandes metrópoles. Este estudo é um exercício de interpretação de dados macros e do comportamento da população brasileira em função da distância e gênero. Desse modo, ele esboça apenas uma pequena faceta das possibilidades e inferências do potencial das variáveis dos estudos migratórios. Maiores estudos, em diferentes escalas e com outros cruzamentos de dados contribuirão para a evolução do tema e dos trabalhos a ele relacionado. Referências Bibliográficas: ARROYO, M. M. Dinâmica territorial, circulação e cidades médias. In SPOSITO, E. S; SPOSITO, M. E. B. SOBARZO, O. Cidades Médias: produção do espaço urbano e regional. Editora Expressão Popular. São Paulo/SP, BLACK, R., ADGER, N. W; ARNELL, N. W; DERCON, S.; GEDDES, A. and THOMAS, D."The effect of environmental change on human migration." Global Environmental Change 21 (Supplement) (2011): S3-S11. Abstract Google Scholar BibTex Tagged XML de HAAS, H. (2010). Migrationanddevelopment: a theoretical perspective. In International Migration Review, 44(1): IBGE. Censo Demográfico RAVENSTEIN, E. G. The Laws of migration. Journal of the Statistical Society, 47 (pt. 1): , June LEE, E.S. A theory on migration. Demography, 3 (1): 47-57,

16 MATOS, R. Migração e Urbanização do Brasil. In: Geografias. 8(1) 07-23, Belo Horizonte, MARTINE, George e CAMARGO, Líscio. Crescimento e distribuição da população brasileira. In Revista Brasileira de Estudos de População. V. 1, nº ½, pág Jan/Dez, WOOD, C. H. Equilibrium and Historical-Structural Perspectives on Migration.International Migration Review 16(2) Special Issue: Theory and Methods in Migration and Ethnic Research

Palavras-chave: Migração Internacional; Mercosul; Migração de Fronteira

Palavras-chave: Migração Internacional; Mercosul; Migração de Fronteira Migração na Fronteira do Brasil: Identificação do padrão migratório e do perfil socioeconômico dos imigrantes sul-americanos que se destinam para os municípios brasileiros * Tereza Bernardes Felipe Bertelli

Leia mais

Migrações de Curto Prazo nas Regiões Metropolitanas: migrantes de etapa única, migrantes de retorno e migrantes de passagem 1986/1991 *

Migrações de Curto Prazo nas Regiões Metropolitanas: migrantes de etapa única, migrantes de retorno e migrantes de passagem 1986/1991 * Migrações de Curto Prazo nas Regiões Metropolitanas: migrantes de etapa única, migrantes de retorno e migrantes de passagem 1986/1991 * Fausto Brito UFMG/Cedeplar Ricardo Alexandrino Garcia UFMG/Cedeplar

Leia mais

VI Congreso ALAP Dinámica de población y desarrollo sostenible con equidad

VI Congreso ALAP Dinámica de población y desarrollo sostenible con equidad VI Congreso ALAP Dinámica de población y desarrollo sostenible con equidad Dinâmica migratória da Região Nordeste do Brasil: considerações a partir do Censo de 2010 Vivian Alves da Costa Rangel Gomes Etapa

Leia mais

NOTÍCIAS ETENE 04 DE MAIO DE 2011 RESULTADOS DO CENSO 2010

NOTÍCIAS ETENE 04 DE MAIO DE 2011 RESULTADOS DO CENSO 2010 NOTÍCIAS ETENE 04 DE MAIO DE 2011 RESULTADOS DO CENSO 2010 População brasileira cresce quase 20 vezes desde 1872 A população do Brasil alcançou a marca de 190.755.799 habitantes na data de referência do

Leia mais

Geografia. As Regiões Geoeconômicas do Brasil. Professor Luciano Teixeira.

Geografia. As Regiões Geoeconômicas do Brasil. Professor Luciano Teixeira. Geografia As Regiões Geoeconômicas do Brasil Professor Luciano Teixeira www.acasadoconcurseiro.com.br Geografia Aula XX AS REGIÕES GEOECONÔMICAS DO BRASIL A divisão regional oficial do Brasil é aquela

Leia mais

Unidade Senador Canedo Professor (a): Robson Nunes Aluno (a): Série: 3ª Data: / / LISTA DE GEOGRAFIA I

Unidade Senador Canedo Professor (a): Robson Nunes Aluno (a): Série: 3ª Data: / / LISTA DE GEOGRAFIA I Unidade Senador Canedo Professor (a): Robson Nunes Aluno (a): Série: 3ª Data: / / 2018. LISTA DE GEOGRAFIA I Orientações: - A lista deverá ser respondida na própria folha impressa ou em folha de papel

Leia mais

Migração de retorno na Região Nordeste do Brasil. Palavras-chave: migração interna, migração de retorno, Nordeste brasileiro.

Migração de retorno na Região Nordeste do Brasil. Palavras-chave: migração interna, migração de retorno, Nordeste brasileiro. Migração de retorno na Região Nordeste do Brasil Wilson Fusco Brasil Fundação Joaquim Nabuco Universidade Federal de Pernambuco Morvan de Mello Moreira Brasil Fundação Joaquim Nabuco Universidade Federal

Leia mais

Com a abertura dos Portos as Nações Amigas em 1808, houve a entrada de outros imigrantes, embora de pouca expressão;

Com a abertura dos Portos as Nações Amigas em 1808, houve a entrada de outros imigrantes, embora de pouca expressão; PROCESSO MIGRATÓRIO BRASILEIRO E URBANIZAÇÃO 1 Processo Migratório Brasileiro Processo migratório no Brasil O processo migratório no Brasil teve início em 1530; A migração forçada dos negros; Com a abertura

Leia mais

AMAZÔNIA BRASILEIRA: ANÁLISE DA MIGRAÇÃO DE RETORNO DE BRASILEIROS

AMAZÔNIA BRASILEIRA: ANÁLISE DA MIGRAÇÃO DE RETORNO DE BRASILEIROS AMAZÔNIA BRASILEIRA: ANÁLISE DA MIGRAÇÃO DE RETORNO DE BRASILEIROS 1. INTRODUÇÃO Jonatha Rodrigo de Oliveira Lira Programa de Pós-Graduação em Geografia - UFPa rodrrigao@hotmail.com Quando pensamos em

Leia mais

PROREDES IPEA Projeto de Pesquisa Migrações Internas. A DINÂMICA MIGRATÓRIA NA ÁREA METROPOLITANA DE BRASÍLIA AMB ENTRE 1991 e 2010

PROREDES IPEA Projeto de Pesquisa Migrações Internas. A DINÂMICA MIGRATÓRIA NA ÁREA METROPOLITANA DE BRASÍLIA AMB ENTRE 1991 e 2010 PROREDES IPEA Projeto de Pesquisa Migrações Internas A DINÂMICA MIGRATÓRIA NA ÁREA METROPOLITANA DE BRASÍLIA AMB ENTRE 1991 e 2010 Lucilene Dias Cordeiro Mônica Oliveira Marques França CODEPLAN/DIEPS/NEP

Leia mais

REGIONALIZAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO (conceitos)

REGIONALIZAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO (conceitos) REGIONALIZAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO (conceitos) REGIÃO Uma região pode ser qualquer área geográfica que forme uma unidade distinta em virtude de determinadas características. Em termos gerais, costumam,

Leia mais

Geopolítica Brasileira. Alex Mendes

Geopolítica Brasileira. Alex Mendes Alex Mendes Cidade 1.3 A estrutura urbana brasileira e as grandes metrópoles É o espaço onde se concentram moradias, pessoas, formas de construção etc. Ela é lugar por excelência do comércio, prestação

Leia mais

MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS INTERESTADUAIS NA BAHIA, ENTRE OS PERÍODOS, 2000 e 2010

MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS INTERESTADUAIS NA BAHIA, ENTRE OS PERÍODOS, 2000 e 2010 MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS INTERESTADUAIS NA BAHIA, ENTRE OS PERÍODOS, 2000 e 2010 Isaac A. Coimbra Lou SEI/BA Lis Helena Borges Bolsista/IPEA Roberta Pimenta Bolsista/IPEA Brasília, Março de 2013 3 a Conferência

Leia mais

Exercícios Movimentos Populacionais

Exercícios Movimentos Populacionais Exercícios Movimentos Populacionais 1. O Brasil, especialmente a partir da década de 1950, passou a apresentar uma forte mobilidade populacional interna, em função do seu desenvolvimento econômico. Assinale

Leia mais

Migração dos povos indígenas e os censos demográficos de 1991 e 2000: o caso das capitais estaduais *

Migração dos povos indígenas e os censos demográficos de 1991 e 2000: o caso das capitais estaduais * Migração dos povos indígenas e os censos demográficos de 1991 e 2000: o caso das capitais estaduais * Marília Brasil 1 Pery Teixeira 2 Palavras-chave: Povos Indígenas; migração. RESUMO Introdução: As migrações

Leia mais

A transição urbana no Brasil

A transição urbana no Brasil A transição urbana no Brasil José Eustáquio Diniz Alves 1 A transição urbana é um fenômeno mundial, sendo que em 2008, pela primeira vez, a população mundial das cidades ultrapassou o contingente rural.

Leia mais

Indicadores Econômicos e Fomento à Indústria

Indicadores Econômicos e Fomento à Indústria Edição 008 Setembro de 2018 Publicação do Sistema FIEMT elaborada pela área de Crescimento populacional de Mato Grosso em 2018 Pela estimativa populacional de 2018 divulgada pelo Instituto Brasileiro Geográfico

Leia mais

ENVELHECIMENTO POPULACIONAL NO BRASIL E ESTADO DE SÃO PAULO NA DÉCADA DE NOVENTA

ENVELHECIMENTO POPULACIONAL NO BRASIL E ESTADO DE SÃO PAULO NA DÉCADA DE NOVENTA ENVELHECIMENTO POPULACIONAL NO BRASIL E ESTADO DE SÃO PAULO NA DÉCADA DE NOVENTA Aparecida Vieira de Melo 1 INTRODUÇÃO Dados do censo demográfico de 1991 e da contagem populacional de 1996 mostram que

Leia mais

Dados Demográficos: Grandes Regiões, Estados e Municípios. Boletim Técnico Gonçalves & Associados Edição 04 - Maio/2013.

Dados Demográficos: Grandes Regiões, Estados e Municípios. Boletim Técnico Gonçalves & Associados Edição 04 - Maio/2013. Estudo de Perfil do Consumidor Potencial Brasil - Dados Demográficos: Grandes Regiões, Estados e Municípios Boletim Técnico Gonçalves & Associados Edição 04 - Maio/ Edição 2009 www.goncalvesassociados.com

Leia mais

UMA BREVE ANÁLISE DOS FLUXOS MIGRATÓRIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

UMA BREVE ANÁLISE DOS FLUXOS MIGRATÓRIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE UMA BREVE ANÁLISE DOS FLUXOS MIGRATÓRIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE Breno A. T. D. de Pinho Fausto Brito Alane Siqueira Rocha RESUMO O objetivo deste artigo é analisar os fluxos migratórios

Leia mais

Paulo Tumasz Junior. Tipos de Migração

Paulo Tumasz Junior. Tipos de Migração Paulo Tumasz Junior Tipos de Migração APRESENTAÇÕES Slides - Migrações: Deslocamentos de pessoas no decorrer do tempo; - Mudança de endereço por diversos fatores e motivos; - As migrações podem ser forçadas

Leia mais

TIPOLOGIAS DE MIGRAÇÃO NO SERIDÓ POTIGUAR, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL/2017

TIPOLOGIAS DE MIGRAÇÃO NO SERIDÓ POTIGUAR, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL/2017 TIPOLOGIAS DE MIGRAÇÃO NO SERIDÓ POTIGUAR, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL/2017 Resumo A migração faz parte do desenvolvimento regional do Semiárido brasileiro. Historicamente houveram intensos fluxos de emigração

Leia mais

PROMILITARES 07/08/2018 GEOGRAFIA. Professor Leandro Almeida URBANIZAÇÃO

PROMILITARES 07/08/2018 GEOGRAFIA. Professor Leandro Almeida URBANIZAÇÃO GEOGRAFIA Professor Leandro Almeida URBANIZAÇÃO Tipos de urbanização: Países centrais x Países periféricos Aglomerados urbanos: Metrópoles, Áreas metropolitanas, Megalópoles, Megacidades e Cidades globais

Leia mais

PLANEJAMENTO ANUAL / TRIMESTRAL 2014 Conteúdos Habilidades Avaliação

PLANEJAMENTO ANUAL / TRIMESTRAL 2014 Conteúdos Habilidades Avaliação COLÉGIO LA SALLE Associação Brasileira de Educadores Lassalistas ABEL SGAS Q. 906 Conj. E C.P. 320 Fone: (061) 3443-7878 CEP: 70390-060 - BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL Disciplina: Geografia Trimestre: 1º

Leia mais

A DINÂMICA MIGRATÓRIA NA ÁREA METROPOLITANA DE BRASÍLIA AMIB ENTRE 1991 e 2010 *

A DINÂMICA MIGRATÓRIA NA ÁREA METROPOLITANA DE BRASÍLIA AMIB ENTRE 1991 e 2010 * A DINÂMICA MIGRATÓRIA NA ÁREA METROPOLITANA DE BRASÍLIA AMIB ENTRE 1991 e 2010 * Lucilene Dias Cordeiro Mônica de Oliveira Marques França Resumo: O estudo pretende analisar o fluxo migratório na Área Metropolitana

Leia mais

Migração de retorno no Nordeste brasileiro: uma análise exploratória a partir do Censo Demográfico 2010

Migração de retorno no Nordeste brasileiro: uma análise exploratória a partir do Censo Demográfico 2010 Migração de retorno no Nordeste brasileiro: uma análise exploratória a partir do Censo Demográfico 2010 Apresentação do trabalho final, como requisito do Curso: Análise Espacial de Dados Geográficos Professor:

Leia mais

Palavras-chave: Eficácia Migratória, Índice de Moran, Migração Interna, Atração, Expulsão.

Palavras-chave: Eficácia Migratória, Índice de Moran, Migração Interna, Atração, Expulsão. ANÁLISE DA ESTRUTURA ESPACIAL DOS ÍNDICES DE EFICÁCIA MIGRATÓRIA DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS EM 2010 Tiago Carlos Lima do Nascimento 1 Nuni Jorgensen 2 Palavras-chave: Eficácia Migratória, Índice de Moran,

Leia mais

As cidades e a urbanização brasileira. Professor Diego Alves de Oliveira IFMG Campus Betim Fevereiro de 2017

As cidades e a urbanização brasileira. Professor Diego Alves de Oliveira IFMG Campus Betim Fevereiro de 2017 As cidades e a urbanização brasileira Professor Diego Alves de Oliveira IFMG Campus Betim Fevereiro de 2017 O que consideramos cidade? No mundo, existem diferentes cidades (tamanhos, densidades demográficas

Leia mais

Análise do nível, padrão e determinantes dos fluxos populacionais entre Bahia e São Paulo

Análise do nível, padrão e determinantes dos fluxos populacionais entre Bahia e São Paulo Notas de Pesquisa Análise do nível, padrão e determinantes dos fluxos populacionais entre Bahia e São Paulo Ernesto Friedrich de Lima Amaral * Introdução A migração do Nordeste para São Paulo era caracterizada,

Leia mais

GEOGRAFIA MÓDULO 11. As Questões Regionais. As divisões regionais, região e políticas públicas, os desequilíbrios regionais. Professor Vinícius Moraes

GEOGRAFIA MÓDULO 11. As Questões Regionais. As divisões regionais, região e políticas públicas, os desequilíbrios regionais. Professor Vinícius Moraes GEOGRAFIA Professor Vinícius Moraes MÓDULO 11 As Questões Regionais As divisões regionais, região e políticas públicas, os desequilíbrios regionais Existem três divisões regionais amplamente divulgadas

Leia mais

Código 0183P Objetos de Conhecimento e Habilidades BNCC (V3)

Código 0183P Objetos de Conhecimento e Habilidades BNCC (V3) Coleção Akpalô Geografia aprovada no PNLD 2019 Código 0183P19051 Objetos de Conhecimento e Habilidades BNCC (V3) 1º ano O sujeito e seu lugar no mundo O modo de vida das crianças em diferentes lugares

Leia mais

Conceitos Básicos e Medidas em Demografia Migração e Distribuição

Conceitos Básicos e Medidas em Demografia Migração e Distribuição Martin Handford, Where s Wally? CST 310: População, Espaço e Ambiente Abordagens Espaciais em Estudos de População: Métodos Analíticos e Técnicas de Representação Conceitos Básicos e Medidas em Demografia

Leia mais

1. OBJETIVO Analisar a migração inter-regional para o rural e o urbano brasileiro, nos anos de 1995, 2005 e 2015.

1. OBJETIVO Analisar a migração inter-regional para o rural e o urbano brasileiro, nos anos de 1995, 2005 e 2015. 1. OBJETIVO Analisar a migração inter-regional para o rural e o urbano brasileiro, nos anos de 1995, 2005 e 2015. 2. METODOLOGIA 2.1 Recorte Geográfico Localiza-se na América do Sul, o Brasil faz fronteira

Leia mais

Objetos de Conhecimento e Habilidades BNCC (V3)

Objetos de Conhecimento e Habilidades BNCC (V3) Coleção Crescer Geografia aprovada no PNLD 2019 Código 0233P19051 Objetos de Conhecimento e Habilidades BNCC (V3) 1º ano O sujeito e seu lugar no mundo O modo de vida das crianças em diferentes lugares

Leia mais

Os dados censitários brasileiros sobre migrações internas: críticas e sugestões para análise

Os dados censitários brasileiros sobre migrações internas: críticas e sugestões para análise Seminario-Taller Los censos de 2010 y la migración interna, internacional y otras formas de movilidad espacial Santiago de Chile, 10 al 12 de diciembre de 2008 Os dados censitários brasileiros sobre migrações

Leia mais

Segundo o Censo 2010 aponta que aproximadamente 85% é urbano;

Segundo o Censo 2010 aponta que aproximadamente 85% é urbano; A URBANIZAÇÃO BRASILEIRA 1 Início de nossa urbanização Segundo o Censo 2010 aponta que aproximadamente 85% é urbano; Nossa economia estava voltada para a exportação; As primeiras ocupações urbanas se deram

Leia mais

Projeto ABIN 2014 Geografia Prof. Thiago Rocha Aula 3

Projeto ABIN 2014 Geografia Prof. Thiago Rocha Aula 3 Projeto ABIN 2014 Geografia Prof. Thiago Rocha Aula 3 Questão 1 Julgue as questões abaixo que tratam do processo de urbanização no Brasil. a) O crescimento da cidade de São Paulo se encontra entre os mais

Leia mais

ROTEIRO DE ESTUDO DATA 23/10/2017 PROFESSOR: FELIPE AUGUSTO B RANGEL

ROTEIRO DE ESTUDO DATA 23/10/2017 PROFESSOR: FELIPE AUGUSTO B RANGEL ROTEIRO DE ESTUDO DATA 23/10/2017 PROFESSOR: FELIPE AUGUSTO B RANGEL DISCIPLINA: ARTES Respeito, Tolerância Preconceito. e Arte africana e afro-brasileira. Apontamentos e registros feitos no caderno. Analisar

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA POPULAÇÃO, URBANIZAÇÃO E MIGRAÇÕES INTERNAS NO BRASIL

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA POPULAÇÃO, URBANIZAÇÃO E MIGRAÇÕES INTERNAS NO BRASIL DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA POPULAÇÃO, URBANIZAÇÃO E MIGRAÇÕES INTERNAS NO BRASIL Fausto Brito Breno A. T. D. de Pinho RESUMO A rede urbana organiza espacialmente os municípios brasileiros e, suas mudanças,

Leia mais

Resolução de Questões de Provas Específicas de Geografia Aula 5

Resolução de Questões de Provas Específicas de Geografia Aula 5 Resolução de Questões de Provas Específicas de Geografia Aula 5 Resolução de Questões de Provas Específicas de Geografia Aula 5 1. (UEMG) circunscrito aos países que primeiro se industrializaram. Após

Leia mais

RECORTES. A mancha da violência. #violência. nas pequenas cidades brasileiras. Outubro/2017

RECORTES. A mancha da violência. #violência. nas pequenas cidades brasileiras. Outubro/2017 RECORTES Outubro/2017 Um olhar sobre os homicídios em cada região do Brasil A mancha da violência nas pequenas cidades brasileiras Análise espacial e comparativa do comportamento da taxa de homicídios

Leia mais

Eixo Temático ET Gestão Ambiental ASPECTOS AMBIENTAIS URBANOS DAS METRÓPOLES BRASILEIRAS

Eixo Temático ET Gestão Ambiental ASPECTOS AMBIENTAIS URBANOS DAS METRÓPOLES BRASILEIRAS 112 Eixo Temático ET-01-012 - Gestão Ambiental ASPECTOS AMBIENTAIS URBANOS DAS METRÓPOLES BRASILEIRAS Danillo Felix de Santana, Charles Roberto Santos de Abreu, Dangela Maria Fernandes Universidade Tecnológica

Leia mais

SUFRAMA: FOMENTANDO A CADEIA PRODUTIVA NACIONAL E GERANDO EMPREGOS EM TODOS OS ESTADOS DO BRASIL

SUFRAMA: FOMENTANDO A CADEIA PRODUTIVA NACIONAL E GERANDO EMPREGOS EM TODOS OS ESTADOS DO BRASIL SUFRAMA: FOMENTANDO A CADEIA PRODUTIVA NACIONAL E GERANDO EMPREGOS EM TODOS OS ESTADOS DO BRASIL Sindframa Estudo 7 Estudo 7. Suframa: fomentando a cadeia produtiva nacional e gerando empregos em todos

Leia mais

28/08/2018 GEOGRAFIA. Professor Leandro Almeida MIGRAÇÕES E O BRASIL

28/08/2018 GEOGRAFIA. Professor Leandro Almeida MIGRAÇÕES E O BRASIL GEOGRAFIA Professor Leandro Almeida MIGRAÇÕES E O BRASIL MIGRAÇÕES E O BRASIL 1. MIGRAÇÃO INTERNACIONAL ENVOLVENDO O BRASIL PRINCIPAIS FLUXOS IMIGRATÓRIOS PRINCIPAIS FLUXOS EMIGRATÓRIOS 2. MIGRAÇÕES INTERNAS

Leia mais

MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS EM MINAS GERAIS:

MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS EM MINAS GERAIS: MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS EM MINAS GERAIS: EFEITOS DIRETOS E INDIRETOS DA MIGRAÇÃO DE RETORNO 1970/1980, 1981/1991 E 1990/2000 RESUMO Ricardo Alexandrino Garcia 1 Adriana de Miranda Ribeiro 2 É notório o

Leia mais

Caracterização espacial da migração de retorno ao Nordeste: uma análise dos fluxos migratórios intermunicipais nos quinquênios e

Caracterização espacial da migração de retorno ao Nordeste: uma análise dos fluxos migratórios intermunicipais nos quinquênios e Caracterização espacial da migração de retorno ao Nordeste: uma análise dos fluxos migratórios intermunicipais nos quinquênios 1995-2000 e 2000-2010 Jarvis Campos 1 Cristiano Sathler dos Reis 2 Crislaine

Leia mais

Atividades de Recuperação Paralela de Geografia

Atividades de Recuperação Paralela de Geografia Atividades de Recuperação Paralela de Geografia 7º ano Ensino Fundamental 2. 2 Trimestre/2018 Leia as orientações de estudos antes de responder as questões Releia as anotações do caderno e livro Não deixe

Leia mais

DIVISÃO REGIONAL BRASILEIRA

DIVISÃO REGIONAL BRASILEIRA DIVISÃO REGIONAL BRASILEIRA DIVISÃO REGIONAL O termo região é extremamente utilizado, principalmente na ciência geográfica que representa uma das categorias da Geografia. A palavra região pode ser utilizada

Leia mais

GEOGRAFIA UCS Vestibular de Verão 2007 Caderno 2

GEOGRAFIA UCS Vestibular de Verão 2007 Caderno 2 GEOGRAFIA 01 As rochas são formadas por elevadas pressões e temperaturas cuja origem é o dinamismo da litosfera. Em função do grau e da origem da transformação, algumas rochas são mais ou menos resistentes.o

Leia mais

O programa de saúde da família: evolução de sua implantação no Brasil. Instituto de Saúde Coletiva - Universidade Federal da Bahia

O programa de saúde da família: evolução de sua implantação no Brasil. Instituto de Saúde Coletiva - Universidade Federal da Bahia Título do Estudo: O programa de saúde da família: evolução de sua implantação no Brasil Instituição executora: Instituto de Saúde Coletiva - Universidade Federal da Bahia Instituição financiadora: Ministério

Leia mais

2) Analise o gráfico abaixo a respeito da evolução da urbanização brasileira:

2) Analise o gráfico abaixo a respeito da evolução da urbanização brasileira: Roteiro de recuperação 2 º ano Ensino Médio Geografia 1) A urbanização trouxe um desafio crescente ao poder público. Como trazer diariamente pessoas de bairros distantes para o centro da cidade e levá-los

Leia mais

MATERIAL SUPLEMENTAR. Tabela 1. Total de mamógrafos existentes e em uso no SUS, de acordo com tipo, em Salvador, Bahia e Brasil no ano de 2015.

MATERIAL SUPLEMENTAR. Tabela 1. Total de mamógrafos existentes e em uso no SUS, de acordo com tipo, em Salvador, Bahia e Brasil no ano de 2015. MATERIAL SUPLEMENTAR Tabela 1. Total de mamógrafos existentes e em uso no SUS, de acordo com tipo, em Salvador, Bahia e Brasil no ano de 2015. EQUIPAMENTOS DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM - Brasil Equipamento

Leia mais

ANUÁRIO DO TRABALHO. e 2 O O 7

ANUÁRIO DO TRABALHO. e 2 O O 7 ANUÁRIO DO TRABALHO namicro e Pequena Empresa 2 O O 7 SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Presidente do Conselho Deliberativo Nacional Adelmir Santana Diretor-Presidente Paulo

Leia mais

PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA O ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL:

PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA O ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL: PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA O ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL: 2015-2050 Centro de Informações Estatísticas Núcleo de Indicadores Sociais e Ambientais Porto Alegre, 08 de Novembro de 2012 - Evoluções Populacionais

Leia mais

PROFESSOR: ANDERSON JOSÉ SOARES. Antes de iniciar a lista de exercícios leia atentamente as seguintes orientações:

PROFESSOR: ANDERSON JOSÉ SOARES. Antes de iniciar a lista de exercícios leia atentamente as seguintes orientações: GOIÂNIA, 08 / 04/ 2016 PROFESSOR: ANDERSON JOSÉ SOARES DISCIPLINA: GEOGRAFIA SÉRIE:7º ALUNO(a): No Anhanguera você é + Enem Antes de iniciar a lista de exercícios leia atentamente as seguintes orientações:

Leia mais

Conteúdos para Reorientação - 7º ano A e B

Conteúdos para Reorientação - 7º ano A e B Conteúdos para Reorientação - 7º ano A e B Língua Portuguesa Camila 04/12/2017 Substantivo Preposição Conjunção Páginas 98 a 100. Páginas 118 a 121. Páginas 126 a 127. Aprender quais classes gramáticas

Leia mais

Empoderando vidas. Fortalecendo nações.

Empoderando vidas. Fortalecendo nações. Empoderando vidas. Fortalecendo nações. INTRODUÇÃO O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil é baseado exclusivamente nos Censos Demográficos, realizados de 10 em 10 anos, pelo Instituto Brasileiro de

Leia mais

OS MINEIROS NO BRASIL: CARACTERIZAÇÃO E MAPEAMENTO DOS NATURAIS DE MINAS GERAIS EM 1980, 1991 E 2000.

OS MINEIROS NO BRASIL: CARACTERIZAÇÃO E MAPEAMENTO DOS NATURAIS DE MINAS GERAIS EM 1980, 1991 E 2000. OS MINEIROS NO BRASIL: CARACTERIZAÇÃO E MAPEAMENTO DOS NATURAIS DE MINAS GERAIS EM 1980, 1991 E 2000. Adriana de Miranda Ribeiro 1 Ricardo Alexandrino Garcia 2 RESUMO O Estado de Minas Gerais esteve, durante

Leia mais

Exercícios Complementares de Ciências Humanas Geografia Ensino Fundamental. Regiões Brasileiras

Exercícios Complementares de Ciências Humanas Geografia Ensino Fundamental. Regiões Brasileiras de Geografia Exercícios Complementares Regiões Brasileiras 1. O mapa mostra a divisão do Brasil entre as cinco regiões do IBGE. Identifique-as e, na sequência, relacione as características listadas a seguir

Leia mais

Estimativas e Análises do PIB Regiões, Estados e Municípios. Boletim Técnico Gonçalves & Associados Edição 02 Setembro/2012.

Estimativas e Análises do PIB Regiões, Estados e Municípios. Boletim Técnico Gonçalves & Associados Edição 02 Setembro/2012. O Atual Potencial Econômico do Brasil Estimativas e Análises do PIB 2011 - Regiões, Estados e Municípios Boletim Técnico Gonçalves & Associados Edição 02 Setembro/2012 Edição 2009 www.goncalvesassociados.com

Leia mais

Movimentos migratórios no Brasil: efeitos diretos e indiretos da migração de retorno na primeira década do século XXI

Movimentos migratórios no Brasil: efeitos diretos e indiretos da migração de retorno na primeira década do século XXI Movimentos migratórios no Brasil: efeitos diretos e indiretos da migração de retorno na primeira década do século XXI Ricardo Alexandrino Garcia 1 Adriana de Miranda-Ribeiro 2 Carlos Fernando Ferreira

Leia mais

COLÉGIO MONJOLO QUIZ N / 3 BIMESTRE GEOGRAFIA PROFESSOR ELIELTON FUCKS

COLÉGIO MONJOLO QUIZ N / 3 BIMESTRE GEOGRAFIA PROFESSOR ELIELTON FUCKS COLÉGIO MONJOLO QUIZ N 03 2017 / 3 BIMESTRE GEOGRAFIA PROFESSOR ELIELTON FUCKS Data da entrega: 08/09/2017. Aluno(a): 7º Ano: 1 - Interprete o texto e o mapa a seguir: Os meus "nordestes" "Saio do sertão

Leia mais

COLÉGIO NOSSA SENHORA DE LOURDES 7º ANO ENSINO FUNDAMENTAL II 2018 Educando hoje, cidadãos do amanhã. Roteiro de estudos para recuperação final

COLÉGIO NOSSA SENHORA DE LOURDES 7º ANO ENSINO FUNDAMENTAL II 2018 Educando hoje, cidadãos do amanhã. Roteiro de estudos para recuperação final Disciplina: Professor (a): COLÉGIO NOSSA SENHORA DE LOURDES 7º ANO ENSINO FUNDAMENTAL II 2018 Educando hoje, cidadãos do amanhã. Roteiro de estudos para recuperação final GEOGRAFIA FLÁVIA MARIA CHAVES

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DE MOBILIDADE URBANA

POLÍTICA NACIONAL DE MOBILIDADE URBANA POLÍTICA NACIONAL DE MOBILIDADE URBANA Desafios urbano-metropolitanos Dr. Juciano Martins Rodrigues Observatório das Metrópoles juciano@observatoriodasmetropoles.net 1) Condições ecológico-demográficas

Leia mais

Colégio Santa Dorotéia

Colégio Santa Dorotéia Colégio Santa Dorotéia Área de Ciências Humanas Disciplina: Geografia Ano: 7 o - Ensino Fundamental Professora: Cristiane Mattar Geografia Atividades para Estudos Autônomos Data: 8 / 5 / 2018 Aluno(a):

Leia mais

José Marcos Pinto da Cunha IFCH/NEPO/UNICAMP. ALAP/ABEP Rio de Janeiro, julho 2013

José Marcos Pinto da Cunha IFCH/NEPO/UNICAMP. ALAP/ABEP Rio de Janeiro, julho 2013 José Marcos Pinto da Cunha IFCH/NEPO/UNICAMP ALAP/ABEP Rio de Janeiro, julho 2013 Cairo +5 Seminários CNPd e publicação Cairo +5: O caso Brasileiro I. Tendências históricas: Redistribuição espacial da

Leia mais

PLANEJAMENTO ANUAL / TRIMESTRAL 2012 Conteúdos Habilidades Avaliação

PLANEJAMENTO ANUAL / TRIMESTRAL 2012 Conteúdos Habilidades Avaliação COLÉGIO LA SALLE Associação Brasileira de Educadores Lassalistas ABEL SGAS Q. 906 Conj. E C.P. 320 Fone: (061) 3443-7878 CEP: 70390-060 - BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL Disciplina: Geografia Trimestre: 1º

Leia mais

TRABALHO DE GEOGRAFIA DE RECUPERAÇÃO 2º ANO

TRABALHO DE GEOGRAFIA DE RECUPERAÇÃO 2º ANO TRABALHO DE GEOGRAFIA DE RECUPERAÇÃO 2º ANO 1.(Ufla-MG) Uma análise da sequência histórica dos censos do Brasil indica que o censo de 2000 demonstrava um país que se encontrava na chamada fase de transição

Leia mais

Capítulo 5 CONDIÇÕES HABITACIONAIS URBANAS. Érica Tavares da Silva João Luís Nery Junior INTRODUÇÃO

Capítulo 5 CONDIÇÕES HABITACIONAIS URBANAS. Érica Tavares da Silva João Luís Nery Junior INTRODUÇÃO Capítulo 5 CONDIÇÕES HABITACIONAIS URBANAS Érica Tavares da Silva João Luís Nery Junior INTRODUÇÃO As condições habitacionais também constituem uma importante dimensão que influencia o bem-estar das pessoas

Leia mais

Estimativas do Déficit Habitacional brasileiro (PNAD ) Vicente Correia Lima Neto Bernardo Alves Furtado Cleandro Krause Nº 5

Estimativas do Déficit Habitacional brasileiro (PNAD ) Vicente Correia Lima Neto Bernardo Alves Furtado Cleandro Krause Nº 5 Estimativas do Déficit Habitacional brasileiro (PNAD 2007-2012) Vicente Correia Lima Neto Bernardo Alves Furtado Cleandro Krause Nº 5 Brasília, novembro de 2013 1 INTRODUÇÃO, CONCEITOS E METODOLOGIA Dentre

Leia mais

BIOLOGIA RASCUNHO. Transfira a versão final para o formulário próprio

BIOLOGIA RASCUNHO. Transfira a versão final para o formulário próprio BIOLOGIA 01) Faça um diagrama da raiz de uma planta angiosperma dicotiledônea, indicando as regiões (zonas) constituintes com suas respectivas funções. 02) No processo evolutivo, existem fatores que tendem

Leia mais

ÁREAS DE EMIGRAÇÃO NO SÉCULO XXI: CONTINUIDADE DO ÊXODO RURAL?

ÁREAS DE EMIGRAÇÃO NO SÉCULO XXI: CONTINUIDADE DO ÊXODO RURAL? ÁREAS DE EMIGRAÇÃO NO SÉCULO XXI: CONTINUIDADE DO ÊXODO RURAL? Resumo A dinâmica migratória, apesar das mudanças quantitativas e qualitativas verificadas nas últimas décadas em que destacam as áreas de

Leia mais

A ESPACIALIZAÇÃO DA MIGRAÇÃO INTERNACIONAL NA AMAZÔNIA BRASILEIRA: DIFERENTES PROCESSOS, DIFERENTES SIGNIFICADOS

A ESPACIALIZAÇÃO DA MIGRAÇÃO INTERNACIONAL NA AMAZÔNIA BRASILEIRA: DIFERENTES PROCESSOS, DIFERENTES SIGNIFICADOS A ESPACIALIZAÇÃO DA MIGRAÇÃO INTERNACIONAL NA AMAZÔNIA BRASILEIRA: DIFERENTES PROCESSOS, DIFERENTES SIGNIFICADOS Jonatha Rodrigo de Oliveira Lira UNICAMP rodrrigao@hotmail.com INTRODUÇÃO Dentro de um contexto

Leia mais

CAEN-UFC RELATÓRIO DE PESQUISA Nº 02

CAEN-UFC RELATÓRIO DE PESQUISA Nº 02 RELATÓRIO DE PESQUISA Nº 02 EVOLUÇÃO DOS INDICADORES DE RENDA, DESIGUALDADE E POBREZA PARA O CEARÁ E REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA Uma Visão Comparativa Nacional Pós-Plano Real Autores da Pesquisa

Leia mais

Projeto ABIN 2014 Geografia Prof. Thiago Rocha Aula 1

Projeto ABIN 2014 Geografia Prof. Thiago Rocha Aula 1 Projeto ABIN 2014 Geografia Prof. Thiago Rocha Aula 1 Questão 1 Em todos os países da América Latina, a partir de meados da década de 70 do século passado, retoma-se a tendência de queda da mortalidade,

Leia mais

COLÉGIO ANGLO ÁGUAS LISTA DE EXERCÍCIOS

COLÉGIO ANGLO ÁGUAS LISTA DE EXERCÍCIOS COLÉGIO ANGLO ÁGUAS LISTA DE EXERCÍCIOS DISCIPLINA: GEOGRAFIA 3º MÉDIO Trimestre: 3º Ensino Médio Professor: Felipe Atenção: a lista será resolvida na sala de aula com agendamento prévio do professor.

Leia mais

Plano de Recuperação Semestral 1º Semestre 2017

Plano de Recuperação Semestral 1º Semestre 2017 Disciplina: Geografia Série/Ano: 7º ANO Professores: LO/Matheus Objetivo: Proporcionar ao aluno a oportunidade de resgatar os conteúdos trabalhados durante o 1º semestre nos quais apresentou defasagens

Leia mais

Conceitos Básicos e Medidas em Demografia

Conceitos Básicos e Medidas em Demografia Martin Handford, Where s Wally? População, Espaço e Ambiente Abordagens Espaciais em Estudos de População: Métodos Analíticos e Técnicas de Representação Conceitos Básicos e Medidas em Demografia Antonio

Leia mais

O que é migração? migrações internas nacionais migrações externas internacionais

O que é migração? migrações internas nacionais migrações externas internacionais O que é migração? É o deslocamento de pessoas de uma região para outra ou de um país para outro. Quando ocorrem no interior do país, são as migrações internas ou nacionais. Quando ocorrem entre países,

Leia mais

OS DETERMINANTES DA PENDULARIDADE E SUA RELAÇÃO COM A MIGRAÇÃO NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA ENTRE 2000 E 2010.

OS DETERMINANTES DA PENDULARIDADE E SUA RELAÇÃO COM A MIGRAÇÃO NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA ENTRE 2000 E 2010. OS DETERMINANTES DA PENDULARIDADE E SUA RELAÇÃO COM A MIGRAÇÃO NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA ENTRE 2000 E 2010. Resumo: O objetivo do trabalho é identificar os principais determinantes da pendularidade

Leia mais

Novas perspectivas para a gestão metropolitana. O papel do Governo Federal

Novas perspectivas para a gestão metropolitana. O papel do Governo Federal Novas perspectivas para a gestão metropolitana O papel do Governo Federal Urbanização Brasileira Forte ampliação do número de municípios a partir de 1988, em geral com menos de 20 mil hab. Consolidação

Leia mais

O SETOR PRIMÁRIO E AS TRANSFORMAÇÕES ECONÔMICAS E REGIONAIS NO ESTADO DE GOIÁS

O SETOR PRIMÁRIO E AS TRANSFORMAÇÕES ECONÔMICAS E REGIONAIS NO ESTADO DE GOIÁS O SETOR PRIMÁRIO E AS TRANSFORMAÇÕES ECONÔMICAS E REGIONAIS NO ESTADO DE GOIÁS Laene Bueno Santos Luiz Batista Alves* Graduanda do curso de ciências Econômicas do Campus Anápolis de CSEH/UEG. Orientador,

Leia mais

A interiorização da capital brasileira: mudanças demográficas e socioespaciais.

A interiorização da capital brasileira: mudanças demográficas e socioespaciais. A interiorização da capital brasileira: mudanças demográficas e socioespaciais. Eduardo de Araujo da Silva¹; Alexandre Carvalho de Andrade² ¹Graduando em Geografia - IFSULDEMINAS Campus Poços de Caldas,

Leia mais

Salvador: Transformações Sociais e Demográficas

Salvador: Transformações Sociais e Demográficas Leitura de Bordo No. 06 (*) NOTA TEMÁTICA Salvador: Transformações Sociais e Demográficas Gilberto Corso (**) Em termos de densidade populacional, o estado da Bahia apresenta uma nítida concentração espacial

Leia mais

Palavras-chave: Arranjos domiciliares; Benefício de Prestação Continuada; Idoso; PNAD

Palavras-chave: Arranjos domiciliares; Benefício de Prestação Continuada; Idoso; PNAD Idosos atendidos pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC) que vivem em domicílios com outros rendimentos: perfil sociodemográfico e comparação com os idosos que vivem em domicílios com presença de

Leia mais

COMO MUDARAM OS FLUXOS MIGRATÓRIOS MESORREGIONAIS BRASILEIROS NA VIRADA DO MILÊNIO?

COMO MUDARAM OS FLUXOS MIGRATÓRIOS MESORREGIONAIS BRASILEIROS NA VIRADA DO MILÊNIO? COMO MUDARAM OS FLUXOS MIGRATÓRIOS MESORREGIONAIS BRASILEIROS NA VIRADA DO MILÊNIO? Herton Ellery Araujo Ana Luiza Machado de Codes Larissa de Morais Pinto Agnes de França Serrano INTRODUÇÃO Os fluxos

Leia mais

GEOGRAFIA - 2 o ANO MÓDULO 18 MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS

GEOGRAFIA - 2 o ANO MÓDULO 18 MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS GEOGRAFIA - 2 o ANO MÓDULO 18 MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS Como pode cair no enem (ENEM) As migrações transnacionais, intensificadas e generalizadas nas últimas décadas do século XX, expressam aspectos particularmente

Leia mais

Indicadores Demográficos

Indicadores Demográficos Indicadores Demográficos Prof a. Zilda Pereira da Silva Faculdade de Saúde Pública Ao caracterizar uma população humana, pensa-se inicialmente no seu tamanho: quantas pessoas existem numa localidade, num

Leia mais

Projeções Populacionais e Primeiros Resultados do Censo de 2010

Projeções Populacionais e Primeiros Resultados do Censo de 2010 Resenha de Estatísticas Vitais do Estado de São Paulo Ano 11 nº 1 Janeiro 2011 Projeções Populacionais e Primeiros Resultados do Censo de 2010 Os resultados do Censo Demográfico, realizado pelo IBGE em

Leia mais

A MIGRAÇÃO PARA MINAS GERAIS: O RETORNO DE MINEIROS E A IMIGRAÇÃO PAULISTA NAS ÚLTIMAS DÉCADAS *

A MIGRAÇÃO PARA MINAS GERAIS: O RETORNO DE MINEIROS E A IMIGRAÇÃO PAULISTA NAS ÚLTIMAS DÉCADAS * A MIGRAÇÃO PARA MINAS GERAIS: O RETORNO DE MINEIROS E A IMIGRAÇÃO PAULISTA NAS ÚLTIMAS DÉCADAS * Carlos Lobo ** Ralfo Matos *** RESUMO Minas Gerais tem historicamente perdido população para o estado de

Leia mais

EVOLUÇÃO DA DIVISÃO REGIONAL BRASILEIRA

EVOLUÇÃO DA DIVISÃO REGIONAL BRASILEIRA EVOLUÇÃO DA DIVISÃO REGIONAL BRASILEIRA A divisão regional do Brasil não foi sempre a mesma. A primeira sugestão de regionalização foi apresentada em 1913 e, depois dela, outras propostas surgiram tentando

Leia mais

Geografia. Demografia - CE. Professor Luciano Teixeira.

Geografia. Demografia - CE. Professor Luciano Teixeira. Geografia Demografia - CE Professor Luciano Teixeira www.acasadoconcurseiro.com.br Geografia DEMOGRAFIA - CE O povo cearense foi formado pela miscigenação de indígenas catequizados e aculturados após

Leia mais

Prova Final - 7º ano A e B

Prova Final - 7º ano A e B Prova Final - 7º ano A e B Língua Portuguesa Camila 13/12/2017 Sujeito e Predicado Tipos de sujeito. Concordância verbal. Paginas 160 à 163. 185 à 187. 194 à 195. Compreender o que sujeito e predicado.

Leia mais

Projeto ABIN 2014 Geografia Prof. Thiago Rocha Aula 1

Projeto ABIN 2014 Geografia Prof. Thiago Rocha Aula 1 Projeto ABIN 2014 Geografia Prof. Thiago Rocha Aula 1 Questão 1 Em todos os países da América Latina, a partir de meados da década de 70 do século passado, retoma-se a tendência de queda da mortalidade,

Leia mais

TERRITORIAL. Resultado segundo regiões naturais

TERRITORIAL. Resultado segundo regiões naturais A pesquisa compara a performance eleitoral dos candidatos Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno das eleições presidenciais. Os dados derivados do estudo mostraram melhor desempenho

Leia mais

Migrações - Mobilidade Espacial. Externas, internas, causas e consequências.

Migrações - Mobilidade Espacial. Externas, internas, causas e consequências. Migrações - Mobilidade Espacial Externas, internas, causas e consequências. Classificação Internas: dentro de um país. Externas: de um país para outro. De retorno: de volta ao país de origem Imigração:

Leia mais

Colégio Santa Dorotéia Área de Ciências Humanas Disciplina: Geografia Ano: 7º - Ensino Fundamental Professora: Cristiane Mattar

Colégio Santa Dorotéia Área de Ciências Humanas Disciplina: Geografia Ano: 7º - Ensino Fundamental Professora: Cristiane Mattar Área de Ciências Humanas Disciplina: Ano: 7º - Ensino Fundamental Professora: Cristiane Mattar Os assuntos trabalhados nestes Estudos Autônomos estão relacionados aos seguintes conteúdos tratados em sala

Leia mais

Arranjos domiciliares e o espaço da metrópole: uma análise da RMSP na década de 2000

Arranjos domiciliares e o espaço da metrópole: uma análise da RMSP na década de 2000 Arranjos domiciliares e o espaço da metrópole: uma análise da RMSP na década de 2000 Resumo: As componentes demográficas, juntamente com a nupcialidade, estão diretamente ligadas às transformações da estrutura

Leia mais

PERSISTÊNCIA DO PODER POLÍTICO E SEUS EFEITOS SOBRE AS INSTITUIÇÕES E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: EVIDÊNCIAS PARA OS MUNICÍPIOS BRASILEIROS

PERSISTÊNCIA DO PODER POLÍTICO E SEUS EFEITOS SOBRE AS INSTITUIÇÕES E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: EVIDÊNCIAS PARA OS MUNICÍPIOS BRASILEIROS PERSISTÊNCIA DO PODER POLÍTICO E SEUS EFEITOS SOBRE AS INSTITUIÇÕES E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: EVIDÊNCIAS PARA OS MUNICÍPIOS BRASILEIROS Aluno: Guilherme Carneiro da Cunha Cintra Orientador: Claudio

Leia mais

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) IBGE (parte 1) Gustavo Leal Universidade Federal de Juiz de Fora Abril 2012 UFJF (Institute) ECONS - Laboratório de Economia 23/04 1 / 10 Introdução O

Leia mais