Principal função: circulação de Riqueza
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- Larissa Imperial Lisboa
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1 Principal função: circulação de Riqueza Código Civil (art.887 a 926) LUG Dec /66 (letra de câmbio e nota promissória e é lei subsidiária para a duplicata) e as reservas Dec 2.044/1908 Lei 5.474/68 (duplicata); Lei 7.357/85 (cheque) Importante: Art. 903 CC - Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código.
2 Princípios de Direito Cambiário
3 Independência das Assinaturas Princípio também conhecido por independência recíproca (Ferrer Correia), ou por autonomia das obrigações (Pontes de Miranda, Fran Martins) 1º efeito: cada pessoa que assina um título de crédito, como emitente, aceitante, endossante ou avalista, tem responsabilidade autônoma e independente em relação ao título.
4 Independência das Assinaturas O portador poderá cobrar de qualquer dos coobrigados, individual ou coletivamente.
5 Independência das Assinaturas 2º efeito: a nulidade de uma assinatura não anula o título nem interrompe a cadeia de endossos e avais
6 Independência das Assinaturas Decreto nº /66 (Lei Uniforme de Genebra - LU): Artigo 7º Se a letra contém assinaturas de pessoas incapazes de se obrigarem por letras, assinaturas falsas, assinaturas de pessoas fictícias, ou assinaturas que por qualquer outra razão não poderiam obrigar as pessoas que assinaram a letra, ou em nome das quais ela foi assinada, as obrigações dos outros signatários nem por isso deixam de ser válidas.
7 Independência das Assinaturas Lei nº 7.357/85 (Lei do Cheque): Art As obrigações contraídas no cheque são autônomas e independentes. Parágrafo único. A assinatura de pessoa capaz cria obrigações para o signatário, mesmo que o cheque contenha assinatura de pessoas incapazes de se obrigar por cheque, ou assinaturas falsas, ou assinaturas de pessoas fictícias, ou assinaturas que, por qualquer outra razão, não poderiam obrigar as pessoas que assinaram o cheque, ou em nome das quais ele foi assinado.
8 Abstração Se o título permanecer nas mãos do credor original (favorecido), apesar de não estar expressa a relação, é possível a defesa pelo devedor (autonomia relativa), em virtude da existência de uma relação direta entre os coobrigados.
9 Abstração Se o título circular, ocorre sua desvinculação do negócio fundamental (autonomia absoluta). O devedor não poderá se utilizar da relação fundamental como defesa perante terceiro portador de boa-fé. A relação entre devedor e portador é indireta ou mediata.
10 Inoponibilidade de exceções pessoais Aspecto processual da autonomia e da abstração. Conceito = não (in) possibilidade de opor (oponibilidade) defesas (exceções) pessoais.
11 Inoponibilidade de exceções pessoais Decreto nº /66 (Lei Uniforme de Genebra - LU): Artigo 17 As pessoas acionadas em virtude de uma letra não podem opor ao portador exceções fundadas sobre as relações pessoais delas com o sacador ou com os portadores anteriores, a menos que o portador ao adquirir a letra tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor.
12 Inoponibilidade de exceções pessoais Lei nº 7.357/85 (Lei do Cheque): Art Quem for demandado por obrigação resultante de cheque não pode opor ao portador exceções fundadas em relações pessoais com o emitente, ou com os portadores anteriores, salvo se o portador o adquiriu conscientemente em detrimento do devedor.
13 ESPÉCIES DE TÍTULOS DE CRÉDITO letra de câmbio nota promissória cheque duplicata outros ( debêntures, warrant, título de crédito rural, título de crédito industrial...)
14 CHEQUE Lei n /85 Ordem de pagamento à vista, sacada contra um banco e com base em suficiente provisão de fundos depositados pelo sacador em mãos do sacado ou decorrente de contrato de abertura de crédito entre ambos.
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16 Requisitos (Art. 1º L. 7357/85) I - a denominação cheque inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é redigido; II - a ordem incondicional de pagar quantia determinada; (art12 divergência prevalece por extenso) III - o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado); IV - a indicação do lugar de pagamento; V - a indicação da data e do lugar de emissão; VI - a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais. Parágrafo único - A assinatura do emitente ou a de seu mandatário com poderes especiais pode ser constituída, na forma de legislação específica, por chancela mecânica ou processo equivalente. 16
17 Requisitos Secundários (Art. 2º L. 7357/85) I - na falta de indicação especial, é considerado lugar de pagamento o lugar designado junto ao nome do sacado; se designados vários lugares, o cheque é pagável no primeiro deles; não existindo qualquer indicação, o cheque é pagável no lugar de sua emissão; II - não indicado o lugar de emissão, considerase emitido o cheque no lugar indicado junto ao nome do emitente. 17
18 IMPORTANTE: Art. 39 O sacado que paga cheque à ordem é obrigado a verificar a regularidade da série de endossos, mas não a autenticidade das assinaturas dos endossantes. A mesma obrigação incumbe ao banco apresentante do cheque a câmara de compensação. Parágrafo único. Ressalvada a responsabilidade do apresentante, no caso da parte final deste artigo, o banco sacado responde pelo pagamento do cheque falso, falsificado ou alterado, salvo dolo ou culpa do correntista, do endossante ou do beneficiário, dos quais poderá o sacado, no todo ou em parte, reaver a que pagou. STJ já condenou o banco que não se acautelou da legitimidade do endossante de pessoa jurídica (EREsp /SP 2004) 18
19 IMPORTANTE: Estabelecimento não é obrigado a aceitar o cheque, mas não pode negar a apenas um consumidor sem justa causa. STJ Resp /RJ (2008) e Resp /PR (2010) Espécies: 1.Cheque cruzado 2.Cheque vizado 3.Cheque administrativo 4.Cheque pré-datado ou pós datado 19
20 Espécies: 1.Cheque cruzado (art.44 e 45) cruzar o cheque aposição de dois traços paralelos no anverso do título. A inutilização do cruzamento ou a do nome do banco é reputada como não existente. O cheque com cruzamento geral só pode ser pago pelo sacado a banco ou a cliente do sacado, mediante crédito em conta. O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado, ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. 20
21 Espécies 2. CHEQUE VISADO Art. 7º Pode o sacado, a pedido do emitente ou do portador legitimado, lançar e assinar, no verso do cheque não ao portador e ainda não endossado, visto, certificação ou outra declaração equivalente, datada e por quantia igual à indicada no título. 1º A aposição de visto, certificação ou outra declaração equivalente obriga o sacado a debitar à conta do emitente a quantia indicada no cheque e a reservá-la em benefício do portador legitimado, durante o prazo de apresentação, sem que fiquem exonerados o emitente, endossantes e demais coobrigados. 21
22 Espécies 3. CHEQUE ADMINISTRATIVO IMPORTANTE: CHEQUE ADMINISTRATIVO. SUSTAÇÃO PELO BANCO EMITENTE ATENDENDO CONTRA-ORDEM OPOSTA CONJUNTAMENTE PELO CLIENTE E PORTADOR LEGITIMADO. EXEGESE DA LEI Nº 7.357/85, ART. 35 e 36. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. I - O favorecido de cheque administrativo em conjunto com o cliente solicitante, argüindo relevante razão de direito, a exemplo de cancelamento do negócio jurídico, assiste a faculdade de manifestar oposição ao pagamento do título, ante a previsão do art. 36 da lei do cheque em vigor. II - Exonera-se de pagamento em ação executiva o banco emitente de cheque administrativo quando a instituição bancária atende, na forma do 36 da Lei nº 7.357/85, contraordem de pagamento advinda de cliente e favorecido do crédito - Precedentes da 3ª e 4ª Turmas do STJ. III - Não cabe ao sacado julgar a relevância da razão invocada pelo oponente, quando formalmente manifestada por escrito a contraordem. IV - Recurso especial conhecido e provido. 22
23 CHEQUE PÓS-DATADO. PRESCRIÇÃO. AÇÃO EXECUTIVA. DATA CONSIGNADA NA CÁRTULA. A Seção entendeu que a emissão de cheques pósdatados, ainda que seja prática costumeira, não encontra previsão legal, pois admitir que do acordo extracartular decorra a dilação do prazo prescricional importaria na alteração da natureza do cheque como ordem de pagamento à vista e na infringência do art. 192 do CC, além de violação dos princípios da literalidade e abstração. Assim, para a contagem do prazo prescricional de cheque pós-datado, prevalece a data nele regularmente consignada, ou seja, aquela oposta no espaço reservado para a data de emissão. Precedentes citados: REsp SC, DJe 22/08/2011, e AgRg no Ag DF, DJe 27/04/2010. REsp DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 14/9/
24 Informativo 532 DIREITO EMPRESARIAL. TERMO INICIAL DOS JUROS DE MORA RELATIVOS A CRÉDITO VEICULADO EM CHEQUE. Os juros de mora sobre a importância de cheque não pago contam-se da primeira apresentação pelo portador à instituição financeira, e não da citação do sacador. REsp RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 20/8/
25 Prazo de Exibição Art. 32 O cheque é pagável à vista. Considerase não-estrita qualquer menção em contrário. SUM STJ 370 Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado. Art. 33 O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no prazo de 30 (trinta) dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago; e de 60 (sessenta) dias, quando emitido em outro lugar do País ou no exterior. Art. 34 A apresentação do cheque à câmara de compensação equivale à apresentação a pagamento. 25
26 INFORMATIVO Nº 507 Período: 18 a 31 de outubro de Segunda Seção É cabível a indenização por danos morais pela instituição financeira quando cheque apresentado fora do prazo legal e já prescrito é devolvido sob o argumento de insuficiência de fundos. Considerando que a Lei n /1985 diz que a "a existência de fundos disponíveis é verificada no momento da apresentação do cheque para pagamento" (art. 4º, 1º) e, paralelamente, afirma que o título deve ser apresentado para pagamento em determinado prazo (art. 33), impõe-se ao sacador (emitente), de forma implícita, a obrigação de manter provisão de fundos somente durante o prazo de apresentação do cheque. Com isso, evita-se que o sacador fique obrigado em caráter perpétuo a manter dinheiro em conta para o seu pagamento. Por outro lado, a instituição financeira não está impedida de proceder à compensação do cheque após o prazo de apresentação se houver saldo em conta. Contudo, não poderá devolvê-lo por insuficiência de fundos se a apresentação tiver ocorrido após o prazo que a lei assinalou para a prática desse ato. REsp SP, Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 16/10/
27 sustação 1.Revogação ou contraordem Apenas após o prazo para pagamento Judicial ou extrajudicial Razões motivadoras 2. Oposição Durante o prazo para pagamento Relevante razão de direito Art.36 2º. Não cabe ao Banco analisar a relevância. protesto: facultativo para o emitente e avalista, obrigatório para coobrigados
28 DANO MORAL. CONTA CONJUNTA. CHEQUE. 28
29 INFORMATIVO N PERÍODO: 22 DE MARÇO A 4 DE ABRIL DE TURMA É ativa a solidariedade decorrente da abertura de contacorrente conjunta, pois cada correntista movimenta livremente a conta. Ademais, o cheque sujeita-se aos princípios gerais do direito cambial, especialmente, ao princípio da literalidade, e o art. 1º, VI, da Lei n /1985 estabelece, como requisito do cheque, a assinatura do emitente sacador. Assim, a responsabilidade pela emissão de cheque sem provisão de fundos é exclusiva daquele que opôs sua assinatura na cártula. Dessa forma, o cotitular da conta-corrente que não emitiu o cheque sem provisão de fundos é estranho ao título, por isso não pode ser penalizado com a negativação, como inadimplente, de seu nome nos cadastros de proteção ao crédito. Consequentemente, para a jurisprudência deste Superior Tribunal, a inscrição indevida nos cadastros de proteção ao crédito ocasiona dano moral. Com esse entendimento, a Turma julgou procedente o pedido de compensação por danos morais, bem como da retirada do nome da recorrente dos cadastros de proteção ao crédito. REsp RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 23/3/
30 DUPLICATA Lei n /68 Título de crédito causal, facultativamente emitido pelo vendedor com base em fatura representativa de compra e venda
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32 Estrutura Clássica SACADOR SACADO Emitido pelo credor ou representante (art.6º.) Prazo à vista ou a dia certo Emitido com base na a fatura ou na nota fiscal (documentos de venda). E devedor é obrigado a aceitar e ainda que não assine assumirá a obrigação (por isso o aceite se diz expresso ou por presunção) 32
33 INFORMATIVO Nº 506 Período: 4 a 17 de outubro de Quarta Turma O protesto de duplicata será tirado na praça de pagamento constante no título, a teor do 3º do art. 13 da Lei n /1968. Não é no domicílio do devedor da obrigação cambiária que deve ser tirado o protesto, mas sim na praça de pagamento constante no título. REsp RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 9/10/
34 Causalidade 1. Compra e venda mercantil 2. Prestação de serviço Atenção: Aceite obrigatório não significa irrecusável. Cabendo recusa plausível (art.8º.) Art. 8º O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata por motivo de: I - avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por sua conta e risco; II - vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, devidamente comprovados; III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados.
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