CASA PARA QUEM PRECISA

Transcrição

1 CASA PARA QUEM PRECISA Primeiros indícios de imprecisão entre público alvo e atingido pelo Programa Minha Casa, Minha Vida em São Paulo

2 Objetivo Casa para quem precisa Esmiuçar o perfil do público alvo e do efetivamente atingido pelo Programa Minha Casa, Minha Vida ; Em suma, sua acurácia ou, por outro lado, sua disritmia; 2

3 Metodologia Casa para quem precisa Elege-se o Estado de São Paulo como recorte territorial; Já o intervalo temporal se limita à década ; Afinal concentra os mais expressivos valores absolutos de déficit habitacional; Em realidade, avança-se ligeiramente até o ano de 2013; 3

4 Metodologia Casa para quem precisa Fontes de Dados: A base permite desagregações de acordo com seus diversos componentes: Os valores do déficit habitacional segundo Unidade da Federação são obtidos através da Fundação João Pinheiro (FJP-MG); Reposição do estoque (depreciação do imóvel e domicílios rústicos); Déficit por incremento do estoque (domicílios improvisados, coabitação familiar e ônus excessivo com aluguel); Ainda, por renda, por situação de domicílio e territoriais; 4

5 Metodologia Fontes de dados: Casa para quem precisa Empreendimentos construídos e contratados até 2013; Banco de dados obtido junto à Secretaria Nacional de Habitação (SHN) do Ministério das Cidades (MC); A partir de informações geradas pela Caixa Econômica Federal (CEF), principal operadora financeira do sistema; 5

6 Metodologia Conceituação Casa para quem precisa Para fins comparativos opta-se por se utilizar a definição de déficit habitacional básico: O cálculo do déficit habitacional para municípios, [...], atém-se ao somatório dos domicílios rústicos, dos improvisados e da coabitação familiar e recebe a denominação de déficit habitacional básico. (Fundação João Pinheiro, 2000) 6

7 PERFIL DO DÉFICIT E SUA CONCENTRAÇÃO REGIONAL 7

8 70,3% do déficit era urbano em 2000 e 84,8% em 2010 Déficit relativo diminui 13,2% (2000) para 12,1% dos DPartPerm em 2010 Absoluto em em 2010 Diferença

9 São Paulo passa a concentrar boa parte do déficit nacional 13,1% ( ) de um total de em ,5% ( ) de um total de em

10 O mesmo se dá regionalmente (em relação ao Sudeste) 46,6% ( ) de um total de em ,9% ( ) de um total de em

11 Problemática urbana; Grandeza do fenômeno independente da escala; Sua persistência e acentuação demonstram que trata-se, concomitantemente, de uma questão crônica e cumulativa; Concentração do déficit habitacional na Região Sudeste; Particularmente em São Paulo; 11

12 Por renda 0-3 SM. Ou seja, quem não consegue financiar a habitação 12

13 Ligeiramente menor no Sudeste, mas ainda notória Acesso desigual à habitação na região mais economicamente ativa da nação 13

14 Preço da terra; Da construção em si; Custo de vida; Reprodução e acúmulo de desigualdades sociais; Impedimento financeiro oriundo do programa, cerceando os mais carentes financeiramente; 14

15 DESCOMPASSO ENTRE PÚBLICO DEMANDANTE E PÚBLICO ATINGIDO 15

16 unidades contratadas até 2013 representam 40,5% do déficit habitacional básico paulista de 2010 ( ); 41,2% do déficit urbano; Destas 30,5% ( ) eram voltados à famílias de 0-3 SM; 16

17 Oposto da demanda real; 30,5% ( ) dos empreendimentos contratados ( ) destinavam-se à população de 0-3 SM; Este total corresponde a 20,7% de um todo de domicílios em 2010 para a mesma faixa de renda; Diferentemente do que ocorre com a faixa 2. Ela representa 16% do déficit habitacional básico paulista, entretanto, 45,5% das unidades contratadas lhe eram destinadas (15% a mais do que para a faixa 1). Essa quantia dá conta de resolver 87% dos casos de déficit para esta faixa de renda. 17

18 CONCLUSÕES 18

19 A financeirização da habitação está agravando o acesso à moradia a população mais carente; Algo poderia ser melhorado através da revisão da forma de alimentação do FNHIS e dos mecanismos de funcionamento do SNHIS e, principalmente, com sua articulação com os preceitos do Estatuto das Cidades; Cooperativas, mutirões e prevalência do direito de posse ao de propriedade; 19