Contabilidade Tributária Aula 2 - IPI
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1 Contabilidade Tributária Aula 2 - IPI Prof. Gustavo Gonçalves Vettori Competência CF/88 Art Compete à União instituir impostos sobre: IV - produtos industrializados; 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V. 3º - O imposto previsto no inciso IV: I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores; III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior. IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. Prof. Gustavo G. Vettori 1
2 1. FATOS GERADORES E CONTRIBUINTES Art. 46 do CTN: Fatos Geradores Desembaraço aduaneiro de produtos industrializados Saída do produto industrializado do estabelecimento industrial Arrematação do produto industrializado, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão Prof. Gustavo G. Vettori 2
3 Contribuinte Art. 51 do CTN: Contribuinte do imposto é: o importador ou quem a lei a ele equiparar; o industrial ou quem a lei a ele equiparar; o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes definidos no inciso anterior; o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão. Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial, comerciante ou arrematante. Contribuinte Estabelecimentos são contribuintes autônomos Quem tem personalidade jurídica é o titular dos estabelecimentos Direito tributário admite que entes sem personalidade sejam apontados como contribuintes de tributos (e.g. SCP é contribuinte do IRPJ) Cada estabelecimento é um contribuinte Empresa A Prof. Gustavo G. Vettori 3
4 1.1. IMPORTAÇÃO Fato Gerador: Importação Princípio do destino Tributos aduaneiros vs. Tributos sobre a receita orientados pelo princípio do destino Prof. Gustavo G. Vettori 4
5 Algumas Discussões IPI majorado para carros importados GATT Anterioridade Importação por pessoa física Prof. Gustavo G. Vettori 5
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8 IPI e Importação Pessoa Física O IPI do Camaro Julgados STF: REs AgR; AgR; AgR; AgR; AgR Ficou doce...!! Prof. Gustavo G. Vettori 8
9 IPI e Importação Pessoa Física O IPI do Camaro Julgados STF: REs AgR; AgR; ; AgR; AgR Entendimento atual é contrário ao contribuinte: RE , repercussão geral 1.2. SAÍDA DE PRODUTO INDUSTRIALIZADO Prof. Gustavo G. Vettori 9
10 O que é produto industrializado? CTN, Art. 46, Saída do produto industrializado do estabelecimento industrial Parágrafo único. Para os efeitos do IPI, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo Fato Gerador: Saída de Estabelecimento Saída do produto industrializado do estabelecimento industrial Industrializar ou dar saída do estabelecimento em produto industrializado? É necessária a efetiva industrialização e a operação realizada com o produto industrializado Mera industrialização para consumo próprio não gera incidência do IPI Saída de produto que não foi industrializado pelo estabelecimento não deve gerar incidência do IPI Se for revenda de MP, PI ou ME adquirido de terceiros, com destino a industriais ou revendedores, equipara-se e tributa (ver adiante) Prof. Gustavo G. Vettori 10
11 Fato Gerador: Saída de Estabelecimento Sendo assim, dois pontos são relevantes para definir este fato gerador: Saber o que é industrialização Saber o que é estabelecimento industrial O QUE É INDUSTRIALIZAÇÃO? Prof. Gustavo G. Vettori 11
12 O que é industrialização? O produto industrializado será aquele resultante das operações definidas na lei como industrialização Lei pode definir qualquer operação como industrialização? Não pode ser mera comercialização Não pode ser resultante da ação da própria natureza Tem que resultar de ação humana consistente num processo de industrialização Industrialização é qualquer operação que: Modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação; ou a finalidade do produto; ou o aperfeiçoe para consumo Art. 4º do RIPI (Regulamento do IPI - Decreto 7.212/10) conceito que se coaduna com o de produto industrializado do art. 46 do CTN Em suma, são operações que adicionem ao produto uma nova utilidade ou lhe possibilitem melhoramento para uso ou consumo. O que é industrialização? Operações de industrialização no RIPI: Transformação (art. 4º, I) Operação que, exercida sobre a matéria-prima ou produto intermediário, importe na obtenção de espécie nova Há transformação sempre que o produto resultante seja classificado em posição diversa na TIPI (Tabela o IPI) daquela em que se classifica a matéria prima ou o produto intermediário Ex: Celulose transformada em papel Prof. Gustavo G. Vettori 12
13 O que é industrialização? Beneficiamento (art. 4º, II) Operação que modifica, aperfeiçoa ou, de qualquer forma, altera o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto. Mero melhoramento, sem que haja necessariamente alteração na classificação fiscal Exemplos que geram discussão: aplicação de camada de cola verniz; corte de chapas de vidro (não foi considerado beneficiamento). O que é industrialização? Montagem (art. 4º, III) Reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que na mesma classificação fiscal Exemplos que geram discussão: montagem de bicicletas ou motocicletas; montagem de carrocerias em chassi Prof. Gustavo G. Vettori 13
14 O que é industrialização? Acondicionamento ou reacondicionamento (art. 4º, IV) Operação que importa em alteração da apresentação do produto pela colocação de embalagem, ainda que em substituição à original, salvo quando a embalagem colocada destina-se apenas ao transporte Art. 6º do RIPI: Embalagem de transporte: não é processo de industrialização. Tem que cumprir os seguintes requisitos:» Ser feito em caixas, engradados, latas etc., sem acabamento e rotulagem de função promocional e que não objetive valorizar o produto em razão da qualidade, perfeição, utilidade etc.» Ter capacidade acima de vinte quilos ou superior àquela em que o produto é vendido no varejo aos consumidores Embalagem de apresentação: processo de industrialização O que é industrialização? Renovação ou recondicionamento (art. 4º, V) Operação que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renova ou restaura o produto para utilização (e comercialização subsequente). Prof. Gustavo G. Vettori 14
15 O que é industrialização? Não se considera industrialização (art. 5º): Preparo de produtos alimentares em restaurantes, bares, confeitarias e semelhantes Confecção de vestuário por encomenda direta do consumidor Manipulação de remédios em farmácias por encomenda direta do consumidor Montagem de óculos Operação efetuada fora do estabelecimento industrial, consistente na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte uma edificação; instalação de oleodutos, usinas hidrelétricas, torres de refrigeração, estações e centrais telefônicas, estações, usinas e redes de distribuição de energia elétrica e semelhantes, fixação de unidades ou complexos industriais ao solo O que é industrialização? Não se considera industrialização: Conserto, restauração e o recondicionamento de produtos usados, nos casos em que se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas operações sejam executadas por encomendas de terceiros que não comercializem tais produtos Reparo de produtos com defeito de fabricação, inclusive mediante substituição de partes e peças, quando a operação for executada gratuitamente em virtude de garantia dada pelo fabricante Mistura de tintas entre si sob encomenda do consumidor ou usuário, realizada em estabelecimento varejista, desde que fabricante e varejista não sejam empresas ligadas. Prof. Gustavo G. Vettori 15
16 Exemplo Consequências de se considerar industrialização Loja de móveis realiza impermeabilização em sofás Adquire sofá por R$1.000, mais R$50 de IPI destacados Produtos de impermeabilização adquiridos de varejista, sem IPI destacado Vende o sofá sem impermeabilização por R$3.000, ou por R$3.100, já impermeabilizado IPI sobre móveis: 5% ISS: 5% para os seguintes serviços: Restauração, recondicionamento, acondicionamento, pintura, beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, anodização, corte, recorte, polimento, plastificação e congêneres, de objetos quaisquer. Exemplo semelhante: Loja Centauro vende camisa da Seleção Brasileira e faz silk screen com o nome do comprador O QUE É ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL? Prof. Gustavo G. Vettori 16
17 O que é estabelecimento industrial? Estabelecimento industrial: aquele que executa industrialização de que resulte produto tributado, ainda que por alíquota zero ou isento O que é estabelecimento industrial? Equiparados a industrial Estabelecimentos importadores de produtos de procedência estrangeira, que derem saída a esses produtos Estabelecimentos, ainda que varejistas, que receberem, para comercialização, diretamente da repartição que os liberou, produtos importados por outro estabelecimento da mesma firma Prof. Gustavo G. Vettori 17
18 Equiparação do importador a industrial Discussão Objetivo: evitar que eventual manipulação na importação viabilize o recolhimento do IPI a valor menor Julgado do STJ entendeu que importador não pode estar sujeito ao IPI na saída de produtos de seu estabelecimento nos casos em que não ocorre industrialização O que é estabelecimento industrial? Equiparados a industrial Filiais e demais estabelecimentos que exercerem o comércio de produtos importados, industrializados ou mandados industrializar por outro estabelecimento do mesmo contribuinte, salvo se aqueles operarem exclusivamente na venda a varejo e não forem importadores e não receberem diretamente mercadorias importadas. Mesma titularidade Atacado? Se for, é contribuinte Varejo? Se exclusivo varejo, não é contribuinte Prof. Gustavo G. Vettori 18
19 Equiparação a industrial Transferência entre estabelecimentos Mesma titularidade Suspensão do IPI Atacadista Incidência do IPI (equiparação do varejista a industrial) Terceiro Varejista Incidência do IPI (base mínima estabelecida pela lei: 90% do preço de venda ao consumidor, não inferior ao preço corrente no mercado atacadista do remetente. Art. 195, I e II) Não há IPI O que é estabelecimento industrial? Equiparados a industrial Estabelecimentos comerciais de produtos cuja industrialização tenha sido realizada por outro estabelecimento da mesma firma, ou de terceiro, mediante a remessa, por eles efetuada, de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos Estabelecimentos comerciais de produtos do capítulo 22 da TIPI (bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres, por exemplo) cuja industrialização tenha sido encomendada a estabelecimento industrial, sob marca ou nome fantasia de propriedade do encomendante, de terceiro ou do próprio executor da encomenda Prof. Gustavo G. Vettori 19
20 Equiparação a industrial Industrialização por encomenda MP, PI, ME Equiparado a industrial: Saída para industrialização com suspensão do IPI Produto final ISS? IPI? O que é estabelecimento industrial? Estabelecimentos comerciais atacadistas dos produtos classificados nas posições 7101 a 7116 da TIPI (pérolas naturais ou cultivadas, pedras preciosas ou semipreciosas e semelhantes, metais preciosos, metais usados em joalheria, ourivesaria e outras obras, por exemplo) Outros Equiparados a industrial Prof. Gustavo G. Vettori 20
21 O que é estabelecimento industrial? Estabelecimento Industrial Revendedor de MP, PI e ME MP, PI, ME Produto industrializado MP, PI, ME MP, PI, ME Nos dois casos, a saída é tributada (art. 9º, 6º) Outros produtos (e.g., bens de consumo) Estabelecimento Industrial Destinados a estabelecimentos industriais ou revendedores Mesmos produtos, sem sofrer qualquer industrialização Saída não tributada O que é estabelecimento industrial? Equiparação por Opção Atacadista não industrial interrompendo a cadeia: situação problemática? Prof. Gustavo G. Vettori 21
22 O que é estabelecimento industrial? Equiparação por Opção Possibilidade 1: atacadista opta pela equiparação a industrial Saída tributada Saída tributada Tomada de crédito Tomada de crédito (MP, PI e ME) O que é estabelecimento industrial? Equiparação por Opção Possibilidade 2: atacadista não opta pela equiparação Saída tributada Saída sem IPI Sem crédito Sendo MP, PI ou ME: crédito calculado pela alíquota do IPI*50% do valor da nota do atacadista Prof. Gustavo G. Vettori 22
23 2. BASE DE CÁLCULO E ALÍQUOTA Base de Cálculo Art. 47 do CTN: A base de cálculo do imposto é: no caso do desembaraço aduaneiro, o preço normal (i.e., valor CIF, sujeito a valoração aduaneira), acrescido do montante: a) do imposto sobre a importação; b) das taxas exigidas para entrada do produto no País; c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis; no caso de saída do estabelecimento: a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria; b) na falta deste valor, o preço corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da praça do remetente. no caso de arrematação, o preço da arrematação. Discussão sobre frete e descontos incondicionados (Lei nº 7.798/89) Lei não autoriza o abatimento Ações Frete: STJ vem reconhecendo a impossibilidade de tributar Descontos: STF declarou inconstitucional a inclusão Prof. Gustavo G. Vettori 23
24 Cálculo Regra geral Alíquotas previstas na TIPI Base de cálculo (vimos acima) Cálculo por fora : incide sobre o valor líquido recebido. IPI não compõe o preço na nota Implicação contábil Receita? Crédito no passivo (sem trânsito pelo resultado)? Solução de meio termo? Veremos no exemplo Incidência por fora e contabilização Duas posições possíveis: IPI não é meu Reconheço a receita pelo valor líquido de IPI O valor do IPI é reconhecido no caixa diretamente a crédito de IPI a recolher no passivo IPI pode até não ser meu, mas eu devo reconhecer o resultado Para diferenciar dos impostos queincidem por dentro Cria-se conta faturamento bruto, na qual se lança o valor integral recebido, incluindo o IPI Lança-se o valor do IPI no resultado como IPI sobre o faturamento bruto, a crédito de passivo IPI a recolher Receita bruta é apurada após a dedução do IPI Prof. Gustavo G. Vettori 24
25 3. CRITÉRIOS E PRINCÍPIOS 3.1. SELETIVIDADE Prof. Gustavo G. Vettori 25
26 Seletividade de alíquotas do IPI CF/88, art. 153, 3º, I, e CTN, art. 48 : O imposto é seletivo em função da essencialidade dos produtos. As alíquotas do IPI são fixadas em observância ao grau de essencialidade dos produtos à satisfação das necessidades humanas Produtos que satisfazem necessidades primárias de sobrevivência estão sujeitos à alíquotas reduzidas Produtos que satisfazem às necessidades secundárias de sobrevivência são gravados com alíquotas maiores CF/88, art. 153, 3º: O IPI terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. Seletividade de alíquotas do IPI 70,00% Alíquota 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% Grãos (arroz, centeio, etc) Linha Branca (Lavadoras, por exemplo) Ar-condicionado Fogos de artifício Vodka 0,00% Prof. Gustavo G. Vettori 26
27 3.2. MITIGAÇÃO DA LEGALIDADE Mitigação do princípio da legalidade CF/88, Art. 153, 1º: fica facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos sobre produtos industrializados. O Constituinte expressamente autorizou que o legislador apenas disponha sobre os limites dentro dos quais será fixada a alíquota; esta, por sua vez, será estabelecida pelo Poder Executivo, dentro daqueles limites. As alíquotas do IPI podem, portanto, ser alteradas por meio de um decreto ou regulamento expedidos pelo Poder Executivo. Prof. Gustavo G. Vettori 27
28 3.3. MITIGAÇÃO DA ANTERIORIDADE Aplicação da Anterioridade Não se aplica a lógica da anterioridade de forma absoluta para o IPI A anterioridade nonagesimal é exigida, mas o IPI é livre da anterioridade do exercício financeiro Caso do aumento do IPI sobre automóveis importados Prof. Gustavo G. Vettori 28
29 4. IMUNIDADES, ISENÇÕES, NÃO INCIDÊNCIA, ALÍQUOTA ZERO E SUSPENSÃO Art. 18 do RIPI: Imunidade (i) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão (CF/88, art. 150, VI, d ); (ii) os produtos industrializados destinados ao exterior (CF/88, art. 153, 3º, III); (iii) o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial (CF/88, art. 153, 5º: somente IOF); e (iv) a energia elétrica, derivados do petróleo, combustíveis e minerais do País (CF/88, art. 155, 3º: somente ICMS, II e IE). Prof. Gustavo G. Vettori 29
30 Não incidência, Isenção e Alíquota zero Não incidência Regras que excluem operações do conceito legal de industrialização Categorias NT da TIPI: não são produtos industrializados Isenção Isenção para determinado produto em situação específica (e.g., produtos industrializados por entidade de assistência social para distribuição gratuita aos assistidos; caixões funerários; papel para impressão de músicas; vestes de tropeiros; material bélico para a FAB; etc.) Isenção do IPI para determinado contribuinte (e.g., incentivos regionais) Alíquota zero Alíquota na própria TIPI para determinados produtos (e.g., fraldas, lápis, tijolos, bonés etc.) Imunidade, não incidência, isenção e alíquota zero Categorias diversas Relevância: Aplicação da legalidade e anterioridade Imunidade constitucional Isenção deve respeitar a legalidade e anterioridade Mudança de alíquota por decreto e anterioridade de 90 dias Direito de crédito Diferença tanto em relação às aquisições quanto às vendas Prof. Gustavo G. Vettori 30
31 Suspensão Tipos de situações: Inocorrência condicionada do fato gerador Deslocamento da ocorrência do fato gerador Isenção subordinada à destinação do produto Decorrência de medidas similares constantes de legislações específicas. Suspensão: exemplos Trading, recinto alfandegado Suspensão condicionada à exportação Exposição / depósito Estabelecimento industrializador Suspensão condicionada ao retorno Suspensão condicionada ao fornecimento de todos os insumos e ao retorno (vários casos específicos) Estabelecimento da mesma firma (industrial ou equiparado) Suspensão condicionada à comercialização ou industrialização Condições da suspensão variam conforme o caso. Incidência e crédito de IPI dependerá do caso. Prof. Gustavo G. Vettori 31
32 5. NÃO CUMULATIVIDADE E CRÉDITOS 5.1. PREVISÃO DO DIREITO AO CRÉDITO Prof. Gustavo G. Vettori 32
33 Direito ao Crédito CF/88: O IPI será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores Art. 49 do CTN O imposto é não-cumulativo, dispondo a lei de forma que o montante devido resulte da diferença a maior, em determinado período, entre o imposto referente aos produtos saídos do estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele entrados Parágrafo único. O saldo verificado, em determinado período, em favor do contribuinte transfere-se para o período ou períodos seguintes. Direito ao Crédito RIPI, art. 226: Os estabelecimentos industriais e os que lhe são equiparados poderão creditar-se: Do imposto relativo a MP, PI e ME, adquiridos para emprego na industrialização de produtos tributados Incluindo-se, entre as MP e PI, aqueles que, embora não se integrando ao novo produto, forem consumidos no processo de industrialização, salvo se compreendidos entre os bens do ativo permanente Prof. Gustavo G. Vettori 33
34 5.2. AQUISIÇÕES QUE GERAM DIREITO AO CRÉDITO Bens de Capital Súmula nº 495 do STJ (2012): a aquisição de bens integrantes do ativo permanente da empresa não gera direito a creditamento de IPI STF segue a mesma linha: RE e RE TRIBUTÁRIO IPI BENS DESTINADOS AO ATIVO PERMANENTE DA EMPRESA MATERIAIS DE USO E CONSUMO CREDITAMENTO IMPOSSIBILDIADE. (...) 2. Inexiste permissão à utilização de créditos do IPI oriundos da aquisição de bens destinados ao ativo permanente da empresa e materiais de uso e consumo. Aplicação do art. 147, I, do Decreto nº 2.637/98. CF/88, art. 153, 3º, IV (adicionado pela EC 42/03) O IPI terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. Afeta a questão do crédito? Incentivos setoriais (redução de alíquota, Ex da TIPI, programas específicos que preveem suspensão do IPI etc.) Prof. Gustavo G. Vettori 34
35 MP e PI Matéria prima: é, em geral, toda substância com que se fabrica alguma coisa, da qual é obrigatoriamente parte integrante Eucalipto integrante do papel Calcário para o cimento Produto intermediário: é aquele que compõe ou integra a estrutura físico-química do novo produto, via de regra sem sofrer qualquer alteração em sua estrutura intrínseca Pneus para automóveis Cola no mobiliário Material de embalagem: usados para acondicionar o produto final. Produto secundário: é aquele que, consumido no processo de industrialização, não se integra ao novo produto Calcário utilizado na siderurgia para extrair impurezas do ferro Material líquido utilizado no papel (após secagem, deixa de integrá-lo) Gera direito a crédito? Insumos Consumidos Insumos que não se incorporam fisicamente ao produto objeto de industrialização, mas que são consumidos durante esse processo Dois requisitos para que haja o crédito 1. Insumos sejam consumidos em decorrência de uma ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação 2. Insumos não estejam, contabilmente, incluídos no ativo permanente (não circulante) Não se admite o crédito de materiais de uso e consumo próprio do contribuinte (e.g.: material de escritório, de limpeza, de manutenção de máquinas e equipamentos) Prof. Gustavo G. Vettori 35
36 Insumos Consumidos Solução de Consulta nº 17/03 Crédito do IPI. Insumos empregados no processo produtivo que não se agregam ao produto final. Geram direito ao crédito (...), além das matériasprimas e produtos intermediários que se integrem ao produto final, também aqueles insumos que, embora não se integrando a tal produto, sejam consumidos no processo de industrialização, salvo se compreendidos entre os bens do ativo permanente. Entenda-se "consumo" como decorrência de um contato físico, de uma ação diretamente exercida pelo insumo sobre o produto em fabricação ou deste sobre aquele. Cabe ao estabelecimento industrial, ou a ele equiparado, identificar quais matérias-primas e produtos intermediários consumidos em seu processo industrial geram direito ao crédito (...) observados os critérios e definições constantes do Parecer Normativo CST nº 65, de Citados estabelecimentos deverão arcar com as consequências da errônea caracterização das matérias-primas e produtos intermediários (...) Insumos Consumidos Ac. nº , 2º CC. IPI. CRÉDITOS BÁSICOS. PRODUTOS NÃO CLASSIFICADOS COMO INSUMOS PELO PN CST Nº 65/79. EXCLUSÃO. Incluem-se entre os insumos para fins de crédito do IPI os produtos não compreendidos entre os bens do ativo permanente que, embora não se integrando ao novo produto, forem consumidos, desgastados ou alterados no processo de industrialização, em função de ação direta do insumo sobre o produto em fabricação, ou deste sobre aquele. Produtos outros como ferramentas e peças de reposição, não classificados como insumos segundo o Parecer Normativo CST nº 65/79, incluindo anel, filtro, pastilha, arruela, viga, fusível, rebite, chave, serrote, plug, parafuso, bateria, mangueira, abraçadeira, lâmpada, trena, correia, resistência, luva, prego, joelho, alicate, relê, chave de fenda, retentor e lona de freio, não podem ser considerados como matéria-prima ou produto intermediário, para fins decréditos básicos doimposto. Prof. Gustavo G. Vettori 36
37 Insumos Consumidos Ac nº /90, 2º CC. Admite-se o crédito relativo à aquisição de produtos destinados à lavagem e limpeza de garrafas e dos equipamentos de fabrico das bebidas. Produtos adquiridos de atacadista Possibilidade 1: equiparação a industrial Saída tributada Saída tributada Tomada de crédito Possibilidade 2: não equiparação Saída tributada Saída sem IPI Tomada de crédito (MP, PI e ME) Sem crédito Sendo MP, PI ou ME: crédito calculado pela alíquota do IPI*50% do valor da nota do atacadista (art. 227 do RIPI) Prof. Gustavo G. Vettori 37
38 5.3. UTILIZAÇÃO DOS CRÉDITOS Utilização dos créditos Período de apuração é mensal Apuram-se os créditos, no período, em relação às MP, PI e ME adquiridos pelo estabelecimento, devendo tais créditos serem registrados na escrita fiscal No mesmo período, apura-se o IPI incidente nas operações realizadas pelo estabelecimento Apura-se, ao final do período, saldo de conta corrente referente à diferença entre: A soma de todos os débitos do período; e A soma de todos os créditos do período (inclusive saldo credor do período anterior) Se o saldo for devedor, seu valor deve ser recolhido Se o saldo for credor, seu valor será transferido, como crédito, para a utilização no período seguinte O crédito do imposto de insumo adquirido no período pode ser aproveitado ainda que ele tenha sido mantido em estoque Prof. Gustavo G. Vettori 38
39 Exemplo COMPRA DE MP PARA FABRICAÇÃO DE UNIDADES Valor da MP Alíquota IPI Valor do IPI Valor total % Valor total das vendas VENDA DE UNIDADES Alíquota IPI Valor do IPI Valor total % APURAÇÃO DO SALDO Crédito Débito Saldo credor/devedor Credor em ESTORNO Prof. Gustavo G. Vettori 39
40 Retorno de produtos Permitido o crédito de produtos recebidos em devolução ou retorno, total ou parcial (Art. 229 do RIPI) Estorno do crédito tomado por quem devolveu o produto (se aplicável. Art. 254, VI, RIPI) Estorno Será anulado, mediante estorno, o crédito (dentre outros. Ver art. 254 RIPI): Relativo a MP, PI e ME Empregados na industrialização de produtos não tributados ou em determinadas operações não consideradas industrialização Vendidos a pessoas que não sejam industriais ou revendedoras (hipótese de mera revenda por estabelecimento industrial ou equiparado em que a saída não é tributada) Relativo a produtos devolvidos Relativo a insumos furtados ou empregados em produtos que tenham a mesma sorte Relativos a insumos utilizados em algumas saídas suspensas específicas (quando não se sabia desta condição na aquisição) Outros Prof. Gustavo G. Vettori 40
41 Desperdícios Saída de desperdícios não gera incidência do IPI Desperdícios são sucata, aparas, resíduos, fragmentos Art. 255 do RIPI permite a manutenção do crédito em virtude de saída destes desperdícios que resultem do emprego de MP, PI e ME 5.5. CRÉDITOS EM OPERAÇÕES QUE NÃO SOFREM TRIBUTAÇÃO Prof. Gustavo G. Vettori 41
42 Aquisições sem tributação Isenção Alíquota zero Não incidência Tributado Há a possibilidade de se tomar crédito? Aquisições sem tributação: isenção RE , 1998 Decidiu que a aquisição de produto isento, advindo da ZFM, gera crédito de IPI Equipara (erroneamente) IVA nota-crédito ao IVA subtração (Nelson Jobim) Chegou ao resultado certo (ainda que com raciocínio errado), que era proteger a subvenção consubstanciada na isenção Hoje há casos de crédito para ZFM e outras isenções reconhecidos no próprio RIPI Prof. Gustavo G. Vettori 42
43 Aquisições sem tributação: alíquota zero RE (Relator Ministro GILMAR MENDES, Pleno, J , DJ ): EMENTA: Recurso extraordinário. Tributário. 2. IPI. Crédito Presumido. Insumos sujeitos à alíquota zero ou não tributados. Inexistência. 3. Os princípios da não-cumulatividade e da seletividade não ensejam direito de crédito presumido de IPI para o contribuinte adquirente de insumos não tributados ou sujeitos à alíquota zero. 4. Recurso extraordinário provido. RE (Relator Ministro MARCO AURÉLIO, Pleno, , DJ ): IPI - INSUMO - ALÍQUOTA ZERO - AUSÊNCIA DE DIREITO AO CREDITAMENTO. Conforme disposto no inciso II do 3º do artigo 153 da Constituição Federal, observa-se o princípio da não-cumulatividade compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores, ante o que não se pode cogitar de direito a crédito quando o insumo entra na indústria considerada a alíquota zero. IPI - INSUMO - ALÍQUOTA ZERO - CREDITAMENTO - INEXISTÊNCIA DO DIREITO - EFICÁCIA. Descabe, em face do texto constitucional regedor do Imposto sobre Produtos Industrializados e do sistema jurisdicional brasileiro, a modulação de efeitos do pronunciamento do Supremo, com isso sendo emprestada à Carta da República a maior eficácia possível, consagrandose o princípio da segurança jurídica. Aquisições sem tributação Diferença fundamental Insumos não tributados: não incidiu o IPI porque, em princípio, não estão sujeitos ao tributo. Ausência do crédito não gera qualquer problema. Insumos com alíquota zero: não incidiu o tributo porque decidiu-se que aquele insumo deve ser beneficiado com a alíquota reduzida (a zero no caso). O produto que será feito com esse insumo não goza deste benefício. Dar o crédito implicaria impedir o efeito recuperação, que é benéfico na seletividade. Insumos isentos: isentou-se determinada pessoa ou operação em razão de objetivo de política econômica. Não dar o crédito pode frustrar este objetivo. Prof. Gustavo G. Vettori 43
44 Vendas sem tributação Tributado Imunidade Isenção Alíquota zero Não incidência Há a possibilidade de se tomar crédito? Vendas sem tributação Para a exportação (um dos casos de imunidade), o crédito sempre foi reconhecido E nos outros casos, deveria ser? Prof. Gustavo G. Vettori 44
45 Vendas sem tributação RE (Relator Ministro OCTÁVIO GALLOTTI, 1ª Turma, J , DJ ): Imposto sobre Produtos Industrializados. Alíquota zero. Creditamento. Ao negar o direito ao crédito do IPI, incidente sobre embalagens destinadas ao acondicionamento de produto sujeito à alíquota zero, no momento de saída do estabelecimento industrial, o acórdão recorrido não contrariou a regra constitucional da não-cumulatividade (art. 21, 3º), nem tampouco negou a vigência do art. 49 do Código Tributário Nacional. Dissídio jurisprudencial não configurado. Recurso Extraordinário de que não se conhece. RE (Relator Ministro NÉRI DA SILVEIRA, 1ª Turma, J , DJ ): IPI. Constituição, art. 21, 3º, e CTN, art. 49. Princípio da não cumulatividade. Crédito de IPI, em importação de mercadoria. Alíquota zero. O Decreto-lei n. 1686/1979, não ofende o princípio da não-cumulatividade. Inexistência de ofensa, pelo acórdão, aos dispositivos acima referidos. Dissídio pretoriano não demonstrado. Recurso extraordinário não conhecido. RE , , (repercussão geral) Antes da Lei 9.779/99, saída com isenção implicava estorno de créditos. Antes de 1999, saídas NT, com isenção ou alíquota zero: estorno dos créditos Vendas sem tributação Lei 9.779/99: Art. 11. O saldo credor do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, acumulado em cada trimestrecalendário, decorrente de aquisição de matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem, aplicados na industrialização, inclusive de produto isento ou tributado à alíquota zero, que o contribuinte não puder compensar com o IPI devido na saída de outros produtos, poderá ser utilizado de conformidade com o disposto nos arts. 73 e 74 da Lei n o 9.430, de 27 de dezembro de 1996, observadas normas expedidas pela Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda. Prof. Gustavo G. Vettori 45
46 Vendas sem tributação IN 33/99 Art. 4º O direito ao aproveitamento, nas condições estabelecidas no art. 11 da Lei no 9.779, de 1999, do saldo credor do IPI decorrente da aquisição de MP, PI e ME aplicados na industrialização de produtos, inclusive imunes, isentos ou tributados à alíquota zero, alcança, exclusivamente, os insumos recebidos no estabelecimento industrial ou equiparado a partir de 1º de janeiro de Vendas sem tributação Ac , 19/09/07, 2º CC Após a Lei 9.779/99, é possível tomar crédito mesmo que a saída seja Imune (Solução de Consulta nº. 316/2004; Solução de Consulta nº. 14, de Em sentido contrário: ADI 5/06). Se for exportação, o crédito é sempre garantido Isenta Tributada à alíquota zero Necessário estornar crédito se a saída for NT (art. 2, 3º da IN 33/99; ADI 5/06) Prof. Gustavo G. Vettori 46
47 Vendas sem tributação Créditos acumulados podem ser compensados com débitos em saídas tributadas Créditos acumulados no trimestre poderão ser compensados com outros tributos administrados pela RFB ou restituídos 5.6. CRÉDITO PRÊMIO Prof. Gustavo G. Vettori 47
48 Crédito Prêmio Finalidade e cálculo Estímulo fiscal, na forma de crédito sobre vendas para o exterior, como ressarcimento de tributos pagos internamente Efetiva subvenção Cálculo: aplicação de alíquotas sobre o valor FOB de exportação Evolução legislativa Decreto Lei 491/69: criação Decreto Lei 1.658/79: redução gradual com previsão de extinção em 30/06/1983 Decreto Lei 1.722/79: elimina a previsão de extinção Decreto Lei 1.724/79: delega ao MF competência para aumentar ou reduzir o crédito Decreto Lei 1.894/81: assegura a manutenção do crédito, mas prevê novamente delegação de poderes ao poder executivo CF/88: art. 42, 1º, ADCT: incentivos setoriais teriam que ser confirmado por lei em até 2 anos da promulgação da CF/88 Leis 7.739/89 e 8.402/92 dispõem sobre o crédito prêmio Em 2005, Senado promulga Resolução 71, suspendendo as delegações inconstitucionais dos DL e Declara expressamente que a vigência do benefício é preservada. Discussão jurisprudencial TFR: Delegação do Decreto Lei 1.724/79 é inconstitucional STF: Delegação do Decreto Lei 1.894/81 é inconstitucional STJ, em julgados de 2002, manteve entendimento de que o crédito permanecia vigente, sem prazo de extinção STJ, em 2005, após ter reaberto o caso, decide que o crédito prêmio foi extinto pelo DL 1.658/79 Meses depois, em 2006, o STJ traz novo julgamento, entendendo que o crédito prêmio teria sido extinto em 4/10/1990, por força do art. 42, 1º do ADCT STF: RE : benefício foi extinto em decorrência do art. 41 do ADCT Prof. Gustavo G. Vettori 48
49 5.7. CRÉDITO PRESUMIDO Crédito Presumido Finalidade Ressarcir PIS e COFINS cumulativos Contribuintes que podem se aproveitar Somente quem se sujeita ao PIS e COFINS cumulativos Cálculo 5,37% sobre insumos (MP, PI e ME) * (Receita de exportação / receita operacional bruta) Fórmula alternativa (Lei /01) Discussões Crédito em relação a insumos adquiridos de pessoas físicas SELIC Prof. Gustavo G. Vettori 49
50 6. EXEMPLO E CONTABILIZAÇÃO Caso prático - IPI Uma indústria comprou unidades à vista de materiais para industrialização, por R$385,00 cada unidade. Nesta operação, a alíquota de IPI aplicável conforme a TIPI é de 10% já inclusos no preço mencionado acima. Após o processo de industrialização, a empresa vendeu a prazo 50% de seu estoque por R$ , com incidência de IPI de 10% já incluídos neste valor. Considerando que não havia estoque inicial nem saldo credor de IPI, e desconsiderando os demais tributos incidentes nesta operação, efetuar os lançamentos contábeis e apurar o IPI a recolher ou a recuperar. Prof. Gustavo G. Vettori 50
51 Caso prático IPI Calcular IPI na compra (por unidade) Compra: R$385 incluindo IPI IPI: 10% 385 = PreçoLíquido + 0,1(PreçoLíquido) PreçoLíquido *(1+0,1) = 385 PreçoLíquido = 385/1,1 PreçoLíquido = 350 IPI = R$35 Em 1000 unidades adquiridas temos: Custo: IPI: Caso prático IPI Calcular IPI na venda (por unidade) Vendeu 500 unidades por R$1.100 por unidade IPI: 10% = Venda + 0,1(Venda) Venda*(1+0,1) = Venda = 1.100/1,1 Venda = IPI = R$100 Em 500 unidades vendidas temos Venda: IPI: Prof. Gustavo G. Vettori 51
52 Caso prático IPI Débito de IPI no mês: R$ Qual é o crédito que eu posso tomar? R$35.000? R$17.500? Outro? Caso prático - IPI Pela compra de insumos: Débito Estoque/Matéria prima (AC) ,00 Débito IPI a recuperar (AC) ,00 Crédito Caixa ,00 Pela venda dos produtos: Débito Clientes (AC) ,00 Crédito Faturamento Bruto (CR) ,00 Débito IPI sobre Faturamento Bruto (CR) ,00 Crédito IPI a Recolher (PC) ,00 Prof. Gustavo G. Vettori 52
53 Caso prático - IPI No final do período de apuração: Débito IPI a Recolher (PC) ,00 Crédito IPI a recuperar (AC) ,00 Crédito Caixa ,00 Prof. Gustavo G. Vettori 53
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