SUMÁRIO. 1. LEI Nº , DE 10 DE JANEIRO DE Institui o Código Civil CAPÍTULO I Disposições Gerais... 5

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3 SUMÁRIO 1. LEI Nº , DE 10 DE JANEIRO DE Institui o Código Civil CAPÍTULO I Disposições Gerais... 5 CAPÍTULO II Da Capacidade PARA O CASAMENTO... 6 CAPÍTULO III Dos Impedimentos... 7 CAPÍTULO IV Das causas suspensivas... 8 CAPÍTULO V Do Processo de Habilitação PARA O CASAMENTO... 9 CAPÍTULO VI Da Celebração do Casamento CAPÍTULO VII Das Provas do Casamento CAPÍTULO VIII Da Invalidade do Casamento CAPÍTULO IX Da Eficácia do Casamento CAPÍTULO X Da Dissolução da Sociedade e do Vínculo Conjugal TÍTULO III DA UNIÃO ESTÁVEL A Destituição do Poder Familiar e a Questão da Família Abandonada Sentimentos predominantes após o término de um relacionamento amoroso QUESTÕES DE PROVAS - PARTE I TJSP/VUNESP/SERVIÇO SOCIAL QUESTÕES DE PROVAS - PARTE II TJSP/VUNESP/SERVIÇO SOCIAL GABARITO GABARITO BIBLIOGRAFIA

4 APRESENTAÇÃO Olá, como estão caminhando nos estudos? Continue concentrado e preparando sua mente para aprovação. Agora vamos abordar sobre Casamento e Separação. Nesta aula vamos estudar o Código Civil - artigos 1511 a 1583; artigos 1723 a sobre o casamento: capacidade, impedimentos, causas suspensivas, habilitação, celebração, provas, invalidade, eficácia e dissolução da Sociedade e do Vínculo Conjugal; União Estável. Analisei as provas anteriores e encontrei no conteúdo das questões de provas abordagem dos seguintes autores: FÁVERO (2001) Rompimento do Pátrio Poder: condicionantes socioeconômicos e familiares abordando o rompimento dos vínculos pela perda do poder familiar e Maldonado (1995) Casamento Término e Reconstrução que aborda os sentimentos experimentados pela decisão de separar. Inseri nesta aula dois textos que abordam os referidos autores para facilitar sua compreensão sobre os temas. Vamos seguir em frente. Bons Estudos! 4

5 1. LEI Nº , DE 10 DE JANEIRO DE INSTITUI O CÓDIGO CIVIL Os artigos 1511 a 1582 constam na bibliografia do concurso de Código Civil. LIVRO IV Do Direito de Família TÍTULO I Do Direito Pessoal SUBTÍTULO I Do Casamento CAPÍTULO I Disposições Gerais Art O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges. Art O casamento é civil e gratuita a sua celebração. Parágrafo único. A habilitação para o casamento, o registro e a primeira certidão serão isentos de selos, emolumentos e custas, para as pessoas cuja pobreza for declarada, sob as penas da lei. 5

6 Art É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na comunhão de vida instituída pela família. Art O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados. Art O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração. Art O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento civil. 1 o O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de noventa dias de sua realização, mediante comunicação do celebrante ao ofício competente, ou por iniciativa de qualquer interessado, desde que haja sido homologada previamente a habilitação regulada neste Código. Após o referido prazo, o registro dependerá de nova habilitação. 2 o O casamento religioso, celebrado sem as formalidades exigidas neste Código, terá efeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil, mediante prévia habilitação perante a autoridade competente e observado o prazo do art o Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos consorciados houver contraído com outrem casamento civil. CAPÍTULO II Da Capacidade PARA O CASAMENTO Art O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil. 6

7 Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único do art (Art Durante o casamento e a união estável, compete o poder familiar aos pais; na falta ou impedimento de um deles, o outro o exercerá com exclusividade). Art Até à celebração do casamento podem os pais, tutores ou curadores revogar a autorização. Art A denegação do consentimento, quando injusta, pode ser suprida pelo juiz. Art Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil (art. 1517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez. (Art O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil). CAPÍTULO III Dos Impedimentos Art Não podem casar: I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; II - os afins em linha reta; III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; 7

8 IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; V - o adotado com o filho do adotante; VI - as pessoas casadas; VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. Art Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz. Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver conhecimento da existência de algum impedimento, será obrigado a declará-lo. CAPÍTULO IV Das causas suspensivas Art Não devem casar: I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas. 8

9 Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provandose a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo. Art As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser arguidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consanguíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consanguíneos ou afins. CAPÍTULO V Do Processo de Habilitação PARA O CASAMENTO Art O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com os seguintes documentos: I - certidão de nascimento ou documento equivalente; II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que a supra; III - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar; IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos; V - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio. Art A habilitação será feita perante o oficial do Registro Civil e, após a audiência do Ministério Público, será homologada pelo juiz. 9

10 Art Estando em ordem a documentação, o oficial extrairá o edital, que se afixará durante quinze dias nas circunscrições do Registro Civil de ambos os nubentes, e, obrigatoriamente, se publicará na imprensa local, se houver. Parágrafo único. A autoridade competente, havendo urgência, poderá dispensar a publicação. Art É dever do oficial do registro esclarecer os nubentes a respeito dos fatos que podem ocasionar a invalidade do casamento, bem como sobre os diversos regimes de bens. Art Tanto os impedimentos quanto as causas suspensivas serão opostos em declaração escrita e assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou com a indicação do lugar onde possam ser obtidas. Art O oficial do registro dará aos nubentes ou a seus representantes nota da oposição, indicando os fundamentos, as provas e o nome de quem a ofereceu. Parágrafo único. Podem os nubentes requerer prazo razoável para fazer prova contrária aos fatos alegados, e promover as ações civis e criminais contra o oponente de má-fé. Art Cumpridas as formalidades dos arts e e verificada a inexistência de fato obstativo, o oficial do registro extrairá o certificado de habilitação. Art A eficácia da habilitação será de noventa dias, a contar da data em que foi extraído o certificado. CAPÍTULO VI Da Celebração do Casamento Art Celebrar-se-á o casamento, no dia, hora e lugar previamente designados pela autoridade que houver de presidir o ato, mediante petição dos contraentes, que se mostrem habilitados com a certidão do art

11 Art A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com toda publicidade, a portas abertas, presentes pelo menos duas testemunhas, parentes ou não dos contraentes, ou, querendo as partes e consentindo a autoridade celebrante, noutro edifício público ou particular. 1 o Quando o casamento for em edifício particular, ficará este de portas abertas durante o ato. 2 o Serão quatro as testemunhas na hipótese do parágrafo anterior e se algum dos contraentes não souber ou não puder escrever. Art Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial, juntamente com as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a afirmação de que pretendem casar por livre e espontânea vontade, declarará efetuado o casamento, nestes termos: "De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados." Art Do casamento, logo depois de celebrado, lavrar-se-á o assento no livro de registro. No assento, assinado pelo presidente do ato, pelos cônjuges, as testemunhas, e o oficial do registro, serão exarados: I - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento, profissão, domicílio e residência atual dos cônjuges; II - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento ou de morte, domicílio e residência atual dos pais; III - o prenome e sobrenome do cônjuge precedente e a data da dissolução do casamento anterior; IV - a data da publicação dos proclamas e da celebração do casamento; V - a relação dos documentos apresentados ao oficial do registro; VI - o prenome, sobrenome, profissão, domicílio e residência atual das testemunhas; 11

12 VII - o regime do casamento, com a declaração da data e do cartório em cujas notas foi lavrada a escritura antenupcial, quando o regime não for o da comunhão parcial, ou o obrigatoriamente estabelecido. Art O instrumento da autorização para casar transcrever-se-á integralmente na escritura antenupcial. Art A celebração do casamento será imediatamente suspensa se algum dos contraentes: I - recusar a solene afirmação da sua vontade; II - declarar que esta não é livre e espontânea; III - manifestar-se arrependido. Parágrafo único. O nubente que, por algum dos fatos mencionados neste artigo, der causa à suspensão do ato, não será admitido a retratar-se no mesmo dia. Art No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante duas testemunhas que saibam ler e escrever. 1 o A falta ou impedimento da autoridade competente para presidir o casamento suprir-se-á por qualquer dos seus substitutos legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad hoc, nomeado pelo presidente do ato. 2 o O termo avulso, lavrado pelo oficial ad hoc, será registrado no respectivo registro dentro em cinco dias, perante duas testemunhas, ficando arquivado. Art Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau. 12

13 Art Realizado o casamento, devem as testemunhas comparecer perante a autoridade judicial mais próxima, dentro em dez dias, pedindo que lhes tome por termo a declaração de: I - que foram convocadas por parte do enfermo; II - que este parecia em perigo de vida, mas em seu juízo; III - que, em sua presença, declararam os contraentes, livre e espontaneamente, receber-se por marido e mulher. 1 o Autuado o pedido e tomadas as declarações, o juiz procederá às diligências necessárias para verificar se os contraentes podiam ter-se habilitado, na forma ordinária, ouvidos os interessados que o requererem, dentro em quinze dias. 2 o Verificada a idoneidade dos cônjuges para o casamento, assim o decidirá a autoridade competente, com recurso voluntário às partes. 3 o Se da decisão não se tiver recorrido, ou se ela passar em julgado, apesar dos recursos interpostos, o juiz mandará registrá-la no livro do Registro dos Casamentos. 4 o O assento assim lavrado retrotrairá os efeitos do casamento, quanto ao estado dos cônjuges, à data da celebração. 5 o Serão dispensadas as formalidades deste e do artigo antecedente, se o enfermo convalescer e puder ratificar o casamento na presença da autoridade competente e do oficial do registro. Art O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com poderes especiais. 1 o A revogação do mandato não necessita chegar ao conhecimento do mandatário; mas, celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da revogação, responderá o mandante por perdas e danos. 2 o O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá fazer-se representar no casamento nuncupativo. 3 o A eficácia do mandato não ultrapassará noventa dias. 13

14 4 o Só por instrumento público se poderá revogar o mandato. CAPÍTULO VII Das Provas do Casamento Art O casamento celebrado no Brasil prova-se pela certidão do registro. Parágrafo único. Justificada a falta ou perda do registro civil, é admissível qualquer outra espécie de prova. Art O casamento de brasileiro, celebrado no estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os cônsules brasileiros, deverá ser registrado em cento e oitenta dias, a contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao Brasil, no cartório do respectivo domicílio, ou, em sua falta, no 1 o Ofício da Capital do Estado em que passarem a residir. Art O casamento de pessoas que, na posse do estado de casadas, não possam manifestar vontade, ou tenham falecido, não se pode contestar em prejuízo da prole comum, salvo mediante certidão do Registro Civil que prove que já era casada alguma delas, quando contraiu o casamento impugnado. Art Quando a prova da celebração legal do casamento resultar de processo judicial, o registro da sentença no livro do Registro Civil produzirá, tanto no que toca aos cônjuges como no que respeita aos filhos, todos os efeitos civis desde a data do casamento. Art Na dúvida entre as provas favoráveis e contrárias, julgar-se-á pelo casamento, se os cônjuges, cujo casamento se impugna, viverem ou tiverem vivido na posse do estado de casados. 14

15 CAPÍTULO VIII Da Invalidade do Casamento Art É nulo o casamento contraído: I - (Inciso revogado pela L ei nº , d e ). II - por infringência de impedimento. Art A decretação de nulidade de casamento, pelos motivos previstos no artigo antecedente, pode ser promovida mediante ação direta, por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público. Art É anulável o casamento: I - de quem não completou a idade mínima para casar; II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal; III - por vício da vontade, nos termos dos arts a 1.558; IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento; V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges; VI - por incompetência da autoridade celebrante. 1º Equipara- se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada. (Parágrafo único primitivo renumerado para 1º pela Lei nº , de ) 2º A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador. (Parágrafo acrescido pela L ei nº , de ). Art Não se anulará, por motivo de idade, o casamento de que resultou gravidez. 15

16 Art A anulação do casamento dos menores de dezesseis anos será requerida: I - pelo próprio cônjuge menor; II - por seus representantes legais; III - por seus ascendentes. Art O menor que não atingiu a idade núbil poderá, depois de completála, confirmar seu casamento, com a autorização de seus representantes legais, se necessária, ou com suprimento judicial. Art Subsiste o casamento celebrado por aquele que, sem possuir a competência exigida na lei, exercer publicamente as funções de juiz de casamentos e, nessa qualidade, tiver registrado o ato no Registro Civil. Art O casamento do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal, só poderá ser anulado se a ação for proposta em cento e oitenta dias, por iniciativa do incapaz, ao deixar de sê-lo, de seus representantes legais ou de seus herdeiros necessários. 1 o O prazo estabelecido neste artigo será contado do dia em que cessou a incapacidade, no primeiro caso; a partir do casamento, no segundo; e, no terceiro, da morte do incapaz. 2 o Não se anulará o casamento quando à sua celebração houverem assistido os representantes legais do incapaz, ou tiverem, por qualquer modo, manifestado sua aprovação. Art O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro. Art Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge: I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado; 16

17 II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal; III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável, ou de moléstia grave e transmissível, pelo contágio ou herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência; IV - a ignorância, anterior ao casamento, de doença mental grave que, por sua natureza, torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado. Art É anulável o casamento em virtude de coação, quando o consentimento de um ou de ambos os cônjuges houver sido captado mediante fundado temor de mal considerável e iminente para a vida, a saúde e a honra, sua ou de seus familiares. Art Somente o cônjuge que incidiu em erro, ou sofreu coação, pode demandar a anulação do casamento; mas a coabitação, havendo ciência do vício, valida o ato, ressalvadas as hipóteses dos incisos III e IV do art Art O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da data da celebração, é de: I - cento e oitenta dias, no caso do inciso IV do art ; II - dois anos, se incompetente a autoridade celebrante; III - três anos, nos casos dos incisos I a IV do art ; IV - quatro anos, se houver coação. 1 o Extingue-se, em cento e oitenta dias, o direito de anular o casamento dos menores de dezesseis anos, contado o prazo para o menor do dia em que perfez essa idade; e da data do casamento, para seus representantes legais ou ascendentes. 2 o Na hipótese do inciso V do art , o prazo para anulação do casamento é de cento e oitenta dias, a partir da data em que o mandante tiver conhecimento da celebração. 17

18 Art Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória. 1 o Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão. 2 o Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão. Art Antes de mover a ação de nulidade do casamento, a de anulação, a de separação judicial, a de divórcio direto ou a de dissolução de união estável, poderá requerer a parte, comprovando sua necessidade, a separação de corpos, que será concedida pelo juiz com a possível brevidade. Art A sentença que decretar a nulidade do casamento retroagirá à data da sua celebração, sem prejudicar a aquisição de direitos, a título oneroso, por terceiros de boa-fé, nem a resultante de sentença transitada em julgado. Art Quando o casamento for anulado por culpa de um dos cônjuges, este incorrerá: I - na perda de todas as vantagens havidas do cônjuge inocente; II - na obrigação de cumprir as promessas que lhe fez no contrato antenupcial. CAPÍTULO IX Da Eficácia do Casamento Art Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família. 1 o Qualquer dos nubentes, querendo, poderá acrescer ao seu o sobrenome do outro. 18

19 2 o O planejamento familiar é de livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e financeiros para o exercício desse direito, vedado qualquer tipo de coerção por parte de instituições privadas ou públicas. Art São deveres de ambos os cônjuges: I - fidelidade recíproca; II - vida em comum, no domicílio conjugal; III - mútua assistência; IV - sustento, guarda e educação dos filhos; V - respeito e consideração mútuos. Art A direção da sociedade conjugal será exercida, em colaboração, pelo marido e pela mulher, sempre no interesse do casal e dos filhos. Parágrafo único. Havendo divergência, qualquer dos cônjuges poderá recorrer ao juiz, que decidirá tendo em consideração aqueles interesses. Art Os cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens e dos rendimentos do trabalho, para o sustento da família e a educação dos filhos, qualquer que seja o regime patrimonial. Art O domicílio do casal será escolhido por ambos os cônjuges, mas um e outro podem ausentar-se do domicílio conjugal para atender a encargos públicos, ao exercício de sua profissão, ou a interesses particulares relevantes. Art Se qualquer dos cônjuges estiver em lugar remoto ou não sabido, encarcerado por mais de cento e oitenta dias, interditado judicialmente ou privado, episodicamente, de consciência, em virtude de enfermidade ou de acidente, o outro exercerá com exclusividade a direção da família, cabendo-lhe a administração dos bens. 19

20 CAPÍTULO X Da Dissolução da Sociedade e do Vínculo Conjugal Art A sociedade conjugal termina: I - pela morte de um dos cônjuges; II - pela nulidade ou anulação do casamento; III - pela separação judicial; IV - pelo divórcio. 1 o O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente. 2 o Dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge poderá manter o nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrário a sentença de separação judicial. Art Qualquer dos cônjuges poderá propor a ação de separação judicial, imputando ao outro qualquer ato que importe grave violação dos deveres do casamento e torne insuportável a vida em comum. 1 o A separação judicial pode também ser pedida se um dos cônjuges provar ruptura da vida em comum há mais de um ano e a impossibilidade de sua reconstituição. 2 o O cônjuge pode ainda pedir a separação judicial quando o outro estiver acometido de doença mental grave, manifestada após o casamento, que torne impossível a continuação da vida em comum, desde que, após uma duração de dois anos, a enfermidade tenha sido reconhecida de cura improvável. 20

21 3 o No caso do parágrafo 2 o, reverterão ao cônjuge enfermo, que não houver pedido a separação judicial, os remanescentes dos bens que levou para o casamento, e se o regime dos bens adotado o permitir, a meação dos adquiridos na constância da sociedade conjugal. Art Podem caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida a ocorrência de algum dos seguintes motivos: I - adultério; II - tentativa de morte; III - sevícia ou injúria grave; IV - abandono voluntário do lar conjugal, durante um ano contínuo; V - condenação por crime infamante; VI - conduta desonrosa. Parágrafo único. O juiz poderá considerar outros fatos que tornem evidente a impossibilidade da vida em comum. Art Dar-se-á a separação judicial por mútuo consentimento dos cônjuges se forem casados por mais de um ano e o manifestarem perante o juiz, sendo por ele devidamente homologada a convenção. Parágrafo único. O juiz pode recusar a homologação e não decretar a separação judicial se apurar que a convenção não preserva suficientemente os interesses dos filhos ou de um dos cônjuges. Art A sentença de separação judicial importa a separação de corpos e a partilha de bens. Parágrafo único. A partilha de bens poderá ser feita mediante proposta dos cônjuges e homologada pelo juiz ou por este decidida. 21

22 Art A separação judicial põe termo aos deveres de coabitação e fidelidade recíproca e ao regime de bens. Parágrafo único. O procedimento judicial da separação caberá somente aos cônjuges, e, no caso de incapacidade, serão representados pelo curador, pelo ascendente ou pelo irmão. Art Seja qual for a causa da separação judicial e o modo como esta se faça, é lícito aos cônjuges restabelecer, a todo tempo, a sociedade conjugal, por ato regular em juízo. Parágrafo único. A reconciliação em nada prejudicará o direito de terceiros, adquirido antes e durante o estado de separado, seja qual for o regime de bens. Art O cônjuge declarado culpado na ação de separação judicial perde o direito de usar o sobrenome do outro, desde que expressamente requerido pelo cônjuge inocente e se a alteração não acarretar: I - evidente prejuízo para a sua identificação; II - manifesta distinção entre o seu nome de família e o dos filhos havidos da união dissolvida; III - dano grave reconhecido na decisão judicial. 1 o O cônjuge inocente na ação de separação judicial poderá renunciar, a qualquer momento, ao direito de usar o sobrenome do outro. 2 o Nos demais casos caberá a opção pela conservação do nome de casado. Art O divórcio não modificará os direitos e deveres dos pais em relação aos filhos. Parágrafo único. Novo casamento de qualquer dos pais, ou de ambos, não poderá importar restrições aos direitos e deveres previstos neste artigo. 22

23 Art Decorrido um ano do trânsito em julgado da sentença que houver decretado a separação judicial, ou da decisão concessiva da medida cautelar de separação de corpos, qualquer das partes poderá requerer sua conversão em divórcio. 1 o A conversão em divórcio da separação judicial dos cônjuges será decretada por sentença, da qual não constará referência à causa que a determinou. 2 o O divórcio poderá ser requerido, por um ou por ambos os cônjuges, no caso de comprovada separação de fato por mais de dois anos. Art O divórcio pode ser concedido sem que haja prévia partilha de bens. Art O pedido de divórcio somente competirá aos cônjuges. Parágrafo único. Se o cônjuge for incapaz para propor a ação ou defender-se, poderá fazê-lo o curador, o ascendente ou o irmão. TÍTULO III DA UNIÃO ESTÁVEL Art É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. 1 o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art ; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente. 2 o As causas suspensivas do art não impedirão a caracterização da união estável. Art As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos deveres de lealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos. 23

24 Art Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens. Art A união estável poderá converter-se em casamento, mediante pedido dos companheiros ao juiz e assento no Registro Civil. Art As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato. 2005/TJSP/VUNESP. Como unidade familiar, a união estável é instituição sedimentada na sociedade e também no direito, já que é regida tanto pelo Código Civil de 2002 como por legislação esparsa. Nesse sentido: A) a união estável é reconhecida como entidade familiar, desde que configurada a convivência pública, contínua e duradoura, com prazo mínimo de 5 anos, com objetivo de constituir família. B) na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se, naquilo que couber às relações patrimoniais, o regime de comunhão parcial de bens. C) em razão da evolução da sociedade e, consequentemente, do direito, a união entre pessoas do mesmo sexo pode ser considerada união estável para os fins legais. D) por se tratar de união estável, não há de se falar em deveres de lealdade, respeito e assistência com relação ao outro companheiro. E) pode haver união estável entre o adotado e o filho do adotante. Resposta Correta: Letra B) na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se, naquilo que couber às relações patrimoniais, o regime de comunhão parcial de bens. 24

25 2. A DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR E A QUESTÃO DA FAMÍLIA ABANDONADA As novas formas de organização familiar estão intimamente relacionadas ao processo de destituição do poder familiar, uma vez que faltam ações direcionadas ao atendimento das novas configurações da família contemporânea. Nas famílias pobres a questão torna-se mais grave devido ao estigma que sofrem por serem muitas vezes culpabilizadas pelo fracasso de seus membros. No entanto, o que realmente ocorre é que de maneira geral, tais famílias não possuem proteção e segurança econômica e afetiva, desta maneira não se encontram em condições de oferecê-las a seus filhos. Após a destituição do poder familiar, algumas medidas de proteção e inclusão são voltadas à criança, entretanto muitas vezes à família destituída, nenhuma medida é tomada. De nada adianta retirar a criança do convívio que lhe oferece risco, se este convívio não for trabalhado e transformado, pois outras crianças poderão nascer na mesma situação de vulnerabilidade, negligência, risco, entre outros fatores, que levaram a destituição. Na destituição, o que muda é somente a situação da criança, que é obrigada a deixar o se convívio familiar. Da vida dos pais pouco se sabe depois de consumada a destituição, pelo menos até o momento do retorno destes ao poder judiciário, muitas vezes pelos mesmos fatores. Nas situações em estudo pode-se dizer que existe a história focada na criança e uma outra história da mãe e/ou do pai, que muitas vezes não vêm à tona, ou não se evidencia com clareza. Ainda que essas histórias estejam intrinsecamente ligadas, em determinados momentos acabam seguindo caminhos diferentes e separados (FÁVERO, 2001, p. 192). Na maioria das situações, a destituição do Poder familiar não proporciona a emancipação e autonomia, ao contrário intensificam as expressões da Questão Social que se fazem presentes. A Exclusão Social e a Destituição do Poder Familiar De acordo com a análise anterior, no Brasil atual existem diversas formas de organização familiar. No entanto tais famílias, em situação de pobreza, são 25

26 estigmatizadas e consideradas fora do padrão estabelecido pela sociedade. Não há Políticas Públicas voltadas especificamente a tais famílias para que suas reais necessidades sejam atendidas. Destas famílias são cobradas responsabilidades, entretanto seus direitos não são respeitados. Não estamos afirmando que situações que levam à destituição do poder familiar tais como violência doméstica, negligência, abandono e exploração do trabalho infantil são fatores exclusivos de famílias pobres, contudo a pobreza deixa as pessoas vulneráveis a tais situações, compreendendo esta pobreza como um conjunto de ausências relacionado à renda, educação, trabalho, moradia e rede familiar e social de apoio (FÁVERO, 2001, p. 79). Geralmente as famílias pobres são excluídas das condições mínimas exigidas para que seja aceita dentro do padrão ideal da sociedade. Assim, a pobreza e exclusão vão se tornando fatores que compõe um ciclo que agrava cada vez mais a situação das famílias brasileiras de baixa renda. Segundo Fávero (2001, p. 76) o ajuste neoliberal implementado no país fez com que as condições socioeconômicas de grande parte da população fossem agravadas, ocorrendo um aumento dos níveis de pobreza. O Estado também acaba por não cumprir seu papel enquanto provedor, garantindo os mínimos necessários para que tais famílias vivam de maneira digna. A mudança que este ajuste provoca não atinge apenas a esfera econômica, mas redefinem, globalmente, o campo político-institucional e nas relações sociais, desencadeadas por meio de políticas liberalizantes, privatizantes e de mercado com a redução do Estado (ou Estado mínimo). (FÁVERO, 2001, p ). Diante de tais fatores compreendemos que muitas vezes a família mostra-se incapaz de exercer suas funções. Assim, segundo a Política Nacional de Assistência Social (2004, p.29) é importante notar, que esta capacidade resulta não de uma forma ideal e sim de sua relação com a sociedade, sua organização interna, seu universo de valores, entre outros valores, enfim do estatuto da família como grupo cidadão. Estas famílias, dentro deste processo da sociedade, sem amparo e estratégias de melhoria de vida, vêm se tornando cada vez mais vulneráveis e necessitando da intervenção estatal e da rede social de apoio. 26

27 Entretanto, não bastam medidas paliativas e imediatas, são necessárias transformações estruturais, com ações políticas amplas que garantam a distribuição de renda e o acesso aos Direitos Sociais. Em muitas situações os homens da casa não conseguem emprego, posto que cada vez mais exige-se um grau mais elevado de capacitação profissional, devido ao aumento do exército industrial de reservas. Muitas vezes não têm condições de investir nos estudos e cursos de capacitação profissional. Sem perspectiva de emancipação, iniciam a vida no alcoolismo, drogas e violência, roubos, que podem resultar no abandono do próprio lar. As difíceis condições de trabalho, a baixa remuneração percebida e a ausência de renda, mostram a face mais violenta de suas condições de vida, notadamente se forem analisados em relação aos parâmetros da renda necessária para uma família viver com o mínimo de dignidade (FÁVERO, 2001, p. 90). As situações de exclusão em que vivem estas famílias e a fragilidade dos vínculos familiares interferem em toda a relação de organização econômica, afetiva e social da família, que muitas vezes pode levar a destituição. Não estamos fazendo apologia à vitimização das famílias destituídas, mas acreditamos que por detrás de uma criança abandonada existe uma família que foi primeiramente abandonada e excluída socialmente, que se encontra em situação de miséria, exclusão, vulnerabilidade, desemprego, desinformação, alienação, doenças mentais, isolamento, alcoolismo, violência entre outros. Não é a família que está desestruturada, como muito se ouve. Se algo está desestruturado podemos dizer que são as Políticas oficiais que deveriam prestar atendimento às famílias, para que lhes fossem garantidas as condições mínimas de sobrevivência com dignidade e autonomia. Se há algo desestruturado, é a forma como o governo está organizado. A situação da criança e adolescente destituídos, sem dúvida alguma são questões fundamentais, entretanto, é necessário que se conheçam as razões pelas quais muitas famílias não são capazes de criar seus próprios filhos. Vicente (2005, p. 53, grifo do autor) esclarece esta discussão afirmando que Quando uma mãe pobre, em pleno puerpério, entrega seu bebê para salvá-lo da fome, o discurso do senso comum diz que ela deu sua criança, que é desumana. Nunca se ouve que ela perdeu o filho. É preciso analisar a situação em que vive a família brasileira de forma crítica, 27

28 rompendo com o discurso de culpabilização e estigmatização da família. Não devemos apenas aceitar o que nos foi imposto, é preciso, primeiramente, compreender o mundo que nos rodeia. 2012/TJSP/VUNESP. Fávero (2001), ao estudar o rompimento dos vínculos pela perda do poder familiar, afirma que a entrega, o abandono ou a retirada de uma criança da guarda e do poder de seus pais ocorrem em determinadas circunstâncias, como consequência de um movimento integrado por fatores sociais, econômicos, culturais e emocionais, e não como uma ação mecanicista, situada tão somente no âmbito das determinações econômicas. As análises da autora confirmam que em muitas situações, essa ruptura tem na sua origem vivida pela mãe e/ou pelo pai sobre os quais é aplicada tal medida, pessoas essas que geralmente têm suas vidas marcadas pela. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto. A) situação de detenção violência B) a deficiência mental insanidade C) a condição de carência social e econômica pobreza D) a ausência de vínculos afetivos carência emocional E) a absoluta intransigência discriminação Resposta Correta: Letra C) a condição de carência social e econômica pobreza. 28

29 3. SENTIMENTOS PREDOMINANTES APÓS O TÉRMINO DE UM RELACIONAMENTO AMOROSO É possível afirmar que existem algumas características que são constantes e gerais dos estados emotivos e psíquicos próprios dos momentos de separação, particularmente dolorosos e difíceis de superar, mesmo cada indivíduo sendo único e cada experiência de vida nunca se repetir em sua especificidade. A dor da separação é, com frequência, fisicamente sentida. São comuns as dores no peito e a sensação de peso, sufocamento e falta de ar (Maldonado, 1995). Além disso, a incapacidade de trabalhar efetivamente, má saúde, mudanças no peso, disfunção sexual, insônia e outros transtornos do sono também são frequentes (Carter & Mcgoldrick, 1995). Cada separação tem uma história e, quase sempre, provoca um abalo emotivo que, segundo Giusti (1987), na escala das causas de estresse, vem imediatamente após a morte de um parente ou o choque de ser preso, e que pode ser considerado equivalente ao trauma causado pela perda da única fonte de subsistência. Quando o relacionamento se rompe, o trabalho necessário para recuperar o equilíbrio emocional e existencial requer um dispêndio de energia psíquica, e esse dispêndio, frequentemente, provoca deterioração física e nervosa, tal como ocorre durante um luto grave. Caruso (1981) afirma que estudar a separação amorosa significa estudar a presença da morte na vida. Referindo-se ao ditado francês partir c'est mourrir un peu (partir é morrer um pouco), Caruso (1981, p.12) afirma que, na separação, há uma sentença de morte recíproca: "o outro morre em vida dentro de mim e eu também morro na consciência do outro". Segundo Freud (1974), o luto profundo, como reação à perda de alguém que se ama, pode ser resumido como um estado de espírito penoso, na cessação de interesse pelo mundo externo, na perda da capacidade de adotar um novo objeto de amor (o que significa substituí-lo) e no afastamento de toda e qualquer atividade que não esteja ligada a pensamentos sobre ele. O indivíduo em luto geralmente experimenta um desejo de reparar a perda e destruir o objeto que foi internalizado como "bom" (Baker, 2001). É impossível prever quanto tempo durará o "período de luto", assim como é difícil determinar o momento em que ele começa efetivamente (Giusti, 1987). Segundo Féres- Carneiro (1998), o tempo de elaboração do luto pela separação pode ser maior do que aquele do luto por morte. 29

30 Na medida em que a separação constitui a tão desejada solução para um problema que não poderia ser resolvido de outra forma, deveria, então, ser vivida como uma sensação de alívio, mas a mobilização emocional pós-separação, tal como percebida por Maldonado (1995), é intensa, pois a pessoa está diante do medo, da incerteza, da insegurança, que caracterizam a mudança de aspectos importantes de si mesmo. São comuns as atitudes irracionais, ilógicas e impulsivas. A separação não é só o fim de uma união material, mas também a quebra de vínculos, de laços emotivos, sexuais e afetivos, criados, segundo Giusti (1987), tanto pelo amor como pelo ódio, pelas brigas e pelas reconciliações. Dependendo de quem é o responsável pelo término da relação, diferentes tipos de dor são sentidas. Embora seja considerado ruim para ambos, costuma sofrer mais aquele que é percebido como deixado. Não porque a separação não doa na pessoa que terminou, mas, segundo Colasanti (1986), porque este, para aliviar sua dor, tem o estímulo do impulso que o levou a agir e o sentido de renovação. Para quem quer separar-se, o que predomina, inicialmente, é o alívio, às vezes a euforia, por se ver livre do peso e da tensão da situação infeliz. A sensação de alívio amortece o impacto. Há a novidade, as mudanças, a passagem de um passado conhecido para um futuro sem previsões. Depois, costumam vir culpa e tristeza. Surgem aí, com toda força, os bons momentos, sonhos desfeitos, a tristeza pelo que poderia ter sido, mas não foi, pelo que não foi possível manter. Os sentimentos de ódio e frieza, nessas horas, surgem para suavizar ou neutralizar os sentimentos de pesar e de culpa, que talvez doam muito mais. Pensar com raiva só nas coisas ruins anestesia a dor de lamentar o que não deu certo. Em meio ao ódio, ao ressentimento e à dor, vem a tendência a denegrir, difamar e rebaixar o ex-parceiro para convencer-se de que não perdeu grande coisa. Se, aos olhos da pessoa, o outro fica desprezível, será mais fácil acabar. Os defeitos se ressaltam, as qualidades passam para segundo plano no esforço de sentir menos as perdas ou de não se arrepender da decisão de separar-se (Maldonado, 1995). Quanto mais longa e íntima for a união, provavelmente mais 30

31 desolador será o momento da separação, mesmo se a intimidade era produto de sofrimentos, incompreensões e ofensas (Giusti, 1987). Diante da percepção de que a decisão do outro é irreversível, costuma vir a depressão, quase sempre acompanhada pelos sentimentos de auto depreciação, pena de si mesmo, baixa autoestima. As etapas se mesclam, principalmente a depressão com autodesvalorização e a raiva com o ataque ao parceiro, a vingança e a hostilidade (Maldonado, 1995; Mearns, 1991). A depreciação da pessoa amada, segundo Klein e Rivière (1975), pode ser um mecanismo útil de vasta aplicação que nos permite suportar decepções sem nos tornarmos selvagens. Um certo grau de depreciação de qualquer pessoa ou coisa querida a que se renunciou é provavelmente inevitável, mesmo se configurada em pouco mais que a descoberta do fato de que a pessoa, ou coisa desejada, fora exageradamente idealizada. É difícil deixar de pensar a respeito da vida e dos atuais sentimentos do nosso antigo companheiro: se ele sente nossa falta, se precisa de nós ou se está reconstruindo sua própria vida. As possíveis novas relações do parceiro podem dar início ao ciúme, inclusive em quem nunca o sentiu. "É possível que um indivíduo deseje estar - ou mesmo, no nível da fantasia, sinta-se - comprometido com uma pessoa amada sem que a recíproca seja verdadeira, e, nesse caso, a interferência de um rival pode gerar o ciúme, apresentando as mesmas características de uma situação triangular real" (Ramos, 2000, p. 32). O ciúme e o sentimento de posse emergem, especialmente, quando se perdem todos os direitos: se antes tínhamos "o direito de amor exclusivo" sobre uma pessoa, quando ele cessa de existir, surge uma profunda sensação de frustração e de impotência. Às vezes ocorre que, depois da separação, ao mesmo tempo em que se aguça o desejo de possuir e de controlar o outro, acaba-se perdendo toda a motivação para viver e experimenta-se a penosa sensação de estar à deriva (Giusti, 1987). Para Wilson (2000), o término de um romance, mesmo o primeiro, pode disparar uma depressão vitalícia, principalmente nas pessoas que têm uma vulnerabilidade predeterminada a vicissitudes românticas e a deprimir-se durante tais períodos difíceis. 31

32 Há pessoas que se protegem do impacto emocional da separação fazendo uma defesa de "anestesia afetiva total" (Maldonado, 1995, p.122): "Eu estou tão estranha, não consigo sentir nem alegria nem tristeza". Há quem se isole, preferindo ficar sozinho ou em contato com pouca gente para ter a sensação de paz e de alívio. Vilhena (1991), ao referir-se à separação, enfatiza a questão da "capacidade de ficar só" dos sujeitos e distingue diferentes formas de solidão. A solidão pode representar uma possibilidade de ficar consigo mesmo ou uma incapacidade de tolerar a indiferença do outro, manifestando-se tanto no isolamento voluntário como na busca compulsiva de companhia. Pouco a pouco, porém, as emoções que nos mantêm impossibilitados de reagir vão sendo reelaboradas e vividas de maneira mais direta e menos dilacerante. "Somos indivíduos reprimidos pelo proibido e pelo impossível, que procuram adaptar-se a seus relacionamentos extremamente imperfeitos. Vivemos de perder e abandonar, e de desistir. E, mais cedo ou mais tarde, com maior ou menor sofrimento, todos nós compreendemos que a perda é, sem dúvida, uma condição permanente da vida humana" (Viorst, 1988, p. 243). 2012/TJSP/VUNESP. De modo geral, a separação é vista como causa de tudo de ruim que acontece com as crianças. No entanto, de acordo com Maldonado (2009), muito do que acontece na relação com os filhos, no período da separação, já vinha acontecendo antes; há a intensificação de algumas tendências, o surgimento de outras e, sobretudo, a conscientização de antigas dificuldades que surgem menos encobertas no novo contexto. De qualquer forma, tanto um casamento insatisfatório quanto uma separação, tanto para os pais, quanto para os filhos, desfazem o ideal, o projeto de ter uma vida familiar feliz, em que as pessoas se sintam bem. A perda desse sonho traz grande parte da dor e da tristeza na separação e: A) da acomodação diante do desafio da mudança gerada pela separação B) de baixa estima e solidão C) do temor pela perda da condição socioeconômica D) do sofrimento crônico no casamento ruim E) da descrença em um novo relacionamento Resposta Correta: Letra D) do sofrimento crônico no casamento ruim. 32

33 QUESTÕES DE PROVAS - PARTE I TJSP/VUNESP/SERVIÇO SOCIAL /TJSP/VUNESP. Em caso de separação judicial litigiosa: (A) os filhos, crianças ou adolescentes, obrigatoriamente, devem ficar com o cônjuge inocente. (B) a oitiva da criança, por parte do juiz, no processo de separação, vincula a decisão judiciária à guarda. (C) no processo de separação, a oitiva do adolescente será levada em consideração pelo juiz, que também deve considerar outros aspectos para dar a guarda, como afetividade e afinidade, não importando as condições econômicas dos separados. (D) no processo de separação, aquele que ficar com a guarda necessariamente deve receber pensão alimentícia, independentemente da condição econômica do outro separado. (E) a criança ou adolescente, objeto de disputa entre os separados, podem ficar com parentes próximos, em razão de afinidade e afetividade, quando nenhum dos cônjuges apresentar condições econômicas. 2005/TJSP/VUNESP. Como unidade familiar, a união estável é instituição sedimentada na sociedade e também no direito, já que é regida tanto pelo Código Civil de 2002 como por legislação esparsa. Nesse sentido: (A) a união estável é reconhecida como entidade familiar, desde que configurada a convivência pública, contínua e duradoura, com prazo mínimo de 5 anos, com objetivo de constituir família. (B) na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se, naquilo que couber às relações patrimoniais, o regime de comunhão parcial de bens. (C) em razão da evolução da sociedade e, consequentemente, do direito, a união entre pessoas do mesmo sexo pode ser considerada união estável para os fins legais. 33

34 (D) por se tratar de união estável, não há de se falar em deveres de lealdade, respeito e assistência com relação ao outro companheiro. (E) pode haver união estável entre o adotado e o filho do adotante /TJSP/VUNESP. De modo geral, a separação é vista como causa de tudo de ruim que acontece com as crianças. No entanto, de acordo com Maldonado (2009), muito do que acontece na relação com os filhos, no período da separação, já vinha acontecendo antes; há a intensificação de algumas tendências, o surgimento de outras e, sobretudo, a conscientização de antigas dificuldades que surgem menos encobertas no novo contexto. De qualquer forma, tanto um casamento insatisfatório quanto uma separação, tanto para os pais, quanto para os filhos, desfazem o ideal, o projeto de ter uma vida familiar feliz, em que as pessoas se sintam bem. A perda desse sonho traz grande parte da dor e da tristeza na separação e: (A) da acomodação diante do desafio da mudança gerada pela separação. (B) de baixa estima e solidão. (C) do temor pela perda da condição socioeconômica. (D) do sofrimento crônico no casamento ruim. (E) da descrença em um novo relacionamento /TJP/VUNESP. É cada vez mais comum, com o aumento de separações e de novos casamentos, a família recomposta constituir um novo tipo de família. Nessa recomposição surgem novos laços de parentesco e uma multiplicidade de pessoas exercendo a mesma função dois pais, duas mães, oito avós, meio irmãos. No primeiro casamento, como destaca Maldonado (2009), a complexidade de duas histórias pessoais e familiares diferentes em um vínculo conjugal que provavelmente gerará filhos já é grande. Em casamentos posteriores, a complexidade, pois não somente há a influência das famílias originais e das histórias pessoais como também a experiência prévia da vida conjugal, a necessidade de harmonizar visões educacionais de filhos já existentes e que têm pai e mãe, a existência e a interferência dos ex-cônjuges e sua influência direta sobre os respectivos filhos. 34

35 Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto. (A) extensa integrar aumenta (B) aberta dividir se dilui (C) comum distanciar mantém-se (D) normal socializar inexiste (E) restrita compor reduz-se QUESTÕES DE PROVAS - PARTE II TJSP/VUNESP/SERVIÇO SOCIAL /VUNESP/TJ-SP. O reconhecimento da união estável como entidade familiar, configurada na convivência pública, contínua e duradoura: a) pressupõe a inexistência de impedimentos para o casamento e a separação de fato, se a pessoa for casada, não bastando que a união seja constituída com o objetivo de constituição de família. b) pressupõe tão somente que a união seja constituída com o objetivo de constituição de família, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. c) independe do estado civil e da situação de fato de seus membros. d) pressupõe a inexistência de impedimentos e de causas suspensivas do casamento, não bastando que a união seja constituída com o objetivo de constituição de família /VUNESP/TJ-SP. A declaração de nulidade do casamento importa: a) a preservação da filiação apenas em relação ao genitor que estiver de boa-fé. b) a preservação da filiação materna ou paterna, desde que presentes as condições do casamento putativo. 35

36 c) a nulidade da filiação, em observância à regra de que atos nulos não se convalescem e não são aptos a produzir atos válidos. d) a preservação da filiação materna ou paterna, mesmo que ausentes as condições do casamento putativo /VUNESP/TJ-SP. É correto afirmar que, no Brasil: a) a celebração do casamento é gratuita, por imperativo constitucional. b) o casamento civil é uma garantia da laicidade do Estado, vedada qualquer outra forma de casamento. c) o casamento de absolutamente incapaz, em razão da idade, é necessariamente nulo, em proteção à pessoa. d) os nubentes devem requerer pessoalmente a habilitação para o casamento, vedado requerimento por procuração /VUNESP/MPE-SP. É nulo o casamento contraído: a) pelo incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento. b) por infringência de impedimento legal. c) por incompetência da autoridade celebrante. d) por quem não completou a idade mínima para casar. e) pelo menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal /VUNESP/TJ-PA São requisitos para constituição da união estável, de acordo com o Código Civil de 2002: a) a convivência contínua e duradoura, a coabitação, instrumento público ou particular de constituição de união estável e ser solteiro. b) a convivência pública, contínua e duradoura, estabelecida com o objetivo de constituir família e a coabitação. 36

37 c) a convivência pública, contínua e duradora por, no mínimo, 3 (três) anos, estabelecida com o objetivo de constituir família e a coabitação. d) a convivência pública, contínua e duradoura, estabelecida com o objetivo de constituir família e ser solteiro ou, se casado, encontrar-se separado de fato ou judicialmente. e) a convivência contínua e duradoura por, no mínimo, 5 (cinco) anos, com o objetivo de constituir família e ser solteiro ou, se casado, encontrar-se separado de fato ou judicialmente /VUNES/TJ-SP. Sobre o instituto do casamento, assinale a alternativa correta. a) O casamento não pode ser realizado por procuração com poderes especiais, ainda que por instrumento público b) O suprimento judicial de idade é previsto em favor de pessoa sem idade núbil, em razão de gravidez ou para evitar a imposição de pena criminal, ao passo que o suprimento judicial do consentimento viabiliza o casamento de pessoa com idade núbil, em caso de denegação injusta de qualquer um dos pais, de ambos, ou do representante legal. c) A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com toda publicidade, a portas abertas, presentes quatro testemunhas se algum dos contraentes não souber ou não puder escrever, sob pena de nulidade do ato d) Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de oito testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau / VUNESP/TJ-SP. O divórcio extingue o casamento e possibilita: a) novo casamento, incondicionalmente. b) novo casamento, desde que não esteja pendente causa suspensiva. c) o retorno ao estado civil original, como consequência da extinção do vínculo do matrimônio. 37

38 d) novo casamento entre as mesmas pessoas, dispensada nova habilitação /VUNESP/TJ-SP. No que se refere ao casamento religioso com efeitos civis, assinale a alternativa incorreta. a) O casamento religioso que atender às exigências legais para a validade do casamento civil produz efeitos a partir da data de sua inscrição no livro de Registro Civil das Pessoas Naturais. b) Os efeitos civis do casamento religioso serão alcançados após o regular processo de habilitação, que poderá ser prévio ou posterior à celebração do casamento. c) A morte de um dos cônjuges não impedirá o registro civil do casamento religioso realizado validamente, quando o pedido de registro for encaminhado dentro do prazo da lei. d) Será nulo o registro civil do casamento religioso quando já registrado anteriormente o casamento civil de algum dos cônjuges 38

39 PONTOS COMENTADOS CASAMENTO E SEPARAÇÃO PARTE I A criança ou adolescente, objeto de disputa entre os separados, podem ficar com parentes próximos, em razão de afinidade e afetividade, quando nenhum dos cônjuges apresentar condições econômicas; Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se, naquilo que couber às relações patrimoniais, o regime de comunhão parcial de bens. Art É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. 1o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art ; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente. 2o As causas suspensivas do art não impedirão a caracterização da união estável. Art As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos deveres de lealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos. Art Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens. Art A união estável poderá converter-se em casamento, mediante pedido dos companheiros ao juiz e assento no Registro Civil. Art As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato. Fávero (2001), ao estudar o rompimento dos vínculos pela perda do poder familiar, afirma que a entrega, o abandono ou a retirada de uma criança da guarda e do poder de seus pais ocorrem em determinadas circunstâncias, como consequência de um movimento integrado por fatores sociais, econômicos, culturais e emocionais, e não como uma ação mecanicista, situada tão somente no âmbito das determinações 39

40 econômicas. As análises da autora confirmam que em muitas situações, essa ruptura tem na sua origem a condição de carência social e econômica vivida pela mãe e/ou pelo pai sobre os quais é aplicada tal medida, pessoas essas que geralmente têm suas vidas marcadas pela pobreza. De modo geral, a separação é vista como causa de tudo de ruim que acontece com as crianças. No entanto, de acordo com Maldonado (2009), muito do que acontece na relação com os filhos, no período da separação, já vinha acontecendo antes; há a intensificação de algumas tendências, o surgimento de outras e, sobretudo, a conscientização de antigas dificuldades que surgem menos encobertas no novo contexto. De qualquer forma, tanto um casamento insatisfatório quanto uma separação, tanto para os pais, quanto para os filhos, desfazem o ideal, o projeto de ter uma vida familiar feliz, em que as pessoas se sintam bem. A perda desse sonho traz grande parte da dor e da tristeza na separação e do sofrimento crônico no casamento ruim. É cada vez mais comum, com o aumento de separações e de novos casamentos, a família recomposta constituir um novo tipo de família extensa. Nessa recomposição surgem novos laços de parentesco e uma multiplicidade de pessoas exercendo a mesma função dois pais, duas mães, oito avós, meio irmãos. No primeiro casamento, como destaca Maldonado (2009), a complexidade de integrar duas histórias pessoais e familiares diferentes em um vínculo conjugal que provavelmente gerará filhos já é grande. Em casamentos posteriores, a complexidade aumenta, pois não somente há a influência das famílias originais e das histórias pessoais como também a experiência prévia da vida conjugal, a necessidade de harmonizar visões educacionais de filhos já existentes e que têm pai e mãe, a existência e a interferência dos ex-cônjuges e sua influência direta sobre os respectivos filhos. PARTE II O artigo 1.723, 2º do Código Civil prevê que: "A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art (hipóteses de impedimentos para o casamento); não se aplicando a incidência do inciso VI (impedimento decorrente de vínculo matrimonial anterior) no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente". Nota-se, do artigo acima transcrito, que a união estável pressupõe a inexistência de impedimentos para o casamento. No entanto, caso a pessoa casada esteja separada de fato ou judicialmente, a união estável poderá se constituir normalmente. 40

41 Artigo 1617: A filiação materna ou paterna pode resultar de casamento declarado nulo, ainda mesmo sem as condições do putativo. Constituição Federal: Art A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 1º O casamento é civil e GRATUITA a celebração. Código Civil Art º O casamento é civil e gratuita a sua celebração. A celebração do casamento é gratuita, por imperativo constitucional. Art É nulo o casamento contraído: I. pelo enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil; II. por infringência de impedimento. As demais hipóteses são de anulabilidade do casamento, nos termos do Art É anulável o casamento: I - de quem não completou a idade mínima para casar; II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal; III - por vício da vontade, nos termos dos Arts a 1.558; IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento; V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges; VI - por incompetência da autoridade celebrante. Art É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. Segundo o 1 desse dispositivo, a união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art , CC, não se aplicando a incidência do inciso VI (art Não podem casar: (...) VI - as pessoas casadas) no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente. Letra A: incorreta. Art O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com poderes especiais. Letra B: correta. Art A denegação do consentimento, quando injusta, pode ser suprida pelo juiz. Letra C: incorreta. Art Solenidade realizada na sede do cartório = 2 testemunhas Se realizada em edifício particular e se algum dos contraentes não souber ou não puder escrever = 4 testemunhas Letra D: incorreta. Art Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau. (casamento nuncupativo). O divórcio extingue o casamento e possibilita novo casamento, desde que não esteja pendente causa suspensiva. 41

42 Art O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração GABARITO1 1 E 2 B 3 D 4 A GABARITO 2 1 A 2 D 3 A 4 B 5 D 6 B 7 B 8 A 42

43 BIBLIOGRAFIA AGUERRA, Camila Silva; CAVALLI, Michelle; OLIVEIRA, Juliene Aglio de. Destituição do Poder Familiar na Perspectiva da Família Abandonada. A INDICADA NO EDITAL. LEIAM OS ARTIGOS. CÓDIGO CIVIL - Lei /2002. Arts: 1511 a 1638; 1694 a 1727 e 1728 a Disponível: LEI Nº 6.515, DE 26 DE DEZEMBRO DE Acesse: MARCONDES, Mariana Valença; TRIEWEILER, Michele; CRUZ, Roberto Moraes. Sentimentos predominantes após o término de um relacionamento amoroso 43

44 44

45 45

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