A CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN FRENTE AO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO: METODOLOGIAS APLICADAS
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- Francisco Salazar Vieira
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1 A CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN FRENTE AO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO: METODOLOGIAS APLICADAS SILVA, J.F.; TOLDO,S.R. RESUMO O presente trabalho busca retratar a criança com síndrome de Down frente ao processo de alfabetização: metodologias aplicadas. Teve como objetivo conhecer e analisar as práticas desenvolvidas e os processos de intervenção de professores, em escolas regulares, na alfabetização de crianças com síndrome de Down. A metodologia aplicada na elaboração deste trabalho contou com a pesquisa de campo juntamente com a pesquisa bibliográfica, os dados foram coletados e analisados com a finalidade de dar coerência ao trabalho. Portanto, foi possível compreender que mesmo com as limitações apresentadas pelas crianças com síndrome de Down elas conseguem superar as dificuldades e serem alfabetizadas no ensino regular, é preciso que a escola disponibilize materiais didáticos de acessibilidade e recursos pedagógicos para estar em consonância com as metodologias do professor, a fim de promover o ensino aprendizagem. Palavras-chave: Síndrome de Down. Alfabetização. Metodologias. ABSTRACT The present paperwork seeks to depict the Down Syndrome Child towards the literacy process: applied methodologies.its objective was to know and analyze the developed practices and the intervention processes from teachers, in regular schools during the literacy process of children with Down Syndrome.The methodology applied in the elaboration of this work relied on the field research along with the bibliographic research, where data have been collected and contested with the objective of giving coherence to the paper.thus, it was possible to understand that even with the limitations presented by the children with Down Syndrome, they are able to overcome the difficulties and can be literate in regular school, it is necessary that the school provide teaching materials of accessibility and pedagogical resources to be in consistency with the teacher methodologies, in order to promote the learning teaching. Keywords: Down Syndrome. Literacy. Methodologies. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como intuito identificar e descrever os aspectos presentes nas práticas educacionais de crianças com síndrome de Down frente ao processo de alfabetização. Busca-se aprofundar acerca da história da síndrome de Down, as suas características, o transcurso da inclusão e o desenvolvimento da alfabetização dessas crianças.
2 As crianças com síndrome de Down durante muito tempo foram vistas como sendo crianças incapazes de realizar pequenas tarefas, como se alimentar e realizar a higiene pessoal, porém, com o avanço da tecnologia e da medicina, pode-se constatar que, apesar da deficiência, esses indivíduos são capazes de aprender e seu desenvolvimento torna-se plausível em diferentes situações, bem como, em atividades de vida diária e em seu processo de aprendizagem, pois apenas ocorreu uma dupla cópia do cromossomo 21, que resulta na modificação genética da criança. Preocupada em saber como ocorre o processo de alfabetização das crianças com síndrome de Down e quais as práticas educativas e os métodos utilizados pelos professores, a presente pesquisa pretende descrever um estudo detalhado dessas experiências, explorando as potencialidades e limitações das crianças com síndrome de Down na escola inclusiva, dentro de uma instituição pública e privada no Município de Apucarana PR. A presente pesquisa tem como foco os professores que trabalham com alunos com síndrome de Down. Para obter os dados da pesquisa será utilizado como instrumento à observação e a entrevista, evidenciando os sentidos atribuídos pelos professores à realidade do processo de aprendizagem de uma criança com síndrome de Down. A pesquisa está subdividida entre diversos tópicos que buscou aprofundar acerca da síndrome de Down. Enfim, a preocupação com o processo de ensino e aprendizagem das crianças com síndrome de Down e o desafio de tornar algo agradável, envolvente e eficaz, estará permeando todo esse estudo. REFERENCIAIS TEÓRICO-METODOLÓGICOS A luta para decifrar o que acontecia com crianças com semelhanças fisionômicas e que tinham atraso mental se iniciou em 1866 com o médico Jonh Langdon Down que procurava entender a razão das características das crianças com síndrome de Down. As causas reais da SD ainda não foram descobertas, o que a literatura consta é que ocorre uma alteração no número de cromossomos presentes nas células, conforme explicam Helito e Kauffan (2006, p. 24) os indivíduos com síndrome de Down, têm 3 cópias do cromossomo 21. Cerca de
3 95% desses apresentam esses cromossomos livres, ou seja, não interligados à estrutura de outros cromossomos. Quanto às características mais acentuadas da síndrome de Down pode se destacar, os aspectos físicos e cognitivos, particularidades que definem a abnormidade, traços próprios e semelhantes entre si, como a cabeça e a face um pouco menor sendo levemente achatada, olhos amendoados, orelha, nariz e boca pequena, cabelos lisos e finos, enquanto que os pés e as mãos são pequenos. É importante mencionar que as características físicas da criança com SD não interferem na sua aprendizagem intelectual e não implica na aquisição de diversas habilidades que a criança com síndrome de Down pode desenvolver, dessa forma o nível intelectual que essa criança pode alcançar depende cada vez mais de estímulos. As décadas de 1980 e 1990, o termo inclusão passa a ter destaque e a ideia de promover a fusão entre os sinais de educação regular e especial começam a ganhar ênfase, as instituições regulares rompem conceitos de exclusão, e consequentemente assumem medidas para não ter exceções de alunos (VOIVODIC, 2008). Essa quebra de paradigma deu início a uma nova fase, pois todas as crianças passam a ser vistas como capazes de serem alfabetizadas, porém, as instituições de ensino devem adequar as suas estruturas físicas e pedagógicas para assegurar o acesso de todos, afirma Mittler (2003, p. 25): No campo da educação, a inclusão envolve um processo de reforma e de reestruturação radical das escolas como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter acesso a todas as gamas de oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela escola. A inclusão escolar passou por diversas fases e adaptações, porém, é mediante a educação que a pessoa é inserida na sociedade, conforme ressalta Schwartzman (2003, p. 232) a educação é o principal agente de transformação de qualquer sociedade. A escola, por sua vez, é o segmento que visa à transformação a qual será possível somente quando estiver conectada á realidade.
4 De acordo com a visão de Schwartzman (2003), faz-se necessário ajustar o conhecimento da sociedade com relação à educação da criança com SD. Quando os educadores não possuem conhecimento acerca da síndrome de Down eles tendem a ter atitudes negativas. Quando se pensa na alfabetização na educação especial, faz-se necessário conhecer as dificuldades e os limites dessa criança e assim adequar à aula de forma que esta possa interagir com o ambiente. As escolas devem estar equiparadas para dar todo suporte que o aluno necessita, desde condições acessíveis, assim como recursos que auxiliam na mobilidade do aluno (BRASIL, 2012). Infelizmente, a falta de conhecimento da sociedade ainda transmite o preconceito, o que tende dificultar a inserção da criança na escola e consequentemente à alfabetização, da criança com SD. No entanto, são diversas as literaturas que apontam para a motivação, atenção e dedicação como primeiro passo para a alfabetização das crianças com SD (BASTOS, 2010; BOTLER, 2007; GONTIJO, 2012). CONCLUSÃO A pesquisa teve como objetivo compreender como está ocorrendo o processo de alfabetização e o acesso ao conhecimento das crianças com síndrome de Down e descrever e analisar as metodologias e estratégias utilizadas pelos docentes para estabelecer uma conexão entre ensino aprendizagem em uma perspectiva inclusiva. Neste sentido, ao término da pesquisa, obteve-se como resultado a importância das relações entre escola e família no cotidiano escolar, a seriedade dos atendimentos educacionais especializados e foi possível perceber que o conhecimento e formação adequada dos profissionais envolvidos com estas crianças são essenciais para o seu desenvolvimento. O estudo evidenciou descrever metodologias e instrumentos que auxiliam o processo de alfabetização, porém o que se observou são as dificuldades do professor em expor tais instrumentos em sua prática pedagógica, os materiais e os métodos que são utilizados no decorrer deste processo não foram explicitamente descritos pelas docentes pesquisadas. Acredita-se que esta atitude está relacionada ao despreparo pedagógico por parte dos professores, e a
5 dificuldade de entender e relacionar indícios que possam favorecer o processo de ensino aprendizagem e compreender como estas crianças podem aprender. Materiais didáticos, levantamento bibliográfico e revisão de literatura sobre quais metodologias e instrumentos pedagógicos auxiliam o processo de alfabetização das crianças com síndrome de Down, são condições fundamentais para os docentes, repensarem e desenvolverem formas de agir sobre os aspectos didáticos e da compreensão de como o ser humano aprende e se desenvolve. Sendo assim, é preciso aprofundar o tema dos materiais didáticos na ação docente, sobretudo, para obter uma postura diferenciada, na qual o educador planejará adaptações focadas em conteúdos, atividades e organização de elementos pessoais e materiais para favorecer novas aprendizagens, fazendo a mediação entre os conteúdos curriculares e as habilidades já adquiridas pela criança. REFERÊNCIAS BASTOS, Amélia Rota Borges de. Sendero inclusivo: o caminho da escola peregrina na inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais. São Luis (MA): EDUFAL, BOTLER, Alice H. et al. Organização, financiamento e gestão escolar: subsídios para a formação do professor. Recife: UFPE, BRASIL. Secretaria de Educação Básica: Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Caderno de educação especial: a alfabetização de criança com deficiência: uma proposta inclusiva. Brasília: MEC: SEB, GONTIJO, Leonardo. Mano Down: relatos de um irmão apaixonado. Belo Horizonte: São Jerônimo, HELITO, Alfredo Salim; KAUFFMAN, Paulo. Saúde: entendendo as doenças, a enciclopédia médica da família. São Paulo: Nobel, MITTLER, Peter. Educação inclusiva: Contextos sociais. Porto Alegre: Artmed, SCHWARTZMAN, José Salomão. Síndrome de Down. São Paulo: Memnon, VOIVODIC, Maria Antonieta. Inclusão escolar de crianças com Síndrome de Down. 5.ed. Petrópolis (RJ): Vozes, 2008.
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