MATERIAL DE LEITURA OBRIGATÓRIA AULA 09

Transcrição

1 PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DE FAMÍLIA E SUCESSÕES. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima 1-) Casamento Efeitos Patrimoniais Conti.: a) Princípios: Variedade do regime de Bens: - Comunhão Parcial de Bens: BENS QUE SE COMUNICAM Bens adquiridos na constância do casamento À TÍTULO ONEROSO; Bens adquiridos por fato eventual com ou sem concurso de trabalho; Bens adquiridos por juros, frutos, benfeitorias e acessão; BENS QUE NÃO SE COMUNICAM Bens adquiridos antes do casamento; Bens adquiridos por herança, doação e sub-rogados, mesmo na constância do casamento; Proventos do trabalho, art , inciso VI do C.C; Instrumentos de profissão; Ex: livros, computador, carro, aparelhos do médico... 1

2 Dívidas que não converte em proveito comum, dívidas pessoais; Ex: dívidas com cirurgia plástica... Previsão está no art do C.C Art No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes. Previsão está no art do C.C. Art Excluem-se da comunhão: I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares; III - as obrigações anteriores ao casamento; IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal; V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. Veja os julgados disponibilizados pelo professor. - Comunhão Universal de Bens: 2

3 A partir da lei 6.515/ 77 passou a ser regime opcional. Precisa haver pacto antenupcial. ATENÇÃO: Há bens que não se comunicam na comunhão universal: Proventos do trabalho; Instrumentos de profissão; Os bens gravados com cláusula de incomunicabilidade. - Participação Final nos Aquestos: Precisa haver pacto antenupcial. É regime misto, na vigência do casamento o regime aplicado será da separação de bens e se houver divórcio será aplicado a comunhão parcial de bens. Previsão está no art e seguintes do C.C. - Separação de Bens: Se divide em: Separação Obrigatória: 3

4 antenupcial. A lei impõe esta modalidade e não precisa de pacto Previsão no art art todos do C.C. Art É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento; II da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº , de 2010) III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. Art Não devem casar: I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas. Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo. 4

5 DICA: súmula 377 do STF. No pacto antenupcial você pode colocar o afastamento da ATENÇÃO: Menor de 16 anos pode casar, MAS depende de AUTORIZAÇÃO JUDICIAL e devem casar sob o regime de separação obrigatória de bens. Aqueles que possuem idade entre 16 a 18 anos de idade poderão casar sob o regime de separação obrigatória de bens se houver autorização judicial. Separação absoluta: Deve haver pacto antenupcial. Previsto no art o art todos do C.C. Art Estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração exclusiva de cada um dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real. Art Ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporção dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulação em contrário no pacto antenupcial. 5

6 2-) Dissolução da Sociedade Conjugal: a) Quando termina: Previsão art do C.C. Art A sociedade conjugal termina: I - pela morte de um dos cônjuges; II - pela nulidade ou anulação do casamento; III - pela separação judicial; IV - pelo divórcio. 1 o O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente. 2 o Dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge poderá manter o nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrário a sentença de separação judicial. O casamento termina pela: ANULAÇÃO ou NULIDADE do casamento; Separação judicial; Divórcio; Morte. casamento. Terminar a sociedade conjugal é por fim aos deveres do 6

7 b) Quando dissolve o casamento: Previsão está no 1º e no 2º do art do C.C. 1 o O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente. 2 o Dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge poderá manter o nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrário a sentença de separação judicial. O casamento se dissolve pelo divórcio ou pela morte. c) Separação Judicial: Litigiosa: Previsão no art do C.C. Art Qualquer dos cônjuges poderá propor a ação de separação judicial, imputando ao outro qualquer ato que importe grave violação dos deveres do casamento e torne insuportável a vida em comum. 1 o A separação judicial pode também ser pedida se um dos cônjuges provar ruptura da vida em comum há mais de um ano e a impossibilidade de sua reconstituição. 2 o O cônjuge pode ainda pedir a separação judicial quando o outro estiver acometido de doença mental grave, manifestada após o casamento, que torne impossível a continuação da vida em comum, desde que, após uma duração de dois anos, a enfermidade tenha sido reconhecida de cura improvável. 7

8 3 o No caso do parágrafo 2 o, reverterão ao cônjuge enfermo, que não houver pedido a separação judicial, os remanescentes dos bens que levou para o casamento, e se o regime dos bens adotado o permitir, a meação dos adquiridos na constância da sociedade conjugal. A separação litigiosa sendo SANÇÃO, o próprio nome já diz, há tentativa de atribuir culpa ao outro conjugue por quebra dos deveres do casamento, a fim de lhe atribuir certa sanção. Existem 3 tipos de sanção: - perda de alimentos sociais; - perda do sobrenome; - usucapião familiar = previsão no art A do C.C. Art A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (Incluído pela Lei nº , de 2011) 1 o O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. Já a separação litigiosa sendo FALÊNCIA, trata-se de casamento que faliu, os conjugues já estão separados de fato a mais de 1 ano. Entende-se que foi revogada pela EC 66/ 10. 8

9 Por fim, a separação litigiosa REMÉDIO, trata-se de separação decorrente de doença mental grave e irreversível de um dos conjugues. Está prevista no 2º do art do C.C. Art Qualquer dos cônjuges poderá propor a ação de separação judicial, imputando ao outro qualquer ato que importe grave violação dos deveres do casamento e torne insuportável a vida em comum. 2 o O cônjuge pode ainda pedir a separação judicial quando o outro estiver acometido de doença mental grave, manifestada após o casamento, que torne impossível a continuação da vida em comum, desde que, após uma duração de dois anos, a enfermidade tenha sido reconhecida de cura improvável. Nesta modalidade um dos conjugues contraí doença mental grave e irreversível após o casamento, o que torna insuscetível de seguir com o casamento. Deverá, ainda, o conjugue ficar casado por pelo menos 2 anos e após ter sido comprovada sua irreversibilidade poderá haver a separação. prazo. Entende-se que foi derrogada pela EC 66/ 10, no que tange o Consensual: Por mútuo consentimento. 9

10 Previsto no art do C.C. Art Dar-se-á a separação judicial por mútuo consentimento dos cônjuges se forem casados por mais de um ano e o manifestarem perante o juiz, sendo por ele devidamente homologada a convenção. Parágrafo único. O juiz pode recusar a homologação e não decretar a separação judicial se apurar que a convenção não preserva suficientemente os interesses dos filhos ou de um dos cônjuges. aponta prazos. Entende-se que foi derrogada pela EC 66/ 10, na parte que BONS ESTUDOS!!! Profa. Cristina Anita S. Lereno 10