DIREITO EMPRESARIAL CADU WITTER TÍTULOS DE CRÉDITO PARTE 1

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2 DIREITO EMPRESARIAL CADU WITTER TÍTULOS DE CRÉDITO PARTE 1

3 Título de crédito É o documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produzindo efeitos quando preenchidos os requisitos da lei. Art.887, CC

4 Título de crédito O título de crédito ode ser emitido a partir de caracteres criados em computador ou meio eletrônico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo. Art.889, parágrafo 3º, CC

5 PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE O título necessita de um suporte para armazenar as informações que contém e permitir seu transporte, preenchendo ainda os requisitos legais específicos de cada título.

6 Título de crédito É o documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produzindo efeitos quando preenchidos os requisitos da lei. Art.887, CC

7 PRINCÍPIO DA LITERALIDADE No título de crédito vale apenas o que estiver escrito. As obrigações se dão no limite e a partir do que consta expressamente no título.

8 Título de crédito Cadu Marina Nhongelo

9 PRINCÍPIO DA AUTONOMIA As várias obrigações geradas por um mesmo título de crédtio são independentes e autônomas umas em relação às outras.

10 PRINCÍPIO DA ABSTRAÇÃO A partir da sua primeira circulação, o título de crédito se desvincula da obrigação que o originou, em decorrência do Princípio da Autonomia. Por este motivo, o devedor não pode se eximir de satisfazer o crédito.

11 PRINCÍPIO DA INOPONIBILIDADE AO TERCEIRO DE BOA-FÉ Numa eventual execução, são imponíveis a um terceiro de boa-fá matérias estranhas à relação devedorexequente, conforme art. 17 LUG.

12 TÍTULOS DE CRÉDITO Princípios Gerais: Deve ser escrito Cartularidade Literalidade Autonomia

13 ATRIBUTOS ESPECIAIS: Exclusividade: Os títulos de crédito representam exclusivamente créditos. Jamais outras obrigações principais como dar, fazer ou não fazer. Crédito = Confiança

14 ATRIBUTOS ESPECIAIS: Executividade: Conforme art. 784, CPC, os títulos de crédito são títulos executivos extrajudiciais, o que significa que diante de seu inadimplemento, pode ser diretamente executados pelo credor, sem necessidade de ação prévia de conhecimento. Executar = Cumprir

15 ATRIBUTOS ESPECIAIS: Negociabilidade: Os títulos de crédito possuem um regime jurídico que busca facilitar a sua circulação no mercado, assim pode ser facilmente transferido a qualquer pessoa. Além disso, as instituições financeiras podem pagar ou descontar o valor constante no título, adiantando-lhe o pagamento. Crédito = Confiança

16 FICA COMIGO: Princípios Cartularidade Literalidade Autonomia Abstração Inoponibilidade à 3º de boa-fé Atributos Exclusividade Executividade Negociabilidade

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18 DIREITO EMPRESARIAL CADU WITTER TÍTULOS DE CRÉDITO PARTE 2

19 Legislação Aplicável: TÍTULO DE CRÉDITO Código Civil NORMA GERAL Aplicam-se apenas dois dispositivos, o que admite título em meio eletrônico (art 899) e que torna necessária a autorização do cônjuge para o aval (art 1.647, III), exceto na separação absoluta de bens. LEGISLAÇÃO EPSECÍFICA Lei Uniforme de Genebra: Dec /66 Lei do Cheque: 7.357/85 Lei da Duplicata: 5.474/68 Lei de Protesto: 9.492/97

20 CLASSIFICAÇÕES DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Espécies: São 6 os títulos de Crédito: Nota Promissória Cheque Duplicata Letra de Câmbio Títulos Bancários Títulos de Crédito Rural Título de Crédito representa crédito Valores Mobiliários representam investimentos, não crétido. Warrant e Conhecimento de Depósito, representam a guarda de bens e sua possibilidade de negociação.

21 CLASSIFICAÇÕES DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Quanto ao modelo: Livres: Não obedecem a padrões formais previamente estabelecidos, podendo ser confeccionados de qualquer forma, desde que atendidos os requisitos essenciais. Vinculados: Obedecem a padrões específicos e somente podem ser emitidos por pessoas determinadas.

22 CLASSIFICAÇÕES DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Quanto às hipóteses de emissão: Causais: Só podem ser emitidos a partir de causas legais. Não causais: Podem ser criados e emitidos em qualquer situação. Limitados: Apenas não podem ser emitidos em certas hipóteses previstas pela lei.

23 QUADRO DAS SOCIEDADES ESTUDADAS Vendas Causal limitado

24 CLASSIFICAÇÕES DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Quanto à estrutura: Ordem de Pagamento: Vincula 3 (três) situações jurídicas: Manda pagar Vai pagar Beneficiário Promessa de Pagamento: Vincula 2 (duas) situações jurídicas: Promete pagar Beneficiário

25 Nota Promissória Pessoa Outra

26 Cheque Banco Cliente Alguém

27 Duplicata Cliente Loja Alguém

28 Letra de Câmbio Outra Pessoa Alguém

29 CLASSIFICAÇÕES DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Quanto à circulação: Ao Portador: Circulam livremente, com a mera tradição, física ou eletrônica, fazendo jus ao crédito nele constante aquele que o possuir. Nominativos: Determinam o titular do direito de crédito constante no título. Dividindo-se em à ordem e em não à ordem, sendo os primeiros endossáveis.

30 11. Relativamente aos títulos de crédito, analise as proposições a seguir I) Pelo princípio da abstração, o credor do título de crédito deve provar que se encontra na posse do documento para exercer o direito nele mencionado. II) Atos consubstanciados em documentos apartados não influenciam no conteúdo das obrigações retratadas no título, pois dele não são considerados parte. III) Pelo princípio da autonomia das obrigações cambiais, os vícios que comprometem a validade de uma relação jurídica, documentada em título de crédito, não se estendem às demais relações abrangidas no mesmo documento. IV) Quando o título de crédito é posto em circulação pelo endosso, diz-se que se opera a abstração, isto é, a desvinculação do título em relação ao ato ou negócio jurídico que deu ensejo à sua criação. V) O devedor pode opor a quem recebeu o título por endosso exceções fundadas sobre as relações pessoais com o credor primitivo (endossante), em virtude do negócio jurídico que deu causa à emissão do título. Está(ão) CORRETA(S): a) Somente as proposições III e IV. b) b) Somente as proposições II, III e IV. c) c) Somente as proposições II e III. d) d) Somente a proposição IV. TESTANDO O QUE ESTUDAMOS

31 FICA COMIGO: Títulos de Crédito Nota Priomissória Cheque Duplicata Letra de Câmbio Modelo Livres Vinculados Emissão Causal Não Causal Limitado Estrutura Ordem de Pagamento Promessa de Pagamento

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33 DIREITO EMPRESARIAL CADU WITTER TÍTULOS DE CRÉDITO PARTE 3

34 CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO CAMBIÁRIO Noções Gerais: Como os negócios empresariais são mundiais, a LUG busca padronizar certos procedimentos, usos e costumes em relação aos títulos de crédito, especialmente Letra de Câmbio e Nota Promissória. O Brasil acatou grande parte desta regulamentação, sendo um dos signatários dela. Assim, utilizamos conceitos mundiais de crédito que passamos a estudar agora:

35 SAQUE É a emissão do título de crédito. Quem emite um título de crédito é SACADOR e o devedor é o SACADO SACAR É EMITIR

36 ACEITE Ato pelo qual o destinatário da Ordem de Pagamento aceita pagar, se tornando devedor principal

37 Nota Promissória Pessoa Outra

38 Cheque Banco Cliente Alguém

39 Duplicata Cliente Loja Alguém

40 Letra de Câmbio Outra Pessoa Alguém

41 Quais títulos de crédito necessitam de aceite? NOTA PROMISSÓRIA Pessoa Outra CHEQUE Banco Cliente Alguém DUPLICATA Cliente Loja Alguém LETRA DE CÂMBIO Outra Pessoa Alguém

42 ATENÇÃO A recusa total ou parcial do aceite tem como efeito a antecipação do vencimento do valor recusado no título.

43 ENDOSSO É a transferência do título de crédito. Possível nos títulos com cláusula à ordem. Ao transferir o título o endossante se torna codevedor deste crédito, pois garante o pagamento do devedor ao terceiro a quem passou o título. Caso ele pretenda não se responsabilizar por isso, deve inserir no título a expressão SEM GARANTIA. ENDOSSAR É TRANSFERIR

44 ENDOSSO Espécies: ENDOSSO EM PRETO: Determina o endossatário ENDOSSO EM BRANCO: Título ao portador

45 Endosso Próprio dos títulos de crédito com cláusula à ordem É unilateral Somente se realiza por declaração no título de crédito Confere direitos autônomos Endossante responde pela solvência do devedor principal Numa execução, não poderão ser arguidas exceções pessoais em defesa do devedor Cessão Civil Forma de transferência de títulos com cláusula não à ordem É bilateral Pode ser realizado como qualquer outro contrato do direito privado Confere direitos derivados Cedente não responde pela solvência do devedor principal Numa execução, poderão ser arguidas exceções pessoais em defesa do devedor

46 AVAL É a garantia dada num título de crédito. Quem dá a garantia é o AVALISTA, passando a responder pela dívida na proporção de sua garantia. Aquele que recebe a garantia é o AVALIZADO. AVALIZAR É GARANTIR

47 Aval

48 FICA COMIGO: Saque Emissão Sacador Sacado Aceite Dpl e LC Recusa antecipa o vencimento Endosso Transferência À Ordem Preto/Branco Aval Garantia Pode ser parcial

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50 DIREITO EMPRESARIAL CADU WITTER TÍTULOS DE CRÉDITO PARTE 4

51 VENCIMENTO É o fato jurídico que torna exigível o crédito cambiário. ORDINÁRIO: À VISTA EM DATA CERTA A CERTO TERMO DA DATA A CERTO TERMO DA VISTA Momento a partir do qual se pode exigir o pagamento

52 VENCIMENTO É o fato jurídico que torna exigível o crédito cambiário. EXTRAORDINÁRIO: RECUSA DO ACEITE FALÊNCIA DO DEVEDOR PRINCIPAL Momento a partir do qual se pode exigir o pagamento

53 PAGAMENTO É a satisfação da obrigação constante num título de crédito.

54 PAGAMENTO Ocorre em duas situações: 1. Feito pelo devedor principal: Extingue todas as obrigações. 2. Feito por um codevedor: Extingue as obrigações deste coobrigado e dos posteriores a ele no título, restando-lhe direito de regresso aos obrigados anteriores.

55 Pagamento A B C D E F

56 Pagamento

57 ATENÇÃO Pró soluto Fornece ao devedor a quitação do negócio, passando o título a ser cobrado separadamente, uma vez que fica desvinculado da obrigação que o originou; não se tem direito à devolução do objeto do negócio realizado. Pró solvendo Não dá quitação do negócio, ao contrário, atrela o título ao contrato por ele garantido, não permitindo sua execução em separado, assim em caso de inadimplemento, o negócio pode até ser desfeito.

58 PROTESTO Conceito Segundo o art. 1º da Lei 9.492/97, protesto é o ato formal pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos de dívida Em outras palavras, é o ato que comprova a falta de: Pagamento Aceite Devolução

59 Protesto

60 PROTESTO Garante ao credor o direito de atingir o patrimônio dos co-obrigados. É necessário contra codevedores e seus avalistas É facultativo contra devedor principal e seus avalistas

61 PROTESTO EM CARTÓRIO Não interrompe a contagem dos prazos prescricionais da ação cambial, só tem esse efeito o elencado nos incisos 202, CC, dentre os quais está o protesto judicial.

62 SUSTAÇÃO DE PROTESTO O protesto abusivo ou indevido poderá ser sustado, o que ocorre por MEDIDA CAUTELAR INOMINADA (art 297, CPC), prestando-se caução apenas por costume.

63 FICA COMIGO: Vencimento: Exigibilidade do título Ordinário Extraordinário Pagamento: Pelo devedor Por terceiros Protesto Falta de pagamento, aceite ou devolução Necessário contra o codevedor

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