Hierarquia das Normas Trabalhistas/ Relação de Trabalho e Emprego/ Empregado e Empregador

Transcrição

1 Hierarquia das Normas Trabalhistas/ Relação de Trabalho e Emprego/ Empregado e Empregador

2 Hierarquia das Leis

3 Hierarquia das Normas Trabalhistas Princípio da Norma mais Favorável: Existindo duas ou mais normas aplicáveis ao mesmo caso concreto, dever-se-á aplicar a que for mais favorável ao empregado, independentemente do seu posicionamento na escala hierárquica. O vértice da pirâmide não será, portanto, necessariamente a CF ou a lei, mas sim a norma mais favorável ao empregado.

4 Faz-se critérios de comparação: Teoria da Acumulação; Teoria do Conglobamento; Teoria do Conglobamento por Instituto; Teoria da Adequação; Teoria da Escolha da Norma mais Recente.

5 Teoria da Acumulação: Seleciona-se, em cada uma das normas comparadas, os dispositivos mais favoráveis ao trabalhador;

6 Teoria do Conglobamento: Toma-se a norma mais favorável a partir do confronto em bloco das normas objeto de comparação, isto é, busca-se o conjunto normativo mais favorável;

7 Teoria do Conglobamento por Instituto: Extrai-se a norma aplicável a partir de comparação parcial entre grupos homogêneos de matérias, de uma e de outra norma;

8 Teoria da Adequação: Considera-se o diploma normativo mais adequado à realidade concreta. Ex.: Uma convenção coletiva prevê grandes vantagens a determinada categoria, dada a existência, na base territorial, de grandes empresas atuando no ramo. Diante da insuficiência econômica de uma pequena empresa do mesmo ramo, esta pactua com o sindicato da categoria profissional um acordo coletivo de trabalho com vantagens adequadas à sua realidade. Neste caso, dever-se-ia escolher o acordo coletivo, pois é adequado ao fato social.

9 Teoria da escolha da Norma Mais Recente: Advoga que a negociação coletiva se dá a partir do fato social, que muda constantemente. Dessa maneira, a norma aplicável seria sempre a mais recente, pois consentânea com o fato social atual.

10 Exemplos: Uma convenção coletiva de trabalho e um acordo coletivo de trabalho são igualmente aplicáveis, em tese, a um determinado grupo de trabalhadores. A convenção garante: direito a férias de 35 dias anuais, adicional de horas extras de 100%, piso salarial de R$1.200,00. O Acordo garante: direito a férias de 30 dias anuais, com adicional de férias de 50% em relação à remuneração normal do empregado, piso salarial de R$ 700,00, 14º salário.

11 Qual é mais benéfica? Acordo Coletivo de Trabalho ou Convenção Coletiva de Trabalho?

12 Critério da Acumulação Critério do Conglobamento Critério do Conglobamento por Instituto - Férias de 35 dias, com adicional de 50% - Adicional de horas extras de 100% - Piso salarial de R$ 1.200,00-14º salário - Confrontadas as duas normas, observa-se que, no conjunto, a convenção coletiva é mais benéfica que o acordo coletivo. Prevalece a Convenção Coletiva. - Quanto ao instituto férias: o ACT é mais benéfico 30 dias, com adicional de 50% - Quanto ao instituto horas extras: CCT 100% - Quanto ao instituto remuneração : CCT R$ 1.200,00 (mais vantajoso que R$ 700, º salário)

13 Relação de Trabalho É toda relação jurídica caracterizada por ter sua prestação essencial centrada em uma obrigação de fazer consubstanciada em labor humano. Maurício Godinho Delgado.

14 Relação de Trabalho x Relação de Emprego Relação de Trabalho Relação de Emprego

15 A relação de emprego é apenas uma das modalidades da relação de trabalho. A relação de emprego só ocorrerá se preenchidos os requisitos previstos no art. 2º e 3º da CLT.

16 Modalidades de Relações de Trabalho: - Relação de Emprego; - Relação de Trabalho Autônomo; - Relação de Trabalho Eventual; - Relação de Trabalho Avulso; - Relação de Trabalho Voluntário - Relação de Trabalho Institucional - Relação de Trabalho de Estágio

17 Relação de Emprego É a relação de trabalho SUBORDINADO. É o vínculo de trabalho humano sob subordinação. Requisitos: Prestado por pessoa física; Pessoalidade; Não Eventualidade; Onerosidade; Subordinação Alteridade

18 Trabalho Prestado Por Pessoa Física Só a pessoa natural poderá ser empregada. A prestação de serviços só pode ser feita por pessoa física. Pessoa Jurídica, em nenhuma hipótese, será empregada. Proibição de fraudes! Art. 9º, CLT: Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.

19 Pessoalidade A relação de emprego é marcada pela natureza intuitu personae do empregado em relação ao empregador. Isto quer dizer que o empregador contrata o empregado para que este lhe preste os serviços pessoalmente, sendo vedado ao empregado se fazer substituir por outro durante a prestação de serviço.

20 Não Eventualidade Trabalhador não eventual é aquele que trabalha de forma repetida, nas atividades permanentes do tomador. Não eventualidade = habitualidade = permanência

21 Onerosidade Se de um lado a obrigação principal do empregado é fornecer sua força de trabalho, do outro, a obrigação do empregador é remunerar o empregado pelos serviços prestados.

22 Subordinação É o requisito mais importante para a caracterização da relação de emprego. Subordinação Jurídica = decorre do contrato estabelecido entre empregado e empregador (contrato de trabalho)

23 Poder Diretivo do Empregador Subordinação Jurídica do Empregado

24 Alteridade O empregado trabalha por conta alheia, o que implica que ele não corre o risco do negócio. Quem assume os riscos da atividade econômica é o empregador.

25 Exclusividade: É requisito da relação de emprego? Pode ser inserida no contrato de trabalho?

26 Art. 2º + 3º da CLT. Empregado Art. 3º. Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Art. 2º. Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

27 Exemplos de Empregados: - Altos Empregados; - Empregado Doméstico; - Empregado Rural; - Empregado Aprendiz; - Empregado Público.

28 Empregador O conceito de Empregador decorre do conceito de empregado. Sempre que um trabalhador ofereça a outrem sua energia de trabalho, nos limites da relação de emprego (trabalho de pessoa física, com pessoalidade, não eventualidade, onerosidade, subordinação e alteridade), o tomador de seus serviços será empregador, independentemente de sua natureza jurídica (pessoa física, pessoa jurídica ou mesmo ente despersonificado)