LOGÍSTICA REVERSA RESUMO

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1 Cristina Azevedo Zanirati Aluna do Curso de Graduação em Logística do Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), Rio de Janeiro, Brasil Flavio Isidoro da Silva Mestre em Engenharia de Produção pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), Rio de Janeiro, Brasil Especialista em Engenharia Econômica e Administração Industrial pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, Brasil Professor do Curso de Logística do Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), Rio de Janeiro, Brasil fisidoro@ig.com.br RESUMO Ao falarmos de logística visualizamos o fluxo mais comum dos produtos, que é em direção ao cliente final, porém existe outro lado ainda pouco trabalhado que é o da logística reversa. Este é um processo que está em constante fase de evolução, tendo como pressuposto as novas possibilidades de negócios referentes ao crescente interesse empresarial do ponto de vista estratégico e econômico. Uma visão contemporânea sobre preservação ambiental e responsabilidade social, quando adotada pelas empresas, resulta em imagens institucionais cada vez mais aceitas. A imagem da corporação junto à sociedade é importante, mas também não podemos deixar de enfatizar que um instrumento de extrema importância neste processo é o aproveitamento dos produtos de pós-venda e pós-consumo, sua destinação final e o impacto que causarão às gerações futuras. Neste trabalho bibliográfico, falaremos sobre o constante crescimento do consumo reduzindo as fontes de matérias-primas; como o óleo lubrificante usado ou contaminado pode agredir o meio ambiente se não receber a devida destinação e como é feito o seu retorno para o mercado como produto reciclado. Palavras-chave: Logística reversa. Óleo lubrificante. Meio ambiente. Estratégia. 1 INTRODUÇÃO Desde os tempos mais remotos, os líderes militares já faziam uso da logística. As guerras eram longas e de uma forma geral distantes, fazendo-se necessário grandes e constantes deslocamentos de recursos. A fim de transportar suas tropas, armamentos e carros de guerra para locais de combate eram necessários: planejamento, organização e execução de tarefas logísticas. Estas envolviam a definição de uma rota, transporte, armazenagem e distribuição de equipamentos e suprimentos. Logo em seguida, a logística passou a ser usada pelas empresas, tendo como definição um modelo de análise e administração integradas, que permitia otimizar o fluxo de materiais desde sua fonte primária até a colocação nos pontos de venda como produto final, posteriormente estendendo-se também às indústrias. 4 8

2 2 DESENVOLVIMENTO Desde então, logística tem passado por um processo de constante evolução em todo o mundo. Tratada antes apenas como um departamento dentro das empresas, não tinha o destaque que tem atualmente. Com a estabilização da moeda no Brasil na década de 90, o aumento do poder aquisitivo da população e a competitividade acirrada, as empresas, que antes se preocupavam apenas em abastecer seus estoques face à oscilação constante do mercado, passaram a se preocupar agora em ter um diferencial em relação às suas concorrentes. Isso porque o comportamento do mercado, impulsionado por um marketing agressivo, mudou, passando a ser muito mais exigente. A variedade de produtos tornou-se peça-chave para o bom desempenho das empresas e sua permanência no mercado. Produtos passaram a ser personalizados seguindo a especificação de cada público, tais como: idade, sexo, raça e religião, impulsionando ainda mais o desejo pela compra, fazendo com que o consumismo atingisse escala sem precedentes. Isso interferiu também no ciclo de vida dos produtos, que passou a ser bem mais curto a fim de acelerar uma nova aquisição. Ao falarmos de fluxo dos produtos, visualizamos o caminho mais comumente utilizado, que é o do canal de distribuição direto. Este é percorrido pelo produto enquanto ainda insumo até sua chegada ao cliente final. Neste processo podem ser observados vários elos progressivos em um mesmo sentido. Descrevendo, por exemplo, o processo seguido para a fabricação do lubrificante, começamos com a extração do petróleo por empresa especializada, seu fornecimento e transporte para indústria de refino, sua venda como óleo base para as fabricantes de lubrificantes, sua comercialização para as distribuidoras e finalmente sua chegada ao consumidor final. Aqui nos reservamos apenas em tratar de forma superficial o processo, mas é claro que neste trâmite temos mais fornecedores envolvidos, mais transporte, armazenagem, enfim, toda a complexidade de um canal de produção ou ainda de fluxo dos produtos. Quando começamos a observar o ciclo completo de um produto acabado, entendemos que, pelo menos teoricamente, seu destino único e final não será o consumidor. Continuando com o exemplo lubrificante, após alcançado o objetivo ao qual se destinou ou apresentando problemas relacionados a sua qualidade em geral durante o processo produtivo, uma nova direção no fluxo será tomada, agora em sentido ao seu ciclo de negócio. Este novo sentido é o que hoje conhecemos como logística reversa. Em resumo, Paulo Roberto Leite (2009, p. 17) define logística reversa como A área da Logística Empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando valores de diversas naturezas, econômico, ecológico, legal, logístico de imagem corporativa, entre outros. Em Stock (1998, p. 20) encontra-se a definição: Logística Reversa: em uma perspectiva de logística de negócios, o termo refere-se ao papel da logística no retorno de produtos, redução na fonte, reciclagem, substituição de materiais, reuso de materiais, disposição de resíduos, reforma, reparação e remanufatura. 4 9

3 Cristina Azevedo Zanirati e Flavio Isidoro da Silva A logística reversa se desdobra em canais de distribuição reversos de pós-venda e de pós-consumo, onde todas as atenções estão voltadas para o cenário atual. Os bens industriais colocados à disposição da sociedade possuem um ciclo de vida já previsto, que pode variar desde algumas semanas até muitos anos, após os quais são descartados de diversas maneiras formando os produtos de pós-consumo e os resíduos sólidos. A coleta dos produtos de pósconsumo e seus constituintes e as diferentes formas de processamento e comercialização até sua reintegração ao ciclo produtivo como matéria-prima secundária são denominados canais de distribuição reversa de pós-consumo CDR-PC (LEITE, 1999). Estes produtos de pós-consumo poderão se originar de bens duráveis ou descartáveis e percorrem os canais reversos de Reuso, Desmanche ou Reciclagem até sua destinação final. Tendo este trabalho como um dos focos principais a reciclagem do óleo lubricante usado ou contaminado, nos concentraremos apenas nesse segmento da logística reversa. Havendo condições, os produtos de pós-consumo são retornados pelo canal reverso de Reciclagem Industrial, onde os materiais constituintes são reaproveitados e se constituirão em matériasprimas secundárias, que retornam ao ciclo produtivo por meio do mercado correspondente. O CDR-PC deverá planejar, operar e controlar o fluxo de retorno dos produtos de pós-consumo ou de seus materiais constituintes, que recebem as seguintes classificações em função de seu estado de vida e origem: Em condições de uso, Fim de vida útil, e Resíduos Industriais. 2.1 A escassez de matéria-prima O que talvez não se tenha pensado, pelo menos a princípio, foi no impacto que o crescimento de demanda poderia trazer. À medida em que consumimos bens e serviços, fabricamos involuntariamente produtos hoje classificados como de pós-venda e de pós-consumo e a problemática maior gira em torno deste segundo. Essa aceleração de consumo tem causado preocupação à comunidade mundial tanto no que diz respeito à escassez de matéria-prima como também ao meio ambiente de uma forma geral. Essa realidade de recursos esgotáveis é perceptível no aumento dos preços das matériasprimas, cuja demanda cresce em função do desenvolvimento econômico de países emergentes, como a China e a Índia, por exemplo. O setor de reciclagem está em constante expansão, pois o reaproveitamento do lixo se transforma cada vez mais em um mercado milionário. A crescente demanda destes países por matéria-prima não pode ser suprida somente pelos recursos naturais. Por isso, a matéria-prima secundária é a chave para o futuro. O petróleo é um produto de grande importância mundial, principalmente em nossa atualidade. É difícil determinar alguma coisa que não dependa direta ou indiretamente do petróleo. Os solventes, óleos combustíveis, gasolina, óleo diesel, querosene, gasolina de aviação, lubrificantes, asfalto, plástico, entre outros, são os principais produtos obtidos a partir do petróleo. O problema é que estudos denotam que esta fonte esgotável tem estoque previsto para as próximas seis ou sete décadas apenas, por isso a importância da reciclagem de seus produtos resultantes. 5 0

4 2.2 O óleo lubrificante Representando cerca de 2% dos derivados do petróleo, o óleo lubrificante é um dos poucos derivados que não é totalmente consumido durante o seu uso. São produzidos pela mistura de óleos lubrificantes básicos, minerais ou sintéticos, com aditivos. Constituindo-se como a principal matéria-prima dos óleos acabados, os óleos básicos minerais podem ser obtidos diretamente do processamento do petróleo bruto ou a partir do rerrefino dos óleos usados. A esta matériaprima agregam-se aditivos específicos (anticorrosivos, antioxidantes, dispersantes, detergentes, melhoradores do índice de viscosidade etc.), capazes de proporcionar as características necessárias às diversas aplicações (industriais ou automotivas) dos óleos lubrificantes acabados (QUELHAS, 2003, p.13). Praticamente todo equipamento que trabalha com peças ou componentes em movimento utiliza um fluido lubrificante para evitar o desgaste de suas partes móveis. Segundo informações do Compromisso Empresarial com a Reciclagem (Cempre), o uso automotivo representa 60% do consumo nacional de lubrificantes, principalmente em motores a diesel. Nas indústrias são utilizados em sistemas hidráulicos, motores estacionários, turbinas e ferramentas de corte. Tais óleos lubrificantes, essenciais para o desenvolvimento das atividades humanas, em função do uso normal ou circunstâncias acidentais, acabam se degradando a ponto de não mais se prestarem às suas finalidades, originando um resíduo perigoso. Apesar do risco evidente que representa ao ambiente, o óleo lubrificante usado ou contaminado é fonte importantíssima da matéria-prima essencial que é o óleo lubrificante básico, necessária à formulação do óleo lubrificante acabado e somente encontrado em quantidades significativas no petróleo importado tipo árabe leve. Diante desta peculiaridade, a gestão adequada deste resíduo possui importância não apenas ambiental, mas também econômica, sendo mesmo de grande relevância na estratégia de autossuficiência nacional em relação ao petróleo. Em princípio, o óleo pesado tem menos valor comercial do que o óleo leve, mas todo petróleo tem valor, dependendo do processo existente nas refinarias. O lubrificante usado é considerado como bem de pós-consumo descartável, passando pelo canal reverso de reciclagem industrial onde o óleo mineral é extraído, transformando-se em matéria-prima secundária, que será reincorporada à fabricação de novos produtos. O óleo contaminado segue a mesma trajetória. 2.3 O impacto dos bens de pós-consumo na saúde e no meio ambiente Os óleos lubrificantes automotivos usados contêm produtos resultantes de sua deterioração. Além dos produtos de degradação, estão presentes no óleo lubrificante automotivo usado os aditivos que foram adicionados ao básico no processo de sua formulação. Os compostos químicos existentes nos óleos lubrificantes usados, principalmente os metais pesados, produzem efeitos diretos sobre a saúde humana e vários deles são cancerígenos. Os efeitos sobre a saúde dependem dos contaminantes presentes no óleo lubrificante automotivo e variam conforme a marca e o tipo de óleo lubrificante automotivo, do combustível utilizado no veículo, das condições operacionais do motor e do tempo ou da quilometragem entre as trocas de óleo lubrificante automotivo. 5 1

5 Cristina Azevedo Zanirati e Flavio Isidoro da Silva Os óleos lubrificantes não se dissolvem na água e não são biodegradáveis. Formam películas impermeáveis que impedem a passagem do oxigênio e destroem a vida, tanto na água como no solo, e espalham substâncias tóxicas que podem ser ingeridas pelos seres humanos de forma direta ou indireta. Os hidrocarbonetos saturados contidos nos óleos lubrificantes não são biodegradáveis. No mar, o tempo de eliminação de um hidrocarboneto pode ser de 10 a 15 anos. Apenas 1 litro de óleo lubrificante automotivo contamina de litros de água e 5 litros de óleo lubrificante automotivo, se forem despejados sobre um lago, por exemplo, seriam suficientes para cobrir uma superfície de m² com um filme oleoso, danificando gravemente o desenvolvimento da vida aquática, além da bioacumulação de metais pesados. A melhor maneira de se evitar o desperdício e a poluição por óleo lubrificante automotivo é fazer a troca em local especializado e licenciado para este fim, onde o óleo lubrificante automotivo usado deve ser adequadamente recolhido e encaminhado para o destino adequado, conforme legislação ambiental vigente. 2.4 A Lwart Lubrificantes 5 2 A Lwart Lubrificantes foi fundada em 1975 em Lençóis Paulista/SP, quando os irmãos da família Trecenti deixaram o ramo metalúrgico para se dedicar a uma nova atividade industrial coleta e rerrefino de óleos lubrificantes usados. O nome Lwart vem da junção das iniciais dos nomes dos seus fundadores Luis, Wilson, Alberto, Renato e mais o sobrenome Trecenti. A Lwart Lubrificantes recebeu o registro nº 1 de coletor autorizado por ter sido a primeira empresa a cumprir rigorosamente as exigências estabelecidas pelas portarias da Agência Nacional de Petróleo (ANP) que regram o mecanismo de coleta no Brasil. Para viabilizar essa condição, realizou um rigoroso trabalho em nível nacional, treinando motoristas, inovando sua identidade visual, padronizando e renovando a sua frota, que conta com uma média de 300 veículos em todo o país, visitando cerca de 60 mil fontes geradoras, entre elas oficinas mecânicas, concessionárias, transportadoras e indústrias. Seu negócio consiste em coletar e refinar o óleo lubrificante usado ou contaminado e comercializar os produtos oriundos do processo de rerrefino, atendendo aos requisitos legais e os definidos por seus clientes, contribuindo para a conscientização ambiental e para o aprimoramento da legislação que regulamenta a atividade. Para isso a empresa investiu na modernização da planta industrial de Lençóis Paulista (SP) para a produção de óleos minerais básicos do Grupo II, um produto de qualidade superior ao que hoje o mercado brasileiro importa da Rússia, Oriente Médio e alguns países da Europa. Antes a empresa só produzia o tipo I, mas com a evolução da tecnologia dos motores fez-se necessário buscar o enquadramento ao que se espera para o futuro. Esta modernização viabilizará o processamento de 150 mil metros cúbicos por ano de óleos usados e fará da Lwart a segunda maior empresa de rerrefino do mundo e a primeira da América Latina. O rerrefino é o processo industrial que permite que o óleo lubrificante, após o uso, seja recuperado e reutilizado como óleo básico, voltando para as indústrias de lubrificantes, possibilitando economia de recursos naturais não-renováveis e, paralelamente, mas não menos importante, se evite um grande impacto ambiental que pode ser causado pelo uso indevido do óleo usado. É importante ressaltar que o processo de rerrefino deverá ser apto a retirar todos os contaminantes e produtos de degradação do óleo lubrificante usado ou contaminado, desde

6 a parcela de água até os microcristais de carbono, que não são retidos em peneiras ou filtros, passando pelos metais pesados e HPA s, e deverá fornecer óleo básico dentro dos padrões estabelecidos pela ANP. 2.5 Legislação envolvendo a logística reversa A destinação correta para o descarte de óleo usado está fundamentada na Resolução nº 362, instituída pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). Esta resolução considera que o rerrefino do óleo lubrificante usado ou contaminado é instrumento prioritário para a gestão ambiental. Assim, todo o óleo lubrificante usado deve, obrigatoriamente, ser recolhido e ter destinação adequada, de forma a não afetar negativamente o ambiente, sendo proibidos quaisquer descartes em solos, águas superficiais, sistemas de esgoto ou lançamento de águas residuais. Portarias da ANP ditam normas para o gerenciamento do recolhimento, coleta e destinação final dos óleos lubrificantes usados. Segundo estas portarias, os produtores e os importadores de óleos lubrificantes acabados são responsáveis pela coleta e destinação final do óleo lubrificante usado ou contaminado, proporcionalmente ao volume de óleo acabado que comercializam, podendo, para tanto, contratar empresas credenciadas e especializadas para a atividade de coleta. Além da natural complexidade de coordenar as ações dos órgãos federais, estaduais e municipais inerente à gestão ambiental, o contexto do óleo lubrificante usado ou contaminado requer, adicionalmente, a absorção das regras e competências dos órgãos reguladores das atividades econômicas ligadas ao petróleo. Apesar dessa dificuldade, foi possível criar um sistema harmônico e claro para a gestão desse resíduo perigoso, que estabelece uma conceituação comum e, principalmente, gera a necessidade de ação coordenada entre as competências limítrofes. Todo esse processo é estabelecido no art. 3º da Resolução CONAMA nº 362/2005, que diz: todo o óleo lubrificante usado ou contaminado coletado deverá ser destinado à reciclagem por meio do processo de rerrefino. (BRASIL, 2005, p.33) O parágrafo segundo, em caráter de exceção, permite aos geradores industriais o processamento do óleo lubrificante usado ou contaminado, por si ou por terceiros, para a fabricação de produtos, exceto combustíveis, a serem consumidos exclusivamente pelos próprios geradores, sendo expressamente vedada a comercialização de tais produtos. Existem ainda duas regras expressas na Resolução 362/2005 que devem ser observadas no licenciamento de atividades em que sejam gerados óleos lubrificantes usados ou contaminados: Art. 12. Ficam proibidos quaisquer descartes de óleos usados ou contaminados em solos, subsolos, nas águas interiores, no mar territorial, na zona econômica exclusiva e nos sistemas de esgoto ou evacuação de águas residuais. Art. 13. Para fins desta Resolução, não se entende a combustão ou incineração de óleo lubrificante usado ou contaminado como formas de reciclagem ou de destinação adequada. (BRASIL, 2005, p.33) 5 3

7 Cristina Azevedo Zanirati e Flavio Isidoro da Silva O ciclo do óleo lubrificante pode ser resumido a cinco categorias, tais como os produtores e importadores, que são as pessoas jurídicas que introduzem o óleo lubrificante acabado no mercado e possuem a obrigação legal de custear sua coleta e de informar aos consumidores (geradores) as obrigações que estes têm e os riscos ambientais decorrentes do eventual descarte ilegal do resíduo; os revendedores, que são as pessoas jurídicas que comercializam óleo lubrificante acabado no atacado e no varejo, que dentre outras obrigações devem receber dos geradores o óleo lubrificante usado ou contaminado, em instalações adequadas; os geradores, que são as pessoas físicas ou jurídicas que em função do uso de lubrificantes geram o óleo lubrificante usado ou contaminado, e que têm obrigação de entregar este resíduo perigoso ao ponto de recolhimento (revendedor) ou coletor autorizado; os coletores, que são pessoas jurídicas devidamente licenciadas pelo órgão ambiental competente e autorizadas pelo órgão regulador da indústria do petróleo para realizar atividade de coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado, entregando-o ao rerrefinador; e por fim os rerrefinadores, que são pessoas jurídicas devidamente autorizadas pelo órgão regulador da indústria do petróleo e licenciadas pelo órgão ambiental competente, para a atividade de rerrefino, que têm por obrigação remover os contaminantes do resíduo perigoso e produzir óleo lubrificante básico conforme especificação da ANP. A ANP, órgão regulador das atividades ligadas à indústria do petróleo, tem a competência para garantir aos consumidores que os produtos desse segmento atendam a padrões mínimos de qualidade. A licença de operação e a autorização da ANP são essenciais para que o empreendimento inicie a operação. Em suma, a licença ambiental de operação que for conferida a determinado empreendimento ligado à Cadeia de Gestão e Destinação Ambientalmente Adequada do Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado somente terá eficácia após a autorização expedida pela ANP. A coleta, conforme Resolução CONAMA nº 362/2005, é uma atividade que compreende as etapas de recolhimento, transporte, armazenamento temporário e entrega à destinação, ambientalmente adequada, de óleos lubrificantes usados ou contaminados. Ao contrário do licenciamento ambiental, que em decorrência da competência concorrente entre União, Estados e Municípios, divide-se entre estas três esferas e submete-se às fronteiras dos entes federados, a autorização expedida pela ANP para a atividade de coletor tem abrangência nacional. Por outro lado, em função da estrutura logística que tenha estabelecido, é possível que um determinado coletor possa efetuar a coleta em mais de um Estado a partir de uma única base de armazenamento. 3 CONCLUSÃO 5 4 Estamos em um caminho praticamente sem volta no que diz respeito ao aumento do consumismo. A felicidade hoje está fatalmente atrelada à capacidade de se poder adquirir ou não um determinado bem ou serviço. Muitas das matérias-primas necessárias para esta realização, como já visto, têm prazo de existência limitado e a melhor forma de controlarmos o resultado de toda essa operação está sem dúvida na elaboração de políticas ambientais mais rígidas por meio de legislação específica que não só tenha por objetivo punir o empresariado, mas também motivá-lo a dar a destinação adequada aos seus produtos descartados. A população

8 também exerce um importante papel neste processo, em que pode fazer frente a esta batalha pelo consumo responsável, baseando suas compras no bem comum e não só na satisfação de interesses individuais. REFERÊNCIAS BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transporte, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, BRASIL, CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução CONAMA n 362, de 23 de junho de Diário Oficial da União. 27 DE JUNHO DE 2005, fls LEITE, Paulo Roberto Logística Reversa: meio ambiente e competitividade. 2. ed. São Paulo: Pearson,

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